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“NÃO TE JULGAMOS,
vens a importância e o valor que dão ao verem as cartas, pois eles consideram todo o trabalho dos voluntários, a dedicação e empenho. Mas, o nosso objetivo não é somente entregar uma carta, mas sim, motivá-los e conscientizá-los de que existem problemas emocionais e que sim é possível vencê-los.
ropeia que tem a maior taxa de pessoas que sofrem com algum problema ou doença emocional e a taxa do suicídio em Portugal no ano de 2022 foi de 11,7 mortes por cada 100 mil habitantes, e isso são números assustadores.
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FP: O que faz o HELP que o diferencia?
ajudamos-te”, esta é a nossa principal missão.
FP: Que projetos têm para o futuro?
TF: O nosso principal projeto para o futuro é chegar a todos os cantos de Portugal, pois, a cada dia que passa, os diagnósticos de doenças emocionais aumentam drasticamente e não podemos
Folha de Portugal (FP): Numa sociedade tão dominada pelas redes sociais, porquê cartas?
Tiago Ferreira (TF): É exatamente pelo motivo de os jovens estarem colados aos écrans que o nosso trabalho passa a ser físico, nas ruas, e com cartas que, na maioria das vezes, são totalmente feitas à mão. É nítido nos jo-
FP: Acredita que quando uma pessoa está mesmo decidida a cometer suicídio “desliga-se” do resto do mundo?
TF: Sim, embora existam os sinais de alerta que o jovem dá, que não devem ser ignorados, muitos preferem isolar-se do mundo para não serem julgados ou questionados sobre os seus atos e pensamentos... Portugal está entre os três primeiros países da União Eu-
TF: Talvez uma das grandes coisas que nos diferencia seja entender sem julgar. Independentemente do dia ou do horário, temos sempre voluntários para ajudar. O melhor de tudo é que os voluntários são a prova viva de que existe, sim, uma solução para os problemas que eles enfrentam, pois, um dia também já passaram por isso e conseguiram superá-los. Como o próprio slogan diz “Não te julgamos,
“SÓ QUERIA ACABAR COM A DOR...”
Osofrimento fazia parte do quotidiano de Filipa. “Cresci no meio da violência, pois todos os dias via o meu pai a espancar a minha mãe. Aos 7 anos fui diagnosticada com uma doença rara e ouvi da boca do meu pai que só me levaria ao hospital se a minha mãe lhe desse dinheiro para comprar álcool, o que, a par de ele ter pedido o teste de paternidade, me magoou muito. Comecei a sofrer bullying devido ao problema de saúde. Mais tarde, a minha mãe juntou-se com outra pessoa, que começou a assediar-me sexualmente a mim e à minha irmã. A agressão verbal, quase física por vezes, também era constante.”
ESPERANÇA RENOVADA.
“Tudo isso levou-me a um estado de depressão profunda, que me provocava ataques de pânico e ansiedade. Chorava todas as noites, tinha insónias e o pouco tempo que conseguia dormir tinha pesadelos. A automutilação e a tentativa de suicídio foram reais, pois só queria acabar com toda aquela dor. Foi quando me falaram do projeto Help e agarrei essa oportunidade com todas as forças. O que mais me ajudou foi conseguir ganhar con ança para contar o que sentia e deixar-me ser ajudada. Não houve qualquer julgamento ou indício de que seria mais uma vez abandonada, muito pelo contrário. O que me tocou mais foi que, por
CONTACTOS HELP ficar de braços cruzados. Um dos nossos objetivos também é ter mais acessibilidade na realização de palestras motivacionais nas escolas, pois é lá onde geralmente o jovem está mais em contacto com o bullying, agressões e todo o tipo de conflito que possam acontecer na mente do jovem. Em suma, o nosso foco será sempre o bem-estar físico e, sobretudo, emocional daqueles que nos procuram, lembrando-lhes que a solução para os seus problemas não é o suicídio, mas sim recomeçar.
@helpfju.pt facebook.com/helpfjupt
+351 927 954 765 mais que eu não tivesse qualquer esperança, todos os integrantes do Help acreditaram até ao m. Hoje, posso considerar-me uma pessoa verdadeiramente feliz e pronta para ajudar quem esteja a passar pelo que eu passei!”
24 HORAS POR DIA, 7 DIAS POR SEMANA!
Filipa