Newsletter Outubro 2016

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Newsletter #09 OUTUBRO 2016

coordenação e redação gabinete de comunicação impressão gráfica da câmara municipal de gaia periodicidade trimestral Esta newsletter obedece ao novo acordo ortográfico

A ABRANGÊNCIA DE UMA MARCA DE CIDADE Todas as cidades têm as suas instituições e o seu património, bem como as suas políticas sociais e económicas. Todas as cidades têm a sua história, as suas vivências, os seus símbolos e os seus projetos. Por isso, podemos perguntar-nos, a certa altura: qual é a marca de uma cidade? Automaticamente pensamos num slogan, num produto típico da terra ou no logótipo. Pensamos no Porto como a cidade Invicta. No Fundão, como a cidade das cerejas. Em Nova Iorque, no seu icónico «I Love NY». Todos estes aspetos fazem parte do bilhete de identidade de uma cidade. São as peças fundamentais através das quais ela se comunica não só aos seus habitantes, mas também às pessoas que chegam de fora, para visitar ou residir. Verifico que o assunto tem sido profundamente pensado e refletido por pessoas ligadas à publicidade e ao marketing, e também por arquitetos, filósofos e políticos. A construção do espaço público faz-se hoje mais de ideias e de conceitos do que de cimento e betão. É a dinâmica de construção de identidade de uma cidade. De que é que gostamos mais na nossa cidade? Como é que a vivemos? O que é que nos faz gostar dela? O que encontramos nela de singular?

Todas estas perguntas são, muitas vezes, respondidas pela existência de uma marca que não é tão só gráfica, mas abrangente. A existência de uma marca forte é sinal de que a cidade se reconhece a si mesma, sabe de que forma quer apresentar-se para fora e sabe como comunicar bem com aos seus habitantes, porque ela é, verdadeiramente, a expressão de cada um deles. Esta marca projeta o território e as pessoas que nele vivem. O lançamento da marca de uma cidade deve constituir um momento de união da sociedade civil num ato expressivo de amor à nossa terra. Vila Nova de Gaia teve a honra, há dias, de apresentar a sua marca de território, a qual, na sua unidade, expressa as quatro dimensões fundamentais do concelho: a natureza, a energia, o património e a vida. Daqui convido todos a apropriarem-se da nova marca de Gaia: aos gaienses porque ela comunica vibrantemente que é um orgulho ser de Gaia, e a todos os portugueses que queiram visitar-nos e são sempre bem-vindos a Gaia!

Eduardo Vítor Rodrigues Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia

INOVAGAIA abrimos caminho para os seus negócios


Em Foco

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A importância de uma identidade própria para uma cidade e seus cidadãos…

Falemos de Gaia. A cidade prepara-se para criar uma imagem própria, baseada na identidade dos seus valores, dos seus costumes. Esta é uma iniciativa do município, pelas mãos de seu Presidente, a quem todos desejamos o maior êxito. Todos ganhamos com isso. É de louvar, por estar a abraçar e a apresentar um projeto de marca para Gaia, até hoje, grande lacuna e menos valia desta cidade. É um ato de coragem, pois não se trata de tarefa fácil e, vai exigir muito empenho, muita convicção, muita competência e muito sentimento. O documento de trabalho que serve de base a esta iniciativa, aparenta contemplar todas as vertentes que devem ser trabalhadas mas, de forma concertada e coesa na edificação duma imagem, duma marca, para a cidade. Sobre o grafismo, diz-me a experiência que há gostos para tudo e há sempre quem tenha melhor opinião que a que nos é apresentada. Não sou de Gaia, não vivo em Gaia, mas a maior parte da minha vida foi aqui vivida intensamente a trabalhar, desde o tempo em que ainda não seria cidade! Existe pois, uma atenção particular, uma afetividade especial! Há largos anos, que me questiono sobre o porquê de uma não identidade própria, e, da subalternização psicológica em relação à cidade do Porto, da qual o Porto não tem culpa alguma, e, do conformismo, em relação a essa pura verdade. Sempre achei uma pena, uma grande falha na gestão deste espaço próprio com tantas valências, tão ignoradas. Para assim ser, mais valia que fosse uma cidade única, com duas margens, separadas pelo rio… E a história de Gaia? Quem a conhece? Poucos!

Mas, o pior, é que, provavelmente, nunca houve interesse em dela cuidar, nunca se entusiasmaram as pessoas no sentido de a conhecer, daí que, não queiram nem saber. Existe, potencialmente, uma cultura própria e, essa sim, é que tem que ser trabalhada, mas, tenho para mim, que uma marca, uma identidade, uma imagem, não se constrói de fora para dentro. Não bastam, embora sejam instrumentos úteis, operações de Marketing isoladas, que, mais não são que apontamentos de divulgação ,de publicidade. Se não tiverem uma base de sustentação real, morrem à nascença. São sim, muito importantes, quando comunicam algo que, de facto existe e é vivido com convicção e intensidade e, assumido de forma coletiva e individual. É fundamental acreditar na mensagem que se passa e, se assim acontecer, as pessoas sejam de Gaia ou não, serão sempre, os melhores markteers da cidade. Gaia, não pode mais, ser considerada como “dormitório do Porto” e de outras cidades onde as pessoas trabalham. Nas horas de ponta, quem circula na auto estrada do Porto para Gaia, pela manhã, e daqui para o Porto pelo final da tarde, percebe o que estou a dizer. De nada serve considerar que é o 3º concelho mais povoado do país depois de Lisboa e Sintra… Interessa sim, quem, dessa população, sente a cidade como sua, tem orgulho nela, e quer vê-la a brilhar no mapa. É com essas pessoas que se deve contar à partida, porque os convertidos vêm depois.


Leva tempo, mas, se houver uma obra concertada e coesa, uma vez começando a acontecer, os resultados são exponenciais. A pouco e pouco, os preconceitos, os estigmas dum passado mal tratado esfumam-se. Tudo deve estar ligado por um, nem que indelével Há todo um trabalho de pesquisa técnica e psicológica a cimento, desde a parte afetiva à económica. empreender! Há que implementar uma forte pedagogia, que passa pela No investimento, só haverá sucesso, se houver não exclusão de qualquer classe social. credibilidade, agilidade, e combate à burocracia. Nesta Há que contar com as “elites saudáveis” e, com passado, área, as decisões não se compadecem com delongas, pois têm grandes testemunhos a passar, e cujo conteúdo pois, tempo é dinheiro e, as demoras afugentam as deve ser trabalhado. pessoas para outras paragens. Nenhum empresário Nesta grande empreitada não pode haver preconceitos, investe na incerteza, não gosta de ver as suas ideias politica, opções religiosas e outras que sejam “ab initio” esbatidas por esperas de agenda, o fatores de exclusão, só porque estão seu dinheiro parado… rotuladas e, muitas vezes, mal. A cultura é chave A cultura é chave fundamental na fundamental na construção Que daqui a um ano, Gaia, não construção duma boa imagem de marca. duma boa imagem de marca. comece e termine apenas nas Caves de Vinho do Porto. Que os Há que acontecer uma verdadeira empresários, os empreendedores, revolução a nível de mentalidades, de os agentes culturais não tenham tal forma, que não se confunda bairrismo bacoco com mais vergonha de afirmar que são de Gaia e por Gaia. amor à sua terra. Que, por exemplo, hotéis de luxo não sejam divulgados Cada cidade tem o seu estilo e não resulta copiar. Claro como sendo do Porto, quando, de facto, é em Gaia que que os bons exemplos são sempre fonte de inspiração, estão! mas não devem ser fotocopiados, pois não é justo, não é Há realmente situações e posturas instaladas que não fidedigno e, o caminho estará errado. podem continuar a ser consentidas. Acolho, com entusiasmo, esta iniciativa! Numa cidade com “marca”, tal nunca acontece! Mas, Mas, não seria eu, se ao mesmo tempo que, com para que isso aconteça, há que ter orgulho nela, e esse sinceridade, exprimo o minha fé na mesma, não revelasse semeia-se, constrói-se, não sobrevive nem se fortalece, igualmente, a minha preocupação, com o receio de que apenas com intervenções casuísticas. as equipas que venham a ser escolhidas, por inércia, por falta de sensibilidade e de conhecimentos técnicos e psicológicos, não deixem que este sonho se torne realidade de forma harmónica e sustentada. Maria Cândida de Oliveira Vereadora da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia Presidente da INOVAGAIA A sociedade civil, o tecido económico, as Instituições de ensino, as associações, os responsáveis pela saúde, os artistas, devem ser envolvidos, não sem que antes, se inventariem as reais potencialidades de Gaia. E, mesmo aqui, nesta fase tem uma grande ajuda para dar. Este é um trabalho que, sempre sob égide da Presidência, deve ser tratado por independentes, por especialistas na área da cultura, da psicologia, da pedagogia, da organização e gestão.


Em Foco

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DO “ADN” DAS CIDADES À IMAGEM PERCEBIDA

A vida de uma cidade é o somatório de todas as atividades que nela se desenvolvem, quer por iniciativa dos seus cidadãos, quer das suas instituições – públicas e privadas – quer dos cidadãos que a visitam ou com ela interagem. É nesta constelação de ação individual ou grupal que a cidade alimenta o seu quotidiano, revitaliza o seu aparelho circulatório, gera energias catalisadoras, ou simplesmente sobrevive aos imputs e outputs que as comunidades humanas lhe fornecem. Mas não se esgota nestes sucessivos quotidianos a identidade da cidade. Esta constrói-se no tempo, seja ele um tempo histórico – perdido no calendário dos séculos – seja o nosso tempo vivencial, aquele em que nos é dado viver. É por isso que o “ontem” é parte integrante do “hoje”, e a garantia do “amanhã”. A construção da identidade da cidade não é património de ninguém, individualmente falando. É património de todos os que para ela contribuem em cada momento; é herança de todos os que souberam receber e valorizar os contributos de quem nos antecedeu. A cidade de Gaia é paradigmática nesta lógica de simbiose entre o passado e o presente. Herdeira de uma notável história construída ao longo dos séculos por homens e mulheres de inconfundíveis valores e denudada dedicação, tem nas suas gentes de hoje um repositório de saberes e uma garra de ação que nos assegura a certeza de um presente e um futuro cada vez mais promissores.

Os que nela nasceram, os que nela vivem, os que a ela vieram ter, os que a procuram e visitam têm consigo um denominador comum: partilham e comungam os mesmos valores identitários que são o suporte de um “ADN” distintivo e singular que faz de Gaia uma referência na paisagem urbana dentro e fora de fronteiras. É neste contexto sociológico que as forças vivas da cidade, tal como os seus dirigentes e decisores – políticos, culturais, económicos e sociais – assumem uma particular responsabilidade sempre que dos seus atos decorrem consequências para a comunidade em geral. E porque não há ação sem efeitos, a todos compete ter a consciência viva que a pegada de hoje é o trilho do amanhã. Para o bem e para o mal, somos todos chamados a ser agentes da história, e construtores do mundo. A começar, claro está, por este honroso torrão que nos calhou em sorte, e que dá pelo nome de Vila Nova de Gaia.

Prof. Dr.º António Godinho

Membro da Direção da INOVAGAIA Presidente do ISLA – Instituto Politécnico de Gestão e Tecnologia


destaque A CIDADE COMO ESPAÇO IDENTITÁRIO A forma primeira de identificar é onomástica, isto é, atribuir um nome a uma criatura ou a uma comunidade humana. Se o nome identifica e circunscreve territorialmente, então, ele é um topónimo, mas esse topónimo pode não caraterizar apenas o espaço físico a que se reporta, mas estar associado a um tempo histórico ou uma determinada atividade humana nele desenvolvida Atribuir nome, sendo apenas ato de identificação, não confere, só por si, identidade. A identidade, como conjunto de caraterísticas e de traços singulares de um sujeito ou de uma comunidade, é fundamentalmente um constructo, ou seja, desenvolve-se num espaço e num tempo históricos que vão cinzelando o rosto, a imagem física e visual, e moldando a face, que é a dimensão mais humana, cultural e espiritual, criando, assim, o sentimento da pertença e a emoção dos afetos. Como dizia John Stuart Mill a identidade, como constructo, também se define como uma “comunidade de recordações”, de memórias que estreitam os laços de pertença e nos convocam para maior usufruição de cidadania, de participação na vida da cidade com o sentido da polis ou da política, não na aceção corrente que hoje lhe dão de meio de conquistar o poder, mas na dimensão superior de orientar e governar a urbe com polidez e urbanidade.

Uma cidade precisa de uma identidade que a singularize, coisa que, por vezes, o nome de per si não faz, sem o complemento de um apodo que afirme a sua tradição, lendária ou histórica ou até ligada ao pulsar da vida social e económica que no seu espaço tenha acontecido, ancorando a sua projeção passada, ou continue a acontecer, garantindo no presente o seu próprio futuro. O apodo de uma cidade, que reforça ou consubstancia a sua identidade, pode ser linguístico ou icónico, mas é, óbvio, que, num caso e noutro, nem o apodítico verbal nem o ícone, para serem verdadeiramente identitários ao serviço duma “comunidade de recordações”, como gostamos que a nossa cidade seja, não podem ser perecíveis no tempo e pelo tempo. A loba de Roma é o ícone lendário duma cidade que resiste à barroca “folia do ver” assim como o “Big Apple” se tornou no apodítico verbal de fantasia de Nova Iorque, apropriado economicamente, nesta galáxia internética em que o mundo se vem transformando, pelo símbolo da maçã dentada, também ela alcandorada à categoria de ícone e dos mitos do nosso tempo. A identidade duma cidade estará sempre garantida pela história do desenvolvimento da sua comunidade humana, podendo, como se viu, assentar num ícone ou num predicado verbal identitário, que um moderno logotipo, especialmente se emerso dessa história, muito contribuirá para consolidar. Gaia, da cristã e lendária “fonte de água fresca”, do Rei Ramiro, a cais e sacrário da ambrosia descida dos altares vinhateiros do Douro nos icónicos Rabelos, não lhe faltam motos para reforçar a semiótica e legendar o seu G, acrescentando-lhe à modernidade das formas e cores o apodo mítico de identidade cidadã.

Prof Doutor Salvato Trigo

Reitor da Universidade Fernando Pessoa


destaque

“ O fomento do empreendedorismo, a sua pe elemento diferenciador e forte contributo par nos tempos em que vivemos…”

ASSEMBLEIA MUNICIPAL – opinião de seu PRESIDENTE, Dr.º Albino Almeida. AS AUTARQUIAS E O EMPREENDEDORISMO Os municípios do país estão a apostar cada vez mais numa nova estratégia de desenvolvimento económico, a economia das cidades, que consiste, entre outras estratégias, em apoiar as empresas locais e fomentar a criação de projetos de apoio ao empreendedorismo, em paralelo com a preocupação na captação de investimento privado. Numa altura de crise, em que os números do desemprego são grandes, estes projetos visam ajudar a criar emprego, a criar novas empresas, a estimular a inovação e a proporcionar investimentos nas pessoas, no conhecimento e na economia. Várias autarquias estão a seguir estes passos e a apostar cada vez mais numa área que, não dando um retorno imediato, nem sendo um investimento tão visível como as obras públicas, acaba por proporcionar um retorno importante a médio e longo prazo e a apostar em soluções que vão ao encontro dos vetores de referência do atual quadro comunitário, inteligência, inclusão e sustentabilidade. As câmaras municipais recolhem uma parte importante dos impostos pagos pelos contribuintes, por isso, faz todo o sentido e é extremamente importante que parte importante desse dinheiro possa ser investido em desenvolvimento e na criação de riqueza, melhorando o bem-estar da população e o gosto de pertencer a um território. Uma das formas de fomentar a economia das cidades e o desenvolvimento é apoiar as empresas e o empreendedorismo, pois ajudam a resolver os problemas do desemprego e outros problemas a ele associados, como a saúde, as dependências, a desmotivação o sucesso escolar e a violência doméstica, além de acentuar outras problemáticas sociais, como a pobreza. Este investimento em empreendedorismo é comparável à área da educação, cujos resultados demoram, mas é um investimento a que não podemos fugir, também por diretivas e convenções internacionais publicamente assumidas pelo Estado Português, como um todo. Esta estratégia tem, até, sido encarada com urgência por muitos municípios, quer pelo contexto de crise económica e financeira do País, quer, sobretudo, pelos números elevados do desemprego.

O problema do desemprego toca transversalmente toda a sociedade, embora sejam jovens licenciados que não conseguem emprego e as pessoas de faixas etárias mais elevadas que não conseguem regressar ao mercado de trabalho as mais afetadas. Por isso, também, as câmaras municipais sentiram necessidade de fomentar iniciativas que levassem estas pessoas a criarem o seu próprio emprego, pelo que a aposta no empreendedorismo tem sido uma escolha privilegiada em matéria de escolha de políticas públicas. No panorama dos locais criados para poderem receber as novas empresas, Vila Nova de Gaia tem a vantagem de ter associada uma incubadora de empresas, a INOVAGAIA, vocacionada que está para o apoio à inovação e ao empreendedorismo, sobretudo nas áreas mais tecnológicas. O tipo de empresas que acabam por ser criadas no âmbito dos projetos de empreendedorismo das câmaras municipais não assume um padrão definido. Também o tipo de financiamento acaba por ser diferente, dependendo de município para município, das tipologias de desempregados e das proximidades aos estabelecimentos de ensino superior e dos centros de investigação. O que se pode concluir é que o empreendedorismo não pode ser uma política que se concentra apenas naqueles que querem avançar com uma ideia de negócio. Ela deve ser incutido desde os bancos da escola. A inovação implica a transformação fundamentada e constante dos métodos de trabalho, ideia que deve ser incutida, desde muito cedo, em simultâneo com o desenvolvimento do espírito empreendedor, em lógica experimental e de gosto pelo risco e de exposição ao mérito. Para esta ser uma realidade é também fundamental a formação dos professores do ensino básico e secundário, sendo já frequente as escolas secundárias do país já incluem nos seus currículos esta matéria. Os jovens são habituados a pensar em soluções para os problemas do dia a dia, a conceber materiais, ou a reinventar o uso de materiais conhecidos, a testar os seus produtos e, se satisfatórios a apresentar os seus projetos de fabrico e comercialização e gestão do seu próprio negócio. Deverão aprender a ter na sustentabilidade económica a base para a criação e eventual fixação de novas empresas, no apoio às existentes de forma a manter as mesmas ativas, criando programas de apoio e de incentivo cuja função é facilitar e alocar recursos dos sistemas de apoio à criação de ecossistemas de valor acrescentado, entre os empreendedores e a sociedade.


ersistente prática, constitui também ra a solidez da marca duma cidade,

Em última linha com a Autarquia e o Estado reduzindo, com a criação de emprego, os apoios sociais aumentando a sua cota de receita obtida através dos impostos e investimentos alocados no concelho. Incentivar o empreendedorismo poderá ser, também, alavancar as exportações, criando novas parcerias ao nível do concelho, intermunicipais, nacionais ou mesmo internacionais que, quando bem-sucedidas, poderão até trazer investimento exterior de empesas interessadas em novos negócios e/ou novos produtos. As autarquias são dos melhores veículos para o apoio ao empreendedorismo, devido à sua proximidade e relação com os cidadãos, com as escolas, sobretudo as profissionais e as universidades, e com as empresas, bem assim como com as agências de desenvolvimento, associações comerciais e câmaras de comércio, o Estado e os programas operacionais da União Europeia. Pretende-se criar um ecossistema empreendedor, de empresas que sendo complementares em termos de prestação de serviços, sejam também inovadores em termos dos produtos e serviços prestados, potenciando os recursos locais e captando o interesse de novos empresários, conseguindo a sua fixação pelas condições de investigação e desenvolvimento que lhes são oferecidas. Pretende-se assim criar um programa de empreendedorismo de base local de valorização das atividades económicas endógenas e de elevado potencial.

Não esquecer o empreendedorismo social, ou se quiserem a economia social, porque as pessoas, os munícipes têm que contar com o apoio das autarquias e associações, misericórdias e outras, na procura de soluções inovadoras para as necessidades dos mais desprotegidos e carenciados, em razão do desemprego, pobreza e solidão, articulando os diversos intervenientes, promovendo e apoiando as ações e iniciativas destas instituições, podendo começar pela capacitação para a inovação e o empreendedorismo dos recursos humanos voluntários de que já dispõem. Em todos os municípios há franjas da população com poucas possibilidades de emprego, quer seja pelo facto de várias áreas do tecido económico ser frágil, quer pelo facto de determinadas profissões terem pouca empregabilidade, pelo que urge criar condições que permitam contrariar o fenómeno das várias mudanças e exigências dos mercados. Se ser empreendedor é, como li há uns tempos, “Ir buscar onde não existe e colocar onde não cabe”; se ser empreendedor é, cada vez mais, estar muito ligado à inovação e à competitividade, a procura de novas ideias e de novos caminhos para a dinamização da economia real, gerando criação de riqueza e emprego, cabe às autarquias o papel de fomento e apoio da ação intencional da comunidade, em especial e da sociedade em geral! Toda ação da Autarquia de Gaia tem uma visão estratégica e, portanto, uma racionalidade profunda – a de criar condições efetivas para valorizar todos os que em Gaia estão já a trabalhar num futuro mais atraente, competitivo e inovador, gerador de riqueza tangível capaz de ser redistribuída com equidade e justiça social entre todos os seus cidadãos munícipes!

Dr.º Albino Almeida

Presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia


Candidatura ao Programa Formação-Ação (PT2020) A INOVAGAIA SUBMETEU UMA SEGUNDA CANDIDATURA QUE PROMOVE O ACESSO A CONSULTORIA E FORMAÇÃO À MEDIDA PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. O projeto de Formação-Ação financiada, no âmbito da candidatura da INOVAGAIA e ISQ, foi aprovado na totalidade, projeto este que engloba 45 PME’s de vários setores de Vila Nova de Gaia. A INOVAGAIA submeteu uma segunda candidatura que promove o acesso a consultoria e formação à medida para pequenas e médias empresas. Assenta em pilares de transferência de know-how e de participação ativa de toda a organização. Este projeto é estratégico para a INOVAGAIA pois pode contribuir significativamente para o aumento de competitividade das PME de V. N. Gaia bem como potenciar novos mercados, novos clientes e um aumento da visibilidade. O objetivo específico deste Aviso consiste em conceder apoios financeiros a projetos exclusivamente de formação e realizados com recurso à metodologia de formação-ação. É uma intervenção com aprendizagem em contexto organizacional e que mobiliza e internaliza competências com vista à persecução de resultados suportados por uma determinada estratégia de mudança empresarial. Para mais informações contactar pelos telefones 918136259 / 917138271 ou email tania.tavares@inovagaia.pt

INOVAGAIA certificada para Vales Incubação A INOVAGAIA CONSEGUIU A CERTIFICAÇÃO NO ÂMBITO DO PROCESSO DE ACREDITAÇÃO DE ENTIDADES PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PROJETO SIMPLIFICADO – VALES, EM TODAS AS ÁREAS. A INOVAGAIA continua a receber pedidos para o Vales Incubação. A certificação conseguida, no âmbito do Processo de Acreditação de Entidades para Prestação de Serviços - Projeto Simplificado – Vales, em todas as áreas, permite o incentivo a fundo perdido que financia 75% do valor dos projetos aprovados. Assim, neste momento, tem competências certificadas para prestar serviços nas seguintes áreas: a) Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (I&DT) – serviços de consultoria em atividades de investigação e desenvolvimento tecnológico, bem como serviços de transferência de tecnologia; b) Empreendedorismo – serviços de consultoria associados ao arranque das empresas, relacionados com a elaboração de planos de negócios e na área da economia digital; c) Internacionalização - serviços de consultoria na área de prospeção de mercado; d) Inovação – serviços de consultoria abrangendo as seguintes áreas: gestão; assistência tecnológica; economia digital; propriedade intelectual e industrial; utilização de normas e serviços de ensaios e certificação. O Portugal 2020 aposta forte nestes projetos simplificados. Para mais informações contactar pelos telefones 918136259 / 917138271 ou email tania.tavares@inovagaia.pt


Couto Rural: inovação,tradição, conforto e qualidade ESTE NOVO ESPAÇO OFERECE TODA UMA ENVOLVENTE, DE RELAXAMENTO QUE PERMITE DESFRUTAR BONS MOMENTOS. No âmbito das fontes de financiamento disponíveis às necessidades das PME’s, a INOVAGAIA foi em 2015 acreditada pelo IEFP como EPAT (Entidade Prestadora de Apoio Técnico) ao conjunto de instrumentos de promoção do empreendedorismo, onde se insere a linha de crédito INVEST+. A Couto Rural, tendo beneficiado deste financiamento, acaba de abrir o seu espaço, em Grijó. Destinado a quem procura descanso e aventura, prazer e conforto, este ambiente é o pano de fundo em que a simplicidade se torna um privilégio. Este novo espaço oferece toda uma envolvente, de relaxamento que permite desfrutar bons momentos. Inovação, Tradição, Conforto e Qualidade, tudo num só espaço. Outra das valências deste projeto é a organização de eventos. O ambiente, solarengo e pleno de cor, revela-se como local de referência para festas, sejam estas de cariz pessoal ou profissional. A Couto Rural, em breve, acrescentará ao projeto uma vertente de restauração, baseada na excelente cozinha tradicional Portuguesa. Localizada a 15 minutos do centro do Porto, junto da saída da autoestrada, em Grijó (V. N. de Gaia), é possível encontrar num só espaço um conceito diferente, longe dos ritmos citadinos mas perto da tranquilidade, conforto e descanso. Saiba mais em facebook.com/coutorural


ROTA COMM PARA STARTUPS E EMPREENDEDORES INICIATIVA NASCEU COM A METODOLOGIA DESENVOLVIDA PELA SAY U PARA SER APLICADA À CONCEÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO DE NEGÓCIOS STARTUP. Foi perante uma plateia de mais de meia centena de pessoas que a Say U Consulting trouxe à INOVAGAIA a “Rota COMM para StartUPs e Empreendedores”. Esta iniciativa serviu para dotar gestores de Startups, Empreendedores e profissionais de Comunicação de uma visão alargada e de caráter especializado sobre a relevância da comunicação e da conquista de visibilidade no mercado. Estratégias como a “Think big, act small” para a construção de campanhas de nicho, com um “match” perfeito entre criatividade, dimensão, estádio e recursos disponíveis foram temáticas que suscitaram muita curiosidade e algumas perguntas. Esta iniciativa nasceu com a metodologia desenvolvida pela Say U para ser aplicada à conceção das estratégias de comunicação de negócios startup – a “GO360”, testada, por dois anos consecutivos, nos projetos vencedores do concurso de empreendedorismo promovidos pela Acredita Portugal.

INOVAGAIA acolhe sorrisos na Semana do Idoso INICIATIVA COM O APOIO DA INOVAGAIA É EXPERIÊNCIA A REPETIR. ‘O Leão da Estrela’ foi o filme escolhido para animar um dos dias da Semana do Idoso, levada a cabo pela Junta de Freguesia de S. Félix da Marinha, em parceria com a Câmara Municipal de Gaia e o apoio da INOVAGAIA. O Auditório da INOVAGAIA encheu com os sorrisos dos menos jovens que, em alguns casos, poucas oportunidades têm para interagir e socializar . O desejo? Para o ano repetir a experiência!


DISCURSO DIRETO

Retail Mind “A RETAIL MIND CRIA PONTOS DE MUDANÇA ENTRE A RAIZ DO NEGÓCIO DOS NOSSOS CLIENTES, E A MATRIZ QUE DEFINE E ALAVANCA DE UMA FORMA SUSTENTÁVEL, O FUTURO DAS NOSSAS EMPRESAS” – DIZ VÍTOR ROCHA, DIRETOR GERAL DA RETAIL MIND. A Retail Mind intervém em 3 áreas: • Retalho - Gestão do Departamento de Retalho, Gestão Contratual, Internacionalização; • Capital Humano: Executive Search, Cliente Mistério, Formação e Consultoria na área dos Recursos Humanos; • Marketing: Definição de Plano de Marketing, Estudos de Mercado, Organização de Eventos, Organização de Desfiles de Moda, Criação e Desenvolvimento de Websites, Desenvolvimento de Estratégias Online com Enfoque em Social Media. Análise e Implementação de Metodologias que visem a Promoção de Marcas e Produtos. Saiba mais em https://youtu.be/zBMcq9Aarpo

Vítor Rocha Diretor Geral da Retail Mind


“Reforçar a identidade e as potencialidades, dentro e fora do País”, é o mote para Vila N dinâmica e símbolo de rigor, opções sustentáveis e soluções inteligentes. Gaia pretende, assim, unificar todas as pessoas nascidas na cidade, e arredores, mas G - o verde representa a Natureza. A - o amarelo é o reflexo da energia, da vida e traba A - finalmente, a cor azul simboliza a vida e água, nomeadamente o oceano Atlântico e

HISTÓRIAS DE GAIA LENDA DO REI RAMIRO Uma antiga lenda que remonta ao século X, conta que o rei Ramiro II de Leão se apaixonou por uma bela moura de sangue azul, irmã de Alboazer Alboçadam, rei mouro que possuía as terras que iam de Gaia até Santarém. Influenciado pela sua paixão e com a intenção de pedir a moura em casamento, Ramiro decidiu estabelecer a paz com Alboazer, que o recebeu no seu palácio de Gaia. Apesar de já ser casado, Ramiro pensou que seria fácil obter a anulação do seu casamento pelo parentesco que o unia a D. Aldora. Alboazer recusou terminantemente: nunca daria a irmã em casamento a um cristão e, de todas as formas, esta já estava prometida ao rei de Marrocos. O rei Ramiro, vexado, pareceu aceitar a recusa, mas pediu ao astrólogo Amã que estudasse os astros para decidir qual a melhor altura para raptar a princesa e levou-a consigo nessa data propícia. Dando por falta da irmã, Alboazer ainda chegou a tempo de encontrar os cristãos a embarcar no cais de Gaia. Gerou-se uma luta favorável ao rei cristão, que levou a princesa moura para Leão, a batizou e lhe deu o nome de Artiga, que tanto significava castigada e ensinada como dotada de todos os bens. Alboazer, para se vingar, raptou a legítima esposa do rei Ramiro, D. Aldora, Juntamente com todo o seu séquito. Quando o rei Ramiro soube do rapto ficou louco de raiva e, juntamente com o seu filho D. Ordonho e alguns vassalos, zarpou de barco para Gaia. Aí chegados Ramiro disfarçou-se de pedinte e dirigiu-se a uma fonte onde encontrou uma das aias de D. Aldora a quem pediu um pouco de água, aproveitando para dissimuladamente deitar no recipiente da água meio camafeu, do qual a rainha possuía a outra metade. Reconhecendo a jóia, D. Aldora mandou buscar o rei disfarçado de pedinte e, por vingança da sua infidelidade, entregou-o a Alboazer. Sentindo-se perdido, o rei Ramiro pediu a Alboazer uma morte pública, esperando com astúcia ganhar tempo para poder avisar o seu filho através do toque do seu corno de caça. Ao ouvir o sinal combinado, D. Ordonho acorreu com os seus homens ao castelo e juntos mataram Alboazer e o seu povo, para além de destruírem a cidade. Levando D. Aldora e as suas aias para o seu barco, o rei Ramiro atou uma mó de pedra ao pescoço da rainha e atirou-a ao mar num local que ficou a ser conhecido por Foz de Âncora. O rei Ramiro voltou para Leão onde se casou com a princesa Artiga, de quem teve uma vasta e nobre descendência.

Arquivo Sophia de Mello Breyner Anderson Desde Abril que Vila Nova de Gaia tem um novo Arquivo Municipal. Este resultou da remodelação da antiga sede do Tribunal da Comarca e foi batizado com o nome da poetisa e escritora Sophia de Mello Breyner. O arquivo está à disposição da população de segunda a sexta- feira, das 9 às 17.30 horas e dispõe de salas de leitura específicas, gabinetes de trabalho, depósitos, ateliês e laboratórios de conservação e restauro. O arquivo acolhe os arquivos da Câmara e da Administração do Concelho de Vila Nova de Gaia (1837-1936) e, ainda, espólios privados dos fotógrafos de Camilo José de Macedo, Casa Foto Neves e Casa Alegres e o acervo do jornal “O Comércio do Porto”. Em breve espera-se que seja incorporado no arquivo o espólio da Real Vinícola e da Real Companhia Velha, de modo a se perpetuar a memória secular do Vinho do Porto.


Nova de Gaia assumir uma nova marca. Uma imagem moderna e ambiciosa, com vida,

que optaram por viver no município. alho. I - o vermelho representa o passado (histórico e cultural), as tradições e festas. e o rio Douro.

Refugio Ornitológico A zona do estuário do Douro é muito favorável ao abrigo e nidificação de diversas espécies de aves. A Câmara de Gaia, o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, a Administração dos Portos de Douro e Leixões e o Parque Biológico de Gaia assinaram um protocolo de conservação da natureza, para a criação do Refúgio Ornitológico do Estuário do Douro. “Aquilo que vamos fazer é criar um espaço de proteção que garanta que as aves não se sentem ameaçadas” é o mote para a concepção do projeto e a visita dos turistas.

Cine Teatro Brazão Cine-Teatro Eduardo Brazão é uma sala de espetáculos de Valadares, inaugurada a 12 de Fevereiro de 1928. A construção ficou a dever-se a Alexandre Marta da Cruz, seu fundador, grande impulsionador do desenvolvimento local, chegado a Valadares (Vila Nova de Gaia) em 1921, oriundo de África. Em Setembro de 1992 foi adquirido pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, e requalificado pelo arquiteto Joaquim Massena. Foi reaberto ao público a 19 de Maio de 2007. A sala de espetáculos é composta por plateia e balcão, com 241 e 61 lugares respetivamente. O palco possui uma área de 70 metros quadrados, dos quais 16 metros quadrados à frente da boca de cena, onde existe um fosso de orquestra com cerca de 13,5 metros quadrados. O projeto de arquitetura integra as artes plásticas, através de inúmeras pinturas e esculturas alegóricas ao teatro, nos tetos e paredes, da autoria do mestre José Rodrigues (escultor) e José Emídio.

Rabelas Arrancou em outubro o serviço de táxis fluviais entre as marginais do Porto e Vila Nova de Gaia. O grupo The Fladgate Pastnership tem duas rabelas a atravessar o rio Douro, com partidas de 15 em 15 minutos. Cada viagem custa três euros.



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