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Carta do Diretor Caro(a) amigo(a), Recentemente, assumi a Diretoria Executiva do Inhotim e também o desafio de aprimorar nossas ações culturais e promover a sustentabilidade dessa importante Instituição. A busca pelo crescimento e o desenvolvimento do Instituto é um trabalho que eu encaro com a sua ajuda. Ao buscarmos a colaboração da sociedade, tenho a certeza de que cada um de vocês, Amigos do Inhotim, faz parte da nossa equipe no esforço pela sustentabilidade. E isso já tem nos rendido frutos. É o caso do nosso Programa de Educação Ambiental que, em setembro, recebeu menção honrosa no Prêmio Sustentar,
como você pode ler nesta edição da revista. Notícias sobre as inaugurações de obras de arte, neste ano, a excelência com que atendemos nossos visitantes e as peculiaridades das comunidades quilombolas existentes na região de Brumadinho são os destaques desta edição da revista feita especialmente para vocês. Espero que gostem. Boa leitura!
Antonio Grassi Diretor executivo do Instituto Inhotim
O que os Amigos estão dizendo por aí...
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Sinto-me muito orgulhosa de participar de um projeto com essa importância”
Suzana Matos Mota, Amiga do Inhotim desde 2011
“Desde a primeira visita a Inhotim, eu e minha família ficamos muito impressionados. Penso que o parque é um dos lugares que mais eleva o nome do Brasil no exterior. Minha filha tem apenas 6 anos e já é fascinada com o lugar, quer voltar o quanto antes. Me sinto-me muito orgulhosa de participar de um projeto com essa importância”.
Brunna Lopes, Amiga do Inhotim desde 2011 “Sou Amiga do Inhotim porque sou apaixonada pelo projeto e acredito muito nele. Fazer parte do programa é uma maneira de tangibilizar meu sentimento por isso tudo. Conheço o Inhotim desde 2004 e acompanhei de perto todo o processo de abertura do parque. No caso do programa, minha participação foi ainda maior e, desde o início do processo, já queria ser Amiga. Como trabalho com a criação e produção de todas as peças que são direcionadas para os Amigos, fazer parte acaba me ajudando a entender o outro lado e poder contribuir de maneira mais eficaz também.”
Paulo Goes Monteiro, Amigo do Inhotim desde 2012 “É muito prazeroso vir no Inhotim. O projeto é muito bacana, e como Amigo, tenho a possibilidade de incentivar a cultura e de valorizar algumas das coisas boas do Brasil. Considero essa imersão que temos aqui algo único e, por isso, orgulho-me de ter um lugar como esse no país”.
Na Mídia
Inhotim além das fronteiras
Entre os meses de agosto e setembro de
Ressaltando a interação e o contato direto
reportagens, o Instituto é amplamente
2013, Inhotim recebeu grande destaque
do visitante com os elementos do parque,
mostrado por meio de seus jardins,
na mídia nacional e internacional.
a revista elege Inhotim como um destino
galerias e projetos envolvendo cultura.
Viajando pelas páginas da Azul Magazine,
verdadeiramente imperdível.
revista mensal da companhia aérea Azul, percebemos a presença do Instituto logo Varejão. Dentro da reportagem, por sua vez, somos convidados a embarcar na história e em algumas das curiosidades do maior centro de arte contemporânea e jardim botânico da América Latina.
d es t i n os I n h otIm ( mg)
Deixamos um pouco as fronteiras brasileiras Texto Bruna Tiussu Fotografias José Bassit
para aterrissarmos com tudo em território norte-americano, mais especificamente nas
MUS EU A C ÉU AB E RTO
Em sentido horário, a Galeria Adriana Varejão; Beam Drop, de Chris Burden; uma panorâmica do jardim do local; e uma das obras de Edgard de Souza. Na página ao lado, em sentido horário, um dos trabalhos de Tunga exposto em seu novo espaço; detalhe da área verde do parque; Troca-Troca, de Jarbas Lopes; e uma porção de Desvio para o Vermelho, de Cildo Meireles
páginas de dois importantes veículos:
Entre belos jardins e obras de arte
Wall Street Journal e Los Angeles Times.
Instalado em uma antiga fazenda de Brumadinho, a uma hora de Belo Horizonte, o Instituto Inhotim convida o visitante a interagir com seu renomado acervo contemporâneo e suas áreas verdes. Novos trabalhos de quase 20 artistas entram em exibição em outubro
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Um lugar sem paradigmas e sem igual em todo o mundo” Los Angeles Times
na capa, com uma foto da Galeria Adriana
As perspectivas para o futuro e a relação entre arte e botânica também impressionaram os jornalistas estrangeiros. O Wall Street Journal afirmou que “em nenhum outro lugar do mundo a interação entre arte e natureza é tão provocante”.
Em ambos, Inhotim é descrito como um
Enquanto isso, o Los Angeles Times destacou
enorme marco de inovação em todo
que se trata de “um lugar sem paradigmas
o mundo. Ao longo de duas grandes
e sem igual em todo o mundo”.
Entrevista: Silvia Tenório Excelência no atendimento “Inhotização”. É com essa palavra que Silvia Tenório descreve o trabalho que realiza há cerca de três anos à frente da Gerência de Excelência do Inhotim. É dela a responsabilidade de capacitar os funcionários para receber bem a todos os visitantes. “Um bom trabalho de excelência proporciona uma experiência inesquecível”, afirma Silvia. E é com esse espírito que o Instituto promove, frequentemente, treinamentos, encontros, dinâmicas e workshops entre todos os seus funcionários e gestores.
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Excelência no Inhotim é ter atenção minuciosa aos detalhes para a satisfação do visitante”
Na entrevista abaixo, Silvia conta um pouco da importância desse tipo de preparação, quais os benefícios que um bom treinamento traz para o visitante e o que podemos esperar dos serviços do parque daqui para frente. 1) Qual o conceito de excelência no Inhotim? Excelência no Inhotim é ter atenção minuciosa aos detalhes para a satisfação do visitante. É superar expectativas
e tornar a visita uma experiência inesquecível. Vai além de fazer o correto. É a arte do bem receber, são pessoas servindo pessoas. O mais importante é o funcionário ser tocado, perceber, a partir da sensibilidade, sentir emoção ao fazer o seu trabalho. O mais importante no Inhotim é a emoção e a sensibilidade que ele proporciona, criadas a partir de um sonho. Não pode ser algo artificial, deve vir do coração, ser sincero, acreditar no que está fazendo.
2) Quais as ações desenvolvidas no parque para melhor atender o visitante?
4) Quais resultados podemos observar com os treinamentos dados?
Capacitação. Tentar ao máximo fazer com que o funcionário viva a experiência que o Inhotim pode proporcionar. O funcionário deve viver a experiência do visitante para então conseguir atendêlo com excelência. Nossas ações iniciam desde o processo seletivo, desde a entrada. Nós somos muito criteriosos. Quem trabalha aqui precisa ter consciência do que é o Inhotim e o que esse lugar pode proporcionar e significar para o visitante. Há o treinamento introdutório, consultoria externa, workshops, treinamento por departamento e entre áreas. Possibilitamos que o próprio funcionário viva o sonho, que sinta a emoção da experiência que existe no Inhotim.
O entendimento do nosso negócio por parte dos funcionários, a padronização dos serviços prestados e a autoconfiança de quem compõe as equipes de trabalho
3) Em um lugar como o Inhotim, quais os benefícios que um bom trabalho de excelência traz para o visitante?
são alguns deles. Tudo isso gera também resultados na outra ponta, ou seja, faz com que o visitante se sinta ainda mais valorizado e saia do Inhotim extremamente satisfeito, ele acaba deslumbrado com a experiência no Inhotim.
Um bom trabalho de excelência proporciona uma experiência inesquecível ao visitante. Esse atendimento aguça os sentidos do visitante para sentir, para viver Inhotim. A amabilidade aguça os sentidos. Então, o acolhimento é mais que importante. Tem de ser primordial.
Não queremos separações entre os setores ou serviços. Queremos que os funcionários do restaurante, assim como os do teatro, dos hotéis, da arena, do centro de convenções ou de qualquer outro vivam o Inhotim. Que o sentimento de servir, independentemente da área de
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Trabalhar excelência no Inhotim é completamente diferente de qualquer outro lugar porque o Inhotim é um lugar único no mundo e trabalha com a emoção”
5) Como o Inhotim pensa o futuro no que diz respeito ao trabalho de excelência? A ideia é fazer com que o estilo de vida póscontemporânea seja disseminado.
atuação, seja o mesmo, e que o padrão de atendimento seja único, exclusivo, incomparável. Queremos promover a “Inhotização”. Alastrar esse sentimento e estilo de vida inovador. Queremos também “Inhotizar” o visitante, e os treinamentos são ferramentas para tudo isso. Trabalhar excelência no Inhotim é completamente diferente de qualquer outro lugar porque o Inhotim é um lugar único no mundo e trabalha com a emoção.
AVANTPREMIèRE Novas montagens da coleção No sábado, dia 19 de outubro, os Amigos do Inhotim das categorias Benfeitor, Benfeitor Máster e Patrono tiveram a oportunidade de participar, com exclusividade, de uma visita mediada pelas novas obras expostas nas galerias temporárias Mata, Praça, Lago e Fonte. Acompanhados pelos curadores do Instituto, cerca de 25 pessoas estiveram no parque para a visita. Confira as fotos:
O Artista, Marcius Galan
O espaço em cheque Concreto, ferro, vidro e madeira. Esses são alguns dos materiais que o artista Marcius Galan utiliza nos seus trabalhos, verdadeiros desafios à percepção. Nascido em Indianápolis, nos EUA, mas criado em São Paulo, Galan cursou a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), referência em artes plásticas no cenário nacional. Em 2012, Galan venceu o Prêmio Investidor Profissional de Arte (Pipa), o que lhe rendeu uma residência de três meses na Gasworks, instituição de Londres que promove contatos internacionais para artistas estrangeiros, incentivando o intercâmbio de ideias e práticas artísticas. Segundo Galan, suas influências artísticas são inúmeras. Mas entre os nomes, vale a pena destacar os brasileiros Waltercio Caldas, Cildo Meireles e o americano Gordon Matta-Clark. Refletindo sobre conceitos de movimento, precisão e equilíbrio, Marcius acredita que ilusão e realidade caminham lado a lado. “Muitos dos meus trabalhos podem ser encarados também como experiências matemáticas. É fascinante o fato de uma linha, por exemplo, ter um início e um fim aparentes, mas, ao mesmo tempo, conter infinitos pontos, transgredindo essa noção de espaço. Isso é uma prova de que buscamos medidas e padrões de coisas que, no fundo, não podem ser definidas”, afirma.
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Muitos dos meus trabalhos podem ser encarados também como experiências matemáticas”
Obras no Inhotim
Seção Diagonal (2008)
Imóvel/instável (2011)
No Inhotim, o artista conta com duas obras em exposição. A primeira delas, Seção Diagonal (2008), encontra-se na Galeria Mata desde 2010. Descoberta e encantamento são alguns dos sentimentos do espectador ao se deparar com a presença de algo que, na verdade, não existe. Por fim, como parte das novas inaugurações de 2013, o artista instalou, em setembro, sua segunda obra: Imóvel/instável (2011). Instalado na Galeria Praça, o trabalho joga com noções de mobilidade estática, evocando uma ideia de falso movimento. “O espaço tem um limite variável e relativo. O que parece desequilibrado pode estar em perfeito equilíbrio se analisado no todo”, comenta Marcius Galan.
Inclusão e Cidadania
Simplicidade e história Fotos: Rossana Magri Um dia a dia tão tranquilo quanto silencioso. Casas muito simples, espalhadas pelo terreno acidentado da região. Uma música baixa, chiada, vinda de um rádio antigo colocado na janela é um dos únicos sons que embalam a tarde. Pessoas acanhadas, com olhar que mistura cansaço e esperança e que, por vezes, enche d’agua quando relembra da infância ou de algum familiar distante. Esse é o cenário de quem chega a Marinhos e Sapé, duas das seis comunidades quilombolas espalhadas pelo entorno do município de Brumadinho (MG). Marinhos tem cerca de 200 habitantes. Sapé, um pouco menor, abriga aproximadamente 50 casas. As duas, no entanto, carregam consigo um passado de resistência e boas histórias.
Quando mais nova, Dona Perpétua costumava ajudar na cozinha durante as festas típicas.
A maioria dos moradores, principalmente os mais antigos, pode ser considerada um retrato vivo de um povo que tem como marca a luta por meio do trabalho. Localizada em uma região que costumava abrigar fazendas, muitos aprenderam a acordar ainda de madrugada e acompanhar os pais no serviço da lavoura. É o caso da dona de casa Maria Perpétua Socorro, 65 anos, nascida e criada em Sapé. “Quando éramos crianças, trabalhava-se de sol a sol na roça. Meus pais me levavam com meus irmãos para ajudá-los todo santo dia. Foi assim que crescemos”, conta. O passar dos anos fez com que a realidade mudasse um pouco. Atualmente, com as novas práticas rurais, encontramos apenas
Além de lecionar na escola local, Nair Silva também faz artesanato.
Nascido e criado em Sapé, Seu Antônio gosta da vida pacata da comunidade.
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As celebrações mostram um pouco do que éramos e do que somos” Nair de Fátima pequenas hortas domésticas no quintal dos moradores. “Hoje, graças a Deus, não existe mais isso. Digo assim porque no passado sofríamos muito”, afirma Perpétua. Os desejos e objetivos de quem mora nas vilas também mudou. Se antes o caminho quase que invariável era casar e continuar na região, hoje, os jovens estão saindo cada vez mais para centros maiores. “Aqui não tem muito emprego, maneiras de estudar mais, então eles acabam saindo quando crescem”, conta Antônio das Graças Silva, marido de Perpétua, que tem dois filhos. Mas apesar da nova realidade, algumas práticas e antigos valores ainda são transmitidos de pais para filhos nas
comunidades quilombolas de Brumadinho. As festas típicas e os cultos religiosos resistem ao tempo e são verdadeiros patrimônios culturais do Estado. As chamadas Guardas de Congo e Moçambique, organizadas pela população, desfilam várias vezes ao ano, trazendo cores e cantos que preservam as crenças locais. Seja tocando algum instrumento, carregando a coroa ou mesmo ajudando na cozinha, o importante é não deixar morrer a tradição. A professora Nair de Fátima Santana, residente de Marinhos, participa desde nova das festas e ressalta que elas são fundamentais para resgatar a memória e as origens da região. “As celebrações
1) Das seis comunidades quilombolas nos arredores de Brumadinho, quatro são reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares (órgão federal, vinculado ao Ministério da Cultura, criado para promover a preservação e proteção da cultura negra). Além de Marinhos e Sapé, as comunidades de Rodrigues e Ribeirão também são reconhecidas. 2) As comunidades quilombolas de Brumadinho possuem grupos de artesanato que produzem peças que remetem à identidade cultural local, como tapetes e bonecas. 3) O Inhotim, por meio da Diretoria de Inclusão e Cidadania, exerce atividade nas comunidades quilombolas da região de Brumadinho desde 2007, realizando projetos que atuam na recuperação das tradições e da memória cultural do local.
mostram um pouco do que éramos e do que somos”, diz. De acordo com ela, há pouco tempo o termo, “quilombola” ainda costumava incomodar. “Eu não gostava de ser reconhecida assim porque pensava que isso denominava alguém que sofreu, que não tinha perspectiva. Mas, com o tempo, dei-me conta de que só estava negando a minha própria existência. Hoje vejo que ser quilombola é ser fruto de um povo carregado de significados. É justamente durante nossas comemorações que somos abençoados. Tentamos passar parte dessa história para as nossas crianças aqui na escola”, conclui orgulhosa.
Arte
Novas obras em exposição Inhotim promoveu a maior troca de acervo artístico deste ano. No dia 24 de outubro, o Inhotim oficializou ao público a abertura de suas novas exposições temporárias. Essa foi a maior troca de acervo já ocorrida na Instituição desde 2006, quando o Instituto passou a receber visitação livre. As mudanças aconteceram nas galerias Mata, Praça, Lago e Fonte e, ao contrário dos anos anteriores, desta vez, não foi inaugurado um novo pavilhão, mas a ocupação dos espaços já existentes com novas obras que integram o acervo do Inhotim. Localizada próxima à recepção, a Galeria Praça exibe a exposição amor lugar comum, uma série de pinturas nas quais o artista Luiz Zerbini justapõe estilos e técnicas, padrões orgânicos e geométricos, campos de luz e sombra, produzindo efeitos óticos que convidam à contemplação. Na Galeria Praça, o público pode conferir nove telas que apresentam imagens de cenas domésticas, paisagens naturais e urbanas e imagens abstratas. Na área central da galeria,
Marcius Galan exibe a obra Imóvel/Instável (2011), que lida diretamente com as questões de equilíbrio e precisão, promovendo a discussão da funcionalidade dos espaços. Já na Galeria Fonte, a equipe curatorial do Inhotim reuniu obras de 13 artistas em torno de um dos mais conhecidos gêneros da pintura, a natureza morta. A exposição atualiza o tema com obras contemporâneas de Alexandre da Cunha, Damián Ortega, Gabriel Orozco, Hitoshi Nomura, Geraldo de Barros, Jiro Takamatsu, João Maria Gusmão e Pedro Paiva, Jorge Macchi, Mauro Restiffe, Robert Morris, Rivane Neuenschwander, Sara Ramo e Tacita Dean. Para a Galeria Mata, Juan Araujo desenvolveu um ciclo de pinturas baseado em temas da visualidade de Minas Gerais, como a Pampulha, o Barroco e obras do acervo do Instituto. A exposição Mineiriana ocupa a primeira sala do local. Na mesma galeria, um panorama sobre a obra de Babette Mangolte reúne filmes, fotografias e instalações que têm como ponto de partida colaborações com outros artistas, como Yvonne Rainer, Richard Serra e Trisha Brown. O baiano Marepe entrou em exposição na Galeria Fonte com as obras Olê ô picolé (2007) e A Cabra (2007). O artista possui também a obra A Bica (1999) instalada permanentemente na área externa da Galeria Fonte.
Botânica e Meio Ambiente
Preparando o futuro A preocupação com o futuro sempre foi uma das marcas do Inhotim. E um dos exemplos claros desse envolvimento são os projetos realizados pelo Instituto por meio do Programa de Educação Ambiental (Prea). Buscando estimular a conservação da biodiversidade, a ciência, a difusão da cultura e a sustentabilidade, a Instituição oferece um espaço amplo e diferenciado para a realização de atividades educativas e socioambientais que crescem a cada dia. Para se ter uma ideia, somente em 2012, o programa atendeu 63.557 pessoas, entre crianças, jovens e adultos, em seus 11 macroprojetos.
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Somente em 2012, o programa atendeu 63.557 pessoas, entre crianças, jovens e adultos, em seus 11 macroprojetos”
E como não poderia ser diferente, o esforço na construção de gerações mais conscientes ambientalmente já começa a receber reconhecimento nacional. Foi o caso da última edição do Prêmio Sustentar 2013, realizado em agosto deste ano. O prêmio, um dos mais representativos da América Latina no setor de sustentabilidade, concedeu uma menção honrosa ao Instituto pelas iniciativas sustentáveis praticadas. Segundo Laura Neres, Coordenadora do Núcleo de Educação Ambiental do Inhotim, a premiação colabora para fortalecer
nacional, sendo algumas delas conhecidas internacionalmente, como ArcelorMittal, WayCarbon e Whirlpool. Iniciativas, como o Programa Jovens Agentes Ambientais, que trabalha com a inclusão socioambiental juvenil, e o Programa Escola Integrada Inhotim, que promove visitas mediadas para alunos e educadores da rede pública, contribuíram para que o Instituto fosse escolhido. “A educação ambiental não se trata apenas da transferência de conhecimentos ou de ensinar como devem ser utilizados os recursos naturais, mas sim de como
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Nosso objetivo para o futuro é, além de fortalecer e popularizar nossas ações, trazer novidades ricas em conhecimento para o nosso público” o entendimento da sociedade sobre a importância de ações educacionais com a temática ambiental. “Processos que incluem tecnologias limpas, por si só, não são suficientes para ofertar à comunidade qualidade de vida e qualidade ambiental. Eles sempre devem estar associados à educação, reflexão e mudança definitiva de hábitos, e isso é o que buscamos fazer. Estamos muitos orgulhosos com essa menção honrosa”, diz. O Prea do Inhotim concorreu com cerca de 40 empresas com ações em território
proporcionar a participação dos cidadãos nas discussões e decisões sobre a questão”, afirma Laura. Para ela, a riqueza do Jardim Botânico Inhotim aliada a seu acervo artístico favorecem a prática multidisciplinar de forma atrativa e eficiente. “Nosso objetivo para o futuro é, além de fortalecer e popularizar nossas ações, trazer novidades ricas em conhecimento para o nosso público”, conclui.
Fórum Sustentar O Fórum Sustentar é sediado em Belo Horizonte há 6 anos. Por meio do Ranking de Produtos, Serviços e Tecnologias Sustentáveis de Empresas Brasileiras, o evento premia práticas de sustentabilidade nas companhias que desenvolvem ações relevantes no território nacional.
Estrela Botânica, Árvore Tamboril
Beleza e exuberância no coração do Inhotim Não é necessário caminhar muitos metros dentro do Inhotim para dar de cara com uma das maiores e mais belas árvores do parque: o Tamboril. Ponto de encontro popular entre os visitantes, a espécie está localizada na área central do Instituto, convidando quem passa por perto a tirar uma foto, descansar sob a sua sombra ou mesmo admirá-la por alguns minutos. A história do Tamboril, ou Enterolobium contortisiliquum, confunde-se com a história do próprio Inhotim. Acredita-se que o exemplar tenha entre 80 e 100 anos de vida, representado assim um dos mais antigos do acervo. Plantada no mesmo local desde a época em que a região era apenas uma vila, a árvore dá nome a um dos restaurantes do parque, além de estampar peças de cerâmica produzidas no local.
O Tamboril é uma espécie abundante e decídua, ou seja, que perde sua folhagem de tempos em tempos. Alcança, em média, de 20 a 35 metros de altura e possui de 80 a 160 centímetros de diâmetro de tronco. É uma árvore de rápido crescimento inicial e muito apropriada para áreas de reflorestamento. Seus frutos são recurvados e semilenhosos, em formato de rim ou de orelha, o que lhe rendeu diversos nomes populares ao longo dos anos, entre eles “orelha de macaco”. Cada um desses frutos pode conter de duas a doze sementes brilhantes e de cor marrom. Apesar de grande e espessa, a madeira do Tamboril é leve, macia e pouco resistente. Dessa forma, é comumente utilizada para a fabricação de canoas, brinquedos, compensados e caixotaria em geral.
Passado e presente Como é uma árvore encontrada próxima de rios, antigamente as lavadeiras utilizavam as sementes e cascas do Tamboril para lavar suas roupas, já que nelas são encontradas propriedades saponinas. Hoje em dia, várias instituições pesquisam mais a fundo a Enterolobium contortisiliquum. A Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por exemplo, descobriu uma proteína extraída da semente da espécie que demonstrou em ensaios uma potente ação antitumoral, anti-inflamatória, anticoagulante e antitrombótica.
Nome popular Tamboril ou “Orelha de Macaco” Nome Científico Enterolobium contortisiliquum Família Fabaceae Ocorrência Florestas pluviais e semidecíduas do norte ao sul do Brasil
Inhotim em foto
Cerim么nia celebrou a conclus茫o de mais um ciclo do Programa Jovens Agentes Ambientais
O Cinema na Praรงa em Casabranca animou crianรงas e adultos com o filme Rio
A Oficina de arranjos florais ensinou a arte dos arranjos para a terceira idade
Inhotim em Cena: O grupo Abayomy Afrobeat Orquestra embalou os visitantes com ritmos africanos
O Ballet Jovem PalĂĄcio das Artes mostrou leveza e movimento para o pĂşblico do Inhotim
Inhotim em Cena: O Ballet Jovem Palรกcio das Artes trouxe leveza e movimento para o espaรงo Tamboril
Festival Internacional de Corais prestou uma homenagem a Chico Buarque
Inhotim em Cena: O libanês Tarek Atoui fez uma apresentação que misturou diversos tipos de sons e ruídos
O Ciclo de Música Contemporânea apresentou o concerto ao ar livre “Música e Espaço” com obras de Iannis Xenakis e João Pedro Oliveira
Inhotim em Cena: O grupo Uakti envolveu a plateia interpretando mĂşsicas dos Beatles
Cirque du Soleil – Artistas do Cirque du Soleil se apresentaram no Inhotim e promoveram oficinas para crianças de Belo Horizonte e região
Caça ao Tesouro – Crianças participaram da Oficina Caça ao Tesouro durante a Semana da Criança no Inhotim
Serviço Amigos do Inhotim
VANTAGENS E BENEFÍCIOS Parcerias
Localiza 15% de desconto na categoria “KM LIVRE”
O Programa Amigos do Inhotim fortaleceu ainda mais sua rede de parceiros. A partir do mês de outubro, nossos Amigos passaram a ter benefícios na Fundação Clóvis Salgado, na Localiza e na Picchioni Corretora de Valores.
Fundação Clóvis Salgado: Programações exclusivas para Amigos do Inhotim Picchioni 1% de desconto sobre a taxa de venda de moeda estrangeira no momento da operação
Amigo Fotógrafo
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Sair de uma galeria e se deparar com a natureza do Inhotim é mais uma surpresa para o olhar” Maria Lúcia Viana Amiga do Inhotim na Categoria Família desde setembro de 2013
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expediente Conselho Administrativo
Sérgio Viana Diretor de Administração e Operacional
Bernardo de Mello Paz Presidente
Equipe Programa Amigos do Inhotim
Paulo de Tarso de Almeida Paiva Vice-presidente
Renata Salles Diretora
Cláudio de Moura Castro Deborah Shamash
Daniela Machado Coordenadora
José Carlos Carvalho
Marina Rolim Analista Administrativo
Marcos Coimbra Roberto Brant
Jeniffer Silva Promotora
Diretoria
Daniela Araújo Promotora
Antonio Grassi Diretor Executivo Eungie Joo Diretora de Arte e Programação Cultural Joaquim de Araújo Silva Diretor de Jardim Botânico e de Meio Ambiente Raquel Novais Diretora de Inclusão e Cidadania Renata Salles Diretora de Projetos e Captação Bruno Diniz Andrade de Oliveira Diretor Jurídico Ricardo Leite Diretor Financeiro
Jonathan Fonseca Promotor Marcela Monteiro Assistente Administrativo Jornalismo Alexandre Diniz Texto Isabela Marschner Edição Rossana Magri Fotografia