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ÍNDICE ED. 16 | MAI\JUN\JULH._2020
Destaque da edição
Nesta edição, a Predial Brazilian traz a matéria sobre o maior edifíco do Brasil, o empreendimento conta com um design exclusivo do escritório de arquitetura italiano Pininfarina Edifíco Yachthouse
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48 O novo empreendimento na Região Metropolitana de Salvador, o Parque Shopping Bahia traz um conceito arquitetônico moderno
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Instalado em uma área de aproximadamente 144.000 m², o moderno empreendimento conta com infrstrutura de ponta.
Processo de adequação estrutural conta com diferenciais construtivos
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Unidade educacional, em SP, tem alta complexidade de estruturas
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28 Conceito arquitetônico estabele traços contemporâneos em edifício corporativo
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Implantação de materiais com reestruturação de ponta
Em São Paulo, complexo de lazer ganha modernas instalações
INSIDE
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Carta ao leitor
editorial
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Tempo para renovação
ois mil e vinte. Um ano tão esperado por muitos, chegou. Contudo, iniciou seus primeiros meses sob incertezas de uma pandemia inimaginável por muitos profissionais da área construtiva. Enfim, o Coronavírus modificou o planejamento de variados segmentos, inclusive o nosso setor de edificações. De fato a Covid-19 alterou totalmente as perspectivas para saldos postivos neste ano. No entanto reconheço que, mesmo diante das diversas barreiras e readequações, o período também apresenta condições favoráveis e inovadoras para se transformar em meses de amadurecimento e ousadia. Nós da Rede Inside, temos bons planos para estreitar ainda mais a relação entre vocês: gestores da construção, sejam arquitetos, engenheiros, fornecedores, entre outros profissionais imprescindíveis no mercado da construção nacional. Nesse sentido, a Predial Brazilian têm se mostrado eficiente e sem limites para a inovação em seu conteúdo. A nossa missão continua, independente da amplitude das turbulências no cenário da economia, temos como meta apresentar que é possível enfrentar as diversidades deste novo tempo em todos os continentes. Assim, de modo a continuar a enfatizar as boas práticas da construção civil brasileira destacamos nesta edição, a torre mais alta da América Latina, na região Sul do país, em que ocupa um prédio com 82 andares, situado em Balneário Camboriú. O impressionante e gigante, o Yachthouse, no Estado de Santa Catarina, é um empreendimento com detalhes contemporâneos e com vista para o verde da mata Atlântica e rio Camboriú. Ainda na capital catarinense, compartilhamos nas próximas páginas o Passeio Office. O case diferenciado com total infraestrutura e fachadas totalmente envidraçadas que privilegia a iluminação natural dos espaços, vista para o pôr do sol todos os dias. Já na região Sudeste, na cidade de São Paulo, o cenário é interessante ao notar a presença da construção pontual, no gerenciamento da Escola Concept, que contribuem para promover a infraestrutura necessária ao desenvolvimento da região de SP. Ainda em terras paulistanas, também destacamos uma edificação estruturada em perfis leves, de acabamento robusto, o SESC Paulista, o qual possui em sua construção revestimentos em placas externos e internos, isolamentos termo acústicos e forros, compondo versatilidade a obra. Já na nossa matéria de capa, apresentamos um conteúdo com Marcelo Oliveira, CEO da OCC Empreendimentos, empresa responsável pela construção do Parque Shopping Bahia, em que detalha boas respostas às demandas do mercado da construção, superando os significativos desafios e garantindo qualidade, rapidez e maior sustentabilidade às obras.
Desejo a você uma agradável leitura. Aproveite bem a revista!
Natasha L. Tassinari CEO da Rede Inside
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Manutenção completa
panorama do
setor
C2 Arquitetos fortalece hub de relacionamentos ao lado da Visual & Design Valiosas lições podem ser obtidas em meio à pandemia. Uma delas é a necessidade constante da reinvenção e da busca por relacionamentos construtivos. Ao encontro disso está o novo desafio aceito pelo escritório caxiense C2 Arquitetos: representar a Visual & Design na Serra Gaúcha. Conhecida dos profissionais do segmento por ser referência nacional na área de atuação, a marca é responsável por periódicos, premiações e eventos que fortalecem a arquitetura e o design há mais de duas décadas. Liderado pela arquiteta Cristina Mioranza, o escritório participará do processo de curadoria que avaliará os projetos para selecionar os participantes do Anuário2021 publicação que divulga e reconhece o trabalho dos profissionais do setor. Por isso, o C2 convida arquitetos e designers a associarem sua imagem a um veículo com credibilidade, relevância e, principalmente, audiência. “O momento é de buscarmos formas criativas de divulgarmos nosso trabalho, mostrar nossos projetos e integrar conhecimento com os
Construtora foi a primeira gaúcha a receber a distinção ‘Selo Casa Azul + Caixa’, no nível Diamante
Fotos: Divulgação
Os mais de 15 anos de tradição no segmento da construção civil da Arcari Empreendimentos foram coroados com a conquista de uma certificação inédita: o projeto do Residencial Jardim Toscana, idealizado pela construtora na cidade de Farroupilha/RS, recebeu o ‘Selo Casa Azul + Caixa’, no nível Diamante - a mais alta outorga concedida pela Caixa Econômica Federal aos projetos habitacionais brasileiros. A construtora gaúcha foi a primeira a obter a condecoração, que atesta a adoção assertiva de soluções urbanísticas e arquitetônicas, utilizando racionalmente os recursos naturais em empreendimentos executados no âmbito dos programas operacionalizados pela instituição financeira. Para a concessão do certificado, os projetos são avaliados em diversos critérios, envolvendo seis categorias: ‘Qualidade Urbana e Bem-Estar’, ‘Eficiência Energética e Conforto Ambiental’, ‘Gestão Eficiente da Água’, ‘Produção Sustentável’, ‘Desenvolvimento Social’ e ‘Inovação’.
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panorama do
setor
Guardini Stancati apresenta livro Arquitetura Dinâmica 2 Com mais de duas décadas de trajetória, no Brasil e no exterior, os arquitetos e designers de interiores Dani Guardini e Adriano Stancati, do escritório Guardini Stancati Arquitetura + Design, divulgam o novo trabalho da consagrada carreira profissional: o livro Arquitetura Dinâmica 2. Reconhecidos pela alta capacidade de inovação, reúnem cases de sucesso em uma obra repleta de conteúdo exclusivo. Após a grande repercussão da primeira edição, lançada em 2014, os autores dão continuidade ao trabalho e seguem o mesmo padrão de qualidade e formato de apresentação em um livro bilíngue - português e inglês. São 257 páginas recheadas com detalhes e imagens de projetos recentes, elaborados entre 2014 e 2020, e nunca publicados anteriormente.
Dia do Meio Ambiente renova o ideal sustentável da Fundação Proamb Uma empresa firma seu legado à sociedade quando trabalha o seu propósito. No caso da Fundação Proamb, é a sustentabilidade, através da gestão ambiental, que rege sua atuação há quase três décadas. São compromissos nos âmbitos social, econômico e ambiental disseminados por suas unidades operacionais, todas elas certificadas, a partir do compromisso com uma política própria de qualidade e meio ambiente. É ela quem baliza a utilização racional dos recursos naturais, protegendo o meio ambiente na busca pela máxima eficiência de todas suas operações. Com isso, busca aumentar o desempenho ambiental e industrial para melhorar a qualidade dos serviços. São esses os pilares que sustentam essa filosofia de trabalho, permitindo oferecer soluções em todos os setores da gestão ambiental, com uma visão 360° aos clientes: Engenharia, Central de Resíduos, Coprocessamento, Centro de Análises Ambientais e Educação.
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PROJEÇÃO DESTACA COMO SERÁ A MORADIA DO FUTURO
Mesmo que tivéssemos um DeLorean e fôssemos atingidos por um raio ao chegar às 88 mph, não teríamos como voltar no tempo e mudar o impacto que causamos no meio ambiente, possibilitando uma vida mais verde para as futuras gerações. Resta-nos, então, desenvolver planos que revertam esse quadro. Foi justamente pensando nisso que a Geoship, uma plataforma regenerativa de construção de aldeias, se esforçou para fazer seu conceito de cúpulas biocerâmicas. A Geoship funciona sob a filosofia de que as cúpulas biocerâmicas substituirão as casas de madeira no século XXI e usa seu modelo para justificar essa afirmação. Com muitos investidores apoiando seu plano, a Geoship planeja remodelar a empresa de construção global com suas cúpulas – uma alternativa sustentável e acessível a opções mais tradicionais no mercado imobiliário. Essas cúpulas serão 100% feitas de materiais biocerâmicos, como basalto e cânhamo, que formam os painéis e as molduras. A Geoship diz que os resíduos de CO₂ do produto serão captados pelos painéis pré-fabricados que podem ser reciclados para criar novos, criando um ciclo de zero carbono. Além de seus benefícios sustentáveis, as cúpulas também seriam
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panorama do
setor
extremamente acessíveis, especialmente quando comparadas à compra de uma casa tradicional. Dependendo do tamanho, espera-se que os preços variem entre U$45 mil e U$230 mil, o que deve cobrir o custo de tudo — desde a entrega e construção até todos os móveis e eletrodomésticos. Quando você acha que esse modelo não poderia ser mais interessante, vem o componente de estabilidade. O material cerâmico é à prova de fogo e não atrai mofo ou insetos e, devido à sua estrutura adaptável, foi criado para resistir a terremotos e furacões da melhor forma possível. Além da construção da cúpula, a Geoship tem um modelo de construção de vila inteiro composto por essas casinhas biocerâmicas. Por enquanto, continuaremos sonhando com essa opção de vida barata e sustentável até que, esperamos, ela se concretize.
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panorama do
setor
TIJOLO SUSTENTÁVEL É PRODUZIDO COM AREIA E PLÁSTICO REUTILIZADO
Empresa sediada na Índia, a Rhino Machines, lançou o Bloco de Plástico de Sílica — um tijolo de construção sustentável feito a partir da reciclagem de resíduos de areia/ poeira de fundição (80%) e resíduos plásticos mistos (20%). O Bloco de Plástico de Sílica ou SPB (sigla em inglês) tenta enfrentar o enorme desperdício de poeira e a produção geral de poluição na Índia, o que gera um grave risco ambiental. O projeto foi concluído em colaboração com a ala de pesquisa do escritório de arquitetura R + D Studio. O projeto começou um mandato de zero desperdício de uma das usinas de fundição da Rhino Machines. Nos estágios iniciais, os experimentos foram conduzidos usando poeira de fundição em tijolos de cinzas volantes
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ligadas por cimento (7-10% de resíduos reciclados) e tijolos de argila (15% de resíduos reciclados). Essa experimentação também exigiu o uso de materiais naturais, como cimento, solo fértil e água. Os blocos podem ser usados diretamente após o resfriamento do processo de moldagem. Os SPBs apresentaram 2,5 vezes a força dos tijolos de barro vermelho normais, enquanto, para serem consumidos, precisam de cerca de 70 a 80% da poeira da fundição com 80% menos uso de recursos naturais. Com mais testes e desenvolvimento, novos moldes foram preparados para testá-los como blocos de pavimentação e os resultados foram bem-sucedidos. Durante o período de quatro meses, várias indústrias, como hospitais, organizações sociais e empresas municipais locais foram
abordadas para fornecer plástico limpo. No total, seis toneladas de resíduos plásticos e dezesseis toneladas de poeira e areia da indústria de fundição foram coletadas, prontas para serem recicladas. Como o SPB é feito de resíduos, o custo de produção pode competir facilmente com o tijolo de barro vermelho comumente disponível ou com a CMU (unidade de alvenaria de concreto). A Rhino Machines agora está se preparando para apresentar uma solução ecossistêmica para que as fundições de todo o país possam desenvolver e distribuir os SPBs dentro de suas zonas de impacto por meio da RSE (responsabilidade social corporativa – uma iniciativa do governo da Índia para que as empresas adotem causas filantrópicas e devolvam para a comunidade).
ESTRUTURA
Quando a inovação tem espaço
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ocalizada no Jardim América, na capital paulista, o showroom de uma das principais fabricantes de móveis no mercado 22
nacional, a Riccó, passou recentemente, por um processo de adequação estrutural. De origem europeia, da Itália, o grupo moveleiro atua no ter-
ritório brasileiro desde 1875, trazendo a tradição no desenvolvimento de móveis. O desejo de reformar o showroom veio da necessi-
Readequação estrutural de showroom valoriza a integração entre equipes em SP
dade da integração de duas equipes do grupo em um mesmo espaço: a Hub e a Riccó. Para isso, houve a implantação no dia a dia da empresa o principal conceito que sempre
é valorizado: a flexibilidade. Na edificação foi colocado piso elevado, no lugar do gesso, uma malha metálica que conhecida por grid, por onde passa toda a
elétrica da iluminação para facilitar a mudança das luminárias. Por não ter um espaço fechado para reunião buscou-se ressignificar os espaços para os funcioná23
ESTRUTURA rios de forma que todos os espaços são usados para múltiplos usos. “As lounges usamos como recepção, espaço para trabalho de foco, reunião de time ou até mesmo reunião com clientes. Desta forma otimizados o nosso espaço e temos grande facilidade em mudar o espaço quando necessário”, detalha a Gerente de Novos Projetos da Riccó, Laís Zarantonelli. O projeto em si é bastante inovador em conceitos e produtos do residencial que restruturou-se no corporativo para trazer mais aconchego ao escritório. “O andar que reformamos é também o nosso escritório além de showroom e tudo que fizemos foi para buscar também um novo comportamento para a equipe e a nova cultura que tem sido implantada no escritório.” Quanto à integração da equipe da Riccó e a de arquitetura aconteceu de forma natural e rápida, pois o Mombá arquitetura captou perfeitamente às necessidades da empresa e solicitações desde o início das reuniões. “A equipe de engenharia também foi super eficiente no momento de implantação do projeto e com a presença constante da arquitetura e da Riccó para acompanhar a obra, pequenas dúvidas e decisões foram feitas de forma ágil, o que facilitou bastante o processo”, relata. Ainda, no que tange à sustentabilidade pós-obra, a gerente conta que, atualmente, a Riccó incentiva muito mais o trabalho com as jane24
las abertas para evitar o uso excessivo de luzes e ar-condicionado, além de não trabalhar mais com copos e garrafas plásticas na copa. “Com a flexibilidade do grid da iluminação também prolongamos uma nova reforma pois a facilidade do mesmo nos auxilia muito na mudança dos layouts, principalmente, pensando que somos um showroom e rotatividade de produtos é alta”, conclui. EFETIVIDADE NAS INSTALAÇÕES Qualidade, prazo e custo. Esses foram os objetivos para alcançar o resultado final do aprimorado trabalho das instalações realizadas nesta obra de reforma do escritório Riccó. Sob a atuação da construtora Sum Engenharia, a empresa promoveu a construção e implantação de materiais, além de realizar toda a parte gestão do processo, utilizando a questão de custos, atingindo o budget do cliente, a Riccó. Na avaliação de Fagner Tenório, Sócio da Sum Engenharia, obra gerada, registrou-se um controle por parte da empresa coletora de resíduos, atingindo às adoções de técnicas sustentáveis. “Um lindo projeto, desenvolvido pelo escritório da Mombá. A construção de alta qualidade fez com que o escritório da Riccó ficasse com alto padrão de qualidade. Queria agradecer todo o apoio da Mombá para possibilidade de realização deste trabalho”, acrescenta.
Design Building: Fagner conta que os serviços da Sum Engenharia cobrem todas as etapas da execução dos projetos. “Desde a fase de pré-construção até a entrega final, você poderá contar com os nossos profissionais para lhe auxiliarem em tudo o que se fizer necessário para o bom desenvolvimento e a perfei-
ta execução do seu projeto”, destaca. Além disso, a empresa tem garantido aos seus clientes a disposição ferramentas modernas que lhe permitirão o acompanhamento de todas as etapas do projeto. “Adotamos em nossos projetos variados níveis de acabamentos e perfeição na construção para nossos clientes”, salienta.
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ESTRUTURA
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“A equipe de engenharia também foi super eficiente no momento de implantação do projeto e com a presença constante da arquitetura e da Riccó para acompanhar a obra, pequenas dúvidas e decisões foram feitas de forma ágil, o que facilitou bastante o processo”, Laís Zarantonelli, Gerente de Novos Projetos da Riccó
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“Um lindo projeto, desenvolvido pelo escritório da Mombá. A construção de alta qualidade fez com que o escritório da Riccó ficasse com alto padrão de qualidade. Queria agradecer todo o apoio da Mombá para possibilidade de realização deste trabalho”, Fagner Tenório, Sócio da Sum Engenharia
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ESTRUTURA
Muito além de um passeio
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ertencente ao grupo Pedra Branca, o empreendimento Passeio Primavera foi inaugurado em novembro de 2015 na chamada Rota da Inovação, na rodovia SC 401, em Florianópolis. O empreendimento apresenta um conceito diferenciado dos shoppings tradicionais, pois integra opções 28
de gastronomia, lojas e serviços, cultura, lazer, eventos abertos ao público, escritórios e empresas de tecnologia ligadas ao Centro de Inovação da Acate (Associação Catarinense de Tecnologia). Diariamente, 3.300 pessoas circulam pelo Passeio Primavera. O empreendimento conta com a Mercadoteca Floripa, sendo um mercado gastronômico da capital
catarinense, inaugurado em 2018. Um espaço integrado, que oferece uma experiência gastronômica e uma imersão num novo jeito de consumir. O conceito de “vila gastronômica” é baseado em modelos semelhantes bem-sucedidos mundo afora. A Mercadoteca Floripa está instalada numa área antigamente ocupada pela estufa do Garden do Passeio Primavera,
Empreendimento valoriza variedade de serviços sob estrutura sustentável
e totaliza 600 metros quadrados de área. Os espaços comerciais circundam a grande área central compartilhada, oferecendo variado mix de opções, do almoço ao happy hour. É neste mesmo local que está sendo construído o Primavera Office, empreendimento corporativo diferenciado, projetado com base em quatro pilares: pessoas, espaços criativos, trabalho e sustentabilida-
de. O Primavera Office oferece módulos de 300 a 1.200 metros quadrados, totalmente flexíveis e adaptáveis às necessidades da empresa. No ático, sunset bar e restaurante, proporcionando a contemplação do nascer e do por do sol em um ambiente de descompressão. No térreo, lojas com pé-direito duplo vão se somar à estrutura
comercial já existente no Passeio Primavera. O prédio também contará com bicicletário, vestiário e estacionamento com vagas prioritárias para carros elétricos, incluindo pontos de carregamento. Em um empreendimento do Grupo Pedra Branca também não pode faltar sustentabilidade. O Primavera Office contará com reutilização de água da chuva para 29
uso de irrigação de jardim e água para vaso sanitário; uso de placas fotovoltaicas para produção de energia; vagas prioritárias para carros elétricos com carregadores; iluminação em LED nas áreas comuns; metais economizadores; infraestrutura para ar condicionado tipo inverter; e fachada 100% envidraçada que privilegia a iluminação natural dos espaços.
RIGIDEZ PROTETUAL Ao longo dos processos construtivos do Passeio Primavera, um fator primordial para a qualidade do desempenho da obra foi o serviço de gestão de engenharia, no qual estabeleceu todo o planejamento e administração dos fornecedores e incorporou o projeto e a mão-de-obra nos seus serviços. De acordo com Guilherme Laini, diretor da Optima Estrutural, a obra estava sendo cotada em sistema pré-fabricado, pois o prazo de execução seria de seis meses. “Para este mesmo prazo de execução, a nossa solução apresentou um custo direto cerca de 20% inferior ao pré-fabricado. Além disso, na solução préfabricada o pé-direito livre abaixo das vigas era 30 centímetros inferior ao pé-direito da nossa solução.” Essa diferença aumenta o conforto nos pavimentos comerciais e reduz o volume de escavação nos pavimentos subsolo, pois ela é convertida em re30
dução da altura do pavimento, uma vez que o subsolo é apenas garagem e seu pé-direito é definido pela prefeitura. Os custos com escavação, contenções e todo o custo indireto que o prazo de execução desses elementos traz consigo foram consideravelmente reduzidos. “É importante citar que a estrutura foi executada com uma produtividade média de dois homens - hora por metro quadrado, que é cerca de 60% mais produtiva que a média do mercado de Santa Catarina”, acrescenta Guilherme É comum que a diretriz para as soluções de engenharia estrutural sejam em função de como as empresas de mão-de-obra cobram seus serviços. Geralmente é um preço padrão por metro quadrado ou por metro cúbico, levando o projeto a sempre visar a economia de materiais e não focar na produtividade da solução. “Na Optima o custo com mão-de-obra, que é o item mais caro do orçamento, pode ser até 30% menor que o preço padrão de mercado, uma vez que a solução foi definida pela engenharia como a mais equilibrada entre custo com materiais e custo com mão-de-obra.” Para Guilherme, os principais desafios de coordenação de projetos sempre estão ligados às indecisões do cliente quanto ao produto
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É um prazer imenso participar de um projeto com tamanha relevância para a sociedade. É uma obra com abrangência internacional e fazer parte da sua construção nos enche de orgulho.” Guilherme Laini Silveira, diretor da L2 Projeto Estrutural
final. O profissional conta que comumente surgem modificações de projeto que afetam toda a cadeia de processos, desde o projeto, compras, planejamento de execução até a mobilização de mão-de-obra e equipamentos. “Este projeto especificamente trouxe o desafio da escavação dos subsolos, devido aos diversos matacões encontrados no solo, interferindo diretamente na solução das fundações e dilatação dos prazos.” Para a segunda etapa de construção, na parte dos fundos do edifício, a solução foi alterada de fundação profunda para fundação rasa (sa-
patas), possibilitada pela redução do carregamento dos pilares e pela alta resistência do solo, evitando as surpresas que ocorrem na cravação de estacas em solos com matacões. Já sobre as fases de planejamento, é válido recordar-se que o setor de projetos da Optima possui uma antiga relação com a construtora deste empreendimento, o que facilitou a integração através de reuniões de compatibilização. O setor operacional da Optima realizava reuniões semanais para discutir o avanço físico da obra e alinhar as interações entre as diversas disciplinas, uma
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ESTRUTURA vez que a Optima é responsável apenas pela estrutura. “As medições sempre eram realizadas após as concretagens, onde a construtora promove uma validação dos serviços executados e libera o pagamento, realizando a integração final entre os setores de qualidade e financeiro. Podemos concluir que foi um sucesso, todos os prazos combinados foram satisfeitos, mesmo passando pela situação de pandemia”, detalha Guilherme Laini.
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ESTRUTURA
Reassentamento histรณrico
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Reparação conta com participação de famílias na reconstrução das comunidades atingidas por rompimento de barragem em MG
C
riada para reparar os impactos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), que ocorreu em 2015, a Fundação Renova conduz o programa de reassentamento, com a missão de restabelecer os modos de vida e a organização das comunidades que perderam suas casas pela passagem do rejeito após o rompimento da barragem: os distritos de Bento Rodrigues (o primeiro a ser atingido pelos rejeitos) e Paracatu de Baixo, em Mariana (MG); Gesteira, em Barra Longa (MG); e as zonas rurais desses municípios. Trata-se de um modelo único porque conta com o protagonismo das famílias no projeto das suas comunidades, o que não tem precedentes no Brasil. A reconstrução dos subdistritos atingidos pela lama é resultado de um longo processo que envolve planejamento, conceitos urbanísticos, aprovação de projetos, adequação a desafios dos terrenos, desenho de cada casa de acordo com o desejo da família, instalação de bens coletivos e aprovação de cada projeto na prefeitura, entre outras etapas. Por parte do poder público, também há necessidade de desenvolver e aprovar legislações relacionadas à construção dos novos núcleos urbanos. Cerca de 470 famílias participam ativamente do processo de reassentamento. Até que as vilas e as propriedades sejam reconstruídas, todos têm o direito à moradia assegurado pela Fundação Renova, que atualmente aluga casas para cerca de 300 famílias na região de Maria37
ESTRUTURA
na e Barra Longa (MG). Para Argeo Costa Neto, Superintendente de Negócios da HTB, o grande diferencial do projeto é a construção de cerca de 200 casas únicas e customizadas de acordo com os desejos e as necessidades de cada família. “Nesta obra, respondemos por parte da
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infraestrutura necessária para o bem-estar da comunidade, como estações de tratamento de água e esgoto, pavimentação e terraplanagem, além da implementação de uma série de bens públicos, como igrejas, uma escola, postos de saúde e entre outros serviços”, destacou.
O volume de projetos tratados simultaneamente exigiu a contratação de mais de 30 projetistas, das mais diversas disciplinas (arquitetura, fundações/contenções, elétrica, hidráulica, estrutura), para garantia do mesmo cuidado e atenção com cada uma das edificações. Se fez necessário buscar
alternativas adequadas de fundações e sistemas construtivos para estruturas e contenções, compatibilizando as edificações a serem executadas com as características de relevo, tipo de solo e construções vizinhas. “O ponto central da participação da HTB no reassentamento de Bento Rodrigues é a existência de um sentimento muito particular.
Não estamos apenas construindo moradias, mas permitindo que as famílias sigam na reconstrução de suas vidas e resgatem o senso de comunidade, o que nos dá muito orgulho e satisfação.” A área onde está sendo implantado o reassentamento de Bento Rodrigues foi aprovada pela comunidade em maio de 2016, por meio de votação e aprovação de
mais de 90% das pessoas afetadas. Em fevereiro de 2018, o projeto urbanístico foi aprovado pela comunidade com 99,44% de votos favoráveis, em assembleia geral. O modelo aprovado prevê não apenas a reconstrução das casas, mas também a retomada do modo de vida e a manutenção das relações de vizinhança. Todas as ações de reparação relacionadas ao reas-
sentamento são definidas em conjunto com os próprios moradores, respeitando os aspectos sociais, econômicos e individuais. Entre as premissas estão o atendimento a cada futuro morador por um arquiteto contratado pela Fundação Renova, para formulação do projeto conceitual das casas. A proposta das moradias deve garantir condições de habitabilidade e acessibilidade e o respeito ao modo de vida familiar e comunitário. Somente depois de chegar a um resultado satisfatório pelos moradores, o projeto é considerado pronto para
ser avaliado, para fins de emissão de alvará pela Prefeitura de Mariana. Da mesma forma, uma das preocupações do projeto de reassentamento é o acompanhamento da adaptação das famílias por pelo menos três anos após a nova ocupação. Balanço da reparação - A Fundação deve fechar o ano de 2020 com aproximadamente R$ 12 bilhões em recursos desembolsados nas ações de reparação na bacia do rio Doce em razão do rompimento da barragem de Fundão, em Ma-
riana (MG), em 2015. Desse total, R$ 7,84 bilhões foram aplicados até dezembro de 2019, sendo que R$ 2,11 bilhões se referem a pagamentos de indenizações e auxílios financeiros a cerca de 320 mil pessoas em Minas Gerais e no Espírito Santo. Em 2020, o orçamento da Fundação Renova será de R$ 4,68 bilhões, crescimento de 72% em relação ao ano passado. O programa de reassentamentos vai receber R$ 889,3 milhões, um volume 138% maior em comparação com o ano passado. Mais da metade desse 39
ESTRUTURA
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Sugerimos estabilizar os solos da camada do subleito, com a adição de um ligante catalítico para reações pozolânicas nos solos, capaz de aumentar a resistência em termos de I.S.C., o módulo resiliente, promovendo aumento estrutural pela redução das deflexões recuperáveis.” Cristiano Costa Moreira, Diretor Técnico da Solocap
valor será destinada ao reassentamento de Bento Rodrigues (R$ 467,3 milhões), que chega ao fim do ano com 85% das obras concluídas. Para as indenizações e auxílios financeiros, o volume de recursos previstos cresceu 50% em relação a 2019 e chega a R$ 1,5 bilhão.
REESTRUTURAÇÃO URBANA Convidada pelo gestor do contrato do consórcio construtor, a Solocap participou desta obra, com o fornecimento e montagem dos equipamentos dos laboratórios de solo, concreto e asfalto. A
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empresa atuou com uma capacitada equipe de laboratoristas para executar o controle geotécnico nas fases de terraplenagem, o qual inclui cortes, aterro, solos e implantação da frenagem, além da pavimentação composta pelo reforço do subleito, subleito-sub-base, base e revestimentos. Ao longo desse trabalho de reassentamento do Distrito de Bento Rodrigues, a Solocap sugeriu e elaborou um plano de gestão de qualidade, em que outra equipe do consórcio promoveu a gestão operacional dos controles, registros de documentos técnicos, especificações, relação de equipamentos e suas respectivas calibrações na Rede Brasileira de Calibração (RBC), além das distribuições das
competências do controle em campo e em laboratório. Para a qualidade final do asfalto, especialmente no que diz respeito à vida útil, a Solocap enfatizou a necessidade de aumentar a capacidade estrutural da fundação do pavimento. “Sugerimos estabilizar os solos da camada do subleito, com a adição de um ligante catalítico para reações pozolânicas nos solos, capaz de aumentar a resistência em termos de I.S.C., o módulo resiliente, promovendo
aumento estrutural pela redução das deflexões recuperáveis. Todo o procedimento foi de alto padrão de desempenho”, afirma o engenheiro Cristiano Costa Moreira, Diretor Técnico da Solocap. O dirigente conta que a Solocap contribuiu integralmente com o andamento da obra, por meio de reuniões, emissões de laudos geotécnicos, definindo materiais, processos e condições operacionais dos equipamentos, com vista a elevar parâmetros de desempe-
nho dos materiais, das camadas e, principalmente, à desoneração dos custos de produção. “Contribuímos com a gestão da qualidade dos registros documentais”, salienta. A equipe de garantia da qualidade da Solocap atuou com a participação de um engenheiro civil e uma consultora da qualidade, ambos responsáveis pela implantação da acreditação do laboratório de geotecnia da Solocap, segundo a norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017. “Tais fatores foram requisitos para
as competências do laboratório de ensaios e calibração. Várias visitas foram realizadas para acompanhamento das etapas do projeto, de acordo com o processo de gestão da qualidade dos controles geotécnicos das obras do consórcio para, em parceria com o setor de engenharia da qualidade do consórcio, definir um sistema de monitoramento e avaliação de documentos e dados do controle”, completou.
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ARQUITETURA
Reformulado para o futuro
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Adequações arquitetônicas e racionalização construtiva são destaques em obra de edificação escolar em SP
ARQUITETURA
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esgatar os valores do icônico edifício SacréCoeur, em São Paulo, além de respeitar a sua história sob um novo formato adequado às necessidades do mundo contemporâneo em consonância com o que há de mais atual em termos de soluções e tecnologias. Essa foi a premissa fundamental para o projeto arquitetônico da Escola Concept, na capital paulista. A instituição trabalha com métodos de ensino inovadores e voltados aos olhares para o que deve ser o futuro da educação de crianças e adolescentes. Em paralelo, está abraçada pela icônica construção da década de 1930 – ampliada entre 1940 e 1960 – de fachada listada como marco arquitetônico e, ao longo dos anos, muito presente na memória de várias gerações de cidadãos paulistanos. O equilíbrio entre inovação e preservação histórica foi dosado na proposta por meio da revitalização das estruturas já existentes somada à inserção de novos programas em materiais sustentáveis e qualificados. Um dos grandes destaques é a área externa, um amplo e totalmente preservado parque repleto de árvores frondosas e vegetação exuberante. Na proposta arquitetônica, a área externa é percorrida por uma marquise desenvolvida em CLT – madeira certificada de alta tecnologia ainda em fase experimental no Brasil – que, enquan44
to atua como link entre os blocos dispostos nos 18 mil metros quadrados de terreno da escola, estabelece também o elo entre a história e a contemporaneidade na engenharia civil e apresenta uma ideia consciente e inovadora. Além disso, o desenho orgânico da estrutura permeia a vegetação do espaço de modo a incorporar as árvores existentes, outra consideração bastante latente no projeto. Assim como a marquise, todas as novas intervenções foram realizadas em madeira, e caixilhos, portas e pisos foram recuperados das estruturas originais, levando em conta estudos científicos sobre o benefício da interação com este material no que diz respeito à concen-
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com as áreas verdes, o recurso deixa o espaço ainda mais dinâmico e multifuncional. . As salas de aula são conformadas em um layout modular também em sintonia com as novas formas de ensino, e abrem espaço para diversas tipologias de aula e interação em sala – por meio de portas pivotantes e mobiliário de fácil mobilidade, permitem a ampliação e articulação diferenciada dos espaços para atividades específicas e métodos horizontais de convívio. Os vidros junto às portas dos corredores são outra opção para enriquecer o aprendizado, uma vez que se tornam uma superfície ideal para o livre exercício da criatividade. A biblioteca, bastante espaçosa, organiza livros e materiais de ati-
É um prédio tombado em um bairro consolidado. Nosso desafio, nesse caso, foi unir estas duas diretrizes iniciais, aparentemente opostas, em um resultado coeso. O partido de projeto foi interferir no histórico da construção sem desconfigurá-lo.” Carolina Bueno, da Triptyque Arquitetura
tração, calma e níveis mais altos de aprendizado dos estudantes. Duas quadras poliesportivas integram o programa: uma toda em madeira, e outra com cobertura retrátil, outro exemplo de atualização tecnológica – além da integração
vidades em prateleiras acessíveis aos pequenos amparadas por mobiliário de apoio. A capela, por sua vez, foi convertida em auditório e em torre de 40 metros de altura totalmente preservada para ser utilizada como plataforma expositiva.
Carolina Bueno, da Triptyque Arquitetura conta que o edifício escolar é um objeto da intervenção de toda a equipe. “É um prédio tombado em um bairro consolidado. Nosso desafio, nesse caso, foi unir estas duas diretrizes iniciais, aparentemente opostas, em um resultado coeso. O partido de projeto foi interferir no histórico da construção sem desconfigurá-lo e, ao mesmo tempo, acomodar a base do ensino contemporâneo que é a cara da escola. Demos uma unidade e planejamento ao conjunto, ampliado nas últimas décadas de forma orgânica”, detalha. Essa nova linguagem, além da reconfiguração geral dos edifícios e plano de expansões futuras, veio com, por exemplo: novas quadras em estrutura de madeira; a caixilharia das salas de aula visando a mais transparência e interação com os espaços além-sala; a biblioteca como um ambiente amplo; a escada metálica que reconfigura a circulação externa e a deixa mais inteligível; a pista de skate e o brinquedo em volta da árvore no parque; e a escolha
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ARQUITETURA da madeira em CLT para estabelecer a leitura geral. Ainda, existe o desenho da marquise integrada com o paisagismo e de acordo com a topografia do terreno. “Desde o começo sabíamos que a madeira seria uma personagem de destaque. Trabalhamos com algumas empresas já conhecidas nossas, como a Carpinteria, que fez o projeto de dimensionamento e a execução da marquise. E chamamos a equipe do Miguel Maratá para cuidar de toda a engenharia integrada: estrutural, elétrica, hidráulica e de ar condicionado”, relembra Carolina.
Racionalização com resultados Para um empreendimento dessa complexidade e magnitude é essencial que a compatibilização dos projetos seja feita com muito cuidado para que sejam reduzidos os retrabalhos em obra e soluções pensadas com antecedência para uma execução bem planejada. “Ao contar com o apoio de toda equipe de projetos envolvida, o custo estimado para obra pôde ser reduzido já na etapa de projetos, com soluções como o aproveitamento de elementos estruturais existentes, otimização do paisagismo com o que já existia no local, entre outros, afirma Marcos Bertoncello, sócio diretor da Berton Engenharia, responsável pelo gerenciamento e coordenação do projeto pré-obra. 46
Bertoncello lembra que o projeto da escola Concept foi muito desafiador pela complexidade dos projetos e principalmente pelo fato de ser um edifício histórico e tombado, onde toda concepção do projeto da nova escola deveria se encaixar no conceito do prédio existente, além do desenvolvimento dos projetos terem sido realizados com um prazo bastante curto para atendimento da data de inauguração no início do ano letivo. Para o desenvolvimento do projeto de uma escola que seria referência em todo país, e diante da situação atual do mundo sustentável, nada mais coerente do que a preocupação
em se executar um edifício mais sustentável possível, dentro dos aspectos financeiros previstos. A adoção de placas de aquecimento solar, otimização do sistema de energia e manutenção das grandes áreas de iluminação natural que o prédio já tinha, foram alguns dos pontos sustentáveis da edificação. “Como a Triptyque é um escritório de Arquitetura que já tinha participado de vários projetos tão complexos como a escola Concept, houve uma grande sinergia com a Berton Engenharia desde o momento inicial do processo, o que foi excelente para o sucesso do projeto, já que as duas empresas estavam juntas durante todas as
principais definições”, acrescenta o sócio diretor. Por ter participado de toda etapa de concepção de projeto, a empresa de engenharia informa que teve a oportunidade de agregar muito coordenando a etapa de licitação da obra, garantindo a equalização dos proponentes e a manutenção das especificações de projeto no escopo contratado com a construtora. “A Berton Engenharia ficou lisonjeada em ter a Escola Concept como cliente, fazendo parte do hall de projetos corporativos, hoteleiros, residenciais, de shopping center e multiuso que integram a carteira da Berton.”
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No gerenciamento deste projeto foi essencial a perfeita comunicação entre cliente, Berton Engenharia e Triptyque para determinação do prazo adequado, com a qualidade exigida, mantendo-se o custo estimado para todo o processo..” Marcos Bertoncello, sócio diretor Berton Engenharia
FICHA TÉCNICA Arquitetos: Triptyque Área: 12853 m² Ano: 2019 Fotografias: Fran Parente Imagens 3d: Wax Digital (Fred Meyer) Triptyque (Thiago Buccieri) Gerenciamento De Projetos: Berton Engenharia Instalações Elétricas E Hidráulicas: GWIC Group Ar Condicionado: GWIC Group Estruturas De Madeira: Carpinteria Estruturas de Madeira
MATÉRIA DE CAPA
Marco construtivo na Bahia
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O mais novo shopping do país é entregue mediante procedimentos de ponta durante as etapas da obra
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ob 112 mil m² de área construída e 48 mil m² de área ABL, um novo centro de compras foi erguido em Lauro de Freitas (BA). Projetado pelo escritório Sotero Arquitetos, o Parque Shopping Bahia se tornou um marco na arquitetura da região metropolitana de Salvador. Inaugurado no dia 17 de março de 2020, o edifício foi concebido para ser contemporâneo e ao mesmo tempo ter o seu uso operacional entre os mais eficientes do mercado. Ao todo, o shopping possui 18 operações entre âncoras e megalojas que integram o mix de 190 lojas, além de 2.800 vagas de estacionamento. A comercialização e administração do empreendimento estão sob a responsabilidade da Aliansce Sonae, empresa que administra outros shoppings no Estado, a exemplo do Shopping da Bahia (Salvador), Boulevard Shopping Feira de Santana e o Boulevard Shopping Vitória da Conquista, sendo também o nono empreendimento administrado pelo grupo nas regiões Norte e Nordeste. Além de marcas fortes e operações especiais, o Parque Shopping Bahia já nasce com uma característica única por reunir uma variedade de entretenimento e lazer. Ainda, dentro destes investimentos, R$ 18 milhões foram destinados ao município em contrapartida, recurso este que serviu para a construção do Centro Administrativo de Lauro de Freitas (CALF). Essa contrapartida também permitiu a melhoria do sistema viário e a infraestrutura da região do prédio comercial, no qual incluíram alguns quilômetros de novas vias, uma ponte e a expansão das redes de energia, que demandaram extensas negociações. Além disso, houve estudos de impacto e o desenvolvimento de projetos de infraestrutura urbana junto aos vários órgãos reguladores, concessionárias de serviços públi-
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cos e a comunidade local. Nesse sentido de proporcionar aos clientes um centro de compras de alto padrão construtivo, os investidores do Parque Shopping Bahia confiaram à OCC Empreendimentos para assumir toda a responsabilidade pela edificação do complexo. A atuação da empresa incluiu desde a coordenação de todos os projetos, planejamento, procurement até a construção. “Gostamos de atuar com essa abrangência, e acreditamos que o cliente e o empreendimento ganham muito quando podemos colocar em prática nosso knowhow e a experiência em todas as fases, e em todas as disciplinas, fazendo essa integração. Portanto, procuramos entender os objetivos dos investidores, que tinham a intenção de criar um centro comercial inovador para o mercado baiano e que mudasse toda dinâmica da região”, revela o empresário Marcelo Oliveira, CEO da OCC Empreendimentos. O dirigente conta que antes até das metas próprias do empreendimento, a construtora adotou propósitos claros de atuar com o mínimo impacto ao meio-ambiente e promovendo o bem-estar de todos os seus colaboradores. “Essa é nossa preocupação primordial. Nessa obra que contou com cerca de 3.000 operários, para nós, a maior conquista foi o êxito de não registrar nenhum acidente de trabalho”, destacou. Entre os principais desafios no processo de coordenação deste
case, a OCC aponta o desenvolvimento do projeto em fast-tracking junto com a construção. Foram 18 meses para projetar e construir um empreendimento complexo de 112 mil m². Na época, eram dezenas de disciplinas de projetos que precisavam ser coordenados e perfeitamente compatibilizados entre si e em sintonia com a obra. O modelo em que a OCC atuou, um design-build, foi determinante para o sucesso do projeto. Pois estava sob a empresa a coordenação, concepção, o cronograma da construção e a gestão orçamentária geral. “É claro que durante a obra surgiram muitos imprevistos e diferentes desafios
“Não há um modelo de contratação, por si só, melhor que os demais. Mas existe sim o modelo de contratação mais adequado a cada situação.” Marcelo Oliveira, CEO da OCC
técnicos. Mas estávamos prontos para encontrar alternativas e soluções, visando as metas de prazo e de custo do projeto”, acrescenta Oliveira. Ao longo da construção, houve um corpo técnico muito grande, mas para ganhar agilidade foi implantada uma estrutura organizacional matricial, com uma área de Planejamento e Controle (PMO) que dava suporte às várias frentes. Um comitê gestor de apenas cinco pessoas dirigiam a obra. “Para gerenciar projetos maiores adotamos metodologias de gestão visando desburocratizar, mas que mantenham o controle e a agilidade na tomada das decisões”, explicou o CEO.
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“A divisão de PMO foi a principal área da obra, assim, não sendo permitido que a construção seja resolvida no campo”. É com este conceito que a OCC adota há algum tempo não promover no canteiro aquelas reuniões de obra com muitos participantes que duram horas. “Em seu lugar fazemos um stand-up meeting de 30 a 40 minutos, quando reunimos toda a equipe técnica, e, apenas o comitê gestor com
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poucas pessoas que se reúnem semanalmente para discutir detalhadamente a obra.” Na opinião de Oliveira, uma obra de shopping sempre tem o desafio de acompanhar e atender as muitas mudanças de escopo e projeto demandadas pelo comercial. A medida que o shopping vai sendo comercializado surgem alterações de layout que mexem com a arquitetura, com o estrutural e com as instalações,
gerando um volume grande de retrabalho. “Precisamos ser muito ágeis e disciplinados com esse controle sobre as alterações”, afirma. Racionalização necessária A obra do Parque Shopping Bahia foi um case conceituado na gestão de custo, fruto em grande parte da escolha correta
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O resultado do produto final superou as expectativas de todos. Fazemos essa avaliação quando conseguimos agregar um valor imobiliário ao empreendimento - Quando a participação da OCC faz o empreendimento obter maior valor de mercado.”
do modelo de contratação da construtora. “Se o empreendimento não conta com projetos bem desenvolvidos, não adianta querer fazer uma empreitada global. A chance de insucesso é muito grande. Os incorporadores e investidores em geral deveriam dar mais importância a essa estruturação correta do empreendimento.” No que tange à racionalização da obra por meio do trabalho
desenvolvido pela OCC, Oliveira explica que a redução e o controle de custos ocorrem pela eficaz coordenação dos projetos e processos integrados. Ainda, conta que por mais eficiente que a construtora seja na operação do dia-a-dia da obra, a mesma poderá alcançar em torno de 5% de ganho de produtividade. O processo de controle é essencial para se ter a informação em tempo real do budget da obra.
Segundo o dirigente, quando há eficiência ou não na gestão de projetos é possível o budget variar até mais de 30%. A OCC adota uma metodologia de forecasting em que a obra passa por reorçamentos todas as semanas. Oliveira diz que procedimentos ajustados e um bom ERP para integração das rotinas é fundamental para obter as informações confiáveis e sempre atualizada.
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Período de obras do Parque Shopping Bahia
Expertise que faz a diferença Na avaliação do CEO da OCC, a atuação em todo território nacional por parte da empresa é um dos diferenciais, pois possibilita contar, independente da localidade da obra, com parceiros, fornecedores, projetistas e consultores de todo o Brasil. “Utilizamos em nossas obras os melhores e mais capacitados profissionais e produtos em cada especialidade. Isso traz um ganho relevante no custo e na qualidade.” Neste contexto, é válido destacar que no Brasil existem regionalidades em relação ao mercado e costumes que precisam ser levados em consideração na construção: desde uso de materiais, habilidades da mão de obra e custos de serviços. “Temos esse conhecimento e aproveitamos a grata oportunidade de ser uma empresa da Bahia, mas que já realizou inúmeras obras no Sudeste e Norte do país.” A OCC Empreendimentos no mercado é uma construtora com know-how em Project Management, com processos maduros de gerenciamento. “Isso nos permite sermos rigorosos no cumprimento de prazos, o que é uma demanda do mercado de
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“Os principais riscos de insucesso de um empreendimento não recaem na operação da construção, mas sim nas demais atividades de projeto, legalização e controles.” obras em que atuamos. O atraso na inauguração de um empreendimento, seja comercial ou industrial, é inaceitável, pois estão atrelados a metas maiores do negócio do nosso cliente”, relata Oliveira. A OCC tem se consagrado no mercado pela expertise nas diversas fases de um empreendimento, colaborando com a coordenação dos projetos, legalização e controle, além de termos experiência de obras realizadas em todas as regiões do Brasil, desde obras rápidas a projetos de maior porte. “Somos organizados para gestão por projeto, o que nos dá essa flexibilidade e garante a boa performance em qualquer localidade.” A construtora possui toda a estrutura para atender em todo o ciclo, desde a viabilidade, coordenação dos projetos, legalização e construção, mediante o modelo de general contractor. “Temos alguns critérios que são nossa marca, como trabalhar com excelentes parceiros de projetos, consultores e fornecedores. Somos muito rigorosos em relação aos projetos técnicos”, disse o dirigente. Outro fator que está no DNA da OCC é o rígido controle do budget – nada é comprado ou contratado sem avaliação orçamentária, e desta forma, a empresa segue uma metodologia própria de tracking sobre os custos.
Fachada concluída do Parque Shopping Bahia, em Lauro de Freitas
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MATÉRIA DE CAPA
QUALIDADE VEGETATIVA Um dos componentes que proporcionou um novo aspecto para a obra do Parque Shopping Bahia é o projeto de paisagismo. Entre os diferenciais deste serviço estão os aspectos estéticos: com a implantação do jardim vertical, das árvores de porte externas e internas; e os aspectos técnicos: com a preparação de um solo muito argiloso e de pouco nutriente no menor custo possível, em uma área de grande extensão, mas sem comprometer em nenhuma hipótese o desenvolvimento das vegetações. Todo esse cuidado com cada detalhe no processo de implantação dos elementos verdes na edificação foi conduzido pela equipe de profissionais da Vertical Garden. Ao longo do processo construtivo, a empresa partiu do princípio que a sustentabilidade já não é mais diferencial e sim, obrigação. “Observamos que cada vez mais a sustentabilidade é fundamental aos fundos de investimentos imobiliários, que são valorizados por sua governança, incentivo social e sustentável. E isso vem se disseminando para todos os públicos, níveis, mercados e consumidores”, reforça o diretor executivo da Vertical Garden, Bruno Watanabe. Nesse sentido, vale frisar ainda que neste case houve uma gestão de um mix estratégico, desenvolvido com insumos provenientes
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tanto de grandes produtores que trabalham com escala industrial, quanto de pequenos produtores familiares. “Assim, combinamos vegetações naturais e artificiais recicladas, chegando às soluções diferenciadas e resultados surpreendentes para cada cliente, como neste projeto tão especial para o Parque Shopping Bahia”, lembra Watanabe. Segundo o profissional, neste projeto, como geralmente acontece em cases para grandes empreendimentos, a Vertical Garden atua com diversos profissionais e parceiros durante a implantação do paisagismo. O diretor conta que grande parte da tomada de decisão na fase de conceituação foi realizada por outro escritório de paisagismo junto a arquitetos. Nessa sequência, o projeto passou para a gerenciadora da obra, a OCC e foi nesta fase que a Vertical Garden iniciou a sua atuação, realizando os ajustes necessários para atender às expectativas estéticas do conceito, bem como gerir o budget destinado pelo investidor. “Assim, nosso escritório realizou uma compatibilização das etapas e um trabalho de gestão para que tudo fluísse bem e os resultados foram bastante positivos, graças à sinergia da equipe. Podemos dizer que para essa obra do Parque Shopping Bahia, o trabalho
em equipe entre nossos profissionais, conceituação e gerenciadora foi fantástico”, avalia Watanabe. Para o diretor executivo, durante a obra, a empresa promoveu um grande trabalho de mapeamento de produtores locais, em geral familiares, que pudessem atender com as vegetações especificadas
nos projetos dentro dos padrões necessários para o shopping. “Com isso incentivamos o desenvolvimento local, deixamos de liberar grande quantidade de CO2 no meio ambiente em virtude de logística, realizamos a implantação do maior jardim vertical com plantas artificiais de materiais reci-
clados que se tem notícia na América Latina, economizando significativamente recursos hídricos sem abrir mão da estética”, acrescenta. A operação deste projeto foi composta por 90% de mão-deobra local, gerando empregos e qualificando muitos profissionais, medida esta que aproximou ain-
da mais a empresa de paisagismo ao investidor, cuja premissa de trabalho é justamente o desenvolvimento da economia local. “Assim, no decorrer de toda gestão, pensamos em pessoas, sustentabilidade e claro o viés econômico da forma adequada e alinhada aos valores do investidor.”
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MATÉRIA DE CAPA
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Assim, nosso escritório realizou uma compatibilização das etapas e um trabalho de gestão para que tudo fluísse bem e os resultados foram bastante positivos, graças à sinergia da equipe. Podemos dizer que para essa obra do Parque Shopping Bahia, o trabalho em equipe entre nossos profissionais, conceituação e gerenciadora foi fantástico” Bruno Watanabe, Diretor executivo da Vertical Garden
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Em escalas variadas Sob o método Green Full-Service, a Vertical Garden atua no mercado como quase uma Turnkey (empresas de arquitetura que projeta, gerencia e executa) do paisagismo, conseguindo, assim, entregar resultados bastante precisos, extremamente alinhados às expectativas do cliente. “Quando a obra chega na fase de execução, trabalhamos em estreita harmonia com a construtora / gerenciadora que passa a ter maior foco em disciplinas estruturais, técnicas e mecânica. Com isso, o trabalho de paisagismo torna-se mais fluído, mais barato e em geral melhor, pois garante seja executado exatamente como planejado e com a verba que lhe foi corretamente destinada”, declara Watanabe. No mercado corporativo, o payback em facilities, real state, recursos humanos e até marketing precisam fazer parte do programa de paisagismo. É desta forma a condução do trabalho da Vertical Garden. A empresa tem proposto soluções inovadoras que estejam associadas a objetivos de curto e longo prazo do cliente, seja ele um investidor, uma gerenciadora ou uma marca. Os seus produtos e serviços tanto devem trazer benefícios diretos da execução como estética, conforto, bem-estar, fortalecimento de cultura organizacional ou identidade de marca quanto da operação em si, o que inclui especialmente redução de custos com manutenção e facilidade de escala e reposição. “Nós olhamos para o paisagismo como ninguém havia feito antes. Oferecemos uma estrutura corporativa capaz de atender em escala, em todas as fases de um projeto, conceito, produção de insumos, execução em todo o Brasil e operação. Isso é possível graças a um time multidisciplinar que engloba desde paisagistas, arquitetos, designers a engenheiros agrônomos, botânicos, profissionais de negócios especializados em núcleos de mercados e um grande investimento em tecnologia”, conclui.
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MATÉRIA DE CAPA INTEGRAÇÃO TECNOLÓGICA Um dos destaques da obra desse novo centro de compras é o processo de coordenação do projeto de gestão e automação predial, conduzido pela americana Johnson Controls. A empresa foi escolhida para fornecer toda a gestão e automação, com a integração de quase 300 medidores de energia, 14 quadros de iluminação e os sistemas de ar condicionado, dentro de uma única plataforma de automação predial, o Metasys. Com a implementação do sistema Metasys, de automação predial, o empreendimento pode monitorar e otimizar os gastos de energia, água e conforto, com o completo controle de suas utilidades instaladas, incluindo as lojas. Com a inteligência embarcada dentro do Metasys, também reduzem os custos relacionados à manutenção e operação do shopping. Além da economia com custos fixos, a empresa garantiu ao empreendimento práticas sustentáveis com a redução de recursos naturais. Ainda quanto à sustentabilidade, este questio é parte integrante da visão e valores da Johnson Controls, como exemplo disso, desde janeiro de 2000, a empresa ajudou seus clientes a economizarem mais de 29,4 milhões de toneladas de CO2 e 6,3 bilhões de dólares entre energia e custos operacionais. “Para a Johnson Controls, é sempre gratificante participar de
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projetos que visam adoções de técnicas sustentáveis, como o Parque Shopping Bahia, que pensou em sustentabilidade e tecnologia de ponta desde sua concepção, incluindo já na planta ideologias de economia de energia. Nesse contexto, a Johnson Controls foi a parceira tecnológica da construtora OCC, onde enquanto a OCC foi responsável pela execução de toda a infraestrutura e parte civil, a Johnson Controls entrou no projeto com sua engenharia especializada em automação predial. “Juntas, as empresas desenvolveram a melhor solução técnica, focada em sustentabilidade e economia de energia para o empreendimento Parque Shopping Bahia” relata
Waldemar Scudeller, Gerente Geral da Johnson Controls no Brasil. Desde o início, o objetivo da Johnson Controls foi fortalecer a missão do Parque Shopping Bahia: proporcionar aos seus usuários o conforto e a segurança, em um ambiente moderno em Lauro de Freitas. Através da tecnologia e inovação, a empresa agregou um amplo conhecimento para gerar economia de recursos financeiros e diminuir os impactos ambientais. “O principal desafio foi a integração com todas as áreas e empresas envolvidas no projeto, como: empresas relacionadas a obras, manutenção, elétrica, redes, lojistas e com o próprio condomínio, dentro do prazo de inauguração do shopping”, acrescenta Scudeller.
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Juntas, as empresas desenvolveram a melhor solução técnica, focada em sustentabilidade e economia de energia para o empreendimento Parque Shopping Bahia Waldemar Scudeller, Gerente Geral da Johnson Controls no Brasil
Ficha técnica Área construída: 103 mil m² Construtora: OCC Empreendimentos Arquitetura e Detalhamento: Sotero Arquitetos Implantação: Jean Gaston e Epaminondas Berbert Projeto de Instalações: Wcon Projeto de HVAC: MSA Projeto Estrutural: AJL e Murilo Miranda Projeto de Infraestrutura: Contag Projeto Luminotécnico: Neide Senzi Projeto de Paisagismo: Renata Tilli Paisagismo Projeto de Comunicação Visual: CLA Automação Predial: Johnson Controls 61
ESTRUTURA
Ícone da verticalização
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O maior edifício residencial da América Latina traz desafiadoras e ousadas etapas de construção
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onstruído em Balneário Camboriú (SC), o maior edifício residencial da América Latina, o Yachthouse By Pininfarina, traz consigo etapas de construção desafiadoras e inovadoras. Para a aplicação da pele de vidro na fachada do empreendimento a Pasqualotto&GT, responsável pelo gigantesco projeto, iniciou a instalação de uma inovadora Central de Montagem. A estrutura conta com a instalação da pele de vidro na fachada dos 81 andares e 281 metros de altura do edifício. A Central de Montagem funcionou dentro do canteiro de obras, evitando assim desgaste com transporte, logística ou produção externa. “Essa opção não é comum na construção civil no Brasil, porém se fez necessária devido à complexidade do sistema, objetivando o menor impacto logístico do transporte rodoviário e garantindo celeridade nos processos de montagem e instalação dos painéis”, explica o engenheiro civil, representante do Yachthouse by Pininfarina da Pasqualotto&GT, Davi Rotilli. No local, o alumínio, o vidro e o alumínio composto (ACM), já cortados e usinados, passam por uma linha de produção que abrange a montagem dos painéis, colagem dos vidros e fixação do ACM. A montagem ocorre em um dos pavimentos de garagem com aproximadamente 3 mil metros quadrados de área designados para esta etapa.
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ESTRUTURA
Com 81 andares, 281 metros de altura e 264 apartamentos, o Yachthouse da Construtora Pasqualotto & GT é considerado o prédio residencial mais alto da América Latina. Um edifício deste tamanho que se encontra na beira do mar demanda um desempenho exemplar da fachada que o envolve. Os requisitos e critérios em relação à resistência ao vento, estanqueidade à água e outros indicadores de desempenho são definidos por um consultor de fachadas e têm que ser cumpridos ou superados pelo sistema de pele de vidro aplicado. No caso do Yachthouse foi promovido um estudo de túnel de vento – algo comum no mundo inteiro em prédios deste tamanho e porte - que ajuda na definição exata da inércia necessária dos perfis de cada módulo da fachada unitizada. Para satisfazer as solicitações dos gestores do empreendimento, a Schüco desenvolveu uma solução completamente customizada com mais de 40 perfis e acessórios novos somente para a fachada unitizada. Para o desenvolvimento de uma fachada especial, a Schüco sempre se baseia em soluções e sistemas já existentes que são rigorosamente testados para garantir a qualidade e o desempenho do produto final. Além disso, foi realizado um teste de performance para comprovar a eficácia do produto e a conformidade com as solicitações definidas pelo consultor e os administradores do empreendimento. O diretor técnico da Schüco do Brasil, Benjamin Danwerth, destaca que a empresa desenvolveu uma fachada customizada para satisfazer as solicitações do projeto e assegurar a melhor relação custo-benefí64
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ESTRUTURA cio. “A fachada foi completamente testada em um laboratório, em São Paulo, para garantir os elevados valores de pressão de vento e estanqueidade a ar e água. Para chegar aos valores de pressão de vento, o laboratório tinha que fazer um upgrade dos aparelhos para poder gerar as pressões de segurança definidas pelo consultor para este projeto”, ressalta. Além disso, o dirigente conta que todos os componentes da fachada possuem relatórios de qualidade para garantir a máxima confiabilidade e durabilidade ao longo do tempo. “Para assegurar a qualidade dos seus produtos durante o processo de montagem e instalação, a Schüco realizou vários treinamentos em fábrica e em obra e capacitou as pessoas envolvidos na preparação dos projetos de fabricação.” Ainda, durante o desenvolvimento e gerenciamento da obra, o maior foco ficou em todo momento sobre a entrega do produto dentro do prazo acordado e com a qualidade para a qual a Schüco é renomada mundialmente. “Uma boa organização de todos os trabalhos e o monitoramento constante por parte de um Project Manager dedicado ajudaram para executar este projeto dentro dos custos estipulados. Graças a processos bem definidos, uma boa comunicação entre todos os envolvidos e uma equipe experiente, o objetivo final foi possível ser alcançado”, acrescenta. Para descrever os principais desafios no processo de coordenação do projeto, Danwerth recorda que se fez sentido a divisão em três diferentes fases: durante a etapa de desenvolvimento da solução técnica, a Schüco do Brasil trabalhou em conjunto com uma 66
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ESTRUTURA equipe especializada da matriz na Alemanha. Em conjunto foi desenvolvido a fachada cujas revisões foram sempre compartilhadas com o consultor e o cliente para apresentar os avances e incorporar eventual feedback. Em uma próxima fase, tinha que ser coordenada a compra de todos os materiais, tanto nacionais como importados, de uma série de fornecedores diferentes. “Nesta fase destaca-se o desenvolvimento local de todos os perfis especiais que tinha que seguir os padrões de qualidade internacionais da Schüco, um
grande desafio que só pode ser logrado com dedicação, perseverança e um bom relacionamento com os fornecedores”, enfatiza. Já na última fase, a da entrega dos materiais, a obra tinha que ser dividida em diferentes lotes para conseguir controlar o grande volume de perfis e acessórios necessários para a fabricação dos módulos da fachada unitizada. Em todo momento tinha que ser balanceado a compra e entrega dos materiais, seguindo estritamente o cronograma da obra e do consórcio de fabricantes, responsáveis para a mon-
tagem e instalação da fachada. A construtora participou em todas as fases do projeto e serviu como ponto de interligação entre o consultor, o consórcio de fabricantes e a Schüco do Brasil. Além de várias visitas presenciais, uma considerável parcela das dúvidas e perguntas relacionadas ao desenvolvimento do projeto foram solucionadas por meio de vídeo conferências. Tanto a Schüco como a construtora mantiveram uma comunicação constante para possibilitar um fluxo de informações eficiente e acelerar os processos de tomada de decisão.
“Uma boa organização de todos os trabalhos e o monitoramento constante por parte de um Project Manager dedicado ajudaram para executar este projeto dentro dos custos estipulados. Graças a processos bem definidos, uma boa comunicação entre todos os envolvidos e uma equipe experiente, o objetivo final foi possível ser alcançado.” Benjamin Danwerth, diretor técnico da Schüco do Brasil
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Excelência de ponta A Schüco desenvolve e fornece soluções e produtos de alta qualidade que cumprem com as normas locais e proporcionam tranquilidade e segurança aos clientes. Todos os sistemas oferecidos foram testados minuciosamente e contam com os relatórios necessários para comprovar a qualidade. A Schüco oferece também sistemas que cumprem com as mais elevadas exigências em termos de isolamento acústico, um tema cada vez mais importante no Brasil e no mundo. Todos os produtos são acompanhados por uma documentação técnica detalhada para facilitar a fabricação, montagem e instalação. Como a qualidade final do produto também depende da qualidade de fabricação, a Schüco acompanha fabricantes novos durante os “primeiros passos” e realiza treinamentos teóricos e práticos regulares para os “Schüco Partners”, o selo que identifica os fabricantes mais fiéis da Schüco. 69
ESTRUTURA
Diversidade estrutural
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Execução da obra utiliza soluções arquitetônicas que permitem rapidez na construção
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ESTRUTURA
U
m dos mais icônicos e importantes endereços da capital paulista abriga uma das mais novas unidade do Sesc São Paulo. Inaugurado em 29 de abril de 2018, o Sesc Avenida Paulista está localizado no número 119 da Av. Paulista – na mesma quadra da Casa das Rosas, ao lado do Itaú Cultural e a poucos metros da JapanHouse – a unidade conta com 17 pavimentos e dois subsolos, com área construída de 12 mil m², em edifício reestruturado de maneira sustentável, com redução de impacto ambiental em área urbana, que no passado abrigou a administração central do Sesc em São Paulo. Com uma média de público de 40 mil pessoas por semana, o Sesc Avenida Paulista tem suas atividades pautadas, sobretudo, pelo trinômio “Arte, Corpo e Tecnologia”. O público pode acessar espaços como salas de exposição e espetáculo, de tecnologias e artes, espaço para práticas corporais e esportivas, clínica odontológica (7consultórios odontológicos para atendimento de diversas especialidades), espaço para crianças, biblioteca, comedoria, café terraço, mirante com vista panorâmica e outros equipamentos presentes nas unidades do Sesc, dentro das normas de acessibilidade. O diretor regional do Sesc, Danilo Santos de Miranda, afirma que o Sesc Avenida Paulista compartilha com o público todas as características especiais de sua localização, o centro da cidade, assim
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como o Sesc 24 de Maio: “Falamos do centro novo, na avenida que é ícone da cidade - senão do Brasil - como polo econômico, sede de escritórios, de grandes empresas do setor de comércio e serviços, com prédios altos e imponentes, e que nos últimos anos tem se transformado também num grande hub cultural, com a abertura para os pedestres aos domingos e pela presença de uma série de importantes instituições do setor cultural, em particular, ligadas ao caráter social e simbólico da cidade, assim como o Sesc”. Miranda enfatiza que a unidade, instalada nesse endereço, “possui um peso simbólico, do ponto de vista urbanístico, mas também por apresentar uma proposta diferenciada, dando ênfase às novas tecnologias, à conexão delas com as artes e o corpo”. O diretor finaliza destacando que “reunimos tudo isso de uma forma exponencial, pelo caráter educativo que o Sesc promove em todos os seus programas, que são voltados para todos os públicos.” Conceito – O projeto arquitetônico desenvolvido para a nova unidade, assinado pelo escritório KönigsbergerVannucchi Arquitetos Associados, propõe o espaço como uma extensão da própria avenida, se estabelecendo como um território livre a ser apropriado pelo público. Entre suas características estruturais, o conceito se desenvolve nos grandes acessos, nas diversas áreas de convivência – com praças internas e um terraço no
topo – e até mesmo na escolha dos materiais, como o uso de vidros não refletivos, revelando as várias atividades exercidas no interior do edifício. Com rasgos horizontais na configuração das fachadas leste e oeste, permite aos usuários um olhar diferenciado sobre a cidade, ao mesmo tempo em que rompe com a
tipologia típica dos edifícios de elevadores inteligentes, com reescritórios da Avenida Paulista. generação de energia, sistema digital para controle de iluminação Sustentabilidade –A remode- e uso de placas solares para aquelação do edifício, desde o início cimento da água dos chuveiros; do projeto, adotou medidas em teto e paredes verdes, melhoransintonia com os preceitos de edi- do o conforto térmico e acústico; ficações verdes ou sustentáveis. mobilidade urbana, com a instaDentre as principais ações estão: lação de paraciclos, incentivaneficiência energética, com im- do o uso da bicicleta como transplantação de escadas rolantes e porte; uso responsável da água,
com o reuso de água de chuva e instalação de dispositivos restritores de vazão e temporizadores em torneiras e chuveiros e a gestão de resíduos, com adoção do programa do Sesc SP “Lixo: menos é mais”, que organiza a separação e o descarte seletivo de resíduos recicláveis, não recicláveis, perigosos e infectantes. Vale ressaltar que essas e de-
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ESTRUTURA
mais medidas de sustentabilidade adotadas no projeto da nova unidade concederam ao Sesc a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), que atesta que a implantação foi sustentável. Aplicativo Sesc Avenida Paulista - Desde a inauguração, a Unidade conta com um aplicativo, disponível para download gratuito em celulares e tablets. Dentre diversas funcionalidades, o recurso permite que usuários em todo o mundo façam imersões pela vista oferecida no Mirante da Unidade, explorem passeios georreferenciados por assuntos diversos, como os centros culturais e as espécies de árvores localizadas na região, ouçam passeios sonoros sobre a avenida ou sobre as obras de arte brasileira expostas na unidade, brinquem com um jogo de composição inspirado na fachada do edifício, acessem a agenda completa da programação, entre outras funcionalidades. O aplicativo do Sesc Avenida Paulista venceu em 2018 a etapa brasileira do WSA - World SummitAwards, premiação realizada com o intuito de selecionar e promover os melhores e mais inovadores conteúdos digitais do mundo, valorizando a relevância em relação ao contexto em que foram criados. A organização do prêmio é coordenada pelo Centro Internacional de Novas Mídias (ICNM – International Center for New Media), de Salzburg, na Áustria.
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PERFORMANCE ACÚSTICA Um dos pontos em evidência nessa obra do Sesc da Avenida Paulista é o projeto de acústica. Em sua composição foram usadas soluções das marcas Owa Sonex e a Ecophon, que conseguiram atender as expectativas em relação às premissas de acústica e estética. Para isso, o desenvolvimento do projeto foi acompanhado de perto com o objetivo de atender as exigências vindas da consultoria acústica e as necessidades estéticas já estabelecidas para o projeto arquitetônico. “Neste case, temos Nuvens de Sonex illtec Azul no Restaurante e Nuvens de Sonex illtec colorida no Espaço Kids e Sonex illtec plano Cinza nas área de conveniência. Além disso, temos no hall dos elevadores do edifício, os forros da Ecophon, Focus DS Branco”, detalha Mônica Campino e Claudia Pigoretti, Gerente de Especificação e Gerente de Vendas da Saint-Gobain Produtos para Construção, empresa responsável por este conceituado projeto de acústica. A profissional relata que as marcas tiveram um bom relacionamento com a equipe do Sesc, que valoriza em seus empreendimentos soluções que atendam as normas de segurança e também tenham um apelo estético aos projetos. “Houve uma integração e bom
acompanhamento do projeto entre escritório de especificação acústica, escritório de arquitetura, Sesc, Ecophon e Owa Sonex o que garantiu um excelente resultado.” No que tange aos critérios adotados para promover as especificações do projeto arquitetônico, o primeiro ponto a ser levado em consideração pela Saint-Gobain Produtos para Construção foi o desempenho acústico dos produtos, com altos índices de absorção sonora, os produtos especificados garantiram o conforto acústico de áreas com alta circulação de pessoas, a exemplo do hall onde há constante entrada e saída nos elevadores podendo gerar desconforto aos usuários. “No restaurante, o espaço se tornou muito mais agradável e menos ruidoso. Portanto, as pessoas conseguem aproveitar o local de forma mais confortável já que uma das sensações mais influentes para uma boa refeição é a qualidade do som. E, por fim, o espaço kids, onde as crianças podem se divertir sem se preocuparem com qualquer interferência dos outros ambientes”, acrescenta Mônica . Outro critério avaliado pela gerente é a garantia de que as necessidades estéticas do projeto sejam atendidas, com isso, a indicação do Sonex Illtec, um produto personalizável, garantiu acústica de forma discreta nas áreas de conveniência, sem dar destaque ao material e em for-
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“O forro acústico Ecophon Focus Ds ofereceu aparência monolítica e facilidade de acesso ao entreforro dos halls de elevadores. Como os perfis não são aparentes, esse sistema ofereceu estética mais homogênea aos espaços da edificação.” Claudia Pigoretti, Gerente de Vendas da Saint-Gobain Produtos para Construção
ma de nuvens ajudou a levar cor para o restaurante e principalmente ao espaço kids, ajudando a compor o design do projeto. “Já o Ecophon Focus Ds, foi indicado para áreas onde o perfil oculto é necessário, dando leveza ao ambiente, com um sistema acústico de alta performance”, conta a executiva, ao dizer que todas as soluções atendem aos exigentes critérios de segurança nacionais e internacionais de segurança ao fogo. Já em relação aos principais benefícios da redução de custos proporcionados a obra por meio do trabalho desenvolvido pela Saint-Gobain Produtos para Construção, a gerente elenca que as placas acústicas Sonex illtec são leves, podem ser fornecidas já com o cabo de aço prontas para a instalação e podem ser instaladas rapidamente já no final da obra. Proporcionam agilidade no processo da obra e não geram resíduos na instalação. Mônica afirma que o forro acústico da Ecophon oferece aparência monolítica e permite acesso rápido e prático ao entreforro em eventuais casos de manutenção. “As marcas sempre procuram 76
oferecer produtos que além de atender as normas de segurança e possuam um apelo estético, também sejam duráveis, de fácil manutenção e também não sobrecarreguem a estrutura da edificação. Desde a matéria prima até, por exemplo, os adesivos que são utilizados para colagem de algumas placas que são base d’agua e não tem cheiro”, salienta. Atuação sob excelência: com conceituado portfólio de Acústica e Design, entre as marcas da Saint-Gobain Produtos para Construção, estão: OWA Sonex, Ecophon, Isover e Placo. Esse portfólio tem como objetivo fornecer produtos que oferecem liberdade criativa, possibilitando projetos que imprimam a marca do arquiteto, aliado a excelente performance acústica. Nesse sentido, a empresa reforça que as marcas tem uma área de especificação muito integrada com a área comercial, assim, conseguem trabalhar de maneira muito mais assertiva, buscando acompanhar os projetos desde o seu nascimento. As obras são sempre um desafio e com mão de obra espe-
cializada, alinhamento com os clientes e planejamento prévio de todas das etapas do projeto, o grupo proporciona produtos específicos, ao garantir melhor aproveitamento e o mais importante: a satisfação dos seus clientes.
“O Sonex illtec é um produto com excelente absorção sonora, design diferenciado e principalmente, atende as exigências do corpo de bombeiro.” Monica Campino Monica Campino” Gerente de Especificação
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Integração à modernidade
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No Paraná, shopping apresenta arquitetura arrojada com as tecnologias atuais em sua estrutura
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cidade de Curitiba, no Paraná, recebeu em 2019, a conclusão das obras de construção do Jockey Plaza Shopping Center. Com 215.629,42 m² de área total construída em um terreno de 91.147,60 m², o novo centro de compras possui quatro pavimentos, sendo dois subsolos composto de estacionamentos com 4.875 vagas disponíveis. A obra foi projetada pelo arquiteto Dória Lopes Fiuza e teve a sua construção promovida pela Buena Vista Administradora de Bens Ltda sob a coordenação da Tacla Shopping. O gestor da obra do Jockey Plaza Shopping, Daniel Tacla, conta que a edificação comercial foi moldada para oferecer o menor custo de operação, uma realidade necessária no mercado hoje. “Acredito que o maior desafio da equipe foi aliar a arquitetura arrojada com as tecnologias mais recentes voltadas a esta finalidade. Fora isto, pelo impacto a ser gerado, e depois de uma longa e desgastante negociação com os órgãos competentes, nos foi solicitado revitalizar todo o entorno do empreendimento. Revitalização esta que incluiu mais de 1,5 quilômetros de avenida, duas pontes, 25.000 m² de calçamento, fora sinalização semafórica de uma região inteira. Na estrutura em si foram adota-
dos as soluções convencionais de engenharia. Já quanto às instalações, essa foi bem atípica para a construtora, em que repensou toda a forma de implantar, conceito, caminhamento, otimizando-a ao máximo. “Implantamos uma automação completa, uma central de reuso de água de chuva de grande capacidade; um sistema de ar condicionado com dezenas de sensores de temperatura e co2 pelos corredores, que somados aos dados de sua estação meteorológica, equaliza o sistema na melhor performance. Buscamos implantar todas as tecnologias disponíveis para reduzir o custo de operação”, reforça. A própria escala do projeto, e o desafio da arquitetura proposta, exigiu muito da equipe de obra e das empresas contratadas, e todos aderiram ao desafio. A cada ideia desenvolvida pela arquitetura e paisagismo, todos contribuíram para desenvolver soluções aplicáveis, dezenas de amostras foram feitas e testadas, sempre pensando no futuro uso. Pela dimensão das instalações, algumas disciplinas acabaram compartilhadas entre diferentes equipes, e sua integração exigiu um grande esforço. O resultado foi uma sinergia que fez a equipe de obra, projetistas e instaladores trabalharem em conjunto para encontrarem soluções.
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FICHA TÉCNICA Área do terreno: 91.147,60 m² Área total construída: 215.629,42 m² Nº pavimentos: 04 PAVIMENTOS SENDO 02 SUBSOLOS (ESTACIONAMENTO) Vagas estacionamentos: 4.875 VAGAS Obra (empresas responsáveis) Arquitetura: - DÓRIA LOPES FIUZA / STUDIO ARTHUR CASAS Construtora: BUENA VISTA ADMINISTRADORA DE BENS LTDA Interiores: STUDIO ARTHUR CASAS Coordenação: TACLA SHOPPING Fotos: New Russo Fotografia
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