Ecossistema Tropical

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Curadoria e Coordenação Geral

FELIPE BRAIT

Pesquisadora Convidada

ROSA APABLAZA

Realização

Três por Quatro Produções

PROTOLAB – Arquitetura de Tendências

Produção

Felipe Brait

Assistente de Produção

Paula Maia

Produção Executiva

Diana Poepcke

Design Gráfico (1a etapa)

Orlando Cappi

Design Gráfico (2a etapa)

Bruno Belluomini

Assessoria de Imprensa

Carola Gonzalez

Website Diana Poepcke

Coletivos Convidados

Bijari

EIA Experiência Imersiva Ambiental

HUB LIVRE

GIA – Grupo de Interferência Ambiental Grupo EmpreZa

Coletivo Madeirista ocupeacidade OPAVIVARÁ

Rede[Aparelho]-:

Espaços Anfitriões

Condomínio Cultural - SP

Espaço Saracura RJ

EBA – Escola de Belas Artes da UFBA - BA

Quintal da Rose PA

FAV – Faculdade de Artes Visuais da UFPA – PA

Casulo Cultural - PA

Participantes Arthur Leandro, Bruna Suelen, Giselli Vasconcellos, Serguei Dias, Alzira Incendiária, Rodrigo Araújo, Geandre Tomazzoni, Gustavo Godoy, Carlos Serejo, Luana Minari, Sebastião Neto, Eduardo Verderame, Floriana Breyer, Gisella Hiche, Vanessa Jesus, Ludmilla Brito, Tininha Llanos, Cristiano Piton, Luis Parras, Ewerton Ribeiro, Maike Daives, Marcela Campos, Thiago Lemos, João Angelini, Joeser Alvarez, Ynaie Dawson, Daniel Toledo, Domingos Guimaraens, Julio Callado.

Apoio Mistra – Cultura, Memória e Patrimônio Invisíveis Produções

Agradecimentos

Raquel Borges Ribeiro, Daniel Lima, Jonaya Castro, Géssica Arjona e Kako, Paula Borghi, Cesar Jordão, Bianca Bernardo, Marquin, Pascoal Martinez Munhoz, Luciana Fleischman, Caique da Água, Claudia Apablaza, Carolina Illanes, Matias Fleischmann, Aisha Kondo, Milena Durante, MuMan – Museu da Mantiqueira, Centro Rural de Arte (CRA), Raul Apablaza, Rosa Valenzuela, CED – circuito de espacios domésticos, Renata Aguiar, Rosilene Cordeiro, Casa do Tempo, Samily Maria, Aylla Welch, Weverton Ruan Rodrigues, Luizan Pinheiro, Fernando de Padua, Inês Linke, Coletivo Bordô, Ocupação Cultural Coaty, Lage da Vó Tala, Casa da Mãe Denise, Alê Gabeira e Raísa

http://www.ecossistema.art.br

https://www.facebook.com/ecossistematropical/

Este projeto foi contemplado pelo Programa Rede Nacional Funarte Artes

ECOSSISTEMA TROPICAL 2.0

Cartografia sobre Coletivos de Intervenções Urbanas no Brasil

"O trabalho em rede na América Latina é um ecossistema tropical, a partir do interior de sua arquitetura, convivem indivíduos e grupos auto organizados em microestruturas: nômades, assimétricas, imprevisíveis e mutáveis."

Rosa Apablaza Valenzuela

A presente cartografia parte de uma experimentação artística que buscou ativar uma série de quatro encontros em formato de laboratórios experimentais, inspirados no modelo de organizações coletivas autogestionadas que operam sobre determinado espaço público. Nesse sentido, foram mapeadas ações de diversos coletivos procurando criar espaços de convergências entre a atuação desses sujeitos e as ações propostas pelo projeto. Ou seja, foi executado um circuito que mobilizou agentes culturais locais em quatro capitais brasileiras – São Paulo-SP, Rio de Janeiro-RJ, Salvador-BA e Belém-PA – articulados em espaços independentes e institucionais, na recepção e elaboração das ações em cada uma dessas cidades. Dessa movimentação, nove coletivos foram convidados para realização das ações: Bijari (SP), EIA (SP), HUB LIVRE (SP), GIA (BA), Grupo EmpreZa (GO), Coletivo Madeirista (RO), ocupeacidade (SP), OPAVIVARÁ (RJ) e Rede[aparelho]-: (PA). Formaram-se grupos nômades, em composições inéditas, com representantes de cada um dos nove coletivos convidados, afim de gerar um estado de “polinização cruzada”, retirando, assim, o caráter identitário de cada composição singular para se criar novas composições, novos arranjos intersubjetivos. Tal rearranjo engendrou novas possibilidades de pensar e agir sobre o contexto urbano, cultural e biopolítico dos diversos espaços em questão.

Para levar a cabo uma proposta curatorial que conseguisse equacionar uma reflexão-inventário de processos de grupos que atuam há mais de dez anos no cenário artístico contemporâneo nacional e internacional, estabelecemos quatro eixos de conceituais de trabalho:

NARRATIVAS COMUNITÁRIAS

GRAFISMOS URBANOS

AÇÕES NÔMADES

CORPO PAISAGEM

A construção de inteligência criativa se utilizou desses eixos conceituais para que eles servissem de base aos processos de investigação cartográfica e também como pontos de provocação poética para evocar uma produção coletiva de troca de saberes orgânica, independente e autônoma.

Ao longo dos três meses nos quais o projeto foi realizado (pré-produção, produção e pós-produção), pudemos experienciar um processo de horizontalidade radical determinando ciclos de compartilhamento e vivências que buscaram cristalizar uma cena geracional de produção artística, debruçados sobre questões históricas e atuais. Foi assim que a produção colaborativa desses grupos nômades se configurou ao longo dos quatro encontros, remodelando universos coletivos de interação cíclica em constante fluxo com a cidade por meio de discussões que perpassam a macro e a micro política em nossos corpos.

Nesse contexto, diversas situações de articulação de possibilidades narrativas e o compartilhamento de subjetividades nos conectaram em fluxos de afetos, em que a lógica da arquitetura cartográfica atingiu um estágio clínico, de revisão de processos de transformação geracionais. Tal dinâmica encontrou seu sentido primordial na comunhão do trabalho partilhado, na instauração

Narrativas Comunitárias

São o mapeamento de pontos de potência pública, de agenciamentos e movimentos sociais, de espaços ou iniciativas de aglutinação de público, com pautas politicas especificas e desenvolvimento de atividades que chamem atenção para causas de interesses comuns dentro do contexto urbano.

Grafismos Urbanos

O mergulho estético nas linguagens visuais e gráficas de aplicação urbana: Ações de pintura e desenhos de rua, cartazes, estêncil, grafite, pichação e projetação. A ideia é desenvolver um olhar analítico iconográfico objetivamente em cima da produção simbólica dos grupos convidados.

sobre Coletivos de Intervenções Urbanas no Brasil

de uma espécie de “clínica coletiva” ativa, agenciando conhecimentos sobre distintas formas de subjetivação no mundo.

Esse modelo de organização autônoma fundamenta-se em perspectivas teóricas diversas, espalhadas por processos de produção autoral, por cruzamentos orgânicos com outras redes e áreas de atuação cultural amplificadas e encontros com os grupos convidados. Nessa medida, vale destacar o edital REDES da Funarte como um importante catalisador desses processos, em especial os projetos FIAR 3 – Festival de Intervenções Artísticas do Recôncavo (2012) e o projeto COPAS – 12 cidades em tensão (2014).

Tivemos também como fonte de inspiração o livro, lançado em 1986, Micropolíticas Cartografia do Desejo, de Suely Rolnik e Félix Guattari, que serviu como estandarte de nossa biblioteca nômade. Ao longo de todo esse vasto processo, é indispensável afirmarmos que:

- o corpo coletivo é o canal de passagem e de produção efetiva do que se estabelece como fonte de relação com o espaço;

- a produção comum é o caminho de legitimidade de atuação no campo da esfera pública;

- as marcas simbólicas são as passagens materiais de determinação e expressão na URBE como meio de infiltração psíquica;

- a transitoriedade e o nomadismo são os pontos de conexão entre as possibilidades constantes de construções maquínicas que despertam a potência da atuação coletiva em conjunção com a subjetividade pública.

Operar um circuito de complexidades que transversaliza diversos elementos dentro da lógica de organizações coletivas autogestionadas foi um constante desafio travado neste projeto. Ainda durante a trajetória de pesquisa independente, enfrentamos outros desafios no campo de simbologias imanentes, que atuaram atribuindo inteligibilidade ao conjunto das ações propostas. Espera-se que tais ações sejam capazes de fomentar proposições cíclicas, autorais e inéditas, ao construírem produção simbólica e inteligência coletiva em determinado tempo e espaço presentes.

Felipe Brait

Curadoria e Coordenação Geral

Rosa Apablaza Pesquisadora Convidada

www.ecossistema.art.br

Brasil – 2016

Ações Nômades Corpo Paisagem

Atividades que envolvam mobilidade, aparelhos de transição, aparatos multimídia, dispositivos e situações de composição móvel, através de equipamentos adaptados e ações poéticas em perspectiva urbana. Transitoriedade. Fluxo.

O desenho do gesto no espaço público. A imanência da paisagem na transgressão dos corpos. Performances, gestos, corporificações no espaço e na vida pública. Atividades que tenham o corpo como agente catalisador de uma poética conceitual, politica e/ou critica. E também a performatividade composta pela presença da coletividade no espaço público a partir de uma proposta de intervenção urbana.

Cartografia
Curty – Residência Artística Móvel, Pipa Xamãnica, Socorro Patello, João Baptista Lago, Laura Burocco, Michel Masson, Paul Setubal, Claudia Leão, Angelo Madson (Idade Mídia), Paloma Klisys.
Visuais 12ª Edição – 2015. “Distribuição Gratuita – Proibida a venda” Creative Commons - CC BY NC AS @ECOSSISTEMATROPICAL – 2016
Realização Apoio
-: ISBN: 978-85-66129-31-1 ECOSSISTEMA TROPICAL 2.0 Ficha Técnica

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