A equipe Pilar GV, da Univale, compete em congresso em Fortaleza-CE e permanece entre as melhores de Minas Gerais
Novas tecnologias de impermeabilização
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Exclusiva com Evaristo Ferreira de Souza
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Estação Tubo de Curitiba
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Ano 1 | Nº 1 | Novembro de 2019
Rua Sete de Setembro, 5105 - Planalto - Gov. Valadares 33 | 3272-1086 33 | 98851-0249 essencialgranitos@hotmail.com Fundada em 2008, a Essencial Granitos se aperfeiçoa ao longo dos anos, trazendo a cada dia inovação para Governador Valadares.
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 5
SUMÁRIO
10
Entrevista exclusiva
18
Automação residenciaL
26
O que é esse tal de BIM?
12
A profissão de paisagista e sua importância na qualidade de vida
24
Saiba mais sobre argamassa com adição de pó de serra
32
Espaços sustentáveis: jardim com resíduos da construção civil
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 6
com Arthur Campos Coelho
por Elzi Morais Diretora Revista Construção e Inovação
EDITORIAL
CONFIANÇA É INDEPENDÊNCIA
Para seguir nossos sonhos é preciso ter uma dose extra de coragem. Mas nem sempre é fácil, no mundo atual, onde pedras nos impedem de caminhar.
Algumas vezes somos levados ao desânimo e questionamos a vida, em busca de justificativas para permanecer em nossa zona de conforto, região que não apresenta nenhum risco. Assim, nos é cômodo continuar nela. Essa acomodação, porém, nos impede de evoluir e conquistar os nossos sonhos.
Para vencer, é essencial saber que todos os dias enfrentamos obstáculos, e que uma vida sem desafios não produz crescimento. Devemos superar o medo e seguir em frente.
Precisamos ser autênticos, lutar por nossos sonhos, ultrapassar nossos limites. A vida irá mostrar o caminho, mesmo que nos pareça difícil.
Sejamos persistentes. Busquemos dar o nosso melhor sempre, pois a recompensa chega para quem acredita. Assim, iremos descobrir novos potenciais, que nos motivarão a voar sempre mais alto e nos ajudarão a tornar nossos sonhos realidade.
A primeira edição da Revista Construção & Inovação representa essa jornada de luta para tornar real um sonho. Nela, apresentaremos empresas e profissionais especializados, que também se recusam a se acomodar, ao contrário, estão sempre em busca de originalidade, eficiência e credibilidade, comprometendo-se a prestar o melhor serviço e atendimento em nossa cidade. Dentre elas, temos uma Universidade que oferece do pré-vestibular a vários cursos de graduação e pós-graduação; uma empresa de energia fotovoltaica do nosso estado vizinho, Espírito Santo, e muito mais. Assim, queremos agradecer, primeiro a Deus, pela realização desse sonho e por tudo o mais que Ele nos tem proporcionado. Agradecer também a cada amigo, clientes e colaboradores, que acreditam em nosso projeto, cuja proposta é mostrar sempre o que existe de inovador na área de Construção Civil, Engenharia, Arquitetura, Paisagismo e outros. Um abraço, até a próxima!
Elzi Morais - Diretora Geral e Equipe
As matérias assinadas pelos colaboradores no conteúdo desta revista são de inteira responsabilidade dos autores. A Revista Construção & Inovação não se responsabiliza pelos serviços e produtos de nossos anunciantes, os quais estão sujeitos às normas de mercado e do Código de Defesa do Consumidor
Distribuição Gratuita
Diretora Geral: Elzi Morais
Revisão Ortográfica: Dalete Gama
Jornalista: Samuel Bonicontro
Design Gráfico e Diagramação: IMAGEM COMUNICAÇÃO
Agradecimento: A DEUS
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 7
EQUIPE PERFEITA PARA QUEM LÊ E ANUNCIA Acesse nossas redes sociais e confira todo o nosso conteúdo. inovacaoeconstrucao Construção e inovação Contato e Vendas: Elzi Morais | Diretora Comercial elzimorais2@gmail.com 33 | 98409-5548
TECNOLOGIA por Vitor Pereira Novaes
Novas tecnologias de impermeabilização:
As membranas de poliuretano
À procura de produtos e serviços mais acessíveis, duráveis e capazes de gerar um ganho de produtividade no canteiro de obras, a indústria de químicos para a construção marcou uma nova era nesta indústria, e com sistemas de impermeabilização não foi diferente.
Sendo responsável por auxiliar na garantia de durabilidade, conforto e proteção de uma edificação, os sistemas de impermeabilização têm sido cada vez mais solicitados quanto a sua qualidade e durabilidade, devendo atender a esforços cada vez maiores de flexão, abrasão e durabilidade, isso com espessuras cada vez menores.
Por esse motivo, sistemas já consolidados há mais de 80 anos no mercado, como os sistemas asfálticos, têm sido cada vez mais vezes substituídos por sistemas modernos, como as membranas de poliuretano.
As membranas de poliuretano atualmente se consolidaram como um dos produtos mais nobres da construção civil, atingindo resistências a alongamento de até 700%, frente a 30% da melhor classe de mantas asfálticas; durabilidade de igual a superior, e tudo isso com metade da espessura, em torno de 2mm, além de já poderem ficar expostas ao tempo e servirem como acabamento.
As membranas de poliuretano podem ser utilizadas em lajes, piscinas, banheiros e até reservatórios de água potável, já que não alteram a potabilidade da água. No entanto, são extremamente viáveis em áreas sujeitas a tráfego de automóveis e pessoas, como em garagens e até helipontos, já que apresentam ótima resistência a abrasão.
Dessa forma, tendo em vista as inúmeras vantagens, é que engenheiros e projetistas têm cada vez mais optado por esses sistemas, visto já terem comprovado a redução de tempo na execução de trabalhos e também uma efetiva diminuição de custos.
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 8
Eng. Civil e Ambiental, Pós-graduado em tecnologia da impermeabilização e Patologia nas obras civis
por Samuel Bonicontro Jornalista
Entrevista exclusiva com Arthur Campos Coelho
Conte um pouco sobre sua trajetória profissional.
Meu primeiro chefe foi meu próprio pai, Virgílio Campos Coelho. Desde meus 14 anos tive a oportunidade e o prazer, como filho, de acompanhar meu pai na rotina da administração de um depósito de material de construção. Os quase seis anos trabalhando ao seu lado me ensinaram a importância da honestidade e do compromisso. A escolha pela Engenharia veio durante esse tempo. Nunca sonhei em ser engenheiro. A opção pelo curso foi praticamente na mesma semana do vestibular, como consequência de ter desistido da Odontologia, opção mais comum em minha família, devido à influência de meus tios, que já atuavam na área havia décadas. Ingressei no curso de Engenharia Civil e Ambiental da Univale, pela inovação que ele oferecia. Seria uma formação em duas áreas da Engenharia que geralmente divergem em seus propósitos e que de cara me fascinou bastante.
Prefeitura Municipal de Governador Valadares, onde imprimi meu conceito de trabalho e, com muita dedicação, fui obtendo espaço e confiança para evoluir.
Hoje me encontro como engenheiro responsável pelo Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Município de Governador Valadares e acumulando outras funções em projetos estratégicos da gestão municipal, como a obra de expansão do Aeroporto Coronel Altino Machado. Também ocupo a cadeira da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos no Conselho Municipal de Meio Ambiente, algo que sempre almejei, e não seria possível sem a confiança do atual secretário, Carlos Chaia, que me conferiu essa responsabilidade de representá-lo.
Como você está posicionado atualmente no mercado?
O mercado hoje exige muito enfretamento. Precisa ter coragem para inovar e assumir responsabilidades, dar seu melhor e às vezes não ter hora pra chegar em casa. Procuro ser muito transparente em meus trabalhos. Acredito que honestidade é tudo e ela não se presume, é comprovada no decorrer da relação profissional. Hoje me desdobro em minhas competências no serviço público e na administração do meu escritório, o qual ombreio esforços com meu sócio, e não esqueço de agradecê-lo sempre por conduzir os trabalhos do escritório, apesar da minha ausência nesse período. Ele tem feito um brilhante trabalho na vanguarda de nossos contratos; um exímio engenheiro que se destaca pela sua capacidade.
Como a inovação pode contribuir para destacar os profissionais diferenciados?
Procuro ser muito transparente em meus trabalhos. Acredito que honestidade é tudo e ela não se presume, é comprovada no decorrer da relação profissional.”
No exercício da Engenharia eu tive boas experiências. Gosto muito de citar meu período na Antares Engenharia, empresa em que atuava no ramo de remediação de áreas contaminadas, uma atividade específica da Engenharia Ambiental. Entrei como estagiário e galguei o cargo de gerente comercial após alguns meses. Em minha passagem por lá, aprendi muito com o engenheiro Almir Trindade, fundador da Antares e um profissional de caráter distinto. Sou muito grato a ele e sua família pelas oportunidades e pelos ensinamentos que recebi.
Pouco antes de me formar me desliguei da Antares e iniciei os preparativos para abrir meu próprio escritório de Engenharia. Iniciei minha pós-graduação em Engenharia de Estruturas - já concluída - e ingressei na carreira pública, como gerente de Planejamento e Controle de Serviços de Limpeza Urbana, pela
A formação multidisciplinar é onde considero que reside a inovação e os novos perfis de profissionais com chances de se destacar. Minha formação é em engenharia civil, engenharia ambiental e especialização em engenharia de estruturas. A área da engenharia civil almeja o desenvolvimento e a transformação do meio a partir da edificação de formas e estruturas para conformar os avanços do desenvolvimento humano. Já a área da engenharia ambiental quer preservar as características do ambiente natural e suas contribuições ao ecossistema, confirmando sua indispensabilidade para a qualidade de vida. A junção dessas duas áreas da ciência é o que qualifica a nobreza e a atuação distinta de um perfil de profissional único, aquele que busca o desenvolvimento de forma sustentável, que se dedica a oferecer soluções que cumpram o objetivo proposto, valendo-se da premissa de que o desenvolvimento pode caminhar ao lado da preservação do meio ambiente ou de sua conformação, de modo a oferecer o menor impacto. Ao alinhar os objetivos de áreas distintas, certamente surgirão novos campos de estudo para explorar e soluções cada vez mais inovadoras.
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 10 ENTREVISTA
O engenheiro civil ambiental contou à revista sua trajetória profissional, carreira e mercado
por Vivian Braz de Souza Costa Bióloga e Paisagista
A PROFISSÃO DO PAISAGISTA E SUA IMPORTÂNCIA NA QUALIDADE DE VIDA
O desequilíbrio do planeta se confunde com a história do homem, onde este acaba desarmonizando o meio pela ação sobre a natureza, compromete os recursos naturais, degrada a terra, destrói habitats (GATTO E WENDLING, 2002, b).
Vivemos em um mundo onde a ação antrópica é marcante, sendo impossível entender o funcionamento dos mais diversos ecossistemas sem considerar a presença e interferência do homem no meio. A intensidade com que a degradação do meio natural tem atingido os seres humanos introduz a discussão sobre a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento (BRASIL, 2003).
Nos últimos anos, iniciou-se uma reconciliação, felizmente, entre o homem e a natureza. Uma das opções utilizadas é a recomposição paisagística, principalmente pela implantação de áreas verdes como gramados e jardins, na pretensão de melhorar a qualidade de vida, deixando agradável o ambiente onde vive (GATTO E WENDLING, 2002, b).
A partir da necessidade da sociedade, surge então a profissão de paisagista, que busca interagir o ambiente com o homem, sem interferir no curso natural da natureza, sendo assim cada vez mais necessária a contratação de um paisagista para elaborar um planejamento paisagístico e valorizar o conforto e o meio ambiente para os seres vivos.
As funções do paisagista vão muito além da jardinagem, pois o paisagismo está relacionado com áreas do saber como Arquitetura, Agronomia, Biologia, Desenho Geométrico e Belas Artes. O profissional entende que as plantas são elementos vivos e, por isso, ele entra em íntima relação com as teorias mais importantes que as envolvem. Dessa forma, ele pode
criar jardins, áreas de lazer, caminhos, pavimentação, dentre outros lugares que possam ser inseridos de forma funcional e criativa no ambiente.
O paisagista, além de elaborar locais verdes, deve ter o cuidado de adequar a iluminação, as cores e o tamanho da área útil para o desenvolvimento de lindos locais com sua arte.
O paisagista possui quatro áreas de atuação:
1. Paisagem e ambiente
Essa é uma das áreas de atuação para paisagistas em que os profissionais precisam valorizar, acima de tudo, o equilíbrio ambiental nos projetos de concepção de espaços públicos e privados nas cida-
climáticas e preservar os ecossistemas locais. Com o rápido crescimento dos centros urbanos, essas são demandas cada vez mais urgentes.
2. Arquitetura da paisagem
O profissional que trabalha com arquitetura da paisagem também pode atuar tanto no setor público quanto no privado. A sua principal especialidade é oferecer soluções para problemas urbanos e ambientas que estão ligados à arquitetura.
3. Arquitetura de interiores e paisagismo
Como o próprio nome diz, entre as áreas de atuação para paisagistas, essa é a que aplica os conhecimentos e as técnicas do paisagismo em projetos de arquitetura de interiores. Apesar de se tratarem de projetos em menor escala, esse profissional costuma contar com a ajuda de uma equipe multidisciplinar para elaborá-los e executá-los.
4. Paisagismo em espaços públicos e privados
des.
Com foco na harmonia entre os elementos urbanos e naturais, eles utilizam métodos e técnicas para fazer o melhor aproveitamento possível de espaços livres.
Os profissionais que atuam nessa área exercem um papel fundamental no planejamento das cidades, pois uma de suas funções é melhorar as condições
Como já vimos, outras áreas de atuação para paisagistas incluem projetos em espaços públicos e privados. Porém, o profissional que escolhe esse nicho, trabalha majoritariamente com residências, sejam apartamentos, casas, empresas, edifícios e condomínios.
Apesar de serem espaços bastante diversos (em áreas de lazer, descanso, trabalho ou moradia), o paisagista que atua nesse ramo valoriza principalmente o bem-estar das pessoas que vivem e convivem em qualquer um deles.
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 12 PAISAGISMO
por Andrea Oliveira Empresária
UNIVERSO FEMININO EXIGE SOLUÇÕES PARA ACOMODAR SEUS ACESSÓRIOS DE MANEIRA PRÁTICA
A mulher moderna precisa de agilidade no seu dia a dia para dar conta de todas as suas tarefas, e uma das maneiras de ela conseguir isso é ter seus ACESSÓRIOS bem organizados – assim, não perde tempo na hora de se arrumar para os compromissos. Confira algumas dicas:
ORGANIZADORES DE GAVETAS são fundamentais para segmentar nichos específicos de pulseiras, brincos, colares, entre outros, facilitando a localização das peças e, de quebra, mantendo tudo arrumado, pronto para o próximo uso. Práticos, esses utensílios são encontrados com proporções diversas de espaço para cada acessório, acomodando itens de dimensões variadas, como anel, relógio e óculos de sol.
Mas o universo feminino é pródigo em criar peças para compor o visual. As bolsas, por exemplo, são objetos de desejo, mas pode ser difícil acomodá-las. Hoje, o mercado oferece PRATELEIRA COM PORTA BOLSA, uma solução que pode ser colocada em armários ou guarda-roupas. Ganchos na parte inferior asseguram a acomodação das bolsas, e um tecido na parte superior serve como proteção contra a poeira – sem contar a facilidade para visualizar a peça a ser escolhida.
E pra fechar, tem A FECHADURA DIGITAL PARA GAVETA,que vem trazer segurança para seus ACESSÓRIOS, sem tirar a praticidade de deixar tudo no seu devido lugar.
Detalhes que fazem toda a diferença no seu closet você encontra na LINEA. Venha conhecer nosso showroom.
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CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 13
PRATICIDADE
Exclusiva com Evaristo Ferreira de Souza: A realidade e a reflexão sobre a engenharia
Você, leitor, que não é engenheiro, não deve conhecer a área da engenharia. Como e por quem os profissionais dessa área são recebidos ao entrar no mercado de trabalho? Qual órgão é responsável por fiscalizar o exercício do trabalho do engenheiro? Onde os profissionais engenheiros podem se qualificar, mesmo após a formação tradicional? Todas essas respostas estão na entrevista que o eng. Civil Evaristo Ferreira de Souza concedeu a Construção e Inovação.
O que é o CREA?
O CREA é o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia. Ele é o órgão que regulamenta a profissão e fiscaliza o exercício profissional. Quando o engenheiro se forma, ele vai a uma Inspetoria do CREA-MG, faz o registro do seu diploma, de acordo com sua grade curricular, fornecida pela escola em que se formou, para que possa exercer a profissão. A fiscalização é feita para verificar se em um empreendimento ou serviço é necessário ter um responsável, engenheiro ou agrônomo, possibilitando, assim, maior segurança e economia para a sociedade.
E a ASPEA? O que é e qual a função?
A ASPEA tem como objetivo congregar os engenheiros e agrônomos da região do Vale do Rio Doce, buscando a promoção social e o progresso dos seus respectivos campos de atuação e atividades. A ASPEA se empenha para que os profissionais sejam ouvidos e acatados na organização e funcionamento de serviços públicos relacionados com a engenharia e a agronomia.
Como você pensa a profissão de engenheiro hoje?
Acho que temos que acompanhar a evolução. Nossa área é tecnológica, mas todas as outras áreas usam a tecnologia a favor, melhor que a nossa. Outra coisa: temos que mudar a lei que regulamenta a nossa profissão, atualizá-la à nossa realidade atual. Temos que fazer o Congresso Nacional trabalhar a nosso favor. Mudar a lei por meio de uma ação parlamentar eficiente. Mudar para que o sistema seja menos burocrata e que tenhamos uma maior liberdade de ação para as associações e os profissionais.
Quais as maiores dificuldades nas associações hoje?
É a falta de recursos e a burocracia em angariar recursos para os trabalhos necessários para o bom desempenho. Os profissionais dedicam seu tempo às associações, e todo esse tempo dedicado é voluntário. Qualquer coisa que se pensa fazer é criada uma dificuldade enorme, e muita burocracia, o que desgasta muito aqueles que ficam à frente dos trabalhos da Associação. A parte mais crítica é a financeira. Sem dinheiro não se faz nada. É muito difícil conseguir recursos de associações, seja do sistema Confea/Crea/Mutua, ou da iniciativa privada. Temos que encontrar uma maneira para facilitar esses procedimentos.
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 14 ENTREVISTA
Os profissionais têm várias oportunidades para se qualificar, como, por exemplo, as universidades. A ASPEA também atua no sentido de qualificar o profissional. Quais são esses cursos?
• Curso de Inspeção Predial — IBAPE- MG
• Curso básico de Perícias Judiciais e Elaboração de Laudos - IBAPE-MG
•Avaliação de Empreendimentos Imobiliários - IBAPE — MG
• Sistema de Tecnologia e Impermeabilização
GESSO BRITO Decorações em Gesso Rua Luxemburgo, 279 - Grã-Duquesa - Gov. Valadares - MG. 33 | 98825-9888 - 3276-1360 Marcos Brito • Sancas • Forros em Gesso • Forros em PVC • Cimalhas • Barrados • Revestimentos • Divisórias em Drywall • Divisórias em Eucatex
URBANISMO Créditos Fotográficos: Acervo IPPUC - Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba
por Abrão Assad Arquiteto
Estação Tubo de Curitiba
O anteprojeto do novo modelo de Estação Tubo de Curitiba propõe uma releitura das atuais estações, possibilitando sua atualização com melhorias, sem perder suas características originais, as quais conferem a este mobiliário urbano estreita identidade com a nossa cidade. Essas modificações serão percebidas como uma evolução nos detalhes construtivos, nos arranjos estruturais e funcionais, suficientes para melhor atender às atuais e às futuras necessidades do sistema.
A proposta é desenvolver um novo modelo, com pequenas alterações nas dimensões e na organização espacial, permitindo ao usuário estabelecer uma relação de similaridade com as estações existentes, as quais representam 364 unidades no todo, preservando, dessa forma, o conceito e a unidade do conjunto.
Curitiba é considerada cidade modelo, graças ao empenho contínuo do
Estação Tubo do arquiteto Abrão Assad e Mural Curitiba, de Poty Lazzarotto
poder público local e de profissionais que dedicaram, nos últimos 45 anos, todos os seus esforços na busca de um planejamento urbano que tem como parâmetros o homem e o seu ambiente.
A cidade conquistou ao longo desses tantos anos, com soluções criativas, um nível de qualidade invejável que merece ser preservado e, se necessário, aperfeiçoado.
Dentre tantas, é exemplar a Estação Tubo, solução adotada para o transporte de massa com plataformas cobertas de embarque e desembarque em nível, e com acessos controlados. E mais: tarifa única, veículos maiores e mais adequados aos diversos tipos de linhas: expressos, alimentadores, interbairros, diretos ou ligeirinhos, todos coadjuvantes da denominada “Rede Integrada de Transporte”.
Isso proporcionou um salto de eficiência comparável a soluções mais so-
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 16
A obra retrata elementos comuns da capital paranaense, como as estações-tubo, araucárias e o Jardim Botânico. Poty é um dos principais artistas curitibanos e fez 46 murais na cidade, que foram tombados como Patrimônio Cultural do Paraná.
fisticadas, daí a denominação popular dada a esse nosso sistema de “Metrô de Superfície”.
O desenho da Estação Tubo é parte integrante dos demais equipamentos urbanos de Curitiba, e deles indissociável, interagindo com os demais atores que compõem a paisagem urbana. Todas as partes desse conjunto reportam umas às outras de forma harmoniosa e identificadas com a nossa maneira de ser e de fazer, na medida e na escala do homem e da metrópole. A dinâmica da cidade e a busca da qualidade do transporte urbano exigem um contínuo aprimoramento do sistema.
Lembrando que a Estação Tubo é um dos ícones da paisagem urbana de Curitiba e, juntamente com a Rua 24 Horas, Estufa do Jardim Botânico e outras obras, todas projetadas em ferro e vidro, pertencem ao patrimônio desta nossa cidade.
O projeto do novo modelo de estação é o aprimoramento da atual, com as devidas qualificações necessárias ao seu pleno desempenho, bem dimensionada, eficiente na manutenção e na segurança para atender as várias modalidades e situações.
O grau de excelência do desenho de um determinado equipamento urbano está na sua capacidade de suportar as novas e crescentes demandas e oferecer alternativas mais eficientes, sem ruptura nem descontinuidade, preservando sua concepção original, sem desvirtuar ou abandonar a sua essência, corrigindo eventuais deficiências e valorizando, desse modo, o que é genuinamente nosso.
Assim, é possível revitalizar o modelo da Estação Tubo sem descaracterizá-la.
O partido arquitetônico adotado propõe uma leve estrutura espacial externa como arcabouço, dentro da qual flutuará transparente o invólucro cilíndrico da estação, e no interior da qual serão acoplados seus novos componentes, literalmente móveis.
As principais propostas para o novo modelo de Estação Tubo são de proporcionar melhorias operacionais no sistema de transporte, conforto térmico e segurança aos usuários e operadores do sistema, visando ganhos energéticos e ambientais.
Melhorias ambientais e de qualidade do sistema de transporte atrairão o usuário do veículo particular, contribuindo com a qualidade do tráfego, reduzindo todos os tipos de poluentes e emissões do gás carbônico, responsável pelo efeito
estufa.
O novo modelo deverá atender as demandas atuais do sistema de transporte de Curitiba, bem como respeitar o espaço físico disponível para a sua implantação.
A concepção desse modelo deverá possibilitar a sua ampliação e os melhores arranjos internos para suprir as diversas necessidades do sistema
de transporte.
O projeto conceitual para a nova versão da Estação Tubo pretende resolver de forma eficiente as mais diversas questões, considerando, para tanto, os novos conceitos de sustentabilidade ambiental, de requalificação da mobilidade urbana, e incentivo ao uso do transporte coletivo para a Cidade de Curitiba.
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 17
por Juliana Perret
AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL
Muitas
pessoas, ao pensarem em arquitetura, lembram-se de edificações bonitas e bem decoradas. Porém, alguns se esquecem, ou até nem sabem, que arquitetura vai muito além da estética. Uma boa arquitetura busca solucionar a implantação e setorização da edificação, e ainda oferecer o que há de melhor em relação às técnicas construtivas, às tecnologias e aos materiais a serem usados, levando sempre em conta cada particularidade do edifício a ser construído e as necessidades das pessoas que irão usufruir dele.
Nesse sentido, os arquitetos devem oferecer praticidade, conforto, economia, qualidade de vida, entre outras prerrogativas de bom desempenho arquitetônico. Por isso, é fundamental estarem sempre atentos a três grandes pilares: as inovações, as tendências do mercado e, principalmente, as mudanças no comportamento humano.
Quando se analisa essa tríade, percebe-se que a automação é um das direções que podem ser agregadas à arquitetura. As pessoas cada vez mais buscam por comodidade, agilidade, precisão, economia, sendo essas algumas das vantagens que podem ser encontradas na automação.
Em maio deste ano foi apresentada na EXPOCASA, durante a EXPOLESTE, uma casa totalmente automatizada, com o objetivo de mostrar às pessoas inúmeras funcionalidades que essa tecnologia oferece.
As casas inteligentes, com dispositivos automatizados, seja por controles mecânicos ou smartphones, tabletes e até mesmo por comando de voz, já
são uma realidade que segue rumo à popularização.
Em pensar que podem ser agrupados em um único celular todos os controles da casa, como, por exemplo, os da TV, som, portões, cortinas, interruptores das lâmpadas, câmeras de segurança etc., proporcionando uma grande comodidade. Inclusive, tudo pode ser ligado de forma remota. Se a pessoa estiver em outra cidade e quiser acender ou apagar as luzes para parecer que tem alguém em casa, é possível, assim como também pode ligar o ar-condicionado de casa, ao sair do trabalho, para encontrar o ambiente fresquinho.
A economia também é uma das vantagens, visto que é possível programar as lâmpadas, ou irrigadores de jardins, para funcionarem em determinados momentos ou mesmo serem acionados por sensores de movimento ou temperatura.
Outro benefício da automação é a acessibilidade que proporciona às pessoas com mobilidade reduzida. É possível ter os portões e portas abertos por comando de voz, ou por biometria, dispensando o uso de chaves, assim como a abertura de cortinas ou persianas pesadas ou de difícil acesso.
Se juntar essa automação nas residências, tem-se o que se chama de Domótica, e essa é uma grande tendência que os arquitetos podem implantar nos projetos arquitetônicos, a fim de atender às transformações comportamentais e oferecer soluções tecnológicas que melhoram a qualidade de vida das pessoas.
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 18
Arquiteta e Urbanista / Decoradora Gestora de Empresas
TENDÊNCIAS
ELO Créditos Fotográficos: Ascord/Univale
Agronegócio
O curso de Tecnologia em Agronegócio da Univale integra um espaço onde vários cursos podem dialogar e propor ações e projetos de cunho interdisciplinar. O Elo permite uma interação muito interessante entre os cursos. E o Agronegócio, como setor, tem a característica de estar conectado com diversas cadeias e processos, logo a inserção do curso no Núcleo oportuniza essa visão aos discentes.
ProfessorMaykonDiasCezário,coordenadordocurso deAgronegócio.
Agronomia
O curso de Agronomia da Univale possibilita que o aluno possa ter formação integral em todas as áreas de atuação da agricultura e pecuária. Como engenheiro agrônomo, esse profissional tem a oportunidade ainda de dialogar com todas as áreas da engenharia e tecnologia, já que temos em nossa instituição o Elo. O Elo é um núcleo que se apresenta como um potente espaço onde projetos interdisciplinares e inovadores podem surgir, além de oferecer aos alunos uma oportunidade diferenciada de interação e apoio.
ProfessorMaykonDiasCezário,coordenadordocursodeAgronomia.
Arquitetura e Urbanismo
O curso de Arquitetura e Urbanismo da Univale tem uma formação generalista, onde o aluno pode trabalhar desde a produção de espaços interiores até a produção da cidade, atuando em todas as áreas da arquitetura. A participação da Arquitetura no Elo possibilita uma maior interdisciplinaridade entre as profissões e os cursos que compõem o núcleo, proporcionando uma formação completa.
ProfessoraIlaraRecebaDuran,coordenadoradocursode ArquiteturaeUrbanismo.
Engenharia Civil
O Elo para o curso de Engenharia Civil da Univale é um misto de evolução e inovação. Ele possibilita transformar ideias criativas em realizações, com o dinamismo e transdisciplinaridade. A integração, os elos que entrelaçam os cursos do núcleo, ajuda na formação de profissionais com visão integrada, agentes de transformação para a melhoria na qualidade de vida e de serviços prestados à sociedade.
ProfessorRulliamdeOliveiraVidigal,coordenadordocursode EngenhariaCivil.
Engenharia Elétrica
É fácil falar sobre o Elo e suas ações, pois tem sido a conexão entre cursos, professores, alunos e comunidade. Ao promover a integração e também a interação de todas estas partes, não apenas cumpre seu papel, como o tem feito com maestria. Sempre envolvido e presente, tem sido um apoio constante ao curso de Engenharia Elétrica da Univale.
ProfessorGyovaneArmondes,coordenadordocursode EngenhariaElétrica.
CONHEÇA Espaço Integrador Ciências e Tecnologia
Uma iniciativa dos cursos que compõem o Núcleo das Ciências e Tecnologia da Univale, o Elo é um espaço planejado para apoiar os cursos de Agronegócio, Agronomia, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil, Engenharia Civil e Ambiental, Engenharia Elétrica, Medicina Veterinária e Sistemas de Informação, no ambiente da universidade e do contexto regional, por meio de estratégias e práticas inovadoras de ensino, pesquisa e extensão que contribuam para a formação dos estudantes.
Além de atender as demandas dos cursos, reforçando a integração e interdisciplinaridade entre eles, o Elo ainda disponibiliza horas dos professores para atendimentos aos acadêmicos para orientações ou apoio didático. Também busca alternativas para qualificar constantemente os professores e alunos que integram o Núcleo, com
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 20
O ELO
Integrador do Núcleo das Tecnologia da Univale
Engenharia Civil e Ambiental
O curso de engenharia Civil e Ambiental tem em sua essência a multidisciplinaridade, por ser um curso de duas habilitações, e o Elo vem para somar isso, fomentando as expertises dos demais cursos de Engenharia, Arquitetura e Medicina Veterinária. Uma parceria exitosa e que comprova o quanto são plurais as áreas da engenharia Civil e Ambiental dentro das esferas social, econômica, política e ambiental.
ProfessorHernaniCiroSantana,coordenadordocursode EngenhariaCivileAmbiental.
Engenharia Civil – EaD (Híbrido)
Precisamos sempre levar os nossos alunos a associar seus estudos à construção do conhecimento científico como algo que não seja tão complicado. Para o curso de Engenharia Civil EaD, o Elo surge nesse contexto. Se apresentando como agente colaborador em propor ações que contribuam com a explicação científica adquirida em sala de aula, torna esse conhecimentos mais interessantes para os nossos alunos.
ProfessorRogérioKleuber,coordenadordocursodeEngenharia CivilEaD(Híbrido).
Medicina Veterinária
O curso de Medicina Veterinária é extenso e complexo, e ainda envolve as engenharias de produção agrária, cuidados com animais e vida selvagem ou de pequeno e grande porte. Por isso, conta com docentes das mais diversas áreas de atuação, envolvendo um trabalho multidisciplinar. No Elo, a engenharia de produção animal assume um papel econômico importante, já que fomenta a economia nacional.
formações pedagógicas, oficinas, cursos, entre outras atividades.
O Elo apresenta um perfil inovador na Univale, por se tratar de uma iniciativa pioneira em promover integração entre os cursos, buscando sempre a formação de um profissional de excelência e completamente preparado para os desafios do mercado.
A equipe Elo é composta pelos professores Clenio Martins, Dayane Ferreira, Denise Queiroz, Jones Righi e Marli Elias, e está sob supervisão da Gestão Pedagógica da Univale (Gepe) e da Pró-reitora de Graduação, professora Adriana de Oliveira Leite Coelho.
ProfessoraMarizadeAzevedoBicalhoRezende, coordenadoradoElo
ProfessorVítorNegrão,coordenadordocursodeMedicina Veterinária.
Sistemas de Informação
Com conteúdos que vão de hardware a inteligência artificial, passando por gestão empresarial, o curso de Sistemas de Informação prepara o profissional para aplicar a tecnologia para a resolução de problemas e criação de novas soluções para as demandas do mercado. No Elo, o curso procura fazer a integração da tecnologia com as outras áreas do conhecimento, estimulando o desenvolvimento de projetos inovadores que utilizem recursos tecnológicos.
ProfessoraRossanaCristina,coordenadoradocursodeSistemas deInformação.
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 21
ECOLOGIA Créditos Fotográficos: Ascord/Univale
Lama de rejeitos no rio Doce poderá ser utilizada para fabricação de blocos ecológicos
A produção dos blocos faz parte de uma pesquisa desenvolvida na Univale pelos cursos de Engenharia Civil e Engenharia Civil e Ambiental
As marcas do trágico rompimento da barragem de Fundão, no distrito de Bento Rodrigues - Mariana, em novembro de 2015, são vistas até hoje, principalmente no leito do rio Doce, onde passaram os rejeitos da lama. No entanto, uma pesquisa desenvolvida pela Univale pretende tornar os resíduos de mineração, que assentaram no rio, em blocos de solo-cimento ecológico.
A pesquisa é desenvolvida pelos cursos de Engenharia Civil e Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Vale do Rio Doce (Univale), sob a coordenação do professor Anderson Caetano Gusmão e com a colaboração dos professores Juliano Daniel Groppo, Adriana de Oliveira Leite Coelho, Rondinelly Geraldo Pereira e Dayane Gonçalves Ferreira.
O professor Anderson explica que o resíduo que está alojado no leito do rio pode ser utilizado para a produção de blocos ecológicos feitos com areia, cimento e os rejeitos da mineração. E foi pensando nessas possibilidades que nasceu a parceria com a Fundação Renova, que está em andamento desde junho de 2018.
“Logo após o rompimento, um representante da Fundação entrou em contato conosco. Durante uma dessas conversas, surgiu a ideia de utilizar esse material para a produção de bloco solo-cimento. Afinal, o que nós poderíamos fazer com
esse solo que correu através do leito do rio? Vamos transformá-lo em blocos ecológicos. Sabemos que temos várias outras opções, e com esse pensamento nós estamos desenvolvendo essa pesquisa junto com a Renova”, explicou o docente. De acordo com o professor, a primeira etapa da pesquisa consiste basicamente em coletar o solo no rio Doce. Em seguida, esse material passa por equipamentos onde ocorrem diversos processos. Um deles é a homogeneização com cimento e areia. Após, a massa é misturada com água e levada para uma prensa manual. Então, os blocos passam por um processo de secagem natural, sem a necessidade de ser queimados.
Entenda a parceria com a Fundação Renova
Paulo Rocha, líder da área de Economia e Inovação da Fundação Renova, explica que a parceria, realizada por meio do Programa de Promoção à Inovação da Fundação Renova, pode contribuir com o desenvolvimento de novos produtos e serviços que possam aproveitar produtivamente o
rejeito da mineração. “Contudo, ainda há muito a ser desenvolvido, visto que estamos trabalhando na fronteira do conhecimento – em virtude do ineditismo do evento. E esse tipo de trabalho, em conjunto com instituições de pesquisa e inovação, é fundamental para identificar oportunidades futuras de tecnologias e negócios que utilizem esse material que está hoje depositado no rio”, destaca.
Para a reitora da Univale, professora Lissandra Lopes Coelho Rocha, a parceria entre a instituição e a Fundação Renova representa um passo importante para a Universidade na realização de pesquisas envolvendo questões ambientais como essa, com foco na sustentabilidade.
“É preciso destacar que a instituição se preocupa em formar profissionais com essa visão, voltada à sustentabilidade. E esse projeto reflete isso, pois se preocupa em dar uma destinação ecologicamente correta para todo o material que veio pelo leito do rio após a tragédia com a barragem”, disse a gestora.
Afinal, o que nós poderíamos fazer com esse solo que correu através do leito do rio?
Vamos transformá-lo em blocos ecológicos.”
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Na foto, o bloco ecológico produzido com a lama de rejeitos
Alunos e professor durante a produção do bloco
Alunos da Univale participam de competição em congresso de engenharia em Fortaleza e permanecem entre os melhores de Minas
Embora eles ainda não tenham recebido o resultado geral, que está previsto para ser divulgado ainda neste mês, o sentimento de dever cumprido e a sede por conhecimento fizeram com que a experiência adquirida fosse a principal bagagem que eles trouxeram para casa. “O congresso não é só competição. A gente tem a oportunidade de ter contato com grandes engenheiros do Brasil, que fizeram grandes estruturas e obras, além de palestras, apresentações de trabalhos. Coisas que conseguimos agregar não só fazendo, mas participando”, destacou Rafael Couto, um dos integrantes da equipe.
Segundo o professor Anderson, entre erros e acertos, com a participação nos congressos, a equipe Pilar GV tem adquirido uma experiência muito grande, que também pode ser aplicada na formação dos acadêmicos. “Isso gera mudanças de comportamento dentro do laboratório, a melhoria do desempenho dos materiais, proporcionando conhecimento tanto para mim quanto para os alunos”.
As primeiras participações e resultados gerais
Pela quarta vez consecutiva, a equipe Pilar GV, formada por alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil, Engenharia Civil e Ambiental e Engenharia Elétrica, representou a Univale no 61º Congresso Brasileiro do Concreto (CBC), realizado em Fortaleza, durante os dias 15 e 18 de outubro. Neste ano, eles competiram em quatro categorias do congresso.
A primeira competição foi o Aparato de Proteção ao Ovo (APO), que consiste em um pórtico de concreto armado com dimensões reduzidas e que tem a finalidade de proteger um ovo cozido. O APO é submetido a impactos por uma peça metálica de 15kg em queda livre partindo de 1m e com altura crescente a cada impacto suportado. Neste ano, o APO, produzido pela equipe, suportou 1,5 metros ou dois impactos. Já na competição de Concreto Colorido de Alta Resistência, o Cocar, o corpo de prova aguentou 1.477,00kgf/cm². A terceira categoria foi o Concrebol, uma bola feita de concreto que necessita ser leve e cem por cento esférica com dimensões pré-definidas. Eles conseguiram produzir uma bola com 4.94kg, que suportou 30 kilonewton de carga na prensa de ruptura.
A quarta e última competição foi a “Quem sabe faz ao vivo”, que existe há três anos, com participação da Univale desde a primeira edição. Nesta modalidade foi rodado um traço de concreto delimitado pelos materiais da região onde acontece o evento. O concreto deve ser moldado e rompido dentro do prazo de 24 horas e são levados em consideração custo, qualidade do concreto e resistência a compressão.
“Eu considero que, este ano, a equipe teve um grande avanço. Conseguimos participar de quatro competições e esperamos que este ano tenha sido nosso melhor resultado. A expectativa é ficar pelo menos entre os 10 primeiros no APO. A equipe avançou muito; mais alunos, mais envolvimento, uma grande evolução. Um resultado muito bom. Estamos muito satisfeitos com o cenário que vivenciamos, principalmente no que diz respeito ao acúmulo de conhecimento”, destacou o professor Anderson Gusmão, que coordena a equipe Pilar GV.
A participação dos alunos da Univale começou em 2015, quando o CBC foi realizado em Belo Horizonte (MG). Segundo o estudante Rafael Dimas, o incentivo foi dado pelo professor Anderson Gusmão e um parceiro do curso. Os estudos preliminares do pórtico são feitos todos os anos, sempre no início do semestre letivo. Os acadêmicos passam pela teoria, fazem análises da armadura do objeto para saber como ele vai se portar. Também realizam testes para avaliar a resistência, armação, flexão e tipo de concreto ideal.
De acordo com Rafael, a cada ano eles vêm melhorando nas competições e obtendo excelentes resultados. “Conseguimos ficar entre os sete melhores da classificação geral em 2016 e um dos melhores de Minas Gerais. Até hoje somos uma das melhores equipes de Minas”, destacou.
Para Bianca Barros, outra integrante da equipe, mesmo que o resultado não seja o que eles esperam, eles já são vencedores por conseguirem competir. “Independentemente do resultado, já somos vitoriosos por termos capacidade. Os nossos patrocinadores acreditaram na gente, a Univale, os professores, todos acreditaram na gente. Além disso, esse congresso ajuda a valorizar a universidade, porque existem faculdades que só oferecem diplomas. A Univale oferece ensino, pesquisa e extensão, então é um diferencial que temos e que não iríamos conseguir em nenhuma outra universidade da região”, concluiu.
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CONGRESSO Créditos Fotográficos: Arquivo Pessoal
Equipe Pilar GV durante o 61º Congresso Brasileiro do Concreto (CBC)
A equipe Pilar GV é composta por alunos dos cursos de Engenharia e Arquitetura da Univale e pelos professores Anderson Gusmão e Adriana de Oliveira Leite Coelho
ARGAMASSA COM ADIÇÃO DE PÓ DE SERRA:
UMA
ALTERNATIVA PARA DISSIPAR O CALOR EM CONDIÇÕES DE INCÊNDIO
A argamassa é um dos materiais amplamente utilizados no setor da construção civil, como componente em sistemas estruturais, com a função de revestimento e/ou vedação.
Quando uma edificação se encontra em condição de incêndio, as argamassas são submetidas a altas temperaturas, podem causar a deterioração e até mesmo o colapso da estrutura. Muitas concreteiras já indicam a adição de fibras poliméricas em matrizes de pasta de cimento com dois objetivos específicos:
• Diminuição da ocorrência de fissuras em argamassas de revestimento oriundas do processo de cura;
• Dissipação de calor em condições de incêndio, onde a alta temperatura, superior à temperatura de fusão da fibra, origina pequenos poros, que são canais que permitem a saída do vapor.
No que tange à utilização de resíduos industriais, pesquisas têm sido incentivadas para a incorporação desses em materiais de construção civil, tornando-os coproduto com significativo valor agregado. Nesse contexto, a inserção do resíduo de pó de serra da indústria madeireira pode se tornar uma prática promissora.
O pó de serra, na maioria das vezes, tem como destino final a combustão ou a disposição em locais inadequados, sendo prejudiciais ao meio ambiente e gerando impactos ambientais. É oriundo do descarte inadequado de resíduos à base de madeira, como os resíduos provenientes de obras da construção civil ou do processamento de madeira, fabricação de painéis e mobiliários.
Sendo assim, a adição do pó de serra em argamassas, além de conferir melhor desempenho às suas propriedades, reincorpora o resíduo ao ciclo produtivo como matéria-prima alternativa. Isso trará benefícios ao setor da construção civil e ao meio ambiente, por se tratar de uma prática sustentável.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Todas as etapas do estudo apresentadas a seguir foram realizadas à luz
da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT em seus textos normativos.
Foram realizados os ensaios de caracterização do agregado miúdo e do pó de serra. As fibras vegetais foram obtidas de pó de serra da espécie Eucalyptus paniculata nas argamassas em frações de 5%, 10% e 15% do peso. Essa madeira, de alta densidade (1,10 g/cm3), é muito utilizada para dormentes, pontes, postes, mourões, carvão e escoras.
Para retirar constituintes naturais existentes na superfície da madeira, garantindo assim a aderência da argamassa nas fibras, foi realizado no pó de serra um tratamento com cal hidratada CH-III na proporção de 5% p/p (peso/ peso) em relação à massa do pó de serra, e diluído na proporção de 0,5% de cal hidratada em relação à massa de água. O pó de serra ficou imerso por 48 horas, sendo em seguida seco em estufa a 100ºC pelo mesmo tempo.
Após o tratamento do pó de serra efetuou-se a manufatura e identificação das argamassas (Figura 1) com o resíduo em estado seco.
As argamassas foram submetidas a três temperaturas: temperatura ambiente (aproximadamente 25 ºC), 200ºC e 400ºC (Figura 2).
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Figura 1 - Corpos de prova de argamassa após retirada dos moldes
Elder Costa Paula da Silva * Fernanda Lopes Fagundes * Waldir Gregório Soares Júnior * Fabrício Moura Dias ** *Engenheiros civis ** Professor Doutor Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - Unileste
ESTRUTURA
As argamassas foram, então, submetidas a prova quanto à propriedade física (perda de massa) e de resistência mecânica à compressão, para em seguida comparar com valores de propriedades de argamassa convencional. O ensaio de resistência à compressão está representado na Figura 3.
adição ao fogo. O valor médio da argamassa convencional aos 28 dias foi de 21,38 MPa. Com a adição de temperatura, o valor de resistência decresceu em 10,4% para 200ºC e 32% para 400ºC.
Para as argamassas com a adição de resíduo de pó de serra não teve perda de resistência para a temperatura, variando de 25ºC a 200ºC. Porém, para a temperatura de 400oC, a redução na resistência foi idêntica à da argamassa convencional, 32%.
As perdas de resistência à compressão quando em condição de incêndio das argamassas são justificadas pela decomposição da fibra e pela perda de massa.
Devido às características apresentadas, de resistência e massa específica, a argamassa com adição de pó de serra não é indicada para locais que exijam grandes esforços estruturais, mas pode ser utilizada para produzir elementos de enchimento de lajes pré-moldadas, para alvenaria de vedação e também para revestimentos.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A ARGAMASSA
A adição de pó de serra tratado aumentou perda de massa ao fogo da argamassa, reduzindo sua massa específica. Isso é justificado pela formação de espaços vazios para a dissipação do calor, atendendo à proposta do estudo. Na argamassa convencional a perda de massa ao fogo foi de 5%, enquanto para as argamassas com resíduo, quanto maior a adição de resíduo de pó de serra maior a perda de massa, sendo de 9,89% para a adição de 15%.
A resistência à compressão das argamassas também foi afetada pela
A adição de pó de serra traz benefícios à argamassa em situações de altas temperaturas, reduzindo a ocorrência de “lascamentos explosivos”, pois a argamassa com pó de serra apresenta redução no módulo de elasticidade, quando comparado à argamassa convencional. Isso traz benefícios para argamassas utilizadas como revestimento, uma vez que as mesmas demandam deformações significativas em situações de incêndios; em relação à temperatura, tem-se que quanto maior a temperatura menor foi o módulo de elasticidade, caracterizando perda de rigidez nas argamassas.
Vale destacar que, ao atribuir um valor agregado a um resíduo, contribui-se com a minimização do impacto ambiental, uma vez que a utilização de um material que é renovável e muitas vezes descartado de forma inadequada promove a redução da extração e utilização de outras matérias-primas que não são renováveis.
REFERÊNCIAS NORMATIVAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. . NBR 7175: Cal hidratada para argamassas – Requisitos. Rio de Janeiro, 2003.
____. NBR 7211: Agregados para concreto - Especificação. Rio de Janeiro: 2005.
____. NBR 7215: Cimento Portland - Determinação da resistência à compressão. Rio de Janeiro, 1996.
____. NBR 10004: Resíduos sólidos - Classificação. Rio de Janeiro, p. 1-5: ABNT, 2004.
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Figura 2 - Corpos de prova para ensaio na mufla
Figura 3 – Ensaio de Resistência à Compressão de uma argamassa com 5% de pó de serra
A adição de pó de serra traz benefícios à argamassa em situações de altas temperaturas, reduzindo a ocorrência de “lascamentos explosivos...”
por Guilherme Valente Engenheiro Civil BIM
O que é esse tal de BIM?
O Building Information Modelling (BIM) ou, em português, Modelagem da Informação da Construção, é uma representação digital das características físicas e funcionais de uma construção. Ela permite o uso integrado de informações relativas a cada obra, desde a fase de projeto até a execução, chegando também à manutenção predial pós-obra e à demolição. Em resumo, BIM é construir virtualmente.
A construção virtual é aposta do mercado para suprir a demanda na indústria da construção. Com ganhos de eficiência, velocidade e assertividade, a tecnologia BIM está mudando a maneira com que construtoras, incorporadoras, governos, fabricantes, engenheiros e arquitetos enxergam o ciclo de vida da construção. Durante anos utilizamos ferramentas CAD 2D para construir um mundo em 3D, tornando comum no dia a dia de obra erros de projeto, inconsistências, incompatibilidades, orçamentos furados e retrabalho, muito retrabalho. Com a ferramenta BIM, o projeto é uma construção virtual, no sentido da palavra, é modelado em três dimensões e carregado de informações construtivas.
Essas informações compõem uma base de dados única, de maneira a unir todas as informações necessárias para as fases subsequentes de projeto, incluindo orçamento, planejamento, logística e as-built.
Nos últimos anos, países como os Estados Unidos, Reino Unido, Singapura, Chile, e outros, adotaram o BIM como padrão público nacional. Isso aconteceu porque BIM é sinônimo de economia de tempo e de recursos, e fazer mais e melhor com o recurso público é a prioridade do governo.
Pensando nisso, o governo brasileiro, por meio do decreto 9377/18, instituiu a Estratégia Nacional de Disseminação do Building Information Modelling no Brasil – Estratégia BIM BR. Além desse decreto, no dia 22 de agosto de 2019, o governo federal definiu novas atribuições e diretrizes para esse programa, por meio do decreto 9983/19.
A conclusão é simples e direta: a tecnologia BIM deixou de ser um futuro distante em nossa indústria. Cada dia que passa a tecnologia é disseminada de forma mais incisiva na construção civil e isso comprova: a transformação já começou! Dizem por aí que “o mineiro não perde o trem”, e esse trem você não pode perder!
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A conclusão é simples e direta: a tecnologia BIM deixou de ser um futuro distante em nossa indústria”
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por Rulliam de Oliveira Vidigal Engenheiro Civil
ENSINO DE ENGENHARIA: GAMIFICAÇÃO E COMPETIÇÕES COMO ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM
Atualmente, discute-se nos meios acadêmicos o uso de metodologias ativas, onde se inserem atividades lúdicas e recursos didáticos desafiadores, como a proposição de aulas invertidas. No contexto das atividades lúdicas, destaca-se a utilização de jogos com caráter educativo, o que traz à tona o conceito da gamificação, que é a inclusão de mecânica, estilo, pensamento e/ ou técnicas de design de jogos para envolver pessoas na solução de um problema.
Pode-se dizer que o processo de gamificação é relativamente novo, derivado da popularidade dos games e de todas as possibilidades inerentes de resolver e potencializar aprendizagens em diferentes áreas do conhecimento. Entretanto, jogos em formatos não digitais são utilizados como estratégia de aprendizagem já há algum tempo, como, por exemplo, as competições em formato de jogos tradicionais, utilizadas como recursos didáticos nos cursos de Engenharia Civil e Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Vale do Rio Doce (Univale).
critérios, divulgados em editais. Nas três competições, os alunos são agrupados em equipes, que se organizam ao longo do semestre para estabelecerem suas estratégias.
A primeira competição promovida pela Univale foi a de pontes de palito de picolé, com início no primeiro semestre de 2013. Nessa competição, os alunos constroem protótipos de pontes utilizando como materiais palitos de madeira e cola branca. O objetivo é construir um protótipo que resista à maior carga até o rompimento.
Pode-se dizer que o processo de gamificação é relativamente novo, derivado da popularidade dos games e de todas as possibilidades inerentes...”
Visando tornar o aprendizado dos conteúdos teóricos mais eficiente e de forma lúdica, a Universidade Vale do Rio Doce vem promovendo, ao longo dos últimos anos, competições utilizando recursos de jogos para estimular a participação e o envolvimento dos alunos nas atividades. Destacam-se nos cursos de Engenharia Civil e Engenharia Civil e Ambiental as competições de pontes de palito de picolé, concreto colorido e taludes. Essas atividades são realizadas a cada semestre, sendo que, para as mesmas, são estabelecidos
Essa competição acontece com a participação dos alunos matriculados no 7º período dos cursos de Engenharia Civil e Engenharia Civil e Ambiental, orientados pelo professor responsável pela disciplina Estruturas Hiperestáticas. Entretanto, em um contexto interdisciplinar, os alunos aplicam os conteúdos assimilados nas disciplinas Física, Mecânica Racional, Resistência dos Materiais, Estruturas Isostáticas e Materiais de Construção, além de adentrarem conceitos que serão posteriormente abordados na disciplina Pontes. Observa-se a cada semestre uma grande diversidade de modelos de pontes, sendo que algumas se destacam pelos recursos estruturais mais elaborados, como treliças e arcos, e outras que são dimensionadas e fabricadas com recursos mais simples, como pórticos associados.
Passado o tempo de colagem dos palitos, a ponte é dada como concluída e segue-se a etapa de rompimento. O rompimento consiste na culminância
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da competição, sendo para esta etapa programado um evento acadêmico, com a presença de todos os grupos, alunos de outras turmas do curso e convidados da comunidade acadêmica. A equipe vencedora da competição será aquela cuja ponte suportou maior carga. Entretanto, ainda é estabelecida uma relação entre a carga suportada e a massa da ponte, que é aferida antes da competição.
Já a competição de concreto colorido é um evento que acontece semestralmente na Univale, envolvendo alunos dos cursos de Engenharia Civil, Engenharia Civil e Ambiental e Arquitetura e Urbanismo. Trata-se de uma atividade prática em que os alunos são estimulados a produzir corpos de concreto com alta resistência. Além desse fator, também são avaliadas a coloração e a tonalidade do concreto. Essa competição está diretamente atrelada à disciplina Materiais de Construção, que é ministrada aos alunos do 5º período dos cursos de Engenharia Civil e Engenharia Civil e Ambiental e 6º período do curso de Arquitetura e Urbanismo. Com essa competição, os alunos aprendem os conceitos e aplicam os conhecimentos relacionados à dosagem experimental, produção, cura e controle tecnológico do concreto, além de discutirem os aspectos relacionados ao uso racional e sustentável do concreto para aplicação na engenharia e na arquitetura. Os corpos de prova são produzidos pelos estudantes durante o semestre, para depois serem levados à prensa, para rompimento. Paralelamente são realizadas avaliações para seleção, classificação ou votação no quesito cor. A cada semestre há uma inovação na produção e rompimento dos corpos de prova de concreto. Já foram avaliadas as resistências à compressão e tração na flexão de concretos produzidos com agregados leves, fibra e areia artificial.
mente, o solo e as mantas geotêxteis próprias para esse fim.
Nessa competição há algumas regras a serem seguidas, tais como: a contenção deverá ser o mais vertical possível (inclinações da ordem de 90º), possibilitando a otimização do uso do solo na estabilização de taludes; a área superior do talude deve estar nivelada, o que evita, em situações reais, trabalhos com terraplenagem; só é possível utilizar a quantidade de areia disponível para cada equipe no local da competição; e os taludes devem ser executados no menor tempo possível, considerando que em situações reais isso acarreta redução de custos e possibilidade de redução ou eliminação de acidentes de trabalho. O rompimento dos taludes modelados é realizado no mesmo dia de sua execução em evento aberto ao público e os resultados são divulgados na finalização do evento, com classificação das equipes participantes e premiação do grupo vencedor.
Com essa competição, os alunos aprendem os conceitos e aplicam os conhecimentos relacionados a dosagem experimental, produção, cura e controle tecnológico do concreto...”
Ao utilizar jogos no contexto educativo, diversos benefícios são verificados no processo de ensino e aprendizagem. Observa-se que o envolvimento dos alunos em atividades lúdicas independe do nível de escolaridade dos mesmos e, mesmo na graduação, os resultados são satisfatórios em seus diversos aspectos.
Em tempos em que muito se discute a inserção de estratégias de games no contexto educacional, processo conhecido por gamificação, nota-se que a inserção de jogos, mesmo que em formato não digital, traz os mesmos benefícios.
A competição de Taludes é um projeto desenvolvido pelos cursos de Engenharia Civil e Engenharia Civil e Ambiental da UNIVALE, como atividade prática das disciplinas Mecânica dos Solos I e II, que objetiva potencializar o interesse dos alunos da graduação na área de Geotecnia, por meio da aplicação prática de conceitos estudados em sala de aula. Essa competição consiste na execução de uma obra geotécnica, em modelo reduzido, simulando a construção de um talude em escala real.
A obra geotécnica simulada na competição reproduz uma solução para contenções pelo método de terra armada, sendo no protótipo utilizada areia e cartolina, para representarem, respectiva-
Observam-se ganhos relacionados à assimilação de conteúdos teóricos através de atividades práticas, desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas ao desenvolvimento da capacidade de liderança e de trabalhar em equipes, além da aprendizagem significativa em fatores que são relevantes para a engenharia.
Especificamente no contexto da engenharia, essas competições reforçam o aprendizado de importantes procedimentos, tais como a valorização do planejamento, a utilização de recursos de forma econômica e consciente, a execução de obras conforme especificações de projeto, a minimização de tempo para a execução de empreendimentos, a prevenção de acidentes de trabalho e a qualidade visual dos projetos executados, fatores que reduzem custos, minimizam impactos ambientais e evitam retrabalhos.
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D ESTAQUE S
BOAS FESTAS! FELIZ 2020!
Com o coração cheio de alegria e com carinho desejamos aos nossos leitores, amigos, parceiros, colaboradores e a todos um feliz natal e um 2020 repleto de bênçãos e realizações!
Sabemos o quanto está sendo difícil pra todos nós, mas a esperança de tempos melhores em nossos corações é que faz a diferença. A todos que acreditam em um mundo melhor e mais justo, e fazem a sua parte, um forte abraço da equipe da Revista Construção & Inovação
Administrada pela empresária Cybele de Paula Coelho, a Essencial Granitos representa em Governador Valadares e região o que há de melhor. Prova disso é sua própria residência. Fez questão de nos mostrar. Criatividade, inovação e ousadia foi o que constatamos. Bom gosto acima de tudo! Uma das características da empresária é trabalhar com o melhor preço, atendimento e qualidade. Você encontra tudo pra sua construção ou reformas.
Novidades em granitos, só na Essencial Granitos, no mercado desde 2008.
Parabéns Cybele, pela excelência e dinamismo!
Com o avanço da tecnologia, além da beleza, os modelos LCD/LED podem ser aplicados em vidros e espelhos.
Marcos Reis Planejados está fazendo esse trabalho com as TVs com telas escamoteáveis, que, desligadas, são superfuncionais, tornam se invisíveis, transformando-se em um lindo objeto de decoração, como os espelhos em que elas ficam embutidas. Ligadas são TVs; desligadas são espelhos.
São vidros espelhados, refletivos.
Quando a TV estiver desligada aparecerá somente o espelho.
A M K S solar está há cinco anos no mercado de energia fotovoltaica, presente no Espírito Santo, Bahia e, em Minas Gerais, nos vales do Rio Doce, Jequitinhonha e Mucuri. O empresário bem-sucedido Markus Pereira Coelho prima, em seu trabalho, pela excelência dos seus projetos, de olho no futuro! O sistema permite que você produza sua própria energia, seja em sua residência ou empresa. Aos que imaginaram que um dia isso fosse acontecer, já é realidade.
Falando de inovação, podemos reconhecer que a UNIVALE está sempre à frente.
O que antes era Semana da Engenharia neste ano transformou-se em Semana do Núcleo de Ciências e Tecnologia, abrangendo sete cursos. São eles: engenharia civil, engenharia elétrica, engenharia civil e ambiental, arquitetura e urbanismo, agronegócio e medicina veterinária. Na próxima edição mostraremos em um caderno especial tudo o que aconteceu no evento. De 19 a 21 de novembro de 2019.
Obrigada pelo convite. Estaremos presentes.
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Há 40 anos no mercado, a Nordestina da Galeria Wilson Vaz não chegou até aqui por acaso. É referência em Governador Valadares e região em se tratando de enxovais. Faz a diferença na vida dos seus clientes e amigos. Compartilha seus melhores momentos! Realiza seus sonhos. Sua história ao longo desses anos tornou-se também a história de muitos que por ali passaram. Conquistou a todos com a qualidade dos produtos e serviços.
Profissionais escolhidos para servir a cada um conforme suas necessidades.
Sucesso sempre! Parabéns!
Nordestina, sempre com você!
O casal Nirlei Roberto Rodrigues e Daniele Coelho Barros nos surpreendeu com a beleza e criação dos Móveis Montessoriano.
Feitos sob medida, desenvolvem a autonomia da criança no seu dia a dia. Percebemos o quanto nossas crianças evoluem quando são criadas em um ambiente que favorece.
Fabricados em Governador Valadares, mas atendem em todo o Brasil.
Vários modelos estão expostos em seu showroom.
Façam uma visita. Vocês vão se encantar com a beleza dos Móveis Montessoriano.
Sucesso garantido!
Como o tempo passa! Parece que foi ontem que conheci a Haifa! Já se passaram dez anos. De lá pra cá, quanta coisa mudou, inclusive o tamanho. Hoje temos uma loja completa, em se tratando de móveis rústicos, cristais, adornos e muitas outras coisas que tornam sua casa um lugar aconchegante.
Quem visita a Haifa Premium sai encantado com a infinidade de produtos que ela oferece. Tem pra todos os gostos.
Imperam a beleza e a sofisticação.
Parabéns ao casal Bruno e Suellen Maikel, que fizeram da Haifa Premium um lugar que é a continuação da nossa casa.
Não existe outra igual, nem parecida!
Na próxima edição vamos publicar uma entrevista com a engenheira civil Ludimila Passos Brito, que cola grau neste final de ano na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Seus pais, Marcos e Vanda Brito, e seu irmão Marcos Vinícius já estão comemorando mais essa vitória na vida da família. Ela sempre foi uma jovem exemplar.
Parabéns Ludimila, por mais esta conquista! Sucesso!
EMPÓRIO DO MARCENEIRO
O Empresário do Ano Agnaldo Miranda não mediu esforços para nos oferecer o que existe de melhor em madeiras e acessórios.
A Casa do Marceneiro tem tudo isso e muito mais para que os profissionais possam escolher o que mais lhes agrada.
Há mais de 20 anos no mercado, com lojas nas vizinhas cidades de Ipatinga e Guanhães, a Casa do Marceneiro chega a GV fazendo a diferença.
De 8 a 12 de julho, em um café da manhã, profissionais, fornecedores e amigos conheceram e aplaudiram sua inauguração. Imperam qualidade e bom gosto. Com equipe de profissionais preparada para atender o cliente em suas necessidades. Sucesso garantido.
EMPÓRIO DO MARCENEIRO
EMPÓRIO
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EMPÓRIO DO MARCENEIRO
por Rondinelly Geraldo Pereira
ESPAÇOS SUSTENTÁVEIS: JARDIM COM RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
Protagonismo estudantil é destaque em projeto executado por alunos do curso de Engenharia Civil e Ambiental da Univale
A busca por alternativas sustentáveis para destinação de resíduos de construção civil foi um desafio proposto aos alunos matriculados na disciplina Materiais de Construção I do Curso de Engenharia Civil e Ambiental da Univale. O resultado deste desafio consistiu em um jardim que, além de contribuir com aspecto paisagístico do Campus Antônio Rodrigues Coelho (Campus II), destacou-se pela simplicidade dos recursos e eficiência do sistema, com economia de custos e recursos.
Todas as etapas desse projeto até a finalização foram idealizadas e executadas pelos alunos com supervisão do Engenheiro Civil Rondinelly Geraldo Pereira, docente vinculado ao curso de Engenharia Civil e Ambiental. Essa ação foi atrelada ao Projeto Rede Solidária, desenvolvido por diversos cursos da Universidade Vale do Rio Doce.
Com base nos princípios do desenvolvimento sustentável, explorou-se a reutilização de resíduos, de forma a evitar o seu descarte. A forma paisagística definida pelos envolvidos consiste em quatro círculos, inseridos em um triângulo cercado por meio-fio, que já estava disposto no local. Foram locados três círculos menores nas proximidades dos vértices do triângulo e um círculo maior no centro do mesmo. Todos esses círculos foram contornados com corpos-de-prova de concreto, descartados pelo Laboratório de Materiais de Construção da Univale. Inicialmente, foram realizados serviços de limpeza do local pela equipe do DEC da universidade, com remoção da camada superficial do solo, das espécies gramíneas remanescentes e da camada superficial do solo, para que não houvesse proliferação dessa espécie. Manteve-se o meio-fio que contorna o canteiro, sendo que o mesmo foi caiado posteriormente.
Como substrato acrescentou-se uma nova camada de solo, que foi misturado com material orgânico para melhor desenvolvimento da vegetação. Em todo o jardim foi acrescentada uma camada drenante com resíduos de materiais cerâmicos ou cimentícios, como cacos cerâmicos e sobras de concreto, o que facilita a infil-
e resíduos cimentícios, o que deixou cada um com aspecto peculiar e em cada um desses círculos foram inseridos blocos para alvenaria estrutural, de forma a combinar com o elemento da base. Como são blocos vazados, os mesmos serviram como vaso para o plantio das espécies selecionadas. No círculo central do jardim foi inserido um tronco de árvore para que no mesmo fossem alocadas espécies de bromélias e aparato para alimentação das aves existentes no entorno. Nos demais círculos foram plantadas ou colocadas em vasos espécies distintas adequadas ao local, como cactos e espada de São Jorge, uma vez que essas espécies são bem resistes à insolação que atinge o local ao longo do dia. Para forração do restante do canteiro optou-se por grama do tipo esmeralda, sendo este o único custo do projeto, que ficou por menos de oitenta reais.
Finalizado o jardim, os funcionários da universidade assumiram a responsabilidade por sua manutenção e, inclusive, houve funcionários que doaram vasos com plantas, que ficam alocadas sobre blocos sextavados dispostos sobre a grama.
Para a aluna Gleidilene Santos, a experiência foi enriquecedora, pois por meio da construção de um jardim de pequeno porte foi possível já se sentir inserida no contexto prático das obras de engenharia, participando ativamente dos processos de elaboração de projetos, escolha de materiais e técnicas, além de exercitar a capacidade de trabalhar em equipe, o que incentivou alguns alunos a assumirem postura de liderança. Além disso, a atividade trouxe consigo a satisfação dos envolvidos com o resultado final, uma vez que puderam discutir e colocar em prática os conceitos do Desenvolvimento Sustentável em seus aspectos econômicos, sociais e ambientais. Nesse contexto, a aluna se sentiu muito satisfeita com a resposta dos frequentadores do Campus II da Univale, que não só elogiaram a ação da equipe. mas assumiram e se engajaram no projeto.
tração da água no solo, evitando alagamentos no local.
Nas superfícies de cada um dos círculos usaram-se materiais diferentes, oriundos do descarte de obras. No círculo central distribuiu-se areia e brita, organizados em forma geométrica de setores, separados por blocos intertravados. Nos demais círculos, a camada superficial consistiu em resíduos de gesso, cacos cerâmicos
Essa atividade experimental, além de positiva, foi muito gratificante, pois em todo o seu contexto houve muitos momentos de aprendizado e participação ativa dos discentes. Além disso, foi uma oportunidade de observar a atitude e protagonismo dos alunos, que, com proatividade e capacidade de trabalhar em equipe, obtiveram muito êxito no desafio. Ressalta-se ainda que esse espaço incentivou funcionários de outros setores a explorarem esses recursos, o que já pode ser observado em vários espaços do campus.
Para a aluna Gleidilene Santos, a experiência foi enriquecedora, pois por meio da construção de um jardim de pequeno porte foi possível já se sentir no contexto prático
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 32 SUSTENTABILIDADE
Professor dos cursos de Engenharia Civil e Ambiental, Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo da Univale, Mestrando em Construção Metálica pela UFOP, Conselheiro da Câmara Especializada de Engenharia Civil e Coordenador Estadual do Colégio de Instituições de Ensino do CREA - MG
das obras de engenharia...”
Arquitetura Studio.Perret
Nossos serviços:
Projetos de Arquitetura
Projeto arquitetônicoe execu vo residencial, comercial e corpora vo e projeto de regularização imobiliária
Projetos de Interiores
Desenho de layout,projeto de marcenaria, iluminação, paginação, decoração,residencial, comercial e corpora vo.
Consultoria
Orientação de composição cromá ca, produção de ambientese acompan hamento de compra de materiais de acabamento e mobiliário
Obra
RegistrodeResponsabilidade Técnica (RRT) para aprovação de obrasnaprefeitura, acompanhamentoe geren ciamento de obras.
Arquitetos:
Armando Junior | Julian aPer ret
studiop erretarq.com contato@studioperretarq.com
(33) 98854-1606 |(33) 9885 4-1874 studiop erret
OS ARQUITETOS DO ANO
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 34
ENTREVISTA
por Samuel Bonicontro Jornalista
Nosso objetivo era mostrar as várias vertentes do trabalho de um arquiteto, assim como os materiais e produtos fornecidos pelas empresas e profissionais aqui da nossa região.”
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 35
Qual é a história de vocês, como tudo começou?
Assim que nós nos casamos, nós nos mudamos para Portugal, porque eu tinha um sonho de fazer faculdade lá e fomos atrás desse objetivo, sendo a minha primeira graduação em Gestão de Empresas. Moramos lá durante 8 anos e neste período o Armando trabalhou na construção civil e também na restauração. Meu primeiro emprego foi como vendedora e projetista em uma fábrica / loja de móveis e decoração e em seguida na restauração também. Quando retornamos para o Brasil, o Armando empreendeu na área dos celulares e eu trabalhei como assessora de encaminhamento, preparando os alunos para o mercado de trabalho. Depois surgiu uma oportunidade de investir e construir casas para vender, durante o boom da construção. O Armando começou a estudar design e eu, decoração de interiores. Logo, sentimos a necessidade de fazer arquitetura, e ela começou a fazer parte das nossas vidas de forma contingente, não foi programada, não era algo que sempre sonhamos. Mas foi uma área que, quando nós entramos, nós nos descobrimos e vimos que era a nossa real vocação.
Quais são os projetos do Studio Perret Arquitetura? Vocês também fazem
Arquitetura não é um trabalho; é um perfil, um estilo de vida. Cada arquiteto tem dentro de si sonhos, visões e caminhos. Quando eles projetam uma casa, despejam todo o sentimento e o sentido de vida nas ideias. E, como toda profissão, há sempre aqueles que se destacam, têm o nome marcado em vários projetos e eventos.
Em 2019, podemos considerar Juliana Perret e Armando Junior os destaques. Profissionais que estão à frente do tempo. Tem alguma dúvida disso ou não conhece o trabalho deles?
Juliana falou com exclusividade à revista sobre projetos arquitetônicos do Studio Perret e sobre a participação no evento mais importante da arquitetura da região: a EXPOCASA.
projetos fora da cidade, não é mesmo?
Sim, é verdade, graças a Deus temos feito. Temos elaborado projetos residenciais e empresariais, tanto de interiores quanto arquitetônicos, na região de Valadares e também em outras cidades do Brasil e, inclusive, fora do país, tendo destaque o Atelier do Sushi, um restaurante que nós projetamos e decoramos em Lisboa, Portugal, que foi inaugurado neste ano.
Sobre a EXPOCASA, qual foi a ideia apresentada neste ano?
Já havia alguns anos que a EXPOCASA não acontecia. O formato que nós apresentamos foi um pouco diferente: nós projetamos uma casa inteira, com cada um dos seus ambientes. Nosso objetivo era mostrar as várias vertentes do trabalho de um arquiteto, assim como os materiais e produtos fornecidos pelas empresas e profissionais aqui da nossa região. Mostrar o quanto a arquitetura, da construção até a decoração, pode solucionar problemas construtivos, oferecer soluções econômicas, sustentáveis, tecnológicas, enfim, tudo para que uma casa se torne mais confortável, eficiente e bonita.
O Studio Perret projetou toda a casa em
apenas dois meses e meio? Como foi essa experiência?
Verdade. A contar da elaboração do projeto, passando pela execução da casa, até a decoração de cada um dos 15 ambientes, foi uma experiência muito bacana, mas confesso que foi bem “pauleira” também (risos). Havia uma data marcada de abertura da EXPOLESTE, e o Armando e eu assumimos o compromisso de apresentar uma casa dentro desse prazo, sem margens para atrasos.
Para que tudo isso fosse possível, nós tivemos que trabalhar juntamente com os demais envolvidos, dia e noite, inclusive finais de semana e feriados. Obras têm imprevistos e essa não foi diferente. Para que os inesperados não comprometessem a inauguração, nós ficávamos na obra direto, para solucionar os problemas que apareciam e para autorizar ou não possíveis alterações de projeto.
As empresas que nós convidamos para participar também abraçaram a causa e fizeram um ótimo trabalho, oferecendo o que há de melhor na região.
Tivemos que trabalhar juntamente com os demais envolvidos, dia e noite, inclusive finais de semana e feriados.”
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 36
Ainda sobre a EXPOCASA, como foi a relação com empresas e profissionais da área?
Foi muito boa. As empresas participaram fornecendo produtos e serviços fundamentais para a construção e decoração de uma casa, aliás, ninguém faz nada sozinho, todos juntos apresentamos produtos inovadores, tecnologia, as tendências do universo da arquitetura e decoração. Ficamos muito gratos por todo o apoio e confiança que recebemos das empresas envolvidas e, é claro, do presidente da Associação Comercial, Jackson Lemos, e da diretora Elida Lana, que, além de todo o apoio, promoveram a Expoleste brilhantemente, contribuindo como sempre para o fomento do comércio local.
Mostrar o quanto a arquitetura, da construção até a decoração, pode solucionar problemas construtivos, oferecer soluções econômicas, sustentáveis, tecnológicas...”
Por que as pessoas às vezes confundem a função do arquiteto?
Acredito que a decoração é um segmento da arquitetura que encanta muito, e, talvez por isso, se destaque mais, existindo também muitos profissionais que só atuam nessa área. Mas o Armando e eu escolhemos a área dos projetos arquitetônicos, além de design de interiores. Também desenvolvemos as plantas das casas, sendo o serviço em que eu percebo muita confusão por parte das pessoas, pois muitos pensam que os arquitetos não assinam os projetos. Um grande engano, porque, como o próprio nome já diz, é um projeto arquitetônico, ou seja, ele é desenvolvido e assinado por arquitetos.
Você ainda encontra tempo para ministrar palestras, nos fale um pouco mais sobre isso?
Na verdade eu me sinto privilegiada pelas oportunidades de aprendizado que eu recebi ao longo da minha vida. Ou melhor, que eu ainda recebo, porque eu me considero uma eterna aprendiz. Acredito que sempre temos algo a aprender. O que eu faço é tentar, através das palestras, retribuir um pouquinho do que venho aprendendo. Eu acho que sempre encontro tempo, porque eu venho experimentando que, quando nos propomos a ensinar, é quando mais aprendemos.
Penso que o legal da vida é isso: receber e partilhar.
Eu venho experimentando que, quando nos propomos a ensinar, é quando mais aprendemos.
Penso que o legal da vida é isso: receber e partilhar.”
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 37
PODE-SE COLOCAR GRANITO BRANCO NA COZINHA?
Esta é a pergunta que mais nos fazem. Então resolvi responder a esta dúvida, pois o granito é a pedra mais utilizada na bancada de cozinha.
Os granitos brancos podem apresentar manchas devido à sua tonalidade, o que não ocorre com granitos de tonalidade escura.
Se o granito claro tiver contato com o vinho, café, molho de tomate, óleo e até mesmo a água, ele os absorve, podendo manchar. Você tem a opção de impermeabilizar, mas não existe nenhuma garantia.
Vêm surgindo no mercado materiais totalmente apropriados para a cozinha, como quartzo, dekton, neolith e florim. Assim, as cores claras tornam-se possíveis para o projeto da sua cozinha.
Apesar de o investimento inicial ser um pouco maior, vale a pena, devido aos seus inúmeros benefícios, evitando a impermeabilização, e a durabilidade é maior.
CONSTRUÇÃO & INOVAÇÃO | nº 01 | 2019 38 por Cybele Empresária DESIGN