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Carta ao professor

Caro professor, cara professora,

“O que faz de um texto literatura é o tratamento que a ele se dá. Uma mesma frase pode expressar o que suas palavras indicam, literalmente, ou ir além, sugerindo significados que exigem um ato interpretativo por parte do leitor”. (PAVANI; MACHADO, 2003, p. 15)

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Em A última mensagem de Hiroshima temos um inspirador texto em prosa, repleto de relatos com memórias e sentimentos. Uma verdadeira lição de vida.

Ao compartilhar suas experiências da Segunda Guerra Mundial, o senhor Takashi Morita não só nos surpreende com a intensidade dos detalhes, com relatos impactantes e até mesmo desconhecidos de um dos episódios mais lamentáveis da História da humanidade, como também nos fornece importantes lições sobre resiliência, empatia e perdão, nessa autobiografia essencial aos dias atuais.

A obra apresenta um caderno de fotos, com imagens variadas de arquivo pessoal do autor, registrando diferentes momentos de sua vida.

O enredo estimula o leitor a colocar-se no lugar do narrador e perceber seu ponto de vista e suas motivações. Com essa estratégia, transforma o leitor em protagonista por intermédio da leitura, dando-lhe a oportunidade de conhecer outras realidades, de compreender o passado, entender o presente e projetar o futuro. Estimula no leitor

a sua imaginação, a análise de fatos históricos sob um novo ponto de vista, favorecendo a ampliação de seu vocabulário e o processamento de conhecimentos diversos.

Há também a presença de questões atemporais nos entremeados da obra, como guerra, discriminação, resistência, violência e imigração, elementos que instigam uma reflexão muito necessária sobre a atualidade.

Enfim, trata-se de uma obra literária que estimula o desenvolvimento do pensamento crítico e a sensibilidade com relação às experiências do outro, subsídios essenciais para o pleno ingresso do jovem no mundo.

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