MATERIAL DIGITAL DO PROFESSOR A última mensagem de TAKASHI MORITA
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MATERIAL DIGITAL DO PROFESSOR – PNLD 2021 Ensino Médio Título da obra A ÚLTIMA MENSAGEM DE HIROSHIMA ISBN 978-85-503-0503-5 (Manual do professor) Formato 135 mm x 205 mm No de páginas 176 Autor Takashi Morita Editora Universo dos Livros Gênero Autobiografia Temas CidadaniaDiálogoscom a Sociologia e com a Antropologia
5 Sumário Carta ao professor 6 Sobre o autor 9 Propostas de atividades I 11 Pré-leitura 11 Leitura 16 Pós-leitura 18 Propostas de atividades II 21 Pré-leitura 21 Leitura 24 Pós-leitura 24 Aprofundamento 26 Sugestões de referências complementares 29 Bibliografia comentada 31 A Última Mensagem de Hiroshima – Universo dos Livros - 2021
A obra apresenta um caderno de fotos, com imagens variadas de arquivo pessoal do autor, registrando diferentes momentos de sua vida.Oenredo estimula o leitor a colocar-se no lugar do narrador e perceber seu ponto de vista e suas motivações. Com essa estratégia, transforma o leitor em protagonista por intermédio da leitura, dando-lhe a oportunidade de conhecer outras realidades, de compreender o passado, entender o presente e projetar o futuro. Estimula no leitor
Caro professor, cara professora, “O que faz de um texto literatura é o tratamento que a ele se dá. Uma mesma frase pode expressar o que suas palavras indicam, literalmente, ou ir além, sugerindo significados que exigem um ato interpretativo por parte do leitor”. (PAVANI; MACHADO, 2003, p. 15)
Carta ao professor
6 A Última Mensagem de Hiroshima – Universo dos Livros - 2021
Ao compartilhar suas experiências da Segunda Guerra Mundial, o senhor Takashi Morita não só nos surpreende com a intensidade dos detalhes, com relatos impactantes e até mesmo desconhecidos de um dos episódios mais lamentáveis da História da humanidade, como também nos fornece importantes lições sobre resiliência, empatia e perdão, nessa autobiografia essencial aos dias atuais.
Em A última mensagem de Hiroshima temos um inspirador texto em prosa, repleto de relatos com memórias e sentimentos. Uma ver dadeira lição de vida.
7A Última Mensagem de Hiroshima – Universo dos Livros - 2021 a sua imaginação, a análise de fatos históricos sob um novo ponto de vista, favorecendo a ampliação de seu vocabulário e o processamento de conhecimentos diversos. Há também a presença de questões atemporais nos entremeados da obra, como guerra, discriminação, resistência, violência e imigra ção, elementos que instigam uma reflexão muito necessária sobre a atualidade.Enfim, trata-se de uma obra literária que estimula o desenvolvimento do pensamento crítico e a sensibilidade com relação às experiências do outro, subsídios essenciais para o pleno ingresso do jovem no mundo.
ASSAILEANDRO
Takashi Morita se casou em 1946 com Ayako Orishige, com quem teve dois filhos, Yasuko e Tetsuji. Em busca de melhores condições climáticas para sua saúde, afetada pela radiação da bomba atômi ca, ele imigrou com a família para o Brasil em 1956. Em 1984, fundou junto à esposa a Associação Hibakusha Brasil pela Paz, com o intuito de lutar pelo auxílio aos sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki residentes no Brasil. Hoje propaga uma forte mensagem de esperança e crença na paz, pautada também no combate à guerra e às armas nucleares. Em 2011, recebeu uma homenagem do governo do Estado de São Paulo: seu nome foi escolhido para batizar uma escola técnica, a ETEC Takashi Morita, localizada no bairro de Santo Amaro, na cidade de São Paulo.
9A Última Mensagem de Hiroshima – Universo dos Livros - 2021
Sobre o autor Nascido em 1924, em Hiroshima, no Japão, Takashi Morita é um sobrevivente por excelência. Esteve desde muito jovem envolvido nos esforços da guerra de seu país na Segunda Guerra Mundial: aos 16 anos, já trabalhava no Posto de Vigilância Aérea de Hiroshima. Aos 21 anos, tornou-se membro da Kempeitai, a temida Polícia Militar do Exército Imperial do Japão, e foi durante o exercício dessa função que presenciou circunstâncias que marcariam com destruição tanto a história do Japão como a do mundo, a exemplo do bombardeio a Tóquio, em março de 1945, e um dos mais sangrentos eventos da época: a bomba atômica de Hiroshima.
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PRÉ-LEITURA É sempre importante preparar cuidadosamente a apresentação do livro de modo a despertar no estudante a curiosidade pelo tema, moti vando-o a realizar a leitura de forma significativa e prazerosa. Segundo o psicanalista francês Didir Anzieu: Uma obra não trabalha o leitor – no sentido do trabalho psíquico – se ela lhe dá somente o prazer do momento, se ele fala dela como de um feliz acaso, agradável, mas sem futuro. O leitor que começa a ser trabalhado pela obra estabelece com ela uma espécie de ligação. (Apud PETIT, 2008, p. 29)
Nesse contexto, sugere-se algumas atividades no intuito de promover o melhor aproveitamento, assim como o desenvolvimento de competências específicas de Língua Portuguesa e práticas de linguagem em diferentes campos. A seguir estão elencadas algumas competências da BNCC referentes ao componente de Língua Portuguesa, para as quais o trabalho proposto com a obra A última mensagem de Hiroshima colabora: • Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social, o entendimento e as
Propostas de atividades I
11A Última Mensagem de Hiroshima – Universo dos Livros - 2021
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• Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, históri co, cultural, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo suas variedades, vivenciando-as como for mas de expressões identitárias, pessoais e coletivas, e agindo no enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza.
A leitura da autobiografia de Takashi Morita possibilitará a com preensão e interpretação da realidade narrada pelo autor, ampliando assim a compreensão dos estudantes acerca de fatos históricos e seus impactos sobre as experiências humanas em diferentes épocas.
• Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa, ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global.
O leitor se torna protagonista de sua aprendizagem por meio da obra literária. Ao refletirem sobre as experiências vividas, os es tudantes poderão exercitar a empatia e ampliar sua compreensão sobre o passado. Essa compreensão pode contribuir para o entendimento da situação atual e para a elaboração de projeções de futuro.
A obra apresenta, por meio de recursos de linguagem, valores sociais, culturais e humanos de determinada época, possibilitando aos estudantes que percebam e conectem variadas relações entre identidades, sociedades e culturas.
possibilidades de explicação e interpretação crítica da realida de e para continuar aprendendo.
EM13LP53 Produzir apresentações e comentários apreciativos e críticos sobre livros, filmes, discos, canções, espetáculos de teatro e
Destacamos também algumas habilidades de Língua Portuguesa que poderão ser exercitadas por meio das estratégias propostas:
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EM13LP01 Relacionar o texto, tanto na produção como na leitura/escuta, com suas condições de produção e seu contexto sócio-histórico de circulação (leitor/audiência previstos, objetivos, pontos de vista e perspectivas, papel social do autor, época, gênero do discurso etc.), de forma a ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de análise crítica e produzir textos adequados a diferentes situações.
EM13LP30 Realizar pesquisas de diferentes tipos (bibliográfica, de campo, experimento científico, levantamento de dados etc.), usando fontes abertas e confiáveis, registrando o processo e comunicando os resultados, tendo em vista os objetivos pretendidos e demais elementos do contexto de produção, como forma de compreender como o conhecimento científico é produzido e de apropriar-se dos procedimentos e dos gêneros textuais envolvidos na realização de pesquisas.
EM13LP42 Acompanhar, analisar e discutir a cobertura da mídia diante de acontecimentos e questões de relevância social, local e global, comparando diferentes enfoques e perspectivas, por meio do uso de ferramentas de curadoria (como agregadores de conteúdo) e da consulta a serviços, fontes de checagem e curadoria de informa ção, de forma a aprofundar o entendimento sobre determinado fato ou questão, além de identificar o enfoque preponderante da mídia e manter-se atualizado, de forma crítica, com os fatos e as questões que afetam a coletividade.
5. O que sabemos sobre autobiografias? É interessante registrar o que os estudantes já sabem sobre a obra e o que esperam encontrar na leitura, pois as informações poderão ser recuperadas no trabalho pós-leitura. Após esse aquecimento, sugerimos uma aula preparatória, com conceitos e orientações que possibilitem um melhor aproveitamento da leitura.Oprofessor pode iniciar sua explanação abordando o hábito que muitas pessoas têm, hoje em dia, de ler informações sobre a vida de per sonalidades. Nas redes sociais, as pessoas “seguem” artistas, esportistas, ativistas ou cidadãos comuns que fazem ou fizeram diferença no mun do. Conhecer a vida dessas personalidades pode ser interessante ou até inspirador. Pode nos fazer refletir sobre a nossa própria vida.
O professor pode iniciar a apresentação da obra com perguntas que despertem os conhecimentos prévios dos estudantes sobre o as sunto e sobre o gênero do livro e ainda possibilitem a verbalização de expectativas a respeito da leitura.
14 A Última Mensagem de Hiroshima – Universo dos Livros - 2021 dança, exposições etc. (resenhas, vlogs e podcasts literários e artísticos, playlists comentadas, fanzines, e-zines etc.).
2. Onde fica Hiroshima? 3. O que aconteceu em Hiroshima? 4. O que sabemos sobre o autor, Takashi Morita?
1. A partir do título – “A última mensagem de Hiroshima” –, o que esperamos encontrar nesta obra?
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Podemos iniciar o estudo de um texto ao observar o seu contexto de produção: a principal marca a ser identificada é que o pro tagonista da história é, obrigatoriamente, o próprio autor, um dos principais indicadores da autobiografia como gênero: “Foram mui tas as coincidências felizes que me possibilitaram estar aqui e contar a minha história” (p. 11).
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Outra marca que notamos são os principais episódios da vida do autor, de forma cronológica, com maior ênfase a determinados perío dos ou acontecimentos: “[...] meu nascimento foi apenas uma prévia de que a vida não seria tão fácil” (p. 12).
Quantonarrativos.àestrutura geral do texto, as autobiografias podem or ganizar-se como um texto longo ou como texto curto (é o caso dos textos autobiográficos que circulam na internet).
Vivas ou mortas, as personalidades têm suas vidas registradas em textos para que o público saiba melhor quem foram e o que fizeram. Esses textos são as biografias e as autobiografias.
Observar ainda o plano discursivo: as autobiografias são textos com marcas de implicação (o autor se mostra no texto). Quanto ao tipo de discurso, predomina o relato, uma vez que discorre sobre fatos reais expostos ao leitor. Por isso, são textos do tipo predominante mente
Pode-se tomar como exemplos a inspiração de Santos Dumont para desenvolver o 14-bis ou a trajetória de vida da jovem ativista ambiental Greta Thunberg.
Na análise das marcas linguísticas, é característica desses textos o uso predominante de pronomes pessoais e possessivos na primeira pessoa (tanto no singular quanto no plural); verbos constantemente no pretérito e algumas poucas vezes no presente; palavras ou expressões
16 A Última Mensagem de Hiroshima – Universo dos Livros - 2021 com valor temporal (“há dez anos”, “naquele tempo”, “naquela época” etc.); marcadores de lugar (“era uma região...”, “naquele lugar...”, “foi o lugar onde...” etc.); e vocabulário utilizado para identificar objetos da época citada.
Tais explicações são importantes, pois serão retomadas nas estra tégias pós-leitura.
LEITURA
Embora a leitura se constitua como experiência singular, única para cada leitor e seu momento de vida, orientar e acompanhar esse processo é tarefa que pode influenciar – e muito – na formação literária dos Assim,jovens.não se busca interferir no processo, senão unicamente estimulá-lo, para que, de fato, se desenvolva. A leitura pode ser iniciada pelo prefácio, no qual a gerente editorial, Marcia Batista, começa a apresentação a partir da Segunda Guerra Mundial, conflito avassalador que envolveu o mundo inteiro e mudou a vida de milhões de pessoas. Como sugestão, o professor pode, após esse início de leitura, abrir um parêntese sobre esse acontecimento histórico que contextualiza a narrativa.
A partir dessa breve contextualização, os estudantes deverão continuar a leitura individualmente, seguindo algumas orientações:
• Destacar elementos que evidenciem a relação cronológica dos principais acontecimentos citados pelo narrador.
Ao final da leitura de cada capítulo, o professor pode propor uma roda de conversa, para que os estudantes compartilhem suas anotações e impressões sobre o trecho lido. Essa interação estimula o contato com novos sentidos, instiga inferências e revela informações contidas no texto. Ou seja, envolve o estudante na leitura, de forma que ele participe ativamente da construção de significados.
• Anotar em notas adesivas ou no caderno as palavras que precisou pesquisar;
Essas interações são fundamentais para a formação do leitor. Sobre esse aspecto, veja o que diz Teresa Colomer (2003, p. 143):
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Ao longo da guerra, diversos outros países tomaram partido e juntaram-se a um dos dois lados que estavam na luta. Do lado dos Aliados, por exemplo, lutaram o Canadá, o Brasil, a Austrália, a China, a Holanda etc. Junto ao Eixo, atuaram nações como Hungria, Romênia, Croácia etc. Após seis anos de conflito, mais de 60 milhões de pessoas morreram.
Os participantes da Segunda Guerra Mundial podem ser reunidos em dois grupos:
Aliados: Reino Unido, França, União Soviética e Estados Unidos eram os membros Eixo:principais;Alemanha, Itália e Japão eram os membros principais.
A Segunda Guerra Mundial foi um conflito de proporções globais que aconteceu entre 1939 e 1945. Caracterizada como um conflito em estado de guerra total — no qual há mobilização de todos os recursos para a guerra —, contou com o envol vimento de dezenas de países.
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Uma estratégia interessante para a retomada da leitura é localizar informações no texto:
a) O professor solicita a um estudante que conte, sem consultar o texto lido, uma ideia ou informação que considere relevante ou significativa; b) O professor solicita a outro estudante que, consultando a obra, escolha e leia um trecho que, na sua opinião, melhor expresse a informação destacada pelo colega. Essa dinâmica, apresentada por Mary Rangel em sua obra Di nâmicas de leitura para sala de aula (1990), pode ter continuidade com a solicitação de uma nova ideia ou informação, estimulando os estudantes a comentarem suas percepções pessoais e a trocarem ideias sobre o que foi lido.
Compartilhar as obras com outras pessoas é importante porque torna pos sível beneficiar-se da competência dos outros para construir sentido e obter o prazer de entender mais e melhor os livros. Também porque permite experimentar a literatura em sua dimensão socializadora, fazendo com que a pessoa se sinta parte de uma comunidade de leitores com referências e cumplicidades mútuas.
PÓS-LEITURA
Ao terminar a leitura de A última mensagem de Hiroshima, os estudantes tiveram a oportunidade de entrar em contato com diferentes consciências e movimentar sua mente rumo ao diálogo com o outro, manifesto na narração da história da vida do protagonista, que recorta fatos e transmite a realidade vivenciada de acordo com sua percepção no momento do acontecimento.
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• Em um cenário de guerra e restrições de diferentes tipos, você seria tão resiliente, solidário e esperançoso como Takashi Morita?
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• Suportaria tanta tensão, dor, fome e violência como ele?
• Alguma situação vivida já lhe provocou sensações como as relatadas pelo Sr. Morita?
Aqui, busca-se provocar a reflexão sobre a importância da empatia entre os indivíduos e desenvolver a capacidade de se colocar no lugar do outro. O estudante deve se perceber como sujeito pensante e capaz de compreender a diversidade e a importância do convívio com as diferenças de maneira respeitosa. O leitor deixará seu universo particular a fim de ingressar na coletividade de um mundo distinto do seu e, ao mesmo tempo, tão próximo.
Pode-se propor ainda que, a partir da leitura da obra, os estudantes expressem como se percebem em relação ao outro, dialogando a partir das seguintes questões:
Visando ao resgate da leitura por meio de registros, sugerimos a produção da obra no formato de história em quadrinhos ou mangá. Pode-se dividir a classe em grupos, cada qual responsável por parte ou capítulo, resultando em uma grande diversidade de traços e estilos e valorizando-se a participação e a criatividade.
Propostas de atividades II
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PRÉ-LEITURA
A temática da obra possibilita o trabalho conjunto com a área de Ciências Humanas e Sociais em dois assuntos:
Elencamos algumas competências da BNCC de Ciências Humanas e Sociais para as quais o trabalho proposto com a obra A última mensagem de Hiroshima colabora:
• Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a com preender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.
I. A Segunda Guerra Mundial II. A imigração japonesa O trabalho com a obra pode ser ampliado em conjunto com os professores de História, Geografia e Sociologia.
• Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
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Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das transformações culturais, sociais, históricas, científicas e tecnológicas no mundo contemporâneo e seus desdo bramentos nas atitudes e nos valores de indivíduos, grupos sociais, sociedades e culturas.
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Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais, incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e difundir informações, produzir conhecimen tos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
Destacamos também algumas habilidades dessa área que poderão ser exercitadas por meio das estratégias propostas:
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Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais de matrizes conceituais (etnocentrismo, racismo, evolução, modernidade, cooperativismo/desenvolvimento etc.), avaliando cri ticamente seu significado histórico e comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos.
Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistematização de dados e informações de diversas naturezas (expressões artísticas, textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos, mapas, tabelas, tradições orais, entre outros).
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O professor pode iniciar a apresentação da obra com perguntas que despertem os conhecimentos prévios dos estudantes acerca da Segunda Guerra Mundial e da imigração japonesa no Brasil.
2. O que aconteceu em Hiroshima?
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3. O que sabemos sobre a imigração japonesa no Brasil?
1. O que sabemos sobre a relação entre Hiroshima e a Segunda Guerra Mundial?
4. Como a obra poderá nos ajudar a compreender melhor o que ocorreu em Hiroshima? É interessante registrar o que os estudantes já sabem sobre a obra e o que esperam encontrar na leitura, pois as informações poderão ser recuperadas no trabalho pós-leitura. Após esse aquecimento, sugerimos uma aula preparatória, com a retomada de conceitos e orientações que possibilitem a compreensão do contexto abordado e, consequentemente, um melhor aproveita mento da leitura. Segunda Guerra Mundial na Ásia O conflito na Ásia ficou marcado pela luta travada entre japoneses e estadunidenses no que também ficou conhecido como Guerra do Pacífico. Em 1940, os japoneses invadiram a Indochina Francesa e, em 1941, além de atacarem os estadunidenses em Pearl Harbor, invadiram uma série de colônias britânicas e uma colônia holandesa. O ataque a Pearl Harbor é entendido como marco da Guerra no Pacífico e aconte ceu em dezembro de 1941. Por causa desse ataque, os estadunidenses declararam guerra ao Japão e iniciaram a sua luta contra o exército e a marinha japoneses. Alguns momentos marcantes da luta travada no Pacífico foram as batalhas de Midway (vista como a virada dos estadunidenses na luta contra os japoneses), Guadalcanal e Tarawa, que aconteceram entre 1942 e 1943. De 1944 em diante, a situação, do Japão era similar à da Alemanha: o país estava em ruínas, mas seguia resistindo. No ano final da guerra, batalhas cruciais foram travadas em Iwo Jima, Okinawa e nas Filipinas, sendo as duas primeiras ilhas pertencentes ao território japonês. Nessas batalhas, ficou
Os soldados japoneses, de fato, lutaram até a morte – pouquíssimos renderam-se aos estadunidenses. Além da doutrinação imposta aos soldados, a rendição na cul tura japonesa era vista de forma vergonhosa, sendo assim, os soldados lutavam até ser mortos ou, em casos extremos, cometiam o seppuku – um ritual de suicídio no qual uma adaga é enfiada nas entranhas. Após a rendição dos nazistas, os Aliados exigiram na Declaração de Potsdam, em julho de 1945, a rendição incondicional dos japoneses; caso contrário, eles enfrentariam a sua própria destruição. Os japoneses não aceitaram se render e, em represália, os estadunidenses organizaram os ataques a Hiroshima e Nagasaki com bombas atômicas. Bombas atômicas No cenário de resistência dos japoneses até a morte, os estadunidenses não sabiam até quando o conflito se estenderia. Assim, o lançamento das bombas foi justificado como ferramenta para forçar o fim da guerra. Argumentos à parte, o lançamento das bombas atômicas foi um dos capítulos mais tristes da história mundial. Os relatos narram toda a destruição e o horror que se espalharam em 6 e 9 de agosto de 1945. Após o lançamento da segunda bomba, os japoneses renderam-se aos esta dunidenses. (Adaptado de: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/segunda-guerra -mundial.htm. Acesso em: 10 jan. 2021.)
A leitura da obra permite a retomada de conhecimentos sobre importantes fatos históricos mundiais, o que, conjuntamente à força do relato de vida, favorece importantes reflexões.
LEITURA
PÓS-LEITURA
24 A Última Mensagem de Hiroshima – Universo dos Livros - 2021 evidente que a resistência promovida pelos japoneses seria realizada até a morte.
Durante o processo de leitura da obra, é interessante que sejam abordados aspectos relativos aos impactos da Segunda Guerra na vida do protagonista, comparando sua vida antes e durante o conflito. Pode-se pesquisar também aspectos históricos e geográficos referentes aos fatos relatados.
O professor de História pode indicar as referências para pesquisa que forem mais adequadas ao seu projeto curricular.
Depois, pode-se propor a elaboração de uma linha do tempo relacionando os acontecimentos principais da vida do Sr. Morita com os fatos mundiais importantes. A classe poderá ser dividida em grupos e cada grupo pode ficar responsável por um ou dois capítulos da obra.
Uma forma de resgatar as informações da obra é elaborar a árvore genealógica do Sr. Takashi Morita a partir das informações contidas na obra, de modo a confeccionar um grande mural coletivo.
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I. Sugerimos uma produção textual, em abordagem interdiscipli nar, a partir da retomada do trecho final da página 69: Entretanto, é preciso perdoar e seguir em frente, para que nenhuma outra disputa volte a pôr em risco a vida de tantas pessoas. Albert Einstein, ao final de sua vida, escreveu em uma carta à sua filha que o amor era a força mais potente do universo. Ele disse: “Se quisermos que nossa espécie sobre viva, se nos propusermos a encontrar um sentido para a vida, se desejamos salvar o mundo e que cada ser sinta que nele habita, o amor é a única e última resposta”. Certo de que Einstein tinha razão, espero que possamos acreditar na potên cia do amor e propagá-lo, para que dias como o 6 de agosto de 1945 nunca mais voltem a acontecer. A Segunda Guerra Mundial foi o maior conflito armado da História da humanidade, tendo sido caracterizada, dentre outras coisas, pelo desenvolvimento da indústria bélica, ao ponto de se produzir a bomba atômica e toda a mortandade decorrente. Após ter estudado sobre a Segunda Guerra Mundial e suas consequências, bem como sobre a tentativa de extermínio de judeus e de outras minorias por parte dos nazistas, pode-se propor ao aluno que redija um artigo de opinião, argumentando como as gerações atuais e futuras podem evitar que isso se repita
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Aprofundamento
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II. Pesquisa sobre a imigração japonesa no Brasil. Embora o início da imigração japonesa para o Brasil tenha acon tecido bem antes da Segunda Guerra Mundial, no período pós-guerra houve um acordo entre os dois países, favorecendo a chegada de uma nova onda de imigrantes. Em 1948, Yukishige Tamura é eleito vereador em São Paulo, tornando-se o primeiro nikkey a ocupar um cargo eletivo em uma capital. Já em clima de paz, é restabelecido, em 1949, o comércio entre Brasil e Japão por meio de um acordo bilateral. Um ano depois, o governo federal anuncia a liberação dos bens confiscados aos imigrantes dos países do Eixo e, em 1951, aprova projeto para introdução no país de 5 mil famílias imigrantes. Encorajadas, as empresas japonesas começam a planejar investimentos no Brasil. As primeiras delas chegam em 1953. (Fonte: C3%A1ficoimigrantes%20japoneses,por%20seu%20alto%20%C3%ADndice%20demogr%https://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=288309#:~:text=A%20vinda%20de%20.Acessoem:10jan.2021.)
3. Seleção do material. Relacionar tudo o que foi consultado na pesquisa a fim de compor a bibliografia no final do texto.
2. Pesquisa e busca de argumentos. Sendo um texto opinativo, é importante sustentar o ponto de vista com base em argumentos, mediante pesquisa profunda e atualizada.
4. Produção de texto. De acordo com a estrutura do texto de opinião, contendo introdução, desenvolvimento e conclusão, em linguagem formal. Os textos podem ser compilados em uma coletânea que facilite a circulação pela comunidade escolar.
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1. Escolha e definição do tema.
Passo a passo para a elaboração de um artigo de opinião:
O professor deve propor uma pesquisa que investigue quantos movimentos de imigração japonesa aconteceram e em quais épocas. A apresentação da pesquisa pode ser feita oralmente, no formato de um jornal, ao vivo ou por meio de uma gravação em vídeo.
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• Entrevista com o Sr. Takashi Morita, autor da obra.
• Sobre os 75 anos das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, completados em 2020: o vídeo aborda o ataque que provo cou milhares de mortes e o início de uma era geopolítica cujas consequências perduram até os dias atuais.
• Sobre a Segunda Guerra Mundial: o site apresenta mapas animados e uma cronologia da guerra.
Sugestões de complementaresreferências
ENSINAR HISTÓRIA. Disponível em: Acessojoelza.com.br/a-ii-guerra-mundial-em-2-videos-curtos/https://ensinarhistoria-.em:11jan.2021.
Há muito material disponível sobre a temática da obra. Selecionamos algumas referências que não apenas estão aptas a enriquecer as discussões a partir da leitura como também contribuem para a consolidação de conhecimentos diversos.
TV BRASIL. Disponível em: https://www.youtube.com/watAcessoch?v=gC-znmaL9xs.em:11jan.2021.
REVISTA NOVO TEMPO. Disponível em: https://www.you Acessotube.com/watch?v=RA9Tk2G5N6s.em:11jan.2021.
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• “Pensei que o sol havia caído diante dos meus olhos”: animação da BBC que inclui o relato de sobrevivente que tinha 14 anos e morava em Hiroshima quando a cidade japonesa foi atingida pela bomba atômica, há mais de 75 anos. BBC NEWS BRASIL. Disponível em: https://www.youtube. Acessocom/watch?v=9iogzOuKmpQ.em:11jan.2021.
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• A canção “Rosa de Hiroshima”, originada do poema de Vinícius de Moraes, faz parte do tradicional repertório da Música Popular Brasileira. Pode ser ouvida e analisada com os estudantes. A letra e sua respectiva análise estão disponíveis em: BRASIL ESCOLA. Disponível em: Acessoroshima.htmcola.uol.com.br/estrategias-ensino/a-analise-poema-rosa-hihttps://educador.brasiles-.em:11jan.2021.
A obra descreve uma pesquisa realizada na Espanha e contém um manancial de informações históricas sobre o desenvolvimento do gênero em todo o mundo. Oferece também instrumentos preciosos para análise e compreensão da produção editorial infantil e juvenil.
É uma obra de consulta essencial para fomentar o trabalho com a leitura, tanto na escola como em outros espaços. Apresenta estratégias que compreendem desde a seleção de livros até a interpretação e a escrita, pas sando pelo estabelecimento de redes de informações.
Bibliografia comentada
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PAVANI, C. F.; MACHADO, M. L. Criatividade: atividades de criação literária. Porto Alegre: UFRGS, 2003.
COLOMER, T. A formação do leitor literário: narrativa infantil e juvenil atual. Trad. Laura Sandroni. São Paulo: Global, 2003.
COLOMER, T. Andar entre livros: a leitura literária na escola. São Paulo: Global, 2007.
O propósito deste livro é contribuir para o desenvolvimento dos estudos sobre criação literária e apoiar, com aspectos teóricos e práticos, a atuação de professores e interessados em geral pelo ato da escrita. Tem como principal meta mostrar que todos são capazes de produzir literatura. PETIT, M. Os jovens e a leitura: uma nova perspectiva. Trad. Ce lina Olga de Souza. São Paulo: Editora 34, 2008.
A obra apresenta uma profunda reflexão sobre a leitura a partir de pesquisa da autora. Os resultados apontam para o fato de que os livros e a leitura desfrutam de uma imagem bastante positiva mesmo entre po pulações que não trazem “do berço”, por assim dizer, familiaridade com práticas letradas e mostram, a partir de relatos de experiências, como pro fessores e bibliotecários, em escolas e centros comunitários, foram capazes de tornar a leitura uma prática altamente significativa na vida de deze nas de jovens. RANGEL, M. Dinâmicas de leitura para a sala de aula. Petrópo lis, RJ: Vozes. 1990. Este livro apresenta mais de 30 tipos de atividades que estimulam a leitura de textos e a participação dos estudantes nas aulas. As dinâmicas facilitam a compreensão dos textos lidos e contribuem para a sistematização dos conhecimentos, além de auxiliar o professor na criação de situações motivadoras, sem necessidade de recursos especiais e aplicáveis a qualquer turma, independentemente do número de estudantes.
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É permitida a criação de obras derivadas deste material desde que não tenham fins comerciais, atribuam crédito ao autor e licenciem as criações sob os mesmos parâmetros.
