Newsletter Março 2017

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Newsletter #10 MARÇO 2017

Com uma gestão centrada no orçamento municipal, que estava muito esmagado pelo peso da dívida, fomos capazes de cumprir aquilo que para muitos era um conjunto de promessas vãs. Falo, por exemplo, da segunda fase da obra do Hospital de Gaia ou da extensão da linha de metro até Vila d’Este. Para mim, será sempre um motivo de orgulho fazer o que se promete. Muitas vezes disse que se não conseguisse cumprir os pilares fundamentais da minha candidatura, não faria sentido apresentar-me de novo aos cidadãos. Esses pilares foram o hospital, a extensão da linha do metro, a reabilitação da A1 e a construção das duas rotundas (Carvalhos e Santo Ovídio), a reabilitação das escolas e da rede viária. Se fomos capazes, todos juntos, de fazer tudo isto num momento de maior sufoco financeiro, o que não poderemos fazer agora que o município começa a respirar? É esta palavra de esperança que os Gaienses têm de ouvir. Estabilizado o município e com a abertura do novo quadro comunitário, há razões para acreditar que somos capazes de dar um impulso ao concelho, sem abalar a sustentabilidade que chegou a estar numa situação muito perigosa. Estou empenhado em mostrar o trabalho que tem vindo a ser feito, mas tenho consciência de que aparenta alguma invisibilidade;

coordenação e redação gabinete de comunicação impressão gráfica da câmara municipal de gaia periodicidade trimestral Esta newsletter obedece ao novo acordo ortográfico

porque reestruturar um município como este, com dois mil funcionários, uma dívida colossal e uma situação preocupante do ponto de vista dos impostos exigiu um trabalho muito forte. Estou focado em mostrar os resultados desta dedicação, mas julgo que as pessoas já têm essa noção quando veem reduzir a fatura da água, o IMI ou quando veem opções de investimento diferentes, mais inteligentes e sustentáveis. O programa «Gaia +Investimento +Emprego» é exemplo dessa aposta. Trata-se de um instrumento dedicado às empresas em geral, e também à economia social, de isenção de taxas, tarifas e impostos municipais. É muito possível dedicar uma parcela dos nossos recursos, neste momento, ao crescimento económico, sabendo que aquilo de que estamos a abdicar hoje em incentivos e em apoios vai ser repercutido no curto e médio prazo em retorno para a economia local. Conseguimos criar condições para, em primeiro lugar, atrair novo investimento; em segundo lugar, garantir que o investimento que podia ter a tentação de sair de Vila Nova de Gaia cá se mantenha e, por fim, criar as condições para ampliar investimento já existente. Vale a pena ter otimismo num futuro melhor para todos.

Eduardo Vítor Rodrigues Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia

INOVAGAIA abrimos caminho para os seus negócios


Em Foco

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COMO ESPERAR POR UM FUTURO MELHOR? DESAFIOS PRIORITÁRIOS para 2017…

Antes de mais restabelecer a Esperança, pois Este será provavelmente o só isso nos motivará e nos permitirá acreditar maior desafio para 2017 e em dias melhores, em resultados positivos. anos vindouros. Normalmente olhamos para o futuro de forma Objetivamente, e pensando pouco saudável, persistindo nos erros do no bem estar e saúde passado ou, pelo menos, em falar deles como económica do país, há argumento para nada fazer e não pensar em que refletir seriamente soluções positivas, comportamento altamente no seu crescimento de negativo e prejudicial ao desenvolvimento duma forma sustentada e não sociedade e, esta educa-se e move-se em descansar em cima de função do posicionamento das famílias, das alguns indicadores muito organizações, dos governos ou grupos com positivos, mas que podem, poder para fazer escola, emitindo opiniões, tendo em conta a sua origem, não ser duradouros. dando o exemplo… O crescimento económico é seguramente um forte desafio. Só lá Não vale esperar que as coisas aconteçam… chegando de forma consistente se pode de facto garantir uma boa Não vale a pena esperar pelas oportunidades… redistribuição de rendimentos e um aumento de bem-estar para as Há que ter uma atitude proativa perante a vida, famílias. frente ao nosso futuro. As nossas Claro que é fundamental fomentar as vivências feitas de sucessos e exportações mas, é bem mais prioritário As nossas vivências feitas erros, constituem o nosso capital atrair o investimento que crie postos de de conhecimento para poder trabalho duradouros. de sucessos e erros, olhar em frente, e, saber melhor obrigará a uma forte reflexão, a constituem o nosso capital Tal contornar as dificuldades sendo grandes reformas, a politicas de longo de conhecimento (...) mais eficazes. Só assim temos o prazo que atraiam de forma tranquila o direito de sonhar com um futuro investidor. Que o façam ter confiança, melhor. valor bastante em baixa. Não é fácil conseguir uma mudança Eu, pessoalmente, não acredito que algum empresário “não comportamental, quando se vive num mundo especulador” invista sem a segurança duma justiça, rápida e eficaz, conturbado e cheio de incertezas…E, porque duma política fiscal incentivadora e segura, que permita contar é que é assim? Certamente não por acaso, com regras bem definidas, estrategicamente pensadas e não mude mas porque, nós humanos, de forma individual, sistematicamente ao sabor das circunstâncias e de forma avulsa. coletiva, organizada ou anárquica, fomos Este é o verdadeiro cerne da questão. O investimento que possa permitindo que tal acontecesse. Alimentamos contribuir para um crescimento sólido da economia, não pode a noticia fácil, polémica, entretemo-nos com esgotar-se no turismo, fenómeno sazonal e sem consistência vulgaridades, para evitar assumir a nossa garantida, nem na exportação de meia dúzia de setores, que verdadeira responsabilidade de cidadãos, ainda por cima, vê a sua rentabilidade fortemente taxada. Há que separando o fútil do essencial e priorizando ressuscitar a indústria de forma mais célere, aquela que efetivamente a resolução dos problemas que realmente dá músculo a um país, à segurança dos seus cidadãos e que contam. E, assim, os valores vão-se permite esperar por um futuro melhor, com tranquilidade. deteriorando e, com isso, a esperança vai-se esfumando. Maria Cândida de Oliveira Uma sociedade apática, maledicente, negativa, Vereadora da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia Presidente da INOVAGAIA nunca será uma sociedade com futuro! Posto isto, há imensos conteúdos comunicacionais a relativizar e, agir em função dos nossos sonhos, das nossas ambições.


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Em Busca de um Futuro Melhor

Se apesar dos seus problemas estruturais, Portugal sentiu, em 2016, uma apreciável estabilidade e paz social e se regozijou com alguns sucessos históricos de dimensão global, já no plano externo, fenómenos como a crise dos refugiados e o agravamento do terrorismo em pleno coração da Europa, a Guerra na Síria, o Brexit ou a eleição de Donald Trump, constituem motivos de forte preocupação para o nosso futuro coletivo. E se às correntes isolacionistas indiciadas pelo Brexit adicionarmos a possibilidade de diversos líderes e partidos vincadamente antieuropeístas alcançarem ou, pelo menos, virem a condicionar o poder na França, Itália, Holanda ou na Alemanha, na sequência dos processos eleitorais que aí terão lugar ao longo de 2017, não é de excluir de todo um cenário que favoreça, na sequência do Brexit, a fragmentação, a breve prazo, da União Europeia tal como a conhecemos hoje pondo em causa a paz e prosperidade proporcionada pela integração europeia ao longo dos últimos 60 anos. Portugal veria substancialmente agravada a já de si muito débil situação económica e social ficando sem condições de garantir a solvabilidade daquela que é a segunda maior Uma das formas de o realizar é aumentar rapidamente dívida da União Europeia e uma das maiores do Mundo o peso do investimento em I&D para a disseminação da face ao PIB. inovação no tecido produtivo. A cooperação entre ciência Só poderemos esperar, por e empresas, nomeadamente através isso, por um futuro melhor, se parcerias incluindo de associações o desafio prioritário para a de conseguirmos combater as de iniciativa exclusivamente privada causas que alimentam as políticas Europa em 2017 é o desafio que beneficiem de incentivos públicos isolacionistas na Europa e encontrar deve passar da teoria à prática e ser da inclusão, desde logo, uma solução que permita a Portugal efetivamente encarada como uma através da Inclusão social prioridade e um desafio essencial sair, ainda que gradualmente, dos baixos patamares de para alavancar as atividades de I&D (...) desenvolvimento em relação à em Portugal, transformando essa média da União Europeia dando, simultaneamente, colaboração em conhecimento aplicável a novos produtos, garantias de solvabilidade da dívida portuguesa. processos e organizações. Assim, em vez de descartar e excluir, o desafio prioritário para a Europa em 2017 é o desafio da inclusão, desde João Brito da Silva Diretor não executivo da INOVAGAIA logo, através da Inclusão social, mas também da democracia inclusiva que passa pelo aprofundamento dos mecanismos de participação e representação democrática dos cidadãos em Portugal, mas sobretudo nas instituições da União Europeia. Internamente há que lançar, concomitantemente, as sementes destinadas a atrair investimento qualificado e a criar riqueza a fim de reduzir desigualdades e melhorar as condições de vida de todos, o que automaticamente gera a redução do peso da dívida no PIB.


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Todos, ou quase todos, gostaríamos de um futuro melhor. Uma aspiração, por vezes vaga, difusa. Para ter um futuro melhor, não basta esperar (quem espera nunca alcança, canta Chico Buarque no “Bom Conselho”). É preciso querer. Mais do que uma aspiração, um ato de vontade. Disposição para seguir em frente, arrostando com sacrifícios (o preço a pagar que, na vida, tudo tem). Determinação. E é necessário que o querer seja consequente: reunir meios (por vezes escassos), traçar um plano de ação, dotar-se de organização. Fazer. Sofrer. É assim no desporto (com Carlos Lopes e Rosa Mota a constituírem, para mim, sempre, os exemplos mais marcantes). É assim nas artes, nas ciências. É também assim na parte material da vida de todos os dias, cuja “ciência” os gregos baptizaram de Economia – viver melhor, inspirados no exemplo dos que já conseguem fazê-lo, suscitando a vontade de mudar.

Não é certo que os portugueses em geral queiram realmente um futuro melhor. Querem-no, ou quiseram-no, com toda a certeza, os 22% que emigraram (por essa razão considerados, por vezes, os melhores de nós). No que se refere aos residentes (refiro-me ao coletivo, não a este ou àquele residente em particular), se quisessem realmente um futuro melhor, fariam outras escolhas. Privilegiariam menos o presente, para poderem ter mais futuro. Consumiriam menos, poupando mais (o consumo está em máximos, refletindo o que alguns designam de confiança; a poupança está em mínimos históricos). Investiriam ou dariam a investir o que poupam – em investimentos consequentes, criando empresas competitivas, assentes em inovação e em produtividade (em vez de procurarem adquirir tickets de rendas asseguradas pelo Estado, seja através de compras públicas seja através de mercados internos protegidos da concorrência exterior). Virar-se-iam para fora, para o mercado global (nos quase setenta anos que levo de vida, vi Portugal crescer por duas vezes, nos anos sessenta do século passado, depois da adesão à EFTA, e na década que se seguiu à adesão à União Europeia, em meados da década de oitenta, também do século passado). Um futuro melhor é coisa mais de juventude (que ainda tem ou pode ter futuro) do que de velhos (a quem sobra passado, escasseando futuro). Um futuro melhor exige energia, capacidade para incorrer em riscos, disponibilidade para perder, erguendo-se de novo. Já sem energia, os velhos poderão contribuir com experiência, se os novos a pedirem (e se os velhos não se deixarem acantonar no Restelo, com medo de perderem o que têm, muito ou pouco, protestando contra a “vã cobiça” dos mais novos, quando esta se afirma, de facto). Os dez milhões de portugueses residentes constituem, hoje, um dos povos mais envelhecidos do Mundo. Gostariam certamente de ter um futuro melhor. Não bastando esperar por ele, não sei se o quererão de facto, dispondo-se a incorrer nos sacrifícios indispensáveis – começando em 2017, hoje, o primeiro dia do resto das nossas vidas. Não está fácil.

Daniel Bessa

Professor de Economia


Como esperar um futuro melhor para um país Todos estamos dependentes de factores exógenos. No entanto podemos minimizar as consequências dos imprevistos se tivermos um planeamento a médio e a longo prazo, com ideias claras sobre aquilo que pretendemos atingir em relação ao futuro. Ou seja, se definirmos o ponto de partida e o de chegada, tal como no atual sistema de GPS, as pequenas alterações que temos de promover durante o percurso colidem com um bom planeamento do destino final, são apenas atualizações em função desses fatores exógenos que vamos enfrentando ao longo da vida. Um país que se preocupe somente com o orçamento do ano seguinte terá muita dificuldade em crescer e em se ajustar às novas realidades. Um bom planeamento a 10 e 20 anos servirá certamente de estrela orientadora dos cidadãos, mostrando-lhes que existe um futuro e, por isso, esperança. Alterações constantes nas áreas da educação, fiscalidade e justiça são fatores de grande instabilidade e impulsionadores de emigração, descapitalizando o país daquilo que melhor lhe garantirá o futuro. Quando um país não define um rumo a longo prazo as interferências de lobbies e fatores exógenos podem levá-lo para pontos de destino variados, que só podem trazer desorientação, bem como pobreza económica, cultural e educacional. Existem países que aproveitam ao máximo a falta de planeamento dos outros, obtendo resultados financeiros consideráveis, como por exemplo: • Países que não alteram os seus impostos há mais de 20 anos geram confiança aos investidores e, desta forma, criam maior atratividade para que estes planeiem os seus investimentos a longo prazo. • Países que não se deixaram aliciar pelos Visa Gold, dado perceberem que tal engenharia só traria um encaixe financeiro no ano de aquisição do imóvel, não gerando por isso desenvolvimento económico nos anos vindouros, optaram sim por uma dinâmica de captação de investimento junto dos seus emigrantes com grande capacidade financeira, oferecendo-lhes condições fiscais que os motivaram a investir no seu país de origem.

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• Países que, para atraírem investimento a longo prazo, ofereceram aos empresários uma taxa de IRC reduzida a zero durante um período de 3 anos e um futuro garantido de taxa máxima a 12,5% e, em alguns casos, inferior. Com esta dinâmica conseguiram num curto espaço de tempo, num só ano, atrair centenas de novas empresas com a respectiva vantagem de criar vários milhares de postos de trabalho. São processos criados e executados com uma visão focada num planeamento lógico e inteligente. Há países que não se preocupam com os circuitos produtivos nem com o pagamento de salários mínimos só porque, atempadamente, planearam uma maneira de sobrevirem como hospedeiros dos lucros produzidos nos países de débil planeamento. Oferecem às empresas impostos reduzidos levando a que o suor de uns acabe no prazer de outros. Como será possível sobreviver a uma comunidade de países que encontram meios para atrair os lucros gerados noutros países através da redução de impostos, seduzindo empresas e pessoas com resultados ótimos para a sua economia, aumentando a sua liquidez com o suor e a poluição dos outros? Se os países débeis tivessem planeamento, rapidamente estabeleceriam com os seus empresários metas que lhes permitissem obter exatamente as mesmas taxas fiscais criando para o efeito um teto de taxação de lucros. Aí os países produtores passariam a beneficiar do capital que é expatriado. cont.


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Como esperar um futuro melhor para uma cidade

Os grandes desafios para 2017 Passarão sempre pela criação de condições para atrair investidores através de: • uma justiça que tem de ser mais célere,

Também neste caso o planeamento é essencial para a captação e fixação das empresas e, consequentemente, melhorar as condições de vida dos seus Munícipes. Boas condições fiscais são fulcrais.

• um orçamento de estado de 2018 que, pela primeira vez abdique de alterar impostos, diretos ou indiretos, promovendo a estabilidade fiscal que permita ao investidor criar confiança no país.

Nesta cidade onde nasci e resido, felizmente que nos últimos anos a estratégia foi e é a de proporcionar boas condições de vida para os seus munícipes.

O ano de 2017 deveria ser o ano da eliminação das coutadas do antes e depois do 25 de Abril para passar a ser o ano em que os nossos emigrantes que detêm grande capacidade financeira venham a ser os donos disto tudo.

Graças à dinâmica do atual executivo foi criada uma identidade própria para Vila Nova de Gaia, que passa também por um planeamento financeiro baseado no pagamento das suas dívidas tendo em vista iniciar a sua solvibilidade. Congratulo-me com o sucesso nesta área. Afirmações do tipo “as dívidas não são para pagar” são das piores lições de economia que podemos deixar às gerações vindouras. Por isso a minha homenagem ao atual executivo de V.N. de Gaia cuja mensagem é “as dividas são para pagar, negociando-as sempre que necessário” impedindo que estas venham, a recair diretamente sobre os seus munícipes.

Da minha parte, ficaria também mais confortável se na próxima legislatura fossem exigidos aos candidatos ao parlamento, 10 anos de descontos para uma instituição de segurança social, garantindo desta forma aos eleitores uma maior experiência profissional e, simultaneamente, maior consciência da realidade prática. As novas gerações poderiam contar com mais ponderação nas decisões politicas. Passaríamos a ter uma nova era em que a ação seria mais importante do que as palavras que pouco têm contribuído para resolver os n/ problemas. Passaríamos a utilizar o método Inglês das empresas KISS “keep it short and simple”, ou então o método português “ menos pomada(graxa) e mais pulso”.

Albino Jorge da Silva e Sousa

Como esperar um futuro melhor para as pessoas Educação e Ensino são pilares fundamentais para que os objetivos individuais sejam atingidos. Os dois poderão resultar na previsão de uma vida melhor, quer profissionalmente, quer familiarmente.

Gestor


Que desafios se apresentam para o Ensino Superior Privado, em geral, e para o Ensino Politécnico, em particular, em 2017? Desde logo, há sempre um desafio recorrente: conseguir superar a concorrência “desleal” das Instituições Públicas. Sem colocar em causa a qualidade e a necessidade do Ensino Público, nem mesmo o seu modelo de funcionamento, o facto de não estarem sujeitas às mesmas regras e de, por isso, poderem praticar preços mais baixos, coloca-as em vantagem. Uma vantagem importante que, todos os anos, tem de ser combatida pelas Instituições Privadas. Este facto é relevante sobretudo em ambiente de crise. O modelo do “cheque-ensino” ou outro semelhante é prometido há muitos anos. Se isso acontecer em 2017, será certamente um dos maiores desafios para este ano ou, mesmo, para a próxima década. Outro desafio relaciona-se com o processo de internacionalização da economia portuguesa. No caso particular das Instituições de Ensino, este processo surge não apenas por uma necessidade de encontrar novos mercados num contexto de crise, mas também pelas sinergias e pelas vantagens de colaborar e trocar experiências com docentes e investigadores de outros países. O desafio do ensino on-line, muitas vezes associado aos próprios processos de internacionalização, constitui uma das maiores oportunidades de crescimento da década e, certamente, continuará importante em 2017. Contrariamente ao que normalmente se pensa, não se trata de um desafio tecnológico. Existem uma série de softwares e plataformas que permitem, de uma forma mais ou menos simples, mais ou menos atrativa, suportar este tipo de ensino. O grande desafio é de mentalidades e, no fundo, surge na sequência da “Reforma de Bolonha”: o ensino deve deixar de ser um processo de transmissão de conhecimentos para passar a ser um processo de desenvolvimento de competências. Em consequência, o professor deve passar a ser um Tutor que guie o aluno no complicado processo de aprendizagem. Compreendido isto, o ensino em regime de e-learning torna-se muito mais simples e especialmente mais rico e desafiante.

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No caso particular dos Institutos Politécnicos, há um desafio particular: os Cursos Técnicos Superiores Profissionais. Trata-se de um novo tipo de cursos com caraterísticas muito específicas e que constituem uma oportunidade para atingir novos públicos e novos mercados. Algumas instituições apostaram nestes cursos e já começam a ter o retorno desse investimento. Finalmente, “last but not least”, há o eterno desafio que se coloca há muito tempo a todas as Instituições de Ensino nacionais: o de deixarem de viver em ambiente hermético, fechado, com uma linguagem exotérica, e de se inserirem na sociedade civil, trabalhando em conjunto com empresas, associações comerciais e outras instituições representativas, com as quais têm tanto a ensinar como a aprender. Sem ser o mais urgente, este será, provavelmente, o desafio mais importante de todos.

Prof. Drº João Paulo Peixoto Professor Universitário Presidente do IESF


Programa Formação-Ação já arrancou! AS CANDIDATURAS ESTÃO ABERTAS PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE FORMAÇÃO-AÇÃO PARA PME ATÉ 250 TRABALHADORES. Esta é a oportunidade para as PME voltarem a implementar projetos de formação e consultoria financiada à medida, com uma taxa de financiamento de 70% a 90%! Esta metodologia de Formação-Ação esteve presente nos anteriores quadros comunitários e através desta linha de financiamento foram apoiadas mais de 10.000 PME com programas de formação à medida e consultoria em áreas tão diversas como Gestão estratégica, Marketing, Qualidade, Segurança, Ambiente, Internacionalização, etc. O ISQ, na qualidade de Entidade Formadora Certificada com elevada experiência em Projetos de Formação-Ação apresentará candidaturas em parceria com Associações Promotoras para poder vir a implementar novamente o Programa. Todas as PME até 250 trabalhadores, mesmo as que desenvolveram um Programa de Formação-Ação há menos de 3 anos, podem candidatar-se. Cada PME pode candidatar-se a mais do que um Projeto! As PME que se candidataram a outros Projetos de Formação-Ação este ano também podem voltar a candidatar-se a este Aviso, sem compromisso e depois optar pelos Projetos que mais convier aos seus propósitos e expectativas. Para mais informações contactar pelo email tania.tavares@inovagaia.pt

Programa Formação-Ação arrancou em Arouca VALINOX - INDÚSTRIAS METALÚRGICAS SA É A EMPRESA QUE DÁ O ARRANQUE DO PROGRAMA FORMAÇÃO-AÇÃO É a Valinox - Indústrias Metalúrgicas SA a empresa que dá o arranque do Programa Formação-Ação da AEP, um projeto do Portugal 2020 com vista a prestar às PME formação e consultoria à medida em áreas tão diversas como Gestão Estratégica, Marketing, Qualidade, Segurança, Ambiente e, entre outras, Internacionalização. “Com este programa Formação-Ação PME vamos evoluir! Evoluir em competência. Evoluir em conhecimento. Evoluir a oferta de valor acrescentado. São programas como este, orientados para a estratégia da empresa, que marcam a diferença nas PME Nacionais”, explica o responsável pela empresa. Este programa surge de uma candidatura da INOVAGAIA em parceria com a ISQ que teve a sua aprovação no final de 2016 e que envolve 45 PME’s do Centro e Norte de Portugal. Localizada em Arouca, a Valinox foi fundada em 1981 com o objectivo de responder a nichos de mercado nas suas necessidades específicas de qualidade em regime de grande flexibilidade e competitividade. Esta empresa foca a sua atividade na Metalomecânica, Climatização, a Eletricidade e Automação Industrial. Também é muito relevante a automação aplicada à gestão centralizada de edifícios. Mais informações sobre o Programa Formação-Ação peça através do email inovaga@inovagaia.pt ou no link http:// www.inovagaia.pt/pt/noticias/projetos-de-formacao-acaopara-pme/


Governo lança Programa INTERFACE O GOVERNO APRESENTOU O PROGRAMA INTERFACE, INTEGRADO NO PROGRAMA NACIONAL DE REFORMAS O INTERFACE é um programa desenvolvido pelos Ministérios do Planeamento e Infraestruturas, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da Economia. Em que consiste o programa interface? Financiamento O programa Interface vai ter um instrumento de financiamento plurianual. No eixo financiamento, há ainda apoios disponíveis para os clusters. E o vale indústria para serviços de apoio à inovação, certificação e melhoria de processos que podem ser usados junto dos centros interface. Os financiamentos passam por clube de fornecedores, apoios à inovação e à internacionalização dos centros.

Recursos humanos O programa Interface vai apoiar a contratação de quadros qualificados para os centros. Por um lado, prevê-se neste programa apoio à formação e inserção profissional de jovens, a serem formados nos centros interface, mas em colaboração com as empresas, que terão incentivos para os contratarem no final do processo. O objectivo é apoiar 3000 jovens. Mas também se pretende colocar 300 doutorados nos centros para reforçar a capacidade de inovação. Também haverá apoios para doutorandos em ambiente empresarial, com o objectivo de colocar 500. Outro objectivo é ainda incentivar docentes e investigadores a trabalharem em projetos com empresas e centros. Energia, circular e digitalização Há um eixo, designado novas áreas, para promover a eficiência energética, a implementação de projetos de eficiência produtiva e digitalização industrial, além da economia circular com impacto ambiental. Divulgação científica No eixo designado redes pretende-se no âmbito deste programa promover encontros e ações de divulgação científica, pretendendo-se criar um site com uma base de dados de investigadores portugueses. Durante a sessão de apresentação do programa foram também conhecidos os novos Clusters, apresentados os Centros de Interface Tecnológico e divulgadas as iniciativas Clube de Fornecedores e Laboratórios Colaborativos, elementos de reforço das instituições científicas e tecnológicas de cooperação com o tecido empresarial. Para mais informações contactar pelo email tania.tavares@inovagaia.pt


Apreender 3.0 – 1o Call for Ideas – Criação do Próprio Emprego, Negócio ou Empresa UM PROGRAMA QUE PRETENDE AVALIAR E SELECIONAR IDEIAS COM POTENCIAL DE CRIAÇÃO DO PRÓPRIO EMPREGO, NEGÓCIO OU EMPRESA “Call for Ideas – Drive in do Empreendedor”, um programa que pretende avaliar e selecionar ideias com potencial de criação do próprio emprego, negócio ou empresa, promovido pelo CEC – Conselho Empresarial do Centro/CCIC – Câmara de Comércio e Indústria do Centro, pela Portuspark e pela Fundação AEP. Este programa, cofinanciado pelo FEDER através do COMPETE 2020, tem como objetivo mobilizar empreendedores e selecionar projetos de maior potencial, visando a sua capacidade empresarial para o desenvolvimento e transformação de ideias, elaboração e implementação do plano de negócios de projetos pré-empresariais, ainda em fase de conceção. As tipologias de projetos aceites variam entre a criação de start-ups e spin-offs, até às empresas inovadoras, de base tecnológica ou criativa, aos projetos empreendedores que configurem a criação de negócio.

Posteriormente às candidaturas haverá um período de seleção dos projetos, que culmina num pitch perante um júri de mentores que os levará à integração num programa de capacitação para o empreendedorismo, sendo que aqui vão passar a dispor de acompanhamento gratuito, direto e personalizado da sua ideia e na sua transformação em negócio, podendo ainda beneficiar de incubação virtual e/ou física, de acompanhamento de sénior mentoring através de tutores pertencentes à Rede de Aconselhamento e Apoio Empresarial, e da participação em mesas de investimento ou sessões de networking empresarial. As candidaturas são realizadas online, até 13 de março de 2017. Para mais informações contactar pelo email tania.tavares@inovagaia.pt


Cerveja, Tuk-tuk e Alojamento Local sob alçada da INOVAGAIA PROJETOS EPAT SERVEM PARA APOIAR A CRIAÇÃO DE EMPREGO NAS MAIS VARIADAS ÁREAS. O SEU PROJETO PODE SER O PRÓXIMO. COMO? PROCURE-NOS! Certificada pelo IEFP, a INOVAGAIA há algum tempo que vem mostrando trabalho enquanto Entidade Prestadora de Apoio Técnico. Pergunta: o que faz uma EPAT? Simples. “Presta um conjunto de serviços ao nível do apoio às pessoas com deficiência e incapacidade através de serviços no âmbito da reabilitação profissional, assim como, ao empreendedorismo através do apoio à criação e consolidação de projetos de criação do próprio emprego/empresas”. As EPAT’s apoiam os empreendedores em aspetos críticos, nomeadamente na estruturação do projeto, na mitigação de riscos do negócio, na angariação de fontes de financiamento e na sustentabilidade, desenvolvimento e consolidação dos projetos. Pelas salas da INOVAGAIA já passaram projetos de contabilidade, transitário, lavandarias self-service e/ou tradicionais e, entre outras, cerveja tradicional, tuk-tuk e alojamento local. Três histórias. A próxima pode ser a sua. Informe-se através do email inova@inovagaia.pt


DISCURSO DIRETO

coutorural Paulatinamente, este projeto de Alojamento Local, com sede em Grijó, tem marcado terreno junto dos semelhantes. Com cariz familiar e acolhedor, a CoutoRural tem sido o local escolhido para atividades lúdicas, mas também de responsabilidade social, atraindo público às raízes, usos e costumes locais. A antiga ‘Casa das Mestras’ arrumou as lousas, os cadernos e os lápis, mas continua a doutrinar com workshops tão diversos sobre nutrição e, por exemplo, comunicação. Para 2017? Simples. “Criar espaço no mercado da realização de eventos e do alojamento local, com características rurais, tanto a nível nacional como internacional; fortalecer parcerias geradoras de qualidade de serviço, junto do cliente”, explicou Lurdes Couto. A promotora lembra que “o apoio da INOVAGAIA foi muito importante na fase de elaboração do projeto e desenvolvimento do plano de negócios, para submissão e aprovação pelo IEFP”, assim como, no “acompanhamento e divulgação da CoutoRural, permitindo chegar de forma mais acentuada a diferentes públicos e potenciais clientes”.


DISCURSO DIRETO Douro on Wheels Reza a história que pelos caminhos de “Bila Noba de Gaya” apenas gira quem conhece as pedras da calçada. Mesmo onde a calçada dá lugar aos paralelos ou ao alcatrão. A Douro on Wheels oferece um divertido e educacional trajeto, que o levará pelos principais pontos de interesse da cidade a bordo dos típicos tuks elétricos. Há pouco mais de um mês a circular, estes Tuks já são conhecidos pelos itinerários e pelas histórias. Este projecto, “que ainda se encontra em fase embrionária”, tem expectativas “muito altas”, confirma Ema Duarte, mas o foco principal é “o de se afirmar e distinguir pela excelência no trabalho enquanto guias residentes”. De rodas em Gaia, mas de faróis postos nas duas margens do Rio Douro, a promotora está atenta às potencialidades das duas cidades - Gaia e Porto - e do crescente fluxo de turistas que as visita. À INOVAGAIA reconhece o apoio no “desenvolvimento deste projeto” e a equipa “profissional e atenta às necessidades específicas”, permitindo que “o sonho saísse do papel”.

LUPUM A irreverência é o mote principal desta cerveja tradicional que está a nascer em Gaia. De Gaia para o mundo, o artesanal em osmose com a ‘lúpulo’, uma liana europeia. A conceção, fabrico e até distribuição partem de Avintes, mas, segundo António Lopes, em 2017, o objetivo é “posicionar a LUPUM como uma das 5 melhores marcas nacionais de cerveja artesanal - participar em festivais nacionais da especialidade - ter a marca nos principais locais nacionais de venda da especialidade - iniciar a exportação para Espanha, Holanda e Reino Unido”. E, como o segredo é a alma do negócio, quem sabe se haverá mais novidades… O responsável sublinha ainda que a “INOVAGAIA impulsionou, através do seu apoio, as potencialidades da LUPUM, quer da marca, quer do seu produto final a cerveja”.



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