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Carta do Diretor Caro (a) amigo (a), Mais um ano se inicia no Inhotim. E como não poderia deixar de ser, um ano que promete ser repleto de grandes novidades. É com orgulho que o Instituto enxerga um futuro cada vez mais sustentável e comprometido com a educação, o meio ambiente e a cultura. E grande parte do nosso sucesso tem a ver com todos vocês, Amigos do Inhotim. Ter esse apoio para a realização das nossas ações é fundamental para continuarmos fazendo a diferença.
fronteiras para além de Minas Gerais. Ou mesmo o Programa Derivar, recém-lançado no Inhotim, que trabalha na formação de educadores. Todos eles vocês podem conhecer melhor ao longo das páginas desta edição. A presença do Inhotim no Google Art Project, a infraestrutura disponível para eventos dentro do parque e o nosso destaque na mídia internacional são outros pontos de destaque dessa revista que foi feita para você. Espero que aproveitem.
Muito do que foi realizado, em 2013, mostra essa preocupação com o que está por vir. É o caso do Programa Jovens Agentes Ambientais, que ampliou suas
Boa leitura e um feliz 2014!
Antonio Grassi Diretor Executivo do Instituto Inhotim
O que os Amigos estão dizendo por aí...
Patricia Schindler, São Paulo, Amiga do Inhotim desde 2011.
“Moramos em São Paulo e, apesar da distância, visitamos este incrível lugar pelo menos uma vez por ano. É sempre uma experiência incrível, pois é única! As obras, as exposições, os jardins, a interação da arte com a natureza, com o público e com as comunidades locais e, finalmente, a dedicação genuína de todos os funcionários fazem desse lugar uma grande fonte de inspiração!”
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É sempre uma experiência incrível, pois é única!”
Jacqueline Plass, Amiga do Inhotim desde 2011. “Não existem palavras que possam abrigar todo o sentido da fundamental importância do Instituto Inhotim para o povo brasileiro, em todos os aspectos. Inhotim traduz a esperança e um sentimento de renascença de fazer do Brasil um grande país. Esse lugar traz e trará, cada vez mais, muito orgulho a todos nós brasileiros.”
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Inhotim traduz a esperança e um sentimento de renascença de fazer do Brasil um grande país.”
Artur Motta, Amigo do Inhotim desde 2012. “Ser Amigo do Inhotim não é só uma honra e um prazer, mas também uma forma concreta de poder participar do sonho de ‘transformar pela beleza’. É especial poder difundir essa ideia e divulgar o quão maravilhoso Inhotim é. Que sejamos mais!”
NA MÍDIA
Destaque Internacional
Todos sabem que o Inhotim já é reconhecido
E foi exatamente o que aconteceu no último
no mundo. Mas sempre que veículos
trimestre de 2013. O Inhotim e suas inúmeras
de imprensa internacionais de grande
belezas estamparam as páginas de três
relevância destacam o trabalho realizado
“gigantes” da mídia: O Financial Times (EUA),
no Instituto, compreendemos ainda mais a
o New York Times (EUA) e o The Australian
importância desse enorme projeto quando o
(Austrália).
assunto é cultura, educação, arte, botânica e desenvolvimento humano.
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Este Éden cultural criado na década passada emergiu como uma das aventuras mais emocionantes e ambiciosas de arte contemporânea no mundo.” The Australian
Em todas as três matérias, os repórteres vão destrinchando o Instituto e suas características, destacando as principais obras e o ambiente absolutamente único que as envolve. O Financial Times, por exemplo, abre a reportagem afirmando que o Inhotim apresenta “a exibição mais impressionante e inesperada de arte contemporânea que você jamais viu semelhante...” e que, surpreendentemente, ela se encontra ali, “nos arredores de uma remota cidade do Brasil rural.” Com um texto cheio de adjetivos, como exuberante, original e ambicioso, ele explica um pouco do paisagismo do Instituto, dos arrojados projetos arquitetônicos, da relação íntima entre arte e natureza e dos planos de ampliação para o futuro.
O New York Times, por sua vez, enfatiza as inaugurações ocorridas em outubro de 2013. Galeria por galeria, ele conta sobre as novidades que passaram a fazer parte do acervo em exposição no parque. Um destaque interessante vai para os bancos de Hugo França, que chamaram a atenção da repórter: “tão logo os seus pés começam a ficar cansados, e você procura por sombra, aparecerá, de repente, um banco lindamente esculpido, feito de uma árvore caída”, descreve.
Na mesma linha, o repórter do The Australian descreve, de maneira até certo ponto poética, a sua experiência ao visitar o Inhotim. Impressionado com o lugar, ele comenta ao longo dos parágrafos que “este Éden cultural criado na década passada emergiu como uma das aventuras mais emocionantes e ambiciosas de arte contemporânea no mundo.”
Entrevista: Larissa Batista A gosto do cliente O Departamento de Eventos do Inhotim trabalha para fazer de uma celebração um momento único
A experiência única e transformadora de um passeio ao Inhotim se repete na realização de eventos dentro do parque. O Instituto conta hoje com uma equipe especializada e cenários perfeitos para a realização de aniversários, batizados, casamentos e reuniões. São mais de 20 locais destinados à realização de eventos,
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como igreja, decks, restaurantes, teatro e salas de reunião. O convívio direto com o acervo de arte contemporânea e as espécies de plantas do Jardim Botânico fazem do Inhotim um lugar sem igual. Algumas exclusividades, como a montagem de um cardápio completo e único nos
Os eventos realizados aqui tornam-se uma experiência única, já que os convidados ficam envoltos de uma natureza exuberante, com espécies de rara beleza, clima agradável e, ao mesmo tempo, têm a oportunidade de experimentar o convívio direto com a arte, presente em todo o parque.”
restaurantes, e também a possibilidade de organizar visitas pelas galerias de arte enquanto o evento está sendo realizado, mesmo fora do horário de funcionamento, são os diferenciais do Instituto. Além disso, é possível usufruir os jardins como cenário para a comemoração e alugar carrinhos elétricos para facilitar o deslocamento.
Larissa Batista é a responsável por gerenciar a área de Eventos, Relacionamento e Turismo do Inhotim. Sob o comando dela, trabalham dez pessoas capazes de organizar e produzir eventos corporativos e sociais a gosto do cliente. Na entrevista abaixo, Larissa explica as condições para se realizar um encontro, a estrutura oferecida pelo Instituto e por que realizar um evento no Inhotim é tão especial. 1) Quais os tipos de eventos podem ser realizados no Inhotim? O Inhotim sempre recebeu pedidos para realização de eventos dentro do parque. Dessa forma, os eventos corporativos já vinham sendo trabalhados a mais tempo com as visitas de grupos e escolares. Com a procura crescente, em 2013, decidiu-se abrir o parque também para eventos sociais, como casamentos, aniversários e batizados. 2) Qual estrutura o Inhotim oferece para realização de um evento? Muitos não sabem, mas além de um ótimo lugar para passear, o Inhotim também está preparado para receber eventos diversos. Atualmente, oferecemos uma estrutura completa de alimentos e bebidas, além de contarmos com espaços equipados e climatizados. O Teatro Inhotim, com capacidade para 214 pessoas, tem equipamentos de som, luz e projeção de ponta. Nosso novo Espaço Igrejinha, por sua vez, teve o projeto acústico assinado pelo produtor do rapper norte-americano Jay-Z e conta também com equipamentos de som e projeção. As salas de reunião do Espaço Tamboril, no centro do parque, tem TV de 55”, notebooks e flip charts
(uma espécie de cavalete usado para apresentações). Para os eventos realizados nas áreas externas, é possível preparar uma estrutura especial com nossos equipamentos. Dessa forma, facilitamos a logística de montagem dos eventos para todos os nossos clientes. 3) Quais são os espaços onde é possível fazer um evento no Inhotim? Os eventos do Inhotim podem acontecer tanto em locais fechados, como o Espaço Tamboril, o Teatro e o Espaço Igrejinha, quanto nos restaurantes e jardins, desde que não interfiram na visitação do parque. Os espaços utilizados para cada evento são definidos em conjunto com os clientes, visando não só atender, mas superar as expectativas dos convidados e explorar o que temos de diferente. 4) É possível fazer um evento fora do horário de funcionamento do Instituto? É possível realizar eventos fora do horário de funcionamento do parque, inclusive eventos noturnos. Basta verificar a disponibilidade de horários. Dependendo das condições do evento, não há problema algum.
6) Na sua opinião, qual o diferencial do Inhotim em comparação aos demais espaços para eventos? O grande diferencial do Inhotim é o próprio Inhotim. Os eventos realizados aqui tornam-se uma experiência única, já que os convidados ficam envoltos de uma natureza exuberante, com espécies de rara beleza, clima agradável e, ao mesmo tempo, têm a oportunidade de experimentar o convívio direto com a arte, presente em todo o parque. Tudo isso faz com que qualquer evento, corporativo ou social, seja no mínimo diferente. O clima agradável e renovador que cada caminho do Inhotim oferece, combinado com a cultura e as surpresas que cada obra e galeria guarda, potencializa os encontros aqui. É realmente uma vivência única.
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O grande diferencial do Inhotim é o próprio Inhotim.”
5) O Inhotim chama a atenção do visitante desde o momento em que ele chega. É possível montar uma programação de evento que inclua visitas pelo parque?
7) Para quem se interessar em realizar um evento no parque, quais são os procedimentos?
Sim. Sempre que possível, sugerimos inserir na programação do evento visitas mediadas com foco em arte contemporânea ou meio ambiente para que os convidados tenham a oportunidade de explorar ainda mais o Inhotim e tornar o evento mais agradável. É sempre uma excelente combinação.
Temos várias formas de contato. Por meio do site inhotim.org.br, do e-mail eventos@inhotim.org.br ou pelo telefone da área de eventos (31) 3571.9808. Em qualquer um deles, você pode adquirir as informações necessárias, fazer um agendamento e combinar os detalhes do evento que planeja fazer no Inhotim.
A Artista, Babette Mangolte
Reflexões em imagens Obras pensadas por meio do princípio da colaboração. É dessa maneira que Babette Mangolte desenvolve, há mais de 40 anos, muitos de seus trabalhos. Artista franco-americana, Babette acompanhou e registrou momentos relevantes da cena da dança, do teatro e da performance, que floresceu, sobretudo, a partir dos anos 1970, em Nova York, criando um extenso arquivo em fotografia, vídeo e filme. A trajetória de Mangolte é fascinante. A artista viaja para os Estados Unidos, vinda da França, em 1970, para assistir ao filme Wavetength de Michael Snow. Por seu interesse no cinema experimental norte-americano, muda-se para cidade, passando a fazer parte da efervecente downtown nova-iorquina da época. A partir de então, desenvolve uma consistente reflexão sobre a fotografia e a imagem em movimento, com grande atenção ao corpo, ao espaço e à representação. Ao longo dos anos de carreira, Babette registrou diversos artistas e grupos experimentais, como Trisha Brown, Yvonne Rainer e o Ontological-Hysteric
Theater, criado por Richard Foreman. Para Júlia Rebouças, curadora do Inhotim, as experimentações realizadas naquele momento viriam a impactar definitivamente os rumos tomados pela arte.
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Eu acho que tudo o que mostro na fotografia de minha cena ou em meus filmes é uma certa atenção aos detalhes e à multiplicidade desses detalhes.” Babette Mangolte
“O arquivo generoso e plural que a artista construiu, mais do que simplesmente documentar um período histórico, propõe uma inflexão criativa e crítica que constitui a memória daquele tempo”, comenta. Mais tarde, na década de 1980, Babette deixa de fotografar para se dedicar à realização de filmes, vídeos e instalações, o que segue fazendo até os dias de hoje. “Eu acho que tudo o que mostro na fotografia de minha cena ou em meus filmes é uma certa atenção aos detalhes e à multiplicidade desses detalhes”, afirma Babette. Babette Mangolte no Inhotim Como parte das inaugurações de 2013, Babette Mangolte montou uma exposição, na Galeria Mata, com sete obras. A mostra é a primeira apresentação da artista
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no Brasil e reúne trabalhos realizados nas últimas quatro décadas, num verdadeiro mergulho no seu universo e pensamento. “Essa exposição é muito interessante porque nela sinto de fato que sou, essencialmente, uma cineasta”, diz Babette. Há uma série de questões recorrentes em sua obra, como a relação com o modelo, a dialética entre fotografar e ver e a teatralidade na composição e no enquadramento. “Nessa exposição, você verá a multiplicidade dos pontos de vista em relação ao objeto focalizado, como no filme Edward Krasinski’s Studio, que é sobre o próprio estúdio, ou em Touching III, que são aquelas duas mesas repletas de fotografias”, afirma. Por fim, a artista avalia como é a relação do espectador com a sua obra. “Eu crio para o visitante da galeria que
Eu crio para o visitante da galeria que interage com o trabalho uma espécie de experiência de se olhar para algo que não se conhece.” Babette Mangolte
interage com o trabalho uma espécie de experiência de se olhar para algo que não se conhece. Esse é um exemplo perfeito do meu interesse, que é criar experiências que você não é capaz de criar sozinho. Acredito que os artistas em geral têm o desejo de fazer algo assim, ou seja, abrir-se para outra percepção.”
Desenvolvimento Humano
DERIVAR É PRECISO De acordo com o dicionário, o verbo “derivar” significa, basicamente, desviar, ramificar. E é olhando para esses significados que conseguimos compreender o sentido e os objetivos do Programa de Formação para Educadores Derivar, recém-lançado pelo Inhotim no último trimestre de 2013. Seguindo justamente essa ideia de “ramificar” o conhecimento, o Derivar foi criado para atuar na formação interdisciplinar de educadores, buscando ampliar as experiências educativas vividas por eles ao longo das visitas no Instituto. A ideia é trazer para o Inhotim grupos de professores que, ao longo de vários fins de semana, participam de um curso com discussões, dinâmicas e atividades práticas. “É um verdadeiro convite ao educador como parceiro na experimentação prática, construção de propostas e discussão em grupo. Ao fim desses encontros, ele será capaz de desdobrar conceitos da contemporaneidade na sala de aula, em projetos interdisciplinares ou em visitas futuras a espaços culturais e jardins botânicos como o Inhotim”, comenta a Gerente de Coordenação Pedagógica, María Eugenia Salcedo. Por enquanto, o foco do programa tem sido na formação de educadores do Ensino Fundamental e Médio da Rede Estadual
de Ensino de Minas Gerais. Mas a intenção para o futuro é ampliar o atendimento para professores da Rede Privada e outros
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A construção do conhecimento, dentro e fora da sala de aula, acontece por meio da experiência nesses espaços e de forma colaborativa com os próprios alunos.” profissionais que buscam um diferencial no mercado de trabalho e no campo da construção de conhecimento. Os encontros acontecem aos sábados e contam com aproximadamente 50 educadores por fim de semana. As experiências práticas no Inhotim, o material de apoio e pesquisa que cada um recebe e a garantia de poder retornar para continuar a investigação no parque são pontos de destaque do programa. “A cada ciclo, pretendemos preparar os educadores para que eles mesmos possam conduzir visitas com suas turmas. Queremos que essas visitas possam ser campo fértil para pesquisas ligadas aos seus interesses e currículos. Assim, a
construção do conhecimento, dentro e fora da sala de aula, acontece por meio da experiência nesses espaços e de forma colaborativa com os próprios alunos,” afirma María Eugenia. Além das orientações presenciais, o programa acontece também virtualmente por meio da Rede Educativa Inhotim, plataforma on-line que reúne conteúdo e cria uma rede de relacionamentos e debate para tratar os temas propostos. Com a ferramenta, é possível trabalhar com mais agilidade, comodidade e rapidez no compartilhamento de informações, ampliando muito o número de participantes. O Derivar completou o seu primeiro ciclo em dezembro de 2013 e será retomado com força total em março deste ano.
Arte
Inhotim em alta definição Em dezembro do ano passado, o Inhotim passou a integrar o acervo on-line do Google Art Project, projeto desenvolvido pelo Google Cultural Institute, responsável por promover a cultura, disponibilizando obras e informações sobre arte de importantes instituições espalhadas pelo mundo.
Por meio do programa, o internauta tem a estimulante possibilidade de explorar novos caminhos e navegar pela coleção do parque, podendo escolher, de maneira interativa, a rota da sua próxima visita. Tudo isso com poucos cliques e em alta definição. São, ao todo, mais de 90 obras para serem visitadas, tanto em galerias fechadas como ao ar livre, algo inédito até então nos projetos desenvolvidos pelo Google Cultural Institute. Para o Diretor de Programas Artísticos e Culturais do Inhotim, Rodrigo Moura, a novidade é, além de tudo, uma oportunidade para democratizar o acesso à arte. “A parceria com o Google Art Project está totalmente alinhada às práticas inclusivas do Inhotim em relação à arte. Fazer parte da plataforma virtual significa expandir o acervo artístico e cultural do Instituto em escala global. Esperamos que essa ferramenta seja um estímulo à visita presencial ao Inhotim e que possa nos tornar ainda mais próximos de pessoas ao redor do mundo”, comenta. O trabalho de captura das imagens necessárias para montar o acervo foi
mais do que desafiador. As fotografias das obras localizadas nas galerias foram feitas pelo Trolley, uma espécie de “carrinho” com câmeras que já passou pelos mais importantes museus do mundo. E como o Inhotim também é um Jardim Botânico e conta com obras a céu aberto, as trilhas foram fotografadas pelo Trekker, uma mochila com 15 câmeras acopladas.
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Fazer parte da plataforma virtual significa expandir o acervo artístico e cultural do Instituto em escala global.” Rodrigo Moura
O equipamento é usado normalmente em locais onde o acesso de veículos não é possível. “Inhotim é um museu diferente, com enormes áreas abertas entre suas galerias e instalações. Foi um grande desafio mapeá-lo em toda a sua extensão e oferecer ao usuário a chance de conhecer suas obras”, afirma o Diretor de Engenharia do Google para a América Latina, Berthier Ribeiro-Neto.
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As pessoas poderão mapear e conhecer as obras antes da visita, organizar seus percursos e, no período da pós-visita, obter informações mais detalhadas sobre uma ou outra obra.” Júlia Rebouças
Júlia Rebouças. Assim como Rodrigo Moura, ela afirma que o acesso a essa plataforma deve ser o pontapé inicial para vivenciar a experiência única que é visitar presencialmente o Instituto:
Por fim, o viés educativo do projeto é outro ponto importante a ser destacado, de acordo com a curadora do Inhotim,
“Nada substitui uma visita ao Inhotim, mas com esse projeto, que é também educativo, as pessoas poderão mapear e conhecer as obras antes da visita, organizar seus percursos e, no período da pós-visita, obter informações mais detalhadas sobre uma ou outra obra.”
Botânica e Meio Ambiente
AGENTES DO PRÓPRIO FUTURO A conservação do meio ambiente por meio de práticas sustentáveis tem sido pauta cada vez mais relevante atualmente. Pensando nisso, o Inhotim desenvolve, desde 2008, o Programa Jovens Agentes Ambientais, que tem como objetivo a formação de jovens estudantes da Rede Pública de Ensino de Brumadinho a partir da reflexão sobre o papel de cada um na busca de ações e soluções para problemas ambientais da região. E 2013 foi um ano
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Cada pequeno detalhe ia somando a outros e bang! Nossas ideias se expandiram e não vão parar tão cedo.” Victória Molgado
para lá de especial para o programa. Tudo isso porque, em abril, o JAA expandiu suas fronteiras e passou a ter alcance nacional, após uma versão piloto no distrito de Araras, localizado no município de Petrópolis –RJ. Lançado durante a IX Semana do Meio Ambiente Inhotim, em maio, o Jovens Agentes Ambientais Brasil contou com duas novidades muito especiais. A primeira delas, uma nova
ferramenta educacional chamada Rede Educativa Inhotim. Por meio dela, foi possível promover o encontro e o compartilhamento de conteúdos educativos produzidos pelos jovens e educadores em ambiente virtual. A segunda foi a participação ativa da atriz Cléo Pires, madrinha da edição. “Quando fui apresentada ao Jovens Agentes, eu achei muito humano, tinha tudo a ver com o que eu queria, que era despertar
a consciência e sensibilizar os jovens, principalmente para eles poderem e quererem começar a transformar o que está em volta deles”, ressalta Cléo. Ao fim da edição, a certeza de que o objetivo de despertar o senso de responsabilidade ambiental dos participantes foi cumprido veio por meio de depoimentos dos próprios jovens. É o caso de Victória Molgado, que se envolveu bastante com o projeto. “Foi uma
experiência ímpar. Desde estar com meus colegas, debatendo e criando, até todo o conhecimento que nós conquistamos com o aprofundamento das pesquisas e das ideias. Cada pequeno detalhe ia somando a outros e bang! Nossas ideias se expandiram e não vão parar tão cedo”, afirma. Por fim, a coordenadora Laura Neres destaca que o crescimento do programa deve continuar nos próximos anos.
As atividades do JAA são conduzidas por um tutor local, educadores do Inhotim e parceiros da comunidade. Ao todo, 25 jovens estudantes de Petrópolis participaram da iniciativa, que contou com 2 encontros semanais, com duração de 2h30, ao longo de 3 meses. Ao fim, esses jovens finalizaram a formação com 2 dias de atividades teóricas e práticas no Inhotim. Em 2014, até o momento, o atendimento a mais de 100 novos Jovens Agentes, dentro e fora de Minas Gerais, já está programado.
“A estrutura do Jovens Agentes Brasil permite que o Inhotim esteja em vários lugares do nosso país e em mais de um lugar ao mesmo tempo, compartilhando experiências em protagonismo juvenil, conservação ambiental e qualidade de vida. Para um futuro, queremos tentar levar o JAA também a outros países, potencializando ainda mais essas trocas”, conclui.
Até o fim de 2013, o programa já formou 274 Jovens Agentes Ambientais de Brumadinho/MG, Cavalcante/GO e Araras/RJ. - Os resultados positivos do programa possibilitaram, ao fim de 2013, a sua submissão à Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet. Aprovado pelo Ministério da Cultura, o programa teve também excelente aceitação da iniciativa privada pelo seu caráter inovador em educação para conservação do meio ambiente.
Estrela Botânica, Palmeira Macaúba
Genuinamente brasileira A mistura harmoniosa das espécies botânicas que compõem o acervo do Inhotim é realmente inspiradora. As cores, formas e tamanhos de cada espécie botânica constroem, com delicadeza ímpar, um ambiente para lá de encantador. Parece mesmo que tudo foi milimetricamente pensado. E em meio a tanta diversidade, é inegável afirmar que a coleção de palmeiras presente no parque certamente tem espaço de destaque aos olhos dos visitantes. Mas dentro dessa coleção, um exemplar de palmeira em especial chama a atenção: a macaúba. Genuinamente brasileira, a macaúba, ou Acrocomia aculeata, é uma palmeira que alcança até 25 metros de altura e possui espinhos longos e pontiagudos. Ela pode ser encontrada em quase todo o território nacional. E por isso é também conhecida por outros nomes, como bocaiuva, macaíba, cocobaboso e coco-de-espinho. Com folhas de até 5 metros de comprimento, a espécie apresenta flores e frutos em cachos que podem chegar a até 60 quilos.
Por falar em flores e frutos, ambos carregam características interessantes. As flores da macaúba têm propriedades que atraem abelhas para a sua polinização. Seus frutos, por sua vez, são marronsamarelados, começam a surgir quando a palmeira alcança entre três e cinco anos de idade e produzem óleo. Frutos esses também que, por sinal, são extremamente importantes para a fauna nativa, já que alimentam araras, cotias, capivaras, antas e emas. Mas um detalhe é importante: apesar de produzir muitos frutos, o grau de germinação da espécie é pequeno. Outro aspecto atrativo da macaúba é o seu amplo aproveitamento pelo homem. A polpa e a farinha retirada de seus frutos, por exemplo, são ricas em vitamina A e betacaroteno e podem, portanto, ser usadas para fazer sucos, sorvete, bolos, pães e doces. As folhas servem para a confecção de redes e linhas de pescaria. Já a madeira pode ser aproveitada para ser utilizada em casas e outras construções no campo. Por fim, o óleo da amêndoa, semente da macaúba, é usado na produção de sabão, sabonete, margarina e cosméticos.
Produção de biodiesel Atualmente, o Brasil desenvolve pesquisas com a macaúba com foco na produção de biodiesel, combustível feito a partir de óleos vegetais. Percebendo o grande potencial da espécie para esse fim, estudiosos têm se mostrado cada vez mais entusiasmados com os resultados obtidos. Resgate Há cerca de um ano, o Inhotim realizou, em parceria com a mineradora MMX, um grande resgate de palmeiras macaúba na região de exploração de minério que cerca o parque. Cerca de 115 exemplares foram retirados e incorporados ao projeto paisagístico do Instituto.
Nome Popular macaúba, bocaiuva, macaíba, coco-baboso e coco-de-espinho Nome Científico Acrocomia aculeata Família Arecaceae Ocorrência Ampla ocorrência em todo o território brasileiro
Inhotim em foto
A Maratona de Bandas agitou o pĂşblico que prestigiou a VI Mostra Cultural Inhotim.
O corpo em movimento: O espetรกculo Espaรงamento atraiu os olhares dos visitantes nos jardins do Inhotim.
O artista Fábio Zanon apresentou com o violão a obra “...que sejam luminárias no céufogoágua...”
E os artistas Alexandre Andrés e Rafael Martini encerraram a programação musical de 2013 com dois shows em seguida.
A Big Band Pal谩cio das Artes e a Big Band Uemg apresentaram um repert贸rio variado no palco do Teatro Inhotim.
O espetáculo Interferências impressionou o público pela leveza e originalidade.
VI Mostra Cultural Inhotim: O encerramento da mostra contou tambÊm com apresentaçþes dos jovens da Escola de Cordas.
As comunidades quilombolas de Brumadinho e região celebraram o Dia da Consciência Negra com canto e danças tradicionais.
A colônia de férias Pequenos Propositores iniciou 2014, no Inhotim, divertindo a criançada.
O Carnaval do Inhotim foi para lå de movimentado e contou com uma programação especial para os visitantes.
O Carnaval do Inhotim foi para lå de movimentado e contou com uma programação especial para os visitantes.
Amigo Fotógrafo
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O espelho reflete certo; não erra porque não pensa. Pensar é essencialmente errar. Errar é essencialmente estar cego e surdo.” Fernando Pessoa
Foto e citação enviada por Raquel Gebara, Amiga do Inhotim desde 2012.
EXPEDIENTE Conselho Administrativo
Sérgio Viana Diretor de Administração e Operacional
Bernardo de Mello Paz Presidente
Equipe Programa Amigos do Inhotim
Paulo de Tarso de Almeida Paiva Vice-presidente
Janayna Bhering Diretora
Cláudio de Moura Castro Deborah Shamash
Daniela Machado Coordenadora
José Carlos Carvalho
Jeniffer Silva Promotora
Marcos Coimbra
Daniela Araújo Promotora
Roberto Brant Diretoria
Marcela Monteiro Assistente de Projetos e Captação
Antonio Grassi Diretor Executivo
Jornalismo
Rodrigo Moura Diretor de Arte e Programação Cultural Joaquim de Araújo Silva Diretor de Jardim Botânico e de Meio Ambiente Raquel Novais Diretora de Inclusão e Cidadania Renata Salles Diretora de Projetos e Captação Bruno Diniz Andrade de Oliveira Diretor Jurídico Ricardo Leite Diretor-financeiro
Alexandre Diniz Texto Isabela Marschner Edição Rossana Magri Fotografia