Revista CESAR - nº 01

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Vol.1

Bem-vindo ao desafio da inovação!

REVISTA CESAR

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Expediente Revista CESAR - volume 1 Uma publicação da Gerência de Comunicação Institucional do CESAR Jornalista Responsável - Roberta Fernandes (DRT 2457 PE) Textos - Claudia Giane, Fabiana Andrade, Juliana Lopes e Verônica Lemos Diagramação - Ana Cuentro, Leo Macedo e Vanessa Cintra

www.cesar.org.br


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Histórico

As Aventuras do CESAR no Reino da Inovação

O que fazemos

Missão, Visão e Valores

Estratégia para o futuro: CESAR 2030 e nova missão

Inovação no CESAR: caminhos possíveis

Playtown , Summer Job, LEV, Coletivo Coca-cola e Plug Minas

Geração de valor para clientes

Quem é quem

CESAR É MEU NOME

Modelo de negócios Design & Engenharia, CESAR.LABS e CESAR.EDU

O desafio do mercado


Prazer, As Aventuras do CESAR no Reino da Inovação Abdias Campos

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A história que vou contar Surpreende a quem ouvir As aventuras do CESAR Nas estradas do porvir É como se fosse um filme Que estamos a assistir

Iam embora do Recife Para poder trabalhar Deixavam suas famílias Os amigos, seu lugar Levavam conhecimento Sem aqui nada deixar

Foi assim que começou! Desde que ele foi criado Vem fazendo a diferença Pelo que tem inovado Onde ele tem posto a mão A vida tem melhorado

Você já conhece o CESAR? Conhece mesmo? Verdade? Sabe tudo o que ele faz? Sabe até a sua idade? Ouviu falar da sua história Aqui em nossa cidade?

Nem ideias, nem trabalhos Nada pra nossa cidade Estudavam, aprendiam Mas só deixavam saudade Era preciso mudar Essa tal realidade

Usa a tecnologia E design para dar Função ao que precisamos Sem nada desperdiçar Trazendo-nos novidades Promovendo o bem-estar

Se só sabe um pouco escute Dê-me toda a atenção Saiba que há 20 anos Ele abriu essa estação Para desvendar problemas E descobrir solução

Eis que o CESAR surge enfim Para resolver problemas Da nossa sociedade Nos seus difíceis dilemas E com muita inovação O CESAR muda os esquemas

O nosso CESAR trabalha Com grande variedade De projetos que promovem O bem à sociedade Pensando em quem vai usar Qual sua necessidade

Seu nascimento se deu Quando enfim se observava Que o Centro de Informática Da UFPE formava Grandes profissionais Mas nenhum aqui ficava

A esses jovens formados Com grande potencial Cria um novo ambiente Para o bom profissional Desenvolver-se aqui Na sua terra natal

Vejamos alguns projetos Dos muitos que cria e faz Tendo à frente uma equipe De grandes profissionais E como cada projeto Tem resultado eficaz

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somos

CESAR Um sistema inteligente De um tablet acoplado À porta da geladeira Pra nele ficar guardado Listas de compras, receitas E tudo mais anotado

Antes de qualquer projeto Tudo é muito investigado Observa-se, entrevista Quem à questão é ligado Faz-se um diagnóstico De tudo que é pesquisado

Num ambiente feliz De plena humanização O trabalho é promovido Por alta motivação Toda a equipe com prazer Faz essa organização

E para um mini-helicóptero Criou um sistema prático Para inspecionar fios Com um piloto automático Fios de alta tensão Num serviço sistemático

Os engenheiros de teste Também de computação Engenheiros eletrônicos Na mesma motivação Com outros profissionais Em busca de solução

São tantos que não vai dar Pra colocar tudo aqui Como o que ajuda as pessoas Com a cidade interagir E tem o que os médicos usam Para ossos corrigir

Economistas, designers Os administradores Antropólogos também Tornam-se investigadores Para alcançar resultados De efeitos inovadores

“Uso a sensibilidade” “O saber que nunca some” “Uso tecnologia” “Pra resolver tenho fome” “Qualquer problema eu encaro” CESAR? Esse é o meu nome!

Tem para o campo e cidade Dentro de casa e na rua Para melhorar a vida A minha e também a sua São nessas necessidades Que nelas o CESAR atua

O seu trono foi erguido No Reino da Inovação Do Brasil tem recebido A sua coroação Constantemente por prêmios Chega-lhe o galardão

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HISTÓRICO Ousar, inovar, desenhar possibilidades para um mundo melhor. Assim é o CESAR, um centro de inovação privado, que cria produtos, serviços e empresas com tecnologia da informação e comunicação (TICs). Tudo começou em 1996, quando um grupo de professores do Centro de Informática (CIn) da UFPE, a partir de uma iniciativa empreendedora e inovadora, resolveu fomentar o ecossistema de TICs local, retendo talentos e agindo como âncora para o crescimento do setor na cidade do Recife. A partir de 2002, o pequeno espaço localizado dentro do CIn/UFPE deu lugar a um armazém do início do século XX com 1800 m², na região do Parque Tecnológico do Porto Digital, no Bairro do Recife, centro histórico da capital pernambucana. Desde então, o CESAR expandiu suas instalações físicas, ocupando hoje espaço em dois prédios neste parque, totalizando mais de 3.500 m², onde se encontram mais de 500 pontos de trabalho e se situa a Faculdade CESAR - autorizada em julho de 2016, e espaços como biblioteca, auditório, salas de reunião, salas de treinamento e áreas de produção. O crescimento e o impacto causado pelo instituto propiciaram aberturas de regionais em Curitiba (PR), Sorocaba (SP) e Manaus (AM), que somadas às atividades realizadas pela sede, no Recife, possibilitam a estruturação de parcerias mais ágeis com clientes e parceiros. Além delas, o CESAR tem um escritório de negócios em São Paulo e um projeto educacional no Rio de Janeiro.

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O que

fazemos

Somos um centro privado de inovação que atua há mais de duas décadas para melhorar a vida das pessoas utilizando Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e Design. Seja por iniciativa própria ou sob demanda, em parceria ou diretamente, o CESAR trabalha nos seguintes eixos: Execução de todas as etapas do ciclo de inovação para o desenvolvimento de produtos, serviços, processos e negócios

design & engenharia educação

empreendedorismo

Disseminação da cultura, do conhecimento, dos métodos e das ferramentas de geração de inovação para indivíduos, empreendedores e instituições; e Promoção da colaboração entre academia, organizações públicas, organizações privadas e cidadãos para fins de inovação Para agir nesses eixos, trabalhamos sobre três pilares: Design & Engenharia, Educação e Empreendedorismo. A partir deles, nossa equipe realiza desde a observação de mercados, tendências e comportamentos, passando pelo desenvolvimento e prototipação de ideias e metodologias de ensino, até a execução de projetos e criação de novas empresas.

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Porém, o que nos define não é tanto o que fazemos, mas como e por que trabalhamos. Isso porque no CESAR inovação é feita por gente, com gente, para gente. Somos aproximadamente 500 profissionais que formam um time transdisciplinar, proativo, heterogêneo e altamente motivado a alcançar a visão da organização - liderar o crescimento da capacidade brasileira de inovar. Para nós, protagonismo e ousadia são indispensáveis para produzir alto impacto socioeconômico - e temos feito isso ao longo dos anos por meio de projetos para diversos segmentos da economia. Entre eles, metodologias de ensino inovadoras que mudam a vida de jovens, consultorias que redefinem a participação de empresas no mercado e a participação na criação e desenvolvimento de mais de quarenta empresas. Vire a página. Vamos juntos mergulhar no desafio da inovação.


MISSÃO

Identificar, potencializar e concretizar oportunidades de transformação das organizações e da vida das pessoas

VISÃO

Liderar o crescimento da capacidade brasileira de inovar

VALORES Alto impacto socioeconômico Proatividade e ousadia Excelência e parcerias Ambiente instigante e divertido Compromissos ético e regional

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CESAR é meu nome

Para alcançar objetivos desafiadores, o mais importante é trabalhar com um time empoderado, capacitado e feliz. Com a palavra, nossos colaboradores: "Eu acredito que o CESAR como organização de inovação tem um grande potencial para mudar o rumo de inovação do Brasil, e por que não do mundo. É uma organização que aceita grandes desafios, e gosta de superá-los", Eldrey Galindo, Engenheiro de Software. "Eu me vejo crescendo no CESAR porque as pessoas contam comigo; elas dão esse feedback: ‘gostei do teu trabalho’. As oportunidades chegam, e você vai agarrando e vai crescendo", Marcela Campos, Engenheira de Software.

Aproximadamente 500 profissionais: Engenheiros de software e hardware Profissionais de testes Designers Educadores Psicólogos Antropólogos Economistas Administradores Entre outros

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"Eu estou há muito tempo no CESAR, mas vivendo coisas diferentes o tempo todo. Então é como se eu estivesse evoluindo cada vez mais - na mesma organização, mas ao mesmo tempo passando por muitas situações diferentes", Bruna Bunzen, Gerente de Projetos. "Eu trabalho há quase vinte anos no CESAR, e a quantidade de coisas que já vi, cada organização que entra no CESAR é uma lição, é uma novidade pra mim. (...) Eu vivi a experiência de 20 instituições, ao longo de 20 anos, apesar de ter trabalhado em apenas uma", Eiran Simis, Gerente de Empreendedorismo. "A melhor coisa de estar no CESAR, de continuar no CESAR, de viver o CESAR, é a sensação de pertencer",

Uma das 40 melhores empresas para começar a carreira (Você S/A, 2016) Estrutura organizacional predominantemente plana: liberdade de contato entre os colaboradores e a alta gerência Gestão transparente: reuniões mensais e diversos mecanismos de comunicação mantêm os colaboradores atualizados sobre a situação e estratégias da organização

Julio Glasner, Engenheiro Elétrico. "O CESAR não se preocupa só com trabalho, com prazos, com entregas. Ele se preocupa também com o dia a dia do seu profissional, do seu colaborador. Ele não tem você como um fornecedor de materiais. Ele tem você como uma pessoa que ajuda ele a crescer e quer que você também cresça”, Dayane Rodrigues, Engenheira de Software. "É o capital humano que é tão forte no CESAR - mas não porque os colaboradores são inteligentes e podem usar a tecnologia para melhorar as vida das pessoas. Isso é só o meio. O fim somos nós. É a gente", Danielle Andrade, Gerente de Projetos.

Bem-estar do colaborador: sempre em alta Espaços de convivência com TV e jogos - xadrez, damas, dominó, videogame Aulas de Yoga, Pilates, Musicalidades, Libras Sessões semanais de cinema Ginástica laboral Shiatsu Bicicletário


Estratégia para o futuro:

2030 e nova missão

Reconhecimentos como os prêmios FINEP de Mais Inovadora Instituição de Pesquisa do Brasil (2004 e 2010) e de Modelo de Negócios Mais Inovador do País pela Revista Época Negócios (2009) têm atestado ao longo dos anos o sucesso do CESAR enquanto organização focada em inovação. Esta sempre foi a vocação do instituto, desde seu nascimento - ainda que nem sempre fosse seu único foco. Em muitas ocasiões, boa parte do volume dos projetos realizados pela instituição tinham como objeto atividades de engenharia sofisticada, mas com menos ênfase em inovação. 2016, no entanto, foi testemunha de uma mudança na missão do CESAR. Missão antiga: Realizar a transferência autossustentada de conhecimento em tecnologias da informação entre a sociedade e a academia. Nova missão: Identificar, potencializar e concretizar oportunidades de transformação das organizações e da vida das pessoas Agora a organização quer mais: liderar uma mudança do patamar de inovação do Brasil; e ainda que a mudança seja uma ampliação natural do que já vinha sendo feito pelo CESAR, ela vai requerer a adoção de novas mentalidades e o abandono de outras, como a predominância do foco em tecnologia. “Talvez esta seja a mudança mais radical. Entendemos a inovação em um sentido amplo”, explica o

Presidente do Conselho Geber Ramalho. “É claro que vamos trazer todo um background de tecnologia, mas não seremos somente a casa da engenharia”, completa. Tudo isto, além de ter implicações de cultura interna, precisa ser realizado de forma sustentável, que não coloque em risco a operação da organização. E para completar o cenário, existem outras naturezas de desafio. “Temos obstáculos a vencer que estão além da alçada do CESAR; que têm a ver com a cultura brasileira, em particular a cultura brasileira de inovação, e a excessiva dependência do estado”, conta Ramalho. Por isso também é necessário para a organização investir em seu próprio protagonismo no ecossistema nacional de inovação - se envolvendo mais seriamente em debates nos quais não tomava parte antes -, bem como estabelecer parcerias estratégicas. “Um grande exemplo é o documento POETAS. IT, sobre Internet das Coisas, cuja produção foi liderada por nós e apoiada por uma série de parceiros”, Ramalho exemplifica. “Com ele, construímos uma visão diferente e inovadora sobre o assunto mostrando que serviços intensivos em software serão a locomotiva para esta tendência. Além disso, para produzir o material nós agregamos organizações que trabalharam conosco visando o crescimento da capacidade nacional de inovar”, finaliza. Esse é o caminho do CESAR rumo a 2030.

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Para alcançar a nova missão, o CESAR precisa atuar em três frentes:

Ser mais protagonista; Trabalhar mais em rede; Trabalhar mais nas outras partes do ciclo de inovação, e não tanto só na fase de desenvolvimento.

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Para aumentar a nossa contribuição à competitividade brasileira, precisamos ampliar nossa atuação nas extremidades do ciclo inovação, trabalhar mais à esquerda com Consultorias, na fase inicial de Estudo, e mais à direita, operando produtos intensivos em serviço com informações vindas diretamente dos usuários (Inovação Continuada).

ocorram em modelos de negócio ou que as estruturas de um mercado sejam modificadas.

Novos setores de atuação Um dos principais fatores que levam mercados a inovar é a escassez de recursos para o provimento de serviços contra uma demanda crescente pelos mesmos. Em outros casos, uma nova tecnologia permite que mudanças

Em nossas análises, identificamos 4 setores que se encontram neste contexto, que nos parecem mais propensos a inovar. São estes os setores que serão foco da nossa atuação nos próximos anos: Saúde, Transporte, Financeiro, Educação.

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Nestes casos, existem invariavelmente grandes oportunidades para criação de novos serviços que aumentem a eficiência dos recursos existentes ou para o surgimento de novas soluções para os problemas do mercado.

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Projetos de destaque alinhados com a nova missão

Playtown Iniciativa que mistura criatividade, urbanismo, ludicidade e tecnologia para transformar o bairro do Recife Antigo, um dos lugares mais visitados e tradicionais da cidade. Aliando o potencial criativo de profissionais e estudantes de perfis diversos à capacidade do Polo de Tecnologia, o projeto convidou a população para conceber soluções artísticas/tecnológicas, promovendo uma experiência rica, marcante e divertida aos transeuntes do bairro.

Summer Job Programa de imersão com duração de seis semanas no qual estudantes têm o desafio de conceber e prototipar uma solução para áreas previamente definidas.

Coletivo Coca-cola Fomento de negócios sociais sustentáveis para o aumento da empregabilidade nas comunidades. O CESAR desenvolveu o modelo: conteúdos como gestão de pontos de vendas e logística; e metodologias de exposição dialogada, gameficação e trabalhos de campo.

Plug Minas Concepção de um projeto para restaurar a identidade social de jovens em situação de vulnerabilidade, por meio de capacitação e entretenimento - atividades em áreas de cultura digital, arte, empreendedorismo e línguas.

LEV Consultoria estratégica de inovação e mercado que direcionou a Saraiva para ingressar no setor de eletrônicos de consumo com o lançamento de um novo produto, um leitor digital.

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INOVAÇÃO NO

CESAR: Caminhos possíveis

Para o CESAR, inovar envolve toda uma gama de atividades que pode começar com uma observação da realidade e terminar no desenvolvimento de um novo empreendimento. Mas este caminho está longe de ser o único: dependendo da situação, uma ou mais etapas da cadeia de inovação CESAR são utilizadas.

Entender e Definir

Explorar e Prototipar

Construir e Comercializar

PIC

Produtização

Desafios

Aceleração

Experimentos

Educação e Treinamento

Open Labs

Engenharia Avançada

Observatórios

Construção do Futuro

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Fontes de Fomento à PD & I 14

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Entender e definir Analisando a realidade

Observatórios - equipes observam o comportamento de usuários em determinados contextos práticos, buscando idealizar formas de trazer melhorias para sua vivência Construção do Futuro - grupos de pesquisa analisam tendências em tecnologia e design que possam ser absorvidas em projetos futuros

Explorar e prototipar

Nascedouro de ideias e soluções

PIC - Processo de Inovação CESAR, ciclo que engloba estudos e pesquisas, prototipação, desenvolvimento e análise de soluções e serviços Desafios - lançamento de chamadas para públicos determinados, com o objetivo de criar soluções para problemas previamente identificados

Experimentos - especificação e desenvolvimento de protótipos Open Labs - capacitação préaceleração: maturação de ideias para novos empreendimentos

Construir e comercializar Desenvolvendo produtos, soluções, metodologias e/ou empreendimentos

Produtização - consultoria para formatação de um produto, desde suas características físicas até o modelo de negócios Aceleração - consultoria, mentoring e apoio na captação de investidores para formatação e maturação de um novo empreendimento Educação e treinamento desenvolvimento e/ou aplicação de modelos inovadores de educação focados para solução de problemas específicos

Engenharia avançada desenvolvimento de produtos ou soluções utilizando tecnologias da informação e comunicação Em todas as fases desta etapa, a depender do projeto, o CESAR pode participar do risco do negócio junto ao cliente. Alguns projetos e as etapas que foram utilizadas: HCP - pesquisa imersiva que resultou em um relatório sobre melhores práticas humanas dentro do Hospital do Câncer de Pernambuco - observatório, PIC Escolas Rurais Conectadas/ Fundação Telefonica capacitação do corpo docente de escola rural para o uso de tecnologias na sala de aula: observatório, PIC, educação e treinamento

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Geração de valor para clientes Concepção de soluções inovadoras por meio da observação atenta da realidade e entendimento do mercado, integrando design & engenharia, educação, empreendedorismo e negócios. É assim que o CESAR gera valor para a sociedade. Porque não só de desenvolvimento de altíssimo nível vive a inovação, apesar disto ser o que a torna tangível. Quando os times do CESAR se deparam com um problema, eles utilizam conhecimento técnico, experiência de mercado junto a pessoas e instituições de diversos setores e com as mais diferentes necessidades, orientação ao usuário e um processo estruturado para gerar ideias e soluções. A partir daí elas podem tomar várias formas diferentes: um novo negócio, um documento de diretrizes, um método de ensino ou uma aplicação para dispositivo móvel, a depender da necessidade do cliente.

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O desafio do

MERCADO Um dos exemplos mais emblemáticos dos desafios que o CESAR tem encontrado ao longo de suas duas décadas foi o que resultou na própria criação do centro. Nos anos 90, um grupo de professores observou que “apenas” formar capital humano de classe mundial não estava resolvendo o problema de escassez de mão de obra qualificada do nordeste uma vez que os recém-formados estavam migrando para outras regiões. Por isso, eles resolveram criar uma organização que trouxesse para o Recife opções de trabalho capazes de manter os grandes cérebros em sua terra natal e, por consequência, gerasse riquezas para o nordeste brasileiro. Aí firmou-se a vocação do CESAR para, frente a problemas sem solução conhecida, criar seus próprios caminhos em direção ao sucesso. Mas este não foi o único desafio enfrentado pela organização. No Brasil, os centros de inovação, comumente chamados de ICT, ou ICTP (Institutos de Ciência e Tecnologia, Privados), são as âncoras de ecossistemas de conhecimento e o principal destino da maioria dos recursos de fomento à inovação.

Deste modo, os ICT(P)s (como o CESAR) se relacionam com o mercado em níveis de complexidade de negócios e, consequentemente, em relevância para a economia, de quatro formas/níveis diferentes. Cada nível do modelo descreve o grau de maturidade e relevância de retorno do ICT(P) em termos de inovação para a economia: 1- Recursos, 2- Capacidades, 3- Soluções e 4- Empreendimentos (aqui assumidos como Negócios Inovadores, e não necessariamente novas empresas). No nível Recursos (nível mais básico na hierarquia do modelo), as ofertas são matérias primas cruas. No segmento de TICs, por exemplo, o recurso essencial é gente, ofertado/vendido em termos de “homem-hora”. Via-de-regra quem vende não tem como preocupação central qual será o destino do que se está vendendo, ou qual a utilidade que o comprador dará ao que se está comprando. A venda, em si, não exige nenhuma necessidade de entendimento do que quer o cliente. A concorrência, nesse caso, é certa (estamos falando de commodities), o preço é definido pelo mercado, e descontos por volume são comuns. O preço é o principal fator de diferenciação em relação

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RECURSOS

CAPACIDADES

SOLUÇÕES INOVADORAS

NEGÓCIOS INOVADORES

Entendimento de Negócios - Modelo de 4 Níveis

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à concorrência. A equipe de vendas é formada por pessoas com pouca, ou nenhuma, especialização e conhecimento do setor. No nível Capacidades, os recursos genéricos (disponíveis no nível anterior) são agrupados em formas específicas (a partir de competências e habilidades). As unidades centrais já não atendem mais a qualquer um, já que o mercado é mais estreito. O conhecimento do negócio do cliente ainda é pouco relevante, afinal ele é quem vai decidir o que fazer com tais capacidades. O preço ainda é definido pelo mercado, no entanto a percepção de qualidade se torna mais importante (é o que diferencia uma oferta daquela do concorrente). A equipe de vendas é formada por pessoas conhecedoras das tecnologias e de utilidades de cada capacidade. A mudança de fato ocorre quando se está no nível de Soluções Inovadoras, a começar pela equipe de vendas, que tem que atuar muito mais como um consultor do que como um mero vendedor. No nível Soluções, recursos e capacidades são considerados irrelevantes. São partes da rubrica “como fazemos”, e não do item “do que dispomos”. A oferta surge como resposta às perguntas: Qual o problema que o cliente tem ou precisa resolver? Em que negócio ele está? Em que setor ele atua? Quem são seus concorrentes (e não quais são os nossos)? E, aonde ele, o cliente, quer chegar? O foco de atendimento do cliente sai da gerência média para o CEO - Chief Executive Officer (ou Executivo Principal), ou para a diretoria de negócios ou marketing. A criatividade é um imperativo, preço e margem passam a ser função do potencial de retorno que a solução pode trazer. A evolução natural do nível Soluções é o nível Empreendimentos, ou de Negócios Inovadores.

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Neste nível, o provedor de serviços participa do resultado junto com o cliente. E corre riscos também. Tudo muda. O ciclo de negócios é muito mais longo, pois depende de um convencimento, ou do estabelecimento de uma sociedade, ou de uma nova empresa, ou de contratos para exploração comercial e pagamento de royalties. A equipe de vendas é formada por outras pessoas de perfil mais sofisticado, ou de perfil diferenciado. São pessoas que veem no longo prazo um retorno maior e melhor do que no curto prazo, e que entendem que quem empreende depende de todos (e daí trabalham articulações). Metas e indicadores de desempenho precisam ser repensados. Margem já não é o termo adequado para alguma medição de resultado, mas sim ROI Return on Investment ou TIR - Taxa Interna de Retorno, talvez. O resultado é uma projeção e pode ser (e muitas vezes é) totalmente diferente do projetado. Sendo assim, no Modelo de 4 Níveis aqui indicado, os conteúdos relativos aos níveis hierárquicos de outras cadeias produtivas podem assumir papéis distintos daqueles característicos de um centro privado de inovação em TICs. A título de exemplo, na área de Saúde, é plausível propor que os Recursos disponíveis sejam gente (como no caso de TICs), mas também equipamentos médicos essenciais, como estetoscópios (ou robôs, nos casos mais sofisticados) e medicamentos; as Capacidades nessa área podem ser representadas por laboratórios que desempenham determinados tipos de exames especializados; Soluções podem ser as possibilidades de desempenhar determinados tipos de cirurgias e, finalmente, Negócios Inovadores podem vir a ser desenvolvimentos de novas técnicas de tratamento, ou unidades robóticas para apoio a procedimentos superespecializados.


Conheça outros desafios do CESAR frente ao mercado: A percepção geral sobre a importância da inovação “Estamos sempre no limite dos novos modelos, inclusive jurídicos; sempre tateando para saber se podemos ou não fazer determinadas coisas. Nossos advogados estão continuamente observando, de forma proativa, para saber se podemos ir por um caminho ou por outro”, explica o Superintendente do CESAR Sergio Cavalcante. “Somos afetados pela insegurança jurídica no país do ponto de vista das diversas leis de incentivo à inovação, mas isso tem mudado com o novo Marco Legal de Ciência e Tecnologia. Neste aspecto temos trabalhado para influenciar atores-chave para definição de uma política do bem para a inovação: os ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, de Ciência, Tecnologia e Comunicação, da Educação, o Senado, a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação

e Comunicação e a Câmara Americana de Comércio são alguns exemplos. Acreditamos que o novo Marco Legal de C&T tenha uma pitada do CESAR. Mas ainda há muito a ser feito”, completa. Necessidade constante de atualização “Estar sempre atualizado no que acontece na área de tecnologia é fundamental para executar projetos complexos”, opina o Gerente de Operações Benedito Macedo. “E isto representa um esforço grande: manter nossos colaboradores preparados, atualizados e motivados para tocar os projetos”, resume. “Crescer sem crescer” “Em negócios, isto significa conhecer melhor clientes e mercados, entregando aos nossos clientes conhecimentos que os tornem mais competitivos através da inovação. Para isso focaremos em ações como parcerias com organizações externas e integração entre as áreas e regionais já existentes dentro do CESAR”, conta Eduardo Peixoto,

Executivo Chefe de Negócios. “Desta forma vamos conseguir gerar mais valor sem necessariamente ter que investir em aumento do número de pessoas ou da infraestrutura. Crescer em relevância é ter a sociedade em primeiro lugar, e os números de projetos, clientes, faturamento etc como consequência.”, esclarece. Confiança do cliente "Precisamos mostrar ao cliente que temos uma visão de como o negócio dele vai se transformar e convencê-lo a investir em uma solução que vai lhe trazer novas receitas", explica Eduardo Peixoto, Executivo Chefe de Negócios. Sustentabilidade “O fato de sermos um centro independente, sem termos sido criados conectados a alguma instituição, é um desafio imenso. Isso implica que não temos a quem recorrer em momentos de crise. Por outro lado essa independência traz grandes vantagens em termos de liberdade de ação e personalidade”, pontua Cavalcante.

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Quem

é quem

Bob Wolheim

Cristiana Pereira

Conselheiro

Conselheira

Cristiano Araújo

Fred Arruda

Conselheiro

Marcus Regueira

Conselheiro

Geber Ramalho

Conselheiro

Pierre Lucena Conselheiro

Ricardo Paes de Barros Conselheiro

Giordano Cabral

Presidente do Conselho

Vice Presidente do Conselho

Sergio Cavalcante Superintendência

Cláudia Cunha

Relações Institucionais

Benedito Macedo Design & Engenharia

Fábio Campos CESAR EDU

Filipe Pessoa

Empreendedorismo

Eduardo Peixoto Negócios

Karla Godoy

Administrativo e Finaceiro

Ana Maria Souto Maior

Capital Humano

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Carlos Sampaio

Tecnologia de Informação

Roberta Fernandes

Comunicação Institucional


Modelos de negócios em

DESIGN & ENGENHARIA

DESIGN & ENGENHARIA, EDUCAÇÃO E EMPREENDEDORISMO A área de Design & Engenharia do CESAR é coordenada por um escritório de gerenciamento de projetos - Project Management Office, ou PMO -, responsável por orientar e apoiar os mais de 15 Gerentes de Projeto (GPs) tanto na execução quanto na prestação de contas e fechamento/ reportagem dos trabalhos. Operando com uma média de 80 projetos ao ano, o PMO também funciona como um repositório de conhecimento - por ser um elemento centralizador dentro da organização, especialmente na prestação de contas de projetos financiados através de leis de incentivo à inovação. Seguindo esta lógica, o PMO também realiza reportagem de projetos referentes às áreas de empreendedorismo e educação. Sob a orientação do PMO, a gestão é adaptável à realidade de cada projeto. Fica a cargo dos GPs e líderes técnicos a escolha das melhores formas de gerenciamento, uma vez que a organização executa ações das mais diversas naturezas, para diversos clientes e com equipes que vão desde alguns poucos até dezenas de profissionais. Assim, utilizar diferentes formas de estruturação de equipes, técnicas específicas de desenvolvimento e práticas diferenciadas de gestão são escolhas realizadas pelo Gerente de Projetos junto a seu Líder Técnico, com apoio da equipe.

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d chCar Remind er Pun

Olhando para dentro O time de Design & Engenharia também tem desenvolvido, em parceria com a equipe de Sistemas Internos, novas soluções de apoio à operação da própria organização. Exemplos são o PunchCard Reminder e o TripCard, que auxiliam os colaboradores no registro de ponto e de horas de viagens, respectivamente; Alocação de Pessoas, serviço para facilitar o gerenciamento de profissionais em uma estrutura projetizada; e CESAR.Talks, que disponibiliza material institucional e conteúdos sobre inovação produzidos para o público externo. Estas aplicações também têm a participação voluntária de colaboradores.

Futuro Em paralelo a tudo isso a área de Design & Engenharia possui alguns grupos de pesquisa aplicada, nos quais novos conhecimentos são incorporados ao CESAR. Exemplos são as equipes de pesquisa em IoT - Internet das Coisas e Robótica, em Recife, e o time que pesquisa Big Data, baseado na filial Curitiba. O conhecimento gerado pode ser utilizado na concepção de produtos ou serviços para os clientes da organização, juntamente à área de Negócios. Aliás, vale salientar a sinergia entre Design & Engenharia e Negócios na busca por projetos mais desafiadores e mais alinhados com a nova missão do CESAR - e que cubram mais fases do ciclo de inovação.

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CESAR.LABS

Toda a experiência aplicada hoje na aceleração de empresas é reflexo do histórico de 20 anos de empreendedorismo do CESAR, que já ajudou a criar mais de 40 startups. Algumas das organizações nascidas na instituição são reconhecidas nacionalmente e internacionalmente, como é o caso da Tempest Security Intelligence, que tem escritórios no Recife, São Paulo e Londres, e em 2016 recebeu um aporte de R$ 28,2 milhões. O modelo de negócios do CESAR.LABS, área de empreendedorismo do CESAR, é composto por um conjunto de atividades de valor agregado e uma metodologia, adaptada à realidade e às necessidades locais, baseada no Lean Startup. Entre 2015 e 2016 sete startups foram aceleradas, duas das quais conseguiram investimentos privados adicionais aos realizados pela aceleradora, que totalizaram R$ 900 mil. O maior diferencial do CESAR.LABS é que ele está plugado a um centro de inovação.

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propostas recebidas

64

selecionadas para apresentação

37

17

apresentadas no comitê de investimento

em negociação

8

contratadas

CESAR Labs - 2014 a 2016

No LABS os empreendedores têm acesso a todas áreas do CESAR, isto é, recebem – sempre que necessário – consultorias que podem ser das áreas de inovação, design e engenharia. Além da equipe do centro, existe uma rede de mentores externos que trazem experiência de mercado para os jovens empreendedores. As conexões da área de negócios também merecem destaque dentro do nosso processo de aceleração, algumas startups aceleradas foram levadas a potenciais clientes da rede de relacionamentos do CESAR. No segundo semestre de 2016 foi implantado o programa CESAR.LABS Corporate Partners. O objetivo do programa é realizar investimentos conjuntos, por uma empresa madura e o CESAR.LABS, em startups que atuem num segmento de mercado específico. Duas parcerias estão em fase de formalização.

Algumas empresas que passaram pela área de empreendedorismo do CESAR

Para 2017 está previsto o lançamento de uma plataforma com o SEBRAE para cobrir toda a cadeia de empreendedorismo inovador. Partindo da identificação das oportunidades de inovação em cadeias de valor locais, passaremos por hackathons e summer jobs, até chegarmos na aceleração de startups que desenvolverão soluções para os desafios de inovação locais.

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CESAR.EDU

O CESAR.EDU, área educacional do CESAR, foi criado a partir da necessidade do mercado de ter profissionais de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs) capacitados não só teoricamente mas também na prática. Com ensino baseado na metodologia PBL Problem Based Learning, os cursos oferecidos pelo CESAR.EDU - especialmente os mestrados, um na área de design e outro de engenharia de software - apresentam aos alunos oportunidades de desenvolver soluções para problemas reais de empresas e indústrias de diversos segmentos.

com o Mestrado Profissional em Design. No exterior, o CESAR.EDU formou parcerias com a Universidade de Nottingham, na Inglaterra, e a Universidade de Ohio, nos Estados Unidos. No continente africano a parceria foi com o governo de Moçambique. O projeto foi aplicar a expertise do centro em residências - modelos educacional de imersão com aulas teóricas e atividades práticas semelhante à residência médica - na capacitação de seis colaboradores do governo moçambicano. O foco foram práticas de negócios, desenvolvimento de software, testes e design.

No primeiro semestre de 2016, o centro educacional ganhou uma faculdade, com a autorização - concedida pelo MEC - da Faculdade CESAR. Com isso, os mestrados profissionais,os cursos online e pós-graduação, que antes eram tocados pelo CESAR.EDU, se uniram aos cursos de graduação (design e ciência da computação), que serão ofertados a partir de 2018, e fazem parte do portfólio da instituição.

O CESAR.EDU também realiza projetos focados na educação do ensino fundamental e médio. O NAVE - Núcleo Avançado em Educação - é um exemplo. O CESAR é um parceiro estratégico na implementação e na operação do programa, criado pelo Oi Futuro junto com as Secretarias de Educação dos Estados de Pernambuco e Rio de Janeiro. A proposta foi audaciosa: desenvolver um modelo de escola integral, que abrangesse o ensino médio e técnico de forma integrada. Além disso, a ideia era que o aluno se tornasse qualificado e apto para se inserir no mercado de trabalho.

2016 também foi marcado pela expansão das atividades nacional e internacionalmente. No Brasil, a Faculdade CESAR chegou a Manaus

VISÃO GERAL DO FUNCIONAMENTO DAS FÁBRICAS • A fábrica de software é formada por grupos de alunos com perfis variados (gerente de projeto, analista de requisitos, arquiteto de software, desenvolvedor, testador, engenheiro de configuração); • Cada fábrica é responsável por resolver um problema de um cliente real ao longo do curso (sem custo para o cliente).

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