Ano 01 - Nº 02 - Maio 2014
EDIÇÃO DE LANÇAMENTO R$10,00
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Publicação:
REVISTA DA SOCIEDADE DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ALTO IRANI
CONCRETO DE PÓ DE BRITA Técnica e economicamente viável além de ecologicamente correto. Pág. 12
AGRONOMIA Certificação do INCRA Requisitos para avaliação da terra. Pág. 19
ARQUITETURA Ligth Steel Frame uma solução rápida e barata. Pág. 18
PALAVRA DO PRESIDENTE Prezado (a) Associado (a), É com muita satisfação que estamos nos reportando a você. A SEAI está sempre buscando melhor atender as necessidades de nossos associados, representando-os com ética e responsabilidade, perante a sociedade local e regional, buscando os interesses comuns do Sistema Profissional. Acabamos de lançar a Revista ÁREA, a nossa Revista! Um sonho antigo dos profissionais e uma grande conquista de todos os associados, uma revista técnica com uma linguagem simples, feita por nós associados, com a intensão pura e simples de divulgar as questões técnicas profissionais, que envolvem a engenharia, a arquitetura e a agronomia. Estamos inseridos em diversos segmentos da sociedade, com dedicação representamos você profissional em todos os Conselhos Municipais de interesse da Engenharia e Agronomia, bem como no CREA-SC. Oferecendo toda a estrutura do nosso espaço físico, necessário para o atendimento profissional junto ao CREA-SC, fomos além, buscando convênios com diversos profissionais da área da saúde e comércio, onde além do atendimento oferecem preços diferenciados aos nossos As-
Engenheiro Agrônomo Juliano Tonial Presidente da SEAI
sociados. Em 2014 realizaremos cursos em parceria com o CREA- SC, através dos recursos advindos do PEC (Programa de Educação Continuada), onde estaremos atingindo todas as modalidades profissionais que fazem parte da nossa Associação. Além de estarmos preparando a já tradicional comemoração para encerramento do ano, com data prevista para 06 de Dezembro de 2014. Para dar continuidade ao bom andamento da Associação, bem como, cumprir com nossos compromissos e manter nossa entidade cada vez mais ativa e presente na sociedade, estamos lhe enviando em anexo o boleto bancário da nossa anuidade, que pode ser recolhido até o dia 30/05/2014 em qualquer agência bancária ou casa lotérica. Esperamos poder contar com sua compreensão e apoio, para fazermos a nossa Entidade cada dia melhor. Um grande abraço,
UTILIDADE cONVÊNIOS SEAI
INDICADORES
POLICLÍNICA CENTER MED Dr.º Mário Augusto Marques, Clínico Geral Dr.ª Flávia R. Cedrez, Pediatra CLÍNICA MATERNO INFANTIL Dr.º Luciano De Bortoli, Pediatra Dr.ª Iara De Bortoli, Ginecologista PRÓ CARDIO – CLÍNICA DE CARDIOLOGIA Drº André Augusto Martins, Cardiologista Drº Giuliano Faccini, Cardiologista Drº Leonardo Fábio Carelli, Cardiologista Drº Rafael Augusto Favero, Cardilogista Drª Débora R. Siqueira, Endócrina CLÍNICA DE FISITERAPIA ACCADROLLI – FISIOCENTER Drª Georgea Accadrolli Stähelin, Fisioterapeuta POSTO ALTOS DA AVENIDA CAUDURO SEGUROS Ricardo Luiz Cauduro
COTAÇÕES - SANTA CATARINA FONTE CEPEA - 1 MAIO 2014 SOJA (60Kg) ............................... R$ 62,83 MILHO (60Kg) .......................... R$ 24,11 TRIGO ....................................... R$ 41,23 FARELO DE SOJA SACA 50Kg .... R$ 59,00 FEIJÃO PRETO (60Kg) .............. R$ 128,00 FEIJÃO CARIOCA (60Kg) .......... R$ 73,00 SUÍNO VIVO Kg ........................ R$ 2,90 SUÍNO CARCAÇA Kg ................ R$ 5,18
RESTAURANTE O COSTELÃO
EXPEDIENTE REVISTA ÁREA Sociedade de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Alto Irani - SEAI CNPJ 03.113.186/0001-83 - Inscrição Estadual: Isenta Rua Selistre de Campos, 124 - Sala 02 – Centro Xanxerê-SC Telefone (49) 3433-9216 - www.seai.com.br Editora / Jornalista Responsável Nileiza Durand (49) 8835-1684 - vsdcomunicacao@yahoo.com.br Marketing / Comercial VSD Marketing e Comunicação (49) 8825-0721 – vsdconsultoria@yahoo.com.br Diagramação João Pedro Vasconcelos (JP) (49) 8839-7235 - falajotape@gmail.com Tiragem: 2.000 exemplares Distribuição: Municipios do Alto Irnai
DIRETORIA GESTÃO 2013 / 2014 Eng. Agrônomo Juliano Tonial - Presidente Eng. Mecânico Alemberg LescanoDantas - Vice-presidente Eng. Mecânico Cristiano Ferronato - 1º Tesoureiro Ang. Agrônomo Airton Alberton - 2º Tesoureiro Eng. Civil Elisandro Antonio Gasparini - 1º Secretário Arquiteto Wallace José Chillemi - 2º Secretário Eng. Agrônomo Volmir Frandoloso - Diretor de Ativ. Tec. e Culturais Eng. Civil Charles Luiz Rabaiolli - Diretor de Ativ. Sociais Eng. Produção Mateus Zanella - Diretor de Ativ. Esportivas Ang. Agrônomo Arlindo Nava - Conselho Fiscal Eng. Civil Alessandro Winckler - Conselho Fiscal Eng. Agrônomo Luiz Mario Badotti - Conselho Fiscal Eng. Operação e Fabricação Mecânica Sergio Luiz Zanella Conselheiro junto ao CREA/SC Os artigos e opiniões aqui veiculados são de responsabilidade dos seus autores e não expressam necessariamente a opinião da Revista Área e de seus diretores. As matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos seus autores.
DIVERSOS
Feagro-SC é uma realidade.
A Federação dos Engenheiros Agrônomos de Santa Catarina-FEAGRO-SC, fruto da transformação da AEASC (Associação dos Engenheiros Agrônomos de Santa Catarina) para uma federação é uma realidade. Acabamos de conseguir sua regularização definitiva junto a todos as instâncias legais que se fazia necessário, assim a partir de dezembro 2013 a FEAGRO-SC é a sucessora natural, legal e em definitivo da tradicional AEASC. A ideia da construção de uma nova organização representativa dos Engenheiros Agrônomos no estado, como entidade federativa, tendo as Associações Regionais de Engenheiros Agrônomos como filiadas, iniciou a cerca de 10 anos, sendo assunto obrigatório nas programações e discussões dos eventos regionais e estaduais da categoria ao longo deste período, na busca da melhor alterativa, entre as diversas opções organizativas levantadas e defendidas. Focada neste objetivo, a diretoria da AEASC que tomou posse em abril 2012, elegeu como meta central da gestão, desencadear e centralizar todas as forças na concretização desta missão, desejo maior da categoria, sendo inclusive uma das deliberações aprovadas no 7º CEEA - Congresso Estadual de Engenheiros Agrônomos, realizado em julho 2011. Assim, após muitos estudos técnicos, pareceres jurídicos, contribuições de um grupo especial de trabalho, muitas conversações, negociações, dialogo e articulações, envolvendo todas as lideranças estaduais e regionais da categoria, com a realização de 15 encontros macrorregionais realizados ao longo de 2012 nos principais polos 06
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geopolíticos e de maior representação de Engenheiros Agrônomos no estado, três seminários estaduais ampliados, além de duas Assembleias gerais especificas para debater e deliberar sobre o assunto, bem como as associações regionais em todo estado realizando suas assembleias gerais, aprovando as reformas para adequação e compatibilização estatutária ao normativos da legislação vigente e ao estatuto da FEAGRO-SC e sua filiação a federação, conseguimos no inicio de novembro 2013 vencer esse grande desafio e encaminhar o processo para o registro definitivo, o qual foi aprovado em 18 de novembro 2013, tornando assim a FEAGRO legalmente uma realidade de fato e de direito Em Assembleia Geral realizada em 03 de dezembro 2013, antecedendo abertura do 1º Fórum Estadual de liderança da Agronomia, aconteceu a aprovação do relatório de atividades do exercício 2013 e a prestação contas com demonstrativo das receitas e despesas da AEASC até 30 de novembro de 2013 com encerramento das suas atividades e a passagem dos ativos, passivos e patrimônio para a FEAGRO-SC, pois registre-se que não fechamos a tradicional AEASC, mas a transformamos em uma federação, passando o patrimônios, receitas, despesas e todo o seu acervo histórico de serviços realizados para a nova entidade a partir de dezembro 2013, ocorrendo nesta assembleia a posse oficial estatutária da sua primeira Diretoria Executiva e Conselho Fiscal. Também em 03 de dezembro de 2013, na abertura oficial do 1º Fórum Estadual das Lideranças da Agronomia, aconteceu a posse pública desta
Diretoria, em caráter provisório, resultante da translocação do mandato dos membros da diretoria da AEASC para os cargos correspondentes da FEAGRO-SC, atendendo artigo 46 do Estatuto da Federação, com duração até abril 2015, quando então deverá ser eleita a Diretoria Executiva e Conselho Fiscal com mandato regular de 03 anos. Na primeira Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo, realizada nos dias 20 e 21 de março, na cidade de São Joaquim, aconteceu a última etapa de regularização da Federação, com a posse do seu primeiro Conselho Deliberativo constituído pelos presidentes das Associações Regionais de Engenheiros Agrônomos filiadas e os membros da Diretoria Executiva da FEAGRO-SC. O Conselho Deliberativo, conforme estabelece o Art. 11º do Estatuto da entidade, é o órgão máximo de deliberação da Federação. Com a nova estrutura organizacional e representativa da categoria, as 11 atuais Associações Regionais de Engenheiros agrônomos no estado filiadas a Federação, e as que futuramente forem criadas, ficam responsáveis pelas atividades locais e regionais de representação politica e técnica, de atualização profissional, congraçamento entre os colegas e familiares, entre outras ações locais na área de suas jurisdição. Para a nova entidade federativa, a FEAGRO-SC, caberá a responsabilidade da representação política, das atividades técnicas, realização de eventos de âmbito estadual, defesa dos espaços, das atribuições profissionais e dos interesses da categoria em nível estadual, além de estimular a unidade, a articulação, integração e o apoio as entidades regionais filiadas, além de buscar o fortalecimento do relacionamento e possíveis ações conjuntas de interesse da categoria os desenvolvimento do estado com as entidades estaduais coirmãs, SEAGRO-SC, UNEAGESC-SC e CREA-SC-SC, bem como em nível nacional estreitar o relacionamento com a Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil-CONFAEAB e junto as entidades de classe estaduais dos
demais estados, em especial da região Sul; assim como estimular a categoria para, com suas atribuições acadêmicas e de aperfeiçoamento, competência e responsabilidade profissional, dar sua importante contribuição a população catarinense para o desenvolvimento com sustentabilidade ambiental. Nesse importante momento registramos um agradecimento especial a todos aqueles que acreditaram, estimularam, apoiaram e se envolveram diretamente nesse esforço, dedicação e comprometimento para viabilizarmos a constituição da nova entidade. Na certeza de que, com a ajuda de todos, teremos uma Federação forte, independente, ágil, integradora e representativa dos engenheiros agrônomos, além de uma entidade organizativa da categoria moderna, atualizada aos tempos atuais, perfeitamente integrada e fortalecendo a atuação das associações regionais filiadas e a valorização dos engenheiros agrônomos e a representatividade da categoria do estado. O compromisso maior desta primeira Diretoria Executiva será consolidar a estruturação administrativa e funcional da FEAGRO-SC no estado, junto à categoria, associações filiadas, lideranças político administrativas, empresariais, representativas dos agricultores e da sociedade catarinense, bem como, estimular os colegas das macrorregiões com potencial de profissionais onde ainda existem os tradicionais núcleos, para também fazerem sua transformação em associações regionais, cobrindo assim todo o estado, com a nova formatação organizacional e representativa da categoria. A meta é avançar progressivamente das 11 atuais associações regionais para um total no estado na ordem de até 18 associações. Neste desafio precisamos e contamos com a ajuda, colaboração e o engajamento de todos. Um forte abraço Eng Agr. Raul Zucatto Presidente FEAGRO-SC
ENGENHARIA
O risco do trabalho nas alturas Engenheiro em Segurança do Trabalho Engenheiro Ambiental Jocelio Osório Pilantil Casemiro CREA/SC 85865-2
No mês de março completou o segundo ano da implementação da Portaria Nº 313 de 27/03/2012 – NR 35 Trabalho em Altura, que trata de todas as responsabilidades, tanto do empregador e do empregado, no desenvolvimento de atividades com risco envolvendo quedas de diferentes níveis. A constatação é que as normas somente estão sendo aplicadas no que se refere aos treinamentos, pois tem mais importância um papel informando que o trabalhador está apto a desenvolver tal tarefa designada pelo empregador, que a prevenção ou implementação de medidas preventivas capazes de evitar acidentes deste gênero. Dessa forma abre-se um questionamento: será que as empresas sabem exatamente do passivo que estão se submetendo, pois quando um tra08
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balhador sofre algum tipo de acidente envolvendo quedas de diferentes níveis, a organização poderá ser responsabilizada e investigada para verificar qual foi a natureza que levou a ocorrência e vitimou o funcionário. Vale lembrar que não somente a empresa pode ser responsabilizada pela ocorrência, mas também todos os possíveis responsáveis entre eles, gerentes, supervisores, encarregados e outros prepostos, ou seja, todos aqueles que ocupam cargos de chefias, até mesmo os multiplicadores que ministram os treinamentos podem ser responsabilizados. Entre estes estão inseridos os profissionais do SESMT. Seguem alguns critérios de abordagem que devem ser analisados por um profissional da área, a fim de prevenir condições inseguras e evitar a ocorrência de acidentes envolvendo queda de trabalhadores:
Ponto de Ancoragem O ponto de ancoragem é um dispositivo que deve ser implementado pelo empregador. É o ponto onde o trabalhador irá ancorar o seu equipamento de proteção individual (cinto de segurança acoplado ao talabarte) com a finalidade de evitar quedas de diferentes níveis. O sistema de ancoragem deve ser dimensionado por profissional habilitado, pois para o correto dimensionamento deve se levar em conta a grandeza de cálculos de força e carga, que terão a finalidade de suportar uma carga de no mínimo 1.500 kgf. Na prática quase nada desse conceito está sendo desenvolvido de forma a garantir a integridade física dos trabalhadores. Fator de Queda O fator de queda é a posição onde será fixado o talabarte, relacionado ao ponto de ancoragem do trabalhador. O mais seguro e correto é realizar a ancoragem a cima da cabeça, o que dará ao usuário maior segurança em caso de queda de
altura. A figura ilustra a forma correta de como deve ser realizada a ancoragem por um trabalhador. Andaimes Outro fator é que durante os treinamentos realizados, não estão levando em conta os diferentes tipos de andaimes: simplesmente apoiados, fachadeiros, suspensos e os em balaços, que fazem parte das atividades realizadas em altura. Para se evitar ocorrências indesejadas durante a montagem de qualquer um desses equipamentos, deve-se solicitar o manual de montagem, bem como o projeto e a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do profissional qualificado e habilitado que o projetou. Capacitação A capacitação dos funcionários deve ser realizada por profissional com comprovada proficiência, ou seja, este deve
Fica uma recomendação aos empregadores, quanto a necessidade de capacitar seus trabalhadores em qualquer área: procurem instituições que possam proporcionar uma capacitação adequada de forma atender as NORMAS REGULAMENTADORAS DO MTE (Ministério do Trabalho em Emprego), e em caso de ser um profissional liberal, solicitem a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), e assim oferecer à empresa a garantia de que seus trabalhadores receberam capacitação de forma a proporcionar condições
possuir conhecimento teórico e prático. Após implementação da NR-35, identificou-se que muitos profissionais desqualificados estão realizando capacitação sem ao menos ter o conhecimento prático e sem respeitar carga horaria mínima de oito horas, o que não é o suficiente para capacitar um trabalhador e o tornar capaz de ter noções para realizar a atividade e de como proceder em caso de uma emergência e até mesmo de um resgate em altura.
de desenvolverem atividades de forma segura. Por fim, vale a pena reforçar que oferecer somente a capacitação não é suficiente, o fornecimento de equipamentos de proteção, seja um EPI ou sistema de proteção coletiva, atrelados à fiscalização das atividades realizadas por funcionários ou empresas terceirizadas, proporcionará maior segurança aos empregados, que irão realizar uma atividade segura, e evitará danos estéticos, materiais e até mesmo transtornos nas esferas civil, criminal e trabalhista.
ENGENHARIA
Legislação fecha o cerco para os tanques de combustível de uso privado Engenheiro Civil e de Segurança no Trabalho Charles Luiz Rabaiolli CREA-SC 061483-0
Os consumidores das empresas de Transportador-Revendedor-Retalhista (TRR) são dos mais diversos setores: indústrias, comércio, transporte, prestadores de serviço, hospitais, geradores de energia, órgãos públicos e agricultura, tendo participação de 12% no mercado consumidor nacional de óleo diesel. Isso representa em expressivo volume comercializado pelas empresas TRR e uma significativa parti10
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cipação no mercado nacional de combustíveis, porém essa atividade é regrada por diversas normas e órgãos fiscalizadores que além monitorar a questão ambiental fiscaliza a segurança da instalação. A nova NR-20 vem para somar com outras legislações, a exemplo da Instrução Normativa n° 22 do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, que foi norteada pela NBR-17505. Estas nor-
mas trazem critérios técnicos para uso desse tipo de armazenamento de combustível. A NR20 classifica e diferencia no grau de exigência pela capacidade armazenada. De forma simplificada temos duas formas de classificação uma para tanques que armazenam de 1m3 até 10m3 e um acréscimo de exigências para capacidades maiores de 10m3. Vamos citar algumas medidas que devem ser adotadas seguin-
do as legislações atuais: 1. Os tanques devem ser instalados dentro de bacia de contenção; 2. Filtros e bombas devem ficar fora da bacia de contenção; 3. Outros produtos, como gases industriais e gases inflamáveis GLP, devem ficar a distâncias mínimas de segurança; 4. Caso não haja controle de drenagem da bacia de contenção, o tanque deve ter cobertura para desviar a agua da chuva; 5. Havendo mais de um tanque, deve haver afastamento mínimo dos demais; 6. Os vents devem ser projetados para ficar a uma altura de no mínimo 3,5mts do piso; 7. Todos os tanques e equipamentos devem estar eletricamente ligados a terra; 8. Todos os equipamentos e componentes elétricos para manusear líquidos inflamáveis deverão ser a prova de explosão (do tipo blindado); 9. Para se efetuar o transvazamento de um tanque para outro, ou entre um tanque e o carro tanque, obrigatoriamente os dois deverão estar aterrados, ou seja, ligados ao mesmo potencial, para descarregar a energia estática; 10. A caixa de separação de-
verá ser interligada à rede de drenagem, obedecidas às normas especificas para tratamento e neutralização de efluentes contaminados por produtos químicos adotados conforme legislação ambiental local; 11. Instalar placas de advertência, proibição e sinalização em quantidade suficiente para perfeita visualização periférica; 12. Instalar unidades extintoras de 8kg de pó químico; 13. Os tanques obrigatoriamente devem ser metálicos, com placas de identificação do fabricante e demais informações técnicas;
14. As instalações devem ser aprovadas nos órgãos competentes de segurança pública (Corpo de Bombeiros) e ambiental (Fatma); 15. Os funcionários devem possuir treinamento conforme prescreve a NR-20. Para concluir podemos dizer que está na hora desse segmento sair da clandestinidade e se tornar um exemplo de gestão de segurança. Essa melhoria continuada deve partir das empresas revendedoras, fazendo com que seus clientes trabalhem dentro da lei, evitando assim todas as corresponsabilidades jurídicas cabíveis.
ENGENHARIA
Viabilidade técnica e econômica do uso de areia de britagem em concreto de cimento portland em Chapecó-SC Engenheiro Civil Victor Hugo Lodi, M.Sc. CREA-SC 17673-2
O esgotamento das jazidas de areia natural próximas dos grandes centros de consumo, a contaminação das fontes de material pela poluição e as políticas de proteção ambiental fazem com que a obtenção de agregados miúdos para utilização na construção civil, particularmente na produção de concretos convencionais, seja impulsionada na direção de novas opções. A carência de jazidas de areia natural é cada vez maior em muitas regiões do Brasil e do mundo. No oeste de Santa Catarina, por exemplo, se busca areia natural a distâncias maiores de 200 Km. A areia de rocha, historicamente, era um material pouco desejável devido sua elevada aspereza e pela ocorrência de silte e argila prejudicando a aderência entre o agregado e a pasta de cimento, elevando a demanda de água de trabalhabilidade dos concretos e o atrito interno das partículas sólidas da mistura. Como conseqüência, ocorre um elevado consumo de cimento nos concretos, para atingirem um mesmo nível de resistência à compressão, quando se utiliza
areia de britagem em substituição à natural. Além disso, o concreto resultante pode ser um material mais caro e mais áspero, mais difícil de ser trabalhado na obra, ao ser bombeado, ao ser acabado, etc. Estas desvantagens podem ser combatidas pela introdução, na massa de concreto, de aditivos plastificantes e redutores de água. Uma alternativa para resolução deste problema seria a utilização de areia de britagem. Sendo um resíduo da britagem de rochas da produção de agregados graúdos, seu uso minimiza o impacto ambiental pois, se ficar armazenado no pátio das pedreiras sua dispersão pelo vento e pela água contaminam o ambiente. Além disso, muitas vezes precisa ser remanejado por problemas operacionais demandando tempo e recursos. A uniformidade da areia de britagem, quando comparada com a da areia natural, e a maior facilidade de obtenção, são suas principais vantagens de utilização. Entretanto, a sua distribuição granulométrica, presença de quantidades elevadas de pó
e principalmente a forma angulosa e muitas vezes lamelar de suas partículas, que depende do tipo de rocha e britador utilizados, podem influenciar nas propriedades do concreto fresco e endurecido. Entre 2004 e 2006, realizamos um estudo experimental objetivando a produção de concretos convencionais, com emprego de duas areias de britagem de rocha basáltica, uma com grãos arredondados, 16,7% de material pulverulento denominada “Areia A”, e outra com grãos lamelares, 11,1% de material pulverulento, chamada “Areia B”, em substituição parcial a uma areia natural de uso corrente na região de Chapecó-SC, buscando a confecção de concretos mais resistentes e econômicos. O melhor desempenho em todos os aspectos analisados nesse estudo foi a mistura com 65% de areia de britagem tipo A (grãos arredondados) em substituição volumétrica à areia natural. Constatou-se que o teor de material pulverulento e a forma dos grãos existente nas areias de britagem influenciam fortemente as características do concreto no estado fresco, acarretando uma grande variação dos consumos de cimento das misturas para uma mesma resistência à compressão.
Metodologia utilizada
Apresentação e análise dos resultados Analisando os resultados dos ensaios de caracterização física dos agregados miúdos, pode-se verificar que a areia natural possui granulometria na zona utilizável da NBR7211 (2005).
As areias de britagem tipo A e B são semelhantes, entretanto a do tipo A possui uma fração muito fina passante na peneira 0,15 mm, enquanto a do tipo B está muito grossa na região intermediária, entre as peneiras 0,6 mm e 1,2 mm, em função
disso, os dois tipos de areia de britagem estão fora dos limites de norma. As diferenças entre as quantidades de material pulverulento entre as areia de britagem justifica a pequena diferença entre as suas curvas granulométricas. Apesar de lavadas, a areia de britagem tipo A apresentou teor de material pulverulento de 16,70 % , ultrapassando os limites de norma fixados em 12% para concretos convencionais e 10% para concretos sujeitos ao desgaste superficial. A areia de britagem tipo B apresentou teor de material pulverulento de 11,09%. Analisando os resultados dos ensaios de caracterização física dos agregados graúdos, pode-se verificar que o agregado graúdo possui granulometria na zona utilizável da NBR7211 (2005), na faixa 9,5/25mm. Com relação à massa unitária e inchamento das areias de britagem, conforme pode ser verificado na tabela 1, para cada 1000 litros areia, depois de efetuada a secagem e retirado o inchamento das areias, a areia de britagem do tipo A apresenta um volume de material seco maior (9.4%), sendo esta uma significativa vantagem econômica. Com relação à forma dos grãos, a areia de britagem do tipo A, de grãos mais arredondados, apresentou coeficiente de forma CF = 0,195, enquanto a areia de britagem do tipo B, com grãos mais lamelares, o coeficiente encontrado foi de
CF=0,126. Como não existe um critério normalizado para classificação de agregados miúdos quanto à forma, adotou-se o critério da AFNOR XP P18-540 (1997) para agregado graúdo, que define que o coeficiente de forma deverá ser maior ou igual a 0,2. Para agregados miúdos, não existem na literatura estudos que definam valores limites. Ensaios em Argamassas O estudo realizado em argamassas visou determinar a proporção ideal entre as areias de britagem e natural.
mente inferior, optava-se por misturas que contivessem a maior quantidade de areia de britagem.Como os agregados miúdos compostos possuem massas específicas ligeiramente distintas, é aconselhável que se realize uma correção da curva granulométrica da composição levando em conta essa diferença. Na figura 3 são apresentadas as curvas granulométricas das mesclas contemplando essa correção. As indicações apresentadas na legenda das respectivas figuras correspondem as proporções volu-
sim sendo, o teor escolhido para a dosagem de concreto foi o de 65% pois, além do bom desempenho técnico, seria o melhor sob o ponto de vista econômico. Com relação a areia de britagem tipo B, observou-se que a faixa de proporção ideal, com respeito ao flow, foi entre 25% e 50% de substituição. Ao analisarmos os resultados da resistência à compressão, o melhor teor de substituição foi o de 50%, que levou a uma resistência de 34,28MPa. Entretanto os valores de resistência obtidos com as outras substituições ficaram muito próximos, sendo esta aproximação
O critério para essa escolha foi prioritariamente a consistência medida pelo ensaio de flow table, no qual se fixou a relação água/cimento (quanto maior o flow, mais trabalhável seria a argamassa, conduzindo a uma potencial de economia de cimento no concreto com ela produzido). Paralelamente determinou-se o teor de ar incorporado, a resistência e módulo de elasticidade das argamassas que também serviram de subsídio para a escolha do teor ideal das areias. No estudo, a substituição das areias se deu em volume através do conhecimento de suas massas específicas. Ainda, se proporções distintas da ótima possuíssem um desempenho ligeira-
métricas entre os agregados miúdos. Obteve-se a porcentagem de ar incorporado das argamassas diminuindo-se da unidade o valor da relação entre a massa específica real e a massa específica teórica. Com relação a areia de britagem tipo A, observou-se que a faixa de proporção ideal, com respeito ao flow, foi em torno de 50% de substituição. Se for levada em conta a resistência à compressão, o melhor teor de substituição foi o de 75%, que levou a uma resistência de 41,76MPa. Esse melhor desempenho pode ser creditado principalmente ao baixo teor de ar incorporado na mistura (próximo a zero). As-
de valores creditada ao teor de ar incorporado nas misturas ter se aproximado de um valor médio de 5%. Assim sendo, o teor escolhido para a dosagem de concreto também foi o de 65%, pelas mesmas razões já apresentadas acima. Vale aqui ressaltar que as composições escolhidas se enquadraram nos limites granulométricos da NBR 7211 (2005). Em relação ao módulo de elasticidade, notou-se que a substituição da areia natural por areia de britagem basáltica ocasionou uma diminuição, que foi mais significativa para a areia B. Estranhamente, a maior densidade da areia de britagem tipo B não proporcionou módulos de elasticidade mais elevados.
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Foto 4 - Ensaio Módulo de Elasticidade
Foto 3 - Preparação corpos de prova
Ensaios em concreto Neste item, são apresentados os resultados do estudo de dosagem dos concretos empregando areia natural e as areias de britagem A e B em substituição parcial. Inicialmente, durante o estudo para a determinação do teor ideal de argamassa, adotou-se a proporção
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75% das areias de britagem e 25% de areia natural, considerados os mais promissores sob o ponto de vista econômico e de resistência, determinados no estudo em argamassa. Observou-se que essa proporção não conduzia a bons resultados de trabalhabilidade, pois os concretos apresentavam baixa
coesão. Por tentativas, nessa fase do estudo de dosagem, foi sendo acrescentada areia natural à mistura e chegou-se a uma proporção otimizada no concreto de 65% de areias de britagem e 35% de areia natural. Esses valores poderiam ter sido um pouco mais refinados, pois a areia B conduzia a misturas com menor coesão do que as da areia A, mas considerou-se mais adequado manter as duas proporções iguais para facilitar as comparações realizadas posteriormente. Realizado um comparativo entre os módulos de elasticidade dos concretos elaborados, repetiu-se a tendência já verificada no estudo das argamassas, onde a substituição parcial da areia natural pela areia de britagem tipo A apresentou maior módulo de elasticidade em relação a do tipo B. Os valores de módulo de elasticidade calculados segundo equação prevista na NBR 6118:03 (Eci) aproximam-se bastante daqueles obtidos experimentalmente. Para os traços 1:3,5 e 1:5,0, estas diferenças foram inferiores a 5%. No entanto, para os concretos confeccionados com o traço 1:6,5, todos os valores experimentais foram superiores aos calculados e as diferenças chegaram a 12,1%, em relação ao valor experimental, para a composição 65%AB e 35%AN.
ENGENHARIA Verificou-se também que nem sempre existe linearidade entre a resistência a compressão e o módulo de elasticidade, o que não confirma as prerrogativas da norma NBR 6118 (2003). A seguir, a figura 4 apresenta os dados originadas dos estudos de dosagem da composição de melhor eficiência. Surpreendentemente, os resultados
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obtidos para a resistência a compressão dos corpos de prova foram muito elevados para o tipo de cimento empregado, no caso CP II – Z. O consumo de água para um mesmo traço apresentou correspondência com o coeficiente de forma, não repetindo a tendência da argamassa, isto pode ser atribuído ao fato dos grãos
lamelares produzirem um atrito maior com os grãos de brita do concreto, como pode ser verificado na Tabela 2. Considerando um desvio padrão de 5,5 MPa, conforme recomendações normativas paraconcreto misturado em obra e obedecendo as diretrizes da NBR 6118 (2003) de resistência e durabilidade, foram realizadas algumas comparações entre os concretos estudados. Essas comparações foram realizadas de dados obtidos por meio das equações de ajuste das curvas de dosagem decada concreto. Para uma mesma relação água/cimento, o concreto realizado com a composição de areia natural mais a areia de britagem tipo A apresentou valores de resistência à compressão bem superiores aos demais, repetindo a tendência encontrada no estudo de argamassas, como apresentado na Tabela 3. Com relação ao consumo de cimento por metro cúbico de concreto, a composição de areia de areia natural com areia de britagem do tipo A, também foi a que apresentou melhor desempenho, seguida pelo concreto com 100% de areia natural. Para concretos de maiores resistências observou-se um aumento no consumo de cimento, ficando o concreto de resistência 30 MPa o de maior viabilidade econômica. Assim, fica confirmada a viabilidade técnica e econômica da substituição da areia natural pela areia de britagem, entretanto a areia de britagem do tipo A apresentou melhores resultados em termos técnicos e econômicos, conforme pode ser avaliado na tabela 4, que apresenta um comparativo de custos considerando os preços dos insumos da região de Chapecó-SC. Utilizando-se uma relação água cimento a/c = 0,65 para atender o critério de durabilidade da NBR 6118 (2003)
Quadro de Tabelas
para aquela região, ter-se-iam os custos de materiais para confecção de 1m³ de concreto também apresentados na Tabela 4. O aumento de resistência nos concretos estudados ocasionou um aumento no custo final. Para atender as recomendações da NBR 12655 (1996), a resistência do concreto (fck) , deverá ser maior de 25 MPa para o caso de concreto virado em obra, a tabela 5 apresenta o comparativo de custos final para os concretos analisados na ocasião. Convém salientar que para a areia de britagem do tipo B, o determinante para a utilização foi a resistência, pois com a relação água cimento a/c = 0,65
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não se atingiu o fck de 25 MPa. Finalmente, verifica-se que na substituição de areia natural por areia britagem do tipo A, em concretos usinados, poderão ser utilizados valores de resistência à compressão (fck) maiores, potencializando a capacidade de resistência do concreto, o que ocasionará uma diminuição na quantidade de armaduras no concreto armado e diminuição de custo final. No caso de concreto virado em obra, para seguir as exigências de norma, praticamente descaracteriza-se a vantagem econômica da utilização da areia de britagem, o que evidencia o a influência corporativista das
concreteiras na elaboração das normas técnicas. Conclusões A substituição parcial de areias de britagem pela areia natural, como agregado miúdo na confecção de concretos e argamassas, reduz a demanda de areia natural e, em decorrência diminui a degradação das áreas de exploração; A utilização de areias de britagem do tipo A, de origem basáltica, em substituição parcial à areia natural, permite a elaboração de concretos convencionais mais resistentes e mais econômicos.
ARQUITETURA
Ligth Steel Framing, agilidade e controle orçamentário na construção Arquiteta Karine Milani
Steel Framing é um sistema de construção em quadros de aço leve. Geralmente se refere a um edifício com uma técnica estrutural de aço e colunas verticais, horizontais e vigas, construídas em uma grade retangular em forma de gaiola para apoiar o chão, teto e paredes de um edifício, que são todas associadas ao quadro. O desenvolvimento desta técnica foi feita para a construção desde uma simples casa térrea a um arranha-céu. A palavra Steel indica a matéria prima usada na estrutura: o aço. A inclusão de Light, ou leve, indica que os elementos em aço são de baixo peso uma vez que são produzidos a partir de chapa de aço com espessura reduzida. Também para focar essa característica, muitas publicações usam o termo Light Gauge (gauge é uma unidade de medida, agora quase em desuso, que define a espessura das chapas de metal). Outros designam o aço por Cold Formed Steel, ou seja, aço moldado ou enformado a frio, como referência ao processo de moldagem da chapa através de processos mecânicos à temperatura ambiente, tal como a quinagem ou a perfilagem. O termo Light também lembra que não é necessário utilizar equipamentos e maquinaria pesada na construção. Também ressalta a flexibilidade, dado que permite qualquer tipo de acabamento exterior e interior. Além disso, o próprio peso do edifício é baixo, não só porque a sua estrutura é leve, mas também por que o Light Steel Framing é especialmente vocacionado para edifícios de pouca altura, geralmente edifíios residenciais de até dois ou três pisos em contraste com as estruturas pesadas de grandes prédios de apartamentos. Apesar de serem usados elementos em aço leve galvanizado para fins não estruturais em edifícios de maiores dimensões. Também se emprega a palavra Light para lembrar a facilidade com que os materiais são aplicados em obras de reabilitação de edifícios antigos cujas estruturas, embora pesadas, possuem baixa resistência sísmica. Framing é a palavra usada na língua inglesa para definir um esqueleto estrutu18
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ral composto por diversos elementos individuais ligados entre si, passando estes a funcionar em conjunto, para dar forma e suportar o edifício e o seu conteúdo. A palavra também se refere aos processos usados para interligar os referidos elementos estruturais, sejam em madeira, ferro ou aço galvanizado. De difícil tradução em português (o termo mais aproximado seria caixilharia), tem-se optado por dizer estruturas. Assim, Light Steel Framing poderá traduzir-se por Estruturas em Aço Leve. Aplicação As construções utilizando Steel Framing são comuns na Europa, o sistema que usa esse material permitiu erguer 370m² em seis meses. Muros de arrimo e fundações simples apoiam esta casa nos arredores de São Paulo. Com esse modelo construtivo e as tecnologias disponíveis no mercado nacional, as casas populares podem ser construídas em sério em menos de 10 dias, um prazo impossível de ser cumprido em uma construção convencional. A rapidez na entrega, aliada à qualidade e durabilidade da moradia, é uma solução eficaz para reduzir o déficit habitacional, um dos grandes desafios aos governos das três esferas – municipal, estadual e federal. Importante Para construir uma casa no sistema Steel Framing o terreno deverá estar preparado para receber uma fundação tipo radier ou com uma laje pronta para receber paredes. O telhado também faz parte do sistema. Pode ter a mesma configuração da estrutura em madeira, porém utilizando perfis de aço leve galvanizado. Nas construções utilizando o sistema Steel Framing os acabamentos e fachadas de uma casa são os mesmos usados na construção tradicional. Como utiliza o aço na estrutura de sua construção tem durabilidade de mais de cem anos. O custo na utilização do Steel Framing é bem competitivo e mais vantajoso quando se trata de tempo de obra, custo financeiro, antecipação de uso e receita, entre outros.
AGRONOMIA
Avaliação de Propriedades Rurais Engenheiro Agrônomo Especialista em Geotecnia e Avaliação de Propriedades Rurais Jacir Corato CREA-SC 14.418-8
Coautora Formanda em Agronomia pela UFRGS Julia Cristina Corato
A avaliação de propriedades rurais tem como principal objetivo identificar o valor da terra nua (VTN), ou seja, o valor dos bens sobre ela não é levado em consideração, conforme o INCRA determina através da IN 08/93 em seu anexo II, item 4.1: “Considera-se terra nua a terra com suas acessões naturais, nos termos dos artigos 43, inciso I, e 64 do Código Civil. Entende-se portanto, por acessões naturais tudo o que se encontra incorporado à terra sem a intervenção do proprietário”. Para realização de laudo técnico é necessário seguir as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas- ABNT, 2005, a Norma Brasileira-NBR 14.635-1, Avaliação de bens parte 1 procedimentos gerais e a NBR 14.635-3, 2004, Avaliação de bens parte 3 – Imóveis rurais - que preveem todas as diretrizes para que o órgão solicitador aceite o laudo técnico. Os requerimentos podem partir: do INCRA, para desapropriação de uma área; da Receita Federal do Brasil, para avaliação para imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR); de uma petição judicial, para fins de penhor; de demanda de proprietários, para avaliação de venda futura; entre outros.
Requisitos para avaliação No envolvimento de vários profissionais o laudo torna-se multidisciplinar da engenharia, porém, preferencialmente, o profissional habilitado a realizar a avaliação é um engenheiro das agrárias, pelo conhecimento específico em itens imprescindíveis no relatório técnico. O registro no CREA do Estado atuante é obrigatório, para a emissão da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Porém, é indispensável que o profissional aprofunde o conhecimento nas normas da ABNT - NBR que regem o documento, para não ficar exposto a erros na determinação dos indicadores agronômicos e nos cálculos tornando o laudo conclusivo, com o VTN confiável. O engenheiro avaliador basear-se-á em três pilares: no diagnóstico da propriedade - levando em consideração a topografia, classe textual, classificação do solo e acesso a propriedade; na qualidade das amostras - similaridade com o imóvel avaliando dentro de uma mesma microrregião, levando em consideração o tipo de solo, clima e logística de mercado; e por fim, no número de amostras - importante para obter o máximo de amostras válidas na realização dos testes estáticos que permitirão a confiabilidade
dos dados. As amostras obrigatoriamente são de órgãos respeitados e idôneos, como: Prefeituras Municipais, tabelas de ITBI; cartório de registro de imóveis, com matrículas atualizadas, onde está o valor da comercialização do imóvel; e imobiliárias com contratos de compra e venda; entre outras. Todos os dados coletados devem ter a mesma analogia ao imóvel avaliado. Para confiabilidade dos dados é necessário realizar as visitas no imóvel avaliado, fazendo o registro fotográfico, com imagens representativas, para o embasamento visual do laudo (figura 1), tirar amostras de solo, abrir trincheiras para classificar o solo, fazer o caminhamen-
to na área, estudar a topografia e fazer o mapa representativo da propriedade (figura 2). Além disso, é indispensável conhecer as mesmas características nas amostras e avaliar pessoalmente as propriedades, para trazer confiabilidade na comparação com o imóvel avaliado.Para realização de uma avaliação verdadeira é necessária a utilização de métodos estatísticos para chegar a um valor coerente, dentre eles: método de avaliação expedita, método de renda, método involutivo e o método comparativo direto de dados de mercado, que é o mais utilizado e indicado para cálculo de VTN,
Figura 1: registro fotográfico da propriedade
Figura 2: Mapa da propriedade
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pois compara os imóveis amostrados com o avaliado. A homogeneização dos dados é realizada através de índices agronômicos para cada amostra, sendo eles: a capacidade de uso do solo e acesso a propriedade (Conforme a tabela abaixo). Porém, o valor das amostras deve ser corrigido com o variável tempo e não com índices cambiais. Grau de fundamentação É de suma importância seguir todos os passos e os requisitos da norma, pois o grau de fundamentação é um parâmetro a ser analisado quanto à confiabilidade do laudo de avaliação, para evitar futuras contestações judiciais. Este artifício é obtido através da conformidade de itens determinados pela NBR 14.653, com pontuações diferentes, que ao somarem-se atingirão tal escala, variando de I até III. Quanto maior o grau de fundamentação, mais verossímil torTabela 1: Tabela de índices agronômicos
na-se o laudo. Conclusão O laudo final precisa ser coerente, adequado para cada caso, ou seja, cada um é único e precisa ser estudado com cautela, pois um erro cometido pode levar à perda da credibilidade do engenheiro avaliador. O conhecimento técnico e cientifico é um caminho longo, porém intransponível para a qualidade da avaliação de uma propriedade rural. A realização de uma avaliação é uma tarefa árdua, entretanto, satisfatória, pois envolve muitos conhecimentos que devem ser compilados em um único relatório. O campo de trabalho está aberto e poucos profissionais envolvidos, porém é necessária informação científica e em várias áreas da engenharia, necessitando de um investimento complexo em ciências agrárias.
AGRONOMIA AGRONOMIA
Crédito Rural para elevar níveis de produtividade e melhorar a vida dos produtores Engenheiro Agrônomo José Carlos Paiva Filho CREA-SC 005397-3
A institucionalização do crédito rural se deu pela Lei nº 4829 de 05 de novembro de 1965, com o objetivo de estimular o incremento ordenado dos investimentos rurais, inclusive para armazenamento, beneficiamento e industrialização dos produtos agropecuários, quando efetuados por cooperativas ou produtor na sua propriedade rural; favorecer o custeio oportuno e adequado da produção e a comercialização de produtos agropecuários; possibilitar o fortalecimento econômico dos produtos rurais, notadamente pequenos e médios e incentivar a introdução de métodos racionais de promoção visando ao aumento da produtividade e a melhoria do padrão de vida das populações rurais e à adequada defesa do solo. Para alcançar o objetivo, a lei criou algumas modalidades de operações de crédito, das quais destacamos: Crédito Rural Corrente, para produtores de capacidade técnica e econômica reconhecidas; e Crédito Rural Orientado, com 22
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assistência técnica prestada pelo financiador, diretamente ou através de entidades especializadas em extensão rural, com o objetivo de elevar os níveis de produtividade e melhorar o padrão de vida do produtor e sua família. O Crédito Rural Corrente passou a ser o Crédito Rural de Balcão Atual, mais utilizado por ser com recurso subsidiado, sem sequer atentar se o tomador de crédito é possuidor de capacidade técnica para aplicar o recurso na atividade proposta, seja custeio, investimento, armazenamento ou comercialização, podendo ainda registrar o instrumento de crédito junto à instituição financeira, de acordo com o Provimento Nº 08 de 2005 da Corregedoria de Santa Catarina, declarando que a operação não necessita de projeto. Entretanto, para validar a operação de crédito é necessário pelo menos um orçamento analítico, que tem como objetivo avaliar e calcular os gastos para a realização da atividade, seja de custeio, investimento ou outra atividade afim.
Portanto está caracterizada uma atividade técnica nesta operação, o que exige a participação direta de um profissional com habilitação. O Crédito Rural Orientado deveria ser, então, a opção certa, pois é o crédito com assistência técnica e todo o suporte ao tomador, para a correta aplicação do recurso financeiro. Entretanto, o que se percebe é um verdadeiro descaso com a liberação e utilização de recursos, que deveria ter o acompanhamento de entidades especializadas em extensão rural, afim, efetivamente, de elevar os níveis de produtividade e melhorar o padrão de vida do produtor e de sua família. Hoje, na maioria das vezes, o que está acontecendo é que os projetos estão sendo executados por entidades que dizem representar os produtores rurais, mas que não atendem o exigido na no Art. 59 da Lei Nº 5.194 de 24/12/66, que exige das entidades e profissionais o registro junto aos Conselhos Regionais de classe. Desta forma, o que encontramos são projetos realizados por pessoas leigas, treinadas para atender as exigências das instituições de crédito, com a conivência de alguns profissionais da área atuando como despachantes de crédito rural, sem nunca ter elaborado um projeto técnico, fazendo com que o crédito rural, e mais uma vez os recursos subsidiados, não alcancem na pleni-
tude o objetivo proposto . Um exemplo claro foi a forma de contratação dos recursos da Resolução do Banco Central nº 4.112 de 10 de julho de 2012, que determina no item II que haja um projeto técnico que recomende qual a finalidade da aplicação do recurso, porém o que presenciamos são projetos sendo elaborados via despachante de crédito, que resultaram na má aplicação dos recursos, pois um dos grandes objetivos da aplicação destes recursos era para prática de uso, manejo e conversação do solo e da água, no período agrícola 13/14 , mas que com apenas 30 dias de estiagem constatou-se que o desastre já foi o mesmo. Diante disso, constata-se a necessidade da contratação de profissional habilitado e capacitado para a elaboração dos projetos afim de serem utilizados para a liberação do crédito e o acompanhamento da aplicação dos recursos como previsto na legislação vigente, tornando o agronegócio muito mais competitivo, com produtividade melhor e padrão de vida do produtor rural mais elevado. Nota-se a necessidade do Conselho Monetário Nacional fazer valer a sua atribuição, uma vez que lhe cabe dentro da lei disciplinar o crédito rural ou até a Procuradoria da Justiça Federal, por se tratar de recursos subsidiados, investigar como nosso dinheiro está sendo tratado.