ano XIV | nº 67 | abril 2013 | www.construirnordeste.com.br
arquitetura | tecnologias | mercado | índices | preços de insumos | custos de serviços
saneamento básico
R$ 12,90 | € 5,60
RCN Editores Associados
ÁREA MAIS ATRASADA DA INFRAESTRUTURA NO BRASIL PRECISA INVESTIR r$ 420 BILHÕES NOS PRÓXIMOS 20 ANOS
INTERIORES
Antigo casarão é transformado em contemporâneo mercado gourmet
nbr 15.575
Expectativa dos profissionais para a nova Norma
VidaSustentável Gerenciamento de recursos hídricos é desafio
sumário
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SUSTENTÁVEL seções
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PALAVRA Fibras alternativas e sustentabilidade | João Carlos Duarte Paes
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ENTREVISTA Tijolo por tijolo | Gustavo de Miranda
22 Responsabilidade social Casa da Criança amplia atuação em Alagoas
24 PAINEL CONSTRUIR 28 VITRINE ESTILO | VITRINE 32 ESPAÇO ABERTO Alternativas e práticas sustentáveis para um Edifício Sabido
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36 CAPA Falta infraestrutura embaixo das cidades
40 ARQUITETURA | INTERIORES Uma casa para a cultura brasileira Reforma preserva história e oferece tendências modernas
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TECNOLOGIA Novas tecnologias de sistemas de protensão garantem sustentabilidade
60 COMO SE FAZ Impermeabilização
80 ECONOMIA E NEGÓCIOS colunas
14 SHARE 62 Construir Direito | Tiago Lima 68 TENDÊNCIAS | Renato Leal 88 CONSTRUIR ECONOMIA | Mônica Mercês 90 INDICADORES IVV | Danyelle Monteiro
Tudo em família Canteiro de obras digital Bauma 2013 atualiza o mercado da construção civil Feira destaca infraestrutura viária e rodoviária do País
89 CUSTO UNITÁRIO BÁSICO – CUB 91 INSUMOS 97 ONDE ENCONTRAR
O Movimento Vida Sustentável (MVS) vem colocando o tema Sustentabilidade na Construção Civil na ordem do dia, entre empresários, profissionais, professores, estudantes e sociedade. Busca contribuir com a modernização do setor, divulgando os princípios da construção sustentável, com foco nas pesquisas; na divulgação de produtos e iniciativas eficientes; na multiplicação de conhecimento com a promoção de debates e capacitação, com ênfase na geração de energia, no reuso da água, drenagens e na gestão dos resíduos.
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caro leitor
Caro Leitor, SANEAMENTO BÁSICO É A MATÉRIA DE CAPA DESTA EDIÇÃO. Mostramos aqui a situação dramática instalada bem debaixo dos nossos pés, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Mas a boa notícia é que há esperança. A repórter Patrícia Félix conversou com especialistas para mostrar, além de novas tecnologias, dois cases de cidades que vêm se destacando no tema: Urbelândia, em Minas Gerais, e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Nesta edição, trazemos ainda a entrevista com o ambientalista Valmir Fachini (caderno Construir Vida Sustentável). Ele fala sobre o impacto ambiental do saneamento inadequado e apresenta o conceito milenar de saneamento ecológico. O tema “água” e os entraves para gerenciamento de recursos hídricos foram apontados pelo jornalista Gil Aciolly e estudiosos deram o alerta: mais do que nunca é preciso repensar as nossas práticas para racionalização e reuso da água. Na seção Eu Digo, a advogada Telma Bartholomeu também opina sobre o assunto. A partir da página 43, conheça dois grandes espaços da arquitetura contemporânea: a biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin e o Mercado Gourmet BarChef. O primeiro fica em São Paulo e é mais que um prédio de linhas elegantes. É um marco do patrimônio histórico brasileiro, uma casa para abrigar obras raras e receber pesquisadores de todo o país. O outro, em Recife, é um antigo casarão do bucólico bairro do Poço da Panela, que foi transformado em um moderno Espaço Gourmet. O ousado projeto preservou as características originais do imóvel e deu diversas caras aos ambientes. Ainda nesta edição (página 54) é possível conhecer as novas tecnologias de protensão que não representam apenas economia e produtividade nas obras, mas o reaproveitamento de materiais. Ouvimos representantes da cadeia produtiva para comentar a nova Norma de Desempenho que vem mexendo com o mercado. Nos próximos meses, você poderá conferir uma série de matérias sobre as seis etapas da NBR 15.575. Em Economia e Negócios, trazemos exemplos de sucesso de empresas familiares na construção civil. Empresários revelam como manter separados os interesses pessoais e profissionais e, claro, garantir a longevidade dos negócios. É uma edição inspiradora.
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RCN Editores Associados Diretora | Elaine Lyra
Publisher | Elaine Lyra elainelyra@construirnordeste.com.br Editora de conteúdo | Renata Farache renata@construirnordeste.com.br Conselho Editorial Adriana Cavendish, Alexana Vilar, Bruno Ferraz, Carlos Valle, Celeste Leão, Clélio Morais, Daniela Albuquerque, Eduardo Moraes, Elka Porciúncula, Francisco Carlos da Silveira, Inez Luz Gomes, Joaquim Correia, José Antônio de Lucas Simon, José G. Larocerie, Luiz Otavio Cavalcanti, Luiz Priori Junior, Mário Disnard, Mônica Mercês, Néio Arcanjo, Otto Benar Farias, Ozéas Omena, Renato Leal, Risale Neves, Serapião Bispo, Vera Barreto, Gustavo Farache Conselho Técnico Professores: Alberto Casado, Alexandre Gusmão, Arnaldo Cardim de Carvalho Filho, Cezar Augusto Cerqueira, Béda Barkokébas, Eder Carlos Guedes dos Santos, Eliana Cristina Monteiro, Emília Kohlman, Fátima Maria Miranda Brayner, Kalinny Patrícia Vaz Lafayette, Simone Rosa da Silva, Stela Fucale Sukar, Yêda Povoas Reportagem Catharina Paes | Daniel Vilarouca I Gil Aciolly Isabela Morais | Patrícia Felix | Renata Farache Diagramação e ilustração Agência NoAR Comunicação | Michael Oliveira Revisão de texto Consultexto | Claudia Oliveira Fotografia André Vicente | Antônio Rodrigo | Deborag Ghelman | Leonardo Rocha | Moisés Palácios | Marcos Santos | Mark Atkines | Renato Stockler Colunistas Danyelle Monteiro I Mônica Mercês I Renato Leal | Tiago Andrade Lima | Emília Belo CoRRESPONDENTE Gustavo Farache - Rio Grande do Norte Publicidade Tatiana Feijó | tatiana@construirnordeste.com.br Pollyanny Chateaubriand | pollyanny@construirnordeste.com.br +55 81 3038-1045 | construir@construirnordeste.com.br Representantes para publicidade Ceará NS&A | Aldamir Amaral +55 85 3264.0576 | nsace@nsaonline.com.br Santa Catarina | Media Opportunities - Lúcio Mascarenhas +55 48 3025-2930 | luciomascarenhas@mobrasil.com.br Rio de Janeiro | AG MAIS Aílton Guilherme +55 21 2233.8505 | +55 21 8293.6198 | ailton.agmais@yahoo.com.br Rio Grande do Sul | Everton Luis +55 51 9986-0900 | paranhama@terra.com.br Administrativo-Financeiro | Ebénezer Rodrigues rodrigues@construirnordeste.com.br Assinaturas e Distribuição | Tatiana Feijó tatiana@construirnordeste.com.br NÚCLEO ON LINE | Patrícia Felix patricia@construirnordeste.com.br Portal Construir NE | www.construirnordeste.com.br Twitter: @Construir_NE Facebook: Construir Nordeste Endereço e telefones Av. Domingos Ferreira, 890, sl 704 – Boa Viagem. Recife/PE. 51011-050 +55 81 3038 1045 / 3038 1046
agenda
cartas Este canal de comunicação objetiva auxiliar os profissionais da construção em seus questionamentos e dúvidas relacionadas à gestão e À tecnologia da construção de edifícios Por que nos dias de chuva há tantos alagamentos na cidade do Recife e não constatamos, ao longo dos anos, medidas eficientes para sanar esse problema? O Recife tem algumas particularidades, como o fato de situar-se ao nível do mar e apresentar cotas baixas e muitas áreas planas, o que, associado às oscilações de maré e ao nível do lençol freático próximo à superfície, dificulta a solução da drenagem urbana. Alie-se a isso o aumento significativo das áreas impermeabilizadas, diminuindo as taxas de infiltração e aumentando os volumes escoados, além dos resíduos sólidos não destinados ao local correto e carreados pela água da chuva para as redes pluviais. O alagamento de um local não deve ser tratado isoladamente, mas na escala da bacia hidrográfica. Caso contrário, a solução adotada para sanar um alagamento irá transferir o problema para um local a jusante. A solução eficiente para a drenagem urbana passa por um conjunto de fatores que incluem não apenas intervenções físicas na área de contribuição ao ponto de alagamento, mas também medidas não estruturais, que engloba a educação ambiental da população e até a criação de uma taxa de drenagem. Atualmente, encontra-se em elaboração o Plano Diretor de Drenagem Urbana do Recife, contratado pela Emlurb, que apontará soluções integradas para toda a cidade. * Profa. Dra. Simone Rosa I simonerosa@poli.br Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco Grupo Ambitec – Engenharia Aplicada ao Meio Ambiente O solo é considerado um resíduo de construção civil? Como pode ser reaproveitado? Na construção civil, o solo é um material que pode ser gerado, tornando-se um resíduo para a obra. De acordo com a Resolução Conama nº 307 (2002), o solo enquadra-se na Classe A, ou seja, materiais que podem ser reutilizáveis ou recicláveis como agregado. Em obras de terra, cortes, escavações e execução de fundações é usual gerar solo como resíduo. Como se trata de um material inerte, poderá ser empregado como agregado, material para aterro, nivelamento de terrenos, recuperação de áreas degradadas, entre outros. No Recife, o grupo Ambitec, da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco investigou, de maneira inovadora, o uso de resíduos de solo proveniente de obras de fundação que utilizoaram estacas tipo hélice contínua em um empreendimento para construção de um shopping. Os estudos foram direcionados para o uso do solo em mistura com agregado reciclado de resíduos provenientes de demolição de antigos galpões do terreno. A mistura foi utilizada na pavimentação da área do estacionamento externo, obtendo-se, ao final da construção do empreendimento, uma expressiva economia de recursos financeiros (cerca de R$ 4 milhões). *Profa. Dra. Stela Fucale I sfucale@yahoo.com.br Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco Grupo Ambitec – Engenharia Aplicada ao Meio Ambiente
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NEW CITIES SUMMIT DATA: de 04 A 06/06/2013 LOCAL: SÃO PAULO/SP NEWCITIESSUMMIT2013.ORG 15º Fórum Construir – Caruaru Adequações Urbanistas e Tecnológicas DATA: 05/06 LOCAL: CARUARU/PE CONSTRUIRNORDESTE.COM.BR CONSTRUCTION EXPO 2013 DATA: de 05 A 08/06/2013 LOCAL: SÃO PAULO/SP CONSTRUCTIONEXPO.COM.BR 13º SIMPÓSIO BRASILEIRO DE IPERMEABILIZAÇÃO DATA: 10 E 11/06/2013 LOCAL: SÃO PAULO/SP IBIBRASIL.ORG.BR/SIMPOSIO2013 BRASIL HOSPITALTY INVESTMENT CONFERENCE DATA: 13 E 14/06/2013 LOCAL: SÃO PAULO/SP IHIFBRASIL.COM KITCHEN BATH DATA: de 03 A 05/07/2013 LOCAL: SÃO PAULO/SP KITCHENBATHEXPO.COM.BR 3º ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA-PROJETOPRODUÇÃO EM CONCRETO PRÉ-MOLDADO DATA: 08 E 09/07/2013 LOCAL: SÃO PAULO/SP SET.EESC.USP.BR 3º FÓRUM DE ENGENHARIA DO RECIFE DATA: de 23 E 24/08/2013 LOCAL: RECIFE/PE FORUMDEENGENHARIADORECIFE@HOTMAIL.com CORREÇÃO | EDIÇÃO 66 Na reportagem Acústica urbana: os novos rumos para a construção civil, dissemos que a nova norma de desempenho de edificações, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), entraria em vigor no mês de março. Na verdade, a NBR 15.575 começará a valer em julho deste ano.
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REDE SOCIAL Como dissemos na edição passada, nos próximos meses vocês vão conferir em nossa fanpage imagens de todo o Nordeste. Dessa vez, o estado que estampa a capa da página é a Bahia. A foto retrata uma paisagem bastante conhecida por baianos e turistas. A imagem mostra que, mais do que importantes pontos turísticos, o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo revelam a integração das grandes construções com a natureza.
EDIFÍCIO SABIDO A versão completa do trabalho de Artur Guerra, publicado na seção Espaço Aberto desta edição, pode ser conferida no portal da Construir Nordeste. O projeto é resultado do trabalho de conclusão de curso do arquiteto em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pelo Centro Universitário Uninter, no Paraná, e propõe soluções alternativas para um edifício inteligente, tendo como referência o prédio do Ministério Público de Pernambuco no Recife.
CONEXÃO Oferecendo acesso rápido e fácil, a Basf lança novo portal para a construção sustentável. No site, que funciona como espaço central para a troca de ideias, são apresentados os produtos e as soluções da empresa para durabilidade, proteção climática e eficiência de recursos. Os usuários ainda podem acessar as principais tendências do setor, ações práticas de sustentabilidade e cases de stakeholders, além de contatar diretamente os especialistas em construção da Basf de todo o mundo | construction.basf.com
CONEXÃO II Quem quer acompanhar indicadores de mobilidade, como ônibus acessíveis, rampas para cadeirantes, emissões poluentes por veículos e quantidades de viagens motorizadas, deve acessar o portal do Mobilize Brasil. O site, que estimula a participação de voluntários em todo o País, também oferece informações inovadoras e traz notícias sobre projetos de mobilidade urbana sustentável (BRTs, VLTs, hidrovias, ciclovias e calçadas) previstos para os próximos anos. Atualmente, são disponibilizados dados de quinze capitais brasileiras, entre elas Fortaleza, Natal, Recife e Salvador | mobilize.org.br
NBR 15.575 A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a ABNT lançaram o livro Desempenho de Edificações Habitacionais, Guia Orientativo para Atendimento da Norma 15.575/2013. A proposta é ampliar a difusão da nova normativa por toda a cadeia produtiva da construção e o mercado imobiliário. Além dos critérios de desempenho, o Guia traz dados técnicos e uma relação de universidades, laboratórios e institutos de pesquisa com capacidade técnica para realizar as análises previstas na Norma 15.575. A Construir Nordeste, em parceria com a CBIC, faz promoção no Facebook e sorteia dois exemplares do livro. A publicação também está disponível para download gratuito | cbic.org.br
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construirnordeste.com.br facebook.com/construir.nordeste Twitter: @Construir_NE Escreva: faleconosco@construirnordeste.com.br ABRIL 2013
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palavra
FIBRAS ALTERNATIVAS E SUSTENTABILIDADE João Carlos Duarte Paes *
É
visível a capacidade e o interesse do Brasil em inovar em todos os segmentos da sociedade, promovendo a melhoria de seus processos e produtos, embora ainda em escala menor do que nosso potencial. Atualmente, muitas de nossas empresas já são líderes em seus segmentos, multinacionais estrangeiras investem em plataformas no País para criar novos produtos e processos; e o poder público tem criado condições para que o País invista em inovação em todos os níveis econômicos, desde o pequeno empresário até grandes conglomerados. Adventos, como a descoberta do pré-sal, as grandes obras de infraestrutura a serem realizadas e outras tantas oportunidades de geração de negócios fazem com que o Brasil esteja cada vez mais sob os holofotes do mercado global, que busca o crescimento constante. Outros avanços, como pesquisas com a nanotecnologia aplicada em diversos segmentos, desenvolvimentos de cunho sustentável (biocombustível, plásticos de fonte renovável, etc) e tantos outros, também evidenciam cada vez mais o poder inovador de nossa nação. É nessa trilha de sucesso e inovação que a Associação Brasileira das Indústrias e Distribuidores de Produtos de Fibrocimento (ABIFibro) se baseia para promover o desenvolvimento das chamadas fibras alternativas, em contraposição ao amianto, permitindo a continuidade da produção dos artefatos de fibrocimento, como telhas, painéis, caixas d’água e outros expressivamente utilizados pelas indústrias e pela população em geral. As fibras alternativas — PVA (Poli Álcool Vinílico) e PP (Polipropileno) — são avaliadas pelo Ministério da Saúde como seguras para os produtores e consumidores finais, a custos perfeitamente compatíveis, além de serem 100% recicláveis.
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Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o primeiro realizado por uma universidade sobre o tema, atesta que não haverá impacto significativo na economia brasileira com o banimento do amianto na construção civil do País. O estudo verificou que as atividades da cadeia produtiva não sofrerão descontinuidade e não haverá impacto sobre emprego, renda e arrecadação de impostos.
Segundo o Internacional Green Building Council (US GBC), o Brasil já ocupa a quarta posição no ranking mundial de construções sustentáveis, atrás dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes Nesse caso, a estimativa de aumento do custo de produção seria de apenas 10% em caso de substituição por fibras sintéticas ou ambientalmente responsáveis. Até mesmo as grandes fabricantes de produtos com amianto já dominam a tecnologia das fibras sintéticas. Ou seja, a transição é simples. E é nesse sentido que o trabalho da ABIFibro se direciona. A associação atua fortemente na divulgação das fibras alternativas, em prol do aumento da competitividade nacional e da proliferação
de produtos cada vez mais sustentáveis. Graças à inovação e à busca constante por novos produtos que sigam os padrões da sustentabilidade, grande parte dos fabricantes de artefatos de fibrocimento já se encontra preparado para essa nova tecnologia (fibra alternativa), normalizada pela ABNT NBR 15.210, válida desde 29/04/2005, para produção de telhas e outros produtos em fibrocimento (CRFS – Cimento Reforçado com Fios Sintéticos). A norma em questão foi resultante de uma comissão denominada CB-18, instalada na Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). Normas internacionais no mesmo sentido já existem há mais de uma década. Segundo o Internacional Green Building Council (US GBC), o Brasil já ocupa a quarta posição no ranking mundial de construções sustentáveis, atrás dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes. Desenvolvimentos como as fibras sintéticas de PP e PVA garantem a saúde da população e a preservação ambiental, assim como a economia, tendo em vista que o custo é compatível com o mercado e tende a cair ainda mais com o uso cada vez mais frequente dessa tecnologia. Isso é sinônimo de sustentabilidade. É com descobertas e ações desse tipo que nosso País mostra que cada vez mais está imbuído pelo espírito da inovação e que não há fronteiras quando o que se quer é a proteção de vidas e do planeta em que vivemos.
* João Carlos Duarte Paes é presidente da Associação Brasileira das Indústrias e Distribuidores de Produtos de Fibrocimento – ABIFibro.
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entrevista
Gustavo de Miranda
tijolo por tijolo por Renata Farache
Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Pernambuco, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Pernambuco (Sinduscon/PE), Gustavo de Miranda, conversou com a Revista Construir Nordeste e afirma que a construção civil é o setor que mais movimenta a economia e é um grande impulsionador do desenvolvimento social. Para ele, apesar da desaceleração do crescimento da construção civil no Brasil, a perspectiva para Pernambuco é positiva. Na entrevista, o presidente conta quais são os principais desafios e iniciativas do sindicato. Atualmente, Miranda também comanda a J.A.G. Empreendimentos, empresa especializada em obras públicas e privadas.
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O Sinduscon Pernambuco completou 70 anos. O que mudou ao longo desses anos? Qual é a atuação do sindicato hoje? O sindicato tem o encargo de regular as relações entre patrões e operários. A primeira função é criar convenções de trabalho, que são os princípios da convivência. Ele tem a missão de negociar e determinar um salário e outras tantas regras, como carga horária de trabalho, por exemplo. Nos dias atuais, a nossa atuação vai muito além. Nós temos uma estrutura bem montada. Então, não nos limitamos e investimos em diversos pontos, como ação social; trazemos palestrantes de todo o Brasil para debater diversos temas de interesse do setor. No último mês, falamos sobre desoneração, NBR 15.575, seguros, etc. Isso tudo faz parte do nosso dia a dia. O Sinduscon de Pernambuco tem a característica de sucessões tranquilas. Acho que é um grande diferencial. É uma casa que tem muito trabalho e quem entra aqui tem que dar o suor. Digo de boca cheia. Mas se não tiver intenção e vontade, nada é feito. Para contar a nossa história, vamos lançar um livro. O objetivo é abordar a importância da engenharia em Pernambuco — as empresas associadas, as grandes obras públicas e privadas e o setor de serviços e mercado imobiliário. E os principais desafios da instituição? É aumentar o leque de prestação de serviços. Os nossos problemas são muito dinâmicos, não há como prever ou nos preocuparmos com isso. Todos os dias, o governo inventa uma regra trabalhista, tributária e uma lei nova. O objetivo é manter os nossos associados o mais bem atendidos possível nas áreas de prestação de serviços e social. Todas as nossas iniciativas no momento são importantes. Então, o nosso grande desafio é promover mais feiras, mais eventos e mais ações. Ou seja, é dinamizar a casa. Daqui a pouco, inclusive, está na hora de profissionalizarmos os nossos gestores. O nosso objetivo é ter um executivo para nos representar e, claro, fazer mais.
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Na área social, o que podemos destacar? Temos uma quantidade de ações relevantes na área social. De pequena visibilidade, mas que consideramos importantes. Um exemplo é o Dia da Cultura, mais recente iniciativa. É uma forma modesta, mas a ideia é enriquecer o operário com conteúdo sobre a cidade do Recife e o Estado de Pernambuco. A grande dificuldade é compreender o que o nosso peão gosta ou pode assimilar como um evento cultural. Promovemos uma sessão de cinema (Luiz Gonzaga – de Pai para Filho) e foi “show de bola”.
O Sinduscon de Pernambuco tem a característica de sucessões tranquilas. Acho que é um grande diferencial. É uma casa que tem muito trabalho e quem entra aqui tem que dar o suor No Dia das Crianças, reunimos 1.200 crianças para assistir ao show do Palhaço Chocolate. Também temos o casamento coletivo, um evento pelo qual eu sou apaixonado, me emociono. Nós temos a tradição de oficializar o casamento de 50 casais por ano. Este ano, na décima edição, será um desafio. Queremos unir 100 casais. Oferecemos desde roupas e maquiagem até coquetel comemorativo e lua de mel. Ainda podemos destacar a Copa Sinduscon de Futebol e o Dia Nacional da Construção
Civil, que, inclusive, recebeu o prêmio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC, de Responsabilidade Social em 2006 e já foi replicado em quinze estados brasileiros. E no núcleo trabalhista? Nós podemos destacar a campanha de prevenção de acidentes de trabalho. Uma equipe de estagiários vai, diariamente, em dois canteiros de obras. Lá eles fazem uma check list de tudo que é risco de obra — desde a documentação até os EPIs. A equipe faz as vezes de um auditor do Ministério do Trabalho e Emprego, e, no final, ela pontua e faz uma estimativa de quanto o construtor pode levar de multa. É uma ação que exige muito e que vamos intensificar no segundo semestre deste ano, devido aos resultados fantásticos. O outro lado é que passamos também a ser formadores de mão de obra qualificada na área de Segurança do Trabalho. Esses estagiários da campanha, muitas vezes, são convidados a ficar nas empresas que visitam. Mas a questão trabalhista é muito extensa. A sustentabilidade é tema da vez e não pode ficar de fora. Quais são as iniciativas do sindicato? A nossa maior proposta é o Movimento Vida Sustentável – MVS, uma parceria com a Revista Construir Nordeste e a Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos do Estado de Pernambuco. Queremos difundir para toda a cadeia da construção civil (fornecedores, poder público, consumidores, empresários, profissionais liberais, estudantes, sociedade) métodos e práticas de sucesso. É também uma forma de estimular, discutir e aperfeiçoar a inovação e as pesquisas do ponto de vista ambiental, econômico, social e cultural. Nesse sentido, também vamos realizar a Sustencons, que acontece em agosto. A feira ainda é um bebezinho, um embrião, mas com potencial enorme. Não duvido que ela ultrapasse a Ficons. Será totalmente voltada para divulgar produtos e práticas construtivas (sustentáveis). É um tema que vem preocupando o mundo — e não poderia
ser diferente com a construção civil, que a cada dia vem abraçando mais a ideia, inclusive por cobrança do próprio consumidor. Os grandes focos da feira são as energias limpas: eólica, biomassa e solar; além do reaproveitamento do lixo e reúso da água. Também teremos um pavilhão para que as empresas que praticam sustentabilidade e ações sociais possam apresentar seus trabalhos. Dois exemplos: o Grupo Moura, com a marca Tareco e Mariola (coleta seletiva e educação ambiental); e a ASA, que recolhe e compra óleos de fritura (e tem parte da renda destinada ao Instituto Materno Infantil). Entendemos que a Sustencons será uma oportunidade para a sociedade conhecer essas iniciativas. Mas não vamos parar por aí! Como o senhor avalia a indústria da construção civil? A indústria da construção civil é atípica, pela capacidade de geração de emprego, pagamento de tributos e pelo grande envolvimento com a sociedade. Considero o setor uma grande “montadora”. Nós somos obrigados a comprar de tudo. Ao iniciar uma obra, as pessoas pensam em cimento, tinta, ferro. Mas, na verdade, pouca gente entende e percebe o que compramos de alimento, por exemplo. Aí vai um dado relevante: hoje, nós gastamos em torno de 12 a 15 reais de comida/homem diariamente. Quando pensamos numa empresa com 1.000 funcionários, falamos de 12 mil reais por dia. Ou seja, a construção civil mexe com a economia. Também gastamos com vale-transporte, combustível, borracharia, padaria, etc. E essas são contas superficiais — não me refiro a equipamentos, mas a coisas miúdas. A construção civil é também, muitas vezes, o canal de entrada para a cidadania. O peão que saiu do Sertão tem a sua vida totalmente modificada. Empregamos pessoas de baixa renda e escolaridade mais baixa, que ascendem ao entrar no mercado de trabalho. Elas aprendem a ler nos canteiros, elas não tem carteira de trabalho — e vão ter que ter. Atualmente, o espaço para
a informalidade é muito pequeno. Por isso mesmo, somos indutores de desenvolvimento. Enfim, a construção civil tem importância extraordinária pela “largueza” da atividade. E especificamente em Pernambuco? A construção civil voltou a existir e retomou a sua força no segundo governo Lula. Mas nós já não estamos mais no ritmo que vínhamos. A economia toda passa por um momento mais delicado, a inflação está fora de controle. Pernambuco também teve um cenário diferente depois do governo Jarbas.
Hoje nós gastamos em torno de 12 a 15 reais de comida/homem diariamente. Quando pensamos numa empresa com 1.000 funcionários, falamos de 12 mil reais por dia O governador Eduardo Campos foi muito feliz ao descentralizar e interiorizar os investimentos, desenvolvendo o Estado de norte a sul. A pulverização do parque industrial de Suape, que já está no limite, foi uma decisão fantástica. Levar uma fábrica de motores, por exemplo, para Glória de Goitá (WHB) foi acertadíssimo. Em Vitória de Santo Antão, temos os exemplos da Isoeste, Sadia e Kraft; além de outras
tantas menores. Também não podemos esquecer o parque intermodal de Salgueiro e da importância do polo de confecções de Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe, que desenvolve a região e faz com que a construção civil seja muito forte. No litoral Norte, com a chegada da Hemobrás, C.B.V.P. (vidros planos), Cimento Nacional e, principalmente, a Fiat, haverá um crescimento enorme da região. São indústrias com novas tecnologias e necessidades de muitas outras empresas de apoio (sistemistas). Portanto, toda região de Goiana deverá passar por um desenvolvimento semelhante ao vivido em Ipojuca. Há de se tomar cuidado para repetir os acertos e não repetir os erros, inclusive, nas questões trabalhistas. Por tudo isso, a grande expectativa é a chegada do Arco Metropolitano, que interligará BR-101 de NORTE a SUL, passando pela 408 e a 232. Será muito importante. Além disso, o governador acertou nos setores da educação (construção de escolas técnicas) e saúde (inauguração de 14 UPAs, três grandes hospitais - além de um em construção). Ainda também temos as ações da Compesa, com várias obras de distribuição de água, construção de grandes adutoras e barragens. Na hora que vemos o Estado com cinco shoppings em construção também é muito bom. É o movimento do varejo, comércio, que também impulsiona a construção civil. Eu vejo que ainda temos grandes preocupações devido ao cenário, mas há uma chance grande de Pernambuco se sair bem dessa situação desfavorável da economia nacional. E quanto ao futuro da construção civil? O senhor é positivo? A perspectiva para a construção civil é enorme. As demandas da sociedade estão muito longe de serem atendidas. Ainda temos muito a fazer. Em todos os setores — tanto habitacionais e de infraestrutura. Somos carentes de tudo. Temos um país para “construir”.
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responsabilidade social
Casa da Criança amplia atuação em Alagoas Presente em Maceió desde 2001, o projeto lança o Q’Alegria e a Biblioteca do Futuro durante Convenção Nacional por Catharina Paes
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ranqueadores sociais do Casa da Criança de diferentes estados do Brasil se reuniram em Convenção Nacional para a troca de experiências e identificação das possibilidades de atuação de grande impacto social no País. Durante o encontro, ainda foram traçados o planejamento e as metas para os próximos anos. Realizado em Maceió, o evento foi fruto de duas importantes ações na capital alagoana. Uma delas é o espaço inaugurado na abertura oficial da convenção: o Q’Alegria, que já tem levado entretenimento durante as sessões de quimioterapia em diversas cidades e a partir de agora atende as crianças do Hospital do Açúcar. A organização também investirá na Biblioteca do Futuro. O projeto-modelo será implantado, inicialmente, na Escola Municipal Cecília Carnaúba e conta com lousa digital em ambientes de alta tecnologia, estimulando a leitura e a criatividade. As novas salas tecnológicas, compostas por equipamentos e softwares, darão uma outra realidade às escolas públicas. A grande vantagem não está apenas nos espaços modernos, mas, principalmente, na metodologia, que engloba o conteúdo pedagógico e o treinamento dos professores, além do acompanhamento personalizado de cada aluno, que pode conferir os resultados na prática, no dia a dia. “Contamos com o apoio da Secretaria de Educação, que será responsável por monitorar o desenvolvimento das escolas, o que é fundamental para a análise de desempenho dos
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meninos e das meninas, além de garantir a qualidade na manutenção dos aparelhos, na assistência oferecida e na gratuidade aos usuários”, explica a franqueada social alagoana Patrícia Ramalho. Ela, junto com os fundadores do Casa da Criança, Marcelo Souza Leão e Patricia Chalaça, selecionou a Escola Cecília Carnaúba pelo diferencial de gestão e bom desempenho dos estudantes. As duas iniciativas são custeadas pelos parceiros do Casa da Criança, em especial a Pizza Hut (CE/PB), sem gerar custos às secretarias de Saúde e Educação, numa parceria público-privada, auxiliando a administração pública. O Casa da Criança nasceu no Recife, em 1999, e é uma organização com reconhecimento
federal, qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). O objetivo principal é defender os direitos de crianças e jovens por meio de atividades que vão desde reformas e construções até as que valorizam a qualidade no atendimento. Também trabalha para a influência nas políticas públicas, cobrando dos governos responsabilidades para com a infância e na melhoria do atendimento contra o câncer infantil. Atualmente, o Projeto está em todas as regiões do País — presente em dezesseis estados e no Distrito Federal.
Projeto Casa da Criança projetocasadacrianca.com.br contato@projetocasadacrianca.com.br
O Casa da Criança já beneficiou mais de 30 mil crianças de todo o País
foto: Renato Stockler
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50% DE CRESCIMENTO A Distribuidora Cummins Diesel do Nordeste (DCDN) está trabalhando em vários projetos destinados à Região. A Vitamassa, em Caruaru (PE); o Shopping RioMar, no Recife (PE); e a ampliação do Porto do Pecém, no Ceará, são exemplos de projetos que, se confirmados este ano, irão fazer a empresa atingir, em média, 50% de crescimento. Luiz Antônio Trotta Miranda, diretor da DCDN, afirma que o Nordeste vem mudando e crescendo numa velocidade acima da do restante do Brasil. A Cummins está acompanhando esse resultado. “A cada mudança de cenário local, nos posicionamos para atender e prospectar novos clientes. Em 2011 e 2012, abrimos um escritório em Natal (RN) e colocamos pontos de apoio em Maceió (AL) e no Ceará, além da inauguração da filial de Mossoró (RN). Para 2013, estamos prevendo abrir mais dois pontos de apoio avançado na Paraíba e no sertão de Pernambuco.”
Tudo de Cor O projeto socioambiental Tudo de Cor para Você, da Tintas Coral, tem investido na revitalização de prédios históricos do Recife Antigo, na capital pernambucana. A iniciativa garante mais qualidade de vida e urbanização à cidade. Vários pontos do bairro foram reavivados através do Projeto. As cores utilizadas foram escolhidas de acordo com o tipo de arquitetura das antigas casas. Na Rua do Bom Jesus, por exemplo, são encontrados três estilos: eclético, moderno e colonial. Este último é representado por meio dos tons verde colonial, navegantes (azul) e azul del rey. A escolha dessas tonalidades seguiu os padrões do Instituto do Patrimônio Histórico e Nacional (Iphan).
estaf Tendo sido apontada pela Deloitte como uma das pequenas e médias empresas que mais se desenvolveram no Brasil, em 2012 a Estaf amplia sua atuação nacional no segmento de plataformas aéreas. “Com o intuito de nos tornarmos uma das cinco maiores locadoras de plataformas aéreas no Brasil, retomamos nossa parceria com a Terex e pretendemos ampliar nossa frota em aproximadamente 40% ainda em 2013”, revela o CEO da Estaf, Gustavo Lima. Com filiais na Bahia, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, a empresa conta com três unidades de negócio: Andaimes, Plataformas Aéreas e Energia, que atendem todo o País.
50 anos da HERC A Indústria de Plásticos Herc completa seus 50 anos este ano. Em seu cinquentenário, a empresa agrega mais de 8 mil m² em seu novo pavilhão industrial e se prepara para um novo ciclo de crescimento, com a aquisição de novas máquinas, lançamento de produtos e ações. A fundadora da primeira torneira de plástico brasileira se destaca atualmente por oferecer uma grande variedade de produtos plásticos com matéria-prima 100% virgem e certificada.
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reconhecimento A 3M do Brasil é a vencedora da categoria Gestão da Inovação do Prêmio Nacional de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A empresa foi fundada há mais de 110 anos nos Estados Unidos e atua há 67 anos no Brasil, onde mantém estrutura de pesquisa e desenvolvimento com 180 cientistas, engenheiros e técnicos dedicados à inovação. A premiação contou com a presença das finalistas de cada categoria avaliada: Gestão da Inovação, Agente Local da Inovação, Inovação Tecnológica e Modelos de Negócios.
negócios A Fortune International Realty, de Miami, empresa que inclui as atividades de corretagem, gestão de propriedades e financiamento, chega ao mercado pernambucano para negociar com empresários locais. De acordo com uma pesquisa realizada pelo sindicato dos corretores de Miami, os brasileiros lideram o ranking de compradores estrangeiros de imóveis na cidade. No ano passado, eles ficaram em primeiro lugar considerando todas as faixas de preços, principalmente os investimentos acima de US$ 1 milhão. Entre os clientes da Fortune, há também empresários de grande porte, que investem de US$ 100 até US$ 500 milhões em empreendimentos comerciais por todo os Estados Unidos. Na foto, as executivas Rejane de Paula e Fabiana Santamaria.
novos projetos A Metso assina mais dois contratos de fornecimento com a Altay Polimetally LLP para atendimento à sua mina de cobre a céu aberto, em Almaty, no Cazaquistão. Os pedidos incluem o projeto, o fornecimento, a instalação e o comissionamento de plantas completas e de peneiramento. Para reduzir ao máximo o número de operadores, a empresa também fornece um sistema completo de automação para a operação de todo o processo. O empreendimento planeja extrair 3 milhões de toneladas de minério e 10 milhões de toneladas de rocha hospedeira por ano.
prêmio A Saint-Gobain dá início às inscrições para o Prêmio Saint-Gobain – Edição Habitat Sustentável. Nesta primeira edição, o prêmio reconhecerá projetos que se destacam na proposição de soluções inovadoras, ampliando o conceito de sustentabilidade na construção brasileira. São duas categorias: Profissional — nas modalidades Residencial e Comercial — e Estudante — na modalidade Projeto. As inscrições devem ser feitas pelo site www.premiosaintgobain.com.br e vão até 30 de setembro. A entrega do prêmio será em março de 2014.
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INICIATIVA O Instituto Tigre comemora 10 anos de fundação com a marca de 1,1 milhão de pessoas beneficiadas. A entidade, que já investiu R$ 26 milhões em mais de três mil projetos, concentra seus esforços na mobilização de recursos para investimentos em educação, cultura, esporte e saúde. O principal objetivo é o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Somente em 2012, foram investidos R$ 4,6 milhões em 639 projetos, que chegaram a 302 mil pessoas em 87 cidades brasileiras, especialmente naquelas onde a empresa mantém as suas fábricas.
OUTDOOR A alemã Dedon chega ao Recife com exclusividade pela Casapronta. Criada há 20 anos pelo ex-jogador de futebol Bobby Dekeyser, a Dedon revolucionou o mercado de móveis outdoor por utilizar uma fibra sintética de alta resistência e peças assinadas pelos melhores designers do mundo, como o francês Jean-Marie Massaud, o belga Frank Lighthart e o francês Philippe Starck. A parceria acontece com a Collectania, empresa responsável pela distribuição da marca no Brasil. Segundo a Dedon, Recife é a primeira cidade a receber a marca. “É uma região com alto potencial, em pleno desenvolvimento e com um dos litorais mais bonitos do mundo. É uma cidade com “espírito” Dedon.
SELO LIFE DELUXE A Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário (QGDI) está investindo em prédios de luxo. Inicialmente, quatro empreendimentos foram escolhidos para receber o selo Life Deluxe em Pernambuco: Edifício Boris Kertsman, Edifício Joel Queiroz, Oka Beach Residence e Malawí Muro Alto Beach Houses. Todos estão localizados no litoral e se destacam pela elegância, sofisticação, requinte e estilo. Os preços vão de R$ 450 mil e podem chegar a mais de R$ 2 milhões.
ALOJAMENTOS PARA CANTEIROS DE OBRAS A Isoeste Construtivos Isotérmicos desenvolveu uma linha de alojamentos para canteiros de obras em estruturas metálicas, com telhas e painéis. Com uma vasta experiência em construções nessa linha, como centros de distribuição, shoppings e indústrias, a Isoeste partiu para o projeto de construção dos alojamentos e espaços comuns do chamado Sítio Belo Monte. O espaço faz parte da obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Além da segurança e economia que proporciona, a nova linha possui um melhor acabamento estético, oferecendo mais conforto aos canteiros de obras.
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ANDAIME DE PLÁSTICO Conhecida por suas iniciativas sustentáveis, a Baram produziu o seu primeiro andaime de plástico. A tecnologia consiste em utilizar 30 kg de compósitos (processo utilizado na aviação, em carros Fórmula 1 e plataformas de petróleo) para a produção de um equipamento com a mesma capacidade de um produto de aço, que transporta até 500 kg e tem durabilidade média de 15 anos. As vantagens são a redução do peso, a durabilidade, a reciclagem do material e a garantia de retornar o equipamento ao fabricante através de política da logística reversa.
10 ANOS T&A Uma das maiores empresas de pré-fabricados de concreto do Brasil, a T&A, comemora seus 10 anos em Pernambuco — e a RCN está preparando uma edição especial. Das cinco fábricas que possui (PE, CE, BA, SP), a pernambucana é a maior delas. Em 2012, a unidade representou 42% do faturamento anual da empresa, que fechou em R$ 240 milhões e deve chegar à casa dos 300 milhões neste ano. Fora do estado, os contratos de maior destaque são a construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, em Salvador, e do Shopping RioMar, em Fortaleza; além da ampliação do terminal internacional de passageiros do Aeroporto de Guarulhos (SP). Na foto, o presidente da T&A, José Almeida.
EXPANSÃO Após a realização de uma pesquisa de mercado que identificou as necessidades do entorno, o Shopping Guararapes, em Pernambuco, iniciou as obras para a construção da sua 5ª etapa. “A partir do estudo constatamos que uma expansão era necessária, senão imprescindível, para acompanhar o crescimento de Jaboatão”, destaca a superintendente Cristina Veiga. Com projeto assinado pelo arquiteto Fernando Guerra, a nova etapa está sendo construída de forma sustentável, visando reduzir ao máximo os impactos no meio ambiente. A expectativa é que a obra seja inaugurada até novembro de 2013.
CONQUISTA A Sany conquistou o 5° lugar entre os cinquenta principais fabricantes de equipamentos de construção do mundo, segundo o relatório anual Yellow Table, realizado pela International Construction. A empresa, que no ano passado ocupava a 6° posição do ranking, demonstrou um crescimento significativo, deixando para trás outros concorrentes renomados no mercado. “Atualmente, a Sany do Brasil apresenta uma boa participação no mercado de equipamentos para construção, juntamente com a África do Sul e a região do Sul da Ásia. Essa posição impulsionou o crescimento global”, afirma o diretor de vendas da Sany do Brasil, Rene Porto.
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MARCA REGISTRADA
Quem estampa a segunda edição da Vitrine Estilo é o cearense Marcus Novais. Minucioso, perfeccionista e exigente, Novais revela muito da sua personalidade nos seus trabalhos. Com um pé em Fortaleza e outro no mundo, os seus projetos se destacam pela inovação - tanto pela referência do artesanato regional como pela exploração de novos materiais e uso do design, criando um estilo próprio. Ao longo de 20 anos de carreira, o arquiteto, que também cursou engenharia, é conhecido pelo envolvimento completo no processo de criação de cada espaço, com estudos e pesquisas e resultados únicos. Aqui, ele apresenta elementos que oferecem inspiração. Aproveite!
01 Papel Parede Com a sua diversidade, os papéis parede provocam excelentes efeitos nos ambientes, principalmente os naturais, fibras, palhas, linhos. Sugestão: Bete Cunha Interiores | betecunha.com.br
02 Pergolado de madeira As pérgolas de madeira, assim como os caramanchões, são essenciais quando se pretende sombrear áreas externas, tornando-as mais agradáveis. É um elemento extremamente importante no Nordeste, devido a forte incidência solar. Sugestão: Madeireira Escala I escalamadeiras.com.br
03 Deck de Madeira O uso de madeira apropriada para o uso externo em pisos e paredes, sempre dá um diferencial para o espaço, trazendo uma atmosfera mais natural e humanizada. A Amazonic sempre trabalha com madeiras tratadas e de reflorestamento. Réguas de madeira natural para deck. Sugestão: Amazonic - Casa 7 I casa7ce.com.br
04 Mármore Travertino Romano O mármore travertino romano usado na sua forma bruta é um material que se alinha muito bem ao conceito do nosso escritório de utilizar materiais no seu estado mais natural. Usado em dimensões grandes se ajusta muito bem aos ambientes amplos. Sugestão: RL Mármore | valor: R$ 380,00 / m² | rlmarmore.com
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01 01 Sensor embutido A Lorenzetti lança a linha LorenSense, a primeira no mercado com acionamento automático por sensor embutido na saída de água. É necessário apenas inserir as mãos embaixo da torneira. Além de facilitar a localização, a região estratégica do sensor de presença foi empregada para evitar o acionamento indevido por conta da incidência de luz natural. Econômica, a torneira reduz em até 70% o consumo de água. A linha é solução para áreas de grande circulação, uma vez que não há necessidade de toque para o acionamento, além de ambientes residenciais. lorenzetti.com.br I 0800 016 0211
02 FILOSOFIA JAPONESA Com design de Monica Graffeo, a linha Fonte é resultado da combinação do espaço de banho com a paixão pela filosofia da água vinda do Japão. O projeto se originou de um estudo sobre como devemos nos cuidar e do desejo de criar diferentes objetos com funções específicas, mas que, juntos, criam cenários atraentes. São lavatórios, chuveiros, recipientes, biombos, bancos, armários móveis, feitos em Dupont Corian, material sintético produzido pela empresa Dupont, com acessórios de madeira sólida de olmo. dupont.com I 0800 171 715
03 TRATAMENTO ARTESANAL No design da coleção Eco Plant HD, a ideia é de tábuas extraídas de árvores que ficaram expostas sem qualquer proteção e sofreram a ação do clima e do tempo. Com esse desgaste, a madeira dilata, os nós se expandem e as cores variam — indo do bege ao cinza. O produto dessa coleção apresenta esse resultado — um aspecto de madeira diferenciada, exclusiva e com uma infinidade de designs em sua superfície. Produzida nos tamanhos 30 x 120 cm, 20 x 120 cm, 15 x 120 cm e o rodapé 15 x 120 cm, é indicada para revestir pavimentos internos, paredes e fachadas. ceramicaportinari.com.br I 0800 701 7801
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04 PEQUENA, MAS NOTÁVEL Primeira lavadora no mundo que pode ser fixada na parede, a Mini Silent 3 kg oferece capacidade exclusiva compacta e praticidade para consumidores que não têm espaço a perder. Ícone de design, o lançamento da Electrolux permite lavar desde peças menores e delicadas até um jogo completo de lençol de casal ou toalhas. A Mini Silent tem um ciclo de lavagem de 22 minutos, 59% a menos do tempo de uma front load de alta capacidade. Além de rápida, a lavadora é silenciosa e conta ainda com a função extraenxágue, através da qual é possível adicionar água quente. electrolux.com.br I 0800 728 8778
05 05 Releitura da cultura indígena Figuras antropomorfas baseadas em lendas da etnia Waujá, povo indígena da região do Alto Xingu, são a inspiração para o cabideiro Totem Tribal. Segundo a crença desse povo, objetos utilitários ou inanimados são indumentárias utilizadas por seres espirituais “extra-humanos”. O cabideiro Totem Tribal é fabricado com madeira laminada. O conjunto mede 1,80 m de altura, com diâmetro de 60 cm e recebe acabamento superficial de laminado plástico colorido (preto, amarelo e vermelho). quadrantedesign.com.br I (98) 4009.7810
06 ERGONoMIA Com itens que garantem elegância e conforto, a Giroflex-Forma lança a Duke. Projetada por Eisuke Hara, a cadeira possui active back, mecanismo de regulagem intuitiva que ajusta a peça ao corpo. O encosto e a estrutura de alumínio trazem leveza à poltrona, que fornece três camadas de suporte flexíveis para as costas e ajuste natural à postura. Em couro natural e 97% reciclável, a Duke tem certificação Greenguard Indoor Air Quality, que garante a não liberação de poluentes em ambientes internos. giroflexforma.com.br I 0800 552 468
07 CONFORTO Produzida na França, em tubo e chapa perfurada de aço, a poltrona Balanço, do designer Zanini de Zanine, surge com a ideia de passar conforto e relaxamento para áreas externas — uma proposta bem tropical para aproveitar a beira de piscinas e praias. Com uma postura mais baixa e com balanço longo, a poltrona se encaixa perfeitamente em lounges. studiozanini.com.br I (21) 2233.5061
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ALTERNATIVAS E PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS PARA UM EDIFÍCIO SABIDO Partindo das possibilidades de uso de recursos naturais bioclimáticos regionais e de alternativas sustentáveis em energias, processos e sistemas construtivos, distanciando-se dos sofisticados softwares capazes de controlar ambientes em situação remota, o arquiteto Artur Guerra propõe uma nova solução arquitetônica. Com uso da Tecnologia da Informação, mas com possibilidades técnicas e financeiras absorvíveis pelo setor econômico local, o projeto Edifício Sabido alcança o conceito de edifício inteligente. Resultado de conclusão do curso em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pelo Centro Universitário Internacional-Uninter, no Paraná, o trabalho tem como referência o prédio do Ministério Público de Pernambuco no Recife-MPE. Palavras-chave Edifício Sabido sustentabilidade, energia limpa, biodigestor, instalação sanitária predial a vácuo, edifício inteligente. Artur Guerra é arquiteto, formado pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal de Pernambuco (1970). Premiado em 1º lugar em concurso regional de arquitetura para a Biblioteca Publica de Sergipe e em concurso nacional para o projeto do Museu do Homem Americano no Piauí, é ex-professor da Faculdade de Arquitetura de Pernambuco e atua no mercado de Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Piauí.
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A produção arquitetônica proposta para o Edifício Sabido se desenvolve através de inovações tecnológicas sustentáveis, usando as alternativas de requalificação urbana, com a integração dos espaços externos e internos do prédio, através do prolongamento da área verde frontal — afastamentos — com a preservação do antigo prédio da 2ª Cia. de Guardas do Exército, que manteve preso o promotor de justiça Paulo Cavalcanti.. O Edifício Sabido está estruturado para economizar demandas de força, energia e eletricidade. Para isso, tende a inserir-se nos preceitos da ISO 14001, principalmente relacionado com o conceito da envoltória predial, disponibilizando elementos capazes de regularizar o conforto térmico dos ambientes internos, como saques em marquises, esquadrias recuadas, construção de jardineiras generosas, aplicação de brise-soleil para minimizar a incidência de raios solares sobre as fachadas e painéis fotovoltaicos. Os painéis fotovoltaicos estão distribuídos pelas fachadas, em forma de brise-soleil e ao mesmo tempo são usados como produtores de energia solar. A energia produzida será absorvida pelo prédio durante o dia para consumo próprio, bem como alimentará a concessionária, integrando-se ao seu sistema de rede conforme a legislação em vigor. Está também disponível o sistema de energia eólica, com a instalação de seis unidades de três pás no cume da edificação, sob a laje do heliponto. O sistema eólico será alimentado tanto pela ventilação externa direta, como pelo sistema de termosifonamento (“efeito chaminé”) projetado a partir da ventilação que incide sobre as fachadas e daí, e penetra por dutos horizontais e é encaminhada para o grande fosso interno central, formador dos halls nos níveis dos diversos pavimentos. Com a presença da massa de ar frio (exterior) em contato com a massa de ar ambiente, no processo de reversão — ar frio (externo) que desce x ar quente (interno) que sobe –, origina a ventilação, que, em conjunto com a ventilação externa local, alimenta as turbinas eólicas, produzindo energia elétrica durante o dia e a noite. Assim, se dispõe em aproveitar a situação geográfica do terreno, em frente ao Parque 13 de Maio, voltado literalmente para o litoral, com uma grande abertura espacial sem interferências de elementos físicos altos, situação esta preservada pela Lei de Uso do Solo e pelo Plano Diretor do Recife. A sustentabilidade apresenta-se também com o trato das águas. As de chuvas serão capturadas e armazenadas em reservatórios próprios; as originadas de mananciais terão uso restrito e essencial; e as servidas, tratamento especial destinado a lavagens em geral e jardins. Está projetado o sistema de esgoto a vácuo, que, após recolhido e depositado na central de biodigestor, transformará os resíduos sanitários dos WCs em biogás e em biofertilizante, tratados através de biodigestores localizados na área externa do prédio, produtos estes revertidos para uso local, do próprio prédio, estando dentro do princípio da logística reversa. Tanto o biogás quanto os biofertilizantes
são completamente inodoros. É importante ressaltar a economia de estruturas de elementos de concreto — fundação, pilares, vigas — , com o uso do sistema de esgotos a vácuo tendo em vista a eliminação dos grandes volumes de água tratada e armazena em reservatórios superiores e inferiores. Assim, a cidade do Recife, capital de Estado de Pernambuco, por sua condição geográfica, poderá contar com diversificados recursos naturais renováveis provenientes da energia solar, energia eólica, bioenergia, energia hidráulica e eletricidade convencional e de aspectos bioclimáticos locais — sol, vento, umidade, temperatura e luminosidade ambiental externa, conforto térmico — a partir da construção de um Edifício Sabido, considerando tais elementos como valores agregados para um desenvolvimento urbano sustentável.
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No caso específico da proposta do projeto Edifício Sabido destinado à sede do Ministério Publico do Estado de Pernambuco, salta aos olhos a viabilidade técnica e financeira, haja vista a possibilidade de se alocar recursos junto ao Ministério de Minas e Energia, com apoio de órgãos federais e estaduais, geradores e distribuidoras de energia hidroelétrica e recursos via Companhia Energática de Pernambuco - Celpe, com o apoio e o financiamento de programas de economia de energia para edificações, com instalações inadequadas já em funcionamento. Por outro lado, como órgão de Justiça e como verdadeiro stakeholder, o MPPE tem poder de pressão para incentivar políticas públicas para regularização do uso de energia renovável de consumo oriundo de microautoprodutor doméstico (Lei nº 9427/1996 – Lei nº 10.762/03 - Lei nº 9427/1996 - Resolução Aneel nº 77/2004), incluindo projetos da natureza do Edificio Sabido, cujas sobras de energias aí produzidas entrariam como crédito para pagamento de contas de outras unidades funcionais do MPPE, conforme Resolução Normativa da Aneel nº 482/2012 (Jornal do Commercio). Percebe-se que é perfeitamente viável a apresentação de alternativas sustentáveis para a execução da construção de um Edifício Sabido, entendido este, como objeto provido de elementos estruturais e complementares de fácil acesso, tanto de material como financeiro e econômico, sem sofisticações de vaidades e exacerbação de conteúdo eletrônico. Conta-se com técnicas construtivas e recursos naturais renováveis, como o efeito dos ventos, a luminosidade, a umidade relativa, a temperatura local e com vegetação nativa, com água tanto pluviométrica como de nascentes e de mananciais, que precisam simplesmente de melhor trato no uso e consumo. Consciência da situação, no meio, existe. É preciso se reverter o quadro, quando se constata a execução de construções convencionais eivadas de falhas e vícios e carentes de soluções sustentáveis diante do boom de crescimento imobiliário anual acima de 20% que se vivencia na capital pernambucana. Construções com custos médios executivos de R$ 2.000,00/m² são vendidas ao preço médio de R$ 5.000,00/m² para edificações residenciais de, em média, 50,00m² úteis. Diferença extraordinária entre custos e preço de venda. No cerne da administração pública, argumenta-se que tudo é caro, não permitindo sequer análises e argumentações no que se refere aos recursos sustentáveis e às possibilidades técnicas e econômicas diante da compensação em benefício do meio ambiente e do próprio custo orçamentário com a economia de consumo a médio e longo prazos de recursos energéticos. O importante é não esperar “retorno” com o uso das alternativas sustentáveis. Se assim fosse, ainda estaríamos construindo obras com alvenarias autoportantes, revestimentos externos de reboco, massa única, corrida e pintura, entre outros aspectos. Os elementos ecológicos deverão ser encarados como valores agregados, próprios e essenciais à edificação, dispondo-se na arte de bem projetar e bem construir.
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Uso de Resíduos de Escavação de Estacas Hélice em Pavimentação Alexandre Duarte Gusmão, Andréa Batista de Farias e Stela Fucale *
O
presente artigo apresenta um caso de obra de construção de um shopping center horizontal no Recife, com área de construção (áreas comerciais e garagens) de 255.500 m². Nessa obra, foi usado de maneira inovadora o resíduo de escavação das estacas hélice contínua na pavimentação da própria obra, obtendo-se, ao final da construção, uma economia expressiva de recursos financeiros e materiais. No terreno do empreendimento, existiam sete grandes galpões e dez depósitos menores, totalizando uma área de 20.949 m² de demolição, responsáveis pela geração de aproximadamente 18.900 toneladas, ou 13.500 m³, de resíduos da construção civil — RCC. Considerando ainda as instalações provisórias e as placas de concreto das vias de serviços, estima-se que no total foram geradas 23.560 toneladas, ou 16.830 m³, de RCC. Todo esse resíduo foi beneficiado no próprio canteiro através de uma unidade móvel de britagem e peneiramento. Foram projetadas e executadas estacas tipo hélice contínua para a fundação de todas as edificações. Ao final, houve um total de 25.013 m³, ou 42.522 toneladas, de solo
escavado das estacas. Tinha-se, portanto, um total de bota-fora (demolição + solo das estacas) de 66.082 toneladas. Se todo esse material fosse levado a uma área licenciada de bota-fora, o custo da disposição seria de R$ 58,65/tonelada, ou seja, um total de R$ 3,9 milhões, fora os custos ambientais. Por outro lado, sendo a área total pavimentada da obra de 96.462,97 m², iriam ser necessários 22.631 m³ de agregados naturais nobres, ou seja, havia um potencial para uso de boa parte dos resíduos da obra na própria pavimentação. No estudo de viabilidade técnica, foram feitos vários ensaios de laboratório e campo em amostras de solo, no resíduo da demolição beneficiado e na mistura de ambos. Os resultados mostraram que apenas o solo não atendia aos requisitos nas normas técnicas para uso nas camadas de reforço de subleito, sub-base e base, mas o resíduo beneficiado — RCCR, atendia. Ao final, definiu-se o uso de uma mistura de 40% de RCCR e 60% de solo das estacas na execução das camadas de reforço de subleito e sub-base. Para a camada de base, optou-se pelo uso de agregado natural (no caso, brita graduada simples).
No estudo da viabilidade financeira, foi feita a comparação de dois cenários: (i) Cenário convencional: o RCC bruto é levado para a usina de beneficiamento para reciclagem, o solo das estacas é depositado no aterro de inertes, e as camadas de pavimentação são executadas com agregados naturais. (ii) Cenário sustentável: uso da mistura de solo da estaca com o resíduo beneficiado na regularização do terreno e na camada de sub-base. A camada de base é executada com o restante do resíduo disponível e mais uma parcela de agregado natural (brita graduada simples – BGS). O Quadro 1 apresenta os valores envolvidos. O uso dos resíduos representou uma economia direta de cerca de R$ 4 milhões, continuando a atender aos requisitos técnicos do projeto de pavimentação e proporcionando uma redução muito expressiva dos impactos ambientais, os quais não foram valorados. Em resumo, os resíduos de demolição e o solo da escavação das estacas hélice foram transformados na “jazida da obra”. A obra sustentável foi mais barata que a obra convencional, mostrando o potencial da “economia verde”.
Quadro 1 - Comparação dos cenários de execução da pavimentação do empreendimento.
* Alexandre Duarte Gusmão (Professor do Programa de Engenharia Civil da UPE e do IFPE) | Andréa Batista de Farias (Mestranda da UPE e Engenheira do Grupo JCPM) | Stela Fucale (Professora do Programa de Engenharia Civil da UPE). ABRIL 2013
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Falta infraestrutura embaixo das cidades Com poucos investimentos e grandes obras paralisadas, a universalização do saneamento no Brasil parece longe de ser conquistada. Em contrapartida, em algumas cidades, o esgotamento sanitário e os serviços de água já são realidade para toda a população por Patrícia Felix
* Canal para esgotamento sanitário localizado numa das principais vias do Recife, a avenida Agamenon Magalhães.
FOTO: DEBORAH GHELMAN
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saneamento é a área mais atrasada da infraestrutura do Brasil. Com pelo menos vinte anos sem ações efetivas, criou-se um déficit enorme. Atualmente, para democratizar o saneamento básico, o governo precisa investir R$ 420 bilhões nos próximos vinte anos. O mais preocupante é que os investimentos e, por consequência, os avanços, em uma década, não chegaram nem perto do aceitável. Uma obra que é realizada no subterrâneo, onde a visibilidade é pequena, não rende votos. Ou seja, nem sempre é atraente para os responsáveis pela infraestrutura nacional. O interesse existe para quem enfrenta, diariamente, a falta dessa conjuntura: mais da metade dos brasileiros. Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), residências com saneamento adequado são aquelas atendidas pela rede geral de água e esgoto, com fossa séptica, e onde há coleta de lixo direta ou indireta. O saneamento semiadequado é o que apresenta pelo menos uma dessas características. E o inadequado, o que não apresenta nenhuma. A XII análise da Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan) constatou que 38,2% dos domicílios têm saneamento semiadequado ou inadequado. No Nordeste, esse número chega a 60%. Do pouco esgoto que é coletado no Brasil, apenas 37,9% é tratado. O que resta contamina o solo e a água, contribuindo, assim, com a proliferação
de doenças. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 88% das mortes por diarreia no mundo são causadas pelo saneamento inadequado. Dessas mortes, aproximadamente 84% são de crianças. Sendo, de acordo com a Unicef (2009), a segunda maior causa de mortes em menores de cinco anos de idade.
Por ser um problema que está enterrado no chão e ninguém vê, muitos políticos não querem resolvê-lo Indo contra a realidade nacional, dois municípios vêm se destacando quando o assunto é saneamento: Uberlândia, em Minas Gerais; e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. As duas cidades, através de empresas públicas ou privadas, precisaram de um longo tempo e planejamento para chegar ao que são hoje.
ANÁLISE CEPLAN Na última pesquisa da Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan), o
O presidente executivo do Instituto Trata Brasil, defende que os cidadãos têm um papel de extrema importância na resolução do problema foto: Instituto Trata Brasil
informe especial mapeou o saneamento do Brasil e do Nordeste. A partir da análise, algumas conclusões foram tiradas: a situação do saneamento no País, especificamente na Região, é precária. As implicações para a saúde pública, em especial a mortalidade infantil, são sérias; investimentos são vultosos e a parceria público-privada bem regulada é um caminho a ser perseguido. A pesquisa aponta que menos da metade dos brasileiros (46,2%) são atendidos pela rede geral de esgoto. No Nordeste, 19,6%. Piauí está na pior situação, com 5,5% da população provida. As condições de depósito e tratamento de lixo não ficam atrás. A média nacional de domicílios com esgoto a céu aberto no seu entorno é de 10,9%. Já no Nordeste, é de 26,1%. As informações são baseadas no senso demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). O economista e sócio-diretor da Ceplan, Jorge Jatobá, afirma que um saneamento inadequado contamina não só o solo e a água. “Quando você tem uma situação sanitária que é insatisfatória e inadequada, como lixo e esgoto a céu aberto, por exemplo, esses resíduos têm a capacidade de contaminar, não só o solo e os recursos hídricos, como também as pessoas e, principalmente, as crianças. Para reduzir a mortalidade infantil, precisamos investir significativamente.” Na opinião de Jatobá, as melhorias no Brasil e no Nordeste foram pouco significativas em 10 anos e a explicação pode estar na falta de proatividade do Governo. “Por ser um problema que está enterrado no chão e ninguém vê, muitos políticos não querem resolvê-lo.”
O PAPEL DA POPULAÇÃO O presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, explica que o Sudeste encontra-se num estágio mais avançado por conta de ações das grandes empresas de saneamento presentes na Região. “Elas mantiveram seus investimentos, então os estados avançaram um pouco mais do que a média nacional.”
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Para se ter uma ideia, informes oficiais mostram as grandes diferenças que existem entre as regiões. Os números de 2010 — que são os últimos divulgados pelo governo federal — dizem que na Região Norte, por exemplo, apenas 58% da população tem acesso à água potável; no Nordeste, 68%. No Sudeste, o número sobe para 91%. O Instituto também analisa os números das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Até o fim do ano passado, eram controladas 114 grandes obras de esgoto dos municípios acima de 500 mil habitantes. Édison destaca que o Nordeste enfrenta uma grande dificuldade para dar andamento ao programa. “Percebemos que até dezembro de 2011, tínhamos, no Nordeste, quatorze obras paralisadas, vinte obras atrasadas e duas não iniciadas. Existe, então, uma dificuldade muito grande em tocar essas obras. Por causa da burocracia, um recurso que já existe, acaba paralisado.” O presidente do Trata Brasil acredita que a Parceria Público-Privada (PPP) é uma boa alternativa. Ele diz que é fundamental que o governo do estado, as prefeituras e as empresas de saneamento se mobilizem. “Os governos assumem que não possuem capacidade financeira para resolver o problema e aí trazem um parceiro privado para ajudar. É muito válido.” “Há coisas boas acontecendo no Nordeste também. O que nós pedimos é mais agilidade nas obras. O desafio é muito grande por conta das próprias características da Região em termos de seca. Mas saneamento, esgotamento sanitário, coleta e tratamento de esgoto não é uma questão de falta de água, é uma questão de gestão”, critica. Édison defende que democratização do saneamento não é conquistada de uma hora para outra, mas que os cidadãos têm um papel de extrema importância na resolução do problema. A tarefa da Instituição é alertar quanto a isso. “A ideia é levar conhecimento para a população que não associa a falta de saneamento com os problemas do dia a dia. Existe uma série de entraves que derivam da falta de saneamento. A população tem um papel importante na solução da situação ao apontar a
O Rio Uberabinha é o manancial que abastece a cidade de Uberlândia. Graças a ele, em períodos de chuva, o abastecimento da cidade é garantido com mais economia
necessidade para as autoridades. Se não houver sinalização, o prefeito troca a rede de esgoto por um viaduto ou por um hospital. Quando o eleitor não cobra, muda-se totalmente a prioridade da política.” O Instituto Trata Brasil é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que tem como objetivo coordenar uma ampla mobilização nacional para que o País possa atingir a universalização do acesso à coleta e ao tratamento de esgoto.
PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO Estudos indicam que são necessários pelo menos vinte anos para que o saneamento básico no Brasil seja para todos. O Governo Federal está em fase final de elaboração do Plano Nacional de Saneamento Básico (Planasb) que, dentre outros elementos, propõe metas para o acesso da população brasileira aos serviços de saneamento básico até 2033. O especialista em Infraestrutura Sênior e chefe de Gabinete da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, Gustavo Fraya, esclarece que a proposta resulta da construção coletiva, levando em conta as diferentes posições e propostas dos diversos segmentos e alcançando o consenso possível. “Tivemos um amplo processo participativo, que contou, em sua elaboração, com um Grupo de
Trabalho Interinstitucional, formado por representantes do Governo e da sociedade, por meio dos segmentos presentes no Conselho Nacional das Cidades.” Na versão atual, o Planasb prevê um avanço substancial nas taxas de cobertura urbana, com a universalização do abastecimento de água e 91% de atendimento com esgotamento sanitário. Em relação aos resíduos sólidos, a meta é atingir 100% de coleta e erradicar os lixões. E, para o manejo das águas pluviais, é previsto que a quantidade de municípios brasileiros sujeitos a inundações ou alagamentos seja reduzida de 41% para 11% do total do país. “Vale ressaltar que, no momento, estamos revisando os indicadores do projeto, pois quando eles foram estabelecidos ainda não tínhamos os resultados do Censo 2010. Por esse motivo, alguns objetivos poderão ser revistos.” Para Fraya, os governos têm papel fundamental na elaboração dos projetos e execução das obras e, principalmente, na gestão dos serviços. Compete a eles não só executar as obras, como também cuidar para que os empreendimentos, uma vez concluídos, sejam bem administrados e tenham uma operação e manutenção de qualidade. E, dessa forma, assegurar o atendimento sustentável da população. Ele lembra, ainda, que para alcançar os resultados esperados é necessário um grande esforço nacional, com visão de médio e longo alcances. “É preciso que todos
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No Centro de Controle Operacional (CCO), os técnicos da Águas Guariroba controlam em tempo real os serviços de água e esgoto
façam a sua parte para o desenvolvimento do setor.”
UBERLÂNDIA Na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, a universalização do saneamento básico é uma realidade. O município que possui a menor tarifa de água do Brasil, também fica em segundo lugar entre as dez cidades que mais investem em saneamento. O diretor técnico do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) da cidade, Alexandre Silva, enfatiza que a situação atual não se deu de uma hora para outra. O diretor, que acompanhou durante trinta anos a evolução do saneamento no município, pontua que são vários os fatores que contribuíram para o que a cidade é atualmente. Um deles foi a criação, em 1967, de uma fábrica de tubos de aço que, ainda hoje, colabora para que as tarifas de água e esgoto da autarquia estejam entre as mais baratas do país. Todas as tubulações de saneamento do município foram produzidas nessa fábrica. “Nós temos a cultura de utilizar chapa de aço em todos os processos do saneamento, inclusive no tratamento de esgoto. É um ponto que contribuiu significativamente com a redução dos custos porque não tivemos que importar o material.”
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Alexandre Silva ainda lembra de três outros aspectos: o relevo de Uberlândia, que é favorável às obras de saneamento, e o manancial que abastece a cidade (Rio Uberabinha) e a continuidade da gestão. “Devido ao sistema de turbinas, no período de chuvas conseguimos garantir o abastecimento de toda a população com mais
foto: Moisés Palácios
economia. Entendo que cada cidade tem suas peculiaridades. Nós fomos beneficiados por termos bons recursos hídricos, uma fábrica de tubulações e o apoio dos prefeitos desde 1970”. Para Alexandre, a tarifa reduzida beneficia a população, mas a capacidade de investimentos também é abreviada.
A ETA Guariroba produz um volume de água 40% maior do que a média de consumo, garantindo o abastecimento em períodos de estiagem
“As pessoas acham que o aumento da taxa não é necessário, já que o serviço de saneamento em suas casas é satisfatório. Uberlândia está crescendo e as indústrias estão se firmando aqui. Precisamos investir em manutenção e em novas obras para que todos sejam beneficiados.” Em 2004, concluiu-se o Plano Diretor de Gestão Estratégica (PDGE), com o objetivo de preparar o Dmae para os trinta anos seguintes. Entre os projetos, está uma nova fonte de captação de água, cuja primeira etapa deverá ser concluída em 2017. “Nunca tivemos recursos para fazer tudo que precisávamos ao mesmo tempo. Embora a nossa situação seja bem melhor do que a de muitas no país, sempre temos o que melhorar. Não é fácil manter o que construímos”, enfatiza Alexandre.
PPP EM CAMPO GRANDE Um bom exemplo de Parceria Público-Privada (PPP) é o que acontece na cidade de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A Águas Guariroba, em parceria com o Grupo Equipav, é a concessionária responsável pelos serviços de água, coleta e tratamento de esgoto da cidade, hoje com mais de 800 mil habitantes. Desde os anos 2000, quando a empresa assinou o contrato de concessão com a Prefeitura de Campo Grande, diversos projetos foram concluídos e o avanço na cidade,
principalmente nos últimos cinco anos, é visível. Foram aplicados mais de R$ 65 milhões de reais em interligações de redes de água, aquisição de equipamentos e investimento em programas de redução de perdas. “No caso de Campo Grande, a maior necessidade do município era a ampliação do acesso à coleta e tratamento de esgoto. Quando o Grupo Equipav começou a atuar na cidade, tínhamos aproximadamente 29% da cidade com o serviço disponível. Hoje, 70% da população pode contar com esgoto coletado e tratado”, fala José João Fonseca, presidente da Águas Guariroba. A ideia é expandir e universalizar. Através das três fases do Projeto Sanear Morena, a empresa pretende abastecer toda a população de Campo Grande até 2025. O projeto tem esse nome por causa do apelido Cidade Morena, que o município de terras roxas e vermelhas recebeu. Antes do Sanear 1, o serviço de esgoto alcançava 29% da população. Atualmente, a rede está acessível para 65% da cidade. O investimento duplicou a rede de esgoto de Campo Grande em apenas três anos (2006 a 2008). Até o final de 2013, a segunda etapa do programa será concluída e o índice de acesso à rede de esgoto chegará a 70% da capital, incluindo coleta e tratamento. Através do Sanear Morena 2, uma nova estação de tratamento de esgoto foi construída — ETE Imbirussu. No sistema
foto: Moisés Palácios
A titularidade sobre o saneamento básico, em regra, pertence ao Município, de acordo com o art. 30, inciso V, da Constituição Federal. Porém, alguns estados possuem empresas de saneamento que prestam esse serviço através de uma concessão. A elaboração de diretrizes para o saneamento básico é dever da União (Constituição Federal, art. 21, XX). Com base nisso, a União editou a Lei nº 11.445/2007 que estabeleceu diretrizes nacionais para o saneamento básico. Dentre as principais alterações trazidas pela Lei está priorização do planejamento do setor ao delimitar as funções de planejamento, prestação, regulação e fiscalização dos serviços de saneamento básico.
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convencional, cada etapa do tratamento é realizada em um único tanque. O conceito adotado para a operação da estação é diferenciado: o tratamento é realizado em um sistema compacto, onde todos os processos de reação, sedimentação e decantação acontecem em um mesmo tanque. A última fase do programa será implantada em 2014, com previsão de finalização em 2025. A etapa prevê a implantação de 2.000 quilômetros de rede coletora, 45 quilômetros de interceptores, 126.000 ligações domiciliares, a construção de mais uma estação de tratamento de esgoto e a ampliação das duas estações existentes. Hoje, 99,6% de toda a capital possui serviço de abastecimento de água tratada. A concessionária garante um abastecimento sem riscos de desabastecimento, mesmo em períodos de consumo recorde ou de estiagem. O motivo é produção de um volume de água 40% maior do que a média da população, havendo sempre uma quantidade extra para garantir a segurança no abastecimento. A Águas Guariroba também se destaca pela alta tecnologia empregada em seu plano de saneamento. O Centro de Controle Operacional (CCO), onde técnicos da empresa controlam em tempo real os serviços de produção, reserva e distribuição de água e os de coleta e tratamento de esgoto. Do CCO, é possível efetuar a segurança patrimonial das instalações da empresa, por meio de um sistema de câmeras de segurança. Os carros da concessionária também são monitorados com o auxílio de GPS. No CCO, os sistemas automatizados possibilitam ligar e desligar os equipamentos à distância e obter informações sobre a situação operacional das estações de tratamento de água e esgoto da cidade. José João Fonseca afirma que a iniciativa privada tem mais condições de buscar a eficiência na prestação de serviços, tanto na redução de custos e aplicação dos investimentos, como no trabalho do dia a dia. Ele enfatiza que a rapidez na realização dos projetos também é maior. “A burocracia no sistema privado é menor e isso nos permite ter mais agilidade na busca da universalização do saneamento, que é tão atrasado no país inteiro. Nós, aqui em Campo Grande, vamos vencer
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esse desafio muito em breve. Temos um projeto que consideramos vitorioso e já estamos o replicando em outras cidades brasileiras.”
e fazer com que ele seja executado, tal qual descrito, é a solução.”
NOVA TECNOLOGIA
O Consórcio formado pelas empresas Foz, da Organização Odebrecht, e a pernambucana Lidermac, assinou o contrato de Parceira Público-Privada (PPP) com a Compesa, empresa de saneamento do estado de Pernambuco. Trata-se da maior PPP em saneamento básico do País, que atenderá uma população de mais de 3,7 milhões de habitantes de quinze municípios da Região Metropolitana de Recife. Ao todo, serão investidos cerca de R$ 4 bilhões para que, em doze anos, seja atingida a universalização dos serviços de coleta e tratamento de esgotos. A iniciativa também contempla a aquisição de modernos equipamentos e o uso de tecnologias avançadas para a realização de obras e métodos não destrutivos, a fim de evitar transtornos à população e ao trânsito. Passados doze anos, a estimativa é de que a PPP proporcione a evolução de 30% para 90% de cobertura de esgoto na região e implante cerca de 9 mil quilômetros de redes de esgoto, entre substituição de tubulações antigas e ampliação da área de cobertura.
Um sistema de tratamento de esgoto mais avançado vem chamando a atenção no mercado da construção. O Sistema de Tratamento Compacto Modular Modelo BIODIG (Fibra Técnica) prioriza a eficiência, a simplicidade operacional, o baixo consumo de energia e a menor produção de resíduos. A alternativa foi aderida pelo EcoVille Residence (Queiroz Galvão), situado no bairro de Areias, no Recife, e tem sua maior parte construída em estruturas de plástico reforçadas com fibra de vidro. Por esse motivo, possui uma elevada resistência, tanto mecânica quanto a ambientes quimicamente agressivos, aumentando o tempo de vida útil do sistema. O engenheiro Luciano Frej, responsável pelo empreendimento, diz que muitos foram os motivos para a escolha da estação. “Além de a nossa topografia ser favorável na implantação da tecnologia, o sistema tem um processo bem mais moderno que o processo convencional (fossa e filtro). No convencional, a área utilizada é muito maior, com a utilização de caixas de concreto enormes, gerando ainda uma preocupação maior com a manutenção. Uma outra vantagem é a redução de custos através do reuso de água.” Nas unidades do pré-tratamento da construção, que durou noventa dias, a retenção dos sólidos é realizada através de um gradeamento de barras e um desarenador. Na fase biológica é obtida a qualidade em nível secundário. Antes de ser encaminhado ao emissário final, o efluente ainda é desinfetado no tanque de contato, com a aplicação e mistura de uma solução de hipoclorito de sódio. O subproduto é parcialmente desidratado e encaminhado para aterros sanitários através de veículos especializados. Segundo Luciano, para que um plano de saneamento dê certo, a concepção de um bom projeto de engenharia é fundamental. “Criar um bom plano de engenharia, com pessoas experientes no ramo
A MAIOR PPP DO PAÍS
arquitetura
Em seus mais de 20 mil m², os modernos edifícios de concreto, terão um bosque ao redor - resultado das árvores transplantadas como compensação ambiental
Uma casa para a cultura brasileira Biblioteca de obras raras projetada na Universidade de São Paulo integra espaços de conservação bibliográfica e de circulação de pessoas por Isabela Morais fotos: Marcos Santos
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Cidade Universitária Armando Salles de Oliveira, em São Paulo, local onde circulam diariamente milhares de estudantes, professores e funcionários da Universidade de São Paulo (USP), ganhou um novo e único empreendimento — a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. Em construção desde 2006, o espaço abriga obras raras que foram reunidas ao longo de oitenta anos pelo empresário e bibliófilo José Mindlin e por sua esposa Guita. São
cerca de 60 mil volumes entre manuscritos, periódicos e livros, que incluem raridades como os originais datilografados de Vidas Secas, de Graciliano Ramos e Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa — uma coleção de valor inestimável para a cultura nacional. O desafio de projetar um prédio singular no País ficou por conta dos arquitetos Eduardo de Almeida e Rodrigo Mindlin Loeb, para quem o trabalho teve um
significado pessoal. Neto de José Mindlin, Rodrigo conviveu desde cedo com os livros dos avós. “A coleção fez parte da minha infância, os livros eram meu cotidiano”, conta o arquiteto formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e mestre pela Architectural Association School of Architecture de Londres. Em 1999, José e Guita chamaram o neto para uma conversa, na qual anunciaram a intenção de doar o acervo particular para a USP. “Eles
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arquitetura
Com 550 m², o auditório tem capacidade para 300 pessoas
queriam que eu fizesse o projeto de arquitetura da biblioteca”, revela. E então, há catorze anos, o arquiteto se dedica ao edifício que guarda também parte de sua história. A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin ocupa uma área de 20 mil m². O complexo é dividido em duas alas e, além da coleção doada, também abriga o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), a Editora da USP, entre outras instituições. A obra foi inspirada em outros prédios conhecidos pelo mundo, como a Biblioteca Beinecke de Manuscritos e Livros Raros, da Yale University, e a Biblioteca Saint Geneviève, de Paris. A Biblioteca do Congresso, em Washington, serviu como parâmetro para tecnologias de conservação, bem como os trabalhos técnicos elaborados pela Getty Foundation, fundação norte-americana que estimula projetos de preservação de artes visuais.
Espaços
A Editora da Universidade de São Paulo (Edusp) ganhou uma livraria
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O projeto contemplou com salas para pesquisas, que contam com gabinetes privativos, mesas para manipulação de textos e armários para livros de grande porte ABRIL 2013
Segundo Rodrigo, pensar a durabilidade e conservação foi um dos grandes desafios do projeto. “Há livros de mais de quinhentos anos que precisam durar outros quinhentos. Porém, o tempo de vida de um edifício é menor do que isso, e ainda há as limitações de conservação de um espaço público”, afirma. Outra questão foi projetar a circulação. “Precisávamos de um ambiente aberto que permitisse a passagem de pessoas e fosse acolhedor. Não adianta ser só um cofre para guardar os livros. A biblioteca deve ser um lugar pensado para o uso coletivo.” Por se tratar de um centro de referência da cultura brasileira, Rodrigo conta que outra preocupação foi pensar um edifício que também fosse referência para a arquitetura nacional. “Estamos falando de uma biblioteca cujo nome é Brasiliana, então estamos falando de um projeto de arquitetura brasileira contemporânea, carregado de um sentido para a história da arquitetura brasileira”, comenta. Além das duas alas, a construção conta com uma área central pública. O terreno permitiu uma implantação longitudinal, com uma fachada principal ao norte, noroeste e sul. Todas as áreas de trabalho e de atividades pedagógicas foram
O vazio central faz com que os livros sejam vistos o tempo todo
concentradas ao norte. Os acervos foram colocados ao sul, local menos ensolarado. Da região central, de livre circulação, é possível observar o acervo através dos vidros de proteção. “O vazio central faz com que os livros sejam vistos o tempo inteiro. Toda essa área que articula pode funcionar 24 horas por dia sem interferir no funcionamento de cada uma das alas. Ela é aberta, não tem portas nem controle de acesso.” No pavimento térreo, há uma praça pública que articula uma livraria, uma cafeteria, uma sala de exposições e um auditório. Para cada setor, foi projetado um salão público, uma sala de exposições e salas de consulta. Abaixo desse nível, localiza-se o embasamento. “Lá, criamos um laboratório de conservação, de digitalização e uma área de reserva técnica com capacidade para 95 mil volumes e uma sala de múltiplo uso.” Embaixo da área central, há o setor de infraestrutura com escritórios, vestiários, salas de segurança, caixa d’água, bombas, sistemas de incêndio, etc. Todos os espaços são ligados por uma grande cobertura com lanternim central
de vidro laminado, o que permite a entrada de luz natural, promovendo economia de energia, além de filtros UV e um plano de chapa perfurada, que protegem os livros de radiação solar direta.
Conservação e sustentabilidade As obras da biblioteca Mindlin estão dispostas nos anéis centrais do prédio, num espaço de quatro mil m² que precisa de proteção 24 horas por dia. Para isso, as áreas do acervo têm com um controlador de partículas de umidade, sprinter pré-action, iluminação em LED com níveis máximos de cinquenta lux e sistemas de esterilizadores de ar, de monitoramento da qualidade atmosférica e de câmeras. “Além disso, todos os controles de acesso à área são biométricos. Há um forte controle de segurança ambiental e patrimonial”, revela. Para resolver as questões ambientais e locais de transição, foi adotado o conceito de camadas, “como as partes de uma cebola”, compara o arquiteto. As áreas de acervo estão no coração do edifício. Em volta do
anel de livros, há outro anel para as áreas de trabalho e pesquisa. Esses dois espaços são separados por empenas de concreto. Em volta das salas de trabalho, existe um anel externo de transição, sombreado e coberto pelo beiral da grande cobertura e pelas empenas e brises externos verticais. Da cobertura ao acervo, a biblioteca conta com as seguintes “camadas”: telha dupla isolante termoacústica, um espaço vazio de estrutura metálica de aproximadamente 2 m, uma laje técnica impermeabilizada, um vidro laminado antirreflexo no anel central e passarelas de 2,4 m de profundidade e altura, definidas pela quantidade de prateleiras. O arquiteto explica as soluções utilizadas para garantir a preservação das obras raras: “O concreto dá estabilidade térmica. Usamos elementos de sombreamento em todas as fachadas para barrar a radiação e controlar a intensidade do calor. Ao mesmo tempo, eles permitem passar uma quantidade de luz suficiente para garantir iluminação natural adequada e controlada, o que reduz a necessidade de luz artificial”.
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arquitetura
O acervo foi distribuído em três andares totalmente controlados para garantir a preservação das obras
permite a penetração de luz natural ABRIL 2013 46 O teto de vidro temperado
O Instituto de Elétrica e Eletrônica da USP desenvolveu um plano de geração de energia fotovoltaica na cobertura do edifício com potência de 150 kW, o que garante todo o fornecimento de energia durante o dia. Para garantir o mínimo de pontos de passagem de água, os arquitetos utilizaram um sistema de drenagem que intensifica a capacidade de vazão e reduz as tubulações, liberando a planta de descidas pluviais. Um projeto integrado de paisagismo irá criar um bosque no entorno da edificação. A construção da biblioteca consumiu cerca de R$ 130 milhões. Os recursos orçamentários foram da USP, com apoio do Ministério da Cultura, da Fundação Lampadia e do BNDES, e com o patrocínio (por meio da Lei Rouanet) da Petrobras, CBMM, CSN, Fundação Telefônica, Suzano Papel e Celulose, Votorantim, Grupo Santander, Raízen, Cosan, Natura e CPFL. Sete anos após o início das obras, a sociedade ganha um edifício de linhas elegantes à altura da preciosidade do gesto de José Mindlin. Para Rodrigo, a inauguração da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin é um marco: “É possível construir um edifício de uso público com a melhor qualidade de desenho e construção para que as pessoas possam usufruir. Não estou falando em esbanjar, mas demonstrar que o patrimônio público deve ser cuidado como algo importante”.
arquitetura | interioes
Na fachada da Deli, a estrutura de vidro foi integrada à antiga senzala, modernizando o espaço
Reforma preserva história e oferece tendências modernas Essa é a ideia do BarChef, novo espaço no Recife que une beleza, arquitetura e história numa combinação perfeita por Gil Aciolly fotos: Deborah Ghelman
U
m casarão antigo, no bucólico Poço da Panela, abriga um complexo gastronômico inspirado nos principais mercados europeus. Trata-se de uma arquitetura única para o conjunto de patrimônios do bairro e que ganhou novo conceito. O que foi projetado para uma moradia, agora proporciona diferentes experiências que vão além do paladar. Inspirado no modelo de Food Halls, que tem se
espalhado como tendência pelas principais cidades do mundo, como Nova Iorque, Londres e Paris, o Barchef Mercado Gourmet alia a conveniência da compra de sofisticados mimos para a casa com alimentação de alta qualidade e entretenimento — tudo numa mistura bem pensada. Os 1.618 m² de área construída contaram com a ajuda de um arrojado projeto arquitetônico para preservar a memória do imóvel e
dar diversas caras aos ambientes, que convivem em harmonia, cada um com estilo próprio, ao mesmo tempo que oferecem ideias diferentes, agregando o antigo ao contemporâneo. Com pé-direito alto e imponentes portas, janelas e colunas, o palacete foi construído em 1809 pelo conde Correia de Araújo para viver com sua família. O local, que ainda serviu de residência para a tradicional família Latache,
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O casarão foi recriado e transformado em um contemporâneo mercado gourmet, sempre preservando as suas memórias
O jogo preto e branco confere elegância ao terraço
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abrigou o evento Casa Cor antes de se transformar no Barchef, aberto no final de 2012. Mas até a inauguração do espaço foram quase dois anos de trabalho no ousado projeto. O maior desafio foi preservar as características autênticas, tirando o máximo de partido dos elementos originais para criar uma proposta moderna. Mais: o cuidado teve que ser redobrado por se tratar de um Imóvel Especial de Preservação (IEP) e um Imóvel de Proteção de Área Verde (IPAV) — o que obrigou o atendimento a uma série de exigências estabelecidas por lei. “Tivemos que aproveitar a estrutura existente, sem grandes alterações. Por exemplo, não pudemos mexer nos pisos em ladrilho hidráulico e no forro de gesso original. Também não era viável rasgar paredes para passagem de tubulações de ar-condicionado e iluminação. No final, todas essas aparentes limitações foram incorporadas ao projeto, ajudando a criar o clima de mercado gourmet, com tubulações elétricas
e hidráulicas aparentes, balcões e bares que funcionam como quiosques”, explica a arquiteta Marcela Andrade, do Humberto Zirpoli Arquitetura, escritório que orquestrou o projeto em parceria com a construtora Fama, a consultoria Saber Cuidar e o paisagista Christoph Jung. Um minucioso estudo das plantas nativas do local. Pau-brasil, Canela e Sapoti são algumas das espécies que podem ser vistas pelo terreno que tem cerca de quatro mil m² e que também faziam parte dos jardins pernambucanos. Tudo foi preservado. Das árvores originais, cinco tiveram que ser retiradas por estarem em processo de apodrecimento. Em contrapartida, outras dez foram plantadas no local. A arborização e jardinagem, que emprestam beleza, limitaram o espaço do estacionamento. “Como não podíamos criar mais vagas no terreno para não diminuir a área verde existente, a solução foi alugar um local próximo e disponibilizar o serviço de manobrista”, conta Marcela.
A opção deu certo. Com grandes mesas de piquenique, a área externa tem um clima agradável e é um convite para ficar à vontade. O espaço tem sido utilizado por famílias, que fazem questão de trazer as crianças; ou casais e grupo de amigos, que compram vinhos e vão degustá-los sentados na grama. “As pessoas são carentes de ambientes como esses. Esse empreendimento só deu certo porque é aqui no Poço da Panela. A cultura é diferente. Não funcionaria da mesma forma se fosse localizado em bairros como Boa Viagem ou a cidade de São Paulo, por exemplo”, conta o sócio do Barchef, Gilberto Bezerra. Ele diz que a casa consegue atender a um público variado, de diferentes idades e estilos. “Ficamos muito felizes com o resultado. Por sorte, encontramos o lugar que desejávamos”, afirma. E a procura foi intensa. Os proprietários deram seus toques pessoais e viajaram pelo mundo garimpando e registrando ideias. Muitas obras foram incorporadas ao projeto. “Os donos também foram arquitetos”, enfatiza Marcela Andrade. Mesmo sem pretensão de ser uma galeria, é possível conhecer obras de artes de artistas modernos por todas as partes do casarão, que conta com ambientes, como empório, vinoteca, bar, restaurantes, pub e espaço para eventos. Também é possível reverenciar a tradição. Um exemplo está no Italian Grill, com rico cardápio de massas e grelhados. Lá, a parede estampa uma coleção de pratos produzidos pela cerâmica pernambucana São João da Várzea. As peças foram fotografadas e viraram tecidos produzidos pelo Studio Zero, que dão características bem sofisticadas ao restaurante. Outro exemplo marcante está na Deli, um empório gourmet e lanchonete, que funciona na antiga senzala do casarão. Mais uma vez, o moderno se une ao passado numa estrutura de vidro que é interceptada pela antiga casa de tijolos aparentes. O objetivo foi evidenciar o contraste das duas épocas marcadas por diferentes estilos de construção. Um dos truques foi a utilização de materiais e sistemas construtivos
No Italian Griill, os destaques são para as cores e para o papel de parede personalizado
Em todos os ambientes, é possível encontrar características originais
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A combinação de cores marcantes dão um ar descolado ao casarão clássico
Os pisos originais foram preservados e convivem bem com obras contemporâneas
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atuais, além de cores marcantes. Ao visitar o local, é possível perceber o telhado francês, original e carregado de charme. “A arquitetura é isso. Tem que falar de seu tempo”, argumenta Marcela, traduzindo o espaço em palavras. O design está em todos os recantos da Deli, sejam arquitetônicos ou não, desde a indicação dos preços até a disposição dos produtos, posicionados estrategicamente. Ao lado do peixe — sempre fresco —, sais especiais, azeites e uma diversidade de bebidas. A carne resfriada, desde o abate, é combinada com diferentes tipos de cerveja. Tudo ao alcance da mão. Do sushi às frutas já cortadas — nada pode passar mais que quatro horas nas gôndolas. No ambiente, há ainda uma vinoteca onde é possível encontrar mais de quatrocentos rótulos de todo o planeta. A cozinha permaneceu numa parte da casa que já havia sido modificada, num espaço considerado pequeno para as dimensões do BarChef. A saída foi criar um bloco anexo, que fica próximo à Deli, onde ocorre toda a parte de higienização, cocção e armazenamento de alimentos, além de abrigar instalações de funcionários e escritórios. O antigo depósito de mantimentos da residência, localizado parcialmente no subsolo, virou um pub, que será aberto nos próximos meses. Os banheiros do casarão tiveram que ser localizados no segundo piso, também por limitações de espaço. Mas tudo foi pensado para garantir ao público a circulação por todos os ambientes. Para isso, foram criados elevadores e rampas de acesso. Aliás, ao circular pelo BarChef é que percebemos a sua linguagem. De um ambiente para outro, herança, cardápios, detalhes, objetos, tons, cheiros, pessoas e climas diferentes. Há uma certa dinamicidade com equilíbrio e intimidade. É uma casa aberta. “As pessoas vão sugerindo o uso, e o lugar continua em constante transformação”, conclui Bezerra. Nessas mudanças, o que não muda é a vontade de se entregar às novas experiências.
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Na obra da Arena Castelão, no Ceará, foram utilizadas 202.2 toneladas de cordoalha
foto: Consórcio Castelão
Novas tecnologias de sistemas de protensão garantem sustentabilidade Com custos atraentes, a técnica abre espaço para projetos ousados, garante rapidez na execução das obras, redução de custos e ainda apresenta propostas sustentáveis por Gil Aciolly
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ra um feriadão como outro qualquer. Em vez de viajar, o engenheiro Joaquim Caracas se trancou em sua empresa e construiu um protótipo de uma casa de plástico. Ele tirou do papel uma ideia, que além de sustentável, promete ser solução para déficit de habitação. A nova tecnologia não só já está em prática como recebeu diversos prêmios. Não é a primeira vez que Caracas inovou. Em 2007, ele e os amigos, também engenheiros, Helder Martins e Ricardo Brígido Moura, trouxeram ao Brasil a tecnologia de protensão com cordoalhas engraxadas. A técnica, implantada no país pela empresa cearense Impacto Protensão, permite a construção de vãos maiores
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sem de interferência vigas e com redução de pilares, dando liberdade na utilização dos espaços e possibilitando resultados estéticos ousados, tão desejados por arquitetos. Tudo proporcionando estruturas duráveis, ótima viabilidade econômica, redução de mão de obra e, principalmente, acelerando a execução dos empreendimentos. A tecnologia está por traz de tanto sucesso. A protensão é um processo que permite a edificação de estruturas esbeltas, utilizando de forma eficiente aços e concretos de alta resistência, combatendo desperdício. É uma solução às deficiências do concreto armado tradicional, na medida que permite o controle
da deformação e fissuras. O resultado, além da melhoria das estruturas, compreende redução de custos e abre caminhos para novos sistemas construtivos. A inserção da cordoalha engraxada adiciona praticidade ao processo. A graxa, responsável pela lubrificação e redução do atrito, envolve os cabos e é protegida por uma capa, chamada bainha. O processo de tensionamento dos cabos é facilitado, com a utilização de macacos de pequeno peso e dimensão. Nesse tipo de protensão, classificado como não aderente, o manuseio e a fixação são considerados fáceis. A técnica dispensa o uso de bainha metálica e a posterior injeção de nata de cimento, comuns na protensão aderente.
“O resultado é a possibilidade que se abre aos arquitetos e engenheiros de lançar mão de estruturas com número reduzido de pilares, em lajes planas, com maior liberdade de utilização de seu espaço interno, de fachadas mais abertas para iluminação e ventilação, redução dos índices de forma e escoramento, com custos muito competitivos, mesmo se comparados ao custo das estruturas de concreto convencionais”, explica o engenheiro Valter Bastos. Apesar de todas as vantagens, a tecnologia usada, comercialmente, nos Estados Unidos, desde a década de 60, só chegou ao Brasil quase quarenta anos depois. Foi quando Joaquim Caracas, Helder Martins e Ricardo Brígido Moura realizaram a protensão de obras como o edifício Torre Santos Dumont, Iate Plaza e blocos de concretos para a Universidade de Fortaleza. Além da inovação, colocaram o Ceará em posição de vanguarda e destaque. Atualmente, o estado consome 30% de toda a cordoalha vendida no país. O índice revela, proporcionalmente, uma grande representação em relação a estados com maiores PIBs,
como São Paulo, por exemplo. Para disseminar um maior conhecimento sobre protensão, a empresa criou o Centro de Consultoria em Protensão-CCP, juntamente com a Arcelormittal, uma das maiores siderúrgicas do mundo que fornece a cordoalha utilizada na protensão. O Centro capacita projetistas estruturais para utilização da técnica, apontando soluções para minimizar custos e viabilizar obras. Ainda presta consultoria gratuita. A iniciativa tem dado certo. Atualmente, a Impacto Protensão e sua filial em Pernambuco contam com 150 obras em andamento. Resultados encontrados na análise dos custos das edificações, a partir da adoção dos sistemas estruturais com protensão, torna a tecnologia uma solução competitiva para edificações usuais na construção civil. “Em inúmeros exemplos, constata-se que as cordoalhas engraxadas podem ser usadas nos mais diversos sistemas estruturais. Para os construtores, um incremento na eficiência e qualidade da estrutura, além da melhoria do processo construtivo que pode ser conseguida com custos semelhantes e até inferiores aos das
estruturas convencionais”, garante Bastos. Para o engenheiro, a protensão ainda tem muito a se desenvolver no país, principalmente por conta do grande volume de obras e pela busca de racionalização de material nos empreendimentos. “Na indústria da construção ainda existe muitos processos arcaicos que precisam ser melhorados e muitas empresas que já estão partindo na frente com ideias de pensamento enxuto e inovando nos seus canteiros”, retrata.
INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE Mesmo sendo recente em território brasileiro, a protensão se consolida como ferramenta de qualidade na construção civil, trazendo viabilidade econômica para todo tipo de empreendimento, inclusive, edificações usuais, como pisos de casas populares em radiers. Seu caminho é trilhado com propostas inovadoras e sustentáveis, apresentando soluções frente aos desafios da engenharia. O exemplo é o sistema de formas para estrutura de concreto, desenvolvido pela Impacto Protensão. Foi criado para gerar economia e
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produtividade na execução das estruturas de concreto na construção civil, que apesar de ser uma área já bem desenvolvida, possui um cenário com desperdício de material, escassez de mão de obra, atraso nos cronogramas e uma ausência de linha de montagem organizada. Sua aplicação em diversas obras espalhadas por todo o Brasil, seja em concretagem com protensão ou armada, já rende resultados como redução de gastos, de mão de obra e de tempo de execução, além de proporcionar segurança, combater o desperdício e possibilitar o reaproveitamento de material. O sistema é composto por formas plásticas, cuja parte superior é lisa e a inferior nervurada, utilizadas no processo de moldagem e sustentação do concreto fresco até que o mesmo atinja resistência suficiente para suportar as cargas que lhes são submetidas. As formas são sustentadas por um cimbramento metálico de aço galvanizado, escorado por uma estrutura tubular, auto-ajustável. Tudo é feito através de encaixe. São usados apenas cinco tipos de peças. Esse escoramento apresenta ótima resistência. É projetado para suportar seu próprio peso, o peso do concreto, o peso do aço e ao tráfego de operários e equipamentos. Se a protensão com cordoalhas engraxadas já traz agilidade à obra, com o sistema de
formas o ganho é ainda maior. Sua montagem é realizada na metade do tempo do processo convencional. Um prédio com 20 lajes, por exemplo, levaria, em média, 40 dias apenas para a montagem do escoramento com assoalho. Com o sistema do cimbramento metálico, o tempo desse mesmo serviço é reduzido para 20 dias. Ganha-se uma economia com mão de obra, desde o vigia até o engenheiro. Como se não bastasse, os custos e o tempo com acabamento também são reduzidos.
Mesmo sendo recente no Brasil, a protensão se consolida como ferramenta de qualidade na construção civil As formas são reutilizáveis e, auxiliadas pelo cimbramento metálico, evitam o desperdício do concreto. O reaproveitamento dessa estrutura é ilimitado. “Com a execução das lajes planas, sem interferência de vigas, o
No Centro de Eventos de Fortaleza, a tecnologia foi utilizada entre o prédio e os túneis de acesso foto: Leonardo Rocha
sistema de forma para estrutura de concreto que utiliza plástico como componente tem sido solução interessante e atenua os gastos com este serviço. E como o plástico se comporta muito bem pelo fato de ser um material de pouco peso, boa resistência mecânica e proporciona superfícies de concreto de boa qualidade, a tecnologia evita desperdícios, gerando consequentemente beneficio ambiental”, justifica Bastos. É no plástico que reside o diferencial da proposta. Quando a opção é por grande obras de lajes maciças, entra em cena o plasterit. O material tem em sua composição plástico reciclado e substitui o maderite, um compensado de madeira comumente usado para sustentar o concreto durante o processo de cura. Com a técnica, a Impacto Protensão já conseguiu retirar 80% da madeira de suas obras, substituindo-as por material reciclado. Além de ser ecologicamente correto, mais uma vez acumula vantagens como agilidade e economia. “O que dois carpinteiros produzem em 11h, dois serventes levam 30 minutos para executar o mesmo serviço”, garante o engenheiro Joaquim Caracas, presidente executivo da empresa. Além disso, o compensado é reutilizado cerca de 20 vezes. Com o plasterit esse número sobe para 300. O sistema de formas mostra que o concreto protendido trilha caminho próprio no Brasil, através das inovações. E melhor, com sustentabilidade. Para o precursor da tecnologia em terras brasileiras as ideias para uma construção sustentável só encontram espaço quando proporcionam retorno financeiro. “O nome sustentabilidade é muito bonito. Mas só o usam se houver alguma economia. Invenção e inovação são coisas diferentes. A inovação só ocorre se tiver nota fiscal. Não adianta inventar algo que não seja viável e nem gere retorno econômico”, costuma dizer Joaquim Caracas. E ele tem colocado seu lema em prática. Já realizou 17 pedidos de patentes. Dessas, três já foram concedidas e outras cinco estão em desenvolvimento. Vale destacar que 90% das patentes estão em plena utilização em várias obras espalhadas pelo território nacional.
Impacto Protensão impactoprotensao.com.br 85 3273 7676
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A NBR estabelece a responsabilidade de todos os agentes envolvidos na construção — desde o construtor e arquiteto até o usuário
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NBR 15.575 REDEFINE PADRÕES E IMPÕE NOVOS DESAFIOS Confira as mudanças no texto e as expectativas dos profissionais para a nova Norma de Desempenho, que passa a vigorar em julho por Isabela Morais
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pós a publicação pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a nova norma NBR 15.575 - Desempenho de Edificações Habitacionais, mais conhecida como Norma de Desempenho, passará a ser exigida a partir do dia 19 de julho nos projetos que forem protocolados para aprovação nas prefeituras. A normativa, publicada originalmente em 2008, começou a ser revisada em janeiro de 2011 por uma comissão de estudo composta por representantes de consumidores, construtores, fabricantes de materiais, empresas públicas e privadas e outros atores da cadeia construtiva. Os trabalhos foram
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concluídos em fevereiro deste ano. A partir desta edição, a revista Construir Nordeste apresenta uma série de reportagens sobre cada uma das seis partes que compõem a norma — requisitos gerais, estruturas, pisos, vedações verticais, coberturas e sistemas hidrossanitários. A principal alteração da regulamentação é sua abrangência. Antes, a norma enquadrava apenas os edifícios de até cinco pavimentos. Agora, passa a valer para todos os edifícios residenciais, independentemente do número de pisos. Foram revistos, e em geral ampliados, os prazos de vida útil para cada um dos
seis sistemas. Uma tabela traz diferentes prazos estimativos de vida útil que, para serem alcançados, dependem do cumprimento dos critérios especificados e da manutenção a ser feita pelos compradores, obedecendo-se ao Manual de Operação, Uso e Manutenção fornecido pelo incorporador ou pela construtora. Os conceitos de desempenhos térmico e acústico foram alterados com a introdução de exigências relativas aos isolamentos entre áreas privativas e áreas comuns dos edifícios (salão de jogos, salão de festas, etc). O novo texto
traz parâmetros acústicos diferentes de acordo com a área ao entorno, das mais silenciosas àquelas com grande circulação de veículos. Os conteúdos de segurança contra incêndios foram reformulados e agora estão alinhados com as normas internacionais mais avançadas. Quanto aos sistemas hidrossanitários, a NBR 15.575 exige que as águas sejam encaminhadas à rede pública de coleta. Caso ela seja inexistente, devem ser utilizados sistemas que evitem a contaminação. No sistema elétrico, devem-se privilegiar soluções que minimizem o consumo de energia, como o uso de iluminação e ventilação naturais e de sistemas de aquecimento com energias alternativas. Também foi acrescentada uma distinção entre áreas molhadas (áreas de box de banheiro, por exemplo) e áreas molháveis (outras áreas do banheiro), sendo obrigatória a impermeabilização e presença de ralo apenas nas primeiras. Antes da normativa, havia um único prazo de garantia de 5 anos especificado no artigo 618 do Código Civil, inicialmente válido para problemas de solidez e segurança, mas que vinha sendo aplicado pela jurisprudência como prazo geral de garantia da construção civil. Agora foi criada uma extensa tabela de prazos de garantia. Para as instalações elétricas e hidráulicas, por exemplo, o prazo é de 3 anos. Em todos os sistemas, o consumidor pode optar por três padrões construtivos: mínimo, intermediário e superior. A redação da norma seguiu os modelos internacionais de normalização de desempenho: para cada necessidade do usuário e condição de exposição, há uma sequência de Requisitos de Desempenho, Critérios de Desempenho e seus respectivos Métodos de Avaliação. Um consenso é que a Norma de Desempenho marca um ponto definitivo para a evolução da qualidade tecnológica da construção. Isso porque, diferente das demais normativas de caráter prescritivo, a nova regulamentação não é uma “receita de bolo”, segundo diz Geórgia Bernardes, assessora técnica da Câmara Brasileira da Indústria da
Construção (CBIC). Ou seja, o texto não indica maneiras de fabricar ou aplicar os componentes, mas sim os resultados a serem obtidos. “Não está escrito como o projetista vai conseguir atingir o nível de desempenho. Com isso, há um potencial enorme para a criação de sistemas inovadores”, avalia.
Um consenso é que a Norma de Desempenho marca um ponto definitivo para a evolução da qualidade tecnológica da construção Uma das expectativas da assessora é que a NBR 15.575 gere uma responsabilidade compartilhada entre todos os atores da cadeira produtiva. “Projetistas, fabricantes de materiais, construtores e moradores, todos têm suas responsabilidades bem definidas. Isso é positivo para o mercado, pois regula e harmoniza as relações”, comenta. A CBIC disponibiliza para download gratuito na internet o Guia Orientativo para Atendimento à Norma ABNT NBR 15.575/2013 - Desempenho de Edificações Habitacionais. A publicação traz comentários técnicos e esclarecimentos jurídicos sobre como atender à norma, além de resumos dos diferentes critérios de desempenho e exemplos de disposições construtivas. No documento, Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), afirma que a legislação é um marco, pois, após décadas de baixo investimento em infraestrutura e em habitação, o País pode reencontrar sua rota de progresso na construção civil. “A NBR 15.575 estabelece parâmetros, objetivos e quantitativos que podem ser medidos.
Dessa forma, buscam-se o disciplinamento das relações entre os elos da cadeia econômica (rastreabilidade), a diminuição das incertezas dos critérios subjetivos (perícias), a instrumentação do Código de Defesa do Consumidor, o estímulo à redução da concorrência predatória e um instrumento de diferenciação das empresas.” Para Carlos Borges, vice-presidente de tecnologia e qualidade do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), a normativa segue uma padronização internacional que busca traduzir as necessidades humanas em requisitos técnicos. Devido à sua ampliação, pode haver alta nos custos da construção. O valor, porém, ainda não pode ser estimado. “Acredito que no setor da habitação popular haverá um aumento maior. Mas o custo-benefício para o usuário será altamente vantajoso.” Ercio Thomaz, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo, é da mesma opinião. Para o pesquisador, para projetos que já obedecem às normas técnicas vigentes, não é esperado acréscimo significativo de custos. “Esquadrias de melhor qualidade, lajes um pouco mais espessas ou pisos flutuantes, além de outras melhorias necessárias, vão aumentar um pouco o investimento inicial. Mas, com a maior durabilidade dos componentes e a redução de custos com operações de manutenção dos imóveis, espera-se que o custo final da construção, ao longo de toda vida útil projetada, seja significativamente menor.” Para os especialistas, o maior desafio para a aplicação da NBR 15.575 - Desempenho de Edificação Habitacionais recairá sobre os projetistas, que deverão se preocupar com aspectos eminentemente técnicos, como durabilidade, segurança no uso e ocupação e manutenibilidade. Já os fabricantes terão que caracterizar melhor seus produtos segundo parâmetros de desempenho acústico e vida útil, por exemplo. “Um choque de cultura”, de acordo com Thomaz, que poderá render evoluções tecnológicas para os diversos segmentos da construção brasileira.
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A NBR 15.575 E A OPINIテグ DE REPRESENTANTES DA CADEIA PRODUTIVA
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como se faz
Impermeabilização Infiltrações e suas consequências podem trazer diversos problemas. Em contrapartida, uma impermeabilização eficiente, além de garantir maior vida-útil ao imóvel, reduz os custos com manutenções e recuperações por Patrícia Felix
condições climáticas (lugares mais úmidos exigem maior atenção), a existência de solos ou reservatórios atrás das paredes e o nível de impermeabilização pretendido. De Acordo com ele, um local importante da obra que deve ser impermeabilizado, e normalmente é deixado de lado pela maioria dos construtores, é a Fundação. “É uma peça chave para a obra e de difícil acesso quando se é necessário fazer uma manutenção ou reforça-la”. Ele explica que a impermeabilização da fundação evita problemas como a formação de trincas ou a deterioração do concreto. “É altamente recomendável que se contrate uma empresa ou profissional especializado no assunto antes de dar prosseguimento à implantação de qualquer tecnologia, por mais simples que seja”, destaca Gallo.
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A obra da Barragem de Pinalito, na Republica Dominicana, teve os seus 300 mil m³ de concreto impermeabilizados
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e modo geral, impermeabilizar significa impedir a passagem de líquidos entre as diversas áreas da construção e materiais utilizados na obra. Ao serem vedados, produtos como o concreto e a argamassa, costumam garantir 90% de êxito na impermeabilização total da edificação. A ação das águas pode causar diversos problemas, como ferrugem, umidade, fungos e mofo. Esses incômodos podem diminuir, não só o tempo do imóvel, como também a qualidade de vida do proprietário. Segundo o Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), assim como os demais projetos que envolvem a construção
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de uma edificação, a prática também deve ter um plano específico que detalhe os produtos que serão utilizados, a forma de execução e as técnicas de aplicação. Quando feita de forma correta, os custos com impermeabilização atingem, em média, 2% do valor total da obra. Se forem executados apenas depois dos problemas serem constatados, esse percentual é aumentado em até 10% do custo total da obra. Os dados são do IBI. Para Guilherme Gallo, diretor de Qualidade e Comércio da Metacaulim, é preciso considerar os arredores e as características da edificação, tais como as
No Brasil, as primeiras impermeabilizações utilizavam óleo de baleia na mistura das argamassas para o assentamento de tijolos e os revestimentos de paredes. A impermeabilização entendida como item da construção que necessita de normalização, ganhou um impulso especial com as obras do Metrô da cidade de São Paulo, que se iniciaram em 1968. Atualmente, existem tecnologias muito mais eficientes. O aditivo mineral em pó é uma alternativa própria para ser utilizada em argamassa e concreto. O produto, que é adicionado juntamente com o cimento, já foi utilizado em grandes obras como portos, metrôs e estádios de futebol. Guilherme Gallo explica que o aditivo Metacaulim HP é um pó muito fino, produzido à base de silicatos naturais, que reage quimicamente com o cimento, deixando-o
menos poroso e permeável, de modo definitivo, sem perda de eficiência ao longo dos anos. “É dos poucos impermeabilizantes disponíveis no mercado que pode ser usado em concretos estruturais, em qualquer faixa de resistência de projeto.” Em geral, os produtos que agem por meio da formação de películas precisam ser reaplicados de tempos em tempos. A periodicidade da reaplicação da camada impermeabilizante depende do tipo de material e das condições de exposição aos efeitos do clima (sol, chuva, vento), de ano em ano ou até de cinco em cinco anos. Em relação a argamassa e ao concreto, uma vez aplicados sem o aditivo, o construtor poderá, posteriormente, adotar medidas corretivas para evitar a passagem de água. “Aplicar resinas formadoras de película, normalmente ao lado da umidade, como manta asfáltica e silicones, por exemplo, é uma providência que visa contornar o problema de maneira temporária e leva a necessidade de reaplicação de tempos em tempos”, diz Gallo.
No caso de membranas líquidas impermeabilizantes, além de possuírem uma excelente relação custo-benefício, são produtos pronto para o uso, com aplicação a frio e muito fáceis de usar. A Sikafill possui três opções que englobam a impermeabilização de coberturas.
Quando feita de forma correta, os custos com impermeabilização atingem, em média, 2% do valor total da obra Os produtos da empresa são feitos com base em resina acrílica. O Sikafill Gesso é um fundo preparador de superfície, para a aplicação direta sobre gesso e drywall. O
mesmo produto destinado a telhas é especialmente formulado para materiais de fibrocimento, que geralmente trazem muitos problemas de umidade, por não terem um sistema de impermeabilização adequado. Já o Sikafill Power tem o diferencial de que já vem com fibras em sua formulação, o que elimina o uso da tela de reforço nas aplicações. Ele pode ser utilizado na impermeabilização de coberturas, lajes e baldrames. Para o IBI, no momento de decidir sobre impermeabilização, é importante lembrar que a água, a despeito de seu inestimável valor e importância para nossas vidas, por outro lado, é também fonte de 85% dos problemas das edificações.
Metacaulim (48) 4584.5327 metacaulim.com.br
Sika (11) 3687.4600 bra.sika.com
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PPP para adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos Tiago Andrade Lima *
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nstrumento de gestão criado há quase uma década pela Lei Federal nº 11.709/2004, a Parceria Público-Privada (PPP) vem sendo uma ferramenta pouco adotada pelos entes da Federação para a execução das suas políticas governamentais. Embora muito semelhante, em alguns aspectos, às concessões comuns previstas na Lei Federal nº 8.987/1995, a introdução das Parcerias Público-Privadas no ordenamento jurídico brasileiro fez emergir conceitos inovadores no âmbito da gestão pública. Dentre as principais mudanças estabelecidas pela Lei da PPP, destacam-se as seguintes: a) a necessidade de implantação de padrões de governança corporativa — transparência dos procedimentos e das decisões — no âmbito da execução da Parceria; b) a utilização da arbitragem na resolução dos conflitos; c) a imperiosidade de demonstração de sustentabilidade financeira e das vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria; e d) a segurança jurídica trazida ao empreendedor, com a inclusão na lei da obrigatoriedade, pelo Poder Público, de prestar garantia para as obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública. Previu ainda duas modalidades de Parceria, a saber, patrocinada e administrativa. A primeira ocorre quando envolve, adicionalmente à tarifa cobrada aos usuários, uma contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. Dessa forma, quando não ocorre o efetivo desembolso financeiro do parceiro público, não há uma PPP, mas, tão somente, uma concessão comum. Por outro lado, a PPP na modalidade administrativa ocorre quando a Administração Pública é usuária direta ou indiretamente dos serviços prestados na Parceria, ainda que envolva
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execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. É o caso da gestão dos resíduos sólidos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabeleceu o prazo de 4 anos a partir da publicação da Lei — em 2010, para destinação adequada dos rejeitos. Ou seja, a partir do mês de agosto de 2014, será proibido o descarte inadequado; os lixões terão que ser erradicados; e os aterros sanitários legalizados só poderão receber rejeitos, ou seja, tudo aquilo que não pode ser reutilizado ou reciclado. O Ministério do Meio Ambiente estima que sejam necessários cerca de R$ 9,6 bilhões para execução da meta relativa aos aterros sanitários. Para tanto, reacende no gestor público a necessidade de cumprir as metas estabelecidas na PNRS por meio da PPP. Isso porque o referido instrumento conta com uma diferença abissal para as outras modalidades de contratação pelo Poder Público: O art. 6º, § 1º da Lei da PPP, inserido pela 1ª Lei Federal nº 12.766/2012, admite o pagamento, ao parceiro privado, de remuneração variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade definidos no contrato. Dessa forma, o novo arranjo institucional proposto pela Lei da PPP abre espaço para se criar uma modelagem que estimule o parceiro privado a trabalhar para diminuir a geração de resíduos e estabelecer formas de reaproveitamento e reciclagem. Assim, com a desvinculação entre a quantidade de resíduos depositados no aterro sanitário e os valores percebidos pelo parceiro privado, que será remunerado pela estrutura necessária à prestação do serviço, haverá o estímulo para buscar soluções que atinjam os objetivos da PNRS, quais
sejam a não geração de resíduos, a redução, a reutilização, a reciclagem, o tratamento dos resíduos sólidos e, como última opção, a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Em estudo encomendado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a Parceria Público-Privada nos serviços de limpeza urbana e manejo do lixo foi indicada como a melhor solução para os municípios brasileiros se adequarem às exigências da nova política nacional de resíduos sólidos. Além disso, a PPP permite ao poder público celebrar parcerias duradouras — até 35 anos — o que garante, em princípio, considerando os maiores prazos de amortização, uma maior modicidade das contraprestações. Atualmente, grande parte dos contratos de limpeza urbana é realizada sob o formato de terceirizações baseadas na lei de licitações, que admite prazo máximo de 5 anos, com investimento apenas do poder público. Assim, a PPP afigura-se num instrumento essencial para atendimento às metas da PNRS, estimulando o parceiro privado a se envolver na execução das ações governamentais, além de otimizar e modernizar a prestação do serviço público com base numa relação duradoura, aliando investimentos de capital público e privado, com garantias recíprocas e riscos compartilháveis.
* Tiago Andrade Lima é especialista em Direito Ambiental, Mestre em Tecnologia Ambiental e titular da área de Direito Ambiental da Queiroz Cavalcanti Advocacia.
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ano IV | nº 16 | abril 2013
é hora de agir No Ano Internacional de Cooperação pela Água, é urgente chamar atenção para os desafios e benefícios do gerenciamento dos recursos hídricos P. 73
Entrevista
Tendências
P. 68
P. 72
O ambientalista Valmir Fachini traz o conceito de saneamento ecológico
O colunista Renato Legal fala sobre a evolução das construções sustentáveis
eu digo
Água virtual: Você consegue ver onde ela está? Telma Bartholomeu Silva *
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magine uma vida sem água. Esse cenário seria possível? Claro que não!
Se pararmos para pensar, pessoas precisam de água, animais e vegetais idem, e quase todo produto precisa de água em alguma fase da cadeia produtiva. Essa quantidade de água, que é exigida no processo de fabricação de um produto, por exemplo, é conhecida como água virtual — conceito elaborado e difundido pelo cientista britânico John Anthony Allan. Comemoramos o Dia Mundial da Água no dia 22 de março, e, mais do que nunca, torna-se importante levarmos em consideração esse alerta e refletirmos, já que existe uma equação econômica que precisa fechar, afinal alguém tem que pagar a conta. Precisamos pensar “fora da caixa” e entender como vamos quantificar essa “água virtual”, agregando valor às commodities exportadas. Afinal, além do produto em si, aquele que adquire algo Made in Brazil está levando um pouquinho da nossa água também. Com base nesse conceito, afirma-se que o Brasil é um dos maiores exportadores potenciais de água! Se levarmos em conta a quantidade de água consumida no setor agropecuário mais a que é utilizada pela indústria, vemos que essa afirmação não está de todo equivocada. O sistema de cobrança pelo uso da água, cada vez mais estruturado, procura dar uma solução para isso. Verifica-se, pela Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos — Lei nº 9.433/97, que a cobrança ocorrerá pela captação do recurso e pelo lançamento de resíduos líquidos, por exemplo, utilizando o “veículo” água como uma forma de destinação. Assim, a utilização da água como insumo do processo produtivo ou como depositária das externalidades negativas do processo produtivo é algo importante no mecanismo de gestão dos recursos hídricos. A preservação da água com políticas
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de economia de consumo é uma das formas de evitar a tão temida escassez. Assim, dentre as alternativas para suprir a demanda, cada vez mais crescente, encontra-se a ideia de utilizar água de qualidade inferior (esgoto doméstico tratado) para fins menos nobres (como lavagem de ruas), com o intuito de evitar novas captações, aumentando a disponibilidade para o consumo humano, a dessedentação de animais, a irrigação das nossas lavouras e a indústria. A questão reside no fato de que os sistemas de água doce não sobreviverão se o hábitat ao redor for destruído pelo desmatamento descontrolado, pela urbanização desenfreada e pela consequente poluição. Caso algo não seja feito, continuaremos gastando milhões para despoluir sistemas de rios exauridos por cidades mal planejadas e desastres agroindustriais. Enfim, quantificar essa água virtual, “embutida” no processo produtivo, é algo que ainda requer uma reflexão e com uma conta provavelmente imprecisa. Dessa forma, educar o consumidor para práticas de consumo sustentáveis e colocar no centro das discussões a “pegada da água” de cada um de nós torna-se algo fundamental hoje em dia. A cobrança pelo uso da água é inevitável nos casos previstos em lei, mas acreditamos que as boas práticas no que se refere ao uso dos recursos hídricos devem atenuar o impacto dessa cobrança, assegurando sustentabilidade ambiental e econômica, e isso hoje é fundamental numa economia cada vez mais globalizada. A saída para um mundo com água suficiente reside na preservação dos suprimentos de água doce, na recuperação dos sistemas poluídos, nas alternativas e no incentivo para reúso e desenvolvimento de tecnologias para captação das águas pluviais, por exemplo. Vale lembrar que, em virtude da importância do tema, 2013 foi eleito o Ano Internacional da Cooperação pela Água. Assim, cada vez mais, fica claro que
todos temos responsabilidade pela manutenção desse recurso ambiental e por meio da cooperação na utilização e preservação é que a humanidade, como um todo, conseguirá vencer esse desafio do binômio: necessidade-oferta. A pressão sobre os recursos hídricos é algo inerente à economia de mercado e à sociedade moderna. Consumo aumentando em face do uso crescente pela agricultura e pela indústria, do processo acelerado de urbanização e, por outro lado, de problemas de qualidade e oferta do recurso em virtude de eventos danosos, poluição em geral, mudanças ambientais e climáticas. Esse é o cenário, no qual entendemos ser muito importante os países e a economia mundial atentarem para a necessidade, cada vez mais crescente, de “cooperação pela água”. Referida “cooperação” pode se dar, por exemplo, no manejo conjunto de aquíferos subterrâneos e bacias fluviais compartilhados, no intercâmbio de dados técnico-científicos, na transferência de tecnologia, dentre várias outras ações a serem pensadas não só no decorrer deste ano, mas também daqui pra frente sempre que se pensar numa economia com sustentabilidade. Nesse contexto, fica a reflexão: como encontrar soluções viáveis e criativas para lidar com a nossa “pegada da água”?
* Telma Bartholomeu Silva é sócia do Almeida Bugelli e Valença Advogados Associados. Especialista em Direito Ambiental pela Escola Superior do Ministério Público de São Paulo, Mestre em Direito Econômico e Financeiro com concentração na área de Direito Ambiental Econômico pela Universidade de São Paulo.
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Valmir Fachini
Respeitando o ciclo da natureza por Renata Farache e Patrícia Felix
Diretor da ONG O Instituto Ambiental (OIA), no Rio de Janeiro, o filósofo e educador comunitário Valmir Fachini é um defensor do conceito de saneamento ecológico, tratamento de esgoto utilizado há séculos por países como a Índia e a China e que dispensa produtos químicos, utilizando-se de um só recurso: a natureza. Segundo ele, o modelo é uma solução aos sistemas convencionais brasileiros que utilizam grandes estações demandando complexas estruturas de rede coletora — ou seja, com grande desperdício de água e energia. Para Fachini, a “tecnologia social” é ideal para a conservação dos recursos hídricos e melhoria das condições de vida da população. O filósofo afirma que o saneamento ecológico é simples, sustentável e tem custo reduzido, porém esbarra no preconceito. Os aspectos culturais ainda dificultam a aceitação, mas já é hora de considerar o modelo uma alternativa inteligente.
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O que é saneamento ecológico? Ele pode ser considerado o sistema ideal? É aquele que melhor saneia o ambiente, recupera a maior parte dos nutrientes presentes na biomassa para a produção e a restauração de solos degradados. Ele reutiliza sua energia como fonte direta de calor ou para a geração de eletricidade e reduz o consumo de água em seus processos. Assim, é o sistema ideal, principalmente para novos assentamentos que possam prever, desde o início, uma maior integração humana com a natureza — tanto em áreas rurais quanto urbanas, onde existam espaços suficientes para cultivos e reciclagem; e em pequenas e médias cidades que ainda não possuam sistemas de coleta e tratamento. Qual é a diferença entre saneamento ambiental e ecológico?
Saneamento ambiental é aquele que limpa o ambiente e evita a contaminação por contato direto. A canalização de esgotos longe das áreas habitadas já é considerada ambiental, ainda que, mais adiante, venha a contaminar. O saneamento ecológico, ou Ecosan, como é definido pela Organização das Nações Unidas, não busca afastar os esgotos dos habitantes, mas tratá-los e recuperá-los nas suas formas líquida, sólida e gasosa o mais próximo possível. Assim, é possível evitar desperdício de água ou de energia para o transporte. Com os avanços da tecnologia e modernos sistemas para o esgotamento sanitário, utilizar-se da natureza não seria voltar ao passado? Se retornar à natureza e observar seus processos, obtendo água limpa, ambientes saudáveis e respeito aos ecossistemas, for considerado voltar ao passado, sem dúvida, esse passado é melhor e também uma forma de recriar paraísos. Hoje, por exemplo, quando olhamos para o Rio Tietê e o Rio Pinheiros, em São Paulo, depois de duas décadas de investimentos, o que ocorre
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nos primeiros 50 km é impressionante: canalização do rio, mau cheiro, produção de espuma. Ou seja, tudo o que não se desejaria que acontecesse. Quando o Rio Tietê volta a conduzir suas águas por seu curso natural, ele volta a ganhar oxigênio, melhora a qualidade, ganha vida. Ou seja, (re)naturalizar o curso dos rios é voltar ao passado.
Empresas de cafés especiais na América Central agregaram valor às suas vendas por executarem planos de saneamento ecológico em suas fazendas Existem investimentos significativos no que diz respeito a saneamento ecológico hoje? Para replicação em larga escala e com fundos de origem pública, a resposta é “não”. Em pequena escala e com origem em fundos privados, “sim”. Tem muita gente ao redor do planeta se preocupando e transformando essa ideia em ação prática. As várias formas de saneamento ecológico, além de tratar o ambiente, reciclam nutrientes importantes para recuperação de solos e produzem energia descentralizada. Por que não?
Porque estamos acostumados a receber equipamentos pré-fabricados. A indústria da construção civil já tem tudo pronto de fábrica para misturar às águas. Os técnicos foram formados, durante décadas, sem a preocupação em cuidar e preservar o meio ambiente, mas, apenas, com o propósito de competir com ele — mesmo que tivessem que destruir todo o entorno.
Então, podemos pensar que, na prática, ainda é algo extremamente filosófico/ideológico? Deveria ser algo mais do que natural imitar os ciclos sustentáveis da natureza, afinal somos parte dela. Infelizmente, aprendemos e adquirimos muitos pré-conceitos em relação ao ambiente: os animais são perigosos, os insetos são prejudiciais à nossa saúde, comprar é mais fácil que cultivar. Assim, fomos afastados da natureza — e pior: hoje, para se ter acesso a ambientes mais naturais, é necessário pagar cada vez mais caro. Necessitamos reaprender a cuidar da Terra, respeitar seus ciclos, conhecer mais para ser capaz de cuidar mais. O saneamento ecológico é viável do ponto de vista econômico? Investir em saneamento sempre será viável economicamente. Dados da Organização Mundial da Saúde afirmam que para cada um real investido em saneamento, economizam-se quatro reais na outra ponta, a saúde. Mas, muito além desse retorno a médio prazo, com o saneamento ecológico é possível ter o retorno de curto prazo, com a utilização da água e biomassa para cultivo e do biogás como fonte de calor. Se compararmos o custo de um sistema convencional de “fossa, filtro, sumidouro” com o de um sanitário ecológico, a diferença econômica é insignificante. Apenas na instalação será considerável. No primeiro caso, se compra e se paga para alguém instalar e, como o próprio nome já diz, é preciso “sumir” com o esgoto. No sanitário ecológico, a impermeabilização deve ser feita para não “sumir” com o “ouro”. Os volumes são bem projetados para que a evaporação e a evapotranspiração pelas plantas possam ocorrer adequadamente; e o biogás, quando produzido, precisa ser consumido para não lançar metano livre na atmosfera. Ou seja, os sistemas Ecosan requerem corresponsabilidade entre fornecedores e clientes. Não é somente a venda de um produto.
Faltam políticas públicas de incentivo? Existem políticas públicas de incentivo para novos empreendimentos em muitos itens considerados ambientalmente corretos, mas, quando chega ao tratamento de esgotos, em geral, não se quer mudar o que já vem sendo feito nos últimos 50 a 60 anos. Pode ser por comodidade, pode ser por medo de inovar, pode ser por pressões corporativas. Alguns estados do Sul, do Sudeste e do Nordeste fizeram leis específicas incentivando a difusão de sistemas Ecosan. No Sul, pela gravidade da situação em relação à produção de suínos, principalmente. No Sudeste, para incentivar populações isoladas a sanear suas comunidades. No Nordeste, mais voltados para a pesquisa, foi onde se instalaram os primeiros biodigestores (equipamento no qual se deposita matéria orgânica para sofrer decomposição anaeróbica — sem oxigênio no ar — e gerar biogás) para saneamento, ainda na década de 1950. Existem muitos cursos que são oferecidos por organizações não governamentais sobre o tema. Em geral, com experiências práticas e que envolvem todos os outros aspectos além do saneamento. Arquitetos e construtores já preveem nos seus projetos o saneamento ecológico ou ainda é algo muito distante? A motivação de engenheiros, arquitetos e paisagistas é fundamental. Nesse sentido, a Associação Brasileira de Engenheiros Sanitaristas (Abes) tem feito várias publicações reforçando a importância do saneamento ecológico. Existem as associações de permacultores, que são grandes defensoras de mudanças para hábitos saudáveis. Várias instituições estaduais — como o Instituto de Tecnologia do Paraná e o Instituto Estadual do Ambiente, no Rio de Janeiro — também incentivam a difusão de sistemas integrados de saneamento. Segundo o IBGE, 30,5% dos municípios lançam os esgotos não tratados em rios, lagos e lagoas. Quais os
principais problemas que, de fato, um saneamento inadequado traz para o meio ambiente? O principal problema que um saneamento inadequado produz é o excesso de nutrientes que ele descarrega no meio aquático. O lançamento direto e sem tratamento também pode eliminar o oxigênio presente no meio, extinguindo muitas espécies. O contato direto com humanos aumenta o índice das doenças de transmissão hídrica. E os benefícios?
Os principais e diretos são na saúde da população; áreas melhor cultivadas, com mudança de paisagem de arquiteturas cinzentas para arquiteturas verdes, integradas. Também destacamos maior valorização dos imóveis e melhor qualidade de vida em geral.
Na América Central, em El Salvador, na Nicarágua, adotam sistemas integrados de saneamento e o fazem como política pública No caso das empresas privadas, quais as vantagens ao adotar o saneamento ecológico? Empresas de cafés especiais na América Central agregaram valor às suas vendas por executarem planos de saneamento ecológico em suas fazendas. A Enviro Loo, empresa sul-africana, recebeu inúmeros prêmios nos últimos 20 anos por produzir saneamento ecológico. A ONG Viva Rio, nos últimos 4 anos, formou várias microempresas que hoje replicam unidades de saneamento ecológico por todo o Haiti. As muitas formas de saneamento ecológico
ajudam os pequenos empreendimentos nos pontos de vista visual e de marketing. Elas acabam dando retorno direto para quem os implanta.
Como é possível contribuir, em casa, com o saneamento ecológico? Com os resíduos sólidos, fazer compostagem e minhococultura (já existem kits pré-fabricados no mercado para utilizar em casa). É importante ter cuidado com o sistema de tratamento, para que ele, verdadeiramente, trate os esgotos (sempre que possível, utilizar equipamentos de biodigestão que lhe permitam usufruir do biogás, reutilizar os nutrientes da água e do biossólido para o jardim, horta, e cultivos de espécies nativas). Uma família pode produzir 200 litros de biogás por dia e usar da forma que melhor lhe aprouver. Como o Brasil está em relação ao mundo quando o assunto é saneamento ecológico? Devido às dimensões continentais do nosso país, certamente temos muito mais unidades domiciliares, comunitárias, empreendimentos comerciais, pousadas ecológicas, resorts e propriedades agrícolas espalhadas pelo País inteiro, quando comparado a outros países. Na América Central, em El Salvador e na Nicarágua, adotam sistemas integrados de saneamento e o fazem como política pública. Na Europa, inúmeras ETEs seguem os princípios de saneamento ecológico, mas com custos muito elevados devido aos rígidos controles de temperaturas a que estão submetidos. Qual é a perspectiva de disseminação do saneamento ecológico? Você é positivo? Com certeza vai crescer especialmente nos países de clima tropical e subtropical, onde as temperaturas são ideais para sistemas ecológicos de saneamento. Nesses países, existem mais áreas disponíveis e, à medida que houver mais incentivos e conhecimento das tecnologias apropriadas disponíveis, a disseminação certamente vai acontecer com maior velocidade.
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TENDÊNCIAS
Construção Sustentável, a partir de quando? Renato Leal *
A
simples observação do que vem ocorrendo em outros países com relação à construção civil, sejam eles países em desenvolvimento ou desenvolvidos, nos mostra que o mundo está evoluindo no sentido de utilizar projetos, práticas construtivas e materiais progressivamente mais sustentáveis. As diferentes velocidades com que esse processo vem caminhando dependem de alguns fatores, entre eles nível cultural e educacional das populações, ciclo econômico em que vivem, tecnologias disponíveis e legislação. Com essa ideia em mente, somos levados a acreditar que cada vez mais as novas construções serão mais sustentáveis com base nos fatores citados. Considerando que essa tendência é benéfica às pessoas de forma específica, à sociedade de forma geral e aos países, resolvi listar um conjunto de ações que poderiam encurtar o tempo de chegada a essa nova realidade com a antecipação desses benefícios:
1. A estruturação de mecanismos de incentivo fiscal e creditício para ações com comprovado impacto na sustentabilidade ambiental e das edificações. Para empresas e pessoas. 2. Estruturação de mecanismos de financiamento aos investimentos ligados ao retrofit energético de edificações públicas e privadas. É sabido que esses projetos têm um curto pay-back (ou alta TIR), o que, no ponto de vista empresarial, significa aprovação automática sob o critério de boa gestão. Principalmente se eles puderem ser financiados através de modelos que permitam a liquidação do principal e dos juros por meio de uma parcela da economia gerada. É importante alertar que os prédios públicos de todo o Brasil têm recebido muito pouca atenção nessa matéria. O retrofit energético de prédios públicos, além de trazer magníficas poupanças, serviria de elemento indutor de uma nova consciência na população, bem
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como do bom exemplo de gestão dos recursos públicos. 3. Poderão ser também incorporados nessa lógica de incentivo ações que tivessem impacto positivo na eliminação ou no reaproveitamento de resíduos, na geração de energia e na economia de água. Ações imediatas sobre a iluminação pública e semáforos produzirão grandes reduções de consumo e alguns ganhos da gestão do trânsito. A fiscalização do uso da água e mais velocidade no conserto do nosso sistema de distribuição gerarão certamente grandes economias. 4. A criação de incubadoras junto às universidades e ligadas a empresas e sindicatos de classe, com recursos técnicos e financeiros disponíveis aos investimentos.
Programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida, devem, desde já, incorporar conceitos de sutestentabilidade
um programa intensivo de arborização, criando manchas verdes que funcionam como dissipadoras de calor. 7. Colocar a questão da sustentabilidade como atributo prioritário nas reestruturações dos planos metropolitanos. 8. Grandes programas habitacionais, como o Minha Casa, Minha Vida, devem, desde já, incorporar conceitos de sustentabilidade. Não podemos continuar construindo como antigamente, mantendo-nos vinculados a formas construtivas já incompatíveis com os tempos atuais. Estamos falando de mão de obra escassa, com preço em elevação e baixa velocidade na construção. Uma boa ideia é trabalhar nesses programas com soluções industriais para a construção de habitações. A lista já é grande e está aqui apenas para uma provocação. Estamos entrando num período onde escassez será a palavra mais precisa para descrevê-lo. É tempo de corrermos em frente. Convém lembrar que, aliado aos benefícios do conforto da construção sustentável, estamos falando de economia de energia, de água e de qualidade do ar, temas que cada vez mais preocupam aqueles que pensam e veem a vida com olhos no futuro.
Essas incubadoras deverão ter como foco o desenvolvimento de processos, produtos e sistemas com benefícios diretos para o meio ambiente. 5. Campanhas estruturantes nas escolas e universidades alertando e conscientizando as pessoas sobre a importância de pensar e agir de forma sustentável. Em algumas situações, e apenas com mudança de atitude, obtêm-se excelentes reduções no consumo de água e energia. 6. Ocupação dos espaços disponíveis — orlas, calçadas, praças, parques — com
* Renato Leal estrutura negócios, atuando no Brasil e em Portugal.
Numa obra são desperdiçados cerca de 20 litros de água por metro quadrado. Os dados são da Universidade Federal do Pará
foto: MARk atkines
é Hora de agir Escassez de recursos hídricos obriga setor da construção civil a repensar práticas por Gil Aciolly
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ano é da água. A campanha da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) pede a cooperação no manejo dos recursos hídricos. E nele, a construção civil tem papel fundamental. Afinal, consome 21% de toda a água tratada do planeta, de acordo com o Green Building Council (GBC), organização que fomenta a indústria de construções sustentáveis. O problema precisa ser combatido de frente pelo setor. Para mudar esse quadro, entre diversos caminhos apontados está a adoção de práticas sustentáveis, desde a elaboração do projeto, passando pelo
canteiro de obras e toda a vida útil do empreendimento construído. A responsabilidade precisa ser compartilhada com fornecedores, construtoras, empreiteiros, empresas de manutenção e agentes com responsabilidade pública, como o próprio governo, as representações setoriais e as instituições de ensino, através de conscientização, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias. A meta deve ser clara e englobar a redução do consumo da água, a diminuição do desperdício e o aumento da eficiência e do reúso dos recursos hídricos. Só assim teremos como racionalizar a demanda pelos mananciais disponíveis e
de fácil acesso, que segundo a Unesco representam somente 0,3% do volume total da água do planeta. Ter reduções no canteiro de obras também é cada vez mais urgente, principalmente se levarmos em conta que o setor da construção civil deve crescer 4% em 2013, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o crescimento, aumenta também o consumo de água, que não é pouco. Para se produzir um metro cúbico de concreto, por exemplo, gasta-se entre 160 e 200 litros. Na compactação de um metro cúbico de aterro, a quantidade pode chegar a 300 litros de água. Os números são de uma pesquisa,
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realizada em 2008, pelo Departamento de Engenharia de Construção Civil e Urbana da Universidade de São Paulo (USP), que ainda coloca os gastos com água como 0,7% do custo total da obra. Apesar do vasto uso, a água sequer é considerada um material de construção. Isso sem levar em conta o consumo por parte dos operários, que gira entre 45 e 60 litros por pessoa durante a execução de obras, além de testes de instalações hidráulicas e de impermeabilização, acabamento e lavagens. De São Paulo vem um exemplo de construção verde. Lá, a maior empresa pública de habitação do País, Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), desde 2007 adota medidas para fomentar a sustentabilidade nos condomínios que constrói. Dois deles, localizados em Cubatão e Santo André, chamaram a atenção da Organização das Nações Unidas (ONU), que os reconheceram como modelo possível de ser replicado por outros países, através do Sustainable Social Housing Initiative (Sushi), iniciativa global do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que visa promover práticas de construção sustentável em programas de habitação de interesse social. Nos casos considerados exemplares, prédios amplos e com pé-direito alto permitem maior iluminação natural e ventilação.
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Neles, a água é aquecida por meio de energia solar. A construção é feita com materiais adquiridos de fornecedores com práticas sustentáveis. Entre essas e outras medidas, há as voltadas para os recursos hídricos, como retenção e utilização de água da chuva, aparelhos hidráulicos economizadores, além da medição individualizada. Só pelo fato de instalar um aparelho de hidrômetro em cada uma das habitações, a CDHU registrou uma queda no consumo de água entre 15% e 30% pelos seus moradores.
O carimbo oficial da sustentabilidade assegura uma valorização de 10% a 20% no preço de revenda Esse mesmo índice de economia varia entre 30% e 50% em empreendimentos certificados pela GBC, que abarca critérios como eficiência energética, uso de materiais e recursos sustentáveis, preocupação com qualidade ambiental interna, adoção de inovações e tecnologias para minimizar os impactos ambientais, preocupação com o entorno e créditos regionais, além do uso racional da água. Para atender a esta última categoria, os empreendimentos devem contar, por exemplo, com a instalação de torneiras eletrônicas com sensor, bacias com dual flush, bacias a vácuo, mictórios eletrônicos ou a seco, chuveiros com redutores de vazão, arejadores em torneiras, sistema de reúso de água e sistemas de automação para irrigação. Por trás dos números, a preocupação de que não basta somente pensar ações de racionalização de água no canteiro de obras, e sim prevê-las durante toda a sua vida útil, que é quando pode ser dada a maior contribuição ao meio ambiente. “Para reduzir o impacto no que diz respeito ao uso da água, cada vez mais construções de grande porte no Brasil têm investido em projetos que utilizem os recursos hídricos de forma econômica e ambientalmente correta. A principal medida que pode ser tomada é a retenção da
água da chuva para reaproveitamento, por exemplo, nos vasos sanitários. Em operação, o empreendimento sustentável chega a reduzir em até 40% o consumo de água, o que assegura retorno financeiro a curto prazo. Em regiões com limitações de chuva, uma boa prática é também o reúso da água cinza, negra ou de processo, que é gerada pelo empreendimento, tratada e reusada no próprio local”, explica o diretor técnico e educacional do GBC Brasil, Marcos Casado. A quantidade de certificações concedidas pela GBC revela que, aos poucos, a sustentabilidade emerge no cenário da infraestrutura do Brasil. O País já é o quarto no ranking de empreendimentos registrados, com 2.089.195,20 m² certificados, atrás apenas dos Estados Unidos, dos Emirados Árabes Unidos e da China. Desde o início do ano, cinco empreendimentos brasileiros receberam o selo Leadership in Energy and Environmental Design (Leed) e outros quinze entraram com pedido de certificação. Para recebê-lo, o imóvel deve comprovar que minimizou os impactos ambientais em sua obra, deixando um legado também para a operação do empreendimento. Atualmente, são 88 certificados e outros 680 pleiteando o selo entre escritórios, hospitais, escolas, agências bancárias, lojas, casas, indústrias, estádios e até mesmo museus. A expectativa é que até o final de 2013 sejam 900 empreendimentos registrados e 120 certificados. O Nordeste é uma das regiões que mais contribui para o crescimento desses números, apesar de o Sudeste ser o mais avançado atualmente. “Temos visto o Nordeste despontar no número de edificações que buscam os diferenciais da certificação (Leed), com destaque para Pernambuco e o Ceará”, revela Casado. Em 2011, eram 577.617 m² registrados buscando a certificação. Em 2012, o número passou para 4.006.556 m². Fora as já certificadas, há importantes edificações na região pleiteando o selo, como estádios da Copa do Mundo, Pão de Açúcar, Hotel Sheraton, Reserva do Paiva, Galpão CD da Boticário e Planta Pepsico Feira de Santana. E não é à toa. O carimbo oficial da sustentabilidade assegura uma valorização de 10% a 20% no preço de revenda e redução média de 9% no custo de operação do empreendimento durante
toda a sua vida útil. O desconhecimento de todos esses benefícios ainda é a maior barreira para o setor, mas o GBC Brasil busca agir para disseminar as melhores práticas e capacitar profissionais. Cerca de 33 mil deles já passaram pelos cursos de formação oferecidos pela organização. Nos estados onde o programa educacional está presente, cresce a busca pela certificação. E mais uma vez o Nordeste é destaque. Desde 2009, já são oito turmas no MBA em Construções Sustentáveis, sendo três em Fortaleza, duas no Recife, uma em Maceió, uma em Aracaju e outra em Salvador. Outro entrave é o investimento inicial, que torna o empreendimento entre 1% e 7% mais caro. “O que as pessoas nem sempre percebem é que esse preço é compensado rapidamente com a economia resultante do reaproveitamento da água, da redução da energia e da maior produtividade das pessoas”, sentencia Marcos Casado. O diretor técnico e educacional do GBC Brasil ainda alerta para maior exigência por construções ecologicamente corretas ou sustentáveis, principalmente por causa das vantagens econômicas.“O mercado tem visto que não se trata apenas de poupar água ou energia, mas, sim, de minimizar gastos operacionais e promover maior bem e produtividade às pessoas que ocupam esses empreendimentos, uma vez que os recursos hídricos e naturais, como a luz e o vento, são mais bem aproveitados e reaproveitados. Com tantos incentivos, o número de grandes construções sustentáveis no Brasil pode crescer mais”, espera Casado.
DO ESGOTO À ÁGUA REÚSO DA ÁGUA É ALTERNATIVA No Nordeste, empreendimentos certificados pelo GBC Brasil, como o auditório do Edifício- sede da Odebrecht (BA), a Energisa (PB) e a Kraft Net (PE), adotaram práticas de reúso da água para fins não potáveis. Exemplos como esses devem se tornar cada vez mais comuns. Por enquanto, ao contrário do lixo, que rende lucros através da reciclagem, o reaproveitamento da água ainda é considerado um processo caro. Essa realidade em breve mudará. É o que acredita a engenheira Simone Souza, Mestre e Doutora em Tecnologia Ambiental. “Se formos para a ponta do lápis ainda é mais barato usar a água potável. Mas, logo, a questão será o custo. Vamos ser obrigados a optar
pelo reúso”, alerta. Segundo ela, o mundo já passa por uma crise com 1,1 bilhão de pessoas sem acesso à água potável. Para piorar ainda mais a situação, 90% dos esgotos gerados no planeta não são adequadamente tratados, e 80% das doenças e 25% das mortes nos países em desenvolvimento são decorrentes da poluição da água. Tudo isso agrava ainda mais a situação dos recursos hídricos. “Não há sentido em continuar usando a água tratada para dar descarga no banheiro. É irracional tratar, reservar, distribuir e dar esse fim a um recurso que é finito e merece a preocupação de todos”, indigna-se. No Brasil, em uma residência comum, 37% da água é usada através do chuveiro. Só nessa situação, jogamos pelo ralo quase 40% de um recurso que poderia ser usado, perfeitamente, para outros fins, como a descarga,
por exemplo, que é responsável por outros 22% do consumo residencial. Os percentuais revelam nosso descuido com o bem. Continuamos com a má prática, mesmo sabendo que há mais de 20 anos dominamos as tecnologias capazes de realizar tratamentos para a reutilização da água. A engenharia consegue tratar o esgoto, cuja composição é de 99,9% de água, através de processos químicos, físicos ou biológicos, tornando-o adequado para o uso na irrigação, descarga e refrigeração. Parte do material pode ainda virar adubo para a produção de alimentos. É possível, inclusive, utilizar os resíduos para produção de biocombustível. Outras iniciativas bem simples dispensam, inclusive, o tratamento, como a instalação de uma tubulação numa pia que canaliza a água usada na lavagem das mãos para o reservatório da bacia sanitária.
No WTC, um sistema prático de bombardeamento reutiliza a água que cai no teto
foto: ANDRÉ VICENTE
Mas qual é o entrave para o tratamento no Brasil? Além dos custos, a engenheira aponta o problema da falta de capacitação técnica para operacionalização e manutenção de estações de tratamento como um dos fatores impeditivos às práticas de reutilização da água. Uma realidade bem diferente da encontrada na Alemanha, em 2003, ano em que Simone Souza realizou estágio na área de tratamento de esgoto, com ênfase em reúso da água, no país. “Lá, vários prédios comerciais e industriais realizavam o procedimento. A prática já era comum. Por ser um país territorialmente pequeno, uma área do tamanho da Bahia, com uma população que representa a metade da existente no Brasil, com poucos recursos hídricos, o reúso da água virou uma necessidade”, explica. Para se ter uma ideia, os vasos sanitários são projetados com canais distintos para a coleta de fezes e urina, o que facilita o tratamento. O Brasil, de acordo com ela, acomodou-se justamente por ter a maior reserva de água potável do planeta. A isso se soma a questão cultural. Mesmo em zona de conforto, o País começa a acordar para a questão. Com ações ainda consideradas tímidas, iniciam-se os primeiros passos. “Aqui, é muito recente, como tudo na área ambiental”, diz a engenheira. Apesar disso, ela
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elogia as leis ambientais brasileiras, consideradas as mais completas do planeta. Também desmistifica a questão do custo, exemplificando através do caso da popularização das televisões com a tecnologia LED. “Antes eram caríssimas. Agora, como a produção dos equipamentos aumentou, ficaram mais baratas. O mesmo ocorrerá quando começarmos a usar as tecnologias para reutilizar a água”, conclui. Como em qualquer tecnologia, quem sai na frente tem grande vantagem. “Uma construtora que começa a se preocupar com isso vai adquirir experiência e qualificar as pessoas para a reutilização. Além disso, há a questão da sustentabilidade. A população está mais consciente em relação à racionalização dos recursos naturais e, consequentemente, mais exigente”, ressalta. Um projeto brasileiro bem sucedido de reúso de água é o complexo World Trade Center São Paulo (WTC-SP), que realiza o tratamento de efluentes. Desde novembro de 2011, 25% do consumo da água de todo o complexo é reutilizada em descargas sanitárias, espelho d’água, torres de resfriamento do sistema de ar condicionado, limpeza de áreas externas, além da irrigação de jardins. Tudo feito com a água proveniente do esgoto e atendendo todas às normas e padrões de qualidade
necessários para a utilização em fins secundários. O sucesso do inovador sistema de gerenciamento de recursos hídricos, projetado e instalado pela General Water, aliado às ações de implementação dos poços artesianos e sistema de medição de esgoto, foi premiado pela Associação Brasileira de Facilities (ABRAFAC), na categoria Gerenciamento, Manutenção, Operação e Utilidades, um ano depois de entrar em operação, na edição 2012 do Melhores do Ano. Através da iniciativa o WTC-SP, que é autossuficiente em abastecimento de água potável, já colhe resultados, inclusive, financeiros. Houve uma redução significativa no volume de esgoto descartado na rede pública de cerca de 50%; redução no volume de utilização de água potável de 30% e redução no custo mensal na ordem de 30%. “O resultado alcançado com este projeto reflete o comprometimento do complexo com um gerenciamento sustentável, que alcança benefícios econômicos, sociais e ambientais”, afirma o CEO do WTC-SP, Luciano Montenegro. A independência hídrica do complexo que agrupa Torre de Escritórios com 25 andares; D&D Shopping com 95 lojas; Sheraton São Paulo WTC Hotel com 296 apartamentos e o WTC Events Center com 60 espaços de eventos disponíveis, auxilia a concessionária pública, que sofre os efeitos da escassez de água em São Paulo, podendo direcionar o atendimento aos consumidores essenciais, como hospitais, escolas e população em geral. “É uma tendência mundial realizar a própria gestão do uso da água, desde a sua captação e utilização até o tratamento. O complexo se diferencia na relação direta com a sustentabilidade, além do ganho econômico gerado”, é o que diz o diretor comercial da General Water, Ricardo Ferraz. Ele está certo. Os resultados financeiros através das iniciativas voltadas ao uso consciente e sustentável da água devem ficar ainda maiores ao longo dos anos. Afinal, a cada dia, a água se torna um bem mais valioso. Por enquanto, além de sair na frente, o empreendimento nos deixa uma lição de respeito. Os recursos hídricos fazem parte de um ciclo. As torneiras não são fontes mágicas, nem o caminho da água se encerra no ralo ou na descarga.
boas práticas
descarte inteligente Agora os clientes do Seguro Residencial do Itaú de todas as capitais do País têm à sua disposição a opção do descarte inteligente de móveis e eletrodomésticos. Gratuito, o serviço recolhe equipamentos e móveis que não estão mais em uso, dando o destino correto aos bens. Inicialmente disponível para clientes de alguns estados, o serviço agora pode ser usado pelos que moram em todas as capitais, além de cidades num raio de 100 km da capital paulista. Em pouco mais de um ano, o seguro já coletou 114 toneladas de móveis e eletroeletrônicos sem uso. A maior parte (86%) foi enviada para descarte sustentável. Uma parcela menor, de quase 10 toneladas, foi destinada a entidades assistenciais. “Nossa intenção é levar a conveniência aos nossos clientes de praticar atitudes sustentáveis”, afirma Ney Dias, diretor da companhia.
iniciativa Resultado de parceria entre as empresas Plantar e Montana Química, o projeto denominado Sistema Construtivo Amaru com Acabamento em Osmocolor consiste no desenvolvimento de plantas de construções utilizando madeira roliça de eucalipto. O Programa iniciou com duas frentes estratégicas. A primeira tem foco na formação da mão de obra; e a segunda, nos arquitetos e projetistas. Até hoje foram realizados 43 cursos para formação de carpinteiros, com 24 horas/aula de treinamento, cada um distribuído ao longo de três dias. Também são feitas palestras para estimular a cultura do uso da madeira na construção civil por meio do entendimento do Sistema Construtivo Amaru. Em todo o País, já foram treinados 860 profissionais. O Projeto é um modelo construtivo economicamente viável e correto do ponto de vista socioambiental.
economia O primeiro software do país voltado para a eficiência energética em edificações, o Domus-Procel Edifica, foi desenvolvido pela Eletrobras em parceira com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). “É um software de simulação hidro-termo-energética, isso quer dizer que, além das trocas de calor das edificações, ele simula também a troca de umidade”, diz o arquiteto João Krause, da Divisão de Eficiência Energética no Setor Privado, da estatal. Segundo o técnico, o programa representa uma vantagem em relação aos softwares disponíveis no mercado, “inclusive internacionalmente”. Como permite que sejam feitas também simulações com variáveis de consumo e demanda de energia, ele pode indicar soluções que tornem o projeto de um prédio mais eficiente, de modo a evitar desperdício de eletricidade.
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NBR 15.575 é tema do II Encontro de Direito na Construção Civil O novo instrumento de trabalho da construção civil, que estabelece padrões para as novas habitações de todo o Brasil, foi debatido durante o evento no Sinduscon/PE por Gabriela Vasconcelos
erca de 200 pessoas, entre arquitetos, engenheiros e empresários do setor da construção; além de advogados e estudantes, participaram do II Encontro de Direito da Construção. A iniciativa faz parte do Movimento Vida Sustentável (*), coordenado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de Pernambuco (Sinduscon/PE), revista Construir Nordeste, Governo do Estado de Pernambuco. A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi/PE) foi parceria da ação. O objetivo foi apresentar a NBR 15.575 e aprofundar a discussão do ponto de vista técnico e jurídico. Com seis palestras, o encontro foi dividido nos seguintes temas: (I) Visão Geral como Instituição da NBR 15.575; (II) Aspectos Jurídicos, Garantias e Responsabilidades; (III) Desempenho Térmico e Acústico; (IV) Modelo de Empresa em Atendimento à Norma de Desempenho; (V) Sistema Construtivo em Atendimento à Norma de Desempenho; e (VI) Diretrizes para Elaboração de Manual de Manutenção das Edificações. Para a palestrante e consultora técnica da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Geórgia Grace, a norma é um marco regulatório da construção, uma vez que envolve todos os agentes da cadeia produtiva, além dos usuários da edificação. “A NBR correlaciona responsabilidades entre projetistas, fabricantes, construtores, incorporadores e consumidores. Ela estabelece, ainda, requisitos mínimos para a construção de casas de baixa renda até imóveis de alto padrão. Segurança, conforto e qualidade são os três pilares da norma”, destaca.
foto: Agência Antônio Rodrigo
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O assunto atraiu profissionais de diversos setores da cadeia produtiva, além de advogados
Na opinião da consultora, a medida deverá alavancar uma inovação no desenvolvimento tecnológico do setor. Isso porque a norma estabelece apenas o desempenho esperado, mas não traz a “receita do bolo”, ou seja, deixa o campo aberto para a inovação, desde que seja obtido um determinado resultado. Segundo o advogado Carlos Pinto Del Mar, palestrante do tema II, a nova norma é um divisor de águas, tanto para a Engenharia quanto para o Direito. De acordo com ele, a grande diferença é a mudança de foco. “A partir de agora, pensamos a partir do resultado — e não mais da prescrição. Não obedecer a norma técnica é assumir um risco.” Um dos assuntos de mais destaque foi a forte vinculação dos prazos de garantia do
empreendimento à manutenção e uso adequado dos equipamentos. Entre os entraves para a aplicação da norma, destacam-se o fato do mercado ainda não estar 100% preparado para atendê-la. Durante o evento, foram citados alguns problemas, como a escassez de laboratórios de ensaios certificados para suprir a real demanda, a falta de informação sobre o desempenho de diversos insumos e o impacto que a NBR deve acarretar no custo das obras. A norma, que foi publicada no dia 19 de fevereiro deste ano, entrará em vigor em 19 de julho. Até ser de fato divulgada, passou por uma série de revisões e foi debatida por representantes de universidades, institutos de pesquisas, empresas, sindicatos e associações do setor imobiliário e da construção civil.
* O Movimento Vida Sustentável tem como objetivo colocar o tema Sustentabilidade, de maneira contínua e permanente, na ordem do dia dos empresários, profissionais, professores, estudantes do setor da construção civil e sociedade. 79|X
ECONOMIA E NEGÓCIOS
tudo em família Para sobreviver ao mercado, empresas familiares de construção civil devem separar os interesses profissionais e pessoais por Isabela Morais
Patrice Tosi e seus irmãos Marcelo (à esq.) e Márcio: desde que assumiram o comando, as receitas da Tosi cresceram 30% ao ano, em média
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erca de 90% das empresas brasileiras são familiares, segundo o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica da Receita Federal. Apesar de dominar os números, poucos desses empreendimentos existirão nos próximos 50 anos. Historicamente, a cada 100 empresas familiares, apenas 30 sobrevivem à segunda geração, 15 à terceira e apenas 4 conseguem passar seu patrimônio para a quarta geração. No ramo da construção civil, em que grande parte das construtoras e incorporadoras ainda é essencialmente familiar, a realidade não é diferente. De acordo com Celso Hiroo Ienaga, sócio-diretor da Dextron Management Consulting, consultoria com foco em projetos de Estratégia e Organização, o mercado da construção vive um momento de crescimento e
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valorização imobiliária. Muitas empresas do setor abriram seu capital, captaram um volume grande de recursos e passaram a executar planos agressivos de crescimento. Ao longo do tempo, porém, algumas delas acabaram se endividando. E, em momentos difíceis, os laços consanguíneos ficaram mais evidentes. “Mesmo com abertura de capital, a maioria das grandes incorporadoras continuou a manter o controle familiar. Nos últimos dois anos, não raro, os fundadores retomaram o comando gerencial e operacional dos negócios”, avalia. Há, é claro, o outro lado da moeda. Para o consultor, associar empresas familiares à baixa performance e a práticas de gestão questionáveis é um erro. “Quando analisamos as melhores empresas de mercado de capital versus as melhores empresas de
foto: tosi
controle familiar em um período de tempo acima de 10 anos, podemos observar que as empresas familiares apresentam geralmente um nível de desempenho e de retorno consideravelmente superiores às empresas de capital aberto”, analisa.
Qual é, então, a diferença entre as empresas familiares que conseguem sobreviver e as que sucumbem tão rapidamente quanto nasceram? Para Ienaga, a resposta está na postura administrativa. De acordo com o consultor, existem dois grupos distintos de empresas familiares: aquelas que são administradas por famílias empresárias e aquelas que são empresas de donos. “A principal diferença entre uma família empresária
e uma empresa de dono é que a primeira busca entender de negócio e a segunda, do negócio”, caracteriza. Outra distinção importante está na forma de tratar os interesses, o financeiro e o patrimônio. “A família empresária busca manter a família e os negócios separados, adotando práticas de governança e tratando os negócios nos quais tem participação, seja majoritária ou minoritária, sob a perspectiva de um investidor. Já em uma empresa de dono, os interesses se confundem.” Orientada por um racional estratégico, a família empresária estabelece metas a serem atingidas em curto e longo prazos, com o objetivo de garantir longevidade, atratividade para investidores e prosperidade para as futuras gerações. No caso de uma empresa de dono, os fundadores não abrem mão de serem majoritários no controle dos negócios. “Apesar de os donos também buscarem a longevidade e a prosperidade, muitas vezes as decisões não partem de premissas que levem em conta a realidade do mercado.” Com decisões enviesadas, essas empresas perdem a atração diante de potenciais investidores, que prezam por características como visão de longo prazo, pragmatismo nas decisões, cuidado na gestão econômico-financeira, preocupação com as pessoas e as comunidades, monitoramento do mercado e da concorrência e abertura para iniciativas inovadoras. “Quando analisamos as poucas e raras empresas familiares duradouras, observamos que seus familiares fizeram a transição para uma família empresária ao longo das gerações”. Para tornar-se profissional e vencer as estatísticas, Ienaga aconselha que as empresas adotem um significado diferente de sucesso, uma visão realista sobre o contexto familiar e empresarial e um processo de planejamento baseado em aprendizagem e inovação. “As empresas duradouras buscam incansavelmente três objetivos: longevidade, prosperidade e vitalidade. Quanto à visão realista, elas tratam de olhar de forma isenta o contexto familiar e o do negócio separadamente. Finalmente, no caso do processo de planejamento, as famílias empresárias tratam de utilizar ao máximo as lições aprendidas e as
melhores práticas internas para repensar os negócios no futuro, assim como questionar o futuro desses negócios e a necessidade de novas práticas”, avalia.
CASES A Cosil Construções e Incorporações foi fundada em 1965, pelo Engenheiro José Carlos Silva, em Sergipe. Em sua primeira década de existência, atuou exclusivamente com obras públicas do Estado e só depois desse período inaugurou sua primeira construção residencial. A partir de então, os empreendimentos imobiliários se tornaram o principal segmento da empresa, que passou a se dedicar à construção e incorporação de imóveis industriais, comerciais e residenciais. Hoje, 47 anos após sua fundação, a Cosil conta com filiais em São Paulo, no Recife e em Aracaju e é uma das maiores empresas brasileiras do setor.
... as famílias empresárias tratam de utilizar ao máximo as lições aprendidas e as melhores práticas internas Jéssica Silva, diretora comercial da Cosil, explica que a empresa trabalha com um sistema de governança corporativa. “Desenvolvemos processos de assesment entre os irmãos para a escolha do CEO e criamos instituições que são a base da gestão da empresa e das relações desta com a família: o Family Office e o Conselho Consultivo. Além disso, elaboramos e assinamos acordos entre os acionistas e criamos holdings para uma melhor estruturação societária”, relata. A profissionalização já é uma realidade na empresa. “Enquanto estamos na Cosil, somos profissionais que buscam o mesmo princípio. Não há benefícios a
mais para os gestores da empresa por serem da família, e cada um exerce sua função com responsabilidade. Alguns acionistas da família trabalham na empresa, outros não, e conseguimos administrar bem esses papéis. Todas as propostas são analisadas levando em consideração os interesses da Cosil e não os individuais dos familiares”, conta. De acordo com Jéssica, não há diferenças de tratamento entre os funcionários pelo fato de a empresa ser familiar. “Todos são tratados e valorizados da mesma forma. Para nós, os colaboradores são peças-chave e procuramos entender suas necessidades”. O capital da empresa não é aberto e, de acordo com a diretora, não há intenção em fazê-lo. Em 1954, na cidade de São Paulo, José Daniel Tosi e seu cunhado Mário Lantery fundaram a Coldex, primeira empresa do País a produzir fan-coils, self-contained e serpentinas para equipamentos de climatização. Hoje, após 59 anos de história, a empresa mudou de nome e agora engloba quatro marcas: Coldex Tosi Ar Condicionado, Tropical Difusão de Ar, Tosi Aletados e Jelly Fish Soluções Térmicas. Segundo Patrice Tosi, sócia-diretora, há 13 anos a Tosi realizou um trabalho com uma empresa de consultoria que os auxiliou na sucessão familiar. Desde então, a empresa é administrada pelos três irmãos. A Tosi conta com um comitê administrativo mensal formado por gerências de produção, engenharia, financeiro e comercial, através do qual são discutidas todas as questões das indústrias. “Contudo, apenas os três irmãos votam nas questões principais, como investimentos e mudanças de estratégia. Quando o nosso pai e fundador faleceu, em janeiro de 2011, a transição acabou sendo gradativa, pois a empresa já estava sob o nosso comando há muito tempo”, conta. Patrice destaca que muitos empregados trabalham na empresa há muitos anos. “Eles têm acesso a nós para qualquer assunto que queiram tratar. Geralmente os encarregados nos encaminham. Estamos abertos para conversar até mesmo sobre assuntos informais durante o dia a dia na fábrica ou de nossos escritórios pelo Brasil.”
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Canteiro de obras digital Tablets e smartphones ajudam profissionais da construção na gestão de negócios durante as obras por Isabela Morais
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avanço da tecnologia móvel fez novas ferramentas invadirem o canteiro de obras. São os smartphones e tablets, que tornaram possível aos profissionais da construção a mobilidade para o gerenciamento dos custos, do orçamento, dos recursos humanos e da qualidade. Apesar de o Brasil ainda dar seus primeiros passos na inclusão de instrumentos da Tecnologia da Informação (TI) nos canteiros, fenômeno comum em países como Estados Unidos, China e Japão, os primeiros resultados já começam a surgir. Um exemplo acontece em Santa Catarina, onde a construtora SulBrasil Engenharia e Construções utiliza em suas obras diversos tablets equipados com o aplicativo Mobuss Construção Civil. A engenheira Auri Fachini, gerente do setor de Planejamento, Produtividade e
Controle da construtora, comemora os resultados da parceria com a Teclógica, empresa que desenvolveu a tecnologia. “Percebemos que os trabalhadores se sentiram ainda mais valorizados e motivados pelo fato de a empresa estar investindo em novas ferramentas.” De acordo com a engenheira, a utilização do aplicativo diminuiu em 50% as horas de retrabalho, pois permitiu um melhor entendimento do que foi refeito. “O foco não é apenas saber a produtividade por pessoa ou grupo por dia de serviço, mas tentar entender certos resultados e identificar os retrabalhos para reduzi-los. Agora, quando a equipe de planejamento da obra identifica dias com produção baixa, ela avalia imediatamente quais as dificuldades e as formas de ajudar”, diz. O Mobuss Construção Civil é um sistema desenvolvido para ser
utilizado em smartphones e tablets pelos profissionais que estão nas obras, oferecendo aos gestores, com maior precisão e em tempo real, informações sobre o andamento do trabalho e garantindo subsídios para tomada de decisão e para redução de custos, riscos e improdutividade. O aplicativo é dividido em cinco módulos: apontamento de produção, qualidade e inspeção, controle de materiais, segurança e assistência técnica. Na prática, ele é capaz de gerar indicadores de desempenho, realizar inspeções por meio de formulários para atender às normas de qualidade, controlar eventos de segurança da empresa — possibilitando o registro dos assuntos abordados —, a frequência dos participantes, com coleta de assinatura digital, e realizar a solicitação, aprovação e entrega das requisições internas de materiais.
O Mobuss possibilita fazer análises entre o executado e o planejado durante o dia a dia. A SulBrasil já adotou o sistema em quatro obras
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foto: teclógica
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De acordo com Adriana Bombassauro Alexandre, diretora de produtos da Teclógica, os resultados têm sido favoráveis: “Hoje já existem dezenas de construtoras utilizando nossa tecnologia em seus canteiros, e o feedback delas é positivo, o que comprova a maturidade da solução. Percebemos que nossos clientes conseguem cumprir as normas e avaliar de um modo mais fácil os empreendimentos. Há a garantia de que os formulários e todos os documentos não serão perdidos”, conta. Outra ferramenta que passou a estar presente nos canteiros é o Sienge, desenvolvido pela Softplan. De acordo com o diretor da Unidade de Indústria da Construção da empresa, Carlos Augusto de Matos, o software é um sistema de gestão empresarial voltado para a indústria da construção civil. Nascido há 22 anos para auxiliar as atividades de escritório, hoje o produto já possui acesso mobile e por isso está presente também nas obras, onde é possível registrar, autorizar e coletar informações para diminuir os gastos com compras emergenciais. “Temos um total de 1.600 empresas utilizando o Sienge. Percebemos que nossos clientes estão aderindo intensamente ao uso de tablets. Esses aparelhos possuem uma tela maior, são móveis e você pode utilizar o mesmo equipamento tanto na sua obra quanto no escritório”, avalia. O sistema é composto por 11 módulos: engenharia, suprimentos, financeiro, contabilidade e fiscal, comercial, gestão de ativos, suporte à decisão, administrativo, gestão da qualidade, portais e segurança. Nessas áreas, o software auxilia os profissionais em ações como realização de orçamento, controle ambiental, emissão de certidões, administração de pessoal, segurança e saúde no trabalho, etc. Um diferencial do Sienge é a possibilidade da navegação em nuvem. Isso significa que o armazenamento de dados do sistema é feito em serviços que podem ser acessados de qualquer lugar, sem a necessidade de instalar programas ou armazenar dados por conta própria. O acesso é remoto, através da internet. “O engenheiro não fica mais vulnerável em ter que gerenciar um ambiente com servidores e back-ups. Com a nuvem, ele pode
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trabalhar de qualquer lugar, com qualquer aparelho. A adesão a esse tipo de navegação entre nossos clientes está crescendo”, afirma. Segundo dados da Softplan, coletados junto à atual base de clientes da empresa, o Sienge possibilita que a margem de lucro passe de 5% para em média 10,4%. O software também reduziu em 6% o desperdício de materiais. Em uma obra de 10 mil m², isso significa uma economia de até R$ 450 mil. Também houve aumento da assertividade de 3% para 10% em formação de preço de vendas, redução de 20% do tempo de aprovação de compras, com redução do risco de compras desnecessárias, e em 60% dos casos os orçamentos foram mais rápidos.
Não basta apenas levar os smartphones e tables para o canteiro. Para que eles possam ser funcionais, é preciso criar estratégias De acordo a Associação Brasileira de e-Business, a mobilidade corporativa já é uma realidade na vida profissional dos executivos. Uma pesquisa divulgada em 2012 pela instituição mostra que 51% das empresas da indústria já aderiram ao uso de tablets. No setor de serviços, o número é de 33% e, no comércio, de 16%. Apesar de a maioria das empresas (89%) ainda utilizar a tecnologia móvel para atividades simples, como receber e enviar e-mails, muitas já estão conectadas a outras funcionalidades: 46% usam os tablets para realizar acesso remoto ao sistema de gestão e 48% para a formulação de indicadores. Segundo Adriana Bombassauro, estimativas mostravam que o boom para o uso das tecnologias móveis no setor de construção aconteceria em 2012. “O mercado atrasou um pouco e só agora,
em 2013, vemos que as empresas em geral estão buscando essa tecnologia.” Para Carlos Augusto, uma das explicações é a infraestrutura do País: “Acaba-se desfrutando da mobilidade na medida em que se tem estrutura. A qualidade da nossa internet cresce a cada dia, e as empresas que a utilizam saem ganhando”. Com um cenário favorável, a Região Nordeste também começa a despertar. “O mercado de mobilidade para a construção civil na região tem aceitado muito bem as possibilidades da tecnologia, pois enxergou vantagens financeiras”, diz Adriana. Mas não basta apenas levar os smartphones e tablets para o canteiro. Para que eles possam ser funcionais, é preciso criar estratégias. Caso contrário, em vez de ajudar, a tecnologia pode trazer ainda mais dor de cabeça. Como passo inicial para entrar no mundo da mobilidade, Sílvio José Etges, da Teclógica, aconselha que as empresas alinhem o projeto com a estratégia de negócio, estabelecendo objetivos e metas claras e definidas. “Sem isso, fica difícil projetar uma aplicação que gere efetivamente valor para o negócio”, explica. Em seguida, é preciso selecionar as oportunidades que efetivamente irão gerar diferenciais. “Agilidade e precisão com leitura de códigos, otimização com georreferenciamento, sincronismo online e remoto de informações, disponibilidade para coleta em regiões sem cobertura de rede, entre vários outros, são bons exemplos de funcionalidades que podem trazer benefícios para os processos da organização, reduzindo custos, agilizando a operação, elevando a qualidade, entre outros”, comenta. Com aplicativos e softwares capazes de satisfazer as necessidades de um profissional no canteiro de obras, é possível dar adeus aos papéis, e às pranchetas. Mobuss Construção Civil Empresa: Teclógica Blumenau: (47) 3036-7700 teclogica.com.br
Sienge Empresa: Softplan (48) 3027-8000 softplan.com.br
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Bauma 2013 atualiza o mercado da construção civil A feira internacional aconteceu em Munique, na Alemanha, e teve recordes de público e expositores por Daniel Vilarouca
Bauma é considerada, pelos empresários da construção civil e mineração, a maior feira do setor no mundo. Só este ano, o evento, realizado em abril, conseguiu reunir 3.420 participantes de 57 países e atrair um público de aproximadamente 530 mil visitantes de mais de 200 nações. Para os expositores, a Bauma foi um sucesso que superou expectativas e trouxe boas oportunidades de negócios. “Acredito que os equipamentos apresentados certamente vão dar um novo impulso nos mercados da construção civil e mineração”, ponderou Johann Sailer, presidente da Associação de Equipamentos e Materiais para Construção de VMDA e da Comissão para a Indústria Europeia de Equipamentos de Construção. A grande quantidade de visitantes deixou os expositores satisfeitos. Os organizadores da Bauma fizeram um levantamento e constataram que o número de participantes internacionais, em 2013, foi o maior de todas as edições da feira. Montou-se até um Top 10 dos países que mais enviaram representantes. O ranking ficou assim: Alemanha, Áustria, Suíça, Itália, Federação Russa, França, Holanda, Grã-Bretanha, Suécia e Polônia. A Indonésia, país parceiro da Bauma, este ano, também foi fortemente representada com uma delegação de políticos de alto escalão e cerca de oitocentos visitantes. A quantidade de países envolvidos na realização da Bauma dá a dimensão desse evento. É durante o encontro que muitos empresários têm a oportunidade de comunicar para o mundo seus mais novos produtos. “Fomos capazes de comunicar de uma forma muito segmentada nosso amplo portfólio e nossas principais
foto: Bauma
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A próxima edição será em Johanesburgo, na África, em setembro deste ano
inovações em túneis e mineração”, disse Martin Herrenknecht, presidente do Conselho de Administração da Herrenknecht. Ron DeFeo, presidente da Terex Corporation, ficou impressionado com os resultados: “A Bauma representa uma oportunidade única de encontro com clientes de todas as partes do mundo”. Johannes Weiermair, diretor de processamento mineral SBM, acrescentou: “Para nós, a Bauma 2013 foi um sucesso. Por um lado, devido à abrangência internacional de visitantes e, por outro, devido ao nível elevado de contatos”. A feira representou, também, uma excelente oportunidade de negócios para os 3.420 expositores — 1.346 da Alemanha e 2.074 no exterior — dos 57 países participantes. Yanmei Zhang, vice-presidente da XCMG, comentou a venda
de 120 máquinas durante a feira. “Somando as vendas feitas com as encomendas recebidas, foram movimentados mais de 10 milhões de Euros. Tivemos um bom retorno financeiro”, disse. Por esses fatores, a Bauma é o momento mais importante para a apresentação e venda de produtos para a construção civil e mineração no mundo. Para muitos empresários, participar da Bauma é quase que uma obrigação. “Nós viemos aqui com grandes expectativas e todas elas foram ultrapassadas. Para nós, não existe outro encontro que se equipare em número de visitantes e negócios firmados. De longe, a Bauma é a número um no setor”, concluiu Frank W. Reschke, diretor de vendas e membro do Conselho de Administração da MasaGmbH.
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feira destaca infraestrutura viária e rodoviária do País Durante os três dias, a Brasil Road Expo apresentou o que há de mais moderno em tecnologias e equipamentos
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Brazil Road Expo 2013, realizada em março, em São Paulo, apresentou os principais players do mercado nacional e internacional de infraestrutura viária e rodoviária. O evento, que foi palco de discussão da retomada do setor no País, reuniu 10.500 profissionais das áreas de engenharia, arquitetura, administração, compras/aquisições e marketing. Foram 250 marcas expositoras, sendo 30% de empresas internacionais. O saldo foi positivo e surpreendeu: a feira gerou R$ 500 milhões em negócios. De acordo com o diretor da Brazil Road Expo, Guilherme Ramos, a edição foi um sucesso e ultrapassou todas as expectativas. “Durante os três dias, mostramos e debatemos o que há de mais importante a ser discutido no setor. Tudo a fim de atender as necessidades daqueles que buscavam informações sobre construção e infraestrutura de vias e rodovias.” Para Marcelo Perrupato, Secretário de Políticas Especiais de Transportes – Ministério dos Transportes, o setor precisa expandir suas fronteiras. “O segmento rodoviário está precisando, mais do que
nunca, de eventos como este. Este encontro é um fórum representativo para a infraestrutura brasileira”, ressalta. O público visitante também aprovou a Brazil Road Expo. O engenheiro Renan Arantes ressaltou que o evento já é destaque no calendário das principais feiras. “Por ser uma feira focada, o tempo do visitante é poupado e conseguimos encontrar os contatos que precisamos de maneira prática e objetiva”, disse, acrescentando que “trata-se de um evento propício para o encontro com fornecedores e efetivação de negócios”.
barreira de concreto de alto desempenho em até duas faixas. Outra novidade foi o labirinto de sinalização, espaço coordenado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) que expôs aos visitantes a importância da sinalização para a segurança dos usuários de vias e rodovias. Os participantes puderam ver a diferença, por exemplo, a diferença de como a sinalização é vista (ou não) por motoristas de veículos de passeio e caminhoneiros. “Sem um material retroreflexivo de qualidade a sinalização praticamente some para os caminhoneiros, já que a distância entre os olhos e os faróis do veículo ultrapassa dois metros”, alerta o presidente do Observatório, José Aurélio Ramalho.
Novidades Uma das grandes atrações do Brazil Road Expo 2013 foi uma arena com 660m²; na área externa do pavilhão. O espaço contou com demonstrações de equipamentos de grande porte. A Sotreq/Caterpillar montou uma verdadeira simulação onde o público pode ver a pavimentadora AP555E em operação. A Lindsay apresentou o sistema QMB, que possibilita o deslocamento de uma
Congresso
Foram quinze mil m² de exposição e 10.500 visitantes foto: BRE
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Paralelamente à feira de negócios, o evento com o Brazil Road Summit, um extenso programa de conferências e workshops que abordaram diversos assuntos como pavimentação em concreto e asfalto, geotecnia, sinalização, segurança rodoviária, obras de artes especiais (pontes, viadutos e túneis), contenção de encostas, drenagem de rodovias, entre outros. No total, foram mais de 60 palestras divididas em 16 programas. Dentro os destaques, os programas: Infra-Cidades, que reuniu prefeitos, secretários municipais de obras e de transportes para debater o tema Infraestrutura Viária e Rodoviária nas cidades brasileiras; e o Profissional do Futuro, que orientou e abriu mercado para formandos de engenharia que pretendem focar nos projetos, construção, manutenção, reparo e gestão de vias e rodovias.
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construir ECONOMIA
Tarefa 2013: evitar exercícios aloprados de adivinhação Mônica Mercês*
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s resultados oficiais do ano do mercado imobiliário em 2012 começaram a ser divulgados, e várias grandes empresas encerraram o exercício com performance bem diferente das observadas em anos anteriores. Naturalmente, várias especulações surgem. E como surgem! Recentemente, um cidadão eloquente falou-me que tem absoluta certeza de que os preços vão cair, pois soube que uma empresa estava queimando seus estoques que nem as lojas de roupas fazem a cada final de estação. Fiquei atenta às afirmações do cidadão e até imaginando como não seriam os imóveis no outono, no verão e no inverno, então??? Sem falar na linda primavera! Deixei-o explanar suas ideias, e, na sequência, ele soltou a pergunta: “Há alguma diferença entre roupa e imóvel?”. Bem, diante de pergunta tão, como dizer?, inusitada, fiquei pensando em formas de respondê-la, tendo como foco maior me fazer entender — um grande exercício, tamanha a convicção dele. Depois de muito exemplificar as diferenças entre os dois produtos e ir obtendo a concordância apenas gestual, em cada um dos itens pontuados, fui novamente surpreendida com a conclusão do ‘eloquente’ questionador: “Então a senhora está me dizendo que o resto inteiro dos produtos, de passagem aérea a feijão, tem ‘promoção’, e o imóvel não?”. E continuou, argumentando, atingindo o ápice quando me alertou da profecia: “A senhora se prepare, pois eu ouvi dizer que uma tal bolha vai estourar e que vai ser imóvel (água) para todo lado!”. Confesso que depois de tentar, bem didaticamente e sem usar “economês”, explicar o que estão chamando de bolha imobiliária — ressaltando que num curto e médio prazos os indicadores não apontam para esse fato (mencionei a enorme
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demanda, o crescimento de emprego e renda da população brasileira, a relação entre crédito imobiliário e PIB no Brasil comparativamente com outros países onde a tal da bolha ocorreu) —, ouvi, enfim, algo que me fez respirar: “Então vamos observar!”. Ao menos um ponto de concordância espontânea: vamos observar mesmo, pois as empresas do mercado imobiliário estão estrategicamente focadas, no ano de 2013, na geração de caixa operacional, no patamar de lançamentos adequado ao mercado, nos volumes e na celeridade dos repasses e possíveis distratos, sem perder o foco nas vendas.
Analisar um mercado sem euforia não deve ser confundido com reduções/ desaquecimento Nesse movimento de observação é importante não confundir nem tampouco replicar o que “ouvimos dizer” sem reflexões consistentes, sob pena de criarmos uma “verdade-falsa” sobre o que está acontecendo no mercado imobiliário. O que vivemos em termos de velocidade de vendas, nos últimos anos, foi algo que se pode classificar como estado de euforia. É como se ter alguém faminto, que não se alimentava há dias, e colocar um banquete em sua frente. No caso do nosso mercado imobiliário, a fome era gigantesca e já durava décadas! Em 2013, em algumas localidades, a aposta é que a fome continue elevada. Porém, em grande parte das outras, a situação começa a alcançar o padrão
da normalidade, uma fome controlada, mas que nem por isso deixa de demandar comida (imóveis). Analisar um mercado sem euforia não deve ser confundido com reduções/desaquecimento. Assim funciona a economia e seus fundamentos básicos de oferta e demanda. Situações de altas velocidades de venda vão ocorrer sempre, pois há produtos tão assertivos e em locais tão demandados que o resultado dificilmente será diferente. No outro extremo, onde há produtos menos procurados, pouco estudados e em mercados já assistidos, espera-se uma resposta lenta, às vezes lenta demais. Mas, como em tudo na vida, extremos são situações de ausência de normalidade, e o esperado é que tenhamos em 2013 uma convergência para a “presença de normalidade”. Portanto, pedindo emprestado a grande citação do questionador/profeta: “Vamos observar” e, de forma correta, interpretar os movimentos do mercado imobiliário em 2013 para que não enviesemos a compreensão dos fatos. Proponho que fiquemos atentos às métricas que se interligam com o negócio imobiliário, fazendo uma análise imparcial desses números, antes de realizar exercícios aloprados de adivinhação.
* Mônica Mercês é economista, assessora de Planejamento e Inteligência de Mercado da Diretoria da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário – QGDI.
cub - custo unitário básico
março de 2013
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s valores abaixo referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006”. “Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador.” Os preços unitários dos insumos constantes do lote básico foram cotados no período de: 1 à 24 de Março de 2013. A partir de fevereiro/2007, com a entrada em vigor da NBR 12.721/2006, adotamos o projeto-padrão R-16-N como o novo CUB PADRÃO do SINDUSCON/PE, e passamos a divulgar os valores referentes a materiais, mão de obra, despesas administrativas e equipamentos, que formam este CUB Padrão, bem como suas variações percentuais no mês, no ano e em 12 meses.
Projetos
Padrão De Acabamento
Variação Percentual
Projetos-Padrões
R$/ m² Mensal
Acumulado No Ano
Acum. Em 12 Meses
RESIDENCIAIS
R-1 (Residência Unifamiliar)
PP-4 (Prédio Popular)
R-8 (Residência Multifamiliar)
R-16 (Residência Multifamiliar)
Baixo
R-1-B
1.111,23
0,29%
1,51%
9,95%
Normal
R-1-N
1.349,29
0,20%
1,31%
10,29%
Alto
R-1-A
1.717,93
0,16%
1,34%
9,86%
Baixo
PP-4-B
1.015,07
0,32%
1,05%
8,55%
Normal
PP-4-N
1.273,17
0,23%
1,53%
10,43% 8,46%
Baixo
R-8-B
958,99
0,35%
1,07%
Normal
R-8-N
1.083,79
0,25%
1,17%
9,58%
Alto
R-8-A
1.382,25
0,23%
1,41%
10,15%
Normal
R-16-N
1.057,27
0,25%
1,18%
9,53%
Alto
R-16-A
1.361,23
0,36%
1,13%
9,38%
PIS
729,12
0,26%
1,07%
9,53%
RP1Q
1.039,93
0,22%
0,64%
8,63%
Normal
CAL-8-N
1.225,66
0,33%
1,44%
9,73%
Alto
CAL-8-A
1.350,12
0,30%
1,59%
10,38%
Normal
CSL-8-N
1.038,54
0,32%
1,25%
9,37%
Alto
CSL-8-A
1.178,57
0,29%
1,64%
10,62%
Normal
CSL-16-N
1.383,76
0,33%
1,16%
9,34%
Alto
CSL-16-A
1.569,30
0,30%
1,53%
10,53%
GI
582,98
0,37%
0,88%
8,25%
PIS (Projeto de Interesse Social) RP1Q (Residência Popular) COMERCIAIS CAL-8 (Comercial Andares Livres)
CSL-8 (Comercial Salas e Lojas)
CSL-16 (Comercial Salas e Lojas)
GI (Galpão Industrial)
VARIAÇÃO DO CUB-PADRÃO: R-16-N 6,21%
VALOR(R$/m2)
Variação Percentual Mensal
No Ano
Em 12 Meses
CUB DE MATERIAIS
557,05
0,48%
1,53%
8,21%
CUB DE MÃO DE OBRA
447,79
0,00%
0,00%
9,66%
CUB DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS
46,05
0,00%
8,99%
25,66%
CUB DE EQUIPAMENTOS DE OBRA
6,38
0,47%
1,59%
6,21%
1.057,27
0,25%
1,18%
9,53%
CUB TOTAL
ABRIL 2013
89
INDICADORES
IVV COMERCIAL – UM OLHAR SOBRE OS ÚLTIMOS 5 ANOS Danyelle Monteiro*
M
ais um ano passou e o mercado de imóveis comerciais da Região Metropolitana de Recife segue aquecido. Quando analisamos o quantitativo das vendas do período, constatamos que as vendas de 2011 foram quase o dobro das registradas em 2010, atingindo 1.200 imóveis comerciais efetivamente comercializados, contra 619 unidades vendidas em 2010. Ou seja, se 2010 foi o ano do boom para o mercado imobiliário de imóveis residenciais novos, 2011 foi o melhor em se tratando de imóveis comerciais. Vide tabela 1. A tabela 1 nos mostra que enquanto em 2008 o IVV Comercial atingiu 5,5% e em 2009 computou 4,7%, ou seja, com uma variação negativa de 0,8%, o que significa dizer que representou uma queda nas vendas de 39 unidades comerciais, quiçá decorrente das expectativas geradas pela crise financeira mundial de 2008, a partir de 2010 o mercado já segue apontando números mais robustos, com um IVV de 8,5%, 15,6% em 2011 e 9,6% em 2012, o que significa dizer que levando-se em consideração os números de 2012, em pouco mais de 10 meses, com o índice seguindo no mesmo patamar, o estoque estaria zerado. Outras variáveis interessantes de se observar é a constância no quantitativo de empresas que atuam no mercado imobiliário de comerciais e os bairros com maior concentração nas vendas, a exemplo de Boa Viagem, Ilha do Leite, Boa Vista (esse nos últimos 3 anos) e mais especificamente em 2012, Paiva e Casa Amarela, já apontando para uma desconcentração dos bairros.
Em se tratando da área desses imóveis comerciais vendidos entre os anos de 2008 a 2012, no topo do ranking aparecem aqueles com área de até 40 m² com 68,3% do total, contra 13,0% dos que possuem área entre 81 e 120 m² e em terceiro lugar com 9,9% do total os que têm área entre 41 e 60 m², conforme nos mostra a tabela 2. Com o ajuste do estoque entre 2011 e 2012 e o surgimento de novos investimentos e projetos, a exemplo de: Cidade da Copa em São Lourenço da Mata, Reserva do Paiva, Convida Suape, que sozinho estima reservar cerca de 139 hectares
voltados à imóveis comerciais, além do que se tem comentado sobre o novo complexo industrial de Vitória de Santo Antão e do desenvolvimento de cidades polos como Caruaru, Petrolina, Garanhuns e Salgueiro, só nos resta aguardar o efeito multiplicador na economia desses investimentos e acompanhar os próximos resultados do IVV, que acompanha os números dos empreendimentos inseridos na Região Metropolitana de Recife e que já começou a apontar a velocidade das vendas de parte desses empreendimentos citados acima e já lançados, a exemplo da Cidade da Copa e do Paiva.
Fonte: Pesquisa do IVV / UEP-FIEPE
Fonte: Pesquisa do IVV / UEP-FIEPE
*Danyelle Monteiro é economista, conselheira do Conselho Regional de Economia de Pernambuco (Corecon-PE) e atua na Unidade de Pesquisas Técnicas da Fiepe.
90
ABRIL 2013
insumos
MARÇO-2013 - Cotação no período de 05 a 26-03-2013. Esta seção contém a listagem de preços unitários de insumos para construção civil. Responsabilidade técnica do engenheiro Clelio Fonseca de Morais (CREA nº 041752. Titular da CM-Assessoria de Obras Ltda.) Fone: (81) 3236.2354 - 9108.1206 | cleliomorais.custodeobras@gmail.com | www.cleliomorais.com.br Assinantes da Revista Construir Nordeste têm desconto de 50% sobre o preço da assinatura anual da lista de preços de serviços, contendo a listagem resumida de preços unitários (com preços unitários de materiais e mão de obra separados); um quadro com diversos indicadores econômicos e setoriais dos últimos 13 meses, e mais outras informações interessantes para o setor. AGLOMERANTES Cal hidratado Calforte Narduk Cal hidratado Calforte Narduk (saco com 10 kg) Cimento Portland
kg
0,430
Cimento Portland (saco c/ 50 kg)
sc
21,71
Cimento branco específico Narduk Cimento branco específico Narduk (saco com 40 kg) Gesso em pó de fundição (rápido) Gesso em pó de fundição (rápido) (saco com 40kg) Gesso em pó para revestimento (lento) Gesso em pó para revestimento (lento) (saco com 40kg) Gesso Cola
kg
1,02
Gesso Cola (saco com 5kg)
kg
0,58
sc
5,78
sc
40,99
kg
0,43
sc
17,31
kg
0,35
sc
14,00
kg
1,53
sc
7,67
un
1,55
ARTEFATOS DE CIMENTO Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/9x19x39cm(2,5MPa) Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/12x19x39cm(2,5MPa) Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/14x19x39cm(2,5MPa) Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/14x19x39cm(4,5MPa) Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/19x19x39cm(4,5MPa) Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTU's aberta 60x40x40cm Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTU's fechada 60x40x50cm Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU's aberta 70x50x40cm Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU's aberta 70x45x60cm Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU's fechada 70x45x60cm Elemento vazado de cimento Acinol-CB2/L com 19x19x15cm Elemento vazado de cimento AcinolCB6/L/Veneziano 25x25x8cm Elemento vazado de cimento AcinolCB7/L/Colmeia com 25x25x10cm Elemento vazado de cimento Acinol-CB/9/ Boca de Lobo 39x18x9cm Lajota de concreto natural lisa para piso de 50x50x3cm Lajota de concreto natural antiderrapante para piso de 50x50x3cm Meio fio de concreto pré-moldado de 100x30x12cm Nervura de 3,00m para laje pré-moldada com SC=200kg/m2 Piso em bloco de concreto natural "Paver" de 6cm c/25MPa (48pç/m2) Piso em bloco de concreto natural "Paver" de 6cm c/35MPa (48pç/m2) Piso em bloco de concreto pigmentado "Paver" de 6cm c/25MPa (48pç/m2) Piso em bloco de concreto pigmentado "Paver" de 6cm c/35MPa (48pç/m2) Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/25 Mpa (34pç/m2) Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/35 Mpa (34pç/m2) Piso de concreto vazado ecológico (tipo cobograma) Tubo de concreto simples de 200mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 300mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 400mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 500mm classe PS1
un
1,75
un
2,07
un un
2,40 3,06
un
56,33
un
71,97
un
74,83
un
86,33
un
73,00
un
2,80
un
4,20
un
4,90
un
4,20
m2
15,13
m2
16,10
un
15,50
m
8,06
m2
28,17
m2
30,83
m2
32,67
m2
35,50
m2
33,67
m2 m2
37,33 32,00
m
12,60
m
19,12
m
27,92
m
35,68
Tubo de concreto simples de 600mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 800mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 1000mm classe PS1 Tubo de concreto simples de 1200mm classe PS1 Tubo de concreto armado de 300mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 400mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 500mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 600mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 800mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 1000mm classe PA2 Tubo de concreto armado de 1200mm classe PA2 Verga de concreto armado de 10x10cm Vigota treliçada para laje B12 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 4,00m Vigota treliçada para laje B12 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 4,00m Vigota treliçada para laje B16 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 6,00m Vigota treliçada para laje B16 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 6,00m Vigota treliçada para laje B20 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 7,00m Vigota treliçada para laje B20 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 7,00m Vigota treliçada para laje B25 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 8,00m Vigota treliçada para laje B25 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 8,00m Vigota treliçada para laje B30 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 9,00m Vigota treliçada para laje B30 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 9,00m
Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,44x0,50m Brasilit Telha Maxiplac de 6mm com 3,00x1,06m Brasilit Telha Maxiplac de 6mm com 4,10x1,06m Brasilit Telha Maxiplac de 6mm com 4,60x1,06m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,22x1,10m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,53x1,10m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,83x1,10m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,13x1,10m Brasilit Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,44x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,22x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,53x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,83x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,13x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,44x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,22x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,53x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,83x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,13x1,10m Brasilit Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,44x1,10m Brasilit
un
12,07
un
115,55
un
180,08
un
186,39
un
25,80
un
31,67
un
37,17
un
43,55
un
49,93
un
31,20
un
37,83
un
44,63
un
52,27
un
62,87
un
39,50
un
49,70
un
59,50
un
69,70
un
79,90
Areia fina
m3
44,00
Areia grossa
m3
45,00
Saibro
m3
37,67
Barro para aterro
m3
23,33
ARTEFATOS DE FIBROCIMENTO
Barro para jardim
m3
35,00
Caixa d'água cônica CRFS de 250 litros c/ tampa Brasilit Caixa d'água cônica CRFS de 500 litros c/ tampa Brasilit Caixa d'água cônica CRFS de 1000 litros c/ tampa Brasilit Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX superior Brasilit Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX inferior Brasilit Cumeeira articulada TKO superior para Kalhetão CRFS Brasilit Cumeeira articulada TKO inferior para Kalhetão CRFS Brasilit Cumeeira normal CRFS TOD 5G 1,10m Brasilit Cumeeira normal CRFS TOD 10G 1,10m Brasilit Cumeeira normal CRFS TOD 15G 1,10m Brasilit
Pó de pedra
m3
43,33
Brita 12
m3
73,00
Brita 19
m3
73,00
Brita 25
m3
73,33
Brita 38
m3
68,33
Brita 50
m3
65,00
Brita 75
m3
64,00
Pedra rachão
m3
52,00
Paralelepípedo
un
0,40
Meio fio de pedra granítica
m
10,00
sc
5,75
m
55,25
m
105,30
m
154,60
m
230,00
m
45,00
m
56,15
m
73,00
m
106,00
m
187,25
m
249,50
m
469,00
m
12,95
m
8,46
m
9,05
m
7,66
m
8,24
m
7,71
m
13,30
m
7,95
m
14,86
m
8,45
m
8,24
un
79,02
un
150,16
un
252,86
un
4,10
un
4,10
un
49,90
un
49,90
un
34,37
un
34,33
AGREGADOS
ARGAMASSA PRONTA
Telha Kalhetão 8mm de 3,00m CRFS Brasilit
un
221,43
Telha Kalhetão 8mm de 6,70m CRFS Brasilit
un
451,29
Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno (saco 20kg) Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo (saco 20kg) Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo Argamassa Megaflex AC-III Narduk alta resistência (saco 20kg) Argamassa Megaflex AC-III-E Cinza Narduk alta resist. (saco 20kg) Massa para alvenaria (saco 40kg) Reboco pronto Reboduk Narduk interno (saco 20kg) Reboco externo pronto (saco 20kg)
Telha Kalhetão 8mm de 7,40m CRFS Brasilit
un
513,73
Telha Kalhetão 8mm de 8,20m CRFS Brasilit
un
612,43
Telha Kalhetão 8mm de 9,20m CRFS Brasilit Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 1,22x0,50m Brasilit Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,13x0,50m Brasilit
un
618,47
un
7,01
un
34,33
Telha Kalheta 8mm de 3,00m Brasilit
un
147,67
Telha Kalheta 8mm de 4,00m Brasilit
un
181,95
Telha Kalheta 8mm de 5,50m Brasilit
un
215,30
Telha Kalheta 8mm de 6,00m Brasilit
un
239,94
Telha Kalheta 8mm de 6,50m Brasilit
un
254,74
un
12,48
kg
0,29
sc
11,55
kg
0,58
sc
21,93
sc
23,21
sc
11,05
sc
4,59
sc
5,51
Rejunte aditivado interno (saco 40kg)
sc
42,86
Rejunte aditivado interno Narduk Rejunte aditivado flexível externo (saco 40kg) Rejunte aditivado flexível externo Narduk
kg
1,07
sc
58,69
kg
1,47
kg
5,71
ARAMES Arame galvanizado nº 10 BWG liso 3.40mm
ABRIL 2013
91
insumos Arame galvanizado nº 12 BWG liso 2.76mm
kg
5,79
Arame galvanizado nº 14 BWG liso 2.10mm
kg
6,47
Arame galvanizado nº 16 BWG liso 1.65mm
kg
6,85
Arame galvanizado nº 18 BWG liso 1.24mm
kg
8,09
Arame recozido 18 BWG preto Arame farpado "Elefante" - fio 2,2mm - rolo com 250m Arame farpado "Elefante" - fio 2,2mm - rolo com 400m Arame farpado "Touro" - fio 1,6mm rolo com 250m Arame farpado "Touro" - fio 1,6mm rolo com 500m
kg
6,67
un
117,42
un
187,78
un
99,75
un
185,34
BOMBAS CENTRÍFUGAS Bomba centrífuga trifásica de 1/2 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 3/4 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 1 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 1 1/2 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 2 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 3 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 5 CV Schneider Bomba centrífuga trifásica de 7,5 CV Schneider Bomba centrífuga monofásica de 1/4 CV Schneider Bomba centrífuga monofásica de 1/2 CV Schneider Bomba centrífuga monofásica de 3/4 CV Schneider Chave de proteção magnética trifásica até 5CV WEG Chave de proteção magnética trifásica até 7,5CV WEG Chave de proteção magnética trifásica até 10CV WEG Bóia para bomba com 10 amperes Bóia para bomba com 20 amperes
un
522,67
un
558,00
un
591,00
un
795,33
un
855,67
un
696,40
un
1.368,87
un
1.690,17
un
450,67
un
559,00
un
642,67
un
154,33
un
157,67
un
200,00
un
47,00
un
47,07
CARPETES Carpete Flortex Tradition Grafite da Fademac com 3mm Carpete Reviflex Diloop Grafite da Fademac com 4mm
m2
11,23
m2
12,15
CONCRETO USINADO Concreto usinado FCK=10MPa
m3
239,00
Concreto usinado FCK=15MPa
m3
245,00
Concreto usinado FCK=15MPa bombeável
m3
253,00
Concreto usinado FCK=20 MPa
m3
255,50
Concreto usinado FCK=20 MPa bombeável
m3
265,00
Concreto usinado FCK=25 MPa
m3
283,67
Concreto usinado FCK=25 MPa bombeável
m3
282,50
Concreto usinado FCK=30 MPa
m3
289,00
Concreto usinado FCK=30 MPa bombeável
m3
300,00
Concreto usinado FCK=35 MPa
m3
310,00
Concreto usinado FCK=35 MPa bombeável
m3
320,50
Taxa de bombeamento
m3
32,50
ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO Janela de alumínio com bandeira
m2
336,67
Janela de alumínio sem bandeira Janela de alumínio tipo basculante 0,60x1,00m Porta de alumínio com saia e bandeira
m2
303,33
m2
336,67
m2
450,00
ESQUADRIAS DE FERRO
Esguicho Jato sólido de 1.1/2"
un
53,67
Ferro CA-25 de 20mm Ferro CA-25 de 25mm Ferro CA-50 de 6,3mm Ferro CA-50 de 8mm
Extintor de água pressurizada 10 litros
un
113,33
Ferro CA-50 de 10mm
kg
3,57
Extintor de CO2 de 6kg
un
461,00
Ferro CA-50 de 12,5mm
kg
3,31
Extintor de pó quimico 4kg
un
98,27
Ferro CA-50 de 16mm
kg
3,33
Extintor de pó quimico 6kg
un
110,60
Ferro CA-50 de 20mm
kg
3,39
Extintor de pó quimico 8kg
un
143,00
Ferro CA-50 de 25mm
kg
3,16
Extintor de pó quimico 12kg Mangueira predial de 1.1/2" x 15m com união Mangueira predial de 1.1/2" x 30m com união Porta corta fogo P90 de 0,80x2,10m
un
181,67
Ferro CA-50 de 32mm
kg
3,05
un
219,33
Ferro CA-60 de 4,2mm
kg
3,44
Ferro CA-60 de 5mm
kg
3,47
un
466,67
Ferro CA-60 de 6mm
kg
3,33
un
917,50
Ferro CA-60 de 7mm
kg
3,30
Porta corta fogo P90 de 0,90x2,10m
un
972,50
kg
2,61
Registro Globo 45° de 2.1/2" Tampa de ferro fundido de 60x40cm "incêndio" Tampão cego de 1.1/2" T.70 articulado
un
139,33
kg
5,74
un
234,00
m2
5,57
un
60,12
kg
5,74
un
63,68
Ferro CA-60 de 8mm Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2) Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2) Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2) Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2) Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2) Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2) Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2) Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2)
m2
8,49
kg
5,50
m2
9,89
kg
5,64
m2
12,41
un
7,17
un
236,00
un
17,67
ESQUADRIAS DE MADEIRA Porta em compensado liso semi-oca de 0,60x2,10x0,03m Porta em compensado liso semi-oca de 0,70x2,10x0,03m Porta em compensado liso semi-oca de 0,80x2,10x0,03m Porta em compensado liso semi-oca de 0,90x2,10x0,03m Porta em compensado liso de 0,60x2,10x0,03m EIDAI Porta em compensado liso de 0,70x2,10x0,03m EIDAI Porta em compensado liso de 0,80x2,10x0,03m EIDAI Porta em compensado liso de 0,90x2,10x0,03m EIDAI Porta em fichas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m Porta em fichas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m Porta em fichas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m Porta em fichas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m Porta em venezianas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m Porta em venezianas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m Porta em venezianas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m Porta em almofadas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m Porta em almofadas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m Porta em amolfadas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m Porta em almofadas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m Grade de canto em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte Grade de caixa em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte Grade de caixa em Jatobá até 1,00x2,10m para verniz ou cera
un
54,93
un
55,26
un
65,00
un
68,30
un
66,55
un
74,02
un
84,44
un
167,30
un
198,07
un
242,67
un
241,77
un
182,00
un
203,00
un
219,25
un
154,26
un
160,26
un
185,67
un
216,00
un
45,33
un
106,33
un
55,00
h
75,83
Andaime tubular de 1,5x1,0m (2peças=1,00m)
mês
12,00
Betoneira elétrica de 400L sem carregador
mês
337,88
Compactador CM/13 elétrico
mês
363,33
m2
283,33
Compactador CM/20 elétrico
mês
575,33
Portão de ferro em chapa preta nº 18 (cant.)
m2
326,67
Cortadora de piso elétrica
mês
597,67
m2
510,00
Furadeira industrial Bosch ref. 1174
mês
143,33
m
18,37
Guincho de coluna (foguete)
mês
302,33
Tubo de ferro preto de 4"
m
38,76
Mangote vibratório de 35mm
mês
81,67
Tubo de ferro preto de 6"
m
90,87
Mangote vibratório de 45mm
mês
81,67
Tubo de ferro galvanizado de 2"
m
31,12
Tubo de ferro galvanizado de 2.1/2"
m
38,98
Motor elétrico para vibrador
mês
90,67
Pistola finca pinos
mês
177,50
Pontalete metálico regulável (1 peça)
mês
6,33
Serra elétrica circular de bancada
mês
101,33
Tubo de ferro galvanizado de 4"
m
86,13
EQUIPAMENTOS CONTRA-INCÊNDIO Adaptador de 2.1/2"x1.1/2" Adaptador de 2.1/2"x2.1/2"
ABRIL 2013
un un
54,33 68,37
FERROS Ferro CA-25 de 12,5mm
Bloco de gesso com 50x65x7,5cm para parede divisória Placa de gesso lisa para forro com 65x65cm Rodateto de gesso - friso com largura de até 6cm aplicado Rodateto de gesso - friso com largura de até 15cm aplicado Rodateto de gesso - friso com largura de até 20cm aplicado Junta de dilatação de gesso em "L" de 2x2cm aplicada Junta de dilatação de gesso em "L" de 3x3cm aplicada
3,26 3,21 3,75 3,77
kg
3,02
un
3,18
m
15,00
m
18,00
m
20,00
m
13,33
m
18,00
un
4,31
un
4,55
FERRAGENS DE PORTA Dobradiça em aço cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 1500 LaFonte Dobradiça em aço cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 1410 LaFonte Dobradiça em latão cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 90 LaFonte Conjunto de fechadura de cilindro ref. 521 E-CR LaFonte Conjunto de fechadura interna ref. 521 I-CR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 521 B-CR LaFonte Conjunto de fechadura de cilindro ref. 436E-CR LaFonte Conjunto de fechadura interna ref. 436I-CR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 436B-CR LaFonte Conjunto de fechadura de cilindro ref. 2078 E-CR LaFonte
EQUIPAMENTOS Retroescavadeira 580H, 4x4 (com operador)
kg kg kg kg
FORROS, DIVISÓRIAS E SERVIÇOS DE GESSO
Gradil de ferro c/cantoneira L de 1.1/4" e barras de 1"x1/4" Portão em tela de ferro quadrada 13mm e fio 12 Tubo de ferro preto de 2"
92
Caixa de incêndio com 75x45x17cm para mangueira predial Chave Storz
Conjunto de fechadura interna ref. 2078 I-CR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 2078 B-CR LaFonte Conjunto de fechadura de cilindro ref. 608E-CR LaFonte Conjunto de fechadura interna ref. 608I-CR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 608B-CR LaFonte
un
8,74
un
81,22
un
61,11
un
60,25
un
56,31
un
46,41
un
46,41
un
73,87
un
49,67
un
54,59
un
127,63
un
101,49
un
101,49
sc kg
10,40 0,17
m
165,80
m
19,93
m
26,78
GRANITOS Granilha nº 02 (saco com 40kg) Granilha nº 02 Bancada em granito cinza andorinha de 60x2cm c/1 cuba,test.e esp. Divisória de box em granito cinza andorinha de 7x2 cm Soleira de granito cinza andorinha de 15x2 cm Rodapé de granito cinza andorinha com 7x2cm Lajota de granito cinza andorinha de 50x50x2cm
m
16,70
m2
111,25
Lajota de granito preto tijuca de 50x50x2cm Lajota de granito preto tijuca de 15x30x2cm
m2
250,00
m2
235,00
Bancada de granito preto tijuca de 60x2cm
m
227,00
Divisória de box em granito preto tijuca 7x2 cm
m
50,50
Soleira de granito preto tijuca de 15x2 cm
m
38,50
Rodapé de granito preto tijuca de 7x2cm Lajota de granito verde ubatuba de 50x50x2cm Lajota de granito verde ubatuba de 15x30x2cm Bancada de granito verde ubatuba de 60x2cm Divisória de box em granito verde ubatuba 7x2cm Soleira de granito verde ubatuba de 15x2cm Rodapé de granito verde ubatuba de 7x2cm
m
24,67
m2
190,00
m2
150,00
ml
182,00
ml
39,00
ml
30,00
ml
19,33
IMPERMEABILIZANTES Acquella (galão de 3,6 litros)
gl
68,25
Acquella (lata de 18 litros)
lata
305,31
Bianco (galão de 3,6 litros)
gl
33,50
Bianco (balde de 18 litros)
bd
146,83
Compound adesivo (A+B) (2 latas=1kg) Desmol CD - líquido desmoldante p/ concreto (galão de 3,6 litros) Desmol CD - líquido desmoldante p/ concreto (balde de 18 litros) Frioasfalto (galão de 3,9 kg)
kg
40,40
gl
33,95
bd
136,70
gl
25,90
Frioasfalto (balde de 20kg)
bd
125,45
Neutrol (galão de 3,6 litros)
gl
59,42
Neutrol (lata de 18 litros)
lata
237,36
Vedacit (galão de 3,6 litros)
bd
17,30
Vedacit (balde de 18 litros)
bd
67,45
Vedacit rapidíssimo (galão de 4 kg)
gl
45,88
Vedacit rapidíssimo (balde de 20kg)
bd
154,80
Vedaflex (cartucho com 310ml)
cart
26,47
Vedapren preto (galão de 3,6 litros)
gl
40,05
Vedapren preto (balde de 18kg)
bd
148,52
Vedapren branco (galão de 4,5 kg)
gl
74,88
Vedapren branco (balde de 18kg)
bd
225,46
Sika nº 1 (balde de 18 litros)
bd
59,88
Igol 2 (balde de 18kg)
bd
136,43
Igol A (balde de 18kg)
bd
201,48
Silicone (balde de 18 litros)
bd
170,01
MADEIRAS Assoalho de madeira em Ipê de 15x2cm
m2
71,74
Assoalho de madeira em Jatobá de 15x2cm
m2
78,05
Rodapé de madeira em Jatobá de 5x1,5cm Lambri de madeira em Angelim Pedra de 10x1cm Folha de "fórmica" texturizada branca de 3,08x1,25m Folha de "fórmica" brilhante branca de 3,08x1,25m Estronca roliça tipo litro
m
8,93
m2
29,50
un
47,97
Barrote de madeira mista de 6x6cm
un
43,47
m
1,80
m
5,82
Sarrafo de madeira mista de 10cm (1"x4")
m
2,87
Tábua de madeira mista de 15cm (1"x6")
m
4,25
Tábua de madeira mista de 22,5cm (1"x9")
m
5,61
Tábua de madeira mista de 30cm (1"x12") Madeira serrada para coberta (Massaranduba) Peça de massaranduba para coberta de 7,5x15cm Peça de massaranduba para coberta de 6x10cm Barrote de massaranduba para coberta de 5x7,5cm Ripa de massaranduba para coberta de 4x1cm Prancha de massaranduba para escoramento de 3x15cm Prancha de massaranduba para escoramento de 5x15cm Chapa de madeira plastificada de 10mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira plastificada de 12mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira plastificada de 15mm c/1,10x2,20m
m
8,09
m3
2.379,00
m
26,93
m
18,39
m
9,53
m
4,74
m
14,88
m
28,53
un
41,18
un
46,61
un
55,93
Chapa de madeira plastificada de 17mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira plastificada de 20mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira resinada de 6mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira resinada de 10mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira resinada de 12mm c/1,10x2,20m Chapa de madeira resinada de 15mm c/ 1,10x2,20m Chapa de madeira resinada de 17mm c/1,10x2,20m
un
73,59
un
81,79
un
17,72
un
25,98
un
30,12
un
36,26
un
41,99
m
1,13
m
1,50
vara
3,92
vara
5,53
vara
8,47
vara
10,72
vara
13,75
vara
17,70
vara
37,18
vara
45,05
MATERIAIS ELÉTRICOS E TELEFÔNICOS Eletroduto em PVC flexível corrugado de 1/2" Eletroduto em PVC flexível corrugado de 3/4" Eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2" (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 1" (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 2" (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" (vara com 3m) Eletroduto em PVC rígido roscável de 3" (vara com 3m) Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3"
un
1,12
un
1,20
un
1,82
un
2,68
un
3,12
un
5,13
un
12,37
un
14,42
un
0,43
un
0,68
un
0,89
un
1,43
un
1,82
un
2,83
un
7,96
un
9,75
Bucha de alumínio de 1/2"
un
0,37
Bucha de alumínio de 3/4"
un
0,50
Bucha de alumínio de 1"
un
0,69
Bucha de alumínio de 1.1/4"
un
0,94
Bucha de alumínio de 1.1/2"
un
1,14
Bucha de alumínio de 2" Bucha de alumínio de 2.1/2" Bucha de alumínio de 3" Arruela de alumínio de 1/2" Arruela de alumínio de 3/4"
un un un un un
2,31 2,00 3,26 0,24 0,28
Arruela de alumínio de 1"
un
0,53
Arruela de alumínio de 1.1/4"
un
0,76
Arruela de alumínio de 1.1/2"
un
0,90
Arruela de alumínio de 2"
un
1,14
Arruela de alumínio de 2.1/2"
un
1,98
Arruela de alumínio de 3"
un
2,36
Caixa de passagem em PVC de 4"x4"
un
3,17
Caixa de passagem em PVC de 4"x2" Caixa de passagem sextavada em PVC de 3"X3" Caixa de passagem octogonal em PVC de 4"X4" Soquete para lâmpada (bocal) com rabicho
un
1,82
un
2,95
un
3,20
un
1,73
Soquete para lâmpada (bocal) sem rabicho
un
1,86
Cabo de cobre nú de 10mm2
m
4,59
Cabo de cobre nú de 16mm2
m
6,09
Cabo de cobre nú de 25mm2
m
8,50
Cabo de cobre nú de 35mm2 Cabo flexível de 1,5mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 2,5mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 4mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 6mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 10mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 16mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 25mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 35mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 4mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 6mm2 com isolamento plástico Fita isolante de 19mm (rolo com 20m)
m
12,25
m
0,54
m
1,03
m
1,84
m
2,41
m
4,23
m
6,70
m
12,28
m
14,75
m
0,60
m
0,94
m
1,56
m
2,17
un
10,27
Disjuntor monopolar de 10A Pial
un
7,95
Disjuntor monopolar de 15A Pial
un
6,99
Disjuntor monopolar de 20A Pial
un
6,99
Disjuntor monopolar de 25A Pial
un
6,99
Disjuntor monopolar de 30A Pial
un
6,99
Disjuntor tripolar de 10A Pial
un
42,73
Disjuntor tripolar de 25A Pial
un
45,19
Disjuntor tripolar de 50A Pial
un
41,25
Disjuntor tripolar de 70A Pial
un
71,90
Disjuntor tripolar de 90A Pial
un
68,53
Disjuntor tripolar de 100A Pial
un
68,26
Disjuntor monopolar de 10A GE
un
5,38
Disjuntor monopolar de 15A GE
un
5,25
Disjuntor monopolar de 20A GE
un
5,50
Disjuntor monopolar de 25A GE
un
5,50
Disjuntor monopolar de 30A GE
un
5,50
Disjuntor tripolar de 10A GE
un
45,00
Disjuntor tripolar de 25A GE
un
41,25
Disjuntor tripolar de 50A GE
un
42,00
Disjuntor tripolar de 70A GE
un
71,13
Disjuntor tripolar de 90A GE
un
60,00
Disjuntor tripolar de 100A GE
un
60,00
Quadro de distribuição de energia em PVC para 3 disjuntores
un
11,92
un
39,22
Quadro de distribuição de energia em PVC para 6 disjuntores Quadro de distribuição de energia em PVC para 12 disjuntores Quadro metálico de distribuição de energia para 12 disjuntores Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 12 disjuntores Quadro metálico de distribuição de energia para 20 disjuntores Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 20 disjuntores Quadro metálico de distribuição de energia para 32 disjuntores Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 32 disjuntores
un
70,85
un
119,99
un
37,73
un
123,50
un
46,33
un
181,95
un
66,10
Conjunto Arstop completo (tomada + disjuntor) de embutir
un
29,93
Conjunto Arstop completo (tomada + disjuntor) de sobrepor
un
30,23
Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples Pial Pratis
cj
5,78
cj
10,25
cj
14,56
Conjunto 4"x2" com 2 interruptores simples Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 3 interruptores simples Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 interruptor paralelo Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 2 interruptores paralelos Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Pratis
ABRIL 2013
cj
7,73
cj
13,70
cj
12,38
93
Conjunto 4"x2" c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Pratis Conjunto 4"x2" c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Pratis Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/ aterramento 2P+T Pial Pratis Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/ aterramento 3P Pial Pratis Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente p/ chuveiro elétrico 3P Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para campainha Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para minuteria Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 saída para antena de TV/FM Pial Pratis Suporte padrão 4"x2" Pial Pratis
12,00
cj
15,23
cj
6,58
cj
14,40
cj
7,71
Quadro metálico de embutir para telefone de 120x120x13,5cm
cj
8,90
MATERIAIS HIDRÁULICOS
cj
17,80
cj
6,28
cj
6,20
cj
13,26
un
0,67
Suporte padrão 4"x4" Pial
un
1,23
Placa cega 4"x2" Pial Pratis
un
2,26
Placa cega 4"x4" Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples Pial Plus Conjunto 4"x2" com 2 interruptores simples Pial Plus Conjunto 4"x2" com 3 interruptores simples Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 interruptor paralelo Pial Plus Conjunto 4"x2" com 2 interruptores paralelos Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Plus Conjunto 4"x2" c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Plus Conjunto 4"x2" c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Plus Conjunto 4"x2" com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente c/aterramento 2P+T Pial Plus Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/ aterramento 3P Pial Plus Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente p/ chuveiro elétrico 3P Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para campainha Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para minuteria Pial Plus
un
5,48
cj
8,68
cj
15,90
cj
22,68
cj
11,90
cj
21,90
cj
18,90
cj cj cj cj
16,26 18,75 7,56 15,20
Caixa sifonada de PVC de 100x100x50mm c/grelha branca redonda Caixa sifonada de PVC de 100x125x50mm c/grelha branca redonda Caixa sifonada de PVC de 150x150x50mm c/grelha branca redonda Caixa sifonada de PVC de 150x185x75mm c/grelha branca redonda Ralo sifonado quadrado PVC 100x54x40mm c/grelha Adaptador de PVC para válvula de pia e lavatório Bucha de redução longa de PVC soldável para esgoto de 50x40mm Curva de PVC soldável para água de 20mm
9,90
cj
8,46
Conjunto 4"x2" com 1 saída para antena de TV/FM Pial Plus
cj
15,03
5,73
un
21,56
Conjunto 4"x2" com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Pratis Conjunto 4"x2" com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Plus Conjunto 4"x2" com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Plus
cj cj
10,70 16,60
cj
15,00
cj
21,52
Cabo telefônico CCI 50 - 1 par
m
0,27
Cabo telefônico CCI 50 - 2 pares
m
0,43
Cabo telefônico CCI 50 - 3 pares
m
0,67
Cabo telefônico CCI 50 - 4 pares
m
1,12
Cabo telefônico CCI 50 - 5 pares
m
0,93
Cabo telefônico CCI 50 - 6 pares Quadro metálico de embutir para telefone de 20x20x13,5cm Quadro metálico de embutir para telefone de 30x30x13,5cm
m
1,69
ABRIL 2013
un
51,30
un
81,56
un
895,48
un
6,50
un
10,55
un
15,04
un
16,76
un
5,08
un
1,31
un
1,27
un
1,13
5,54
cj
un
356,38
un
29,65
Placa cega 4"x4" Pial Plus Haste de aterramento Copperweld de 5/8"X2,40m com conectores
un
Curva de PVC soldável para água de 40mm Joelho 90° de PVC L/R para água de 25mm x 3/4" Joelho 90° de PVC roscável para água de 1/2" Joelho 90° de PVC roscável para água de 3/4" Joelho 90° de PVC roscável para água de 1" Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/4" Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/2" Joelho 90° de PVC roscável para água de 2" Joelho 90° de PVC soldável para água de 20mm
cj
1,03
212,33
1,53
Joelho 90° de PVC soldável para água de 32mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 40mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 50mm
2,40
un
3,17
11,03
un
144,44
un
13,68
un
un
un
cj
Suporte padrão 4"x2" Pial Plus
119,85
Curva de PVC soldável para água de 25mm
cj
Placa cega 4"x2" Pial Plus
un
Curva de PVC soldável para água de 32mm
Joelho 90° de PVC soldável para água de 25mm
Conjunto 4"x2" com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Pratis
94
Quadro metálico de embutir para telefone de 40x40x13,5cm Quadro metálico de embutir para telefone de 50x50x13,5cm Quadro metálico de embutir para telefone de 60x60x13,5cm Quadro metálico de embutir para telefone de 80x80x13,5cm
cj
Joelho 90° de PVC soldável para água de 65mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 75mm Joelho 90° de PVC soldável para água de 85mm Joelho 90° c/visita de PVC soldável para esgoto de 100x50mm Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 40mm Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 50mm Joelho 45° de PVC soldável para esgoto de 50mm Junção simples de PVC soldável para esgoto de 100x50mm Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 3/4" CR/CR Deca Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 1.1/2" CR/CR Deca Registro de gaveta Targa (base 4509+acab. C40 710 CR/CR) 1" Deca Registro de gaveta Bruto B1510 de 1.1/2" Fabrimar Registro de pressão Targa 1416 C40 de 3/4" CR/CR Deca Tê de PVC roscável de 1/2" Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre
un
1,80
un
1,00
un
1,50
un
2,56
un
6,50
un
7,56
un
15,00
un un un
Tê de PVC roscável de 3/4" Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 1" Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 1.1/4" Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 1.1/2" Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC roscável de 2" Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC soldável de 25mm Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC soldável de 60mm Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC soldável de 75mm Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tê de PVC soldável de 85mm Fortilit/Akros/ Amanco/Tigre Tubo de ligação para bacia de 20cm com anel branco Astra Tubo de PVC roscável de 1/2" CL15 Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 3/4" CL15 Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 1" CL15 Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 1.1/4" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 1.1/2" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC roscável de 2" CL15 Fortilit/ Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC soldável de 20mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 25mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 32mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 40mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m) Tubo de PVC soldável de 50mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)
4,51
un
9,38
un
11,63
un
18,80
un
0,72
un
17,55
un
32,25
un
50,23
un
4,52
vara
19,53
vara
26,83
vara
54,26
vara
70,46
vara
85,92
vara
129,13
vara
8,10
vara
11,73
vara
24,46
vara
41,30
vara
49,18
0,34
vara
79,73
0,46
Tubo de PVC soldável de 75mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)
vara
116,56
1,20
Tubo de PVC soldável de 85mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)
vara
158,56
vara
17,02
vara
30,88
un
2,90
un
3,33
un
13,34
Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 50mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m) Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 75mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)
un
47,38
un
53,53
un
10,43 0,98
un
1,50
un
1,95
un
1,95
un
Tubo de PVC soldável de 60mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)
Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 40mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)
un
un
9,38
un
59,26
un
105,72
un
43,12
un
60,26
un
59,73
un
1,37
vara
38,28
Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 100mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre(vara c/6m)
vara
44,72
Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 150mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)
vara
110,33
Válvula de retenção horizontal com portinhola de 2" Docol
un
146,40
Vedação para saída de vaso sanitário
un
6,51
litro
26,64
litro
24,46
Pia aço inox lisa c/1,20m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat
un
135,83
Pia aço inox lisa c/1,40m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat
un
176,43
Pia aço inox lisa c/1,80m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat
un
270,83
un
468,87
un
293,88
Adesivo para tubos de PVC (tubo com 1 litro) Solução limpadora para tubos de PVC (tubo com 1 litro) MATERIAIS DE INOX
Pia aço inox lisa c/1,80m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat Pia aço inox lisa c/2,00m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat
Pia aço inox lisa c/2,00m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat Cuba em aço inox retangular, de 55x33x14cm, sem válvula, Franke Douat Tanque em aço inox, de 50x40cm, com válvula, Franke Douat Mictório em aço inox, de 1,50m, completo, Franke Douat Válvula para pia de aço inox, de 3 1/2"x1 1/2", Franke Douat MÁRMORES Bancada de mármore branco rajado de 60x2cm Bancada de mármore branco extra de 60x2cm Bancada de mármore travertino de 60x2cm Lajota de mármore branco extra de 30x30x2cm Lajota de mármore branco rajado de 15x30x2cm Lajota de mármore branco rajado de 30x30x2cm Lajota de mármore travertino de 30x30x2cm Lajota de mármore travertino de 15x30x2cm Rodapé em mármore branco rajado de 7x2cm Rodapé em mármore travertino de 7x2cm Soleira em mármore branco extra de 15x2cm Soleira em mármore branco rajado de 15x2cm Soleira em mármore travertino de 15x2cm
un
481,76
un
169,33
un
374,93
un
612,50
un
16,42
Selador acrílico para parede externa (galão) Selador acrílico para parede externa (lata c/18 litros) Massa corrida PVA (galão) Massa corrida PVA (lata c/18 litros) Massa acrílica (galão) Massa acrílica (lata c/18 litros)
un
0,54
Lixa d'água
un
0,87
Lixa para ferro
un
1,87
Estopa para limpeza
kg
8,13
Ácido muriático (litro)
l
2,87
Cal para pintura
kg
0,84
sc
3,40
lata
5,13
m
197,47
un
62,54
m2
157,50
Tubo de cobre classe "E" de 22mm (vara com 5,00m)
un
100,06
m2
69,00
m2
58,33
Tubo de cobre classe "E" de 28mm (vara com 5,00m) Tubo de cobre classe "E" de 35mm (vara com 5,00m) Tubo de cobre classe "E" de 54mm (vara com 5,00m)
m2
122,50
m2
96,67
MATERIAIS SANITÁRIOS
m
14,00
Assento sanitário Village em polipropileno AP30 Deca
m
21,33
m
48,33
m
21,33
m
31,00
gl
73,20
gl
23,77
lata
102,17
gl
23,60
lata
102,17
gl
10,30
lata
36,57
gl
23,30
gl
59,63
gl
23,57
lata
106,63
gl
44,87
Tinta latex para exterior (lata c/18 litros)
lata
222,47
Líquido para brilho regulador (galão) Líquido para brilho regulador (lata c/18 litros) Tinta acrílica fosca (galão)
gl
45,27
lata gl
45,27
Tinta acrílica fosca (lata c/18 litros)
lata
191,60
223,47
gl
22,10
lata
98,40
gl
62,70
gl
56,63
gl
59,80
Esmalte sintético acetinado (galão)
gl
59,77
Esmalte sintético brilhante (galão)
gl
51,23
Tinta à óleo (galão)
gl
44,19
Tinta à óleo para cerâmica (galão)
gl
72,67
Tinta acrílica especial para piso (galão) Tinta acrílica especial para piso (lata c/18 litros)
gl
32,97
lata
143,60
Verniz marítimo à base de poliuretano (galão) Tinta antiferruginosa Zarcão (galão)
Lixa para madeira
Tubo de cobre classe "E" de 15mm (vara com 5,00m)
Solvente Aguarrás (galão c/5 litros)
Impermeabilizante à base de silicone para fachadas (galão)
0,45
MATERIAIS PARA INSTALAÇÃO DE ÁGUA QUENTE
39,97
Textura acrílica (lata c/18 litros)
un
416,53
98,40
Textura acrílica (galão)
Lixa para parede
m
gl
Tinta latex para exterior (galão)
20,63
131,20
lata
Tinta latex fosca para interior (lata c/18 litros)
151,33
l
m
Massa à óleo (galão) Tinta latex fosca para interior (galão)
gl
Tinta Hidracor (saco com 2kg) Massa plástica 3 Estrelas (lata com 500gramas)
MATERIAIS DE PINTURA Fundo sintético nivelador branco fosco para madeira (galão) Selador PVA(liqui-base) para parede interna (galão) Selador PVA(liqui-base) para parede interna (lata c/18 litros)
Tinta epoxi: esmalte + catalizador (galão) Diluente epoxi (litro)
Assento sanitário almofadado branco TPK/ A5 BR1 Astra Assento convencional branco macio TPR BR1 em plástico Astra Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Azálea branco gelo Celite
un
118,43
un
209,22
un
un
388,27
75,95
un
42,86
un
15,20
un
264,27
Conjunto bacia com caixa Saveiro branco Celite
un
163,90
Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena branco gelo Deca
un
280,83
un
277,45
un
122,56
Bacia sanitária convencional Targa branco gelo Deca
un
236,83
Bacia sanitária convencional Izy branco gelo Deca
un
67,68
Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena cinza real Deca Bacia sanitária convencional Azálea branco gelo Celite
Bacia sanitária convencional Ravena branco gelo Deca
un
123,95
Bacia sanitária convencional Ravena cinza real Deca
un
125,95
Bacia sanitária convencional Village branco gelo Deca
un
169,30
Bacia sanitária convencional Village cinza real Deca
un
173,83
Cuba de embutir oval de 49x36cm L37 branco gelo Deca
un
47,78
Cuba de embutir redonda de 36cm L41 branco gelo Deca
un
46,93
Cuba sobrepor retang. Monte Carlo 57,5x44,5cm L40 branco gelo Deca
un
76,00
Lavatório suspenso Izy de 43x23,5cm L100 branco gelo Deca Lavatório suspenso Izy de 39,5x29,5cm L15 branco gelo Deca Lavatório c/ coluna Monte Carlo de 57,5x44,5cm L81 branco gelo Deca Lavatório de canto Izy L101 branco gelo Deca Lavatório c/ coluna Saveiro de 46x38cm branco Celite Bolsa de ligação para bacia sanitária BS1 de 1.1/2" Astra Caixa de descarga sobrepor 8 lts. c/engate e tubo ligação Fortilit/Akros/Tigre Chicote plástico flexível de 1/2"x30cm Fortilit/Akros/Amanco/Luconi
un
71,90
un
58,70
un
140,92
un
73,73
un
49,45
un
2,30
un
19,68
un
2,88
Chicote plástico flexível de 1/2"x40cm Fortilit/Akros/Luconi Chuveiro de PVC de 1/2" com braço Chuveiro cromado de luxo ref. 1989102 Deca Parafuso de fixação para bacia de 5,5x65mm em latão B-8 Sigma (par) Parafuso de fixação para tanque longo 100mm 980 Esteves (par) Parafuso de fixação para lavatório Esteves (par) Sifão de alumínio fundido de 1" x 1.1/2" Sifão tipo copo para lavatório cromado de 1"x1.1/2" Esteves Sifão de PVC de 1" x 1.1/2" Fita veda rosca em Teflon Polytubes Polvitec (rolo com 12mm x 25m) Tanque de louça de 22 litros TQ-25 de 60x50cm branco gelo Deca Coluna para tanque de 22 litros CT-25 branco gelo Deca Tanque de louça de 18 litros TQ-01 de 56x42cm branco gelo Deca Coluna para tanque de 18 litros CT-11 branco gelo Deca Tanque de louça sem fixação de 18 litros de 53x48cm branco Celite Tanque em resina simples de 59x54cm marmorizado Resinam Tanque em resina simples de 60x60cm granitado Marnol Balcão de cozinha em resina c/1,00x0,50m c/1 cuba marmorizado Marnol Balcão de cozinha em resina c/1,20x0,50m c/1 cuba granitado Marnol Misturador para lavatório Targa 1875 C40 CR/CR Deca Misturador para pia de cozinha tipo mesa Prata 1256 C50 CR Deca Misturador para pia de cozinha tipo parede Prata 1258 C50 CR Deca Torneira para tanque/jardim 1152 C39 CR ref. 1153022 Deca Torneira para lavatório 1193 C39 CR (ref.1193122) Deca Torneira para pia de cozinha Targa 1159 C40 CR Deca Torneira de parede p/pia de cozinha 1158 C39 CR ref. 1158022 Deca Torneira de parede para pia de cozinha Targa 1168 C40 Deca Torneira de mesa para pia de cozinha Targa 1167 C40 Deca Torneira para lavatório Targa 1190 C40 CR/ CR (ref. 1190700) Deca Ducha manual Evidence cromada 1984C CR Deca Válvula de descarga Hydra Max de 1.1/2" ref. 2550504 Deca Válvula cromada para lavatório ref.1602500 Deca Válvula cromada para lavanderia ref. 1605502 Deca Válvula de PVC para lavatório Válvula de PVC para tanque ou pia de cozinha
un
3,70
un
5,83
un
208,47
par
7,27
par
13,46
par
10,76
un
46,95
un
71,50
un
7,38
un
3,30
un
260,33
un
70,60
un
188,35
un
68,63
un
163,45
un
47,10
un
50,55
un
69,56
un
80,53
un
240,10
un
372,30
un
359,60
un
57,20
un
56,11
un
87,53
un
66,63
un
183,80
un
185,97
un
99,52
un
146,70
un
138,10
un
37,46
un
45,86
un
3,33
un
2,97
Corda de nylon de 3/8" Tela de nylon para proteção de fachada Bucha para fixação de arame no forro de gesso Pino metálico para fixação à pistola com cartucho Cola Norcola (galão com 2,85kg) Cola branca (pote de 1 kg)
kg m2
15,68 3,38
kg
4,33
Bloco de EPS para laje treliçada
OUTROS
un
0,59
gl kg
31,71 6,92
m3
208,75
Tijolo cerâmico de 4 furos de 7x19x19cm
mil
386,67
Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm
mil
186,50
Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x15x19cm
mil
326,67
PRODUTOS CERÂMICOS
ABRIL 2013
95
Tijolo cerâmico de 8 furos de 9x19x19cm
mil
435,45
Tijolo cerâmico de 8 furos de 12x19x19cm
mil
467,72
Tijolo cerâmico de 18 furos de 10x7x23cm
mil
605,00
Tijolo cerâmico aparente de 6 furos (sem frisos) de 9x10x19cm
mil
400,00
mil
417,50
mil
420,00
mil
770,00
mil
950,00
Tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm Telha em cerâmica tipo colonial (Dantas) - 35un/m2 Telha em cerâmica tipo colonial (Itajá) 32un/m2 Telha em cerâmica tipo calha Paulistinha (Quitambar) - 22un/m2 Telha em cerâmica tipo colonial Simonassi (Bahia) - 28un/m2
mil
2.250,00
Telha em cerâmica tipo colonial Barro Forte (Maranhão) - 25un/m2
mil
1.640,00
Tijolo cerâmico refratário de 22,9x11,4x6,3cm
mil
1.285,80
Massa refratária seca
kg
0,72
Taxa de acréscimo para tijolos paletizados(por milheiro)
mil
50,00
Bloco de cerâmica de 30x20x9cm para laje pré-moldada
mil
720,00
Prego com cabeça de 1.1/4"x14
kg
5,96
Prego com cabeça de 2.1/2"x10
kg
5,98
Parafuso de 5/16"x300mm em alumínio para fixação de telhas
un
Arruela de alumínio para parafuso de 5/16"
un
m2 m2
26,67 32,00
m2
27,00
lata
33,00
gl
38,80
m2
34,54
m2
40,47
m2
45,11
m2
18,08
REVESTIMENTOS VINÍLICOS E DE BORRACHA Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 1,6mm com flash Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm com flash Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm sem flash Piso de borracha pastilhado Plurigoma de 50x50cm para colar TELHAS METÁLICAS m2
30,33
un
106,99
m2
25,76
un
91,52
Vidro impresso fantasia incolor de 4mm (cortado)
m2
27,44
Vidro Canelado incolor (cortado)
m2
27,04
Vidro aramado incolor de 7mm (cortado)
m2
91,29
1,28
Vidro anti-reflexo (cortado)
m2
30,21
0,16
Vidro liso incolor de 3mm (cortado)
m2
23,20
Vidro liso incolor de 4mm (cortado)
m2
29,38
Vidro liso incolor de 5mm (cortado)
m2
37,22
Vidro liso incolor de 6mm (cortado)
m2
43,48
Vidro liso incolor de 8mm (cortado)
m2
66,74
PREGOS E PARAFUSOS
Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 5/16" Porca de alumínio para parafuso de 5/16" Parafuso de 1/4"x100mm em alumínio para fixação de telhas
Pedra Itamotinga Serrada Pedra granítica tipo Canjicão Almofada Pedra granítica tipo Rachão Regular de 40x40cm Solvente Solvicryl Hidronorte (lata de 5 litros) Resina acrílica Acqua Hidronorte (galão de 3,6 litros)
Telha de alumínio trapezoidal com 0,5mm Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,5mm Telha de alumínio trapezoidal com 0,4mm Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,4mm VIDROS
un
0,17
un
0,15
un
0,31
Parafuso de 1/4"x150mm em alumínio para fixação de telhas
un
0,52
Vidro liso incolor de 10mm (cortado) Vidro laminado incolor 3+3 (cortado)
m2 m2
83,10 110,63
Parafuso de 1/4"x250mm em alumínio para fixação de telhas
un
0,71
Vidro laminado incolor 4+4 (cortado)
m2
131,42
Vidro laminado incolor 5+5 (cortado)
m2
161,29
Vidro bronze de 4mm (cortado)
m2
42,74
Vidro bronze de 6mm (cortado) Vidro bronze de 8mm (cortado)
m2 m2
65,06 102,18
Vidro bronze de 10mm (cortado)
m2
131,07
Vidro cinza de 4mm (cortado)
m2
36,46
Vidro cinza de 6mm (cortado)
m2
57,54
Vidro cinza de 8mm (cortado)
m2
86,12
Vidro cinza de 10mm (cortado)
m2
108,62
Espelho prata cristal de 3mm (cortado)
m2
49,04
Espelho prata cristal de 4mm (cortado)
m2
73,27
Espelho prata cristal de 6mm (cortado)
m2
108,79
Parafuso de 1/4"x300mm em alumínio para fixação de telhas Arruela de alumínio para parafuso de 1/4"
un
0,92
un
0,17
Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 1/4"
un
0,12
Porca de alumínio para parafuso de 1/4"
un
0,10
REVESTIMENTOS CERÂMICOS Cerâmica Eliane 10x10cm Camburí White tipo "A" Cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo "A" PEI4 Porcelanato Eliane Platina PO(polido) 40x40cm Porcelanato Eliane Platina NA(natural) 40x40cm Cerâmica Portobello Prisma bianco 7,5x7,5cm ref. 82722 Cerâmica Portobello Linha Arq. Design neve 9,5x9,5cm ref. 14041 Cerâmica Portobello Patmos White 30x40cm ref. 82073 Azulejo Eliane Forma Slim Branco BR MP 20x20cm Azulejo liso Cecrisa Unite White 15x15cm tipo "A"
m2
17,19
m2
14,45
m2
37,46
m2
32,85
Vidro temperado de 10mm incolor sem ferragens (cortado)
m2
128,83
m2
23,65
Vidro temperado de 10mm cinza sem ferragens (cortado)
m2
149,49
m2
30,73
169,32
21,65
Vidro temperado de 10mm bronze sem ferragens (cortado)
m2
m2
Tijolo de vidro 19x19x8cm ondulado
un
10,31
m2
18,67
Junta de vidro para piso
m
0,40
Massa para vidro
kg
1,15
m2
16,41
Pedra Ardósia cinza de 20x20cm
m2
12,33
h h
5,60 5,60
Calceteiro
h
5,60
Pedra Ardósia cinza de 20x40cm
m2
13,33
Carpinteiro
h
5,60
Pedra Ardósia cinza de 40x40cm
m2
14,67
Eletricista
h
5,60
Pedra Ardósia verde de 20x20cm Pedra Ardósia verde de 20x40cm Pedra Ardósia verde de 40x40cm Pedra Itacolomy do Norte irregular Pedra Itacolomy do Norte serrada Pedra São Thomé Cavaco Pedra Cariri serrada de 30x30cm Pedra Cariri serrada de 40x40cm Pedra Cariri serrada de 50x50cm Pedra sinwalita de corte manual Pedra Sinwalita serrada Pedra portuguesa (2 latas/m2) Pedra Itamotinga Cavaco Pedra Itamotinga almofada Pedra Itamotinga Corte Manual
m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2 m2
20,03 26,00 26,42 20,67 27,34 33,00 17,34 17,67 18,00 21,00 27,67 15,33 15,67 18,33 20,67
Encanador Gesseiro Graniteiro
h h h
5,60 5,60 5,60
Ladrilheiro Marceneiro Marmorista Pastilheiro
h h h h
5,60 5,60 5,60 5,60
REVESTIMENTOS DE PEDRAS NATURAIS
MÃO DE OBRA Armador Azulejista
Pintor
h
5,60
Serralheiro
h
5,60
Telhadista
h
5,60
Vidraceiro Pedreiro Servente
h h h
5,60 4,65 3,42
ONDE ENCONTRAR A
AÇOS Arcelor Mittal www.arcelormittal.com +55 (81) 33438100 ALUGUEL DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS MARCOSA www.marcosa.com.br 08000848585 ARGAMASSA ARGATOP http://www.argatop.com.br +55 (81) 34232221
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d drywall Gypsum Drywall +552138045902 www.lafargegypsum.com.br Knauf 08007049922 sak@knauf.com.br www.knauf.com.br Trevo Gesso www.trevobrasil.com +55 (88) 35716019 DUCHA
Lorenzetti www.lorenzetti.com.br 08000160211
E
ESQUADRIAS E ACESSÓRIOS FERMAX – COMPONENTES PARA ESQUADRIAS www.fermax.com.br +55 (41) 3301 3536 0800 724 2200 SQUADRA – ENGENHARIA EM ESQUADRIAS www.squadra.ind.br +55 (81) 3471 1636 squadra@squadra.ind.br
F
FORMAS E EQUIPAMENTOS BKS www.bks.ind.br +55 (51) 3587 3266 FERRAMENTAS SCHUTZ www.schulz.com.br +55(11) 21611300
I
ISOLAMENTO TÉRMICO
Dânica Termoindustrial Brasil www.danicacorporation.com +55 (81) 2125 1900 vendas@danica.com.br ISOESTE www.isoeste.com.br +55 (62) 4015 1122 Jardins Verticais GreenWall Ceramic www.greenwallceramic.com.br +55 (81)3423-3182
J
M
manta asfáltica e
e Impermeablização Viapol www.viapol.com.br sac@viapol.com.br +55 (12) 3221 3000
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS Baram www.baram.com.br +55 (51) 3033 3133 vendas@baram.com.br CASE www.casece.com 08007272273 Mecan www.mecan.com.br 0800 200 0010 estaf www.estaf.com.br +55 (81) 33446100 estaf www.estaf.com.br +55 (81) 33446100 METACAULIM Sibelco www.unimin.com.br +55 (11) 4196 5522
P PAVIMENTAÇÃO BETUNEL www.betunel.com.br +55(21) 21236600 TECVIA www.tecvia.eng.br +55(81) 30334430 PRÉ-MOLDADOS E EQUIPAMENTOS
Fabricação de peças e montagem de estruturas pré-fabricadas de concreto, sobretudo para obras de médio a grande portes. Produtos: lajes alveolares, vigas armadas, protendidas e centrifugadas, telhas de concreto, painéis, blocos de concreto para alvenaria estrutural e de vedação, e pisos intertravados de cimento Fone: +55 81 3547.1800 Internet: tea.pe@tea.com.br
R
REATORES E LUMINárias Ilumi www.ilumi.com.br +55(19)35722094 ROMAZI www.romazi.com.br +55(85)33831444 REVESTIMENTOS CERÂMICOS Eliane www.eliane.com +55 (48) 34477777 Elizabeth www.ceramicaelizabeth.com.br +55 (81) 33266230 Incepa www.incepa.com.br +55 (41) 21052500
T tintas e acessórios Coral www.coral.com.br 0800 011 7711 Iquine www.iquine.com.br 0800 970 9089 Suvinil www.suvinil.com.br 0800 011 7558 TELHAS E CAIXAS D’ÁGUA Brasilit www.brasilit.com.br +551122467164 0800116299 BAKOF http://www.bakof.com.br +55 (55) 37443232 TUBOS E CONEXÕES amanco www.amanco.com.br 0800 701 8770 Tigre +55 (47) 34415000 www.tigre.com.br
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corona www.corona.com.br +55 (88) 35716019
ABRIL 2013
97
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www.cosil.com.br
Quadra 01, Lote 01/06, Bloco “H”, Ed. Telemundi II – Brasília / DF Tel: (61) 2108 1000
Escritório Comercial Tosi |
www.cidades.gov.br
Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 940 Lapa – São Paulo / SP Tel: (11) 3643 0433
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www.cosil.com.br
Aparecida – Uberlândia / MG Tel: (34) 3233 4611 www.dmae.mg.gov.br
Teclógica (47) 3036 7700 teclogica.com.br
Águas Guariroba Tel: 0800 642 0115 http://www.aguasguariroba.com.br
Softplan (48) 3027 8000 softplan.com.br
Tecnologia Impacto Protensão | Rua Mário Guedes, 340 Salinas – Fortaleza / Ceará Tel: (85) 3273 7676 www.impactoprotensao.com.br