Declara, nº8, dezembro 2017

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DeClara Jornal da Escola E.S.2,3 Clara de Resende

Rita Ferreira, 8ยบA

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Leonor Maruny, 8ยบA


DeClara, nº 8 EDITORIAL OFICINAS DE APRENDIZAGEM CLUBES DESAFIOS DO MÊS RESPOSTAS AOS DESAFIOS CURIOSIDADES AS NOSSAS ESCOLHAS ... SUGESTÕES DO MÊS TRABALHOS DOS NOSSOS ALUNOS O QUE ACONTECEU ... O QUE ESTÁ A ACONTECER ... O QUE ESCREVEM OS NOSSOS ALUNOS

O QUE ESCREVEM OS NOSSOS PROFESSORES O QUE ESCREVEM OS NOSSOS PAIS/EE

dezembro de 2017

Editorial Mais um ano que está prestes a terminar e outro mesmo a começar. Entretanto já cheira a Natal, com toda a magia e esperança que esta quadra transporta. Neste mês de dezembro, o nosso Jornal sai agora com uma edição especial de Natal. Um jornal com mais notícias e muito mais completo. Mais professores, alunos e encarregados de educação com vontade de participar com os seus artigos, opiniões, reflexões, textos, poemas, aceitaram o desafio feito e deixaram-se envolver num jornal que é de todos e para todos. Um Jornal que dá voz a quem quer ter e tem DeClarações a fazer. Uma escola participativa, participante e participada, com a colaboração de todos cujo objetivo fundamental é que seja um lar na verdadeira aceção da palavra, para todos nós, já que passamos la tanto tempo. Local de confiança onde os pais se sentem confortáveis quando deixam os seus filhos, grandes ou pequenos, sabendo que estão bem, a construir o seu projeto de vida e são felizes. Uma escola feliz, um espaço alegre, e de bem. É isto que todos queremos, não é assim? Novembro foi um mês muito intenso, recheado de atividades, visitas de estudo, exposições, trabalhos, projetos, propostas, apresentações, testes…Dezembro adivinha-se também um mês muito dinâmico e ainda bem que assim é! Agradecemos a todos os que quiseram colaborar connosco e enriquecer o DeClara. Esperamos continuar a contar com a vossa participação. Resta-nos desejar a toda a Comunidade Educativa um Feliz Natal e um Excelente 2018! Até breve… Equipa do Jornal DeClara

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OFICINAS DE APRENDIZAGEM

CLUBES

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CLUBE DE FOTOGRAFIA

Professora: Helena Fernandes Quinta Feira10.15h /12.05h

DESAFIOS DO MÊS Enigma policial do mês dezembro Mistérios em aberto Nº1 O Vigia preguiçoso Eram os primeiros dias da sua carreira criminosa e Óscar já se sentia aborrecido. O cabecilha do gangue pedira-lhe uma missão tão simples como entediante: vigiar um homem, registrando a que horas saía de casa no seu carro, estacionado à porta. Tinham passado seis horas e nada. Mesmo depois de vários cafés, Óscar estava quase a adormecer. Acabou por se decidir por uma solução mais criativa. Tirou do pulso o relógio antigo, ainda com ponteiro. Saiu do carro e, momentos depois, estava de volta ao interior do veiculo, onde dormiu descansadamente o resto da madrrugada. Quando acordou de manhã voltou a sair, deu uma volta pela entrada da casa do homem que supostamente estivera a vigiar, e transmitiu ao cabecilha a hora exacta a que aquele saira de casa

Como é que o Óscar conseguiu saber a hora exacta?

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Desafio de Matemática

Desafio Geográfico

Pensa e responde O João tem na sua carteira uma nota de 5 euros, uma moeda de 1 euro e uma moeda de 2 euros. Qual dos seguintes valores é que o João não pode pagar sem receber troco?

3 EUROS

4 EUROS 7 EUROS

6 EUROS

8 EUROS Professor Artur Neri Binlioteca Escolar

Desafio de Português Parente não convidado Todas as famílias são unidas, mas, de vez em quando, surge um intruso. Descobre-o em cada uma das séries seguintes. 1. floreira  florista  beija-flor  malmequer  floral 2. maré  maresia  marinheiro  marítimo peixe martelo 3. porteiro  porco  portaria  portagem  portinhola 4. casota  casamento  caseiro  castelo  casebre

RESPOSTAS AOS DESAFIOS DE NOVEMBRO Desafio de Matemática Pensa e responde Com 6 fósforos só se pode formar um retângulo. Quantos retângulos diferentes se podem formar usando 16 fósforos? RESPOSTA:

3 (na horizontal)

Desafio de Português O que será? Completa as adivinhas com os advérbios em falta. Depois, tenta adivinhar a resposta! Uma senhorita, muito assenhorada, nunca sai à rua, anda sempre molhada.

R1: língua

O que será? Pensem bem. Está em tudo e nada tem.

R2: letra ”d”

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CURIOSIDADES Em 628 D.C., Bramagupta astrónomo e matemático hindu, publicou uma obra, em verso, em que pela primeira vez surgiu o cálculo com números negativos.

AS NOSSAS ESCOLHAS ... CLARTOON : fake news?

Imagem do mês de dezembro 2017 IMAGEM DO MÊS DE DEZEMBRO 2017

in lo-irracional-del-tiempo-en-qui-vivemos

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SUGESTÕES DO MÊS As Secas do mês

Atenção: Estas anedotas são extremamente secas. Mesmo muito secas! As mais secas que já alguma vez ouviste!

Um gago a gozar com um careca: -Q-q-q-q-q-q-quanto é-é-é-é-é q-q-q-que tu-tu-tu-tu ga-ga-ga-ga-gastas no-no-no-no ca-ca-caca-cabeleirei-ei-ei-ei-ro? -De certeza que é menos do que tu gastas no telefone.

-Olhe, desculpe, tem bananas? -Não. -Tem bananas? -Não. -Tem bananas? -Volta a perguntar isso e dou-lhe um tiro. -Tem arma? -Não. -E bananas?

Uma mulher na farmácia: -Desculpe, tem algo contra a tosse? -Não, minha senhora, pode tossir à vontade.

SUGESTÕES DO MÊS - LEITURA 2º Ciclo: “A Princesa azul e a felicidade escondida”, de Filipa Sáragga. Gostas de contos de fadas com uma boa lição? Então este livro é o certo para ti. Esta é a história de uma princesa chamada Clara que nasceu e viveu azul, sofrendo de bullying, sendo excluída das brincadeiras e gozada. Na sua vida ela conhece personagens maldosas que fingem ser amigas mas depois provocam situações muito tristes, até põem os amigos contra ela. Com isto, Clara tenta encontrar uma solução com a ajuda da sua amiga libelinha Aurora. Mas a solução está nela própria, se ela acreditar. Queres saber qual é? Lê o livro e descobrirás. Francisca Vareta, 6ºA

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3º Ciclo: “Vanessa vai à luta”, de Luísa Costa Gomes Vanessa tinha quase 7 anos. A mãe oferecia-lhe “brinquedos de menina”, mas ela acabava por se fartar deles e brincar com os brinquedos do irmão Rodrigo. No dia de anos, gostava de receber uma metralhadora como presente de aniversário. Contudo, a mãe queria que ela comprasse um aspirador “para a ajudar” ou uma cozinha de brincar. Durante esta peça de teatro, Vanessa luta contra os estereótipos da sociedade acerca dos “brinquedos de menino e menina”. Irá a Vanessa receber a tão desejada metralhadora? Francisco Manta Rodrigues, 8ºB

Ensino Secundário: “ O Jogador”, de Fiódor Dostoievski O que pode acontecer quando a paixão pela roleta se cruza com a paixão pela mulher amada? É esse conflito que Dostoievski aborda neste romance, memórias de um jovem que faz parte do séquito de um general russo instalado em Roletenburgo, à espera de uma herança que nunca mais chega. Trata-se de um grupo de personagens ligadas pela cupidez, a ambição, o fracasso, o amor e a memória de faustos passados, vivendo um jogo de luz e sombra em que quase nada é o que parece. Há um lado biográfico em "O Jogador". Em 1863, quando viajava ao encontro de Paulina Suslova, a grande paixão amorosa da sua vida, que vivia então em Paris, Dostoievski, endividado e alucinado pelo enriquecimento súbito, tentou a sua sorte nas roletas de Wiesbaden. Ganhou, perdeu, recuperou e retomou o caminho para Paris. Mas na viagem que fez com Paulina procurou de novo as intensidades da roleta em Baden-Baden, onde perdeu tudo o que tinha, incluindo o seu relógio e o anel de Paulina. Inventou um sistema para ganhar que falhou em Bad Homburg, obrigando-o a voltar sozinho a São Petersburgo. No ano seguinte, Dostoievski ditara em vinte e seis dias o seu romance "O Jogador" a uma jovem estenógrafa, Ana Grigorievna, que viria a ser a sua segunda esposa. Biblioteca Escolar

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TRABALHOS DOS NOSSOS ALUNOS – 5º ANO A GRIPE

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TRABALHOS DOS NOSSOS ALUNOS – 6º ANO “ a cor e a forma instável ( inquietações de alunos do sexto C e D ) a cor e a forma dos objetos podem ser utilizadas para traduzir sentimentos intensos desprezando a verosimilhança da pintura realista. artistas, de diferentes correntes artísticas, reproduziram o rosto humano utilizando estilos e técnicas variadas. a cor e a forma assumiram um papel importante na transmissão de uma informação, sensação ou sentimento. as cores utilizadas e / ou as deformações das formas do rosto humano contam histórias, muitas vezes influenciadas por experiências pessoais ou situações / eventos que abalam uma época ou período específico de tempo; que retratam o tempo vivido ( a contemporaneidade ). o que te inquieta ( ponto de interrogação ) o que te deixa perplexo ( ponto de interrogação ) deixa que o teu rosto transmita essa informação professor Gabriel Fraga

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TRABALHOS DOS NOSSOS ALUNOS – 7º ANO Espírito de Natal É nesta época de Natal, Que tudo e todos estão unidos Num amor incondicional, Sem assuntos discutidos. Os campos estão gelados, A felicidade é frequente, mesmo os menos afortunados, têm o coração bem, bem quente. As crianças, singelas e puras, Ficam de mão dada antes do jantar, rezando para os anjos as suas curas, jamais se fartam de orar. E ao jantar, com olhos brilhantes, É servida a refeição. As iguarias, nobres e elegantes, recheadas de sabor e paixão. No final, junto ao presépio, o Pai Natal acabou de chegar! Todos veem com um arrepio, coloridos presentes, para dar e partilhar. E é nesta época de Natal, que todos com a alma unida, anseiam desfrutar de uma noite especial, o carinho e o calor da vida.

O Natal No Natal há amizade, Amor e felicidade. À volta da mesa conversamos E em família saboreamos O bacalhau cozinhado E muito bem empratado. Ficamos satisfeitos E comemos com prazer. Antes da meia noite Ainda há muito a fazer. Ligamos as músicas e escutamos com atenção Cantamos, dançamos, Assim o tempo não passa em vão. Chegou a hora dos presentes E continuamos todos contentes. Cumprimentar o Pai Natal Sempre vestido de igual. Dá cada prenda a seu dono Ainda ninguém tem sono. O Pai Natal já foi embora. Agora chegou a hora de ir deitar Para amanhã receber as prendas que Jesus tem para nos dar. Estar em família ou bem acompanhado Pois no Natal ninguém fica isolado. Apreciar o dia e a noite especial E isto meninos é o Natal. Diana Dias, 7ºD, Nº9 Professora Raquel Ribeiro

Inês Bessa Peixoto Ferraz Ferreira, nº 11, 7ºD Professora Raquel Ribeiro

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TRABALHOS DOS NOSSOS ALUNOS – 8º ANO Na aula de Português a professora Manuela Carvalho desafiou os alunos da turma do 8D a pensarem numa palavra e a partir da mesma construírem um texto.

O cancro Numa tarde chuvosa de inverno, Maria recebeu um telefonema muito triste. Foi-lhe contado que a sua mãe falecera. Devastada, decidiu esperar para contar ao seu filho. Um mês mais tarde, Maria contou ao pequeno Lucas, de quatro anos, que a sua avó tinha partido. -Mamã, como morreu a avó? –perguntou o menino tristonho. -Meu querido, foi o cancro que a levou… -respondeu Maria com as lágrimas a cobrirem os seus olhos. Lucas fico muito intrigado com essa nova palavra no seu vocabulário restrito, porém, não achou oportuno perguntar à sua mãe sobre tal conceito, pois não lhe parecia uma palavra feliz. Então, o menino cresceu com essa dúvida, até que, um dia, quando já frequentava o quarto ano, lhe falaram dessa palavra na escola: Lucas, finalmente, percebeu do que se tratava e decidiu investigar sobre a doença e os seus tipos. Nesse ano, foi o melhor aluno a estudo do meio e, nos anos a seguir, continuou a sua pesquisa, sendo que no oitavo ano percebeu que, no futuro, queria trabalhar num IPO. E assim foi, Lucas ajudou muitas pessoas e salvou muitas vidas, conseguindo concretizar o seu sonho que surgiu no momento em que ouviu aquela palavra. Daniela Duarte, 8ºD

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"Arte cinética" na Biblioteca Exposição de arte cinética dos alunos do 8º A no âmbito da disciplina de Oficina de Artes. Na arte cinética as obras parecem mover-se ou movem-se quando o observador se desloca. Um agamógrafo, uma forma de arte cinética popularizada pelo artista israelita Yaacov Agam. Os alunos foram desafiados a desenvolver a sua própria peça de arte “visualmente cinética” a partir de colagens realizadas influenciadas pelos "Desenhos com tesoura" do pintor Henri Matisse.

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Professor Joรฃo Pereira

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Dezembro Dias na História

1 de dezembro de 1959- tirada a 1ª foto a cores do Planeta Terra, de uma nave espacial. 3 de dezembro de 1879- Thomas Edison faz a primeira demonstração com uma lâmpada elétrica. 5 de dezembro de 1791- morte de Wolfgang Amadeus Mozart. 6 de dezembro de 1877- cientista Thomas Edison faz a 1ª gravação de som que se tem notícia num aparelho feito por ele.

7 de dezembro de 1988- O primeiro transplante simultâneo que foi bem-sucedido de coração e pulmão em um único recetor é realizado em São Paulo. 10 de dezembro de 1964- Martin Luther King é a pessoa mais jovem a receber o prémio Nobel da Paz. 13 de dezembro de 1577- Sir Francis Drake inicia a sua viagem ao redor do mundo. Foi o 1º navegador inglês a circum-navegar o globo. 15 de dezembro de 37- Nascimento de Nero Cláudio César Augusto Germânico, imperador de Roma. 16 de dezembro de 1770- Nascimento do compositor Ludwig Von Beethoven. 17 de dezembro de 1980- 1903 - Os irmãos Wright testam aeroplano na costa leste dos Estados Unidos. 19 de dezembro de 1972- Nave Apollo 17 retorna à Terra após 13 dias. 20 de dezembro de 1805- Nascimento de Thomas Graham, químico britânico, conhecido por suas investigações na difusão de gases e líquidos 21 de dezembro de 1991- A União Soviética deixa de existir oficialmente. É criada a Comunidade dos Estados Independentes (CEI) q

Íris Carolina Moreira, 8.ºC Patrícia Moreira, 8.ºC José Afonso Santos, 8.ºC Professora Arlete dos Santos Ferreira

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DeClara, nº 8 Este mês na História... 1 de dezembro de 1640 – Restauração da Independência O primeiro dia do mês de dezembro do ano de 1640 ficou marcado por uma revolução, a revolução da Restauração da Independência, que pôs fim à dinastia Filipina. Esta dinastia perdurava desde 1581, desde o desaparecimento do rei D. Sebastião em Alcácer Quibir. O primeiro rei da dinastia Filipina (ou 3ª dinastia), D. Filipe II, I de Portugal, era simultaneamente rei de Portugal e de Espanha, assim como os seus sucessores, o que deu azo ao descontentamento da população portuguesa, pois a autonomia do país relativamente a Espanha estava a ser gravemente prejudicada. Foi este descontentamento que levou à revolta, que foi planeada pelos Conjurados, um grupo de quarenta homens influentes que estavam contra o domínio espanhol. Estes introduziram-se no Paço da Ribeira, local de residência da Duquesa de Mântua, representante da Coroa espanhola em Portugal, e defenestraram* o seu secretário Miguel de Vasconcelos. Após o “secretaricídio”, D. João, Duque de Bragança, é aclamado rei de Portugal da janela do palácio, tornando-se assim no rei D. João IV e dando início à Dinastia de Bragança. *defenestrar: ato de atirar alguém pela janela com o intuito de pôr termo à sua vida. 13 de dezembro de 1521 – Morte do rei D. Manuel I D. Manuel I foi o décimo quarto rei de Portugal. Ficou conhecido como O Venturoso. Filho adotivo de seu primo, o rei

dezembro de 2017 D. João II, tendo vindo daí o seu direito à Coroa portuguesa. Durante os vinte e seis anos em que reinou, beneficiou da expansão marítima, tendo sido durante o seu reinado que se chegou à Índia por mar e que foi enviada a armada que levaria Pedro Álvares Cabral a descobrir o Brasil. Este auge da expansão foi dos mais prósperos períodos alguma vez atravessados pelo país, fazendo de Portugal um dos países mais ricos e poderosos de toda a Europa. O Império Português mostrava-se tão vasto que o rei se intitulava de “Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc.” Esta riqueza foi usada para a construção de monumentos como a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, no estilo artístico denominado de Manuelino, profundamente inspirado nas viagens marítimas, com elementos como as cordas e a esfera armilar. No entanto, nem tudo no reinado de D. Manuel I foi positivo. Este rei era um homem muito religioso, não sendo tolerante para com crentes de outras religiões, nomeadamente os judeus. Para agradar aos Reis Católicos, foi decretada a expulsão dos judeus, milhares foram convertidos forçadamente ao catolicismo e muitos massacrados. O rei D. Manuel I viria a falecer no dia 13 de dezembro de 1521, sucedendo-lhe o seu filho D. João III. Fontes: Dicionário de História de Portugal, dirigido por Joel Serrão, vol. II, entrada “D. Manuel I”, e vol. III, entrada “Restauração”. Maria Rita de Andrade e Castro, 8ºD Isabel Pais, 8ºD Teresa Azevedo, 8ºD

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TRABALHOS DOS NOSSOS ALUNOS – 9º ANO Exposição "Perceção - Ilusões óticas“ Na disciplina de Educação Visual os alunos do 9º ano turma C, orientados pelo professor João Pereira, realizaram composições plásticas, pinturas abstratas, aplicando a teoria da cor, o estudo do movimento artístico Op-Art e do pintor Vitor Vassarely. No domínio dos processos de construção da imagem no âmbito da perceção visual e dos mecanismos da visão. OP-art é também conhecida como arte ótica. É um estilo artístico visual que utiliza ilusões óticas. Este movimento artístico teve início na década de 1930 com as obras do designer gráfico e artista húngaro Victor Vasarely. Os alunos de 9ºano foram desafiados pelo professor João Pereira a criar a sua obra! Aqui ficam alguns trabalhos.

Guilherme Pizarro

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Salvador Granado

InĂŞs Costa

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Eduarda Silva

Diana Gomes

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Ana Catarina Faria

Inês Zhu

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Gerson Basto

Sofia Pereira

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TRABALHOS DOS NOSSOS ALUNOS – 10º ANO Sabes o que é a espetroscopia? Já alguma vez pensaste em saber do que é feito o Sol sem viajar até ele? A espetroscopia pode ajudar-te a descobrir os constituintes de toda a matéria através de espetros. Eu sei, são demasiados nomes estranhos, mas eu vou explicar-te tudo: um espetro é o resultado da decomposição da luz. Os espetros podem ser de emissão ou de absorção. Dentro dos de emissão, temos espetros contínuos, em que a luz decomposta mostra uma gama variada e ininterrupta de cores. Também existem espetros de emissão descontínuos. Estes são muito fáceis de identificar por terem um fundo negro sobreposto por riscas coloridas. Os espetros de absorção são sempre descontínuos, mas apresentam um fundo colorido interrompido por riscas negras. Cada elemento químico tem o seu próprio espetro de emissão que pode servir como o seu “bilhete de identidade”. Eu entendo, tudo isto ainda parece confuso. Foi por isso mesmo que eu e os meus colegas do 10ºB fomos ao Planetário do Porto – Centro de Ciência Viva para esclarecermos todas as nossas dúvidas. Nesse local, observámos os espetros de vários elementos químicos, como o hidrogénio, através de um espetroscópio. Para compreenderes isto tudo, é fundamental que saibas a constituição da matéria. Toda a matéria é constituída por átomos, e estes átomos são constituídos por neutrões e protões, que se localizam no seu núcleo, e por eletrões na orbital, distribuídos por níveis de energia. Sabias que estes eletrões são os responsáveis pelas cores do fogo-de-artifício a que certamente já assististe? No Planetário do Porto, observámos espetros de emissão de elementos químicos (fica já a saber que são descontínuos). Os eletrões dos átomos, ao serem atravessados por corrente elétrica, são excitados, ou seja, passam para níveis de energia superiores. Quando passam, posteriormente, para níveis de energia mais baixos (desexcitação), emitem diferentes radiações correspondentes a uma risca colorida nos seus espetros de emissão. Assim, podes saber como é constituído o Sol! Se comparares o espetro de absorção da nossa estrela com os espetros de emissão dos elementos químicos conhecidos na Terra, se as riscas negras de um coincidirem com as coloridas de outro, podes então saber de que é feito o Sol!

Professora Isabel Pinto

Francisca Oliveira, 10ºB

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TRABALHOS DOS NOSSOS ALUNOS – 10º ANO O Planetário e os Espetros No dia 17 de novembro, sexta-feira, os alunos do décimo ano do curso científico-tecnológico dirigiram-se ao Planetário do Porto no âmbito da disciplina de física e química, a ponto de aprofundarem os seus conhecimentos sobre espetros e sobre a espetroscopia. Quando os alunos chegaram ao complexo, tiveram a oportunidade de percorrer um corredor repleto de imagens e informações do Universo, desde os planetas do Sistema Solar às milhares de galáxias nele existentes. Seguidamente, foram encaminhados a uma pequena sala daquela infraestrutura pelo funcionário e investigador encarregado de guiar os alunos através da visita. Durante sessenta minutos, os estudantes tiveram o privilégio de conhecer um pouco mais sobre os espetros e a sua utilização nas investigações dos dias de hoje, aprenderam a construir um espetroscópio caseiro e utilizaram um espetroscópio de bolso, conseguindo observar o espetro do Sol, e, além disso, tiveram a oportunidade de trabalhar com tubos de Pluecker e alguma tecnologia mais avançada. Esta visita de estudo foi uma mais valia para os alunos, visto que conseguiram aprofundar os seus conhecimentos e compreender melhor os conteúdos abordados em sala de aula, além de que tiveram uma visão mais elaborada de como é um trabalho de um astrónomo.

João Filipe Carvalho 10º B Professora: Maria Isabel Pinto

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TRABALHOS DOS NOSSOS ALUNOS – 12º ANO

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O QUE ACONTECEU … Alunos de EMRC da Escola Clara de Resende foram à “Praça” No dia 17 de novembro 2017 os alunos das turmas do 6ºE, 6ºG e 5ºD da Escola Secundária 2,3 Clara de Resende, no âmbito da disciplina de EMRC, lecionada pelo professor André Rangel, foram à RTP Porto onde assistiram programa “Praça” e puderam conviver e falar com os apresentadores Sónia Araújo e Jorge Gabriel. Sofia Outor, 6ºE

Projeto "Formas e figuras – histórias que se podem contar" em ação… Objetivo geral: aplicar princípios básicos de expressão plástica na resolução de problemas. Conteúdos: códigos de linguagem visual. Composição plástica e seus efeitos na perceção humana. Formas e figuras. No espaço de uma folha de papel, poderão habitar personagens fantásticas, criaturas extraordinárias, histórias que se podem contar. Formas e figuras. Num primeiro momento, o aluno num exercício simples, desenhou várias formas pela linha de contorno e visualizou diversas figuras. Num segundo momento, o aluno dobrou três folhas de cartolina colorida a meio e recortou uma forma que colou numa folha branca, explorando a simetria, espaço positivo e espaço negativo. Em ambos momentos completou a forma desenhando, transformando-a num animal, numa personagem, num objeto ou naquilo que a forma desenhada ou recortada lhe sugeriu. No terceiro momento o aluno passou a figura para a terceira dimensão, boneco de pano, e individualmente ou em grupo construiu uma história com algumas dessas figuras. No trabalho interdisciplinar e de articulação entre as disciplinas de Oficina de Artes, Português e Biblioteca Escolar. As histórias com os desenhos coloridos e os bonecos serão lidas na escola João de Deus aos alunos do 1º ciclo, expostos na escola Clara de Resende e publicadas no jornal escolar DeClara. Professor João Pereira Na manhã do dia 23 de novembro as alunas Leonor Rocha a Luana Tavares do 8ºB, acompanhadas pela professora Isabel Pereira, devidamente autorizadas pelas professoras Idalinda Cunha e Graça Maduro, visitaram às turmas do 1º ano da escola João de Deus, para contar a sua história e apresentar os bonecos que as inspiraram. Preparam ainda algumas atividades para desenvolver com os mais pequeninos, um jogo e dois desenhos para pintar.

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História 1 Um monstro e um fantasma numa noite de Halloween Os desenhos

Monstro dos dentes afiados – Luana Tavares

Fantasma Trapalhão – Leonor Rocha

Os bonecos

A história Um monstro e um fantasma numa noite de Halloween Era uma vez um monstro de Dentes Afiados e um fantasma Trapalhão, que eram grandes amigos. Na noite de Halloween decidiram assustar toda a população da cidade.

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Fizeram muitas travessuras: tocavam às campainhas e de seguida fugiam; deixavam papel higiénico nas portas e assustavam as pessoas que as abriam. A população ficou tão assustada que se reuniu no centro da cidade para debater o assunto. - Temos de fazer alguma coisa em relação a estes bandidos! – disse o presidente da cidade. - Tem razão! Estas criaturas não podem permanecer aqui! – disse a Senhora Rabinho Empinado . Fora da cidade, os monstrinhos reuniram-se também, mas para falar do que tinham feito. - O que fizemos nós a esta cidade? – perguntou Dentes Afiados. - Não sei. Acho que devíamos ir pedir desculpa aos cidadãos. – Respondeu o Trapalhão. Os monstros dirigiram-se ao centro da cidade e pediram desculpa. As pessoas aceitaram as desculpas, mas fizeram-nos prometer que nunca mais repetiriam tal coisa. A partir desse dia, todos os monstros do mundo se tornaram amigos e nunca mais nos farão mal. Luana Tavares, 8º B Leonor Rocha, 8ºB

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"Aulas sem Fronteiras" na Escola S2,3 Clara de Resende "Aulas sem Fronteiras", o projeto da Universidade do Porto e da Câmara Municipal do Porto que, ao longo das últimas semanas, passou durante o mês de novembro pela escola S2,3 Clara de Resende para os estudantes de Erasmus darem a conhecer, na primeira pessoa, a cultura, a língua, os costumes e tradições dos seus países de origem. Conhecemos e conversamos com a Jovem Marroquina Jamila El-Akhal

Jamila El-Akhal, Marroquina

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Contamos ainda com a presença dos estudantes Edgar Morales ( Boliviano) e Marcos Caballero (Colombiano) que nos deram a conhecer , de forma muito genuína, os seus países.

Marcos Caballero, Colombiano

Edgar Morales, Boliviano

Podemos ainda conhecer as Jovens Egípcias Reem Bedier e Marina Armanious.

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SÃO MARTINHO NA BIBLIOTECA A DIA 11 DE NOVEMBRO

Biblioteca Escolar

English Meeting Point - Remembrance Day 11:11:11 O Dia da Memória (às vezes conhecido informalmente como Dia da Papoila) é um dia celebrado nos Estados membros da Commonwealth das Nações desde o fim da Primeira Guerra Mundial para homenagear os membros de suas forças armadas que morreram pela causa. Este dia é comemorado a 11 de novembro, na maioria dos países, para recordar o fim das hostilidades da Primeira Guerra Mundial nessa data em 1918. As hostilidades terminaram formalmente "na 11ª hora do 11º dia do 11º mês". Professora Ana Paula Velasquez

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Formação PORDATA KIDS 5º e 6º ano / Rede de Bibliotecas Escolares

Dia 8 de novembro a Dr.ª Sofia Soares, formadora da Fundação Francisco Manuel dos Santos, a convite da Biblioteca Escolar, veio à Escola s 2,3 Clara de Resende apresentar-nos o Pordata Kids, a cidade PORDATA e com vários jogos percebermos o que é a estatística e a sua importância! A formação decorreu no auditório da escola Clara de Resende, entre as 9 e as 13:05 para com as turmas 5ºC e 5Dacompanhadas pela professora Belmira Coelho e as turmas 6ºC e 6ºD, acompanhadas pela professora Maria Antónia Magalhães.

http://www.pordatakids.pt/

Biblioteca Escolar

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O QUE ESTÁ A ACONTECER … “LAVRAR O MAR. OS PORTUGUESES E OS DESCOBRIMENTOS” na EsCR reflete sobre a expansão portuguesa. Exposição

A sala de aula é ‘apenas’ (mais) um lugar de transmissão de conhecimentos, mas principalmente de alargamento de saberes e criação cultural em que o professor representa uma função decisiva – ao promover e ‘despertar’ a (auto)aprendizagem do aluno –, de situar os problemas e mobilizar a sua intervenção questionando o uso da terminologia da disciplina em situações concretas, interpretando textos, imagens e mapas, formulando perguntas, debatendo ideias: numa palavra, a exposição propõe-se estimular o aluno para a pesquisa, a reflexão e a construção científica. Em “LAVRAR O MAR...” são abordados os antecedentes e condicionantes da expansão portuguesa; os mitos e realidades: itinerários, importância do mar, da informação e do avanço técnico – instrumentos e técnicas de navegação –; a expansão no Atlântico séc. XV-XVI; a vi(ver)da a bordo; a abertura da Rota do Cabo; e os caminhos do Mar, através de um jogo didático. Há nesta mostra científica um cuidado com os conceitos de heurística e hermenêutica, mormente a demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da unidade curricular. Por outro lado, procede‐se a uma reflexão sobre a natureza do expansionismo português, através de um conjunto de documentos que permitem aprofundar alguns dos temas mais dinâmicos da disciplina – incluindo questões como mitos, identidades, colonização, miscigenação, fronteiras, multiculturalismo, choques e sincretismos culturais. Privilegia‐se uma análise documental (fontes primárias – imagens, mapas, compilação de textos), base para trabalho de investigação. Entra a bordo! E vem ... “LAVRAR O MAR...”. Por Abel dos Santos Cruz professor de HGP

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ACADEMIA DE CÓDIGO JUNIOR

Iniciação à programação A Biblioteca escolar em parceria com a Associação Nacional de Professores de Informática e a Direção Geral da Educação está a desenvolver, com duas turmas do 2º ciclo da escola, um Projeto de Iniciação à programação – Academia de Código Júnior. Contamos com a colaboração das professoras Nazaré Morais, Otília Rocha e Fernanda Souto Moura e Isabel Pereira. Esperamos poder alargar o projeto a mais turmas do Agrupamento. Une-nos o sonho partilhado de transformar a vida das crianças portuguesas através do ensino integrado da programação e garantir que Portugal vai estar na vanguarda desta nova forma de literacia que é aprender a ler, escrever, criar e pensar “em código”. Isabel Pereira

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Amnistia internacional em defesa dos direitos humanos: Maratona de cartas 2017 Assina a tua carta na Biblioteca Escolar

https://www.amnistia.pt/peticao/

Assina a tua carta na biblioteca escolar!

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CLARA SOLIDร RIA

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Nas semanas de 13 a 17 e de 20 a 24 de novembro, algumas turmas do 2º e 3º ciclo da nossa escola participaram na 1ª fase do concurso "Desafio pelo conhecimento 3Di". É uma iniciativa da responsabilidade da Porto Editora, dirigida a todos os alunos do 2º e 3º ciclo (5º, 6º,7º e 8º anos) de todo o país, com o objetivo de promover a literacia nas dimensões da Leitura, Matemática, Ciência e Inglês. Na presente edição os alunos do 5º ano foram desafiados na área de matemática; os de 6º na de Ciências; os do 7º na de Leitura e os do 8º na de Inglês. Os alunos são testados através de provas desenvolvidas num contexto similar ao das avaliações internacionais, nas quatro dimensões fundamentais do conhecimento. Esta atividade envolve os diversos elementos da comunidade educativa(alunos, professores, EE, instituições privadas e públicas) e pretende contribuir para elevar os níveis de literacia dos alunos e para o seu desenvolvimento educativo, pessoal e social, ajudando-os a consolidar as aprendizagens e a desenvolver competências. A 2ª fase- Distrital- realizar-se-á de 26 de fevereiro a 2 de março de 2018. Para esta fase serão apurados os alunos que obtiveram o melhor resultado do Agrupamento, em cada uma das áreas da literacia. Na grande final participam os alunos que obtiveram o melhor resultado na segunda fase. E serão vencedores os alunos que tiverem obtido o melhor resultado em cada uma das áreas, na prova da grande final. A cada aluno vencedor da grande final, nas dimensões leitura, matemática e Ciências será atribuído um prémio de 3000 euros e um tablet (Samsung) ou prémio de valor equivalente.; ao de Inglês será oferecida uma viagem de uma semana a Cambridge para frequência de aulas de inglês e um tablet (Samsung) ou prémio de valor equivalente. À escola de cada aluno vencedor será atribuído um prémio de 5000 euros. Professora Maria Fernanada Souto Moura

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CONCURSO NACIONAL DE LEITURA 12ª EDIÇÃO – 2017 | 2018

Leituras de Natal na Biblioteca 49


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Neste Natal vá ao teatro!

Proposta da Encarregada de Educação Christianne Martins de Sousa Andrade

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O QUE ESCREVEM OS NOSSOS ALUNOS... Os incêndios florestais

Nos tempos que correm, o nosso planeta é gravemente afetado por várias catástrofes, sendo uma grande parte delas causada pela ação humana. Um dos problemas ambientais que mais afeta diretamente o Homem são os incêndios florestais. Cada vez mais, os incêndios florestais são causados por seres humanos e acabam por retirar a casa, os bens, a família e até mesmo a vida a inúmeras pessoas inocentes. Na minha opinião, muitas pessoas não merecem as condições que lhes são proporcionadas pelo planeta Terra, pois “esquecem-se” que este é o lar de todos os seres vivos e acabam por desrespeitá-lo e contribuir para a sua destruição. Por esta razão, deveriam ser realizadas mais campanhas de sensibilização para promover a salvação do meio ambiente e dos ecossistemas. Penso que o problema da maioria das pessoas é simplesmente não terem noção do mal que estão a fazer e da gravidade dos problemas ambientais que o planeta está a enfrentar. Além de serem altamente prejudiciais para os seres humanos, os incêndios florestais têm um impacto ainda maior nos ecossistemas da natureza. Por exemplo, quantidades de árvores e plantas que são queimadas e que fazem bastante falta, tanto para a produção de oxigénio como para alojamento dos animais; ou o próprio ar que fica contaminado com o dióxido de carbono do fumo, prejudicando a saúde das espécies. Infelizmente, estas alterações problemáticas acontecem principalmente por nossa causa e praticamente todas as pessoas têm um impacto negativo, por muito pequeno que seja. No entanto, também todos nós devemos esforçar-nos para fazer a máxima diferença possível, para ajudar a salvar a nossa casa. Inês Rosmaninho, 11º D

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DeClara, nº 8 dezembro de 2017 A participação portuguesa na 1ª Guerra Mundial

A 1ª Guerra Mundial foi um conflito que ocorreu de 1914 a 1918, entre duas alianças. De um lado, os Aliados, dos quais Portugal fazia parte, constituído pela Inglaterra, França, Bélgica, Sérvia, Roménia, Itália (que se juntou a estes em 1915), a Rússia (que abandonou a guerra em 1917) e os Estados Unidos (que entraram em 1917), Do outro, as Potências Centrais que eram o Império Alemão, o Império Austro-Húngaro, o Império Otomano e a Bulgária. As razões da participação de Portugal no conflito mundial são diversas. Primeiro, os alemães estavam a atacar as colónias portuguesas de Angola e Moçambique desde 1914, tendo o governo de enviar tropas para essas regiões desde esse ano. Segundo, foi porque Portugal precisava de ganhar aceitação política da parte dos outros países da Europa, maioritariamente monárquicos, pois a República era mal vista nessa altura, devido a ser pouco frequente nos países mais desenvolvidos e também devido à pouca estabilidade que oferecia nessa altura (na Europa, apenas França e Portugal tinham este regime). E, por fim, porque Inglaterra, aliada tradicional de Portugal, pediu ao governo para apreender os navios mercantes alemães e austro-húngaros que estavam ancorados nos portos portugueses, o que levou a Alemanha a declarar oficialmente guerra a Portugal, no dia 9 de Março de 1916, sendo esta a principal razão para a participação portuguesa nesta guerra. Portugal enviou soldados para três frentes: para a Flandres (na Bélgica), para Angola e para Moçambique. Para a Flandres, Portugal enviou o CEP, sigla de Corpo Expedicionário Português, o qual ficou quase destruído no fim da guerra. A maior batalha portuguesa nesta guerra foi a batalha de La Lys, onde as baixas portuguesas, entre mortos, feridos, desaparecidos e prisioneiros foram mais de 15 mil. Em África, no total foram enviados mais de 30 mil soldados desde 1914. Foi em África que morreram mais soldados portugueses, devido às doenças, rebeliões locais e aos alemães. No final da guerra, Portugal ganhou apenas prestígio internacional, pois a Alemanha não podia pagar aos vencedores devido a estar na falência e a sua moeda estar muito desvalorizada. Depois desta guerra, a Europa perdeu a supremacia que tinha anteriormente para a nova potência mundial, os Estados Unidos. Miguel Alvelos, 9º E, nº 20 52


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Receita de Passagem de Ano Novo

Ingredientes: -250g de Fogo de Artifício -500g de Boa Música -200g de Diversão -1kg de Sorrisos -5kg de Telemóvel -20l de Champanhe -100kg de Família/Amigos Modo de preparação: Primeiro, pegas numa bacia e colocas os dias do ano que tiveste para concluíres aquilo que fizeste nesse ano. De seguida juntas a família e os amigos para que seja inesquecível o dia! Depois, juntas a boa musica com o champanhe e o fogo de artifício para uma contagem decrescente difícil de esquecer

De seguida, juntas os sorrisos com um abraço e acrescentas a diversão Pouco tempo depois, liga o telemóvel às redes sociais e coloca tudo no forno Para concluir, podes sempre iniciar um novo ano com o pé direito ainda servido quente. Mariana Teixeira 11ºF

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DeClara, nº 8 “Associação dos Marcados Outrora pelo Romance” Um presente valioso, Incomparável e essencial. É um sentimento grandioso, Caloroso e motivacional. Quem tem nem sempre valoriza, Quem não tem sempre deseja. Vale mais que viagem a Ibiza, E precisa que alguém o proteja.

É a razão da chama no coração, E da lírica das cantigas. É o auge da emoção, Não são, mas sim traquinas. Génese de famílias, E de pazes internas. Fazer mobílias Parecerem coisas efémeras. Fagulha no incêndio, Borboleta no efeito. Não existe compêndio, Que explique o seu conceito.

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É ter à frente uma paleta, E escolher apenas uma cor. É mais do que palavra ou letra, É a faceta de qualquer bom autor. Surge como espelho, Reflexo de uma alma semelhante. Não é novo nem velho, É conselho de mestre ofegante. É o véu que cega, E a luz que ilumina. É o vinho de adega. Que com o tempo qualidade culmina. Faz chorar de tanto rir, Faz rir de tanto chorar. Significa um ir, Sem nunca mais voltar.

Escrito por: Nameless Pete

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O QUE ESCREVEM OS NOSSOS PROFESSORES ... A biblioteca secreta de Daraya Delphine Minoui é grande repórter do jornal francês Figaro, especialista do Médio Oriente. Há vinte anos que se dedica a esta região, tendo ganho o prémio Albert de Londres 2006 pelas suas reportagens no Irão e no Iraque. Vive atualmente em Istambul onde continua a seguir de perto a atualidade síria. O texto que aqui publico tem como fonte o seu livro “Les Passeurs de Livres de Daraya, une bibliothèque secrète en Syrie”, publicado no passado mês de outubro nas Éditions du Seuil, em França. Nele encontrei uma história extraordinária que gostaria de partilhar convosco. Em 15 de outubro de 2015, D. Minoui descobre, por acaso, no Facebook, na página “Humans of Syria,” um grupo de jovens fotógrafos sírios. Lê a legenda que refere uma biblioteca secreta no coração de Daraya. Esta notícia capta de imediato a sua atenção: como é possível? Uma biblioteca nos escombros da cidade de Daraya, a cidade rebelde, faminta, cercada. Tinha sido um dos berços da revolta pacífica de 2011 e posteriormente cercada e bombardeada desde 2012 pelas forças de Bachar-al-Assad. A jornalista fica, portanto, surpreendida com a fotografia e a legenda e procura, através de emails e apelos no Skype e no WhatsApp, chegar ao seu autor – Ahmad, um dos cofundadores desta ágora subterrânea. Ahmad relata-lhe, enfim, os acontecimentos dos últimos anos – a sua cidade devastada, as casas em ruína, o fogo e o pó, e no meio deste estrondo os milhares de volumes salvos dos escombros e colocados nesse refúgio de papel a que todos os habitantes têm acesso. No interior da narrativa sobre os bombardeamentos incessantes, Ahmad mostra como, face às bombas, à fome, ao medo, a biblioteca permanece uma fortaleza oculta: os livros, as suas armas de instrução massiva. Delphine Minoui não hesita: tem de escrever um livro sobre a biblioteca de Daraya. Como não é possível viajar na altura para o terreno, só lhe resta o contacto via internet com estes jovens sobreviventes que continuam a resistir, nos últimos três anos, nas ruínas da cidade de Daraya, a 7 Km de Damasco. Esta cidade faminta e cercada pelo regime é um sarcófago. Ahmad, 23 anos, é um dos 12 mil últimos sobreviventes. Nos finais de novembro de 2012, a cidade havia sido bombardeada pelo regime e a maioria dos habitantes, entre os quais a família de Ahmad, tinha fugido para uma cidade vizinha. Ahmad recusa partir: é a revolução, a da sua geração. Sob as bombas, Ahmad mune-se de uma máquina fotográfica e realiza o seu sonho de criança, contar a verdade. Durante o dia percorre as ruas devastadas de Daraya, filma as casas desfeitas, os hospitais saturados de feridos, os enterros das vítimas, os mínimos traços desta guerra invisível, inacessível aos meios de comunicação estrangeiros. À noite publica os seus vídeos na Net. (continua…

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Continuação …)

Um dia, nos finais de 2013, os seus amigos chamam-no para ver os livros que se encontram sob as ruínas de uma casa destruída; querem recuperá-los. --- Livros? Repete, espantado. No meio da guerra, a ideia parece-lhe estranha. Porquê salvar livros quando não conseguimos salvar vidas? Primeiro foi, pois, a hesitação. A pouco e pouco, porém, mais livros iam sendo descobertos aqui e ali. Ao cabo de algum tempo, Ahmad e os seus companheiros tinham reunido milhares de volumes e aberto numa cave a sua biblioteca secreta, local de refúgio, último reduto da liberdade sonhada e distante. No meio do caos, agarram-se aos livros como quem se agarra à vida. Com a esperança de melhores dias. Levados pela sua sede de cultura, tornam-se artesãos discretos de um ideal democrático, ideal em gestação, que desafia a tirania do regime. Delphine Minoui continua a receber testemunhos dos rapazes que frequentam a biblioteca nos intervalos dos bombardeamentos. Confessam-lhe que os livros são para eles novas muralhas. Que memorizam passagens inteiras. Que antes da revolução teriam sido incapazes de ler uma linha. Que paradoxalmente o conflito sanguinário na Síria os tinha aproximado dos livros. Leem para sondar o passado oculto, leem para se instruírem. Para evitar a demência. Para se evadirem. A leitura, esse modesto gesto de humanidade que os prende à esperança louca de um regresso à paz. Nestes jovens resistentes de Daraya, a leitura é também um ato de transgressão. É a firmação de uma liberdade de que foram durante muito tempo privados. Além dos volumes que conseguiram reunir nessa cave, os jovens de Daraya procuram mais leituras na Internet, descarregando textos, graças às pequenas antenas de satélite instaladas no início da revolução. Os livros, essas armas de instrução massiva que fazem tremer os tiranos. Isabel Moura Silva Prof. Filosofia e Psicologia

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Habilidades /competências com futuro Vivemos numa época de profundas transformações. As novas tecnologias estão a mudar radicalmente a natureza do trabalho em todos os setores e ocupações. Novas indústrias estão a nascer constantemente no mercado e as antigas ficam rapidamente obsoletas. Um relatório datado de 2016 do World Economic Forum revela que quase 65% dos empregos que os alunos do ensino obrigatório terão no futuro ainda não existem. Que habilidades/ competências serão necessárias? O especialista em educação, Tony Wagner, passou a maior parte de sua vida tentando responder a esta pergunta. Após investigar o setor educacional, entrevistar líderes e estudar a força de trabalho global, ele identificou 7 habilidades essenciais para se sobreviver no mercado de trabalho do futuro. São elas: 1. Pensamento crítico e resolução de problemas Fazer perguntas – principalmente boas perguntas – é a base do pensamento crítico. Antes de resolvermos um problema, devemos saber analisar e questionar criticamente as suas causas. Toda indagação leva a linhas específicas de busca. Assim, ao mudarmos as perguntas, um horizonte totalmente novo pode abrir-se à nossa frente. Aqueles que exercem o pensamento crítico e buscam formas inovadoras de resolver os problemas terão muitas oportunidades no mercado de trabalho do futuro. Nada que a filosofia não faça há mais de 2500 anos. 2. Colaboração entre redes e liderança por influência Há uma tendência cada vez maior para desenvolver o trabalho na nuvem. As empresas multinacionais fazem com que os seus funcionários colaborem em diferentes escritórios em todo o planeta. Muitos funcionários estão a exercer as suas atividades em casa, sem perda de produtividade. Nesse contexto, a colaboração através das redes digitais – e com indivíduos de origens e culturas radicalmente diferentes – é algo para o qual a juventude precisa estar preparada. O mercado de trabalho do futuro valorizará os profissionais capazes de colaborar (em rede) com as redes, bem como valorizará aqueles capazes de liderar equipas. Mas o líder não será aquele que comanda com autoridade de cima para baixo mas o que é capaz de gerir grupos e de estabelecer alianças conjuntas em direção a objetivos comuns. 3. Agilidade e adaptabilidade O mundo em que vivemos é incerto, volátil e exige que saibamos adaptar-nos e redefinir estratégias. Embora a trajetória humana sempre tenha sido turbulenta, a escala e velocidade das mudanças nunca foram tão expressivas. Logo, os profissionais capazes de se adaptarem às novas transformações, aprendendo novas habilidades e desenvolvendo novos cenários mentais, terão mais oportunidades de trabalho. Alvin Toffler disse que os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não conseguem ler e escrever, mas aqueles que não conseguem aprender, desaprender e reaprender.

4. Iniciativa e empreendedorismo As pessoas capazes de tomar iniciativas, que tenham atitudes empreendedoras e que estejam dispostas a resolver problemas globais têm mais capacidade de se adaptarem às necessidades laborais que já existem e às vindouras. 57


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5. Comunicação e escrita eficaz A comunicação (pôr em comum) clara é uma habilidade muito importante porque, acima de tudo, é a concretização do pensamento uma extensão do pensamento. Saber apresentar argumentos de forma persuasiva e inspirar os outros com paixão são competências essenciais hoje e deverão sê-lo ainda mais no futuro. Saber falar bem e saber escrever de forma eficaz são habilidades que podem ser aprendidas e consequentemente usadas para construir muitas oportunidades. 6. Análise e avaliação de informações Embora o acesso à informação tenha aumentado drasticamente, existem muitos conteúdos falsos, inverídicos e equivocados publicados na Internet. Na era da notícia falsa, aqueles que desejam sobreviver no mercado de trabalho deverão saber avaliar e verificar informações de várias fontes diferentes através de uma lente crítica. As empresas cada vez mais necessitarão de profissionais com essas caraterísticas para que possam manter-se vivas no mercado. 7. Curiosidade e imaginação A curiosidade e a imaginação são dons fundamentais para a sobrevivência da humanidade. Com elas, podemos escapar do momento presente, revisitar e rever o passado e antecipar possíveis futuros. Embora não sejamos capazes de prever o que irá acontecer, podemos ajudar a criar o futuro a partir de ideias produzidas pela nossa imaginação. Os seres humanos são dotados de ilimitados poderes criativos, mas muitos não reconhecem essa habilidade e não sabem como desenvolvê-la muitas vezes pela preguiça de pensar. Educar com futuro Existe um forte contraste entre as habilidades necessárias e o foco da educação hoje. Precisamos estabelecer novos cenários mentais, cultivando relações criativas entre as disciplinas/matérias e a educação. Antes de preparar os alunos para a faculdade, devemos prepará-los para a vida. Em vez de ensinar os jovens a responder perguntas, devemos ensiná-los a fazer perguntas e cada vez melhores perguntas, alimentando e incentivando as crianças na idade das perguntas. Com isto não queremos dizer que não são necessários os conteúdos, matérias de estudo, se assim quiserem designá-los. Quem procura conhecer tem de ter um conteúdo do conhecimento. Conhecer é uma ação com um propósito e não uma memória sem sentido desligada de qualquer intencionalidade. Um jovem educado, é um jovem atento, curioso, que procura obter resposta para as suas perguntas, que procura soluções para os seus problemas. E, já agora, não o foi sempre, desde o início dos tempos? A resposta a esta pergunta será dada por cada um de vocês. A adoção de novas perspetivas poderá transformar radicalmente o futuro da educação, do mercado de trabalho e, acima de tudo, o mundo em que vivemos. É chegada a hora de abrir a mente, pois, como alguém uma vez disse, a mente que se abre para uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original. Texto adaptado de

https://futuroexponencial.com/habilidades-mercado-trabalho-futuro ;

http://expresso.sapo.pt/economia/exame/2017-11-30-Penso-logo-lucro--Silicon-Valley-esta-a-procura-defilosofos

Porto, 30 de Novembro de 2017 Maria Ester Varzim Miranda 58


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O QUE ESCREVEM OS PAIS/EE... A escola que queremos. A escola é o espaço privilegiado dos nossos filhos, onde passam grande parte das suas vidas, onde adquirem os conhecimentos e as ferramentas fundamentais para a sua formação. A escola é também o meio onde socializam e onde apreendem a viver e a conviver com as adversidades da vida. Assim sendo, a gestão do espaço-escola deve constituir uma preocupação de todos, a começar pelos professores, colaboradores alunos e pais. Contudo, quer os municípios e o governo deveriam assumir uma responsabilidade acrescida na boa gestão das nossas escolas. Vamos então por partes. Estou convencido que na última década a qualidade do ensino público melhorou substancialmente, muito devido à excelente qualidade dos nossos professores, mas também devido à dedicação e empenhamento do corpo docente. E digo isto pela experiência de quem tem três filhos em estabelecimentos de ensino distintos. O papel dos alunos neste equilíbrio é obviamente crucial, mas muito dependente da formação e educação individual, pelo que os pais têm aqui uma responsabilidade acrescida. Entendo que apesar dos passos dados, torna-se necessário convergir pais, alunos professores e colaboradores, na gestão da vida da escola. As associações de pais e de alunos deveriam ter um papel mais interventivo, sendo que neste caso seria crucial dotar as instituições de condições para o efeito. A título de exemplo, proporia legislação que permitisse que os elementos que fazem parte das associações de pais tivessem um estatuto similar ao atribuído aos trabalhadores que integram os sindicatos. Desta forma, estaríamos a contribuir para um melhor desempenho do papel que cabe às associações de pais no trabalho de coadjuvação de gestão da escola. Em relação às associações de estudantes e sem por em causa o exercício da democracia, é necessário redefinir o exercício de um direito que considero fundamental para o referido equilíbrio. A consciencialização do desempenho de funções associativas carece de mais participação responsabilizada. Em relação ao papel do estado na boa organização e gestão da escola, defendo políticas de educação a longo prazo, o que não se tem verifica em Portugal, muito devido à alternância do poder executivo e legislativo e consequentemente visões distintas com repercussões nefastas no sistema de educação. Assim a solução passaria por um pacto de regime que garanta a estabilidade do sistema de ensino português. Mas cabe ao estado o papel impulsionador de um novo paradigma para a educação, que não hipoteque as gerações futuras. A este propósito, torna-se crucial uma intervenção das autarquias na gestão escolar, mediante transferência de competências e concomitantemente atribuição de responsabilidades. Por fim, e sendo a equidade a essência da harmonia que queremos para o nosso ensino, é fundamental que o estado considere o princípio da igualdade de oportunidades que, infelizmente não se reflete na nossa realidade. Mas este tema merece uma reflexão mais profunda que deixarei para uma próxima oportunidade. Mário Jorge Rebelo pai de um aluno do 10º B

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dezembro de 2017 PORTO saudade PORTO saudade Fui ver o Douro encher Fui ver o Douro encher Fui ver amigos a valer Fui ver amigos a valer Não podia deixar de ir Não podia deixar de ir Os prédios antigos e o casario Os prédios antigos e o casario Que um pincel sombrio Que um pincel sombrio Deixou cair Deixou cair O Porto de chuva miúda O Porto de chuva miúda O Douro de água dura O Douro de água dura Quando os não vejo Quando os não vejo Ai que dor de desejo. Ai que dor de desejo. ‘Manuel Sé’ (SPA.reg) ‘Manuel Sé’ (SPA.reg) (Manuel Mota Soares) (Manuel Mota Soares)

Zahra e Nicole

O que é a atitude individual e colectiva ? A atitude é uma norma de procedimentos que leva a determinados comportamentos e cuja análise é arbitrária, complexa e imensurável porque, implícita ou explícita, a atitude comportamental depende de múltiplos fatores. Nas crianças, a atitude pode ser manifestada e observada num estado normal e natural de convivência, de orientação e de motivação. Pela satisfação, envolvimento e comprometimento. Diferentes dotações de personalidade e cognitivas, determinam o conceito de atitude individual e colectiva, cultivadas e optimizadas na conjugação dos valores diferenciados pelos pais, professores e treinadores, principalmente. A atitude individual e colectiva é a consequência de comportamentos orientados para os objectivos pessoais e dos alcançáveis em grupo. (pais de Zahra e Nicole – 5º.G) EE

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DeClara, nº 8 Os nossos filhos são crianças

dezembro de 2017 PORTO saudade

Fui ver o Douro encher Mais um período de avaliação para os nossos e com ele a obsessão dos pais pelo Fui verfilhos, amigos a valer sucesso. Pelas notas máximas, pelos cem por Nãocento. podia deixar de ir e odescer casarioem Geografia, para Horas de estudo ininterruptas para subirOs noprédios Inglês, antigos para não um pincel sombrio manter na Matemática. O importante é naQue pauta, aparecer todo o mérito, tirar uma foto e Deixou cair enviar para os amigos, partilhar nas redes sociais. O Porto de chuva miúda Horas e horas de estudo que na realidade não sei bem se o traduzem. Crianças sem tempo O Douro de água dura para brincar, para correr, para estar simplesmente a não fazer nada. Vivem cada vez mais Quando os não vejo focados na competição, os pais exigem pertencer a esse padrão de excelência, como se a Ai que dor de desejo. inteligência e o sucesso fossem um resultado exclusivo de um quociente de notas quantitativas, numa escala métrica. ‘Manuel Sé’ (SPA.reg) E as crianças neste ritmo desenfreado (des) organizado(Manuel pelos pais, Motacrescem, Soares) mas não aprendem o essencial. Sabem os manuais escolares de cor, são quadros de honra, mas desconhecem o que são relações humanas, o que é o fracasso, o que significa viver a Zahra e Nicole palavra solidariedade. Nas famílias a palavra de ordem é ter. Ter o último telemóvel, ter roupa de marca, a mochila mais cool, o tablet da última geração. Não existe educação emocional, porque os pais não têm tempo para grandes conversas. Janta-se no shopping entre videos do youtube, telefonemas de trabalho, e emails resposta, para ainda ir ao cinema, ou comprar novas sapatilhas. Toma-se o pequeno almoço no carro, na fila do pára arranca, enquanto se ouve a Comercial e se liga para o escritório, a dar conta que se está numa reunião, e por isso atrasado.

Os pais não têm tempo para ver a criança crescer, e esta não consegue aprender nada de útil com os pais. A criança é também um autómato e não sabe explicar como se sente consigo própria, como se sente vista pelos pais ou professores. Sabe apenas que o sucesso é o objetivo de vida. Da sua vida, que anda a ser desperdiçada em horários de escravatura. Ah! Mas a isto não se chama violência infantil. Filhos são muito mais do que notas…e não deveriam trabalhar para o curriculum. Quando adultos talvez ninguém queira saber que notas teve na escola, mas como cresceu, como viveu a infância e a adolescência, que amigos fez além dos virtuais, como vive o dia a dia, qual a determinação, a disciplina que gosta mais, e a que apenas suporta, quais os hábitos de convívio. Alguma vez acampou? Fez campos de férias? Como aprendeu a lidar com as várias frustrações ao longo da vida?

Enfim se tem noção de que o sucesso se constrói de pedacinhos de vida.

Alda Gonçalves EE

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Um agradecimento muito especial a todos os professores, alunos, pais, encarregados de educação e colaboradores que colaboraram connosco. Obrigada!

A Biblioteca Clara de Resende deseja a toda a Comunidade Educativa um Bom Natal e Excelente 2018

Biblioteca Escolar

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Lendas de Natal Lenda do pinheiro de Natal Há muito, muito tempo, na noite de Natal, existiam três árvores junto do presépio: uma tamareira, uma oliveira e um pinheiro. Ao verem o Menino Jesus nascer, as três árvores quiseram oferecer-lhe um presente. A oliveira foi a primeira a oferecer, dando ao Menino Jesus as suas azeitonas. A tamareira, logo a seguir, ofereceu-lhe as suas doces tâmaras. Mas o pinheiro, como não tinha nada para oferecer, ficou muito infeliz. As estrelas do céu, vendo a tristeza do pinheiro, que nada tinha para dar ao Menino Jesus, decidiram descer e pousar sobre os seus galhos, iluminando e enfeitando o pinheiro. Quando isto aconteceu, o Menino Jesus olhou para o pinheiro, levantou os braços e sorriu! Reza a lenda que foi assim que o pinheiro – sempre enfeitado com luzes – foi eleito a árvore típica de Natal.

Lenda da vela de Natal Era uma vez um sapateiro pobre que vivia numa cabana, junto à encruzilhada de um caminho, perto de uma humilde aldeia. Como gostava de ajudar os viajantes que passavam junto à sua casa durante a noite, o sapateiro deixava uma vela acesa todas as noites na janela da casa para lhes iluminar o caminho. Certa altura, deu-se uma grande guerra que fez com que todos os jovens partissem, deixando a aldeia ainda mais pobre e triste. Ao verem a persistência daquele pobre sapateiro, que continuava a viver a sua vida cheio de esperança e bondade, as pessoas da aldeia decidiram imitá-lo e, na noite de véspera de Natal, todos acenderam uma vela nas suas casas, iluminando assim toda a aldeia. À meia-noite, os sinos da igreja começaram a tocar, anunciando a boa notícia: a guerra tinha acabado e os jovens regressavam às suas casas! Todos gritaram: “É um milagre! É o milagre das velas!”. A partir daquele dia, acender uma vela na véspera de Natal tornou-se tradição em quase todas as casas.

Lenda da flor de Natal Era uma vez, uma menina pobre chamada Pepita, que não podia oferecer um presente ao Menino Jesus na missa de Natal. Muito triste, contou ao seu primo Pedro, que ia com ela a caminho da igreja. Este disse-lhe que ela não tinha que estar triste, pois o que mais importa quando oferecemos algo a alguém, é o amor com que oferecemos, especialmente aos olhos de Jesus. Pepita lembrou-se então de ir recolhendo alguns ramos secos que ia encontrando pelo caminho, para lhe oferecer. Ao chegar à igreja, Pepita olha para os ramos que colheu e começa a chorar, pois acha esta oferenda muito pobre. Mesmo assim, decide oferecê-las com todo o seu amor. Entra na igreja e, quando deposita os ramos em frente à imagem do Menino Jesus, os ramos ganham uma cor vermelha brilhante, perante o espanto de toda a gente. Mais um milagre natalício, que se diz estar na origem da tradicional flor-de-Natal…

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Bonjour à tous!!! Les élèves de français de l’école Clara de Resende vous souhaitent LE PLUS BEAU DES NOËLS et UNE BONNE ANNÉE. N’oubliez pas : Ce qui compte à Noël , ce n’est pas de décorer les sapins, c’est d’être tous réunis. Nous vous invitons à visiter l’exposition « LE NOËL EN FRANCE » qui aura lieu à la bibliothèque de l’école. Les élèves et les professeurs de Français

A Equipa do Jornal deseja a toda a Comunidade Educativa

BOAS FESTAS Deixamos aqui um agradecimento especial aos nossos Colaboradores. Alguns dos artigos deste jornal poderão ser consultados integralmente no blogue da Biblioteca Escolar Clara de Resende.

Voltamos com mais notícias em Janeiro.

Um Feliz 2018

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