2 minute read
“JUREI A MIM MESMA QUE NÃO PASSAVA DOS 20...”
A revolta e infelicidade, associadas à insegurança e vários vícios, faziam com que Bárbara vivesse uma vida completamente descontrolada
“Tentei suicidar-me várias vezes: com comprimidos, por as xia, com cortes nos pulsos. Odiava-me de tal forma que nem conseguia olhar-me ao espelho. A vontade de me matar era tanta, que jurei a mim própria que não passava dos 20 anos. Bebia muito e andava em discotecas, com péssimas companhias. Dos 16 aos 18 anos, envolvi-me com uma banda satânica e cultuava a morte. Os meus amigos, na altura, até tinham vergonha de mim, porque eu bebia tanto que acabava por estragar os eventos em que estávamos.”
Advertisement
ATERRADOR. “A razão de tudo isto, além do vazio interior horrível que sentia, era a violência a que assistia dentro de casa. O meu padrasto era alcoólico e a violência entre ele e a minha mãe eram constantes. Um dia, percebi que as brigas eram por minha causa, pois a minha mãe defendia-me. Presenciei cenas horríveis, inclusive ver a minha mãe grávida a ser as xiada com um cabo de eletricidade. Uma vez, ela fechou-o fora de casa e ele esmurrou a janela e cortou o braço de tal forma que o sangue escorria pela entrada. A minha mãe até dormia com facas debaixo da cama e eu, a dada altura, já nem saía do quarto, tal era o medo.”
O INÍCIO. “Na minha cabeça, só pensava que se eu não exis- tisse, a minha mãe seria feliz e teria uma vida normal... foi a partir daí, que a ideia de me matar se tornou mais intensa. Tenho a certeza de que se não tivesse encontrado Jesus naquela altura, eu já não estaria aqui. Uma tia minha frequentava a Universal e sabia da situação da minha mãe, por isso, convidou-a para ir às reuniões. Comecei a ver a minha mãe chegar a casa mais leve, a sorrir (coisa que não via desde pequena), e notava nela uma ‘luz’, um brilho diferente.”
RENASCER. “A minha mãe convidou-me e, ao m de algum tempo, aceitei ir. A minha libertação não foi nada fácil, porque não con ava em ninguém, nem sequer em Deus. Mas, um dia, um abraço sincero de uma obreira fez-me querer conhecer esse Jesus que diziam que me amava. Na Força Jovem recebi o apoio e a motivação que me ajudaram a dar os passos seguintes: abandonei os vícios, perdoei o meu padrasto e retomei os estudos. Desde então, Deus tem vindo a moldar-me e deu-me muitas razões para querer viver.”
GRATIDÃO. “O que recebi de mais importante e valioso foi o próprio Deus. Perdoou-me e tornou-se o meu tudo, Aquele em quem posso con ar, não importa o que aconteça. Tornei-me uma pessoa e uma calma, tenho paz, o medo e os ataques de pânico terminaram. Aprendi a reconhecer o meu valor e gosto de mim. A minha família, hoje, está irreconhecível. O meu padrasto, agora, é um avô super meigo, trata bem os vizinhos e a família. Não se embebeda, nem fuma. Procuramos estar juntos com alguma regularidade, somos unidos, conversamos imenso e rimos uns com os outros. Jesus transformou completamente a minha família e o meu ser. E, por isso, não tenho como agradecer o que Ele fez por mim!” Bárbara
Edição nº 50 I Fevereiro de 2023