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É o momento da Mudança Digital
É o momento da mudança digital
COM O SURGIMENTO DE NOVAS SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS, EMPRESAS PRECISAM ESTAR ATENTAS À INOVAÇÃO PARA GARANTIR POSIÇÃO DE DESTAQUE NO MERCADO
A Tecnologia da Informação (TI) passou por uma grande evolução ao longo do tempo. Sua primeira era, a da tabulação, envolvia apenas máquinas mecânicas que faziam contagens. Depois, chegou a era da programação, que estimulou a migração da mecânica para a eletrônica. Nesse período, também foi possível começar a programar a máquina para se comportar de forma específica em determinadas situações. Agora, a evolução dá mais um passo e caminha para sua terceira era, protagonizada por uma verdadeira transformação digital.
Na visão da IBM, essa terceira evolução vai muito além do programar máquinas para agir de acordo com uma lógica engessada, pois será possível treiná-las e ensiná-las de maneira muito mais específica. Nessa nova realidade, conhecida como era cognitiva, as máquinas têm a capacidade de aprender e tomar decisões importantes com base no conhecimento absorvido.
Essa nova era parte da ideia de que, depois que você se dedicar a ensinar a máquina, ela poderá trabalhar sozinha a favor do seu negócio. “Muita gente se assusta quando a gente fala de máquinas tomando decisões, mas, na visão da IBM, isso significa a possibilidade de amplificar o potencial humano”, destaca Anibal Strianese, executivo de Server Brasil da IBM.
Essa tecnologia se mostra especialmente relevante para a transformação digital diante da quantidade gigantesca de dados gerada todos os dias. “A partir disso, há o grande investimento da IBM no Watson, por exemplo, mas também uma série de soluções que estão sendo desenvolvidas ao redor dessa realidade para ajudar nossos clientes a passar pela transformação”, diz Strianese.
A seu dispor
Uma das iniciativas que estão sendo trabalhadas dentro do contexto de transformação digital está voltada para a análise de fraudes na indústria, assunto que se mantém em alta nos últimos anos. De olho nisso, a IBM trabalha em um projeto em conjunto com um parceiro para ensinar máquinas a detectar golpes. Esse processo de aprendizagem é feito com base na experiência de um auditor, por exemplo, que já tenha detectado uma fraude no sistema. Depois de descobri-la, o funcionário tem a função de ensinar à máquina como essa detecção foi feita, quais informações foram cruzadas e como elas levaram a determinada conclusão.
Dessa forma, a máquina vai assimilar quais características estavam presentes na situação que permitiram ocorrer a fraude. E a partir do momento que ela compreende a dinâmica de detecção, passa a ter a capacidade de reconhecer sozinha outras falhas de segurança semelhantes. “Assim, aquilo que uma pessoa demorava um grande período de tempo para vasculhar e detectar será realizado em segundos pela automação e com uma base de dados gigantesca”, explica Strianese.
Mas o processo não acaba por aí. A máquina pode ser constantemente exposta a novos aprendizados, que vão aprimorar suas ações. Machine Learning é um processo contínuo, no qual todos os envolvidos saem ganhando. Isso porque enquanto a máquina está sendo ensinada e otimizada, o profissional consegue não só potencializar o conhecimento, mas também dedicar tempo para algo mais nobre.
A IBM também trabalha a tecnologia de aprendizado de máquina na indústria da moda. A companhia tem um projeto no qual, por meio da análise das redes sociais, são detectados quais tipos de peças e acessórios as pessoas mais estão combinando. Com isso, os empreendedores podem ter nas mãos informações valiosas para fazer campanhas mais direcionadas, saber o que os consumidores estão dispostos a comprar e até prever as próximas tendências.
Futuro híbrido
Outra transformação importante que está acontecendo envolve o mercado de software livre, no qual as tecnologias são totalmente abertas, baseadas em Linux. “Na visão da IBM, o futuro é totalmente aberto. As empresas poderão colaborar entre si, desenvolver e reaproveitar soluções – tudo isso, obviamente, sem deixar de proteger o que lhes dá vantagem competitiva”, destaca o executivo.
Além das soluções, muitas empresas estão adotando bancos de dados livres e algumas ferramentas de Hadoop gratuitas. Comportamento que, segundo Strianese, vai permitir que as companhias ganhem mais capacidade de reduzir custos e direcionar investimento financeiro para desenvolver ainda mais essas inovações que estão surgindo.
Para estimular esse mercado, a IBM tem colocado várias APIs dentro da IBM Cloud, todas elas genéricas, para que sejam funcionais a todo tipo de empresa. Dessa forma, os clientes poderão complementá-las com outras soluções. Isso vai inspirar um futuro cada vez mais híbrido, que pode acelerar o ciclo de desenvolvimento e de transformação digital das empresas.
A hora é agora
É inquestionável que o mercado está em uma expansão ampla e extremamente rápida. “Há muito tempo, táxi era uma coisa que a gente não achava que fosse acabar. Hoje, com os aplicativos de transporte, é nítido como essa indústria está se transformando”, destaca Strianese. E essas mudanças já estão acontecendo e impactando todos os outros segmentos e clientes envolvidos.
O WhatsApp, por exemplo, tem modificado a indústria de telecomunicações. O Nubank, por sua vez, fez uma verdadeira disrupção no modelo tradicional dos bancos. A Netflix transformou a forma de consumir filmes, enquanto o Spotify chacoalhou a indústria da música. Dentro desse despertar, as empresas precisam se posicionar e estar preparadas para encarar o futuro. “Quem continuar no modelo tradicional tende a ficar estagnado ou até perder participação no mercado, pois a transformação é uma tendência irreversível em todas as áreas. O momento é agora”, garante o executivo da IBM.
Nessa terceira era da informação, é muito mais fácil abraçar o caminho da transformação do que tentar recuperar uma fatia de mercado perdida. Há muitas tecnologias novas à disposição capazes de gerar um impacto gigantesco nas empresas que se abrirem para elas. O melhor de tudo é que essa postura não vai exigir investimentos exorbitantes e por um longo período de tempo. Strianese garante que o processo pode ser feito por meio de pequenas atitudes, que terão impacto.
Para que o modelo de transformação digital ganhe estrutura, no entanto, o assunto precisa ser tratado como cultura dentro das empresas. “Ela tem que vir do cargo mais alto e atingir todos os outros funcionários. Todo mundo tem que estar com isso bem claro, estabelecer como prioridade”, explica o executivo de Server Brasil da IBM. Mais do que entregar trabalho, a companhia precisa abrir os olhos ao novo, às mudanças, à transformação e permitir que o negócio como um todo esteja preparado para esta nova era.
Trabalho em conjunto
Por conta das diversas iniciativas nas quais está envolvida, a IBM se mantém em pleno contato com seus clientes finais. A companhia se vê envolta por uma série de oportunidades, mas sente que faltam braços para desenvolver todos os trabalhos existentes. Para atender a demanda cada vez mais alta por tecnologia, a empresa tem o desejo de compartilhar os esforços de transformação digital com seus canais. O objetivo é que esses parceiros sejam peça-chave no desenvolvimento de projetos que, no futuro, poderão ajudar muitos negócios a prosperar.
Além disso, a parceria não vai acelerar apenas o desenvolvimento de novas soluções, mas também abrir uma grande oportunidade de aprendizado e de mercado para os canais colaboradores. A IBM acredita que, do mesmo jeito que as indústrias estão passando por transformações, os canais também precisam estar prontos para encarar essa nova era digital.