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Especial Automação Comercial - Das caixas registradoras ao QR code
Das caixas registradoras ao QR Code
FUNDAMENTAL PARA O SETOR DE VAREJO, A AUTOMAÇÃO COMERCIAL PASSOU POR DIVERSAS REVOLUÇÕES NO ÚLTIMO SÉCULO – E SE PREPARA, AGORA, PARA INCORPORAR AS NOVAS TECNOLOGIAS
Acelerar processos e torná-los mais eficientes e produtivos é o princípio básico da automatização. No comércio, esse conceito é voltado para o segmento do varejo e pode ser aplicado em diversos modelos de negócio. De restaurantes a estacionamentos, ferramentas de automação comercial são fundamentais para os comerciantes atuais.
Segundo Wilson Antunes, diretor de marketing e produtos da Gertec, os principais objetivos são melhorar o atendimento e o controle do negócio. “A automação comercial visa atender o cliente mais rapidamente, ao mesmo tempo que fornece o máximo de informações possíveis ao comprador, para que ele tenha uma experiência de compra agradável”, afirma. “Redução de custo, aumento da lucratividade e da competitividade daquele varejo perante seus concorrentes são outras metas, já que quem estiver mais automatizado tem mais chances de sobreviver.”
Toda a história da automação voltada para o comércio, porém, teve um início mais simples e mecanizado. As primeiras caixas registradoras, no início do século 20, podem ser consideradas as pioneiras da área.
Porém, com a invenção do código de barras nos anos 1950, o mercado de automação comercial viveu uma revolução que pavimentou o caminho até as soluções atuais, já que ele ajudou a agilizar os pagamentos, além de facilitar os controles de estoque e dos preços dos produtos. Fundada em 1969, a Zebra foi uma das responsáveis pelo desenvolvimento das barras que precificam produtos, se tornando uma das referências no segmento de automação comercial. “É uma área que lida muito com o emocional, já que a tecnologia está em crescente evolução”, afirma Vanderlei Ferreira, presidente da Zebra Brasil. “Ela é o nosso principal mercado vertical, já que completamos 50 anos de atuação, desde o início do código de barras.”
Com ele, foi possível desenvolver diversas ferramentas atuais, como os terminais de autoatendimento em mercados, os de checagem de preços, além dos próprios leitores de código de barras que hoje estão presentes até nas câmeras dos smartphones.
Mudança de paradigma
Por mais que as ferramentas de automação comercial sejam compradas por varejistas, o objetivo das soluções não visa apenas o empresário. “Antes era comum ir ao supermercado e ficar horas fazendo as compras. Hoje, tudo é mais dinâmico, com o consumidor conseguindo gastar menos tempo, o que faz com que ele possa usufruir a vida”, diz Antunes. “O cliente passa a comprar com prazer. Ele tem todas as informações que precisa, compara preços de maneira simples e fácil. É um momento especial para o consumidor, por ter acesso a tanta informação e poder desfrutar compras rápidas.”
Um longo caminho foi percorrido até o cenário atual. “Antigamente, um supermercado tinha um balcão, e os atendentes e os produtos ficavam atrás dele. O cliente apenas pedia o que desejava, mas não havia contato direto. Hoje, além de existir uma variedade muito grande de produtos, todo esse padrão foi alterado”, conta Antunes. “Os mercados modernos têm menos funcionários, os consumidores podem ter contato direto e usufruem de uma diversidade maior de produtos. A automação foi fundamental para essa mudança, já que uma loja grande precisaria de um número alto de funcionários. O resultado final é este: aumentar a competitividade e melhorar a experiência de compra do cliente.”
Antunes relembra que a administração do varejo foi outro ponto simplificado pela automação comercial. O diretor de marketing e produtos da Gertec diz que antes as informações das vendas e da disponibilidade do estoque eram registradas em uma caderneta. “Hoje não existe mais isso. Há todo um sistema que faz isso para o varejista e que impede a compra de produtos em excesso, ou até mesmo que informa quais estão com a data de vencimento próxima.”
Influência do e-commerce
A revolução causada pela internet e o surgimento do e-commerce fizeram com que o varejo passasse por uma mudança brusca. Hoje o segmento digital é tão importante quanto o físico – e as empresas têm desenvolvido novas experiências para os consumidores.
Gerente nacional de vendas da Elgin, Leandro Mello ressalta a importância do mercado digital para a empresa. “O canal e-commerce é muito importante. A tecnologia sempre ajuda na integração das plataformas físicas e virtuais. Portanto, nossos equipamentos também participam desse processo”, afirma.
E essa busca pela integração entre os espaços físicos e virtuais é uma das principais tendências. Ferreira entende que as lojas precisam estar prontas para essa integração entre as duas realidades. “Na Zebra, nós temos soluções que agilizam as vendas digitais, mas há consumidores que exigem um contato real com o produto”, explica.
Por isso, estão sendo criadas tecnologias que permitem um contato real com o produto, ao mesmo tempo em que a compra é feita digitalmente. A Elgin tem investido em terminais de autoatendimento e self-checkouts. “Eles trazem agilidade e dão mais autonomia para o consumidor. A etiqueta eletrônica é outro poderoso instrumento de comunicação entre lojistas e clientes, em tempo real”, explica Mello, já que essas novas etiquetas permitem que a loja altere preços de forma instantânea, o que pode evitar divergências entre os valores informados nas prateleiras e nos caixas.
A Gertec é outra empresa que tem investido em soluções inovadoras, sempre visando o atendimento mais ágil do cliente. Já a Zebra está desenvolvendo sistemas de concierge, além de tablets, com o intuito de levar mais informações ao consumidor.
Fundamental para o setor varejista, a automação comercial está a cada dia permitindo que novas tecnologias ampliem o leque de possibilidades. Nos próximos anos, os meios de pagamento devem passar por novas inovações, com maior utilização de QR Codes, da biometria e até mesmo do reconhecimento facial.