66. É impossível conceber a civilização do Antigo Egito sem considerar sua peculiar situação geográfica. O país se alimentou dos fatores físicos de sua localização, dependendo deles ininterruptamente: a circunscrição do deserto, o ritmo do Nilo e seu vale produtivo deram aos egípcios e à sua cultura características fundamentais, como estabilidade, permanência e isolamento. De fato, os egípcios se conscientizaram tanto da imobilidade quanto do isolamento nacionais. Eles supuseram ter sempre habitado o vale do Nilo como uma raça diferenciada, imaginando que o território, com seus desertos circundantes, existira desde a Criação. (Paul Johnson. História ilustrada do Egito Antigo. Tradução de Alberto Pucheu. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. p. 10.)
Segundo o texto: a) a necessidade de seguir o ritmo de seu rio levou o Egito a uma grave crise. b) os egípcios julgavam sua imobilidade e isolamento como maldições divinas.
membros da Igreja. Todo o saber estava em suas mãos. (Georges Duby. Ano 1000, ano 2000: na pista de nossos medos. Tradução de Eugênio Michel da Silva; Maria Regina Lucena Borges-Osório. São Paulo: Editora Unesp/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1999. p. 16.) (*) historicizante: tratamento contextualizador da história, que considera não apenas as dimensões culturais, sociais e políticas do fato sobre o qual discorrer, mas procura também articulá-los com a produção intelectual da época em que ocorreu.
O texto afirma que: a) apesar de ser uma religião da história, o cristianismo não teve boa acolhida entre os historiadores. b) a perspectiva cristã da história destruiu as tradicionais noções de passado, presente e futuro. c) a civilização europeia é mais complexa que as demais por ter consciência de sua existência. d) na Idade Média, os intelectuais podiam ser encontrados entre os homens da Igreja.
c) o monoteísmo egípcio se evidencia pela crença na ideia de criação do mundo.
e) para compreender a história, o homem deve abrir mão de qualquer sentimento religioso.
d) o Antigo Egito, apesar de circundado por desertos, sempre dependeu do comércio.
69. O homem sempre buscou conhecer seu passado – tanto o passado de cinco minutos atrás quanto o de muitos milênios. Questionamos o passado porque nele encontramos respostas a essas e outras interrogações. O passado fornece elementos para compreendermos o presente. Por isso é importante estudar História: para que possamos nos conhecer melhor. É bem possível que para você a História não passe de uma disciplina teórica sem muito valor se comparada a ramos mais práticos do conhecimento, como Medicina, Engenharia e Computação. Mas História é vida, a sua vida, a vida de todos os seres humanos em todas as épocas. A ideia popular é a de que saber História significa memorizar acontecimentos, datas e nomes de personagens famosos. Errado. Hoje a memorização não ocupa mais um lugar central no estudo da História. Muito mais do que decorar fatos, precisamos buscar compreender por que as coisas aconteceram de determinada maneira. E também por que não acontecem do mesmo jeito em todas as sociedades humanas. Entender como o mundo se tornou o que é e não algo diferente. Mais do que encontrar respostas, estudar História é aprender a fazer perguntas.
e) a localização espacial do Antigo Egito repercutiu sobre sua civilização. 67. Os anfiteatros romanos tinham um formato fechado, circular ou oval. A esses vastos espaços, durante séculos, os romanos acorreram para assistir às lutas mortais entre os gladiadores e deleitar-se com leões, ursos e elefantes, que se estraçalhavam, ou devoravam homens e mulheres lançados indefesos à arena; o espetáculo também incluía criminosos, desertores e hereges, torturados, crucificados ou queimados vivos. Carlin Barton estima em 10% a chance de um lutador treinado sobreviver a cada peleja; já escravos, réus condenados ou cristãos não tinham praticamente chance alguma de saírem vivos do primeiro embate. Essa margem diminuía quando os imperadores promoviam batalhas simuladas entre exércitos de gladiadores; Trajano chegou a reunir dez mil homens em combates sem misericórdia, em um período de apenas quatro meses. (Richard Sennett. Carne e pedra. Tradução de Marcos Aarão Reis. Rio de Janeiro: BestBolso, 2008. p. 106.)
(Caio César Boschi. Por que estudar História? São Paulo: Ática, 2007. p. 10.)
Pode-se afirmar, de acordo com o texto, que:
a) os anfiteatros, como os atuais estádios, abrigavam apenas práticas esportivas. b) escravos, réus condenados e cristãos suportavam melhor as agruras da arena. c) a cada cem lutadores treinados, noventa poderiam morrer em combate. d) após as batalhas simuladas entre exércitos de gladiadores, todos sobreviviam. e) os animais apresentados nos anfiteatros tinham um papel essencialmente ornamental. 68. Pergunta – A consciência da história existia na Idade Média? Tentava-se abstrair ensinamentos dela? Resposta – Evidentemente. O que diferencia mais claramente a civilização europeia das outras é que ela é essencialmente historicizante*, ela se concebe como estando em processo. O homem do Ocidente tem o sentimento de que progride em direção ao futuro e, assim, ele é muito naturalmente levado a considerar o passado. O cristianismo, que impregnou fundamentalmente a sociedade medieval, é uma religião da história. Proclama que o mundo foi criado num dado momento e que, num outro, Deus fez-se homem para salvar a humanidade. A partir disso, a história continua e é Deus quem a dirige. Para conhecer as intenções divinas é necessário, portanto, estudar o desenrolar dos acontecimentos. É isso o que pensavam os homens cultos, os intelectuais daquela época, ou seja, os
De acordo com o texto: a) o estudo da História não tem valor porque não traz nada de prático para a vida. b) a compreensão do presente depende de um contínuo questionamento do passado. c) a memorização de dados continua a ser o principal aspecto do estudo da História. d) a História prova que as sociedades humanas sempre apresentam os mesmos comportamentos. e) os historiadores invariavelmente oferecem boas respostas a todas as perguntas. 70. A cidade de Montezuma, chamada Tenochtitlán, ficava num planalto aproximadamente a meio caminho entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Respirando um ar rarefeito a aproximadamente 2 500 metros acima do nível do mar, ela repousava sobre uma ilha localizada num enorme lago rodeado de montanhas. A Cidade do México hoje ocupa esse local, mas o lago desapareceu. (Geoffrey Blainey. Uma breve história do mundo. São Paulo: Fundamento, 2007. p. 171.)
O texto faz referência a uma cidade que: a) era a capital do Império Asteca e foi destruída pelos conquistadores espanhóis.
Simulado enem 1.201o
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