DeClara 49 dezembro 2021

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Trabalho de José Rodrigo Coelho e João Pereira, Educação para a saúde

DeClara nº 49 dezembro 2021

DeClara Jornal do Agrupamento Escolas Clara de Resende

Boas Festas


DeClara nº 49

dezembro 2021

EDITORIAL

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Editorial

SIGNIFICADO DE NATAL

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Natal, e não Dezembro Entremos, apressados, friorentos,

SERVIÇO PSICOLOGIA E ORIENTAÇÃO PÁG. 4

numa gruta, no bojo de um navio,

# PLANOS 21|23 ESCOLA +

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num presépio, num prédio, num presídio,

DIVULGAÇÃO CLUBES

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no prédio que amanhã for demolido...

BIBLIOTECA ESCOLAR

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Entremos, inseguros, mas entremos. Entremos, e depressa, em qualquer sítio,

1.º CICLO

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porque esta noite chama-se Dezembro,

2.º ECICLO 3.º CICLO

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porque sofremos, porque temos frio.

3.º CICLO

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Entremos, dois a dois: somos duzentos,

EMRC

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duzentos mil, doze milhões de nada.

Procuremos o rastro de uma casa, PROJETOS

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VOTOS DE BOAS FESTAS

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a cave, a gruta, o sulco de uma nave... Entremos, despojados, mas entremos. Das mãos dadas talvez o fogo nasça, talvez seja Natal e não Dezembro, talvez universal a consoada. David Mourão-Ferreira, in 'Cancioneiro de Natal'

Que 2022 seja iluminado pela Estrela do Natal com muita Saúde, Paz, Amor e Sucesso. https://erte.dge.mec.pt/cic-clubes

Feliz Natal e Excelente 2022

Isabel Pereira 2


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Significado de Natal Natal é: Olhar o firmamento e pedir que volte o tempo de quando éramos uma criança. No som do vento, vem a lembrança dos doces caseiros, da família abraçada, das luzes nos lares e nos pinheiros. Na brancura da neve, cresce a saudade; nada leve por sinal. Natal é: Uma grande mesa, cheia de gente, onde cada iguaria é uma alegria, se lágrimas caem, estas não são de tristeza, mas de ternura e amor. Que beleza! No cair da geada, cabem todos no meio do nada, se o céu se salpica de estrelas, fazem-se ecoar canções simples, mas belas. Natal é: Chuva gelada, como o brilho nos olhos de qualquer criança, que se fixa na vidraça da janela, ansiosa, expectante e na esperança de ver o Menino Jesus ou até o pai Natal, na laje da lareira, colocar algo que só ela considera a mais verdadeira noite e o mais feliz sinal, da concretização do seu significado de Natal.

T. M. (2021)

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Serviço de Psicologia e Orientação Bem Estar Emocional e Aprendizagens O sono representa uma área fundamental da vida de todos nós. Diversos estudos científicos mostram que o sono é determinante para o bem estar psicológico e contribui para melhorar o humor, a concentração, a produtividade, bem como as relações familiares e sociais. Pelo contrário, maus hábitos de sono podem comprometer a capacidade de regulação emocional, a capacidade de pensar e tomar decisões, a memória, tornando mais provável que aconteçam erros ou acidentes. A maior parte das crianças e adolescentes, em idade escolar, por estarem num período de crescimento físico, intelectual e emocional, precisa de 8 a 10 horas de sono todas as noites. Deixamos aqui algumas recomendações para pais e cuidadores que podem contribuir para uma boa higiene do sono: • manter um horário regular - as necessidades de sono variam ao longo do ciclo vital, pelo que deve ser definido um horário de acordo com a idade; • espaço do sono - o descanso deve ocorrer no quarto e devem ser evitadas todas as distrações e estímulos visuais e auditivos na hora de dormir. A cama não deve ser utilizada para brincar, estudar, de forma a promover a associação cama e sono. Deve evitar-se a associação negativa entre cama e sono, utilizando, por exemplo, ordem para ir dormir como punição/castigo; • criar, em conjunto com a criança/adolescente, uma rotina associada ao adormecer e acordar que irá consolidar os horários de sono (ex: um banho quente, ler um livro, vestir pijama e lavar os dentes, utilizar um despertador, …); • estabelecer horários para acesso a ecrãs - estudos recentes apontam para uma correlação entre a exposição aos ecrãs e a deterioração da qualidade do sono em crianças e adolescentes. Assim, o uso de tablets e telemóveis não é aconselhado antes da hora de ir dormir (pelo menos 1 hora antes deve ser desligado); • proporcionar oportunidades para a prática de exercício físico. A realização regular de atividades físicas ao longo do dia promove a qualidade do sono.

Bons sonhos! Marta Alves (Serviço de Psicologia e Orientação)

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Plano 21|23 Escola+ A Voz dos Alunos A Voz dos Alunos No âmbito da iniciativa A Voz dos Alunos, foram realizadas, ao longo da manhã do dia 14 de dezembro, assembleias de delegados e subdelegados de turma dos ensinos básico e secundário, dinamizadas pela psicóloga Dra. Marta Alves e pela Prof.ª Isabel Pinto. Ao longo da assembleia dedicada aos delegados e subdelegados de turma do ensino secundário, os alunos foram desafiados a refletir, individual e coletivamente, sobre o perfil ideal de um delegado e sobre a importância, não só dos delegados e subdelegados, mas de todos os alunos expressarem as suas opiniões e ideias e de participarem mais ativamente na vida da escola. Penso que a realização de atividades como esta é muito importante para promover e sensibilizar os alunos sobre a importância de ter um papel mais interventivo na escola. A transmissão das opiniões ou sugestões dos alunos, através dos delegados e subdelegados, que representam os alunos e a sua «voz», ou por iniciativa própria, sem dúvida que ajuda a introduzir ideias para iniciativas que ajudem a melhorar a escola, em prol de toda a comunidade que a frequenta. Francisco Manta Rodrigues, 12.º C

Continua…

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Plano 21|23 Escola+ A Voz dos Alunos No dia 4 de dezembro de 2021, no Auditório da Escola, reuniu a Assembleia de Delegados e Subdelegados. O 7ª A esteve presente, através do seu delegado, Baltazar Archer, e subdelegada, Matilde Neves. Nesta Assembleia, discutiram-se diversos aspetos relacionados com as funções destes dois cargos. Em primeiro lugar, foram abordados os elementos que devem estar presentes na eleição do delegado e subdelegado da turma:

ser responsável, ser assíduo e pontual, conseguir

representar corretamente a turma, ter uma boa relação com os professores, funcionários e

colegas e, por último, ser cumpridor. O segundo assunto abordado na assembleia foi a importância da presença dos alunos na vida escolar/ sugestões. Uma das atividades em que os alunos podem participar é, por exemplo, o jornal da escola, devendo ser-lhe dada mais importância. As sugestões que os alunos apresentaram para a melhoria da escola foram: melhores casas de banho (com equipamentos a funcionar e com limpeza regular), colocação de balizas no campo (uma vantagem é que incentiva a atividade física pela maior parte dos alunos), mais visitas de estudo (porque é uma forma mais divertida de se aprender o propósito e o tema em questão). Neste momento, localiza-se na entrada da escola uma caixa que serve para dar voz aos alunos, para estes poderem contribuir para a vida escolar. Foi sugerida a criação de mais modos para os alunos contribuírem para a vida escolar. O delegado e subdelegada do 7.ºA

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DeClara nº 49 dezembro 2021 Plano 21|23 Escola+ Programa Escolas Ubuntu DGE / IPAV – Academia de Escolas Ubuntu O programa faz parte do Plano 21|23 Escola + e no âmbito deste plano encontra-se

previsto o desenvolvimento da Ação Específica 1.6.2 - Programa para competências sociais e emocionais (como o autoconhecimento, autoconfiança, resiliência, empatia e sentido de serviço) concorrendo para o objetivo global de promoção de medidas diferenciadas dirigidas à promoção do sucesso escolar e combate às desigualdades através da educação, procurando dar resposta às necessidades de recuperação de aprendizagens e garantir que ninguém fica para trás. Decorrente deste enquadramento a Direção Geral da Educação pretende desenvolver, em parceria com o Instituto Padre António Vieira, nos anos letivos 2021-2022 e 2022-2023 o Programa Escolas Ubuntu. Em parceria com a Direção-Geral da Educação, o projeto tem capacitado centenas de educadores para o trabalho em contexto escolar através do Método Ubuntu.

O modelo de intervenção passa por diferentes fases de apropriação da metodologia.

Decorrida a formação teórica e prática para a equipa da Escola Clara de Resende envolvida na dinâmica, em breve teremos a semana Ubuntu com os alunos e a criação do Clube Ubuntu.

UBUNTU 🖐 Eu sou porque tu és! https://www.dge.mec.pt/noticias/encontros-programa-escolas-ubuntu

https://www.academialideresubuntu.org/pt/escolas-ubuntu A equipa

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DeClara nº 49 Plano 21|23 Escola+ Biblioteca Escolar

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A BE apoia a Leitura Orientada em Sala de Aula Plano 21|23 Escola+

https://pnl2027.gov.pt/np4/file/3074/LeituraOrientadaemSaladeAula.pdf A leitura é fundamental para o sucesso dos alunos pela sua transversalidade e pela forma como influencia as aprendizagens em todas as áreas curriculares. O sucesso neste domínio está diretamente relacionado com a frequência de contactos com livros e com práticas de leitura, pelo que o tempo dedicado à leitura condiciona de forma decisiva os progressos na compreensão, cabendo à escola um papel relevante no ensino da leitura e na promoção do gosto de ler. No âmbito do Plano 21|23 Escola+, que visa a recuperação das aprendizagens, procurando garantir que ninguém fica para trás, o PNL2027 disponibiliza propostas de trabalho integradas na ação Escola a Ler: para os 1.º e 2.º ciclos, Leitura Orientada na Sala de Aula e, para o 3.º ciclo, Contratos de Leitura. O PNL2027 propõe que os docentes do ensino básico reforcem as atividades em torno do livro e, nesse sentido, apresenta um conjunto de orientações organizadas em oito áreas: https://www.leituraorientada.pnl2027.gov.pt/orienta%C3%A7%C3%B5es

Isabel Pereira

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Plano 21|23 Escola+

Convite para participar no DeClara O Jornal da Agrupamento de Escolas Clara de Resende, o DeClara, é um projeto de promoção da leitura, de caráter mensal e pretende colocar toda a comunidade escolar a ler e escrever, de modo formativo, informativo e recreativo. Dar a conhecer tudo o que se faz na escola, presencial ou digitalmente, e dar voz a todos aqueles que querem partilhar algo com a comunidade educativa… Pretende constituir-se como um instrumento de educação para a cidadania, de promoção do espírito crítico e de integração dos diferentes saberes, com recurso

às diferentes tecnologias da informação e comunicação, a um nível transversal. Este projeto dirige-se e envolve alunos do 1.º ao 12.º ano, professores, funcionários, pais/encarregados de educação e Comunidade educativa em geral. É gratuito, enviado digitalmente por email para toda a comunidade escolar e fica disponível no blogue das Bibliotecas do Agrupamento Clara de Resende. http://bibliotecaescolarclararesende.blogspot.pt/ As notícias para publicação podem ser enviadas para o email: isabelpereira@clararesende.pt Com a vossa colaboração e participação, o Jornal será "mais nosso" e sairá muito mais enriquecido! Isabel Pereira

https://erte.dge.mec.pt/cic-clubes

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Divulgação: Clube de Xadrez

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DeClara nº 49 Divulgação: Clube de Ciência

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Está a ser implementado na Escola, pela primeira vez, o Clube da Ciência. Trata-se de um clube destinado à realização de atividades experimentais nas áreas da Educação Ambiental, Ciências, Química, Física, Astronomia, Reciclagem e atividades do projeto Eco-Escolas. O Clube da Ciência já funciona às quintas-feiras, das 14 h 20 min às 15 h 10 min, na sala LP. Estão inscritos neste Clube alunos de várias turmas de 5.º e de 7.º anos de escolaridade.

As Professoras responsáveis pelo Clube da Ciência Fátima Viera e Cristina Pereira

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DeClara nº 49 dezembro 2021 Biblioteca Escolar Clara de Resende: Empatia…

Árvore da Empatia: 9.ºE AE Clara de Resende Disciplina de Geografia em articulação com a Biblioteca Escolar

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DeClara nº 49 dezembro 2021 Biblioteca Escolar: Concurso Nacional de Leitura

Obras selecionadas para a Fase interna – Fase de Escola

2º ciclo

3º ciclo

Ensino Secundário

“Pedro Alecrim”, António Mota

“As aventuras de João sem medo”, José Gomes Ferreira

“A cidade e as serras”, Eça de Queirós

Data e hora das Provas CNL Fase 1 • 2º ciclo: 11 de Janeiro 2022, terça feira – 14:25 – Auditório da Escola • 3º ciclo: 12 de Janeiro 2022, quarta feira – 10:15 – Auditório da Escola • Secundário: 12 de Janeiro 2022, quarta feira – 14: 30 – Auditório da Escola

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DeClara nº 49 dezembro 2021 Biblioteca Escolar: Concurso Media@ção 2022

O concurso Media@ção, este ano, coloca à escolha dos concorrentes a abordagem de um dos três temas: relacionar os media com a liberdade de expressão; com a participação em termos de cidadania, na escola e/ou comunidade; pensar a relação entre diferentes media. Mais uma vez, partindo da vivência e dos usos e práticas mediáticas individuais. O atual Regulamento faz referência à desvalorização de trabalhos tipo Powerpoint animado ou construídos a partir de programas de animação automática.

Abrangendo o público estudantil o concurso Media@ção destina-se a todos os alunos que queiram refletir sobre a sua experiência de uso dos media e dar expressão à sua criatividade através de um vídeo, um podcast ou uma animação 2D, 3D ou stop motion! A data limite para entrega dos trabalhos é o dia 5 de abril de 2022, não sendo necessária inscrição prévia. Regulamento no Portal RBE https://www.rbe.mec.pt/np4/Mediaacao.html

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DeClara nº 49 Biblioteca Escolar: Poema de Natal

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DeClara nº 49 Biblioteca Escolar: O autor do mês

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Júlio Dinis

Quem foi Júlio Dinis? “Júlio Dinis é o principal pseudónimo literário de Joaquim Guilherme Gomes Coelho (sendo o outro Diana de Aveleda). A ascendência inglesa por parte da mãe e a morte desta, em 1844,

são elementos que na vida literária de Júlio Dinis não deixarão de ser significativos. Em 1855 matricula-se na Escola Médico-Cirúrgica do Porto, onde completará o curso com altas classificações. A tuberculose, que já vitimara Ana Constança Potter, mãe de Júlio Dinis, mata igualmente, ainda em 1855, dois irmãos do autor. Continua…

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DeClara nº 49 Biblioteca Escolar: O autor do mês

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Em 1856 escreve as suas primeiras obras dramáticas e em 1858 as suas primeiras novelas (…). A tuberculose, que também o viria a vitimar, manifesta-se-lhe pela primeira vez em 1856, agravando-se a partir de 1860, ano em que surge o seu principal pseudónimo. Em 1861 defende tese de licenciatura e em 1863 pensa ocupar um cargo na Escola, ideia de que é forçado a desistir por imperativos de saúde e que só virá a concretizar-se dois anos depois. A partir de 1860 começara, entretanto, a colaborar em alguns jornais, publicando poemas, mas é a partir de 1862 que se inaugura a sua frutuosa colaboração no Jornal do Porto, com a publicação de algumas novelas que aparecerão posteriormente no volume Serões da Província. Pelas próprias circunstâncias de saúde que sempre condicionaram toda a carreira literária de Júlio Dinis, a obra deste autor apresenta características que lhe são específicas. Com efeito, a sua capacidade de produção é notável, se tivermos em conta que morreu com 32 anos incompletos. (…).”

Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. II, Lisboa, 1990, in DGLAB Livros de Júlio Dinis

Outros livros de Júlio Dinis: • Justiça de Sua Majestade • Um Rei Popular • Um Segredo de Família • Inéditos e Dispersos • Teatro Inédito

Continua…

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DeClara nº 49 dezembro 2021 Biblioteca Escolar: O autor do mês - Júlio Dinis “Dentre os escritores portugueses esquecidos, Júlio Dinis é, possivelmente, o mais famoso. A publicação que temos em mãos, simples, delicada e leve, dá corpo a um apaixonado e refinado trabalho de investigação e de edição, e consubstanciou-se da forma mais eficaz até hoje inventada para se conhecer a obra de um autor: a leitura. Melhor dizendo, a leitura amorosa.

À medida que vamos folheando as mais de 800 páginas deste Imaginário — que preferencialmente deverá ser percorrido dia-após-dia, respeitando a sua organização em forma de diário, mas que também podemos ler de um jato ou guiados pelo acaso da abertura de página —, vamos (re)descobrindo fragmentos dos sucessivos romances de Júlio Dinis (cujos títulos nos soam sempre estranhamente familiares, como se nos pertencessem), permeados de poemas, trechos de cartas, reflexões do autor e, como se não bastasse, de imagens de pranchas do seu inesperado Herbário, de objetos que possuiu em vida e que velavam a sua escrita, mas também de citações, desenhos ou pinturas de outros autores aparentados em estilo ou em espírito. Continua…

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DeClara nº 49 Biblioteca Escolar: O autor do mês

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A organização em palimpsesto desta edição ativa, de facto, todo um conjunto de ressonâncias ou de fulgurações que, fatalmente, estimulam a nossa curiosidade de leitor e nos revelam a

generosidade e a complexidade de um autor sempre atento àquilo que o rodeava: ávido de viver e de sorver o mundo, desejoso de todas as formas de existência. Joaquim Guilherme Gomes Coelho, conhecido por gerações inteiras e sucessivas de leitores e de não-leitores como Júlio Dinis — e desconhecido de tantos enquanto Diana de Aveleda, o seu pseudónimo de género feminino —, desaparecido aos 32 anos incompletos, deixou-nos fiéis depositários de uma obra extensa que se declina em múltiplos formatos, que se estilhaça em muitos fragmentos — romance, poesia, cartas, crónicas, teatro, um herbário. Mas é nos intervalos desses escritos que reside verdadeiramente o segredo, a magia do seu pensamento e do seu compromisso com o mundo e com os outros, com as pessoas, com os animais e com as plantas; naquilo que liga mas que não se vê, que não se evidencia em positivo mas em negativo: o fôlego, o ânimo. Que possamos agora respirar por ele, reanimando a sua

obra.“ in Sistema Solar

In PNL 2027

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DeClara nº 49 Biblioteca Escolar: Sugestão de Leitura

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«Contos de São Petersburgo», de Nikolai Gógol

A Avenida Névski é a «artéria», o «esplendor», a «beldade» de São Petersburgo, adorada por todos e arrebatando todos os que por lá passam, sendo, no entanto, um lugar em que tudo é engano e nada é o que parece; O jovem pintor Tchartkov encontra uma pequena fortuna escondida no retrato aterrador de um agiota, trocando o talento que começara a desenvolver pela ganância e desejo de glória, acabando por morrer na miséria e num estado de completa insanidade; Apaixonado pela filha do seu chefe, um homem enlouquece, o que leva, segundo as entradas do seu diário, aos mais espantosos acontecimentos; Tchertokútski vangloria-se da sua caleche, acabando ridicularizado após os acontecimentos originados na tentativa de exibir esta posse aos seus pares. O major Kovaliov acorda sem nariz, encontrando, mais tarde, a parte desaparecida a passear na rua a fazer-se passar por Conselheiro de Estado; Após adquirir o seu novo capote, Akáki Akákievitch sofre uma completa mudança na sua personalidade e ganha o respeito dos seus pares. São estas as histórias de «Avenida Névski», «O Retrato», «Diário de um louco», «A Caleche», «O Nariz» e «O Capote», os seis «Contos de São Petersburgo». Estes contos, nos quais encontramos sempre a tensão entre o real e o fantástico, retratam, com uma forte dimensão satírica, a sociedade de São Petersburgo em pleno século XIX, com os seus costumes e vícios. Em todos os textos é denunciando o culto da aparência e do estatuto social, evidenciando uma sociedade materialista e preconceituosa que, no fundo, continua a existir, e não somente em São Petersburgo. Francisco Manta Rodrigues, 12.º C

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Biblioteca Escolar: Página Cultural "Se eu fosse pintor, passava a minha vida a pintar o pôr do Sol à beira-mar. Fazia cem telas, todas variadas, com tintas novas e imprevistas. É um espetáculo extraordinário.“

Nativité", 1406 - 1410 ?,

Raul Brandão, Os Pescadores

"Lorenzo Monaco (Piero di Giovanni) Paul Klee "A gente encontra o próprio estilo, quando não consegue fazer as coisas de outra maneira." Paul Klee 18 de dezembro de 1879-29 de junho de 1940)

Claude Monet, "Soleil couchant sur la Seine"

Howling Dog by Paul Klee Continua…

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Biblioteca Escolar: Página Cultural Atentado Rasguei o cabelo ao Sol. Rasguei os ombros à Lua. Rasguei os dedos aos rios. Rasguei os lábios às rosas E rasguei o ventre aos frutos E a garganta aos rouxinóis. Mas ninguém (nem mesmo tu!) Viu que em tudo o que eu rasgava Era a imagem do teu corpo Branco, Firme, Intacto, Nu.

John Steinbeck

(27 de fevereiro de 1902, Salinas, Califórnia, EUA/20 de dezembro de 1968, Nova Iorque, Nova York, EUA) " ... Como você pode assustar um homem cuja fome não está apenas no seu próprio estômago apertado, mas nas barrigas miseráveis de seus filhos? Você não pode assustá-lo - ele tem conhecido um medo que ultrapassa todos os outros."

Pedro Homem de Mello

The Grapes of Wrath (As Vinhas da Ira), 1939. Marcel Vertès, Embrace Professora Fátima Noronha Peres Miranda, Grupo 300

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DeClara nº 49 Biblioteca Escolar: Ideias de Leitura PNL

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DeClara nº 49 Biblioteca Escolar: Ideias de Escrita PNL

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Biblioteca Escolar: Literacia Geográfica Chegou o Inverno a 21 de dezembro

Solstício de inverno é um fenómeno astronómico que acontece todos os anos no dia 21 ou 22 de dezembro. Este ano, ocorreu no dia 21 de dezembro de 2021, terça-feira, às 15h 59 marcando o início da estação no hemisfério norte. É o dia mais curto do ano e, consequentemente, o que tem

a noite mais longa. A partir desta data, a duração do dia começa a crescer. Por isso, na antiguidade, o solstício de inverno simbolizava a vitória da luz sobre a escuridão.

Vitória da luz sobre a escuridão! 25


DeClara nº 49 dezembro 2021 Biblioteca Escolar: Literacia Científica - Animal do Mês Minhoca Reino: Animalia Filo: Annelida Classe: Oligoqueta Ordem: Haplotaxida Subordem: Lumbricina Espécie: Amynthas mekongianus A minhoca-da-terra é um animal invertebrado, sem patas, caracterizam-se pelo seu corpo cilíndrico, alongado e dividido em anéis. Podem medir até 30 cm de comprimento e têm a capacidade de regenerar partes do seu corpo. São hermafroditas insuficientes já que, apesar de terem órgãos reprodutores femininos e masculinos, não conseguem reproduzir-se sozinhas, sendo sempre necessária uma outra minhoca para que ocorra a reprodução. O acasalamento ocorre juntando o clitelo (zona mais espessa do corpo na zona anterior) e trocando esperma. Cada minhoca produz um casulo com o formato de um limão, no interior do qual existem ovos que demoram cerca de 2 a 3 semanas a eclodir. Elas vivem enterradas (são animais subterrâneos), escavam galerias e canais no solo, buscando abrigo e restos vegetais, os quais são seu principal alimento, ingerindo-os com grandes quantidades de terra. Possuem sistema digestivo completo apresentado, em extremidades opostas do corpo, boca (zona anterior) e ânus (zona posterior). São animais subterrâneos, que escavam tuneis e galerias à procura de abrigo, humidade e alimento. Esta espécie ocorre em diferentes habitats, como jardins, zonas agrícolas, florestas, bosques, etc.. Em Portugal é uma espécie comum, com distribuição por todo o território nacional. Professor Artur Neri 26


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Biblioteca Escolar: Reflexões… Quando é que sabemos se … Quando é que sabemos se a razão é logica? Quando é que sabemos se a logica é razão? Quando é que sabemos que se o tempo é nosso? Ou se somos nós o tempo? Quando é que sabemos se o amor é real? Quando é que sabemos o que é o amor? Quando é sabemos se quando vemos o nosso reflexo, nos vemos a nós mesmo? Quando é que sabemos que o nosso momento chegou? Quando é que sabemos se fazemos parte do momento? Quando é que sabemos que pertencemos e que somos parte ativa num qualquer processo? Quando é que sabemos se o luar é a transparência da luz? E o que seria a lua sem luz sem sol? O que seria o ser humano sem consciência? sem compaixão, sem emoção, sem …. Como seria o mundo se não fosse mundo? Como seria o “quando” se não existisse tempo? Como seriamos se não colocássemos dúvidas, se não questionássemos o tempo, se não questionássemos a vida? Poderíamos viver sem problemas se nos ausentássemos da função de ser alguém e não algo … poderíamos ser livres se não sentíssemos, poderíamos ser ricos se não existisse o valor, poderíamos ser sempre os campeões se não existisse a competição, poderíamos viver sem amar, poderíamos viver sem chorar, correr ou sofrer, poderíamos ser donos do nosso destino se não fossemos mortais, poderíamos ser … Mas será que estaríamos realmente vivos? O que seria a vida? O que seria a morte? O que seria o tempo? Quando é que sabemos se estamos a viver a nossa vida, o nosso momento a nossa existência? Não sabemos, sentimos …

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Notícias em revista… Imagem do mês de 2021

DeClara nº 49 Biblioteca Escolar: Notícias em revista

Descobre algumas das capas de Jornais utilizadas na montagem da capa e imagem do mês Continua…

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DeClara nº 49 Biblioteca Escolar: Desafios…

dezembro 2021

As capas utilizadas na montagem:

Quantas capas conseguiste descobrir?

Elaborado por: IDL Maria Ribeiro, 2017

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DeClara nº 49 Biblioteca Escolar: Desafios

dezembro 2021

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DeClara nº 49 Resposta ao desafio de novembro

dezembro 2021

Em cada uma das casas do quadrado ao lado escrevemos os algarismos 1,2 e 3. Fazemos isto de maneira a ter em cada linha horizontal e em cada linha vertical apenas um dos algarismos 1, 2 e 3. Na casa do canto superior esquerdo colocamos o algarismo 1. Quantos quadrados diferentes é que conseguimos depois obter?

Resposta ao mês de novembro: 4

Professor Artur Neri

Desafio de matemática de dezembro O João tem 6 pedras de diferentes pesos. As pedras pesam 1g, 2g, 3g, 4g, 5g e 6g, respetivamente. O João colocou as pedras em três caixas – duas pedras em cada caixa. As pedras da primeira caixa pesam no total 9g, e as pedras da segunda caixa pesam no total 8g. Que pedras é que estão na terceira caixa?

In Portal da Matemática Professor Artur Neri 31


DeClara nº 49

dezembro 2021

Biblioteca Escolar: Sugestões do mês novembro 2021

As secas do mês #42 Atenção: Estas anedotas são extremamente secas. Mesmo muito secas! As mais secas que já alguma vez ouviste!

Porque é que o Pai Natal entrega as

prendas tão rapidamente? - Ele trenó muito! O que é que os bonecos de neve põem no leite? - Flocos! O que é um ponto preto na mesa da consoada? - É o blackalhau!

Informação inútil #30 No dia 3 de dezembro de 1992, o engenheiro inglês Neil Papworth enviou o primeiro SMS da história. Esta mensagem, enviada a Richard Jarvis, diretor da Vodafone, dizia apenas «Feliz Natal»!

Francisco Manta Rodrigues 12.ºC

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DeClara nº 49 dezembro 2021 1.º ciclo EB João de Deus: Alegria, o Natal está de volta! Recordar, reviver, renascer… QUE ALEGRIA …… O Natal está de volta!!!! A azáfama começa com alguma antecedência. As cores, os materiais, as construções, …. É o pintar, o recortar, o colar, o empilhar para um pinheirinho fazer, o enrolar de papel para as barbas brancas do Pai Natal fazer aparecer. São as mensagens de paz, de carinho, de esperança que se espalham pelos postais, pelas frases ditas e escritas, pelos sorrisos de ver um trabalho engraçado, colorido e, portanto, acabado. É o reciclar, o reutilizar, de materiais que pareciam ter acabado E fazê-los renascer, dando-lhes cor e a sua vida prolongar nesta tarefa de enfeitar um espaço cheio de alegria e cor. É o fazer “crescer” depressa um pinheiro para de bolas coloridas e luzes o enfeitar. E não podemos esquecer a estrelinha, no topo, a terminar. É o presépio fazer, o chão com verdes decorar, e as imagens espalhar, para um cenário, quase verdadeiro, recriar.

Continua…

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DeClara nº 49

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1.º ciclo EB João de Deus: Alegria, o Natal está de volta! E, claro, luzes para o iluminar.

São os bonecos de neve, que bem redondinhos e branquinhos não deixaram de aparecer, para, à entrada da escola, o ar da sua graça dar. É entrar nas salas e “respirar” do espírito de Natal. É o dar asas à imaginação e recriar.

É a azáfama para preparar a festa de Natal. É o reviver de um momento ímpar. Os ensaios, as cores, o subir ao palco, … Tudo move a energia que traz a alegria e a emoção retratadas no entoar de belas canções que enchem de esperança os nossos corações. É o Pai Natal que teima em aparecer Para lembranças deixar. É o recordar do quanto é importante dar e receber. E nesta onda temos várias vertentes. Continua…

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1.º ciclo EB João de Deus: Alegria, o Natal está de volta! A Festa de Natal

Continua…

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1.º ciclo EB João de Deus: Alegria, o Natal está de volta! O Pai Natal desceu na escola Para isso às salas foi uma surpresa deixar que a Associação de Pais continua, gentilmente, a patrocinar.

Estamos à tua espera!

O Natal quase a chegar!

Continua…

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1.º ciclo EB João de Deus: Alegria, o Natal está de volta! Clara põe (n)a mesa O desafio foi lançado E logo pelos pais abraçado Deixando um pouco de tudo o que foi solicitado para a outros podermos dar mostrando a vontade de partilhar e ajudar.

Voluntariado Projeto já desenhado, Pensado e quase preparado Ficou a serenar para um bicharoco raro não querermos espalhar. Desta vez, com os devidos cuidados e em regime de voluntariado, o 4ºB preparou o projeto na recolha de outros produtos que deixaram de servir, mas que ganharão nova vida nas mãos de outras crianças. Novos produtos também vão ter para na escola poderem usar E um novo brilho aos trabalhos dar. É o espírito de dar para os outros poderem receber e um melhor ano poderem ter. Nesta onda de paz, solidariedade, partilha cresce de novo a esperança e acende-se a luz da alegria. É NATAL!!!!!

Com votos de um feliz Natal A Coordenadora Fátima Vaz 37


DeClara nº 49

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1.º ciclo: Biblioteca João de Deus

Continua…

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DeClara nº 49 1.º ciclo: Biblioteca João de Deus

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No passado mês de outubro celebrou-se o Mês Internacional das Bibliotecas Escolares, cujo tema definido pela IASL, para o ano de 2021, foi “Contos de fadas e contos tradicionais de todo o mundo”. A Biblioteca Escolar da EB1 João de Deus para assinalar esta efeméride, montou no átrio da escola uma pequena exposição de postais alusivos ao livro e ao ato de ler, alguns deles gentilmente cedidos pelo docente Jorge Proença.

Continua…

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No dia 25, Dia da Biblioteca Escolar, em Portugal, foram dinamizadas sessões de formação de novos utilizadores deste espaço escolar, dirigidas aos alunos do 1º Ano (Turmas A e B) que acompanhados pelas docentes titulares, Graça Couto e Graça Pereira, tomaram conhecimento dos serviços disponibilizados e regras de funcionamento / utilização da Biblioteca Escolar.

No final das sessões, os alunos deliciaram-se com o visionamento da curta-metragem de animação “Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore”, ponto de partida para o debate na sala de aula, sobre a importância da magia dos livros ao longo da vida. Para quem não conhece este pequeno filme de animação, vencedor do Óscar de Melhor Curta de Animação, em 2012, fica aqui a sugestão, pois é de fácil acesso no Canal Youtube em: https://www.youtube.com/watch?v=LjkdEvMM5xs&t=3s

Continua…

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O Natal está a chegar à Biblioteca João de Deus!

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Sugestão de leitura Todos os anos acontece o mesmo. Quando se aproxima o tempo do Natal, basta fechar os olhos para lembrar os natais da minha infância, o sabor das rabanadas, da aletria, dos figos secos, tão doces como o mel, e do cheiro da canela que perfumava a minha pequena aldeia ainda iluminada por candeias. Um tempo tão diferente, tão distante. Nesse tempo tão longínquo ninguém sabia do Pai Natal, quem punha as prendas nos tamancos, botas e sapatos, era o Menino Jesus. Como eu fazia pecados ao longo do ano, tinha à minha espera, na lareira ainda morna, um par de meias de lã e figos secos, embrulhados num cartuchinho de papel pardo. Também me lembro deste pedacinho de texto que está publicado no meu livro Sonhos de Natal, com ilustrações de Júlio Vanzeler, e comovo-me:

“…A primeira coisa a ir para dentro da gruta foi o musgo. Com muito jeito, alcatifámos o chão com as mantas fofas e verdes que fomos tirando das cestas. As heras foram crescendo em redor. E, de repente, o interior da gruta transformou-se numa serra verdinha, com arvoredo e cheia de pasto, a precisar de um rebanho de ovelhas e de alguns pastores. O senhor Afonso levantou a tampa da caixa e nós ficámos calados a ver o que estava lá dentro. E o que estava lá dentro eram muitos embrulhinhos de jornal muito bem acondicionados. Ai, mas aqueles jornais escondiam figuras que ganhavam vida e nos faziam sonhar tanto! A primeira figura que ficou sem o papel era um pastor que se fartava de rir. Tinha umas bochechas muito encarnadas, vestia uns calções que lhe davam até aos joelhos e trazia um saquinho pelo ombro e uma cabaça à roda da cintura. Era um pastor alegre e devia ser bem amigo das suas ovelhas. Muito atento, o pastor foi para o cimo do monte e começou a assobiar Continua… pelo seu cão.

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O cão, todo preto e com manchas brancas por todo o corpo, pulou da caixa, desembaraçou-se dos jornais que o embrulhavam, e foi logo ter com ele. Aquele cão era, com toda a certeza, um grande amigo do pastor, sempre pronto a ajudá-lo a guardar as ovelhas e a fazer-lhe companhia naquela serra imensa e silenciosa, onde o tempo custava a passar. Gordinhas, com o corpo coberto de lã branca muito encaracolada, as ovelhas também apareceram e espalharam-se por toda a verdura. Muitas estavam cheias de fome, porque não paravam de pastar. Duas, estavam tão fartas, que nem sequer olhavam para aquele belo pasto. De cabeça erguida, fartavam-se de balir. Se calhar achavam que estava na hora de dar a mama aos filhos. Mas eles, andavam lá longe, nos sítios mais altos do monte, a dar pinotes, felizes com tanta liberdade. Feita com espigas de trigo, saiu da caixa uma manjedoura. Era uma boa ideia. Se chovesse ou nevasse, aquela manjedoura serviria para lá pôr feno seco para o rebanho comer. Outro pastor chegou. Aquele pastor, que era ainda rapazinho e tinha um chapéu roto na cabeça, foi pôr-se junto dos cordeiros. E fez muito bem. Aquela parte da serra não estava vigiada. Se aparecesse um lobo, os cordeiros, coitaditos, nem sequer teriam tempo de chamar pelo cão. Depois apareceu uma vaca. Devia ter dentro dela um filhote, porque tinha uma grande barriga e quis deitar-se junto da manjedoura. Do outro lado veio encostar-se um burrinho. Logo depois apareceu S. José e foi encostar-se à manjedoura. Atrás de José, veio Maria. O burrinho, a vaca, José e Maria estavam a olhar para a manjedoura. Bem se via que estavam bastante preocupados. O bafo muito quente saía das narinas da vaca e do burrinho e aquecia a palha da manjedoura. Uma estrela prateada apareceu no cimo da gruta, bem perto de um galo, que não parava de cantar. Finalmente, muito gorducho, sempre a rir, só com uma fralda de pano no corpo, o Menino Jesus foi posto na manjedoura. Depois ficámos bastante tempo a olhar. A olhar. Calados. O silêncio era tão grande naquela gruta que até parecia que ouvíamos o Menino Jesus a respirar tranquilamente. António Mota, Sonhos de Natal, Edições Asa Fonte - Blogue Escola Amiga da Criança, artigo acedido a 14/12/2021, disponível em: https://escolaamiga.pt/blog/bb21b93b-d644-49db-a444-f5b4cdfde2fc?filters=[]&offset=0&total=10

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A professora bibliotecária EBJD: Anabela Cruz

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DeClara nº 49 dezembro 2021 2.º ciclo: História e Geografia de Portugal 5.ºA D. AFONSO HENRIQUES

D. Afonso Henriques nasceu em 1109 e morreu em 1185. Era filho de D. Henrique e D. Teresa, e foi o primeiro rei de Portugal. O seu cognome era “o Conquistador", devido aos territórios conquistados aos Mouros. Quando atingiu os 16 anos, foi incentivado pelos nobres portucalenses a lutar pela independência do Condado. Para conseguir esse objetivo, em 1128, combateu o exército da sua própria mãe, D. Teresa, e dos seus partidários, vencendo-os na Batalha de S. Mamede. Após essa vitória assumiu o governo do Condado. Em 1138 conseguiu derrotar os Muçulmanos na Batalha de Ourique e passou a intitular-se rei. Porém, só foi reconhecido rei de Portugal pelo rei de Castela, através do Tratado de Zamora, assinado em 1143. No entanto, apenas em 1179 o Papa reconheceu Portugal como um reino independente, e Afonso Henriques como rei de Portugal, através do documento “Bula Manifestis Probatum”. Alice Gonçalves Portas Nº 2 - 5ºA 45


DeClara nº 49 2.º ciclo: História e Geografia de Portugal

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A morte de D. Afonso Henriques D. Afonso Henriques nasceu, pensa-se que foi a 1106, 1109 ou 1111, em Guimarães. Era filho de D. Teresa, de Leão e D. Henrique, conde de Portucale. Tornou-se oficialmente rei dos portugueses a 1140, quando Portugal obtém a independência dada pelo rei de Leão e Castela Foi aclamado rei a 5 de outubro de 1143. Foi cognominado “O conquistador” por ter alargado o condado portucalense e por ter conquistado várias terras. Lutou contra a sua mãe na batalha de São Mamede, em 1128. D. Afonso Henriques concentrou os seus esforços nas suas negociações em perto Santa Sé, tendo dois objetivos: obter o reconhecimento do condado portucalense como um reino, e alcançar a completa autonomia da igreja portuguesa. Em 1169, após o Cerco de Badajoz, diz-se ter ficado ferido de uma perna. Após este acontecimento, a administração política e militar passou para o seu filho e sucessor D. Sancho e parcialmente para a infanta D. Teresa, sua filha. D. Afonso Henriques faleceu em Coimbra com 66 anos a 6 de dezembro de 1185. O seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, onde pode ser visitado ainda nos dias de hoje. Ficou então o seu filho D. Sancho como sucessor, e rei de Portugal.

Professora Laurentina Ferreira

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DeClara nº 49 2.º ciclo: História e Geografia de Portugal

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Quem foi Napoleão Bonaparte? Napoleão Bonaparte nasceu em 15 de agosto de 1769 em Ajaccio na França e morreu a 5 de maio de 1821 com 51 anos em Londwood em Santa Helena. Napoleão tornou-se imperador de França entre 1804 e 1814 reconhecido como Napoleão I. Líder político, ditador e comandante do Exercito Francês, conquistou uma grande extensão territorial para a França. Era filho de Carlos Maria Bonaparte e Letízia Romolino. O seu pai era jurista formado em Pisa na Itália e a sua mãe era descendente de uma família de pequena nobreza em Itália. Napoleão começou a estudar em Ajaccio e, com 10 anos de idade entrou no colégio militar de Brienne, na França. Em 1784 entrou na Escola Real Militar de Paris, onde começou a sua carreira. Aos 16 anos de idade já era subtenente de artilharia. Com 23 anos foi promovido a capitão e, passado um ano, já era general de brigada. Com apenas 26 anos foi promovido a Comandante-Geral do Exercito do Interior. Em 1789, teve início a Revolução Francesa, que levou a França a passar por profundas modificações políticas, sociais e econômicas. Napoleão ganhou destaque durante a Revolução Francesa e liderou várias campanhas militares de sucesso durante as Guerras Revolucionárias Francesas (conflitos militares que se entenderam de 1792 até 1802 logo após a Revolução Francesa).

Colégio de Brienne

O Bloqueio Continental foi uma proibição imposta por Napoleão Bonaparte a todos os países europeus de fazerem comércio com os ingleses, procurando enfraquecer a economia inglesa. Francisco Ganso Professora Laurentina Ferreira

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DeClara nº 49 dezembro 2021 2.º ciclo: História e Geografia de Portugal 5.ºA

Nascimento de Jesus Acredita-se que Jesus Cristo nasceu no dia 25 de Dezembro e por conta disso comemora-se o natal nesse dia. Jesus nasceu em Belém numa manjedoura pois todos os hospitais estavam lotados no dia. Os Anjos proclamaram o Salvador de todas as pessoas e houve pastores que vieram adorá-lo. No relato de Mateus, astrónomos seguiram uma estrela até Belém para levar presentes a Jesus nascido que era conhecido como o "rei dos judeus". Herodes logo depois de descobrir o acontecimento mandou matar todos os meninos com menos de 2 anos da cidade, mas a família de Jesus conseguiu escapar para o Egito e depois de Herodes ter morrido a família de Jesus voltou para Nazaré. O cristianismo O cristianismo é uma religião monoteísta, fundada por Jesus Cristo na Judeia (interior do império romano).O cristianismo pregava a igualdade, a humildade e o amor ao próximo. A mensagem do cristianismo punha em causa o culto ao imperador e a organização da população romana, que se baseava na desigualdade e na existência de escravos. Assim o cristianismo foi proibido e os seguidores de Jesus foram perseguidos. No ano 380 o imperador Teodósio decretou o cristianismo a religião oficial do império, sendo assim a que regista o maior número de crentes do mundo e na atualidade. O nascimento de Jesus Cristo determinou o aparecimento da religião cristã surgindo um calendário da era cristã. Império romano No ano de 218 a.c os Romanos iniciaram a conquista da Península Ibérica e no ano 19 a.c a conquista terminou. Os romanos queriam destruir a concorrência dos Cartagineses e controlar toda a navegação e o comércio no mediterrâneo ocidental. A romanização era a transmissão de modo de vida dos romanos aos povos conquistados Rebeca melo - 5A Professora Laurentina Ferreira

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DeClara nº 49 dezembro 2021 2.º ciclo: História e Geografia de Portugal 5.ºB O nascimento de Jesus Cristo e do Cristianismo

I Natal “Naqueles dias César Augusto publicou um decreto ordenando o recenseamento de todo o império romano. (…) E todos iam para a sua cidade Natal, a fim de alistar- se.” (Evangelho segundo S. Lucas 2: 1) Obedecendo a esse decreto, o carpinteiro José, com a esposa grávida, Maria, ambos judeus, foram até à sua cidade natal, Belém, onde o Menino Jesus viria a nascer. Como a cidade estava muito cheia, devido à grande afluência de pessoas para se recensearem, José e Maria tiveram que pernoitar num estábulo, deitados na palha, junto do calor dos animais. O nascimento do bebé precipitou-se e Maria ali deu à luz o menino Jesus, imagem que todos os anos as famílias recriam nos presépios de suas casas.

De acordo com a história, a família recebeu logo muitas visitas da comunidade e também de três personagens, vindas de mais longe (que se orientaram pela luz de uma estrela que se julga, hoje, ser a estrela polar) para conhecer o menino a quem ofereceram ouro, incenso e mirra. Conhecidos como os três reis magos, também eles e a estrela passaram a fazer parte do presépio que simboliza o Natal Cristão.

Pieter Bruegel, Recenseamento em Belém, 1566 Continua…

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DeClara nº 49 dezembro 2021 2.º ciclo: História e Geografia de Portugal 5.ºB II Antes e durante Cristo Os romanos eram politeístas, ou seja, adoravam vários deuses ao mesmo tempo. Os Romanos tinham uma relação utilitária com os Deuses, por exemplo, sacrificavam animais para terem uma boa colheita agrícola. A certa altura, passaram a considerar os imperadores figuras divinas por verem neles o poder dos Deuses. O culto a estes deuses realizava-se em templos à volta dos quais as pessoas aproveitavam para fazer negócios e trocas comerciais, como animais para sacrifícios de acordo com os rituais romanos. O jovem Jesus ao perceber que o culto dos Deuses se tinha tornado um negócio, exaltou-se e expulsou todos os ´vendilhões do templo´, libertou as ovelhas e os bois, virou as mesas e deitou o dinheiro ao chão e disse: - Tirem daqui estas coisas, não façam da casa do meu pai uma casa de negócios. (Evangelho segundo S. João 2: 15-16) Os romanos não ficaram indiferentes a esta atitude crítica e receando a perda da sua autoridade decidiram condená-lo à pena da crucificação. Jesus foi crucificado, mas, surpreendentemente, ressuscitou e desapareceu da sua sepultura. Daí em diante, pequenas comunidades locais passaram a admirar a vida de Jesus enquanto exemplo de liberdade, tolerância, humildade, amor ao próximo, igualdade entre todos.

Cecco del Caravaggio, Os vendilhões do Templo, 1610 Continua…

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DeClara nº 49 dezembro 2021 2.º ciclo: História e Geografia de Portugal 5.ºB III Depois de Cristo Ao contrário das famílias judaicas, fechadas, surgiu uma comunidade aberta (em parte, de origem judaica) disposta a integrar todos os que quisessem continuar o exemplo de Jesus Cristo, aos seus olhos, condenado injustamente pelo poder romano. A primeira igreja cristã, fundada pelos amigos de Jesus, Pedro e Paulo, surgiu em Antioquia e reunia uma comunidade que tinha sido expulsa de Jerusalém. Foi ali que os seguidores de Jesus passaram a ser chamados de cristãos.

No início reuniam-se em pequenas casas ou, secretamente, em catacumbas subterrâneas. A pouco e pouco, foram ocupando basílicas romanas e foi preciso esperar até ao ano 313 para que o imperador Constantino decretasse a liberdade de culto aos cidadãos do império, permitindo aos cristãos a construção das suas igrejas. O cristianismo ganhou cada vez mais seguidores e tornou-se numa das religiões monoteístas mais significativas do mundo que, assim, todos os anos, celebra a 25 de dezembro o Natal, isto é, o nascimento de Jesus. A importância de Jesus ultrapassa a comunidade cristã e pode ver-se como quase todas as famílias celebram o Natal, acrescentando-lhe outros símbolos, como o pinheirinho, o pai Natal e os presentes. Por um lado, os presentes lembram-nos os reis magos, mas, por outro, também podem aludir aos ‘vendilhões do templo’. Cabe-nos escolher como viver melhor o Natal…

Georges de la Tour, Natividade de Jesus, A adoração dos Pastores, 1644 Camila Baía e Teresa Lourenço, 5º B, Escola 51


DeClara nº 49 2.º ciclo e 3.º ciclo: Educação Musical

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Os alunos das turmas do 6.ºB, 6.ºE e 7.º E realizaram , no âmbito do PAA, diferentes workshops na Casa da Música.

A turma do 6B fez a Oficina "Nouvelle Cuisine“

Continua…

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DeClara nº 49 dezembro 2021 2.º ciclo e 3.º ciclo: Educação Musical 6.ºB, 6.ºE e 7.ºE A turma do 6.ºE fez a Oficina "Nouva Musicalia"

Continua…

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DeClara nº 49 2.º ciclo e 3.º ciclo: Educação Musical

dezembro 2021

A turma do 7.ºE fez a Oficina "Há Física no Som"

A professora de Educação Musical Maria do Carmo Figueiredo

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DeClara nº 49 3.ºCiclo: Português “Na rota das histórias”

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Um Natal tecnológico Era um ano como todos os outros, estávamos a 2 semanas da véspera de Natal. Estava eu com 12 anos, em minha casa com os meus pais, Pedro e Beatriz, e com os meus irmãos, Leonor com 6 anos, Ana com 10 e o meu irmão Dinis com 15. Chamei os meus irmãos para decorar a árvore, mas eles não quiseram, pois estava o meu irmão a jogar Fortnite na PS4 e as minhas irmãs a jogar Subway surfers no telemóvel. O meu pai estava a ver televisão e a minha mãe no computador a mandar e-mails e mensagens. Então, decorei a árvore de Natal o melhor possível, pendurei as bolas de natal maiores em cima e as mais pequenas em baixo, os anjos fui espalhando e depois pus as luzinhas enroladas à volta da árvore, no cimo coloquei muito bem uma estrela para ela não cair, depois montei o presépio ao lado, com o menino Jesus na manjedoura muito quentinho e São José e Maria ao lado dele. Atrás coloquei a vaca e o burro e mais atrás de Maria, os pastores. Ao lado de São José estavam os três reis magos, em frente do menino Jesus pus ouro, mirra e incenso. Em cima do presépio coloquei o anjo Gabriel para olhar pela família de Jesus. Depois mostrei ao meu pai, mas ele não ouviu, disse à minha mãe, mas ela não estava a olhar, nem me prestou atenção, e disse aos meus irmãos, mas eles estavam demasiado concentrados. Então, fui fazer o jantar. Quando pus o jantar na mesa chamei todos, mas ninguém ouviu, então, jantei sozinha e fui dormir. Passaram duas semanas e já era véspera de Natal, eu estava muito feliz, então fui tomar banho, vesti-me com um vestido lindo, branco como a neve com uma fita azul clara e atrás um laço. Calcei uns sapatos brancos e fiz uma trança na qual prendi com um laço azul escuro. Vesti um casaco de malha azul e fui pôr a mesa do jantar, sobre a mesa coloquei uma toalha branca que parecia seda, uns copos transparentes de cristal, talheres e pratos. Depois arrumei a sala com o maior cuidado para não me escapar nem um único fio de cabelo ou migalha, sacudi as almofadas na varanda e coloquei-as sobre o sofá, fui chamar a minha mãe para ela ver como estava tudo o que eu tinha preparado, ela deu-me um enorme beijo na testa e disse que estava muito orgulhosa por aquela surpresa tão agradável. Durante a tarde fui arrumando a Árvore de Natal para ela ficar perfeita e coloquei os presentes debaixo dela, depois fui estudar. Continua…

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DeClara nº 49 3.ºCiclo: Português “Na rota das histórias”

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Já eram 8 da noite e também a hora a que os convidados chegariam. Fui refazer a minha trança e sacudir o vestido. Tlic tloc, tlic tloc, os convidados!! Chegaram finalmente! Abri a porta e entrou a minha avó, que me deu 4 presentes, um para cada um de nós, os 4 netos, logo depois apareceu a minha tia com o meu tio e mais os meus 6 primos, depois a minha prima mais velha, a mais nova e uns amigos dos meus pais que traziam os filhos pequeninos. Era uma animação lá em casa. Os presentes que todos trouxeram coloquei debaixo da Árvore de Natal. Mais tarde já estavam todos sentados no sofá e as crianças no chão a ver e a jogar telemóvel, televisão, PS4 e tablet, já ninguém falava, brincava ria ou cantava, estavam todos babados na frente dos telemóveis, já não havia aquela magia de Natal que se sente quando estamos reunidos à frente do presépio ou na Árvore de Natal, as luzes já não brilhavam e estava a sala repleta de um silêncio. Eu ainda tentei pôr música mas o meu pai disse para eu desligar, dei conversa com o meu tio mas ele só dizia: ok, ok. Então decidi que o Natal já não existia, as tecnologias tinham vencido e dominado o Natal, já não havia salvação, rezei e pedi desculpa ao menino Jesus para que ele nos desculpasse estarmos assim nos anos dele, e foi então que....

Eu ergui a cabeça em frente da minha família e desliguei a internet, e a rede. Disse assim: - Hoje é Natal, deem um descanso Aos telemóveis e a todas as tecnologias, hoje é um dia muito especial, pois foi o dia em que o menino Jesus nasceu e veio para nos salvar, olhem todos para o que está aqui ao vosso lado, são amigos e família que temos de aproveitar. Todos agradeceram e pediram desculpa, foi o verdadeiro milagre de Natal!! E a noite foi um êxito. Às 00:00 horas abrimos os presentes, eu recebi um livro sobre o Natal que eu já andava a poupar para o comprar, recebi um estojo muito bonito com um forro cheio de flores e pássaros, recebi também uma bandelete e uma boneca com um vestido maravilhoso. Foi um esplendor este Natal. Dia 25 fomos à missa e rezámos para agradecer aquela noite maravilhosa.

Beatriz Barbosa, n.º 4, 7.ºE (Disciplina de Português, professora Luísa Santos

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3.ºCiclo: Português “Escrita criativa em sala de aula”

Lamparina Mágica

Um dia, estava a caminhar pela estrada fora, e acabei por encontrar uma lamparina mágica que me pede para lhe pedir cinco desejos. O primeiro desejo que pedi para que seja realizado foi acabar com toda a pobreza do mundo, para todas as pessoas serem felizes com estabilidade financeira. O segundo desejo que pedi foi acabar com todo o tipo de doenças, para que as pessoas e animais possam viver felizes sem algum tipo de doença. O terceiro desejo que pedi foi acabar com a fome que todas as crianças e adultos estejam a sentir por não terem possibilidades de comprar algum alimento. O quarto desejo que pedi foi dar abrigo a toda a gente que necessite. E o quinto desejo e último foi acabar com todos os tipos de poluição para que nós todos tenhamos um bom futuro.

Fabiana Morais, n.º8, 7ºE (Disciplina de Português, professora Luísa Santos)

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3.ºCiclo: Educação para a saúde Educação para a saúde Nas aulas da disciplina de Educação para a saúde, os alunos José Rodrigo Coelho e João Pereira, elaboraram um cartaz com a quantidade de açúcar presente em alguns alimentos, neste caso, em bebidas.

Inicialmente, os alunos observaram e analisaram os rótulos das embalagens, registaram o conteúdo em açúcar de cada uma e posteriormente colaram as embalagens numa cartolina, fizeram uns “saquinhos” onde colocaram a quantidade de açúcar existente nesses alimentos: água, sumo Compal, Ice Tea e Coca-Cola. O trabalho foi posteriormente exposto na Biblioteca da Escola.

A Professora, Cristina Vilaça Pereira 58


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3.ºCiclo: Educação para a saúde Educação para a saúde Nas aulas de Educação para a Saúde, e aderindo ao desafio de elaborar trabalhos de Natal alusivos à reciclagem, os alunos José Rodrigo Coelho e João Pereira, elaboraram, com recurso à reutilização de materiais usados no dia-a-dia, como rolos de papel, papel de alumínio, e outros, um presépio. O presépio ficou exposto na entrada da Escola, junto do presépio do Clube da Ciência.

Muitos parabéns aos alunos pelo trabalho realizado! A Professora, Cristina Vilaça Pereira 59


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Educação Moral e Religiosa Católica (E.M.R.C.): SIMBOLOGIA DO NASCIMENTO DE JESUS

A Natividade: Grão Vasco (Vasco Fernandes)

Nascimento de Jesus A era cristã em vigor foi fixada, no séc. VI, pelo monge xiita Dionísio o pequeno (Dionysius Exiguus – 550) com um pequeno erro de cálculo de 6/7 anos . De facto, Herodes, o Grande, morreu em Jericó no ano 750 da fundação de Roma a que corresponde o ano 4 a.C. .Tendo Jesus nascido 2/3 anos antes da morte de Herodes, significa que nasceu entre o ano 6/7 a.C.

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Educação Moral e Religiosa Católica (E.M.R.C.): Celebração do Natal No séc. II, o gnóstico egípcio Basílides introduziu a celebração da epifania (manifestação da divindade) em que era celebrado o batismo de Jesus. O dia escolhido para a prática festiva foi o 6 de janeiro em virtude de, nessa data, serem celebradas diversas festas pagãs em honra de várias divindades (ex., Adónis, Osíris e Dionísio). No início do séc. IV começou a comemorar-se o nascimento de Jesus, na noite de 5 para 6 de janeiro, conservando-se este último dia para a celebração do batismo. Note-se que na Alexandria (Egipto) os pagãos celebravam o dia natalício do deus Éon (deus do tempo e da eternidade) na noite de 5 para 6 de janeiro. Entre os anos 325 e 354 celebrou-se, pela primeira vez, em Roma o nascimento de

Jesus no dia 25 de dezembro. A primeira menção regista-se em 336 na 1ª edição da Cronografia de Philocalus. Para a comemoração, nessa data, terá contribuído o facto dos romanos celebrarem em 25 de dezembro a Festa do Sol invictus (solstício de inverno – em que o dia começa a aumentar e a noite a diminuir)/. Para essa alteração, deverá ter contribuído a afinidade que o imperador Constantino nutria pelo culto do sol e pelo cristianismo. Neste sentido, note-se que o descanso dominical, oficializado por Constantino no ano 321, era conhecido como “Dia do Sol”. Na Liturgia Romana, a epifania é celebrada como a visita dos Magos em 6 de janeiro e o batismo no domingo seguinte. No rito Oriental, a epifania celebrava tanto o batismo como o nascimento de Jesus. Após a natividade ter passado a ser comemorada em 25 de dezembro, o dia 6 de janeiro conservou-se para o batismo de Jesus considerando-o como a Epifania – manifestação da divindade do Senhor.

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Educação Moral e Religiosa Católica (E.M.R.C.): Presépio A palavra presépio vem do latim praesepium que significa manjedoura . A manjedoura é o local onde os animais encontram o alimento. Jesus, na manjedoura (espécie de altar), é visto como o alimento que dá ao homem a vida verdadeira. Assim, a manjedoura é a mesa divina para a qual é convidado o homem a fim de receber o pão de Deus . No Natal de 1223, S. Francisco de Assis recriou, numa gruta da floresta de Greccio (Itália) , a cena da Natividade com as figuras de S. José, Nossa Senhora e o menino Jesus, rodeado de animais vivos. Com o passar dos séculos tornou-se uma tradição cada vez mais forte. Em Portugal, os presépios tiveram origem no séc. XV através do rei D. João II que solicitou a Lorenzo de Médicis (Florença - Itália) que enviasse para o reino português um escultor a fim de criar presépios. Os evangelhos não falam em animais presentes no nascimento de Jesus. A tradição, reportando-se ao profeta Isaías (Is 1,3 - O boi conhece o seu dono e o jumento o estábulo do seu senhor) inseriu o boi e o jumento no presépio.

Estrela A estrela de Belém simboliza Cristo enquanto a luz do mundo (Jo. 8, 12). A estrela de Belém/Magos é suscetível de ser identificada com 3 situações, a saber: Cometa Halley que foi visível entre 12/11 a.C.; Tríplice conjugação de Júpiter e Saturno na constelação de Peixes, ocorrida em 7 a.C. e registada nos observatórios da Babilónia e do Egito; Uma nova ou supernova visível em 5/4 a.C. e assinalada nos observatórios astronómicos chineses. Segundo o bispo de Lamego, D. António Couto, a estrela dos Magos só foi vista por eles, alumiando os seus corações até ao local do nascimento de Jesus.

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Educação Moral e Religiosa Católica (E.M.R.C.): Sala de Hóspedes / Gruta O nascimento de Jesus terá acontecido num estábulo, anexo à sala de hóspedes superlotada de uma casa de Belém, pertença da família de José. A sala de hóspedes, segundo descobertas arqueológicas, era um local térreo, contínuo à casa, que apresentava um banco rochoso a toda a volta para facilitar o descanso das pessoas, dando passagem para um estábulo onde eram guardados os animais . S. Lucas ao mencionar que Maria colocou o menino numa manjedoura, tornou verosímil a suscetibilidade de se inferir que o local da natividade seria um estábulo. Bento XVI menciona que Jesus terá nascido numa gruta utilizada como estábulo. Neste sentido, refere que desde sempre, em redor de Jerusalém, se usavam as grutas como estábulos. Acresce que, quer Justino (165) quer Orígenes (254) referem que o lugar do nascimento de Jesus era uma gruta na Palestina.

Magos De acordo com o evangelho de S. Mateus (Mt 2, 1) uns magos foram guiados por uma estrela para adorarem o menino. Nem o nome nem o número é referido no evangelho. Descreve-se as oferendas (ouro, incenso e mirra) e daí que se infira que sejam três. Sendo três

representam os três continentes, então conhecidos (África, Ásia e Europa), e as três idades da humanidade (adolescência, adulta e velhice). Dos vários significados possíveis da palavra mago, o mais verosímil é membro da casta sacerdotal persa . A Tradição da Igreja leu a narrativa dos magos à luz do Salmo 72 e Isaías 60. Assim, os sábios vindos do Oriente tornam-se reis (Sl. 72,10) e com eles entram os camelos e os dromedários no presépio (Is. 60,6). Os sábios do Oriente constituem, segundo Bento XVI, o encaminhamento da humanidade para Cristo. Os magos ensinam que se pode partir de muito longe para chegar a Cristo .

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Educação Moral e Religiosa Católica (E.M.R.C.): Presentes Ouro simboliza realeza; Incenso significa divindade (Filho de Deus); Mirra designa morte e sepultamento (mistério da Paixão) . No evangelho de S. João (Jo. 19, 39) a mirra aparece depois da morte de Jesus, trazida por Nicodemos, para ungir o corpo de Cristo.

Pastores Os pastores representam os pobres de Israel, os pobres em geral – os destinatários privilegiados do amor de Deus. Jesus nasceu entre os pastores, Ele é o grande pastor dos homens .

Boas festas e um Santo Natal! São os votos dos professores de Educação Moral e Religiosa Católica

Educação Moral e Religiosa Católica AE Clara de Resende (Porto)

Natal 2021

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DeClara nº 49 Projetos: Aulas sem Fronteiras

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Aulas sem Fronteiras/ Classes without Frontiers A 1.ª edição deste ano letivo do projeto: Aulas sem Fronteiras / Classes without Frontiers, promovida pelo Porto de Futuro (Câmara Municipal do Porto), em parceria com o Serviço de Relações Internacionais da Universidade do Porto, contou na nossa escola com jovens de quatro países diferentes. O Projeto Aulas sem Fronteiras integra-se perfeitamente nas atividades de Cidadania e Desenvolvimento (Tema: Interculturalidade) das diversas turmas. Com este projeto, os estudantes estrangeiros integrados em programas de intercâmbio, que se encontram a frequentar a Universidade do Porto, são convidados a dar a conhecer a sua cultura, o seu país e a sua língua, em contexto de sala de aula. O projeto é dirigido aos alunos do 3º ciclo e do ensino secundário. Destacam-se os pontos fortes deste projeto: √ Promoção do diálogo intercultural. √ Permite derrubar fronteiras e conhecer diferentes formas de ver e viver o mundo. √ Contacto direto com a realidade social, política, cultural e linguística de outro país.

√ Traz à sala de aula um conhecimento do mundo a que os alunos são alheios. √ Alarga os horizontes culturais dos alunos. √ Divulga experiências de mobilidade internacional. √ A qualidade das apresentações dos estudantes. √ A possibilidade dos alunos portugueses poderem interagir e aprofundar os seus conhecimentos, utilizando a língua inglesa e a língua espanhola com falantes de outros países / nacionalidades. Os objetivos foram, na nossa opinião, plenamente cumpridos: dar a conhecer outras culturas, países e línguas; ajudar a descobrir a multiplicidade de visões do nosso Mundo; promover uma escola aberta e multicultural e a valorização da aprendizagem de Línguas Estrangeiras.

Continua…

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DeClara nº 49 Projetos: Aulas sem Fronteiras

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Aguardamos com expetativa uma próxima edição. Aqui fica o registo de alguns momentos partilhados com os jovens Martin Villar, espanhol, e Muhammad Asim, paquistanês.

Martin Villar, estudante espanhol, com a turma 10.º A

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DeClara nº 49 Projetos: Aulas sem Fronteiras

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Continua…

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DeClara nº 49 Projetos: Aulas sem Fronteiras

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Muhammad Assim, estudante paquistanês, com a Prof.ª Paula Cunha

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DeClara nº 49 Projetos: Aulas sem Fronteiras

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Na sala de professores onde conheceu e conviveu com vários dos professores presentes e onde recebeu lembranças portuguesas de todos nós!

Professora: Fátima Vieira

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DeClara nº 49 Projeto Eco-Escolas

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A Escola está a participar, pelo terceiro ano consecutivo, no projeto Eco-Escolas. Este projeto pretende encorajar o desenvolvimento de atividades que visem a melhoria do desempenho ambiental das Escolas, criar hábitos de participação e cidadania, entre outos. A implementação deste projeto passa pela concretização da metodologia dos “7 passos”, a saber: 1- Conselho EcoEscolas, 2- Auditoria Ambiental, 3- Plano de Ação, 4-Monitorização e Avaliação, 5- Trabalho Curricular, 6- Informação e envolvimento da comunidade escolar, 7- Eco- Código. Assim, dando cumprimento à metodologia dos “7 passos”, foi elaborado o Conselho Eco-Escolas 2021/2022. Para tal, foram efetuados os convites aos alunos delegado e subdelegado de cada turma do ensino básico. Fazem parte deste conselho professores de diversas áreas disciplinares/níveis de ensino, como Cidadania e Desenvolvimento de 6.º e 8.º ano de escolaridade, Físico-Química, Biblioteca Escola/Jornal DeClara, Ensino Especial, Clube da Ciência, bem como Coordenadora de Projetos e ainda representante da Direção. Este ano contamos também, pela primeira vez, com representante do 1.º ciclo. Em relação às entidades externas, foram endossados convites á Câmara Municipal do Porto, à Junta de Freguesia de Ramalde e à Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Clara de Resende, tendo todos aceite o convite para integrar o Conselho Eco-Escolas. Continua…

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DeClara nº 49 Projeto Eco-Escolas

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Foi também realizada a Auditoria Ambiental (passo 2) através do preenchimento de um formulário Google docs, e no qual participaram alunos de várias turmas do 2.º e 3.º ciclos. Com esta auditoria pretende-se um diagnóstico da situação ambiental da Escola.

No dia 17 de novembro realizou-se, na Escola, a primeira reunião do Conselho Eco-Escolas.

A Coordenadora do Programa Eco-Escolas, Cristina Vilaça Pereira

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dezembro 2021 Atividade “Árvore de Natal”

No âmbito do programa Eco-Escolas, foi lançado o desafio às várias turmas do ensino básico de participarem na decoração da árvore de Natal da Escola, alusiva à reciclagem, elaborando um enfeite para a árvore. O enfeite devia ser elaborado com recurso a uma embalagem de iogurte, decorada pela turma. Aderiram a este desafio várias turmas do 2.º e 3.º ciclos, que, nas aulas de Cidadania e

Desenvolvimento, com os Diretores de Turma e/ou em casa, com a ajuda das suas famílias, deram asas à sua imaginação e elaboraram enfeites fantásticos para decorar a árvore e a entrada da Escola. Os trabalhos dos alunos podem ser observados nas fotografias abaixo. Todos os alunos estão de Parabéns pelos trabalhos realizados!

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A Coordenadora do Programa Eco-Escolas, Cristina Vilaça Pereira

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Feliz Natal a todos! 77


DeClara nº 49 Projetos: Clube de Teatro Clara de Resende

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O Clube de teatro do Agrupamento de Escolas Clara de Resende, nos dias 10 e 11 de dezembro,

fez a apresentação à comunidade escolar “O Senhor tem de saber qual é o seu lugar…” a partir da peça “O Nariz” de Nicolai Gógol. Parabéns a todos os envolvidos no trabalho pelo excelente espetáculo que nos proporcionaram!

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DeClara nº 49 Projeto: Clube de Teatro Clara de Resende

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Devido ao contexto pandémico, não teria sido possível entrar todo o mundo(1). Ainda assim, o que ficou(2) para quem marcou presença, familiares dos artistas, alunos e docentes da casa, foram apresentações de sonho em duas noites, neste caso com saudades do Verão(3). Parabéns a todos os participantes e um agradecimento particular aos encenadores (Paulo Ferreira e José Gabriel Lopes). A par deste jornal, o clube de teatro é CLARAmente uma atividade diferenciadora nesta escola. Notas: (1) Entra todo o mundo (2019) (2) O que ficou da perna na roda (2020) (3) Sonho de uma noite de verão (2018)

Os E.E. Elisabete Simões e Nuno Rodrigues

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Projeto: Campanha de recolha de alimentos

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Projetos: Campanha de recolha de alimentos Resultados da Campanha de recolha de alimentos “O Clara põe (n)a mesa” Nas 2 últimas semanas de aulas do 1º período, decorreu a nossa campanha de angariação de bens alimentares. Graças ao vosso contributo, conseguimos apoiar 14 famílias carenciadas de alunos do nosso Agrupamento.

Os resultados quantitativos foram os seguintes: 78 pacotes de massas variadas; 61 KG de arroz; 35 L de azeite; 18 L de óleo; 29 KG de açúcar; 12 KG de farinha; 10 caixas de cereais; 57 litros de leite; 6 pacotes individuais de leite achocolatado; 45 embalagens de bolachas variadas; 53 latas de conservas; 15 embalagens de aletria; 33 latas de salsichas; 7 latas de ervilhas; 33 latas de feijão/ grão; 5 caixas de chocolates; 6 postas de bacalhau; 8 embalagens de frutos secos; 1 unidade de: gelatina, Maizena, compota, leite condensado, sal, legumes em conserva, tomate conserva, gomas; côco, chocolate, canela, em pó. 4 cartões presentes (3 continente + 1 pingo doce) no valor total de 100€ + 20€ em numerário. Com estes valores foi possível comprar 4 Bacalhaus, que foram repartidos; 11 bolos-rei + 8 pães de ló + 10 caixas de bombons + 4 caixas de bolachas sortido.

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Projeto: Campanha de recolha de alimentos

Muito obrigada a todos os que colaboraram e contribuíram e votos de Boas festas para todos.

Muito Grata! Natália Amaral Assistente social Agrupamento de escolas Clara de Resende

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BOAS FESTAS: BIBLIOTECA E JORNAL DeCLARA

A Biblioteca Clara de Resende e o Jornal DeClara desejam a toda a comunidade educativa umas Boas Festas!

Biblioteca Clara de Resende

Isabel Pereira

Um Feliz Natal e um Excelente 2022 83


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BOAS FESTAS À COMUNIDADE EDUCATIVA!

Postal de Joana Barbedo, 7.º A

Boas Festas Feliz Natal Excelente 2022 84


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