Revista Iron Biker Brasil #02 - Mountain Bike Magazine

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revista

Elas estão com tudo!

conheça

aumento de participação feminina é destaque no Iron Biker Brasil

o novo rei da montanha

fumec

com a palavra os

gringos

o que os estrangeiros falaram do

iron biker brasil 2014

fidelidade

solidariedade Iron arrecada quase três toneladas de alimentos

Competidores percorrem grandes distâncias para competir em Mariana

nas

montanhas de minas Em uma das edições mais técnicas e disputadas da história da competição

Esporte no dna da cidade Mariana consolida vocação para eventos esportivos.

desafio histórico O Iron Biker Brasil 2014 começou com fortes emoções



Vem aĂ­

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Muito obrigado!

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Iron Biker Brasil 2014 bateu vários recordes. Número de inscritos, volume de participação feminina, arrecadação de alimentos, entre outros. Porém, para nós da organização, o recorde mais valioso foi o de volume de sorrisos de satisfação na linha de chegada! Este é para nós o termômetro que nos permite avaliar o nível de qualidade na execução do evento. No Iron deste ano podemos dizer que atingimos uma quantidade de sorrisos bem satisfatório. Apesar do saldo bem positivo, um dos nossos principais pilares é o de nunca se sentir 100% satisfeitos. Dessa forma, teremos sempre a certeza de que precisamos inovar e melhorar sempre, mantendo o nível de sorrisos sempre no alto. Aproveitamos este espaço para agradecer a todos os participantes que vieram de todas as partes do Brasil e do mundo para desafiar as montanhas de Mariana. Agradecemos também a Prefeitura e moradores que receberam mais uma vez o Iron Biker Brasil de braços abertos e a todos os patrocinadores e apoiadores por acreditarem e incentivarem o crescimento do esporte.

Equipe

Iron Biker Expediente Direção editorial Lucas Fonda

Jornalismo Bruno Mateus

Cristiano Quintino Duduas Profeta Gustavo Epifanio Lucas Fonda Lucas Torisu

Design Bruno Teodoro 8

Fotografia por Lucas Torisu

Fotografia


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Desafio noturno inaugura competição

Fotografia por Gustavo Epifanio

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Fotografia por Alexandre Moreira

Iron Biker Brasil 2014 começou com fortes emoções. Na noite de sexta-feira, dia 19, os atletas da categoria elite (masculino e feminino) disputaram o Desafio Noturno, no Centro Histórico de Mariana. Foram cinco voltas em um percurso de um quilômetro. A prova curta, com ladeiras de calçamento e obstáculos artificiais, é uma espécie de aquecimento para a prova principal. Mas nem por isso os atletas abrem mão de vencê-la. Quem se deu bem no feminino foi a brasileira Roberta Kelly Stopa, de Juiz de Fora, MG. Numa final eletrizante, ela superou a colombiana Angelita Parra e subiu ao lugar mais alto do pódio. “O Iron faz parte da minha vida e da minha carreira prrofissional. Nada melhor que vencer esta etapa para comemorar meus 20 anos de carreira. Eu sabia que a Angelita era uma adversária muito forte, mas o circuito não tinha muita subida e achei que não a favorecia. É uma prova de chegada, defendi a última curva e vim para a vitória”, disse a atleta. Entre os homens, o suíço Lukas Kaufmann, campeão do Iron em 2013, levou a melhor. Segundo ele, vencer o Desafio Histórico é importante para encarar o Iron Biker Brasil com mais confiança: “É ótimo começar assim com uma vitória. A prova de hoje foi muito rápida, bem forte tecnicamente. Foi um bom teste”, afirmou.

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Fotografia por Gustavo Epifanio

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Fotografia por Lucas Fonda

Desafio para todas as idades

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paixão pelo mountain bike realmente não tem idade. Prova disso é que, no Iron Biker Brasil 2014, entre os 1.200 atletas que venceram seus limites e superaram os desafios das trilhas nas montanhas históricas de Mariana, tinha competidor veterano, com 69 anos, e gente que está começando a dar as primeiras pedaladas, aos 12 anos. Experienência e juventude fazendo a maior competição do gênero da América Latina. Entre os ocmpetidores mais jovens estava Thiago Freitas Sousa, de 12 anos. Ele buscava o título da categoria infanto-juvenil (de 12 a 14 anos). Aos 9, Thiago, que sempre gostou de esportes radicais, já dava suas primeiras pedaladas. Em novembro de 2011, o estudante participou de sua primeira competição e não Thiago estreou no Iron Biker em 2013 e gostou bastante do percurso. O atleta mora em Ouro Preto e já sabe o que vai enfrentar: “Treinei muito para o Iron. Passei pelos lugares que fazem parte da prova e

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Edição 2014 contou com atletas entre 12 e 69 anos

tinha uma ideia de como ia ser”, disse. O atleta com a idade mais avançada do Iron Biker Brasil 2014 tem 69 anos, mas o espírito é tão jovem quanto o de uma pessoa de 20 e poucos. “Sou um coroa brincalhão”, disse o carioca Alarico Alves de Moura, que é portador de necessidades especiais – ele não tem a perna esquerda por conta de um acidente ocorrido no final dos anos 1970. Para o competidor, o Iron Biker tem um significado especial: “É um evento fantástico, um aprendizado e uma lição a cada ano. O Iron é um centralizador de uma grande família do mountain bike. É a família Iron Biker”, lembrou.



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pela vida Conheça a comovente história da família Fischer, a primeira no Brasil a conseguir liberação judicial para importar o Canabidiol, substância derivada da maconha

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11 de novembro de 2013 não sairá nunca da memória de Katiele e Norberto Fischer, pais da pequena Anny, de 6 anos, portadora de CDKL5, doença rara e sem cura que provoca convulsões e compromete o desenvolvimento neurológico. A data é especial porque foi naquele dia que eles começaram o tratamento da filha com o Canabidiol (CBD), substância extraída da maconha. Com o CBD, Anny ganhou qualidade de vida, reduziu o número de convulsões progressivamente até chegar a zero e apresentou consideráveis melhoras. Mas, para chegar no quadro apresentado hoje, Katiele e Norberto tiveram que ir à Justiça para assegurar á filha os benefícios do tratamento. Anny, sinônimo de esperança As convulsões de Anny começaram quando ela tinha 45 dias. “Víamos que era uma criança comprometida”, relata Katiele. “Ela não tinha controle cervical, não conseguia segurar a cabeça, não tinha movimentos. Ela ficou offline”, completa. O diagnóstico do CDKL5 só foi dado quando Anny tinha 4 anos. Sem nenhuma medicação que agisse de maneira eficaz, pouco tempo depois da descoberta da síndrome, Anny começou a ter crises ainda mais for-

tes. “Nos períodos mais críticos, ela convulsionava de duas em duas horas”, lembra Foi então que eles conheceram, por meio de pesquisas na internet e amigos, o CBD, uma das mais de 50 substâncias ativas da maconha e que é ilegal no Brasil. Mesmo assim, em 11 de novembro do ano passado, Norberto e Katiele conseguiram importar o medicamento dos Estados Unidos, onde é vendido livremente como complemento alimentar. “Até que na segunda vez, a alfândega reteve o medicamento e mandou para a Anvisa, que nos pediu satisfação”, conta a mãe da pequena Anny. Começaram, então, as batalhas na Justiça. O casal organizou documentação e o advogado, com uma ordem judicial, assegurou o direito à importação do Canabidiol. Em abril deste ano, mais uma grande vitória: eles foram a primeira família brasileira com autorização da Justiça e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para utilizar o Canabidiol no Brasil. É preciso, também, que um médico faça a prescrição. Com o CBD, a vida da família Fischer mudou. Norberto e Katiele, pais de outra criança, a Júlia, de 8


anos, contam que Anny não tem crises convulsionais desde 3 de maio. “Ela vem evoluindo, sorri, rola na cama e faz contato visual. São pequenas coisas que, para nós, têm um valor imensurável. A gente almeja que a fabricação [do Canabidiol] seja feita no Brasil, mas a longo prazo. A curto prazo, o que temos disponível é a importação. O problema é que existe um preconceito muito grande por se tratar da maconha”, afirma Katiele. A luta agora é para que o Canabidiol seja legalizado para uso medicinal e saia da lista dos medicamentos proibidos e entre na relação dos controlados. Enquanto a substância for considerada ilegal no Brasil, a batalha continuará. O amor incondicional de Norberto, Katiele e outros pais por seus filhos os moverá dia após dia, mês após mês, anos após ano. “A gente não quer que ela vá para Harvard, só quer que ela tenha um mínimo de qualidade de vida. Tenho certeza de que a cannabis vai se transformar num divisor de águas na medicina. A Anny continua sendo uma criança comprometida, mas, se compararmos com o que era, ela está muito melhor. Nossa luta é muito válida, e não é só pela nossa filha”, conta Katiele.

Imagens arquivo pessoal

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A comovente história de Anny e sua luta pela vida ganhou as telas do cinema. Após uma reportagem para a revista Superinteressante, Tarso Araújo mergulhou no tema e dirigiu o documentário Ilegal, que acompanha a trajetória de Katiele e de Margarete Brito, mãe de Sophia, também é portadora de CDKL5. O longa teve estreia nacional em outubro deste ano. Margarete é a fundadora e presidente da Appepi (Associação de Pais de Pessoas com Epilepsia de Difícil Controle), que dá suporte às famílias com crianças em situações semelhantes às de Anny e Sophia. De acordo com a assessoria de imprensa da Anvisa, “desde que a Agência criou mecanismos para que as pessoas possam ter acesso a esses medicamentos sem demandas judiciais, a Anvisa já recebeu 167 pedidos de importação do Canabidiol (CBD), por meio do pedido excepcional de importação para uso pessoal. O prazo médio das liberações pela Anvisa é de uma semana. Dos 167 pedidos de excepcionalidade encaminhados à Agên-

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cia até o dia 10/10/14 de setembro, 113 foram autorizados, 10 aguardam o cumprimento de exigência pelos interessados e 39 estão em análise (mais recentes). Ocorreram, ainda, quatro arquivamentos de processos: um por interesse da família ou caso de falecimento de paciente logo após a entrada do pedido na Agência.” Apaixonados pelo Iron Biker “Ele é atleta de ponta... da ponta de trás”, brinca Katiele, referindo-se ao marido Norberto. Fiel ao Iron Biker, ele foi o primeiro dos 1.200 atletas a se inscrever na edição 2014 da prova. “Coloquei o celular para despertar pouco antes da meia-noite, queria garantir logo minha inscrição. Quando consegui, pensei: ‘Agora posso dormir feliz e tranquilo’. Tenho um carinho muito especial pelo Iron, sempre faço questão de participar.” “O Iron Biker mudou a nossa vida”, conta Katiele. Norberto explica: “Eu trabalhava demais, tinha quatro empregos. Comecei a sentir taquicardias, palpitações no

coração. O médico perguntou: ‘Você quer uma parada cardíaca ou um derrame?’. Resolvi mudar de vida, comprei uma bicicleta e, três meses depois, eu já estava no Iron Biker. Me apaixonei pelo Iron e desde então não parei. Só tiro férias na época da competição”. Este ano, ele completou a 10ª participação na prova. Mesmo morando em Brasília, eles sempre prestigiam o evento – Norberto nas trilhas e Katiele e as filhas na torcida. O Iron Biker está tão ligado à família que Cristiane, irmã de Katiele, foi convencida pelo cunhado a correr a prova em 2009. Logo no primeiro dia competição, ela se machucou e precisou ser atendida pela equipe de primeiros socorros do evento. Foi então que ela conheceu o ortopedista Eduardo Gonçalves. Eles começaram a namorar pouco tempo depois e, em abril deste ano, depois de muitas pontes aéreas, se casaram em Belo Horizonte, onde vivem atualmente.



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NãO FALTOU EMOÇãO!

Fotografia por Magnus Torquato

Suíço e colombiana garantem o bicampeonato

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m uma das edições mais técnicas e disputadas da história da competição, o suíço Lukas Kaufmann e a colombiana Angelita Parra sagraram-se bicampeões do Iron Biker Brasil, ao vencerem a disputa de 2014, mais uma vez realizada na cidade de Mariana, na região Central de Minas Gerais. Ao subirem no lugar mais alto do pódio pelo segundo ano consecutivo, os atletas também cravaram seus nomes na história da mais importante competição de mountain bike da América Latina. Os bicampeões superaram os 140 km de trilhas desafiadoras, que recortam as deslumbrantes montanhas nos arredores de Mariana, e deixaram para trás nada menos do que 1.200 concorrentes de todos os estados brasileiros, além de competidores da Colômbia, Estados Unidos, Itália e Bélgica, divididos em 30 categorias, entre profissionais e amadores. Lukas Kaufmann e Angelita Parra mostraram muita técnica e esbanjaram preparo físico ao vencerem as etapas de sábado e de domingo, sob um sol escaldante e muita poeira, não dando qualquer chance aos adversários.

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Fotografia por Magnus Torquato

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O bicampeão Lukas Kaufmann fez questão de elogiar o nível da prova e dos concorrentes. Segundo ele, apesar do calor e das dificuldades do percurso, os principais concorrentes não aliviaram ao longo dos dois dias de prova o que valorizou ainda mais a sua vitória. “Por ser um percurso mais curto, o ritmo também foi mais forte. Sofri o tempo todo, o pessoal estava ‘puxando’ muito. Coloquei na minha cabeça que ia conseguir, não tirei o pé e dei o meu máximo. O nível técnico da competição foi o grande desafio em 2014”, revelou. A disputa na categoria elite masculino foi intensa nos dois dias de maratona. Lukas Kaufmann foi seguido de perto pelo colombiano Luis Mejia Sanchez, campeão colombiano, e pelo brasileiro João Paulo Firmino, que terminaram a competição empatados em pontos (105) – no entanto, pelo critério de desempate, a melhor colocação do colombiano no sábado fez com que ele ficasse à frente de João Paulo, que acabou em terceiro. Em função do alto nível dos concorrentes, que travaram uma dura disputa até o final, o suíço fez questão de valorizar muito o resultado. “Todo mundo no Brasil conhece a corrida. O Iron Biker tem uma história longa. É uma honra poder ganhar”, comemorou. História feminina Angelita Parra, campeã pan-americana de mountain bike marathon, chegou ao Iron Biker Brasil com um desafio: defender o título conquistado em 2013. E a colombiana conseguiu. Ela liderou os dois dias de maratona, marcou 123 pontos e cravou o bicampeonato na competição. “Estou feliz demais, era meu objetivo do ano. Treinei muito forte e gostaria de repetir o resultado no ano que vem. Sei que será mais difícil, virão competidores mais fortes. Ser bicampeã em um evento lindo e bem organizado me deixa contentíssima”, afimou. A brasileira Roberta Stopa, de Juiz de Fora, ficou com a vice-colocação e somou 111 na pontuação geral. A atleta completou duas décadas de carreira 29


Fotografia por Cristiano Quintino

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em 2014 e 15 Irons no currículo. “Claro que toda atleta pensa no primeiro lugar. Dentro do meu país, eu queria dar essa vitória para nós, brasileiros, mas a Angelita é uma atleta olímpica, muito forte. Esse vice é como se fosse um primeiro lugar. Tenho 20 anos de carreira e isso é muito importante pra mim”, lembrou, emocionada. A atleta veterana do mountain bike nacional e internacional destacou a maior participação feminina na competição e acredita que as mulheres veem hoje o esporte com mais interesse. “Ver essa participação crescendo é muito importante para todos”, destacou. A belo-horizontina Letícia Jaqueline Soares, com 86 pontos, ficou na terceira colocação geral. Mas o Iron Biker Brasil também é uma oportunidade para ficar próximo à natureza e curtir o evento sem preocupação com o pódio. É o caso da médica Márcia Cardinali, de 44 anos, que participou da primeira edição da prova e no início dos anos 1990 se destacou no mountain bike nacional. Márcia se aventurou também no triathlon e, posteriormente, se dedicou a circuitos de rua, tendo corrido a tradicional Paris-Roubax.

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Hoje, pedala por prazer, sem pensar em colocações. É com esse espírito que ela voltou ao Iron Biker depois de 20 anos. “Não tenho nenhum tipo de expectativa por posição, gosto de competir pelos desafios. Não tem lugar melhor no Brasil para fazer uma trilha do que em Minas Gerais. Mariana é uma cidade linda, com muita história. Além da competição, posso fazer uma atividade cultural, encontrar a família e os amigos do pedal”, diz a belo-horizontina, que vive há 10 anos em São Paulo. Estreante no Iron, Cleiton Souza Carvalho, de 25 anos, tomou conhecimento da prova pelos amigos. Ele gostou dos desafios e comemorou o fato de apenas ter completado a prova. “Fiquei muito tranquilo. Foi a minha primeira vez no Iron e foi uma experiência sensacional”, ressaltou o capixaba.

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Fotografia por Cristiano Quintino

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Fotografia por Marcelo Machado

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Fotografia por Magnus Torquato

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Fotografia por Alexandre Moreira

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Fotografia por Duduas Profeta

Fotografia por Duduas Profeta

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Fotografia por Cristiano Quintino

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Fotografia por Cristiano Quintino

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Fotografia por Duduas Profeta

Fotografia por Cristiano Quintino

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Fotografia por Cristiano Quintino

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Fotografia por Marcelo Machado

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Fotografia por Gustavo Epifanio

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Iron Biker global Mostrando a força e a importância da competição, quatro nacionalidades dividiram as cinco primeiras colocações na categoria elite masculino. Entre as mulheres, Colômbia, Brasil e Bélgica subiram ao pódio.

masculino e feminino

TOP 5 CATEGORIA

TOP 5 CATEGORIA

1° Lukas Kaufmann (Suíça)

1° Angelita Parra (Colômbia)

ELITE MASCULINO

Focus/OCE Racing Team 123 pontos

2° Luis Anderson Mejia Sanchez (Colômbia) Julbo Imder 105 pontos

3° João Paulo Firmino (SP/Brasil)

Scott / Pedal Pró / Cofrana Fiat / Oficina Brasil / Amendola Group 105 pontos

Marzio Deho (Itália) Total / Redstone 83 pontos

5° Orlando Alves Silva (SP/Brasil)

Specialized / Cicloravena / KMC / Maxtitanium 82 pontos

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Confira o top 5 da categoria elite

ELITE FEMININO

Giant / Actimax / Safetti 123 pontos

2° Roberta Stopa (MG/Brasil)

DaMatta / Dabomb / X-Fusion 111 pontos

3° Letícia Jaqueline Soares (MG/Brasil) Focus/OCE Racing Team 86 pontos

4° Liesbeth Hessens (Bélgica) Iron Bike Italy 86 pontos

5° Tânia Clair Pickler (SC/Brasil)

Assiclo / AABB Timbó / SOS Bikes 85 pontos



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mineiro Victor Oliveira Tabosa, de Divinópolis, foi coroado como o “Rei da Montanha Universidade FUMEC” da edição 2014 do Iron Biker Brasil. Este desafio foi criado no ano passado com o objetivo de ser mais uma atração e disputa dentro da prova. A organização do evento define um trecho de subida de dois quilômetros no percurso de sábado. Qualquer atleta pode participar e quem fizer o melhor tempo (registrado pelo GPS dos competidores) no trecho escolhido, fica com o título.

Victor Oliveira Tabosa fechou o percurso em 10m35s e comemorou muito o resultado obtido frente aos atletas de peso da modalidade. “É uma satisfação enorme carregar esse título. Ano que vem estarei de volta para defendê-lo. O “Rei da Montanha Universidade FUMEC” é uma brincadeira que incentiva a treinar mais, a melhorar o tempo na subida”, disse Victor, que participa do Iron Biker pela segunda vez.

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Fotografia por Cristiano Quintino

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‘Jurássicos’, mas com muita lenha pra queimar

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ma das novidades da edição 2014 do Iron Biker Brasil foi a homenagem que a organização prestou aos atletas que marcaram a história do mountain bike brasileiro e, claro, todos eles já tiveram várias participações no evento. Para trazer à memória das pessoas, os nomes desses “dinossauros” foram gravados em várias placas instaladas ao longo da trilha que foi batizada de “Jurassic Iron”. Dentre eles: Márcio Ravelli, Cláudia Carceronni, Ivanir Teixeira Lopes, Ana Cecília Guglielmi, Ticorico, Suzana Castro, André Abelha, Jaqueline Mourão, Abraão Azevedo, Adriana Nascimento, Miguel Giovanini, Duducetinha, Ary Lopes Bueno, Rodrigo Batella, Sandra Klomp, Ivandir Souza Santos, Alarico Moura (Alá) e Thiago Machado. O Iron Biker Brasil faz parte da vida de muitas pessoas, e os atletas com mais de 15 participações também foram homenageados representados pelo biker Aislan Pierre Ganime, de Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais. Desde o primeiro evento, em 1993, apenas dois participantes estiveram em todas as 22 edições. Fidelidade que é sinônimo de boas histórias. O economista Rodrigo Batella Gotlib, de 44 anos, transformou o ato de pedalar em um estilo de vida por conta do Iron Biker. Batella se sente um anfitrião do evento e define o fim de semana da

prova como um passeio “não com dois ou três amigos, mas com 1.200”. E, em 2014, ele completou uma marca especial. “Foi um ano muito importante para mim. Consegui igualar meu tempo de Iron Biker com a metade da minha idade. É uma data marcante para mim”, destacou. Emoção em marcar presença em todas as edições da prova também fez com que o empresário Ary Lopes Buono Júnior, de 51 anos, relembrasse boas histórias dele na competição. Em 1993, o belo-horizontino comprou sua primeira mountain bike e, 20 dias depois, descia e subia as ladeiras do Iron. Ele disse que participar da prova é um objetivo, pois isso está ligado diretamente à sua saúde “Só paro quando meu organismo não aguentar ou a prova acabar. Então espero que demore bastante ainda. E quem vai para ver o evento, rapidinho compra uma bicicleta e no ano seguinte participa”, garantiu o empresário. De acordo com os organizadores do Iron Biker Brasil, a homenagem faz justiça com quem sempre prestigia a prova e, acima de tudo, dedica-se ao fortalecimento do esporte no Brasil. “Nossa intenção foi agradecer e mostrar o quão importantes esses atletas são para a história do Iron Biker Brasil. Esperamos que eles continuem participando e mostrando essa fidelidade ao evento”.

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Fidelidade de Norte a Sul do paĂ­s

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Competidores percorrem grandes distâncias para competir em Mariana


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Fotografia por Cristiano Quintino

Iron Biker Brasil ficou marcado na história dos 1.200 atletas que correram a prova este ano. Mas a emoção e o sacríficio de encarar as montanhas de Minas Gerais foram ainda maior para boa parte dos competidores que deixou suas cidades, de Norte a Sul do país, para chegar à histórica cidade de Mariana, na região Central do Estado. Esses atletas atravessaram o Brasil para superar a maior prova de montain bike da América Latina. Foi o caso do empresário Rodrigo Argenta, de 37 anos. Ele saiu de Igrejinha, na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, rumo à Mariana. Para isso, viajou cerca de 1.800 quilômetros, sendo o participante que percorreu a maior distância, saindo do Sul do país. “Gosto bastante das trilhas da competição e isso me motiva muito a participar do Iron. A logística em Mariana é fácil e há várias opções de hospedagem”, diz o empresário, que participa do evento pela segunda vez. Mineiro de Itapecerica, mas morando em Boa Vista, capital de Roraima, há 11 anos, o promotor de Justiça José Rocha Neto, de 43 anos, sempre quis participar do Iron Biker. Este ano, ele venceu aproximadamente 4.700 quilômetros para chegar a Mariana, sendo o competidor que percorreu a maior distância para quem saiu do Norte do Brasil. Estreante na prova, José Rocha Neto disse que o Iron é um desafio inesquecível e elogiou a cidade-sede do evento. “É uma região muito bonita e com relevo que dificulta. No mountain bike, quanto mais difícil, melhor”, afirmou.

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Com a palavra,

os gringos!

Estrangeiros falam sobre o Iron Biker Brasil 2014

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Luis Anderson Mejia Sanchez • Colômbia |

Primeiro Iron Biker

“Os percursos foram muito difíceis, exigentes e bonitos. Foi tudo muito interessante, com adversários de alto nível e um espetáculo muito lindo. Fico muito contente por ter corrido o Iron Biker Brasil. Cada vez mais é uma competição internacional e isso é muito bom. Tomara que eu possa continuar vindo ao Iron, porque é um grande evento, um ponto alto do mountain bike latino-americano. Aqui conheci grandes pessoas e ótimos atletas, e isso me motiva a treinar mais forte ainda.”

Angelita Parra • Colômbia |

Segundo Iron Biker

“O Iron Biker é o tipo de prova em que terminá-la já é uma conquista. É uma competição muito bonita, muitas pessoas também se inscrevem pela recreação, para desfrutar as paisagens. A organização do evento é um show, um espetáculo. O Iron é uma prova que eu gostaria de correr de novo, tomara que no ano que vem eu também possa vir. O evento é espetacular, familiar e muito bem organizado.”

Dennis De Maere • Bélgica |

Primeiro Iron Biker

“A competição foi muito especial. Na Europa, também temos um Iron Bike, na Itália, com características bem diferentes, e ter a possibilidade de vir ao Brasil disputar a prova foi uma experiência excelente. Fiquei muito animado com as dificuldades da prova, com ótimos percursos, lindas paisagens. Para mim, foi muito bom correr longas distâncias. Foi uma edição muito especial e me diverti bastante.”

Liesbeth Hessens • Bélgica |

Primeiro Iron Biker

“Foi muito bom ter participado do Iron Biker Brasil. A prova me surpreendeu positivamente pelos percursos, gostei das partes mais técnicas. Eu, definitivamente, vou recomendar o Iron às pessoas na Bélgica e de outros países da Europa. Eu gostaria muito de voltar todos os anos.”

Lukas Kauffman • Suíça |

Terceiro Iron Biker

“Todo mundo no Brasil conhece o Iron Biker, a prova tem uma longa história. É uma honra poder dizer que sou bicampeão. A cada ano o nível dos competidores aumenta e esse é um desafio a ser superado. A participação de atletas estrangeiros aumenta o nível da competição.”

Marzio Deho • Itália |

Quarto Iron Biker

“Os percursos são totalmente diferentes, outra tipologia de montanhas das que estamos habituados a competir pelo mundo. Os percursos em Mariana são realmente espetaculares.”

Spencer Rathkamp • Estados Unidos |

Segundo Iron Biker

“Foi minha segunda participação na prova e gostei tanto quanto da primeira vez. Achei muito difícil. O evento foi muito bem organizado e tudo funcionou bem. A atmosfera de Mariana e do Iron Biker é diferente de tudo que já experimentei. As pessoas da cidade ficam muito felizes em receber a competição e todos os atletas estavam muito empolgados, o que é muito legal e faz do Iron Biker um evento ainda mais especial.”

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Evento

solidário Iron arrecada quase três toneladas de alimentos

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lém de fomentar o esporte e o turismo na região de Mariana, o Iron Biker Brasil realiza uma ação solidária junto às comunidades próximas à cidade-sede. Na entrega do kit de competição, os atletas fizeram a doação de 2 quilos de alimentos não perecíveis. As quase três toneladas arrecadadas foram doadas às pessoas carentes de quatro distritos que fazem parte do percurso da competição: Camargos, Santa Rita Durão, Bento Rodrigues e Bandeirantes. Segundo um dos organizadores do evento, Lucas Fonda, o objetivo é o de fazer com que a competição vá além do esporte, representando também um ganho para a população do município de Mariana. “Essa atuação social reflete na região onde a prova é realizada e isso é uma satisfação muito grande para a organização do Iron Biker, porque, além de ter sucesso no evento no que diz respeito ao esporte, conseguimos êxito também nesta ação social”, afirmou. O empresário Carlos Cláudio de Barros Miguez, de 52 anos, participou de seu quinto Iron Biker Brasil. Ele, que já foi campeão da prova nas categorias individual master e

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dupla mista, organizou a equipe do jornal Estado de Minas, que contou com 18 atletas. Além dos dois quilos doados no ato da inscrição, cada competidor da equipe fez a doação de uma cesta básica para instituições que ainda serão escolhidas. “O esporte no Brasil deveria sempre ser aliado à solidariedade, chamar atenção para essa questão. Quem produz eventos esportivos deveria pensar sempre como a organização do Iron Biker. Essa ação solidária foi muito bacana”, afirmou Carlos Cláudio, o Mano, como também é conhecido.

“O esporte no Brasil deveria sempre ser aliado à solidariedade” 63


“A Água Mineral Ingá homenageia a nos anos de 2005, 2007, 2008, 200


a atleta mineira Raquel Gontijo pelos títulos no Iron biker 09, 2011 e 2014. Parabéns Campeã”


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Economia

gira no ritmo das bicicletas Rede hoteleira, restaurantes e comĂŠrcio felizes com o resultado do evento

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“Achei ótimo o movimento da minha lanchonete, foi bem intenso. O comércio depende de movimento e o Iron Biker trouxe isso para nós”

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ó de inscritos no Iron Biker Brasil foram 1.200 de todos os estados brasileiros, incluindo estrangeiros. Sem falar dos integrantes das equipes de apoio, dos jornalistas, dos torcedores ou de simplesmente de gente que viu no evento uma boa oportunidade de passar um fim de semana em Mariana. O resultado disso é que os representantes do Poder Público e de setores ligados à hotelaria, alimentação, comércio e serviços em geral não veem a hora da edição 2015 ser novamente realizada na cidade. A Prefeitura de Mariana prefere não divulgar os números que envolveram o evento. Mas, se levarnos em conta a satisfação de vários setores da economia do município, certamente chegaremos a um saldo bastante positivo. E não só se tratando do fim de semana da prova, quando hotéis, bares e restaurantes estiveram lotados. O fato de a cidade ter recebido gente de todo o lugar, faz com que Mariana seja cada vez mais reconhecida como

um destino turístico mundial. A comerciante Valéria da Conceição, proprietária há 10 anos do Restaurante Gaveteiros na Praça da Sé, ponto de largada e chegada do Iron Biker Brasil, comemora o resultado do Iron Biker Brasil pela cidade. Segundo ela, o evento movimentou o turismo e o comércio com turistas de todos os estados do Brasil e de países como Itália, Estados Unidos, Colômbia e Bélgica. “Em geral, o Iron Biker soma muito, porque é um evento bem organizado e como tudo que é bem organizado, tem mais chance de dar certo. A divulgação do evento também é feita com antecedência e é muito bem explorada, o que é excelente para Mariana”, afirma Valéria, que calcula um aumento de 50% no movimento do restaurante no fim de semana da competição. Uma das características do Iron Biker Brasil é criar eventos paralelos à prova principal. Na sexta à noite, acontece o desafio noturno, quando atletas da categoria elite (masculino e femi-

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nino) percorrem o Centro Histórico de Mariana, subindo e descendo ladeiras, encarando escadarias e pontes. Disputado em cinco voltas, o percurso é de um quilômetro. Outro destaque do Iron Biker Brasil é o “Rei da Montanha Universidade FUMEC”, criado em 2013, com o objetivo de ser mais uma atração dentro da competição. Enquanto seu marido competia, Luiza Furst, de Belo Horizonte, aproveitou para fazer um passeio por Mariana junto com seus amigos e familiares. Apesar de morar perto da cidade, a belo-horizontina não conhecia Mariana e seu patrimônio histórico e cultural. “Nunca tinha vindo a Mariana, estou adorando a hospitalidade”, contou. Da mesma forma, o competidor de Brasília, Denis Cláuber, nunca tinha passado antes por quaquer cidade histórica mineira e ficou deslumbrado com Mariana. “Vim para o Iron Biker e estou aproveitando para conhecer essa cidade linda, a hospitalidade é 10”, afirmou. A sócia-proprietária da lanchonete Direita 38, na Rua Direita, no Centro, Daviane Queiroz, contou que o movimento aumentou muito nos dias de

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competições. “Achei ótimo o movimento da minha lanchonete, foi bem intenso. O comércio depende de movimento e o Iron Biker trouxe isso para nós. Conheço proprietários de hotéis e restaurantes que me disseram estar lotados”, garantiu Daviane. O prefeito Celso Cota se juntou ao coro dos empresários e comerciantes da cidade. Segundo ele, o Iron Biker Brasil não só fortalece a economia da cidade, o turismo, como também é mais uma opção de esporte, lazer e entretenimento para os moradores. “Estamos muito felizes de tê-los aqui em Mariana novamente. O Iron Biker é um evento que movimenta nosso comércio e estimula ainda mais o turismo”, destacou.


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Belas e

Feras

Edição 2014 trouxe como novidade a categoria dupla feminina 70

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22ª edição do Iron Biker Brasil bateu recorde de inscrições, que se esgotaram quatro meses antes do evento. Boa parte dos inscritos foi formada por mulheres que disputaram a prova na categoria dupla feminina, que passou a fazer parte novamente da competição nesse ano. No total, foram nove duplas disputando o lugar mais alto do pódio.


Fotografia por Cristiano Quintino

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Uma das responsáveis pela novidade foi a advogada Gabrielle Vasco e Silva, de 34 anos. “Tive a ideia de ir com uma das minhas amigas para o Iron, mas descobri que, para 2014, não existia a categoria dupla feminina”, disse. Gabrielle, então, mandou um e-mail para a organização do evento e se dispôs a organizar as duplas necessárias para abrir a categoria. A advogada, que mora em Brasília, faz parte da equipe Boletes, versão feminina da Bolas Suadas Racing Team, e conseguiu formar cinco duplas entre o grupo.

Além de ter marcado sua estreia no Iron Biker Brasil, o dia 19 de setembro foi especial para Gabrielle: nessa data, ela completou um ano de pedal. Desde então, trocou de equipamento, comprou outra bicicleta, contratou um instrutor e se dedica a treinos quase diários – tudo para ter uma boa participação na prova. “A competição trouxe uma experiência no mountain bike que ainda não tinha. E tudo isso em Mariana, um lugar fantástico, com subidas incríveis. Sabia da qualidade da outras duplas, mas nosso objetivo

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não era vencer, já que foi o nosso primeiro Iron”, explicou. Gabrielle e sua dupla, Hanna Elena, fizeram bonito logo na estreia no Iron e conquistaram o primeiro lugar na categoria. A dupla de Boletes Formada pela brasiliense Gabrielle Vasco e pela finlandesa naturalizada brasileira Hanna Kuitunen — deixou sua marca na competição antes mesmo de chegar a Mariana. As duas fizeram juntas, em 2013, o “Desafio sem Limites”, prova de bicicleta com trajeto de Brasília a Pirenópolis. Empolgadas, elas combinaram, ainda em abril, de participar do Iron Biker

Brasil em dupla neste ano. “Uma deu força para outra. Se sou mais forte em subidas, acabo puxando minha colega e vice-versa”, disse Gabrielle. Desde que as Boletes decidiram participar da competição, mudaram de rotina. Trocaram de bicicleta e contrataram assessorias para auxiliar nos treinamentos quase diários. Algumas entraram na academia para complementar com treino de força e até aula de mecânica tomaram com a ajuda de donos de lojas especializadas. “Se furasse um pneu ou quebrasse alguma peça na bicicleta, é o atleta quem ia arrumar. Só quem fez a prova em dupla pode contar com a ajuda da parceira”, justificou Nubia Meireles, 36 anos.

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moments O Iron Biker Brasil 2014 foi um sucesso dentro e fora das trilhas. O clima na arena do evento foi marcado pelo sentimento de superação amizade e o alto astral.

Fotografia por Cristiano Quintino Duduas Profeta Lucas Fonda

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Esporte nas trilhas e nas veias Mariana consolida vocação para eventos esportivos

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Fotografia por Cristiano Quintino

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eca do mountain bike latino-americano, a histórica cidade de Mariana, primeira capital de Minas Gerais, confirma a cada evento sua vocação para receber competições de diversas modalidades esportivas. O Iron Biker Brasil é o maior deles, reunindo nada menos do que 1.200 participantes, divididos em 30 categorias. No entanto, a cidade mineira não quer parar por aí. Nos últimos meses, comprovando seu apoio ao setor, recebeu provas de bike enduro e de motociclismo, além de uma partida entre os principais times da liga de vôlei nacional. Em abril deste ano, por exemplo, aconteceu a 23ª edição do Bike Enduro de Mariana, com a participação de quase 500 atletas do mountain bike brasileiro. Em setembro, a cidade recebeu, na Arena Mariana, o duelo entre Sada Cruzeiro e Minas Tênis, clássico do vôlei mineiro e nacional. O público deu um show nas arquibancadas. Ao todo foram quatro mil ingressos trocados por brinquedos que serão

doados no Natal para comunidades com crianças carentes. “Um evento de grande porte como esse em Mariana é muito importante para incentivar o esporte e lazer das pessoas na cidade. Além da grande conquista que foi a construção da Arena Mariana”, afirmou Romildo Magalhães, professor de educação física. Também em setembro, a cidade foi palco da largada do Enduro da Independência, tradicional prova do motociclismo nacional, com destino a Vitória, no Espírito Santo, onde foram conhecidos os campeões da prova. O tradicional evento esportivo contou com mais de 400 competidores, que percorreram os cerca de 800 quilômetros em quatro dias. No primeiro dia, os atletas largaram da Arena Mariana. Eles saíram em comboio e percorreram as ruas históricas do município, sede dos dois primeiros dias da competição. O prefeito de Mariana, Celso Cota, ressalta que investir no esporte é uma das prioridades de sua administração: “O sucesso do Iron Biker e de outros eventos esportivos realizados aqui na nossa cidade mostra que a estratégia do Governo está dando resultado. Quando a prefeitura investe em esporte, a população começa a perceber que estamos no caminho certo”, afirma.

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Fotografia por Cristiano Quintino

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CAMPEONATO MINEIRO DE EQUIPES

FMC 2015

Vem aí o Campeonato Mineiro de Equipes FMC 2015. Chegou a hora da sua turma de treino virar uma equipe de verdade! Forme uma equipe seguindo os critérios definidos pela Federação Mineira de Ciclismo e participe das competições homologadas pela FMC durante o ano. As equipes mais consistentes serão premiadas no Iron Biker Brasil 2015!

REALIZAÇÃO

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APOIO


programe-se

iron biker brasil 2015 18,19 e 20 de setembro

MAriana â „ MG saiba mais www.ironbiker.com.br facebook.com/ironbikerbrasil


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