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Pós-leitura

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Aprofundamento

Aprofundamento

Compartilhar as obras com outras pessoas é importante porque torna possível beneficiar-se da competência dos outros para construir sentido e obter o prazer de entender mais e melhor os livros. Também porque permite experimentar a literatura em sua dimensão socializadora, fazendo com que a pessoa se sinta parte de uma comunidade de leitores com referências e cumplicidades mútuas.

PÓS-LEITURA

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Ao terminar a leitura de A última mensagem de Hiroshima, os estudantes tiveram a oportunidade de entrar em contato com diferentes consciências e movimentar sua mente rumo ao diálogo com o outro, manifesto na narração da história da vida do protagonista, que recorta fatos e transmite a realidade vivenciada de acordo com sua percepção no momento do acontecimento.

Uma estratégia interessante para a retomada da leitura é localizar informações no texto:

a) O professor solicita a um estudante que conte, sem consultar o texto lido, uma ideia ou informação que considere relevante ou significativa; b) O professor solicita a outro estudante que, consultando a obra, escolha e leia um trecho que, na sua opinião, melhor expresse a informação destacada pelo colega.

Essa dinâmica, apresentada por Mary Rangel em sua obra Dinâmicas de leitura para sala de aula (1990), pode ter continuidade com a solicitação de uma nova ideia ou informação, estimulando os estudantes a comentarem suas percepções pessoais e a trocarem ideias sobre o que foi lido.

Pode-se propor ainda que, a partir da leitura da obra, os estudantes expressem como se percebem em relação ao outro, dialogando a partir das seguintes questões:

• Em um cenário de guerra e restrições de diferentes tipos, você seria tão resiliente, solidário e esperançoso como Takashi Morita? • Suportaria tanta tensão, dor, fome e violência como ele? • Alguma situação vivida já lhe provocou sensações como as relatadas pelo Sr. Morita?

Aqui, busca-se provocar a reflexão sobre a importância da empatia entre os indivíduos e desenvolver a capacidade de se colocar no lugar do outro. O estudante deve se perceber como sujeito pensante e capaz de compreender a diversidade e a importância do convívio com as diferenças de maneira respeitosa. O leitor deixará seu universo particular a fim de ingressar na coletividade de um mundo distinto do seu e, ao mesmo tempo, tão próximo.

Visando ao resgate da leitura por meio de registros, sugerimos a produção da obra no formato de história em quadrinhos ou mangá. Pode-se dividir a classe em grupos, cada qual responsável por parte ou capítulo, resultando em uma grande diversidade de traços e estilos e valorizando-se a participação e a criatividade.

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