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Uma Vida para o Espinhaço... Nossa civilização vive, na atualidade, um momento de crises multifacetadas. Nesse cenário, a Serra do Espinhaço, sobretudo em sua porção mineira (território foco de nossa atuação no presente momento), defronta-se, com novas realidades que são conectadas, por sincronicidade, aos quadros de uma policrise sem precedentes na história moderna. Esse conjunto de crises simultâneas e sistêmicas nos coloca diante de desafios e oportunidades nunca antes experimentados. Essas crises, diferentemente das anteriores, envolvem, interceptam, comunicam e se capilarizam com todos os aspectos da nossa vida. Não bastasse sua abrangência e capilaridade, esse cenário de policrises mescla-se com outros cenários que são igualmente marcantes para as pessoas, os territórios e as cidades, pequenas ou “No bojo de suas ações, o grandes, neste século 21: a concentração Instituto Espinhaço atua da população nos centros urbanos, com o crescimento concomitante de áreas em convergência com de urbanização descontroladas e favelas as estratégias propostas nos seus entornos; a crise das estruturas sociais tradicionais, com a segregação pela Unesco para o entre gerações; o distanciamento entre desenvolvimento dos o ambiente natural e o urbano; o hiato entre o sentimento de pertecimento territórios inseridos em uma e de conexão das pessoas com os territórios; o esvaziamento de reserva de biosfera.” sentido vivenciado pela sociedade na modernidade; o predomínio das finanças sobre a economia, com sucessivas bolhas especulativas que agravam a crise; as tensões sociais, com violência crescente, tanto nos pequenos centros quanto entre nações, implantando cenários de incertezas e divergências que ampliam, ainda mais, a belicosidade que resulta em pequenas e cotidianas guerras que enfraquecem e afastam uma propósta de cultura de paz. Muitos acreditam que este momento não seja único na história humana. Aliás, talvez estejamos, quem sabe, repetindo velhos momentos. No entanto, agrava-se o atual, na medida em que há algo singular: a sua integração plena e sinergia, numa escala global. O que é novo é que a raiz das dificuldades locais agora somente tem solução fora delas, numa escala global. Esse é o diferencial, essa é a matriz da singularidade desse cenário de crises. No entanto, esse também é, simultaneamente, o cenário de oportunidades para os territórios e suas populações, pois hoje é possível, a partir de locais anteriormente remotos, construir uma estratégia de globalização, na qual esses mesmos locais, antes condenados à periferia e à subordinação, podem assumir protagonismos e “Trabalhamos para conseguir centralidades, cooperando para afirmar caminhos alternativos para construir soluções inovadoras suas regiões, seus países e para o mundo. O Instituto Espinhaço, conquanto tenha sido formalizado no para a humanidade e o ano de 2009, teve suas origens e seu “DNA” formado nas articulações planeta, exemplificando realizadas por indivíduos (que posteriormente passaram a ser seus membros) para o reconhecimento da Serra do Espinhaço como os territórios da Serra do uma Reserva da Biosfera, fato que ocorreu em junho de 2005. Hoje Espinhaço como matriz e resta claro que a existência do Instituto Espinhaço, com suas ações e cenário das mudanças que trabalhos em prol das comunidades dessa macrorregião, configurase como um marco e um diferencial na jornada em direção à queremos para o mundo.” construção de um novo mundo, a partir da ação local. No bojo de suas ações, o Instituto Espinhaço atua em convergência com as estratégias propostas pela Unesco para o desenvolvimento dos territórios inseridos em uma reserva de biosfera. Entendemos que o foco da sustentabilidade é a humanidade e que o seu principal problema é a pobreza, fato tão comum e tão nefasto para muitas áreas da Serra do Espinhaço. Assim, sendo quase óbvia, essa constatação não resolve as dificuldades, mas nos coloca num caminho que possibilita criar outras e novas convergências, que reconheçam as diferenças de interesses e de perspectivas que devem interagir com a visão de gestão integrada dos territórios. Trabalhamos para conseguir construir soluções inovadoras para a humanidade e o planeta, exemplificando nos territórios e nas comunidades inseridas na INSTITUTO ESPINHAÇO
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Serra do Espinhaço, como matrizes e cenários das mudanças que queremos para o mundo. Para que as oportunidades se transformem em realidades e para que as regiões da Serra do Espinhaço não sejam reduzidas a meras “periferias de uma rede”, é preciso compreeder qual pode e qual “O desafio que se abre hoje deve ser o papel e as estratégias de atuação diferenciada do Instituto aos municípios, da Serra Espinhaço nessa teia local/mundial. O desafio que se abre hoje aos municípios, da Serra do Espinhaço é, sobretudo, o de construírem do Espinhaço é, sobretudo, uma plataforma de desenvolvimento compartilhado e integrado, em o de construírem suas microrregiões e, destas, com o todo do território da Reserva da uma plataforma de Biosfera da Serra do Espinhaço. desenvolvimento De outro lado, esses mesmos municípios e seus territórios, têm à sua frente um grande desafio: conjugar a preservação da história, da compartilhado e integrado, cultura e da memória, a conservação da biodiversidade, a implantação em suas microrregiões de programas inovadores em educação e ações estruturantes na área social, com o cenário de desenvolvimento econômico que esses e, destas, com o todo territórios requerem ou experimentam, de do território da Reserva forma isolada. O território da Reserva da Biosfera da da Biosfera da Serra do Serra do Espinhaço, onde estão inseridos 53 Espinhaço.” municípios, é uma unidade de planejamento reconhecida pela Unesco, e tem por força de seus objetivos, o dever de propor alternativas que suportem novos modelos de conservação da biodiversidade, com desenvolvimento socioeconômico e valorização da memória e cultura das comunidades. Assim, o desafio principal para o Instituto Espinhaço, que propõe atuar nesses 53 municípios é, além de outros, apoiar a estruturação dos territórios municipais para o desenvolvimento amplo e irrestrito, fazendo-o de forma livre, justa, solidária e sustentável. Nesse contexto, o princípio da justiça impõe não apenas o acesso equitativo aos mecanismos jurídicos do Estado democrático, mas a equidade no acesso aos direitos fundamentais a saúde, segurança, educação, cultura, ambiente e trabalho. O princípio da solidariedade deve ser entendido não apenas como proximidade com as necessidades dos cidadãos mais desprotegidos, mas numa visão fraterna com toda a rede de municípios da Reserva, que deverão buscar desenvolver e progredir de forma articulada. O princípio da sustentabilidade deve ultrapassar um entendimento limitado ao equilíbrio entre ambiente, economia e sociedade, entendendo que, no centro da sustentabilidade, estão as pessoas, as suas culturas, as suas formas de entender o presente, as suas memórias e tradições e as suas perspectivas de futuro. Antes mesmo da sua “criação oficial”, os membros que constituíram o Instituto Espinhaço já vinham atuando em pequenas ações ou em grandes projetos, hoje capitaneados a amparados pela egrégia do Instituto Espinhaço, com os objetivos de propor, criar e estruturar novos paradigmas nos municípios inseridos no território da Serra do Espinhaço. Além dos objetivos descritos em “Estruturar os territórios seu estatuto de fundação, o instituto atual em sintonia com: 1 - os objetivos da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, estruturada municipais para o dentro do Programa Homem e Biosfera (MaB – Man and the Biosphere), desenvolvimento amplo articulando estratégias de cooperação científica sobre as interações entre o homem e seu meio, buscando o entendimento dos mecanismos e irrestrito, fazendo-o de da convivência em todas as situações bioclimáticas e geográficas da forma livre, justa, solidária biosfera, procurando compreender as repercussões das ações humanas sobre os ecossistemas mais representativos; e sustentável.” 2 - o objetivo central do Programa MaB, que é o de promover o conhecimento, a prática e os valores humanos para implementar as boas relações entre as populações e o meio ambiente; 3 - as duas linhas de ação do programa MaB, quais sejam: A. o aprofundamento direcionado das pesquisas científicas para o melhor conhecimento das causas da tendência de um aumento progressivo da degradação ambiental do planeta; B. a concepção de um inovador instrumental de planejamento, nos territórios das Reservas da Biosfera, para combater os efeitos dos citados processos de degradação, promovendo a conservação da natureza e o desenvolvimento sustentável; INSTITUTO ESPINHAÇO
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4 - foco em ações locais, dentro de premissas globais, nos territórios inseridos no contexto da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço e que devem cumprir, de forma integrada, três funções: A. contribuir para conservação da biodiversidade, incluindo os ecossistemas, espécies e variedades, bem como as paisagens onde se inserem; B. fomentar o desenvolvimento econômico que seja sustentável do ponto de vista sociocultural e ecológico; C. criar condições logísticas para a efetivação de projetos demonstrativos, para a produção e a difusão do conhecimento e para a educação ambiental, bem como para as pesquisas científicas e o monitoramento nos campos da conservação e do desenvolvimento sustentável. Toda a multiplicidade de ações empreendidas pelo Instituto Espinhaço tem como plano de fundo, desenvolver os objetivos da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, dentro do programa MaB e também, atuar ativamente para implementar os resultados da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável e da Convenção sobre Diversidade “O Instituto Espinhaço Biológica, promovendo o diálogo franco e construtivo para a resolução tem também trabalhado de conflitos de uso dos recursos naturais, a integração da diversidade firmemente no sentido cultural e biológica, especialmente o papel do conhecimento tradicional na gestão desses ecossistemas. de buscar desenvolver O Instituto Espinhaço tem atuado no desenvolvimento de boas e implantar programas práticas de sustentabilidade, buscando a integração harmoniosa das e projetos que tenham pessoas e da natureza para o desenvolvimento sustentável por meio do diálogo participativo, partilhando conhecimentos (sobretudo os como foco a Gestão tradicionais, tão presentes na região do Espinhaço), com projetos Integrada de Territórios, de empoderamento social, que respeitam os valores culturais e que preparam e apoiam as comunidades, sobretudo as pequenas, articulando diversas para lidarem com as mudanças da estratégias e integrando- modernidade - contribuindo, assim, para os Objetivos de Desenvolvimento as com a globalidade do Milênio. de ações públicas ou Tem sido uma busca incessante da equipe Instituto estabelecer privadas, na perspectiva parcerias comdoos territórios, sobretudo dos pequenos municípios, para de desenvolvimento que estes possam se estruturar e atuarem como áreas de demonstração e locais de aprendizagem, com o objetivo de manter e desenvolver a para os territórios da diversidade ecológica e cultural, garantindo os serviços ecossistêmicos Serra do Espinhaço, para o bem-estar humano, criando modelos de gestão territorial e de enfoques para o desenvolvimento sustentável, em sintonia com compreendendo as diretrizes estabelecidas no documento “Estratégias de Sevilha”, e enfatizando sua aprovado pela Unesco em 1995. centralidade baseado na Nessa seara, o Instituto Espinhaço tem também trabalhado firmemente no sentido de buscar desenvolver e implantar programas pessoa humana.” e projetos que tenham como foco a Gestão Integrada de Territórios, articulando diversas estratégias e integrando-as com a globalidade de ações públicas ou privadas, na perspectiva de desenvolvimento para os territórios da Serra do Espinhaço, compreendendo e enfatizando sua centralidade baseado na pessoa humana. O Instituto, desde sua criação, tem apoiado políticas públicas inovadoras, nas regiões da Serra do Espinhaço e para além dela, numa visão que, ao mesmo tempo, atua localmente, com a compreensão global dos processos e que afirma, igualmente, que se devem compreender as dinâmicas, necessidades e vontades locais, para agir globalmente. No cenário de economia globalizada, a resiliência dos territórios depende não apenas da sua diversidade interna, que é essencial, mas também da sua capacidade de se projetarem internacionalmente, através de parcerias estratégicas. Por isso, o Instituto Espinhaço tem uma parte de seu trabalho focado na construção de parcerias e projetos com outras instituições e organizações de âmbito nacional e internacional, tendo criado uma sólida teia de parcerias, com muitas instituições e em vários países. O Instituto defende uma visão inovadora quanto à articulação das políticas públicas com ações da iniciativa privada, que deverão orientar-se com base em uma lógica de gestão integrada dos territórios, INSTITUTO ESPINHAÇO
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buscando a diversificação das atividades econômicas e sociais e primando para a elevação do padrão de qualidade de vida, nelas incluindo a educação, os serviços sociais, o turismo, a mineração, a agrossilvicultura, entre outras, viabilizando um processo participativo permanente, projetado para o futuro desses territórios. No centro das propostas para o desenvolvimento sustentável, propugnadas pelo Instituto Espinhaço, está a valorização e o resgate permanente da cultura, como sendo um valor inestimável. O entendimento da natureza globalizada dos processos que hoje interferem na vida de cada um, é essencial, e, nesse sentido o Instituto Espinhaço faz coro, reafirma e trabalha com a proposta da Assembleia Geral da Unesco para que as Nações Unidas
“A Serra do Espinhaço é o território onde buscamos construir um novo modelo de desenvolvimento com as diretrizes da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, um modelo sonhado por muitos e ainda não concretizado.”
Mapa da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço
promovam um Ano Internacional para o Entendimento Global, em 2016. Por fim, esclarecemos que todo o conjunto de ações desenvolvidas, notadamente, nos anos abordados neste Relatório de Atividades (2013 e 2014), tem o propósito de ressignificar e dar nova e maior dimensão às comunidades inseridas na Serra do Espinhaço, resguardando e valorizando o passado para servir, no presente, à construção do futuro. Os projetos e programas do Instituto Espinhaço propõem atuar de forma ativa para a preservação da memória dessas comunidades – elemento fundamental à identidade e pilar essencial de sua cultura - para dar coesão e permanência e, simultaneamente, justificar a antecipação do futuro, como bem defendia o filósofo Agostinho da Silva. Nesse processo de preservação e valorização das comunidades e suas memórias, estabelecemos uma nova relação identitária das pessoas com seus territórios, uma vez que ambos vivem momentos de transição e tempos de incertezas, oportunidades, expectativas e angústias. São momentos em que o velho modus operandi experimenta a chegada do novo e, nessa singularidade, nesse hiato – ou talvez hífen - temporal, podemos, às vezes, perder a concordância dos “tempos”, quando o velho se INSTITUTO ESPINHAÇO
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choca com o novo, para formar hoje as matrizes de um outro tempo, o amanhã. A fragilidade desse momento é que antigos tempos passam a coexistir e a interagir, obrigatoriamente, com tempos recém-chegados; tempos novos e, claro, diferentes. Mas este é o tempo para quem vive no Espinhaço; um tempo novo - ou um novo tempo; o tempo em que é imperativo antecipar o futuro, construindo-o agora, no presente. É o tempo que temos, todos nós, para realizar um exercício de criação, com a inexorável capacidade humana de moldar novas realidades, dando forma e conteúdo, no presente, ao futuro. Atrevemo-nos a dizer que o Instituto Espinhaço está, com suas ações, “reivindicando o futuro”! O trabalho singular do Instituto Espinhaço pretende, por fim, contribuir para fortalecer o necessário sentido de pertencimento e de elo das comunidades do Espinhaço com seus territórios, recuperando a memória (o eixo do tempo) e o lugar (o eixo do espaço) onde se dão as relações profundas entre as pessoas, como sujeitos da sua história e o universo por elas recriando continuamente, para dar sentido e plenitude à própria existência, no eterno agora. Aqui, na Serra do Espinhaço, o tempo presente defronta-se com o tempo passado para dar gênese ao futuro, antes impensado e, talvez, ainda impensável - para alguns. Para esses que titubeiam na dúvida, a Serra do Espinhaço é palco do improvável ou, ainda, do impossível. Para nós, não. Para nós, do Instituto, a Serra do Espinhaço, com toda sua diversidade cultural, cênica e biológica é, fundamentalmente, o cenário da pluralidade e da convergência. Para nós, a Serra do Espinhaço é centralidade, é esforço permanente, é espírito que alça voo, é a expressão profunda e a “espinha dorsal” do Brasil, como bem nos disse o embaixador Gerônimo Moscardo. Para nós, a Serra do Espinhaço é o território onde buscamos construir um novo modelo de desenvolvimento com as diretrizes da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, um modelo sonhado por muitos e ainda não concretizado. Para nós, do Instituto Espinhaço, esse imenso território é, desde já, o território onde estamos antecipando o futuro. Esse é o nosso trabalho e o nosso propósito, sempre. Diante de tudo isso, cumpre-nos a tarefa maior de registrar nosso especial agradecimento aos membros do Instituto Espinhaço, pessoas que comungam e compartilham esses mesmos ideais “criadores”. O Instituto Espinhaço tem sua força ancorada na união de todos os pensamentos, vontades e ações de seus membros, em mais de cinco estados brasileiros e em mais de seis países. Por fim, nosso agradecimento e nosso reconhecimento a todos os parceiros do Instituto Espinhaço e que dão forma e conteúdo à rede de cooperação em prol das comunidades da Serra do Espinhaço. Muito ainda há por sonhar. Muito ainda há por fazer. Sigamos, com fé, no propósito e na Força que origina e sustenta esse sonho em comum. Fraternalmente,
Luiz Cláudio ferreira de Oliveira Presidente Instituto Espinhaço
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Sobre o instituto espinhaço O INSTITUTO ESPINHAÇO é uma ONG que tem por finalidade o apoio e a promoção do desenvolvimento sustentável, considerando os aspectos ambientais, culturais e socioeconômicos. Missão - Promover e conciliar o desenvolvimento sustentável, a conservação da natureza e a valorização e proteção dos patrimônios naturais e culturais da Serra do Espinhaço; - Resgatar e difundir os saberes ancestrais, respeitar e valorizar a sacralidade da terra, estimular a interconexão dos saberes entre as pessoas, buscar a minimização das diferenças, difundir novos valores humanos e introduzir uma nova ética planetária que contemple o aprimoramento e a evolução simultânea de todos os seres vivos e do planeta; - Criar uma rede integrada a serviço de um propósito planetário e pacificador, que seja autêntica, transparente, ética e ecocêntrica, e que tenha como premissa o respeito e o cuidado para com todas as formas de vida; - Fundamentar a construção de uma rede socioambiental-cultural sustentável e pacífica, que conecte o saber de cada indivíduo e a cultura de cada povo, estabelecendo uma relação de equilíbrio e equidade entre os diferentes conteúdos humanos, valorizando, estimulando e difundindo as inúmeras expressões de saberes socioculturais; - Promover corretas relações humanas, gerando expansão da consciência e uma visão global da vida. Histórico O INSTITUTO ESPINHAÇO foi criado, em 2009, com o propósito de trabalhar de forma ativa e permanente, com foco numa abordagem tríplice de atuação - biodiversidade, cultura e desenvolvimento socioambiental - vistos e praticados a partir de um olhar sistêmico e promotor de uma cultura de paz e equidade social. O trabalho em rede, a conexão com pessoas e lugares, o propósito de integração de ações, a sinergia de pensamentos e esforços e a experiência dos membros que compõem a equipe do Instituto Espinhaço, constituem o diferencial emblemático da entidade. O Instituto une os saberes tradicionais, guardados nos mais inexplorados rincões da Serra do Espinhaço ao conhecimento científico de vanguarda praticado em instituições de ensino no país e em centros avançados na Europa, Ásia e em outros continentes. Objetivos (síntese) O INSTITUTO ESPINHAÇO objetiva a promoção do desenvolvimento sustentável nas comunidades e nos territórios inseridos no contexto da Serra do Espinhaço. Para tanto, pode desenvolver estudos, ações, proposição, gerência e parceria em projetos relacionados à conservação da biodiversidade e dos recursos naturais, bem como propor ações e atividades que visem ao desenvolvimento sustentável e ao uso adequado dos recursos minerais, com uma visão inovadora e responsável. O Instituto também propõe trabalhar com a preservação, a conservação, o desenvolvimento e a valorização dos bens materiais e imateriais do patrimônio cultural e histórico das comunidades inseridas ao longo da Serra do Espinhaço.
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Alguns de nossos membros Marcos Terena, líder indígena e articulador dos Direitos Indígenas junto à ONU; Mário Soares, ex-presidente de Portugal; Raphael de Almeida Magalhães (in memorian), advogado, ex-governador do Estado da Guanabara e ex-Ministro de Estado; José Carlos de Mattos, ex-executivo da empresa CEMIG; José Mascarenhas Filho, engenheiro e ex-diretor Geral do DNER; Hans Kampik, ex-cônsul da Alemanha em Minas Gerais; Maurício Andrés Ribeiro, arquiteto e Secretário-Geral Substituto na Agência Nacional de Águas, em Brasília; Luiz Márcio Haddad, arquiteto urbanista, ex-presidente da Fundação Biodiversitas; Maria Dalce Ricas, Superintendente Executiva da AMDA - Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente; Loryel Rocha, filósofo, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Nanuza Luiza de Menezes, doutora em Ciências Biológicas pela USP e membro titular da Academia Brasileira de Ciências; Júlio César Borges do Amaral, frei Franciscano, sócio do Colégio Brasileiro de Genealogia; Levi Carneiro, publicitário; Demóstenes Romano, jornalista, criador do “Movimento Cidadania pelas Águas”; Hiram Firmino, jornalista, editor da revista Ecológico; Silvestre Gorgulho, jornalista, editor do jornal Folha do Meio Ambiente, em Brasília; José Fernando Aparecido de Oliveira, advogado e ex-deputado federal; Franklin Frederick, ativista internacional sobre questões relacionadas à água, residente em Berna, Suíça; João Chiabi Duarte, executivo da empresa Arcelor Mittal; Raimundo Nonato, agricultor, benzedor e curandeiro; Maurício Cravo, ambientalista, presidente do Instituto Cerrado; Henri Collet, ex-diretor do Parque Nacional da Serra do Cipó e Diretor de Áreas Protegidas do IEF; Luiz Cláudio de Oliveira, ambientalista, um dos idealizadores do projeto de reconhecimento da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço junto à UNESCO; Fabiano Lopes de Paula, arqueólogo, ex-superintendente do IPHAN em Minas Gerais; Ashley S. Calábria, professora da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos; Vanusa Jacomino, PhD em análise de riscos ambientais pelo Instituto de Ciências Ambientais da Alemanha (Helmholtz Centre for Environmental Research – UFZ, Leipzig); Francisco Xavier Rios, PHD em geologia e geoquímica; Doutora Mariana de Oliveira Lacerda, da UFMG; Sinivaldo Tavares, Doutor em Teologia Sistemática pela Pontificia Università Antonianum (Itália); Santiago Naud, poeta e ensaísta, fundador da Universidade de Brasília - UNB; Bernardo Mello, PHD em física nuclear, pesquisador no CERN (The European Organization for Nuclear Research - Genebra/Suíça); Kátia Resende, psicóloga, professora da ESCE - Ecole Supérieure du Commerce Extérieur - e também da Sorbone - Paris; Bernardo Gontijo, doutor em geografia e biologia, professor na UFMG; Laércio Couto, professor, presidente do Centro Brasileiro para a Conservação da Natureza - CBCN; José Eugênio Figueira, biólogo, Doutor em Ecologia e professor na Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG; Alexandre Salino, biólogo, Doutor em Biologia Vegetal, professor associado da Universidade Federal de Minas Gerais e Curador do Herbário (UFMG); Saulo de Oliveira Pinto Coelho, advogado, PHD em Direito, UFG; Jordi Catasus, engenheiro civil em Barcelona, Espanha; Gildo Calábria, engenheiro da AT&T - Information Technology Operations - USA; Flávia Galarzafa, Doutora em química, atua em Madri, Espanha; Antônio João de Mattos, advogado; André Muradas, advogado; Ana Flávia Calábria, psicóloga e ativista social; Milton Guerra Lapertosa, ambientalista e empresário; Renato Carvalho, músico; Ivana Bretas, arquiteta; Coryntho José de Oliverira Filho; Xisto Guerra da Silva Neto, empresário e ativista social; Mário Lúcio dos Reis Saldanha, agricultor, presidente do Sindicado dos Produtores Rurais de Conceição do Mato Dentro; Adair Sartori, pedagoga; Vander Costa, professor de inglês; Pâmela Ribeiro, fotógrafa; dentre outros. Mais informações E-mail: institutoespinhaco@institutoespinhaco.com.br Site: www.institutoespinhaco.com.br Endereço: Rua José Sena, 483 A – Centro Conceição do Mato Dentro – Minas Gerais – Brasil Contato: 31 8461.8236
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Síntese das atividades realizadas 2013 | 2014
Participação ativa nas reuniões de trabalho da Frente Mineira pela Proteção da Biodiversidade A Frente Mineira pela Proteção da Biodiversidade reúne 14 entidades ambientalistas que atuam em Minas que tenham como objetivo prioritário a defesa do meio ambiente. A estratégia de atuação da Frente é propor e também cobrar políticas que possam reverter essa situação, além de atuar junto à iniciativa privada para que ela assuma seu percentual de responsabilidade frente à proteção da biodiversidade. São entidades fundadoras da Frente: Ambiente Brasil, Associação dos Amigos de Iracambi, Amda – Associação Mineira de Defesa do Ambiente, Angá – Associação para Gestão Socioambiental do Triângulo Mineiro, Ceco – Centro de Estudos Ecológicos e Educação Ambiental, Conservação Internacional, Fundação Biodiversitas, Fundação Relictos de Apoio ao Parque Florestal Estadual do Rio Doce, Instituto Espinhaço, Instituto Hóu, Instituto Terra Brasilis de Desenvolvimento SocioAmbiental, Movimento Pró Rio Todos os Santos e Mucuri, Mover – Movimento Verde de Paracatu e Valor Natural.
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Apoio e co-participação na elaboração do projeto “Estratégias para Conservação da Biodiversidade no município de Morro do Pilar - Formação de Corredor de Biodiversidade e Manejo Biorregional” O município de Morro do Pilar está inserido dentro dos limites do Corredor Espinhaço, na região da Serra do Cipó, uma área considerada prioritária para a conservação da flora e biodiversidade no estado de Minas Gerais e importante área núcleo da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, apresentando relevância ambiental internacional. Nela são encontradas formações florestais (Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila), savânicas (Cerrado Sensu Stricto, Campos Sujos, Campos Limpos) e rupestres (Campo Rupestre sobre Quartzito, Campo Rupestre sobre Canga). A região agrega, portanto, alta diversidade florística, incluindo diversas espécies endêmicas, ameaçadas de extinção e de uso potencial, como medicinais, ornamentais, alimentícias ou madeireiras. Na região de Morro do Pilar observa-se uma considerável expansão de atividades antrópicas, seja de ocupação, agropecuária ou de atividade minerária. Com isto, a perda de habitat e a fragmentação se tornam uma preocupação em relação à extensão do habitat original, ao aumento no número de fragmentos e ao isolamento dos fragmentos de vegetação. Neste sentido, a conectividade de fragmentos é considerada um elemento vital da paisagem, facilitando o movimento de espécies da vida silvestre entre os fragmentos. O projeto de formação dos Corredores de Biodiversidade e Manejo Biorregional foca o desenvolvimento ambiental e a necessidade de promover a ordenação e o desenvolvimento social e econômico do município de Morro do Pilar, a partir do uso sustentável de seus recursos naturais e da criação de diretrizes que propiciem o melhor ordenamento de seu território. O projeto propõe estratégias de gestão territorial, considerando a criação de unidades de conservação por parte do poder público municipal, as unidades de conservação existentes e articulação com outras esferas governamentais, considerando que a abordagem do manejo biorregional, através da criação de um corredor de biodiversidade, constitui-se numa estratégia possível para o município, levando-se em conta o atual contexto ambiental e socioeconômico regional.
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Idealização e apoio para a realização da semana da água em Morro do Pilar e elaboração do documento “Carta/Manifesto das Águas”, um marco histórico para os municípios da serra do Espinhaço De forma inovadora em Morro do Pilar, o Instituto Espinhaço pensou e propôs a programação para as comemorações da semana da água no ano de 2013, realizada pela Prefeitura de Morro do Pilar, em sintonia com a campanha Água e Cooperação, proposta pela UNESCO para este ano. Propositalmente, a semana da água 2013 em Morro do Pilar ganhou o nome de “Morro, Pilar das Águas” – mesmo nome do projeto idealizado para o município e proposto na cerimônia realizada na Câmara Municipal e que marcou a proposta de implantação, pela Prefeitura, de um amplo programa de “produção de água” naquele território. A semana da água atividades como palestras, teatro, plantio de mudas nativas, mutirão de limpeza nos balneários, descida no rio Santo Antônio, filmes, reuniões públicas e, por fim, a reunião pública de proposição e assinatura, junto com a comunidade local, da Carta das Águas de Morro do Pilar. A idealização da Carta das Águas de Morro do Pilar surgiu como proposta de criação de um documento referencial e ´singular em relação às águas, em Minas Gerais. O documento foi assinado em 22 de março, em cerimônia realizada na Câmara Municipal de Vereadores de Morro do Pilar, por toda a comunidade. Estiveram presentes alguns membros do Instituto, dentre eles: Maurício Andrés Ribeiro, Ana Calábria, Juliana Ferreira, Coryntho Filho, Raimundo Nonato, Luiz Cláudio de Oliveira e Vanusa Jacomino.
Mutirão de limpeza realizado pelo Instituto Espinhaço, junto com a comunidade local, nas margens e curso d’água do rio Picão, inserido na APA Municipal e principal atrativo natural da cidade de Morro do Pilar
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Plantio de mudas de espécies nativas, às margens do rio Picão, em Morro do Pilar, realizado pela comunidade local e pelos membros do Instituto Espinhaço
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Realização de campanha educativa em relação às águas, com teatro e dança para os alunos das escolas da cidade de Morro do Pilar, idealizado pelo Instituto Espinhaço e envolvendo mais de 350 alunos das escolas municipais e estaduais
Presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Cláudio de Oliveira assina, na Câmara Municipal de Morro do Pilar, o documento público “Carta das Águas”, em reunião com a comunidade de Morro do Pilar
Membros do Instituto Espinhaço presidindo a mesa de palestrantes da Semana da Água em Morro do Pilar: Vanusa Jacomino e Maurício Andrés Ribeiro. Também na mesa, o senhor Alexandre Magrinelli, da Fundação Estadual do Meio Ambiente.
Palestra da senhora Vanusa Jacomino ‐ Membro do Instituto Espinhaço, PHD na área de análise de riscos ambientais pelo Instituto de Ciências Ambientais da Alemanha (Helmholtz Centre for Environmental Research- UFZ, Leipzig)
Palestra do senhor Alexandre Magrinelli, para a comunidade de Morro do Pilar, durante a Semana da Água 2013
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Presidente da Câmara Municipal de Morro do Pilar, Manoel Otoni de Mattos, assina a Carta das Águas, durante a cerimônia pública de apresentação para a comunidade
Secretário Municipal de Meio Ambiente de Morro do Pilar, Ézio Dornelas, assinando o documento Carta das Águas, durante cerimônia pública, na Câmara Municipal
Vereador de Morro do Pilar, assinando a Carta das Águas
Comunidade de Morro do Pilar, assinando a Carta das Águas
Membro do Instituto Espinhaço e secretário geral da Agência Nacional de Águas, Maurício Andrés Ribeiro, é homenageado pela comunidade de Morro do Pilar, durante a Semana da Água
Comunidade presente na abertura do evento Semana da Água de Morro do Pilar, idealizada e apoiada pelo Instituto Espinhaço
Plantio de mudas de espécies nativas, na APA Municipal do Rio Picão, realizada pelo instituto Espinhaço e a comunidade local
O secretário de meio ambiente de Morro do Pilar, Ézio Dornelas; a representante do Institto Mineiro de Gestão das Águas; o presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Cláudio de Oliveira; o senhor Alexandre Magrinelli, do HIDROEX/UNESCO e o senhor Bernardo Duarte, vice-prefeito de Morro do Pilar
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CARTA DAS ÁGUAS MORRO DO PILAR- MINAS GERAIS – BRASIL « MORRO : PILAR DAS ÁGUAS »
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CARTA DAS ÁGUAS MORRO DO PILAR- MINAS GERAIS – BRASIL «MORRO : PILAR DAS AGUAS» INTRODUÇÃO O município de Morro do Pilar, berço da siderurgia brasileira e, atualmente, uma das mais novas fronteiras minerárias de Minas Gerais inaugura, com a administração da Prefeita Vilma Diniz, um novo modelo de gestão baseado nos preceitos da sustentabilidade. Esse novo modelo busca integrar e criar sinergia entre a biodiversidade local, a cultura e a memória do povo morrense e os novos cenários do desenvolvimento socioeconômico que se aproximam. Em 29 de janeiro deste ano, a Prefeitura Municipal assinou a inclusão de Morro do Pilar no Programa Cidades Sustentáveis, firmando, desse modo, não só um compromisso com a inovação, como a sinalização de novos rumos para o município. Diversas ações interdisciplinares de planejamento estão em curso para preparar e sustentar Morro do Pilar em face dos novos desafios que o município vai enfrentar. Como exemplo de uma dessas ações, do dia 20 ao dia 24 de março, realizamos a Semana de Comemoração ao Dia da Água, com a participação de pesquisadores, artistas, gente do povo, técnicos e ambientalistas locais e regionais. Hoje, dia 22 de março de 2013, às 18 horas, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Vereadores do município de Morro do Pilar, foi realizado o seminário “Morro: Pilar das Águas”, com o objetivo de fazer despertar a consciência e a atenção do cidadão morrense para as questões relacionadas ao patrimônio hídrico no município e a visão sistêmica necessária para a gestão integrada e a sustentável de seu território. Sensibilizadas pela profunda e urgente necessidade de mudanças e transformações que promovam um novo pacto quanto à temática da Água, as entidades participantes desse seminário, com a idealização e apoio do Instituto Espinhaço e demais parceiros e a coordenação da Prefeitura Municipal de Morro do Pilar, elaboraram o documento denominado CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR. O documento passa a integrar o norte das políticas municipais relacionadas à visão, relação e proteção para com o bem mais precioso do território municipal: a água. Da mesma forma, visa registrar o pensamento e o posicionamento de diversos atores sociais, ativistas e representantes dos segmentos da sociedade local e microrregional, além de apoiadores e parceiros das mais variadas regiões do país e do continente. Em seu espírito constituinte, a CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR propõe e reforça o direito inalienável que todo ser humano tem em relação à água potável, bem como propõe que, no território municipal, especialmente, a água tenha sempre caráter público e que os mananciais necessários para a manutenção da biodiversidade local e microrregional e para o abastecimento das comunidades locais tenham a atenção e os cuidados especiais por parte do poder público, gestor das águas de Morro do Pilar. A CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR PROPÕE que a água é, antes de tudo, um patrimônio da humanidade. Como patrimônio universal, o governo municipal e cada cidadão de Morro do Pilar têm o direito inalienável do acesso à água limpa e potável, assim como são responsáveis pelo uso sustentável dos recursos hídricos, cabendo à administração municipal a gestão eficiente e sustentável do patrimônio hídrico, bem como a responsabilidade do incentivo e da promoção de políticas públicas que fundamentem tais direitos e deveres do povo morrense.
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CONTEXTUALIZAÇÃO O início do século XXI, cada vez mais mundializado, é marcado pelo fenômeno da globalização, pelo capitalismo volátil e autofágico e pela emergência de lutas, reivindicações e propostas desencadeadas por novos atores coletivos, propondo a construção de novos paradigmas impulsionadores de mudanças radicais na direção de sociedades mais justas, igualitárias e solidárias, capazes de gerar alternativas com base em sua própria diversidade, pluralidade e especificidade. Vivenciamos, na atualidade, uma crise paradigmática cultural, ambiental, espiritual, social e política que chega, cada vez mais, dos territórios outrora periféricos aos mais profundos e inacessíveis espaços da sociedade humana. Uma crise que é dominada por contradições internas e profundos conflitos e que abre espaço para estratégias não só institucionalizadas (via Estado), mas, sobretudo, para práticas de ação social e coletiva, que promovem aberturas antes improváveis para processos coletivos que se constroem no desenvolvimento, tornando a população, outrora excluída, autora e sujeito dessas mudanças. Trabalhar por uma nova cultura autorreferenciada, ainda que se levem em conta os parâmetros convencionais do Estado, Mercado e da Sociedade Civil, implica que devemos ir mais além, incorporando a natureza e sua preservação como o bem mais precioso e criando uma nova mentalidade que harmonize a vida humana com a natureza, compartilhando sonhos, princípios, estratégias e uma nova proposta de cultura orientada para o Bem Viver. Esse é o norte da CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR. No cenário mundial, a ONU reconheceu, em 28/07/2010, a água potável e o saneamento básico como Direitos Humanos fundamentais. Em tal horizonte, complexo e fundamental, a questão dos recursos naturais como patrimônio comum compreende um gerenciamento ambiental não tecnocrático (via estatismo ou ordem privada), mas comunitário, participativo e plural. A CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR visa lançar as bases e a semente de um novo modelo, trazendo para a pauta e destacando o desafio ético da importância dos recursos naturais, especialmente a água, enquanto novo Direito, um Direito Humano construído não mais de cima para baixo, mas por estratégias desde baixo, ou seja, desde a comunidade, seus representantes e parceiros, em sintonia com a sustentabilidade da natureza. Para tanto, faz-se necessário nascer na pequena comunidade tricentenária de Morro do Pilar, algo inovador em essência, uma ruptura paradigmática, pelo projetar de uma nova cosmovisão: uma cosmovisão contra-hegemônica, que não se opõe ao sistema atual, mas que propõe um novo modelo para o sistema, um modelo que está sendo gestado e idealizado por mentes que valorizam uma cultura de paz, num processo inclusivo e harmônico, pensado em sintonia com os mais inovadores conceitos e balizado nas mais singulares experiências recentes da cultura social, política e jurídica, principalmente latino-americanas e, mais especificamente, pelos modelos desenhados e oficializados no Equador e na Bolívia. É com esse propósito que importa trazer e sublinhar, a partir do sonho da sociedade morrense e de seus parceiros, alguns elementos que foram institucionalizados em países da região andina, onde o conhecimento que alavanca os processos de mudanças está fundamentado no paradigma comunitário orientado para o Bem
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Viver. Esse novo paradigma, que estamos propondo desenvolver e implantar nesta região, foi passado através dos tempos pelos povos indígenas ameríndios e projeta uma compreensão da comunidade em harmonia, respeito e equilíbrio com todas as formas de vida. Tendo como referência o viver em plenitude, esses povos religam as noções disjuntivas do projeto vivenciado pela modernidade, na medida em que compreendem que, na vida, tudo está interconectado e é interdependente, ou seja, a visão moderna defendida e propugnada pelos modernos pesquisadores que reafirmam a Teia da Vida e sua interdependência. São perspectivas e horizontes inovadores e privilegiados que poderão oferecer subsídios para se repensar a temática de um novo Direito, um Direito Humano aos recursos naturais como patrimônio comum, destacando a água, quer seja subterrânea, quer seja superficial, no âmbito mais abrangente e mais específico, desde o território de Morro do Pilar, da microrregião, até sua repercussão em nosso estado e nosso país. A relação do homem com a natureza no paradigma dominante entende o indivíduo como o único sujeito de direitos e obrigações. Essa concepção redutora e descontextualizada, que elege o indivíduo como o único referente, acabou estruturando o sistema normativo a partir dos direitos exclusivamente individuais – há também os direitos coletivos, os direitos difusos de 3ª e 4ª geração. Naturalmente, tendo no mito do desenvolvimento, o valor fundamental, tal modelo não distribui as riquezas produzidas, aprofundando cada vez mais as desigualdades entre pessoas e países. Assim, a racionalidade quantificadora que ignora a vida e a diversidade cultural está sendo questionada por visões mais abrangentes e solidárias que tentam frear o processo que está destruindo nosso modo de vida atual, simultaneamente à destruição do planeta. Diante da crise multifacetada do sistema-mundo da atualidade, que tem no esgotamento e destruição dos ecossistemas seu maior desafio, nasce, então, como resposta, o que podemos chamar de CULTURA DA VIDA. Ainda que seu nascimento seja pouco percebido pelas cadeias dominantes, sua luz já é visível em todos os recantos do planeta. Podemos assistir à atuação dela desde as montanhas ao norte da Índia, até os altiplanos da Bolívia; desde as planícies do Canadá até o cume do Espinhaço, em Minas Gerais. De fato e especialmente, esse é o fundamento da proposta da CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR; afinal, todas as culturas têm uma forma de ver, sentir, perceber e projetar o mundo, a partir da sua própria cosmovisão. E assim está sendo com a tricentenária comunidade de Morro do Pilar, encravada nos altiplanos da Serra do Espinhaço e nascida sob a égide da exploração dos recursos naturais e que planeja e vislumbra um futuro focado na produção de sistemas sustentáveis como forma de inclusão e desenvolvimento, em sintonia com a perspectiva do Espinhaço como espinha dorsal de um novo conceito de viver e valorizar a vida, a vida em sua plenitude e harmonia. Povos ancestrais, em vários pontos do planeta, fizeram florescer a cultura da vida, inspirados na expressão do universo, onde tudo está conectado, inter-relacionado; onde nada está fora, muito ao contrário – tudo é parte do Todo; a harmonia e o equilíbrio de um são importantes para o equilíbrio de todos. Esta é a proposta da CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR.
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CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR O município de Morro do Pilar, ao partir de um conceito de CULTURA DE VIDA, que se expressa no BEM VIVER, ultrapassa qualitativamente a simples perspectiva desenvolvimentista de viver melhor e consumir mais, em detrimento dos outros e da natureza. Fundamentalmente, a CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR propõe: 1. O resgate e a valorização da identidade cultural, da memória histórica e da herança tricentenária que formou e deu vida e forma à comunidade de Morro do Pilar; 2. A recuperação de conhecimentos e saberes antigos, hoje difundidos e incorporados na cultura local, incluindo os saberes de outros povos que habitavam esta região antes mesmo da chegada dos portugueses; 3. A abertura para novas relações de vida comunitária, focada numa CULTURA DE PAZ; 4. A recuperação e valorização da relação profunda do homem com a Terra; 5. A substituição da acumulação ilimitada individual do capital pela recuperação integral do equilíbrio e da harmonia com a natureza. 6. A internalização da visão geoestratégica e geopolítica da água para a definição do desenvolvimento e da governança do território, bem como sua integração permanente com os princípios de sustentabilidade. 7. A criação de redes de cooperação pela água no território, com um olhar transfronteiriço e práticas integradoras.
Ao propormos essa nova cosmovisão, que parte do homem morrense para o mundo, uma cosmovisão em sintonia com o BEM VIVER, ofertamos novas perspectivas diante dos desafios da sustentabilidade socioambiental, além de nos adiantarmos, regionalmente e no país, na identificação de um modelo alternativo de gestão que esteja em harmonia com a Vida em todas as suas expressões. Na perspectiva da cosmovisão que propomos na CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR, o Poder Público de Morro do Pilar passa a assumir um papel estratégico, juntamente com seus cidadãos, na defesa do patrimônio natural, assim como na promoção de um modelo de desenvolvimento que reconhece as raízes seculares, forjadas por mulheres e homens, celebrando a natureza, como parte vital para nossa existência, projetando um horizonte de BEM VIVER centrado na preservação do meio ambiente e na qualidade de vida para a sociedade, em todas as suas dimensões.
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A CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR reconhece que : 1. A água é um direito humano; 2. A água é um bem estratégico de uso público; 3. A água é um patrimônio da sociedade; 4. A água é um componente fundamental da natureza, e esta mesma natureza tem direitos próprios de existir e manter seus ciclos vitais A partir desse novo paradigma, a CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR propõe que sejam estabelecidos, pelo poder público local, novos critérios de gestão e uso da água, assim como da biodiversidade, em harmonia com a natureza, ultrapassando-se a visão mercantil não só da água como também do meio ambiente. No sistema internacional de proteção dos direitos humanos, desde a Convenção de Viena em 1992, prevalece o entendimento da realização integral de todos esses
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direitos. Nesse sentido, o direito à água é multidimensional e está intimamente relacionado a uma vida digna. Assim, seguindo os passos já trilhados por outras regiões na América do Sul, estamos propondo uma visão da água como um bem estratégico para o território de Morro do Pilar, para Minas Gerais e para o Brasil, tendo como referência o BEM VIVER.
a construirmos uma governança democrática com instrumentos de gestão
Com este novo olhar, buscamos recuperar as potencialidades dos saberes populares aliados aos saberes científico-tecnológicos, de forma
pública de Morro do Pilar. Entretanto, no contexto da cosmovisão proposta, essa tarefa coletiva implica enfrentar e vencer alguns desafios:
eficientes e amplamente divulgados, em sintonia com os princípios defendidos pela Rede de Cidades Sustentáveis, cujo compromisso foi assinado pela Prefeitura Municipal de Morro do Pilar, neste ano de 2013. Da mesma forma, serão estabelecidos os princípios da sustentabilidade socioambiental e de eficiência, como critérios para o planejamento de todos os setores considerados estratégicos na esfera da administração
1 . Promover um modelo de governança pública que exerça uma gestão integrada do território municipal, garantindo água com qualidade e quantidade para todos os setores da sociedade, assim como para a natureza, com planos, enquadramentos e metas específicas; 2. Promover modelos eficientes e justos de gestão no município, que salvaguardem as fontes e os cursos de água, através de uma governança democrática; 3. Superar o modelo atual, disjuntivo e redutor, para que se considerem as nascentes, os córregos e os rios a partir da ética do cuidado, numa abordagem sistêmica, voltada para a realização do BEM VIVER; 4. Garantir, no âmbito do território municipal, instrumentos de gestão para a conservação e o manejo integral das microbacias hidrográficas e dos caudais, associados ao ciclo hidrológico, e regulamentar todas as atividades que possam afetar a qualidade e quantidade de água, bem como o equilíbrio dos ecossistemas, em especial nas áreas de nascentes e zonas de recarga de água; 5. Criar mecanismos eficientes que promovam a visão da água como um patrimônio estratégico. Essa visão tem como base a harmonia e o equilíbrio que se projetam nas futuras gerações em uma dinâmica que supera a lógica mercantil. Certamente, a categoria de patrimônio estratégico converte em parte substancial um novo sistema social e solidário, que reconhece que os seres humanos são o centro e o fim do desenvolvimento em harmonia com a natureza, invariavelmente; 6. Ver a água como um patrimônio estratégico, um elemento vital comum que não pode ser considerado apenas um capital natural, associado ao processo de produção submetido à racionalidade de mercado. Diante disso, o conceito de patrimônio proposto pela CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR resgata o sentido de um “direito natural” ao conceder o usufruto para as gerações atuais que reconhecem e preservam o “direito” das futuras gerações. Devemos superar a definição da água como um bem que traz implícito um valor apenas e fortemente econômico. A visão que propomos significa a defesa desses recursos pelo seu próprio valor, independentemente de sua utilização comercial. Desarma-se, assim, o conceito de capital hídrico, que é uma forma de delinear a água dentro da lógica mercantil, quer dizer, ver a água simplesmente como uma ferramenta do processo produtivo. 7. Enquanto componente da natureza, a água é indispensável para a vida. Ela expressa a possibilidade da existência e da continuidade da vida em nosso planeta. Dessa forma, em consonância com a ética biocêntrica, o município de Morro do Pilar deverá buscar meios para vincular o “direito da água” ao “direito da natureza”. Não poderia ser diferente, na medida em que o novo pacto de convivência representa o reconhecimento dos “direitos da natureza” e a superação da ética antropocêntrica.
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Esses são os desafios que devemos superar para implantarmos, em plenitude, o novo modelo que ora recomendamos. A CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR propõe um olhar sistêmico para alavancarmos uma mudança de paradigma para a comunidade de Morro do Pilar. Isso significa criar bases materiais de sobrevivência que respeitem a cultura e promovam o BEM VIVER, fazendo com que a dignidade humana seja o referente de uma vida com qualidade, em permanente construção. O Município de Morro do Pilar, ao propugnar a CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR, pretende ser pioneiro na Serra do Espinhaço ao propor um novo regime de desenvolvimento vinculado ao BEM VIVER. O BEM VIVER implica a harmonia do ser consigo mesmo, com seus congêneres, com a natureza. A manutenção e a regeneração dos ciclos vitais da natureza, entre eles o mais importante, o da água, não implicam somente o cuidado e a gestão sustentável de ecossistemas fundamentais para a água, senão também o manejo integral da água em seus diversos usos. Isso implica incorporar mudanças profundas no uso e na relação com a água na agricultura e pecuária, na atividade de mineração e nos processos industriais, desde os pequenos até os de grande relevância. Morro do Pilar, um dos núcleos da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, pretende encontrar as respostas para todos esses desafios nos horizontes da visão sistêmica e da solidariedade. A CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR propõe uma cosmovisão marcada por uma solidariedade mais ampla e flexível das coletividades e gerações presentes e futuras, no sentido de cuidar dos patrimônios naturais, dentre eles a água, como patrimônio da humanidade, e buscar soluções compartilhas para os problemas sociais, ambientais e culturais que são comuns a todos, sem distinção, no município.
Para atingirmos todos esses fins, torna-se imprescindível a incorporação da educação ambiental em todos os níveis de educação dirigida às crianças e aos jovens no território municipal. Nesse sentido, é necessária a formalização de uma proposta para a educação ambiental transdisciplinar sob a forma de projeto de lei a ser elaborado e enviado pela administração municipal e enviado para a Câmara de Vereadores. De uma forma objetiva e transparente, propomos que o município de Morro do Pilar crie e aplique também uma nova legislação municipal em relação às águas, voltada para sua proteção, seu uso, sua conservação e novas práticas de educação destinadas ao entendimento desse patrimônio como essencial para a vida da comunidade, cabendo a cada família, aos jovens, às crianças e aos adultos de todas as idades, o cuidado com o meio ambiente, na sua casa, em sua rua, em seu bairro ou no distrito rural onde tem sua moradia. Nesse contexto, a CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR propõe cinco princípios para as nascentes situadas no território municipal: 1. Todo manancial de água tem direito a ter sua nascente protegida. 2. Todo manancial de água tem direito a ter sua fauna e sua flora nativas preservadas. 3. Todo manancial de água tem direito a ter suas águas não poluídas e não contaminadas. 4. Todo manancial de água tem direito a ter seu leito não interrompido, retificado ou represado sem justa causa. 5. Todo manancial tem direito a ter a utilização de suas águas baseada em critérios de justiça social, ambiental e econômica.
Por fim, a CARTA DAS ÁGUAS DE MORRO DO PILAR, elaborada pela comunidade local representada pela Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores, empresas e organizações do terceiro setor, em sintonia com os princípios de sustentabilidade defendidos pela administração pública local e por todos aqueles que acreditam na proposta de uma nova CULTURA DE PAZ, aliada a uma nova forma de BEM VIVER, inaugura uma nova etapa na vida do município e na vida de todos os morrenses. Ao concluirmos o documento, a comunidade local e parceiros DECLARAM E PROPÕEM SETE PRINCÍPIOS E PROPOSTAS PARA AS ÁGUAS DO MUNICÍPIO DE MORRO DO PILAR: I. Não há vida sem água. A água é um bem precioso, uma dádiva da natureza para todas as espécies, e devemos valorizá-la em seus aspectos espiritual, simbólico, cultural, socioambiental e ecológico. II. A água não é uma mercadoria e, portanto, não deve ser analisada ou gerenciada sob o ponto de vista estritamente mercadológico ou econômico, assim como o valor intrínseco da água potável precede sua utilidade e seu valor comercial. III. Os mananciais de águas doces são esgotáveis devido à sua distribuição irregular e ao seu mau uso. Por isso, é indispensável preservá-los, conservá-los e melhorá-los em qualidade e disponibilidade. IV. A alteração negativa da qualidade da água é prejudicial à vida do homem e à vida dos outros seres vivos que integram a rede de comunidades de vida. Por isso, o município de Morro do Pilar adotará todas as medidas possíveis para garantir a melhoria da qualidade ambiental das águas no território municipal. V. A boa gestão da água no território municipal será objeto de um plano a ser formulado e colocado em prática pelo poder público em conjunto com a sociedade, de forma a garantir que as gerações futuras possam ter assegurado o direito de disponibilidade de água em qualidade e quantidade suficientes para todos. VI. A água é um patrimônio comum, cujo valor deve ser reconhecido por todos, e as fontes de água potável do município são uma herança compartilhada, um patrimônio público e um direito fundamental, de responsabilidade coletiva. VII. A água não tem fronteiras. Ela é um bem comum que necessita de cooperação para sua gestão territorial.
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Instituto espinhaço entrega carta das águas para fundação france libertès, em paris, em busca a parceria para o médio espinhaço
Reunião com o senhor Jean Luc-Touly, diretor de projetos relacionados à água, na Fundação France Libertès, em Paris, para apresentação do documento “Carta das Águas de Morro do Pilar – Manifeste des Eaux” e apresentação do Projeto de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio Picão”, em Morro do Pilar-MG. Na ocasião, o Presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Oliveira, discutiu propostas de parceria entre a região do médio Espinhaço e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sena, para buscar apoio financeiro a ações de conservação de água no Espinhaço
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Instituto Espinhaço apóia a realização do I Cipó Clássic Festival, na região da Serra do Cipó
O Instituto Espinhaço apoiou a concepção e a estruturação do projeto Cipó Classic Festival, em 2013, realizado na região da Serra do Cipó (Santana do Riacho, Conceição do Mato Dentro e Morro do Pilar). O evento levou música clássica e erudita, gratuitamente, paras as comunidades envolvidas no projeto.
Organização de reunião com o escritor Ariano Suassuna O Instituto Espinhaço tem o compromisso de promover a concretização da Cultura de Paz Universal — equivalente à instauração da Idade do Espírito Santo ideado por Agostinho da Silva a partir do Brasil. O Instituto Espinhaço organizou, junto com o Instituto Mukharajj e o CESDIES – Portugal, uma reunião de trabalho, em Recife, com o senhor Ariano Suassuna, com o objetivo de dialogar e discutir temáticas de relevância para as instituições e também para o senhor Ariano Suassuna: o Sebastianismo e a Mística Cultura Nordestina. A reunião aconteceu na residência do escritor e imortal da Academia Brasileira de Letras, em Recife.
Reunião em Recife: Luiz Cláudio de Oliveira, Manuel Gandra, Ariano Suassuna e Loryel Rocha.
O Instituto Espinhaço realizou reunião com a diretoria da Fundação Joaquim Nabuco, em Recife, para discutir propostas e termos de um Acordo de Cooperação com o Instituto Espinhaço e outras entidades, visando o desenvolvimento de ações culturais na serra do Espinhaço, no Rio de Janeiro e no nordeste do Brasil Na foto: Manuel Gandra (CESDIES – Portugal), Luiz Cláudio de Oliveira (Instituto Espinhaço), Fernando José Freire (Presidente da Fundação Joaquim Nabuco), e a assessoria de assuntos internacionais da Fundação Joaquim Nabuco, na sede da Fundação, em Recife INSTITUTO ESPINHAÇO
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Com o objetivo de promover uma nova visão sobre a história da região da Estrada Real, no coração da Serra do Espinhaço, o Instituto Espinhaço realizou uma série de palestras gratuitas, em algumas cidades de Minas Gerais e de São Paulo, com o professor Manuel Gandra (Portugal). As palestras buscaram aprofundar temas ligados à cultura luso-brasileira, sebastianismo e milenarismos e foram realizadas nas cidades de Ouro Preto, Serro e Diamantina (Minas Gerais), Rio Claro (São Paulo). As palestras foram uma parceria com a UNESP, o CESDIES, a PUC Minas e o Museu do Diamante. INSTITUTO ESPINHAÇO
Presidente do Instituto Espinhaço abre palestra em Dimantina, no Museu do Diamante
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Palestra promovida pelo Instituto Espinhaço, na PUC da cidade de Serro
Presidente do Instituto Espinhaço, a diretora do Centro Cultural de Rio Claro e o diretor do laboratório de políticas públicas da UNESP
Instituto Espinhaço é membro do laboratório de políticas públicas da UNESP. Na foto, reunião do presidente do Instituto Espinhaço com o diretor do laboratório, parceiros e equipe de pesquisadores da UNESP
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Palestra do professor Maneul Gandra, organizada pelo Instituto Espinhaço, para lideranças comunitárias, em Morro do Pilar, abordando temas sobre a história do município
Palestra promovida pelo Instituto Espinhaço, no Arquivo Público e Histório de Rio Claro, em São Paulo
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O Insituto Espinhaço, representado pelo seu presidente, participa de reunião de trabalho do Conselho Gestor do Parque Estadual da Serra do Intendente, em Conceição do Mato Dentro. O Instituto Espinhaço é membro titutar do conselho que administra o parque estadual
Presidente do Instituto Espinhaço e o professor Manuel Gandra, em trabalho de campo na reigão de Serro e Diamantina, com o objetivo de elaborar projeto de Centro de Referência Histórico e Geográfico da Serra do Espinhaço
Encontro em São Gonçalo do Rio de Pedras, na região de Diamantina, com especialistas europeus em spagiria (alquimia), com o objetivo de trocar conhecimentos e informações sobre trabalhos com plantas medicinais da região da Serra do Espinhaço
Palestra organizada pelo Instituto Espinhaço para alunos da rede estadual de ensino, em Morro do Pilar e realizada em parceria com o Centro de Estudos Transdisciplinares da Água, de Brasília, organização da qual o Instituto é membro. Na foto, o senhor Sérgio Ribeiro, Subsecretário de Água e Clima, do Governo do Distrito Federal INSTITUTO ESPINHAÇO
Presidente do Instituto Espinhaço em reunião na Agência Nacional de Águas, em Brasília, ocasião em que o Instituto apresentou e discutiu com a equipe da ANA, junto com o município de Morro do Pilar, o projeto “Morro, Pilar das Águas”, de recuperação de áreas de recarga e “produção de águas”, proposto pelo Instituto
Reunião técnica na Universidade Federal de Minas Gerais para discutir o projeto Marcas do Sagrado, apontado pelos estudos do CEDEPLAR/UFMG como o projeto referencial em turismo para a região do médio Espinhaço. Na reunião estavam: o Presidente e membros do Instituto Espinhaço, o professor Manuel Gandra, o presidente do Instituto Mukharajj e a equipe técnica da UFMG
Elaboração do projeto “200 Anos da 1ª Fundição de Ferro em Alto Forno do Brasil”
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elaboração do Inventário da Oferta Turística da Região a Serra do Cipó
O Instituto Espinhaço elaborou o Inventário da Oferta Turística da Região a Serra do Cipó, através de uma parceria com o Sebrae-MG, a iniciativa privada e instituições parceiras. O inventário teve o objetivo de buscar conhecer o potencial da região para o desenvolvimento de projetos turísticos.
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Estituto espinhaço assina protocolo de intenções com parceiros do centro de estudo transdisciplinar da água - brasília/df
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Reunidos na Universidade de Brasília para discutir a temática da água: o reitor da UNB, Ivan Marques Camargo, o membro do Instituto Espinhaço e fundador da UNB, o poeta Santiago Naud e o Presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Oliveira
Ato de assinatura, pelo Presidente do Instituto Espinhaço, do Protocolo de Intenções 01/2014, chancelado na Universidade de Brasília, em parceria com outras oito entidades. A assinatura do Protocolo de Intenções marca o início de um trabalho de cooperação de várias entidades brasileiras em torno da temática da água e sua transdisciplinaridade
Instituto Espinhaço idealizou e propôs a realização do I Seminário de Formação de Educadores, no município de Morro do Pilar - MG. Participaram, gratuitamente, todos os professores das redes estadual e municipal. A coordenação técnica do curso de formação ficou a cargo do professor Romualdo Dias, da UNESP, entidade parceira do Instituto Espinhaço. Todos os professores que participaram do curso receberam, gratuitametne, certificação de Extensão Universitária.Na foto: Romualdo Dias, da UNESP; Santiago Naud, poeta, educador e membro do Instituto Espinhaço e o Presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Oliveira
Realização de palestra no Salão Nobre da Câmara de Vereadores de Morro do Pilar, para os professores das redes municipal e estadual de ensino de Morro do Pilar, MG. O palestrante foi o professor, poeta e educador, Santiago Naud, membro do Instituto Espinhaço e um dos fundadores da universidade de Brasília
Professoras do município de Morro do Pilar, participando do I Seminário de Formação de Educadores de Morro do Pilar, idealizado e organizado pelo Instituto Espinhaço, em parceria com a UNESP e com a realização da Prefeitura Municipal
Presidente do instituto Espinhaço realiza palestra no Salão Nobre da Câmara de Vereadores do município de Morro do Pilar, durante a abertura do evento “Morro do Pilar, 312 Anos”, idealizado pelo Instituto Espinhaço e entidades parceiras e realizado pela Prefeitura Municipal
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Cerimônia de abertura do evento “Morro do Pilar, 312 Anos, o Futuro que Queremos Construir Agora”,idealizado pelo Instituto Espinhaço e realizado com a comunidade local, no Salão Nobre da Câmara de Vereadores de Morro do Pilar.
O artista e especialista em geomântica, Marco Pogacnik (Eslovênia), com os membros do Instituto Espinhaço, Luiz Oliveira e Franklin Frederick (Suíça), durante trabalho de campo para identificar as linhas energéticas no território de Morro do Pilar –MG
Trabalho de campo e pesquisa geomântica, proposto pelo Instituto Espinhaço, sendo realizada no território de Morro do Pilar-MG. Na foto, Franklin Frederick ( Suíça), Marco Poganick ( Eslovênia) e Luiz Oliveira ( Brasil)
Trabalho de campo e pesquisa geomântica, proposto pelo Instituto Espinhaço, sendo realizada no território de Morro do Pilar-MG. Na foto, Franklin Frederick ( Suíça), Marco Poganick ( Eslovênia) e Luiz Oliveira ( Brasil)
Parceria propõe Plano de Desenvolvimento Integrado para a Porção Sul do Médio Espinhaço O desafio que se abre hoje aos municípios da porção Sul do Médio espinhaço é do construírem uma plataforma de desenvolvimento compartilhado e integrado, enquanto microrregião. Por isso, o Instituto Terra e Memória (Portugal) e o Instituto Espinhaço (Brasil), fizeram uma parceria para propor aos municípios da região sul do médio Espinhaço, a proposta de um Plano de Desenvolvimento Integrado. A ideia foi apresentada aos prefeitos da região sul do médio Espinhaço, em reunião realizada na sede do Parque Nacional da Serra do Cipó. O Plano trabalha a visão de que é urgente e necessário definir um rumo que afirme uma agenda positiva, na qual a região substitua a imagem de reivindicadora de apoios por uma dinâmica de iniciativas de rearranjo interno e de internacionalização que possam constituir-se como contributo positivo para o Estado de Minas Gerais, para além da mineração, ainda que apoiando-se na alavancagem que esta pode permitir. Este é um rumo em que todos se reforçam, se forem desenhados projetos integrados, em que a Porção Sul do Médio Espinhaço pode construir um projeto, e inovar, articulando-se para criar alternativas para o crescimento sustentável. O Plano de Desenvolvimento Integrado para a Porção Sul do Médio Espinhaço assumirá cinco princípios: planejamento estratégico, alinhamento de programas em andamento, desenvolvimento sustentável, planejamento participativo e planejamento integrado, mas focará as dinâmicas de governança, por um lado, e a diversificação e reforço das atividades econômicas (não se limitando à mineração e ao turismo). O Plano deve permitir uma integração progressiva das ações territoriais nos municípios, não apenas das prefeituras mas também dos agentes privados, segundo uma metodologia flexível, como contributo positivo para o seu aprofundamento, o que inevitavelmente terá consequências em escalas maiores, para bem de todo o Médio Espinhaço e do Estado de Minas Gerais. INSTITUTO ESPINHAÇO
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Parceria com instituição europeia para elabolração da Proposta de Plano de Desenvolvimento Integrado da Porção Sul do Médio espinhaço
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Instituto Espinhaço propõe, junto com parceiros globais, a campanha Água e Espiritualidade
A Campanha Água e Espiritualidade é um movimento sem vinculação religiosa ou partidária que visa criar uma aliança global para uma ressignificação da água, fonte de toda a vida, para nossa sociedade pós-moderna e consumista. Que o cuidado e o respeito por todas as formas de vida possa se materializar por meio da valorização da ligação imaterial que o ser-humano e todos os seres possuem com a água. A espiritualidade como fundamento do humano precisa ser valorizada e reconhecida pelas instâncias oficiais como uma dimensão primordial da vida social e do verdadeiro desenvolvimento sustentável. A cada ano a ONU elege um tema oficial para o Dia Mundial da Água. O tema escolhido naquele ano pauta ações, reflexões e atividades concretas que promovam a conscientização pública através de publicações, difusão de documentários, organização de conferências, mesas redondas, seminários e exposições relacionadas à conservação da água tanto no dia 22 de março quanto no decorrer de todo aquele ano. Um movimento global de cidadãos apoiado por uma rede de instituições atentas para a necessidade de ressignificação da água para nossa sociedade propõe este abaixo- assinado que tem como o objetivo propor a ONU que o tema do Dia Mundial da Água seja “Água e Espiritualidade”. Assine o abaixo assinado e colabore para que esta proposta se torne uma realidade. O Instituto Espinhaço é membro dessa rede global e da campanha destinada à ONU.
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Realização do 1º e 2º Seminários de Formação de Educadores de Morro do Pilar, idealizados pelo Instituto Espinhaço e pela UNESP e realizados pela Prefeitura Municipal. O foco destes seminários, realizados de forma gratuita, foi a formação dos professores das redes estadual e municipal de ensino do município de Morro do Pilar
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Participação de membros do Instituto Espinhaço, Santiago Naud e Luiz Oliveira, em reunião de trabalho do Centro de Estudos Transdisciplinares da Água, na Universidade de Brasília, junto com entidades e organizações parceiras. O objetivo do encontro foi discutir o plano de trabalho para a atuação do grupo do CETÁGUA, do qual o Instituto é membro
Encontro do Instituto Espinhaço, representado pelo seu Presidente, Luiz Oliveira, com a ativista internacional e presidente do Conselho dos Canadenses, senhora Maude Barlow (Canadá). Na oportunidade, o Instituto Espinhaço e o muncípio de Morro do Pilar entregaram o documento “Carta das Águas de Morro do Pilar” e do Projeto de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio Picão (Morro do Pilar), para a senhora Maude Barlow e propuseram a adesão do município ao projeto Comunidade Azul. Na oportunidade do diálogo com a senhora Maude Barlow, o presidente do Instituto apresentou as ações desenvolvidas e os planos pensados para atuação em favor das águas da Serra do Espinhaço
Em reunião histórica, o Instituto Espinhaço e Universidade do Texas propõe curso de formação para executivos da CEMIG. O objetivo da reunião foi iniciar as tratativas que viabilizem a realização de cursos de formação e disponibilização de conhecimentos técnicos sobre exploração de gás natural, pela CEMIG, com o apoio da Universidade do Texas (EUA). Na foto, Luiz Oliveira, Presidente do Instituto Espinhaço, professor Fernando Lara, Universidade do Texas e a diretoria da CEMIG
Proposta idealizda pelo Instituto Espinhaço busca viabilizar parceria com a Universidade do Texas (Estados Unidos da América), na área da arquitetura, para projeto inovador de recuperação do urbanismo do município de Morro do Pilar-MG. Na foto, em trabalho de campo e reconhecimento do território de Morro do Pilar: o professor Fernando Lara (Universidade do Texas), o presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Oliveira e equipe técnica do Plano Diretor Municipal
Reunião histórica na diretoria do CEFET-MG para proposição de cursos de formação superior em Morro do Pilar. Na reunião, o presidente do Instituto Espinhaço expos a realidade regional da educação profissionalizante. O encontro selou o início de uma parceria sólida entre o CEFET-MG e o município de Morro do Pilar. Na foto: o presidente do Insituto Terra e Memória (Portugal), o diretor geral do CEFET-MG, a prefeita de Morro do Pilar, o presidente do Instituto Espinhaço e toda a equipe técnica da diretoria do CEFET-MG
Doação de material para a festa de Nossa Senhora Aparecida, no distrito de Córregos, em Conceição do Mato Dentro. Na foto, a festeira, recebendo o material confeccionado e doado pelo Instituto Espinhaço
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Instituto Espinhaço apóia festas tradicionais na região do médio Espinhaço: na foto, a membro do Instituto, Ana Flávia Calábria, doa para a gerente de cultura do Município de Morro do Pilar, materiais confeccionados para as festas de Nossa Senhora do Rosário e do Divino Espírito Santo
Instituto Espinhaço doa materiais para a festa do Divino Espírito Santo. Na foto, os festeiros do Divino em Morro do Pilar-MG, exibindo os materiais doados pelo Instituto
Instituto Espinhaço doa materiais para a festa de Nossa Senhora do Rosário. Na foto, os festeiros de Nossa Senhora do Rosário, em Morro do Pilar-MG, exibindo os materiais doados pelo Instituto
Instituto Espinhaço apoiou e ajudou a organizar a festa de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no distrito de Itaponhoacanga, em Alvorada de Minas-MG. Na foto, a membro do Instituto, Ana Flávia Calábria, faz a doação de materiais confeccionados para a festa
Instituto Espinhaço apoiou a realização da festa de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no distrito de Córregos, em Conceição do Mato Dentro-MG, com a confecão de roupas e assessórios utilizados na produção cultural da festa. O objetivo da ação do Instituto é garantir a viabilidade da realização da festa, de forma a manter a tradiçaõ viva em toda a região. Na foto, a representante do grupo Afro Mato Dentro, recebendo o material
Instituto Espinhaço apoiou a organizçaão e doou materiais para a festa de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no distrito de Itacolomi, em Conceição do Mato Dentro-MG
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Instituto Espinhaço coordena a confecão de materiais de apoio para festa de Nossa Senhora do Rosário, em Conceição do Mato Dentro-MG
Instituto Espinhaço apoiou, elaborou e doou os materiais para a realização da festa do Divino Espírito Santo, na cidade de Conceição do Mato Dentro-MG. Na foto, a membro do Instituto, Ana Calábria, doando os materiais para a festeira do Divino, Selma Aguiar
Elaboração e doação de material para a festa de Nossa Senhora do Rosário, no distrito de Itacolomi, em Conceição do Mato Dentro-MG
Festeiros de Nossa Senhora do Rosário, no distrito de Córregos, em Conceição do Mato Dentro, recebem a doação de material elaborado pelo Instituto Espinhaço. Na foto: Ana Calábria ( Instituto Espinhaço) e os festeiros Carla e Cláudio
Faixa feita pela comunidade de Córregos, em Conceição do Mato Dentro-MG, agradecendo o apoio do Instituto Espinhaço e demais parceiros Produção de material cultural para o Grupo Afro Mato Dentro, de Conceição do Mato DentroMG, com o objetivo de apoiar e valorizar as manifestações de resgate da cultura negra no médio Espinhaço
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Produção de materiais e roupas típicas de época para apresentações do Grupo Afro Mato Dentro, de Conceição do Mato Dentro-MG, com o objetivo de apoiar e valorizar as manifestações de resgate da cultura negra no médio Espinhaço
Idealização e apoio para a realização do “1º Seminário Internacional sobre Água, Energia, Mobilização Social e Desenvolvimento Sustentável”, em sintonia com a campanha da UNESCO 2014, em Morro do Pilar – MG
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Membros do Instituto Espinhaço e parceiros, fazem reunião para discutir projeto de turismo na região de Morro do Pilar-MG. Na foto: professor Solano Braga, Bernardo Gontijo, da UFMG e membro do Instituto Espinhaço; o presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Oliveira e o consultor, Ézio Goulart
Presidente do Instituto Espinhaço faz palestra sobre projeto piloto de desenvolvimetno sustentável na reserva da biosfera da Serra do Espinhaço, para políticos, empresários e lideranças sociais na cidade de Mudersbach-Niederschelderhütte (Alemanha), com o objetivo de buscar parcerias para projetos de desenvolvimento sustentável na região do médio Espinhaço
Instituto Espinhaço idealizou e apoiou a realização da Semana da Árvore de Morro do Pilar, com o objetivo de sensibilizar a comunidade local para a temática da preservação e conservação da mata atlântica, em Morro do Pilar-MG
Presidente do Instituto Espinhaço realiza palestra “Diálogos para o Futuro”, na abertura das comemorações dos 313 anos de fundação do município de Morro do Pilar-MG, com o objetivo de discutir e propor ideias e propostas de desenvolvimento sustentável, a partir da comunidade local. A palestra foi realizada na secretaria municipal de educação e contou com a participação dos vereadores municipais e lideranças locais
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Instituto Espinhaço e parceiros nacionais e internacionais idealizam e apoiam a realização de Seminário Internacional no Médio Espinhaço
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SEMINÁRIO INTERNACIONAL
Gestão Integrada do Território para o Desenvolvimento Sustentável e Entendimento Global Auditório da Câmara dos Vereadores Morro do Pilar | Minas Gerais | Brasil
Como é que os processos globais, da circulação de matérias-primas e produtos até a crise financeira e ambiental, impactam a vida de cada um de nós, nos locais em que vivemos? Pode a população de um pequeno município desenvolver projetos e processos que modifiquem a realidade para além do seu território? A globalização mudou profundamente a realidade em que vivemos, em Minas Gerais, no Brasil e no mundo. Não é mais possível resolver as dificuldades uma a uma, de forma desarticulada e usando apenas a experiência do passado. No nosso dia a dia, precisamos usar os avanços da ciência e da tecnologia, sem esquecer os saberes tradicionais, e precisamos, sobretudo, enxergar os dilemas com que somos confrontados, fazendo escolhas, muitas vezes difíceis. Devemos saber que nada ficará como antes; a primeira escolha é a de atuar para guiar a mudança, ao invés de ser guiado por ela. Nessa atuação, precisamos conhecer os recursos de que dispomos, os meios técnicos para podermos usá-los, as regras locais e internacionais de sua circulação e troca. Precisamos atuar sobre os recursos, os meios e as regras de forma integrada, percebendo que o mais importante não é nenhum deles: o mais importante são as pessoas. Morro do Pilar, assim como Minas Gerais, está mudando rapidamente. O município iniciou o Programa de Gestão Integrada do Território para o Desenvolvimento Sustentável, que se apoia numa metodologia específica e, sobretudo, numa vontade de fazer diferente e de promover um território de bem-viver. Há 200 anos a fundição de ferro em alto-forno dava os seus primeiros passos no Brasil, precisamente em Morro do Pilar. Na atualidade, novamente a mineração vai ajudar a fazer crescer a economia, promovendo o desenvolvimento local e microrregional, por meio de uma estratégia que já está em curso: identificar e trilhar o caminho para que a qualidade de vida e o rumo da região, mesmo após a mineração, continuem a melhorar, afirmando este território como uma oportunidade de realização profissional, cultural e educativa. O Seminário Internacional de Gestão Integrada do Território para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global traz ao Morro do Pilar cerca de três dezenas de especialistas do Brasil e de países da Europa, da África e da Ásia, que vão debater temas fundamentais para o desenvolvimento da região e do país. Quais as consequências práticas do Encontro Rio+20? Como se estrutura uma base econômica diversificada? Que iniciativas locais e regionais estão ao alcance dos cidadãos? Como aprofundar a governança nos municípios e entre eles? Quais são as responsabilidades do setor público, das empresas e do terceiro setor? Esse seminário é organizado no plano internacional e em articulação com diversas universidades. A parti-
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Palestra da professora Vera Catalão, da UNB, durante o “Seminário internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG
Palestra do Presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Oliveira, durante o “Seminário internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG.
Palestra do senhor Sérgio Ribeiro, do Centro de Estudos Transdisciplinares da Água, durante o “Seminário Internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG
Palestra do coordenador do CEFET-MG durante o “Seminário Internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG.
Palestra do professor Bernardo Gontijo, da UFMG e membro do Instituto Espinhaço, durante o “Seminário Internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG
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Palestra do senhor Maurizio Quagliuolo, Secretário Geral da Herity Internacional, durante o “Seminário Internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG
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Palestra do professor José Jairo Zoche, da UNESC, durante o “Seminário Internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio e parceria do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG
Palestra da professora Wei Dan, da Universidade de Macau (China), Diretora do Instituto de Estudos Jurídicos Avançado, durante o “Seminário Internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio e parceria do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG
Palestra do professor Benno Werlen, da Universidade de Jena (Alemanha), Coordenador do Ano Internacional para o Entendimento Global, durante o “Seminário Internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio e parceria do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG
Palestra do senhor Adama Samassekou, Presidente da Conferência Internacional das Humanidades, Presidente da Rede Gobal para a Diversidade Linguística - MAAYA, durante o “Seminário Internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio e parceria do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG
Palestra do senhor Vasco Estrela, Prefeito da cidade de Mação (Portugal), durante o “Seminário Internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio e parceria do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG
Palestra da professora, Inguelore Scheunemann, membro do Comitê Científico do Centro Universitário Europeu Per I Beni Culturali Comitato Scientifico, durante o “Seminário Internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio e parceria do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG
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Palestra do professor Luiz Oosterbeek, Presidente do Instituto Terra e Memória, durante o “Seminário Internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio e parceria do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG
Comunidade de Morro do Pilar-MG, assistindo às palestras do I Seminário Internacional de Gestão Integrada do Território para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global, realizado com o apoio e parceria do Instituto Espinhaço
Palestrantes no I Seminário Internacional de Gestão Integrada de Território: Luiz Oliveira, Presidente do Instituto Espinhaço; Adama Samassekou, Presidente da Comissão da Conferência Internacional das Humanidades e Presidente da Rede Global para a Diversidade Linguística; Marcelo Mata Machado, Promotor de Justiça da Comarca de Conceição do Mato Dentro; Sérgio Ribeiro, coordenador do Centro de Estudos Transdisciplinares da Água – Brasília; Inguelore Scheunemann, do comitê científico do Centro Universitário Europeu Per I Comitatio Scientifico; Wei Dan, da Universidade de Macau (China), diretora do Centro de Estudos Jurídicos Avançados
Palestra da senhora Maria do Céu Albuquerque, Presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (Portugal ), durante o “Seminário Internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio e parceria do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG
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Palestra do ator e poeta Tony Correa, no lançamento do livro História Viva de Morro do Pilar, realizado no Salão Nobre da Câmara Municipal de Morro do Pilar- MG
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Palestrantes no I Seminário Internacional de Gestão Integrada de Território: Luiz Oliveira, Presidente do Instituto Espinhaço; Celso Schenkel, ex-coordenador de Meio Ambiente da UNESCOBrasil; Luiz Márcio Haddad, Diretor do Sebrae-MG; Mariano Piçarra, professor da Universidade de Lisboa e museógrafo da Fundação Calouste Gulbenkian; Inguelore Scheunemann, do comitê científico do Centro Universitário Europeu Per I Comitatio Scientifico; Wei Dan, da Universidade de Macau (China), diretora do Centro de Estudos Jurídicos Avançados
Palestra do senhor Marcelo Mata Machado, promotor de Justiça da Comarca de Conceição do Mato Dentro, durante o “Seminário Internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio e parceria do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG
Palestra do senhor José de Arimatéia, professor da Universidade Federal de Lavras, durante o “Seminário Internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio e parceria do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG
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Palestra do senhor Mariano Piçarra, professor da Universidade de Lisboa e museógrafo da Fundação Calouste Gulbenkian, durante o “Seminário Internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio e parceria do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG
Palestrantes do “I Seminário Internacional sobre Gestão Integrada do Território, para o Desenvolvimento Sustentável e o Entendimento Global”, realizado com o apoio e parceria do Instituto Espinhaço, no município de Morro do Pilar-MG
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Luiz Oliveira, Presidente do Instituto Espinhaço, e Adama Samassekou, Presidente da Rede Global para a Diversidade Linguística e ex-ministro da educação do Mali, visitando as antigas lavras do século XVIII, de mineração de ouro, e as ruínas da 1ª Fundição de Ferro do em Alto-forno do Brasil, em Morro do Pilar-MG.
Participação em reunião na UNB, para discutir plano de trabalho para o Centro de Estudos Transdisciplinares da Água. Na foto: Luiz Oliveira, Presidente do Instituto Espinhaço e Santiago Naud, membro do Instituto Espinhaço e fundador da UNB.
Instrituto Espinhaço apoia a realização de Feira Cultural em Morro do Pilar.
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Instituto Espinhaço idealiza e apoia a realização do I Curso de Valores Humanos na Saúde, destinado aos profissionais da saúde do muncípio de Morro do Pilar-MG. O curso foi realizado na sede da Fundação Brahma Kumaris, na Serra do Cipó.
Instituto Espinhaço idealiza e apoia a realização do I Curso de Valores Humanos na Educação, destinado aos professores das redes estadual e municipal de ensino, do muncípio de Morro do Pilar-MG. O curso foi realizado na sede da Fundação Brahma Kumaris, na Serra do Cipó. INSTITUTO ESPINHAÇO
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Reunião em Lisboa, para discussão sobre projetos na área da cultura e apresentação de proposta de projeto de valorização da cultura e do turismo na região da serra do Espinhaço. Na foto: Luiz Oliveira, Presidente do Instituto Espinhaço; Ziva Domingos, Diretor Geral do Ministério da Cultura de Angola (África) e Maurício Quagliuolo, Secretário Geral da Herity Internacional.
Participação em Seminário Internacional na cidade de Mação (Portugal), com especialistas mundiais em proteção e preservação cultural. Na foto: Luiz Oliveira, Presidente do Instituto Espinhaço; professor Renaldas Gudauskas, Diretor Geral da Biblioteca Nacional da Lithuania; Luiz Márcio Haddad, diretor do Sebrae-MG e membro do Instituto Espinhaço; Maurício Quagliuolo, Secretário Geral da Herity Internacional.
Reunião no Centro para o Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Berna (Suíça), para apresentação de proposta de desenvolvimento de projeto piloto de desenvolvimento sustentável no território da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço. Na foto: Luiz Oliveira, Presidente do Instituto Espinhaço e Andreas Klay, Diretor Geral do Centro para o Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Berna.
Reunião com o professor Ernest Zurcher, da Escola de Arquitetura, Engenharia e Ciências Florestais da Universidade de Berna, na cidade de Biel (Suíça), onde o Instituto Espinhaço foi apresentar proposta de desenvolvimento de um projeto de sustentabilidade em polo madeireiro, no médio Espinhaço. Na foto: professor Ernest Zurcher, da Universidade de Berna; Franklin Frederick e Luiz Oliveira, do Instituto Espinhaço. INSTITUTO ESPINHAÇO
Visita com o professor Ernest Zurcher, da Escola de Arquitetura, Engenharia e Ciências Florestais da Universidade de Berna, na cidade de Biel (Suíça), para conhecer as esculturas do senhor Marco Pogacnik. Na foto: professor Ernest Zurcher, da Universidade de Berna; Franklin Frederick e Luiz Oliveira, do Instituto Espinhaço.
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Carta do professor Ernest Zucher, da Universidade de Berna (Suíça), abordando parceria para o desenvolvimento de projeto piloto polo de sustentabilidade em madeira, proposto pelo Instituto Espinhaço para o município de Morro do Pilar-MG
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Participação do Instituto Espinhaço, com apresentação de projeto de desenvolvimento sustentável para o médio Eespinhaço, no XVI Encontro da Rede de Estudos Ambientais de Países de Língua Portuguesa, realizado em Manaus-AM
Carta do Presidente do Instituto Terra e Memória (Portugal) ao Diretor do Centro para o Desenvolvimento Sustentável (Suiça), organizando encontro articulado pelo Instituto Espinhaço
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Palestra sobre Reservas da Biosfera e Desenvolvimento Sustentável, do senhor Luiz Márcio Haddad, Diretor do Sebrae-MG e membro do Instituo Espinhaço, no Seminário Internacional sobre Cultura, na cidae de Mação (Portugal).
Reunião na Universidade Federal de Minas Gerais, para discutir proposta de projeto de desenvolvimento sustentável na região do médio Espinhaço. Na foto, os membros do Instituto Espinhaço: Luiz Oliveira, Bernardo Gontijo e José Eugênio Figueira.
Encontro com o casal Marko e Márika Pogacnik (Eslovênia), que desenvolveram projeto de litopuntura na região do médio Espinhaço.
Palestra sobre Paisagem e Memória, proferida pelo Presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Oliveira, no Seminário Internacional sobre Cultura e Patrimônio Arqueológico, realizado na cidade de Mação (Portugal).
Reunião com a diretoria da Agência de Cooperação para o Desenvolvimento (GIZ), na cidade de Dusseldorf (Alemanha), para apresentação de 3 projetos de sustentabilidade em meio ambiente, cultura e desenvolvimento social, desenvolvidos pelo Instituto Espinhaço e apresentação de proposta de cooperação nos setores de formação professional, projetos de infraestrutura e desenvolvimento. Na foto: as diretoras da GIZ, Martina Bukard e Belinda Knorr, a prefeita do município de Morro do Pilar-MG, Vilma Diniz e o ex-Cônsul da Alemanha em Minas Gerais e membro do Instituto Espinhaço, Hans kampik.
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Reunião no Ministério da Economia, Energia e Indústria (Alemanha), para apresentação de proposta de parceria para o desenvolvimento de projeto de sustentabilidade na região do médio Espinhaço. Na foto: Luiz Oliveira, Presidente do Instituto Espinhaço, Hans kampik, membro do Instituto Espinhaço e ex-Cônsul Honorário da Alemanha em Minas Gerais; Johann Kees, do Ministério da Economia .
Missão técnica acompanhada pelo senhor Friedrich Wagner, do Ministério da Economia, Indústria e Energia da Alemanha, em visita à antiga mina “Zeche Zollverein”, na cidade de Essen (Alemanha), reconhecida pela UNESCO como patrimônio cultural da humanidade. O objetivo da missão técnica foi conhecer projeto de recuperação de área industrial e de exploração mineral, como modelo para as cidades mineradoras situadas na Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço.
Sehr geehrte Damen und Herren, wie bei unserem Treffen in ihrem Haus in Düsseldorf vereinbart, senden wir ihnen die Zusammenfassungen von den drei Projekten die wir bei GIZ einreichen möchten, hinsichtlich einer möglichen finanziellen Unterstützung für die Umsetzung der genannten Projekte. Wir sind uns bewusst, dass die Projekte eine tiefergehende Detaillierung benötigen. Wie bei unserem letzten Gespräch besprochen, handelt es sich im Augenblick nur um eine kurze Inhaltsübersicht mit den Ideen und Vorhaben von jedem der drei Projekte, welche zusammen ein Gesamtprojekt für Nachhaltigkeit in Morro do Pilar ausmachen. Wir bitten um eine Analyse der beiliegenden Projekte und, wie damals besprochen, dass die Fachleute von GIZ ggfs. eine bessere Anpassung der Projekte an den GIZ-Rahmen und -Richtlinien vorschlagen. Unser Ziel ist die Projekte umzusetzen, damit Morro do Pilar in Brasilien zu einer Referenz für Nachhaltigkeit in kleinen Gemeinden wird. Das ist unser Vorhaben. Hierfür würden wir gerne mit der Unterstützung von GIZ wie auch von ihnen rechnen. Über eine baldige Rückmeldung ihrerseits würden wir uns sehr freuen, damit wir in die Richtung weiter arbeiten können, die Sie uns als die beste und geeignetste empfehlen. Mit freundlichen Grüßen, Luiz Oliveira - Präsident Instituto Espinhaço
FÖRDERPROJEKT ZUR ERHALTUNG DER KULTURELLEN TRADITIONEN: STROHFLECHTERINNEN UND GEWINNUNG VON KOKOSÖL MORRO DO PILAR - MINAS GERAIS - BRASIL REVITALISIERUNGSPROJEKT DES TEILEINZUGSGEBIETS DES FLUSSES RIO PICÃO – MORRO DO PILAR - MINAS GERAIS - BRASIL ÖFFENTLICHES GRÜNDERZENTRUM FÜR SOLIDARISCHE WIRTSCHAFT UND SOZIALE TECHNOLOGIEN MORRO DO PILAR - MINAS GERAIS - BRASIL
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Participação em missão técnica junto ao Ministério da Economia, Industria e Energia da Alemanha, à cidade de Dortmund (Alemanha), para conhecer projeto modelo de recuperação de antigas áreas industriais, hoje transformadas em projetos modelo de urbanismo sustentável
Reunião com o senhor Bernhild Ossenbrink, na cidade de Buren (Alemanha), para conhecer projeto de modelo em educação no estado da Renânia do Norte-Vestfália, implantado enquanto sua gestão, como prefeito da cidade
Reunião com o senhor Helder Silva, prefeito da cidade de Mafra (Portugal), para apresentação de projeto de cooperação com os municípios da Estrada Real, inseridos na Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço
Reunião com o ex-presidente de Portugal e membro honorário do Instituto Espinhaço, senhor Mário Soares, na cidade de Lisboa, para apresentar e discutir projeto modelo de desenvolvimento sustentável na região do médio Espinhaço
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Membro do Instituto Espinhaço e ex-Cônsul da Alemanha em Minas Gerais, senhor Hans Kampik, apresenta acordo de cooperação entre os municípios de Muderbach (Alemanha) e Morro do Pilar (Brasil), na cidade de Mudersbach-Niederschelderhütte. Na foto: Hans Kampik, Luiz Oliveira e o prefeito de Mudersbach-Niederschelderhütte, Maik Kohler
Instituto Espinhaço idealizou e apoiou a comemoração dos 312 anos de fundação do município de Morro do Pilar e os 200 Anos da 1ª Fundição de Ferro em Alto-forno do Brasil
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Idealização e produção do livro “História Viva de Morro do Pilar: Cultura, Memória, Sustentabilidade e a Antecipação do Futuro”
O livro História Viva não aborda apenas o passado de Morro do Pilar. Antes, e sobretudo, o trabalho hercúleo desta obra – feita para a comunidade de Morro do Pilar – propõe ressignificar e dar nova e maior dimensão temporal ao cidadão morrense, resguardando e valorizando o passado para servir, no presente, à construção do futuro. Com seu conteúdo singular, o livro propõe a preservação da memória de sua gente – elemento fundamental à identidade e pilar essencial de sua cultura – para dar coesão e permanência e, simultaneamente, justificar a própria antecipação do futuro. O que buscamos, no processo de elaboração do livro História Viva de Morro do Pilar foi recordar momentos significativos e que estavam esquecidos na história. Para nós, recordar é resgatar um momento originário e torná-lo eterno, em contraposição ao sentido de esquecimento, tão comum nos dias de hoje. Nesse processo de preservação e valorização da memória e da história de Morro do Pilar, é necessário que se estabeleça uma nova relação identitária entre os morrenses e seu território, uma vez que ambos vivem momentos de transição e tempos de incertezas, oportunidades, expectativas e angústias. O livro História Viva de Morro do Pilar pretende lançar luz e dar novo significado ao eixo temporal que fundamenta e explica a mudança que já chegou, percebida ou não. Pretendemos, também, com a presente obra, dar mais robustez à identidade morrense, dotando-a do necessário sentido de pertencimento e de elo com seu território, recuperando a memória (o eixo do tempo) e o lugar (eixo do espaço) onde se dão as relações profundas entre o morrense (como sujeito da sua história) e o universo por ele criado (rural e urbano) para dar sentido e plenitude à sua própria existência, no eterno agora, nesta porção da Serra do Espinhaço. Por fim, o resultado singular do livro História Viva de Morro do Pilar registra, em um esforço, sem precedentes na Serra do Espinhaço, a saga e a cultura de um povo, com o objetivo de projetar a si mesmo, antecipando seu futuro.
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