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Pós-leitura
terária, ou seja, que identifiquem aqueles que são conhecidos por sua relevância histórica, independentemente de seu papel na narrativa.
PÓS-LEITURA
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Atividade 1
Leia o trecho abaixo:
O Imperador d. Pedro II, ciente dos perigos, decidiu ir pessoalmente para o front e levou como ajudante de campo o bravo marquês de Caxias.
Guerra que era um celeiro de feridos e mortos, e uma incógnita em estratégias de ataques e cercos: o Paraguai contra os três aliados – Brasil, Argentina e Uruguai – mostrava-se deveras articulado e estrategicamente mais bem equipado com armas, soldados e oficiais destemidos.
O marquês de Caxias trouxe então o fôlego necessário para os brasileiros e aliados suspirarem mais aliviados após tamanhas trapalhadas do comandante anterior, o vice-almirante Joaquim José Inácio.
Caxias, como comandante-geral, suspendeu as investidas, treinou os soldados, revistou os equipamentos bélicos e adquiriu outros novos, melhorou as unidades médicas e a higiene das tropas e, sobretudo, aproximou-se de todos ao transmitir bastante confiança.
(pp. 115-116)
São várias as personagens históricas que podem ser encontradas no livro de Carlos Alberto de Carvalho. É interessante explorar conjuntamente aos estudantes as personagens históricas que identificaram no decorrer da leitura e contextualizá-las por meio de pesquisas. Quem são essas figuras ilustres? Como elas contribuíram para o desenvolvimento do país? Quais foram os cargos, atribuições ou papéis que ocuparam
durante a guerra e qual sua relevância para a História brasileira? Procure estimular os estudantes a estabelecer relações entre as personagens e os conhecimentos históricos que possuem.
Atividade 2
Leia o texto abaixo, retirado do livro Ana Néri: a mãe sitiada.
[…] – A senhora verá! Teremos práticas das lições de enfermagem.
As freiras vicentinas foram organizadas por São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac durante uma longa guerra civil que assolou a França seiscentista.
O padre Vicente conseguiu trazer conforto espiritual e material aos milhares de pobres, órfãos e viúvas, entre outras classes e condições dos inúmeros desgraçados e miseráveis que pululavam e transitavam pelo solo francês destroçado.
Afinal, com a ajuda de poucas senhoras nobres, dentre elas, Luísa de Marillac, e camponesas, como Margarida Naseau, formou um exército organizadíssimo de mulheres abnegadas e devotadas completamente aos pobres, aos mais necessitados: estes eram o Cristo!
Irmã Alfonsina transpirava tal ideal, porquanto segui-la naquela madrugada friorenta era encontrar trabalho – e pesado.
E foi com o que Ana se deparou quando, à porta do modesto convento, viu sete soldados caídos, gemendo, revolvendo-se bruscamente em suas dores.
(p. 99)
Converse com os estudantes sobre a importância da atuação dos enfermeiros durante os momentos críticos enfrentados pela humanidade: guerras, desastres naturais e, mais recentemente, a pan-
demia do Covid-19. A partir desse diálogo, os estudantes estarão aptos a realizar duas atividades diferentes:
• Pesquisar figuras históricas citadas no livro, como São Vicente de Paulo, Santa Luísa de Marillac, Margarida Naseau e outras, cuja relevância histórica seja decorrente da atuação na saúde pública em momentos críticos, como, por exemplo, Florence
Nightingale, que atuou na Guerra da Crimeia e fundou a primeira escola de enfermagem na Inglaterra. • Coletar depoimentos de profissionais da saúde sobre os desafios que enfrentam ao trabalhar na área, no intuito de construir um panorama da atuação da enfermagem no mundo contemporâneo.
A divulgação dos resultados obtidos nas duas atividades pode ser realizada por meios físicos ou digitais, quem sabe com a criação de um painel virtual na internet, por exemplo.
Atividade 3
Texto 1
Há uma predominância de mulheres em todas as categorias da saúde, à exceção da categoria “médicos”, em que as mulheres representam um pouco menos da metade (47,5%). Mulheres são maioria absoluta nas profissões/ocupações diretamente vinculadas ao cuidado dos indivíduos, atuando como enfermeiras, técnicas de enfermagem, auxiliares de enfermagem e, ainda, como agentes comunitárias. Estes últimos são postos de menor remuneração e valorização social, se comparados aos de Medicina.
(Fonte: A guerra tem rosto de mulher: trabalhadoras da saúde no enfrentamento à Covid-19. Disponível em: http://anesp.org. br/todas-as-noticias/2020/4/16/a-guerra-tem-rosto-de-mulher-trabalhadoras-da-sade-no-enfrentamento-covid-19. Acesso em: 21 jan. 2021.)
Texto 2
Profissionais de saúde das categorias de Medicina, Enfermagem e Atenção Básica em Saúde, de acordo com gênero, no Brasil:
100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%
Médicos
Agentes comunitários Enfermeiros Técnicos de Enfermagem
Feminino Masculino Auxiliares de Enfermagem
(Fonte IPEA (2020) / Atlas do Estado Brasileiro. Gráfico e textos disponibilizados no site da Anesp em: http://anesp.org.br/todas-as-noticias/2020/4/16/a-guerra-tem-rosto-de-mulher-trabalhadoras-da-sade-no-enfrentamento-covid-19. Acesso em: 21 jan. 2021.)
Nesta atividade, o professor deve propor aos estudantes uma leitura interpretativa do gráfico e do texto tendo em vista o tema “por
que a participação da mulher nas ciências médicas é mais expressiva em áreas menos remuneradas?”.
Nessa atividade de produção textual, é importante que os estudantes exponham, em textos argumentativos, um ponto de vista a ser defendido, retomando o contexto histórico retratado no livro. É importante que eles façam a transcrição do gráfico para o texto escrito e projetem, a partir de dados do país no presente, um Brasil do futuro.