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4. LITERACIA FAMILIAR

É importante que o brincar faça parte da rotina das crianças em todos os lugares, seja em casa, seja em parques ou na escola, garantindo que possam crescer e aprender enquanto se divertem. Assim, é aconselhável que os registros desse processo percorrido pelo grupo seja compartilhado com as famílias. Realizar uma das brincadeiras no ambiente doméstico poderá trazer um sentido especial ao trabalho desenvolvido.

Outra possibilidade é pedir que os familiares relatem por escrito uma brincadeira que faziam na infância. Esta é uma ótima oportunidade de mostrar a importância da escrita e da memória. As crianças poderão escolher uma das vivências de que mais gostaram e levá-la para o ambiente doméstico, ensinando a família a brincar. Depois, poderão relatar como foi essa experiência, com a ajuda de fotos e vídeos. Como fechamento do projeto, é possível convidar as famílias para brincarem na escola e apreciarem os registros produzidos.

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Empr Stimo De Um Brinquedo

Uma primeira proposta para essa interação é que a família ajude a criança a escolher um brinquedo para partilhar com os amigos. Os brinquedos escolhidos deverão ser partilhados no ambiente escolar, no momento da “hora do brinquedo”, ou como na atividade do “dia do brinquedo”, proposta anteriormente. Sugerimos, entretanto, ir além: as crianças poderão deixar os colegas/as colegas levarem brinquedos emprestados para casa.

Esse movimento trabalhará uma instância ainda mais profunda do compartilhar, do repartir: o ato de emprestar e todas as suas consequências, inclusive a responsabilidade do cuidado com o objeto do outro. Outra maneira de realizar essa mesma proposta é que a própria escola, representada pela figura do professor ou professora, empreste um brinquedo a cada criança por um período determinado, para que o aproveite no ambiente familiar e, depois, partilhe o que achou dessa experiência. Neste caso, a escola seria a primeira a exercer o movimento do repartir, colocando-se como referência e trabalhando todas as situações adversas que podem decorrer dessa ação.

Lanche Coletivo

O lanche coletivo explora a ideia de compartilhar com os colegas o alimento que foi preparado no ambiente familiar. O primeiro movimento poderá ser um convite aos pequenos e pequenas para uma roda de conversa sobre o lanche coletivo, durante a qual se perguntará quem gostaria de dividir com os colegas/as colegas o lanche que se prepara em casa. Sugere-se que, no dia escolhido para o evento, cada criança conte o que trouxe para repartir. Também é importante dialogar com as famílias, convidando-as a participar das ações. Podese pedir a cada família que prepare um lanche de que a criança goste muito, para que perceba como pode ser divertido e prazeroso descobrir que outras pessoas apreciam o mesmo alimento e se divertem juntas, vivenciando de fato o repartir.

Após o lanche, sugerimos retomar a roda de conversa para que cada criança fale sobre os alimentos de que mais gostaram e as sensações de repartir. É importante apontar que nem tudo o que estava disponível foi consumido, pois cada um tem uma preferência, um gosto. A livre escolha também faz parte do repartir, portanto, é preciso aceitar que nem tudo o que se tem a oferecer é o que o outro deseja. Perguntar se a outra pessoa quer algo faz parte do repartir, para que a ação da partilha não caia no outro extremo: uma pessoa ter de aceitar o que o outro quer repartir. Esta será uma oportunidade para que as crianças compreendam que repartir é deixar ir e, ao mesmo tempo, ter parte daquilo que se oferece ao outro.

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