ABRIL 2017 | ANO 3 | 16ª EDIÇÃO
INFORMOLUZ INFORMATIVO DA PARÓQUIA SANTA LUZIA E SÃO CARLOS BORROMEU
A QUARESMA E A PÁSCOA: UMA NÃO TEM SENTIDO SEM A OUTRA DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Índice 03 Convite 04 Formação Avenida Príncipe de Gales, 637 Bairro Príncipe de Gales – Santo André – SP CEP: 09060-650 Telefone: (11) 4990-6430 Pároco: Padre Edmar Antônio de Jesus Uso de Ordem: Diác. Geraldino Pereira Coutinho
05 Sínodo Diocesano 06 Matéria especial 07 Matéria especial
Horário da secretaria Terça à sexta-feira: 13h30 às 17h / 18h às 21h30 Sábado: 08h às 12h / 15h às 17h Domingo: 09h às 11h30 / 17h às 20h Secretária: Maria Eloísa Jorenti Magalhães
08 Vamos Colorir 09 Acontece
Horários das Missas Matriz Terça-feira: 19h30 Sábado: 16h Domingo: 10h / 18h30 1.ª sexta-feira: 15h (Sagrado Coração de Jesus) Todo dia 13: 15h (Santa Luzia) Última quinta-feira: 19h30 (Cura e Libertação)
10 Pastoral em Foco 11 Santo do Mês
Capela São João Bosco Rua São Francisco, 96 - Valparaíso Quarta-feira: 19h30 1.ª sexta-feira: 19h30 (Sagrado Coração de Jesus) Domingo: 08h Comunidade Nossa Senhora Aparecida Rua Júlio Ribeiro, 100 – Sacadura Cabral Quinta-feira: 19h30 Domingo: 09h30 Atendimento do Padre Terça-feira: 14h às 17h Sexta-feira: 18h30 às 21h (exceto a primeira sexta-feira do mês) Sábado: 09h às 11h Obs.: Para atendimento no sábado é preciso marcar com antecedência na secretaria.
A REVISTA INFORMOLUZ É UMA PUBLICAÇÃO DA PARÓQUIA SANTA LUZIA E SÃO CARLOS BORROMEU E PRODUZIDA PELA PASTORAL DA COMUNICAÇÃO.
Direção geral: Wellington Ferreira Consultor eclesiástico: Pe. Edmar Antônio de Jesus Revisão: Rafael Ferreira Diagramação: Wellington Ferreira Banco de imagens: Freepik Tiragem: 300 exemplares Sugestão de conteúdo pascominformoluz@gmail.com
Nós temos um convite para você...
Você percebeu que o INFORMOLUZ não publicou as edições de dezembro de 2016 a março de 2017? Isso porque a equipe responsável por ele, ou seja, a PASCOM – Pastoral da Comunicação está com um número reduzidíssimo de pessoas. É por isso que nós queremos fazer um convite a você: venha participar de uma pastoral ou movimento em nossa paróquia, se for a PASCOM melhor ainda (kkk). É muito importante que todo católico participe ativamente de sua comunidade, é uma forma de colocar em prática os ensinamentos de Cristo, além de uma doação de um trabalho voluntário para enriquecimento (espiritual, é claro) pessoal e promoção do outro. Existem várias pastorais, para todo tipo de gosto. Nós vamos elencar aqui algumas e suas principais atividades, quem sabe você se interessa por alguma delas. PASCOM (Pastoral da Comunicação) Oganiza o informativo paroquial, administra a página da paróquia no Facebook, registra as imagens dos momentos marcantes da paróquia, divulga os eventos que acontecem na paróquia. Pastoral da Criança As voluntárias acompanham as gestantes e as crianças até os cinco anos, dando dicas de cuidados pessoais para a gestante e para seus filhos. Em nossa paróquia além das visitas, a cada mês é feito um encontro com as crianças onde elas são pesadas, como forma de combate a desnutrição infantil. Pastoral da Caridade Recolhe os alimentos doados pelos paroquianos e com eles monta cestas básicas para distribuir aos mais necessitados, também promove mensalmente o bazar da caridade igualmente montado com doações dos paroquianos. Apostolado da Oração Tem como principal missão rezar pelas intenções do Papa, pela Igreja e pelo mundo todo. Promove a devoção ao Sagrado Coração de Jesus com a Santa Missa toda primeira sexta-feira do mês. Pastoral do Dízimo Recolhe o dízimo dos paroquianos a cada Santa Missa. Catequese Prepara crianças, jovens e adultos para a recepção dos sacramentos da iniciação cristã: o Batismo, a Eucaristia e a Confirmação.
Pastoral Litúrgica É responsável por preparar as celebrações, ornamentar a igreja quando necessário. Pastoral do Batismo Prepara os pais e padrinhos que trazem seus filhos para serem batizados. Grupos de canto São responsáveis por animar as celebrações com o canto. Coroinhas e cerimoniários Auxiliam o sacerdote nas celebrações litúrgicas para que tudo transcorra bem, com solenidade e dignidade. Ministros extraordinários Distribuem a eucaristia nas celebrações e levam-na para os enfermos impossibilitados de irem à igreja, fazem a Celebração da Palavra e das Exéquias, na impossibilidade do padre fazê-lo. Campanha da Mãe Rainha As missionárias são responsáveis por acompanhar a visita da capelinha com a imagem da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt a cada dia do mês em uma casa diferente. Pastoral da Família Acompanha e promove ações em prol da família.
Se você ficou interessado por alguma dessas pastorais, não deixe de nos procurar. Todo mundo tem um dom, venha compartilhar o seu conosco.
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Formação
O depósito da fé:
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Tesouro da Igreja Católica
depósito da fé, que é o conjunto de doutrinas defendidas pela Igreja Católica Apostólica Romana, está baseado em três pilares: a Sagrada Escritura, a Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério. Essas três fontes juntas formam a fé católica, uma depende da outra para poder dizer verdadeiramente aquilo em que cada fiel deve apostar a sua fé. Essa talvez seja a estrutura religiosa mais complexa e coerente, isso porque nas outras religiões é comum ter como fundamento um livro sagrado, líderes e até uma tradição, mas geralmente esses elementos não são articulados. Esse é o grande tesouro que a Igreja Católica oferece aos seus fiéis. Sobre a Sagrada Escritura, em um primeiro momento é importante salientar que, bíblia e Palavra de Deus não são a mesma coisa. A bíblia é um livro sagrado, mas não passa de um livro, até porque o que é sagrado no livro não é ele mesmo mas o conteúdo que ele contém. Esse conteúdo é parte da Palavra de Deus, porque ela está plena somente na pessoa de Jesus Cristo, que é o Verbo Divino encarnado. Portanto, para deixar bem claro: a Sagrada Escritura é um livro a que dá-se o nome de bíblia, ela contém mas não é a Palavra de Deus, pois a Palavra de Deus é a pessoa de Jesus Cristo. É claro que a bíblia é fundamental, pois é através dela que é possível conhecer objetivamente ao menos parte da Revelação divina. Para os cristãos, foi Deus quem inspirou os autores que escreveram os textos sagrados, e por isso eles são dignos de fé, como Revelação divina. Nem tudo o que aconteceu nos primórdios da constituição do Povo de Deus e de sua religião foi imediatamente registrado. Por um bom tempo a fé foi sendo transmitida de boca a boca, o que se chama de tradição oral. Com o passar do tempo foi necessário e possível registrar-se isso, dando assim origem aos textos sagrados conhecidos hoje. Mas há também muitas coisas que foram registradas e que não são textos sagrados, mas são importantes para o conhecimento da fé, e outras ainda que nem foram registradas mas permaneceram na memória do povo e que são igualmente importantes. A todas essas experiências, registradas ou não, e que não fazem parte dos textos sagrados, mas que são importantes na construção da identidade do Povo de Deus, chama-se Sagrada Tradição. É sagrada porque Deus está presente em todos os momentos da história do seu Povo, e mesmo nos momentos em que a humanidade mancha a santidade da Igreja, a história da salvação está acontecendo.
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Mas não é tarefa fácil reconhecer até que ponto tal texto é sagrado ou não, e mesmo não sendo sagrado se é importante para a fé ou não, e se tal experiência é positiva e em que ela o é. A interpretação de um texto é um exercício árduo, e para que pertença ao depósito da fé não pode ser subjetiva. Assim como reconhecer a ação de Deus na história do seu Povo não pode também ser algo meramente subjetivo. Muito embora a religião seja uma experiência pessoal, ela é vivida de forma coletiva, e tudo o que está no depósito da fé deve atender a todos e não a particulares. É por isso que se faz necessário o Sagrado Magistério. Ele é composto pelos ministros escolhidos por Deus e ordenados pelo poder da Igreja. Principalmente os bispos, sucessores dos apóstolos, a eles é confiada de forma prioritária o ensino da fé. Em comunhão com o Papa, bispo de Roma, sede da Igreja, todos os bispos devem ensinar a verdade que se pode conhecer sobre os mistérios de Deus. O que é importante em toda essa bem formada arquitetura é que a Igreja apresenta aqui uma proposta coerente, e o Catecismo da Igreja Católica ilustra bem isso. Ele é composto de quatro partes: a primeira fala sobre a fé e tem como ilustração o Credo; a segunda fala sobre o culto e tem como ilustração os Sacramentos; a terceira fala sobre a moral e tem como ilustração os dez mandamentos, que numa linguagem mais apropriada são chamados de Decálogo; e a quarta fala sobre a oração e tem como ilustração o Pai Nosso. Todo o texto do Catecismo é abarrotado de citações bíblicas, dos textos da tradição católica e do magistério, o que demonstra que a fé católica não é feita de achismos, é coisa séria, tem fundamento, tem argumentação. Esses três pilares, sintetizados no Catecismo, são o ponto de unidade dos católicos. Quem é católico não acredita no que quer e desacredita da mesma forma. Quem é católico crê com a Igreja e descrê com ela. Quem é católico defende a sua fé, porque é a fé de todos os que o precederam, muitos até derramaram seu sangue em defesa dela. Nos próximos artigos, a intenção é começar a trabalhar a exposição do Credo conforme o Catecismo da Igreja Católica. ◘
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Por Rafael Ferreira Pastoral da Comunicação
O que é um Sínodo? A palavra “Sínodo” tem origem no grego “synodos” e significa: caminho feito com os mesmos pés, isto é, em conjunto. Foi traduzida para o latim como “concilium”, que quer dizer: assembleia. O é, por isso, uma assembleia que reúne sacerdotes, leigos e consagrados desta Igreja local, escolhidos para auxiliar o Bispo Diocesano no exercício da sua função, para o bem de toda a comunidade cristã. É um caminho de reflexão, avaliação, renovação, planejamento e programação, feito em conjunto, com a participação de todos. Por quê de um Sínodo em Santo André? A inspiração para a realização do Sínodo Diocesano em Santo André surgiu da identificação da madura caminhada pastoral desenvolvida pela Igreja Local. Esta caminhada é identificada pelas Assembleias Diocesanas de Pastoral e pelos 7 Planos Diocesanos de Pastoral. As Visitas Pastorais Missionárias realizadas ao longo de 2016 e a instalação da 100a Paróquia também fomentaram a busca por um “programa de afirmação da fé, conversão e missão”. Neste sentido, o Bispo Diocesano a todos quer escutar e convidar a um estado permanente de evangelização/missão, estado que corresponda aos desafios pastorais atuais contextualizados da Igreja no Grande ABC. Qual a duração do Sínodo Diocesano ? A caminhada de preparação para o Sínodo Diocesano decorre desde novembro (13/11) de 2016 com a Celebração de Apresentação do Decreto de Convocação e está prevista para terminar em novembro de 2016 – data em que se reúne a Assembleia Sinodal, convocada pelo Bispo Diocesano. Quais os temas propostos? O tema geral para a caminhada sinodal é: “O sonho missionário de chegar a todos”. (Papa Francisco, ‘A Alegria do Evangelho’, nº 31). Os temas específicos serão apresentados ao bispo no dia 13 de novembro e no dia 3 de dezembro. Quem pode participar? Como? Desde os jovens até aos mais idosos, todos são convidados a dar o seu contributo. Sempre em grupo, comunidade, com as paróquias, regiões pastorais, movimentos, associações, congregações religiosas, entre outros. A Comissão Preparatória do Sínodo Diocesano disponibiliza, em cada um dos 2 trimestres, um Guia de Leitura (serão dois guias) que auxilia e orienta os grupos na sua reflexão. Os membros sinodais serão aqueles convocados pelo bispo a partir dos ofícios exercidos na Diocese (Párocos/Administradores Paroquiais, Coordenadores Diocesanos de Pastorais, Movimentos e Associações, Membros dos Conselhos Regionais de Pastoral entre outros) e, em alguns casos particulares, haverá convites pessoais. Como posso divulgar o Sínodo Diocesano? O testemunho é a principal forma de divulgação do Sínodo Diocesano 2017. Contudo, no site, a ser criado, http:// sinodo.diocesesa.org.br, na seção “Materiais” e no Centro de Pastoral pode-se encontrar alguns materiais de divulgação do Sínodo Diocesano, dos quais se destacam as faixas de promoção e os cartazes. Estão previstos alguns encontros “gerais” sobre o Sínodo Diocesano 2017? De âmbito paroquial (2) e regionais (2), estão previstos alguns encontros que se destinam a apoiar e a incentivar a caminhada sinodal junto das comunidades. De âmbito diocesano, prevê-se a realização trimestral de um Simpósio (3 ao todo) e algumas conferências que abordarão cada um dos temas sugeridos para cada trimestre de preparação considerando as divisões por setores (7 em ramos específicos). Onde posso acompanhar as noticias sobre o Sínodo? A divulgação das informações sobre o Sínodo Diocesano 2017 será feita a partir do site oficial do Sínodo Diocesano 2017 (http://sinodo.diocesesa.org.br), da página do Facebook da Diocese de Santo André (https://www.facebook.com/DioceseDeSantoAndre) e do jornal diocesano A Boa Notícia. Fonte: http://sinodo.diocesesa.org.br/?p=51
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Matéria Especial
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A quaresma e a páscoa: uma não tem sentido sem a outra
ano litúrgico é uma forma "pedagógica" dos católicos celebrarem os mistérios da vida cristã. Ele é dividido em tempos em que se celebra os vários momentos da vida de Cristo. O tempo do Advento, composto por quatro semanas, é uma preparação espiritual para o Natal do Senhor. O tempo do Natal, que vai da solenidade do Natal até a festa do Batismo, recorda os vários mistérios que envolvem a encarnação do Senhor. O tempo Comum, composto por trinta e quatro semana, é dividido em duas etapas, a primeira antes da quaresma e a segunda depois do tempo da Páscoa, encerra-se com a solenidade de Cristo Rei e nele se recorda como a santidade se dá no cotidiano da vida, muito mais que nos momentos extraordinários, lembrados pelos outros tempos do ano litúrgico. O tempo da Quaresma, composto por cinco semanas, que vai da Quarta-Feira de Cinzas à Missa Crismal na Quinta-Feira Santa pela manhã, é uma preparação para a Páscoa. O tempo Pascal por sua vez, que começa com o Tríduo Pascal e vai até a solenidade de Pentecostes, celebra o principal mistério da fé cristã: a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. É sobre esses dois últimos tempos que queremos abordar nesse artigo.
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O tempo da quaresma...
quaresma é um tempo de profunda espiritualidade, onde cada cristão é convidado a viver em espírito de austeridade, tal como a liturgia se reveste de solene sobriedade. A cor litúrgica é o roxo, não um roxo festivo, mas um roxo de recolhimento interno, sem adereços exorbitantes. O recolhimento quaresmal deve ser uma memória da experiência de Jesus no deserto. O povo de Israel peregrinou durante quarenta anos no deserto da escravidão no Egito à libertação na Terra Prometida. Depois foi a vez de Jesus passar quarenta dias no deserto. A libertação porque passou o povo de Deus é apenas um prenúncio da libertação que Jesus veio nos trazer. Por mais que os soberanos dessa terra possam nos escravizar, pior escravidão é a do pecado, e foi dessa que Jesus veio nos libertar. Mas não é tão fácil assim desvencilhar-se de uma vida de pecado, esse processo é comparado pelas Escrituras a uma vida de deserto. Três práticas são enfatizadas para que cada cristão viva esse deserto de forma frutuosa: a oração, o jejum e a caridade. Não são sugestões meramente aleatórias, muito pelo contrário, é um convite para que cada um entre em harmonia com cada dimensão relacional que possui. A oração é para melhorar nossa relação com Deus, o jejum para melhorar nossa relação conosco mesmos e a caridade é para melhorar nossa relação com os outros. Não há pessoa equilibrada sem que esteja em harmonia com essas três dimensões de relação. A oração é sem dúvida a melhor forma de entrar em contato com Deus. Coloca o ser humano na sua posição de criatura e Deus
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na sua de Criador. Não é uma relação de submissão, mas de autoconhecimento. Nós podemos muito pouco, Deus pode tudo. Quando a pessoa faz jejum, o que ela está buscando é o autodomínio. O nosso corpo precisa ser alimentado, mas muitas pessoas geralmente passam do limite na alimentação. O jejum não é uma dieta e nem uma preocupação com a saúde física, mas é uma forma de dizer-se que quem domina é a própria pessoa e não os seus desejos. Por fim, a caridade é uma forma de desapego em doação ao outro. Desapego não necessariamente material, até porque, por mais que seja "dolorido tirar o escorpião do bolso", é muito mais fácil dar dinheiro a uma pessoa do que visitar um doente ou encarcerado, fazer um trabalho voluntário em alguma instituição ou até mesmo na comunidade paroquial. Em síntese, o objetivo de tudo isso é ajudar a pessoa no seu processo de conversão. A conversão não é um evento único e extraordinário, muito pelo contrário é um caminho. A cada dia a pessoa tem que decidir-se a seguir Jesus, renunciar a sua vida de pecado e buscar a santidade. Não é fácil, acontecerão muitas recaídas, mas o importante é sempre ter paciência e persistência. São poucos os que perseveram até o fim, e os motivos são vários. Sobretudo é preciso reconhecer que sozinho ninguém consegue, é por isso que o cristianismo é uma proposta de vida em comunidade. Nós nos unimos a pessoas que estão no mesmo caminho, que estão nas mesmas lutas, que enfrentam as mesmas dificuldades. A salvação é algo pessoal, mas não se constrói sozinha.
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O tempo pascal... O mistério pascal da paixão, morte e ressurreição de Jesus é o cume da fé cristã. Nosso Senhor aceitou a missão que lhe foi dada pelo Pai de salvar a humanidade da escravidão do pecado. No primeiro testamento, a expiação dos pecados se dava pelo sacrifício animal pedido pelo pecador e ofertado pelo sacerdote. No novo testamento, Jesus que não pecou e que não foi solicitado por nós que fizesse o que fez, se doou como o sacerdote, o altar e o cordeiro. O calvário é o templo da nova e eterna aliança. Se no primeiro testamento o sacrifício tinha que ser feito repetidas vezes, o sacrifício de Cristo na cruz é único, eterno e perfeito. A Santa Missa, que faz memória da morte de Cristo na cruz, atualiza de forma incruenta o sacrifício de Jesus. Portanto, sempre que celebramos a Eucaristia, o mistério pascal de Cristo acontece. O processo da morte é algo inevitável, todos passaremos por ele, a preocupação que cada um deve trazer consigo é de estar em amizade com Deus quando chegar a sua hora. É triste perder alguém que se ama muito, mas essa tristeza se potencializa quando não se tem fé em Deus e em suas promessas. Nós cristãos acreditamos que a morte não é a última palavra, e porque acreditamos nisso: porque Jesus ressuscitou, porque a Virgem Maria foi assunta aos céus. A ressurreição de Jesus e a assunção de Maria são promessas da nossa ressurreição. Jesus sendo Deus fez-se homem e quando ressuscitou abriu essa possibilidade a todo ser humano. Maria que não é de origem divina, mas totalmente humana também ressuscitou. Sendo assim, quem tem fé nesses dois pontos importantes do credo
católico, deve ter a esperança de que ressuscitará também. A ressurreição de Jesus também nos lembra que tudo tem um fim, todo sofrimento um dia acaba e por mais que ele dure, se passarmos por ele perto de Deus, a ressurreição também acontecerá em nossas vidas. A semana santa começa com o Domingo de Ramos, mas não termina na Sexta-Feira da Paixão, ela termina no Domingo da Ressurreição. Há muitas tradições de orações mais introspectivas e que enfatizem a morte do Senhor, tais como as Sete dores de Nossa Senhora, o Sermão das Sete Palavras de Cristo na Cruz, a procissão do Encontro do Senhor dos Passos com Nossa Senhora das Dores, a Via Sacra, a procissão do Senhor Morto, o Oficio das Trevas. Mas apesar de tudo isso, o catolicismo não é uma religião que cultue o sofrimento, muito pelo contrário ele reconhece no sofrimento um aspecto importante da vida humana e que sem espiritualidade não é possível passar sem danos.
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O Tríduo Pascal é o momento de maior riqueza na liturgia católica, não só pelo fato de que cada celebração tem elementos diferentes de todas as outras celebrações do resto do ano todo, mas porque cada celebração tem um profundo sentido espiritual. A começar pela celebração do Lava Pés, onde Cristo em sua última ceia institui a Eucaristia, o sacerdócio, mas afora a todos esses gestos grandiosos, mostra aos seus apóstolos que a grandeza do cristão está na humildade: é preciso lavar os pés dos outros. O sacerdócio é serviço, a Eucaristia não é para nos engrandecer, mas para nos mostrar que sem Deus não somos nada. Na celebração da Paixão, único dia do ano litúrgico em que não se celebra Missa, com a igreja sem a presença do Cristo eucarístico que foi trasladado na celebração anterior, o altar desnudo, o católico se introspecta e sofre com o sofrimento do seu Senhor. A gloriosa Vigília Pascal no Sábado Santo, com a bênção do fogo novo, a liturgia da palavra que lembra a história da salvação e o rito batismal que desde os primórdios da Igreja, é o momento em que os catecúmenos professam sua fé no Ressuscitado, encerra o tríduo e já começa a grande festa da ressurreição. O tempo pascal tem algumas solenidades muito importantes como a da Ressurreição, a da Divina Misericórdia instituída pelo papa São João Paulo II, a da Ascenção do Senhor e termina com a de Pentecostes.
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Todos esses acontecimentos da vida de Cristo são extremamente importantes para a vida do cristão. Terminado o tempo pascal, reinicia-se a segunda parte, que é a maior do tempo litúrgico mais longo: o tempo comum. Como dito acima, depois de passar por todo esse tempo extraordinário da quaresma e da páscoa, é momento de voltar ao cotidiano das coisas ordinárias, que é onde cada um luta pela sua santificação. ◘
Por Rafael Ferreira Pastoral da Comunicação
Vamos Colorir A Semana Santa é uma tradição religiosa católica que celebra a Paixão, a Morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Ela se inicia no Domingo de Ramos, que relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e termina com a ressurreição de Jesus, que ocorre no domingo de Páscoa.
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Acontece DOMINGO DE RAMOS | 09/04 Capela São João Bosco 08h | Missa com Bênção e Procissão dos Ramos Matriz Santa Luzia e São Carlos Borromeu 09h | Missa com Bênção e Procissão dos Ramos 18h30 | Missa com Bênção dos Ramos Diocese de Santo André 14h30 | Procissão com os Jovens da Diocese Saída do Paço Municipal de Santo André e Missa Campal na Praça do Carmo com Dom Pedro
SABÁDO SANTO |15/04 PÁSCOA DA RESSUREIÇÃO Capela São João Bosco 20h | Vigília Pascal - Bênção do Fogo, Proclamação da Páscoa, Memória da História da Salvação, Liturgia Batismal e Liturgia Eucarística. Matriz Santa Luzia e São Carlos Borromeu 20h | Vigília Pascal - Bênção do Fogo, Proclamação da Páscoa, Memória da História da Salvação, Liturgia Batismal e Liturgia Eucarística. PÁSCOA DO SENHOR | 16/04
* Não haverá celebração na Capela Nossa Senhora Aparecida QUINTA-FEIRA SANTA |13/04 Início do Tríduo Pascal - Missa da Ceia do Senhor (Lava-pés)
Capela São João Bosco 08h | Missa da Páscoa do Senhor Capela Nossa Senhora Aparecida 09h30 | Missa da Páscoa do Senhor
Capela São João Bosco 20h | Missa da Ceia do Senhor
Matriz Santa Luzia e São Carlos Borromeu 18h30 | Missa da Páscoa do Senhor
Matriz Santa Luzia e São Carlos Borromeu 20h | Missa da Ceia do Senhor
* Não haverá celebração das 10h na Matriz Santa Luzia e São Carlos Borromeu
SEXTA-FEIRA SANTA | 14/04 PAIXÃO DO SENHOR - Dia de Jejum e Abstinência de carne Capela São João Bosco 07h às 12h | Vigília Eucaristica*¹ Matriz Santa Luzia e São Carlos Borromeu 07h às 14h | Vigília Eucaristica *¹ 15h | Celebração da Paixão do Senhor e Adoração da Cruz
BINGÃO BENEFICENTE Dia 08 de abril às 18h30 na Capela Nossa Senhora Aparecida. Cartelão R$ 10,00 1º Prêmio - Panela de Pessão Elétrica 2º Prêmio - Tablet E diversos outros prêmios. Adquira já sua cartela.
Capela Nossa Senhora Aparecida 18h | Via - Sacra pelas ruas em direção à Capela São João Bosco.
CHÁ BINGO BENEFICENTE - DIAS DAS MÃES A Paróquia Santa Luzia e São Carlos Borromeu convida você e seus familiares para participar do Chá Bingo Beneficente de Dia das Mães no dia 06 de maio às 14h .
¹* Escala das equipes responsáveis a parte.
Adquira já sua cartela!
Programação sujeita a alteração por ser organizada com antecedência para o fechamento da revista. >> INFORMAÇÕES NA SECRETARIA PAROQUIAL OU TELEFONE (11) 4990-6430 INFORMOLUZ
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Pastoral em Foco
Pastoral da Criança A PASTORAL A Pastoral da Criança é um organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, vinculada à Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, que tem como objetivo a promoção do desenvolvimento integral de crianças entre 0 e seis anos de idade em seu ambiente familiar e em sua comunidade. A sua atuação tem caráter ecumênico, atendendo pessoas de todos os credos e etnias.
car com as crianças nos nossos encontros mensais. Sempre nos reunimos no 3º sábado do mês no período da manhã no salão paroquial.
MISSÃO “Para que todas as crianças tenham vida em abundância” (Cf. Jo 10, 10). A missão da Pastoral da Criança é promover o desenvolvimento das crianças, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, por meio de orientações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania, fundamentadas na mística cristã que une fé e vida, contribuindo para que suas famílias e comunidades realizem sua própria transformação.
QUANDO SURGIU Fundada em 1983, na cidade de Florestópolis, Paraná, pela médica sanitarista e pediatra, Dra. Zilda Arns Neumann, e pelo então Arcebispo de Londrina, hoje cardeal emérito, Dom Geraldo Majella Agnelo. A Pastoral da Criança hoje se faz presente em todos os estados brasileiros e em outros 17 países da África, Ásia, América Latina e Caribe. NA NOSSA COMUNIDADE Existe há mais de 20 anos e atende por volta de 90 crianças que residem ao redor da Paróquia Santa Luzia e São Carlos Borromeu e da Capela Nossa Senhora Aparecida.
QUER AJUDAR? Estamos precisamos de líderes para acompanhar o desenvolvimento de crianças e gestantes. Também estamos precisando de pessoas para brin-
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Por Kamila de Marchi Pastoral da Criança
Santo do Mês
São Jorge
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23 de abril
orge, cujo sepulcro encontra-se em Lídia, não longe de Tel-Aviv (Israel), foi venerado, pelo menos desde o quarto século, como mártir de Cristo, em toda a Igreja.Atradição popular apresenta-o como quem enfrenta o dragão, símbolo da fé firme com que triunfa o cavaleiro sobre a força do maligno. Sua memória é celebrada neste dia também pelos sírios e bizantinos. Jorge foi um homem que, em nome de Jesus Cristo, pelo poder da Cruz, viveu o bom combate da fé. Conhecido como ‘o grande mártir’, foi martirizado no ano 303. A seu respeito contou-se muitas histórias. Fundamentos históricos temos poucos, mas o suficiente para podermos perceber que ele existiu, e que vale à pena pedir sua intercessão e imitá-lo. Pertenceu a um grupo de militares do imperador romano Diocleciano, que perseguia os cristãos. Jorge então renunciou a tudo para viver apenas sob o comando de nosso Senhor, e viver o Santo Evangelho. São Jorge não queria estar a serviço de um império perseguidor e opressor dos cristãos, que era contra o amor e a verdade. Foi perseguido, preso e ameaçado. Tudo isso com o objetivo de fazê-lo renunciar ao seu amor por Jesus Cristo. São Jorge, por fim, renunciou à própria vida e acabou sendo martirizado. Uma história nos ajuda a compreender a sua imagem, onde normalmente o vemos sobre um ca-
valo branco, com uma lança, vencendo um dragão:
“Num lugar existia um dragão que oprimia um povo. Ora eram dados animais a esse dragão, e ora jovens. E a filha do rei foi sorteada. Nessa hora apareceu Jorge, cristão, que se compadeceu e foi enfrentar aquele dragão. Fez o sinal da cruz e ao combater o dragão, venceu-o com uma lança. Recebeu muitos bens como recompensa, o qual distribuiu aos pobres.” Verdade ou não, o mais importante é o que esta história comunica: Jorge foi um homem que, em nome de Jesus Cristo, pelo poder da Cruz, viveu o bom combate da fé. Se compadeceu do povo porque foi um verdadeiro cristão. Isto é o essencial. Ele viveu sob o senhorio de Cristo e testemunhou o amor a Deus e ao próximo. Que Ele interceda para que sejamos verdadeiros guerreiros do amor. São Jorge, rogai por nós! Fontes: Missal Romano, p. 570. Site: Canção Nova
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