Revista Corpo & Saúde - Edição 19

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Ano II- Nº 7 - Janeiro/2015

FÉRIAS DE

VERÃO

Atividade Física Alimentação

Dicas para manter um coração saudável - Pág. 18

Programar atividades ajuda a manter boa saúde - Pág. 20

Os idosos e o sol

Os benefícios que o calor traz para a terceira idade - Pág. 16

VALOR SUGERIDO

67399400

R$ 10,00 CORTESIA

Tratamento oncológico

Alimentação adequada para amenizar o desconforto do tratamento - Pág. 12



Você sonha? Entenda um pouco mais sobre os sonhos Eliandra Solivo - Psicóloga

O ser humano, sedento por saber sobre suas origens e seu futuro, está sempre a espreita de respostas. A sensação de não compreender o mundo ao seu redor lhe causa ansiedade, medo, angústia, fantasias sobre o que não pode dominar e entender. Um simples sonho, por exemplo, pode causar grandes preocupações. Por isso, entender sobre os sonhos sempre suscitou curiosidade. O que de fato são eles e qual sua origem? Por que você sonha? Por que o sonho, na maioria das vezes, é confuso e repleto de imagens e situações inusitadas, engraçadas e até sombrias? O que o sonho significa na vida cotidiana das pessoas? Essas questões não são apenas suas, mas da maioria das pessoas que sonha e não entende o seu significado. A atividade onírica é constante em todos os seres humanos, pode compor-se de simples imagens ou de situações enigmáticas, situações triviais do cotidiano, assim como de contextos totalmente confusos ou surreais. O fato é que nem sempre é possível lembrar de um sonho. A análise dos sonhos, como tema de interesse desde a antiguidade, é alvo de estudos de diferentes referenciais teóricos e científicos. O desejo de dar significado e interpretar os sonhos, desse modo, é algo que rompe barreiras culturais. Antigamente, os sonhos foram alvo de interpretações sobrenaturais, místicas, mas com o passar do tempo, da própria relação do homem consigo mesmo e com o meio externo. Sabe-se, a partir de autores renomados da Psicanálise, entre eles Sigmund Freud, que a interpretação dos sonhos não está baseada em seu conteúdo manifesto, ou seja, numa leitura das imagens do sonho, ou dos elementos conscientes. Vamos entender os sonhos como o resultado de um trabalho entre imagens que se associam e tentam demonstrar algo a quem está sonhando, como se uma escrita por imagens. Desta forma, o conteúdo do sonho não pode ser entendido literalmente como se apresenta, ele é resultado de aspectos inconscientes. Tais aspectos, desejos e sentimentos reprimidos, podem, por intermédio dos sonhos serem interpretados. É importante entender que o aparelho psíquico é formado por diferentes instâncias,

consciente, pré-consciente e inconsciente, vamos entender a primeira e a última. O consciente diz respeito a tudo a que você tem ciência com relação ao mundo e a si mesmo. O inconsciente é composto de conteúdos reprimidos e censurados, do quais não há acesso pela consciência, forças instintivas, pulsões, os determinantes de sua personalidade e aparecem, entre outra situações, nos sonhos. De fato, os sonhos podem ser entendidos como uma linguagem inconsciente e por isso bem confusa, pois esta instância psíquica não funciona com a mesma lógica das coisas que são conscientes. No sonho existem conteúdos manifestos e latentes, aquilo que se vê nitidamente e também é recordado e aspectos que devem ser interpretados, pois são inconscientes. Para um sonho ser interpretado à luz da Psicanálise é necessário procurar um profissional da área, psicanalista, psicólogo, que de forma correta possa abordar o assunto. A Psicanálise não entende o sonho como uma previsão do futuro, algo místico, mas como uma representação metafórica de questões inconscientes, desejos dos mais diversos que foram reprimidos, escondidos de você, pois fogem às regras e preceitos culturais, morais, religiosos dos quais sua criação foi pautada. É possível que algo inconsciente, diga tanto a seu respeito? Talvez o sonho, tão estranho e ao mesmo tempo real, seja a prova de que o que você pensa sobre você, não é tudo. Durante o sono, você fica mais suscetível às forças inconscientes que lhe movem e fazem um ser único e diferente de todos. Por isso, não tema sonhar, procure entender o que o sonho diz sobre você. Bons sonhos! Eliandra Solivo Psicóloga CRP - 12/11144 • Janeiro 2015 • 3


EDITORIAL Verão, ah verão! Verão estação das férias. Viajar, aproveitar o tempo livre, descansar. Praia, campo, piscina ou simplesmente ficar em casa sem fazer nada. Verão é tempo de desligar de tudo aquilo que fazemos rotineiramente o ano todo, mas principalmente, é tempo de novas experiências. O verão é uma estação que propicia mais festas, mais idas à restaurantes e bares. E justamente por ser um período em que deixamos de lado a rotina que relaxamos no cuidado da alimentação e da saúde. Geralmente voltamos “mais gordinhos” das férias e, por mais incrível que possa parecer, mais cansados. Voltar à rotina de alimentação adequada e atividades físicas regulares é sempre muito difícil. Por isso, nesta edição da revista Corpo & Saúde, trazemos algumas dicas para que o verão seja uma estação de muita alegria, sem prejuízos ao corpo e à saúde. A preparadora física Claudia Barcarol alerta que nas férias o ritmo das atividades físicas costumam diminuir e a alimentação fica sem controle, por isso dá dicas sobre algumas atividades físicas que podem ser desenvolvidas durante as férias; a cardiologista Marines Peres e a nutricionista Ligia Bariston falam sobre os

alimentos que trazem benefícios para o coração com sugestões de alimentos saudáveis que fortalecem o coração e a geriatra Bernardete Michelin Machado explica sobre os benefícios e riscos do calor do verão para as pessoas da terceira idade. Ainda falando sobre alimentação, a nutricionista Karlla Filappi orienta sobre a alimentação adequada para pacientes oncológicos, que ajudam a amenizar os efeitos colaterais durante o tratamento. A ortopedista Aira Brandelero fala sobre a cervicalgia, ou dor na coluna cervical, uma das queixas mais comuns nos consultórios médicos, suas principais causas, sintomas e tratamentos; a psicóloga Eliandra Solivo explica o que é o sonho e porque sonhamos e por fim, a enfermeira Cleide Toniollo, especialista no tratamento de feridas, fala sobre os cuidados com as lesões para uma melhor cicatrização. Temos ainda a coluna Papo de Mulher, onde a ginecologista Mara Kurtz Gritti responde as perguntas enviadas pelas nossas leitoras. É verão! Aproveite! Cuide do seu corpo e da sua saúde! Boa leitura! Corpo & Saúde.

EXPEDIENTE REVISTA CORPO & SAÚDE VSD MARKETING E COMUNICAÇÃO CNPJ 15.401.901/0001-62 - Inscrição Estadual: Isenta Rua Barão do Rio Branco, 735 - c 14 Bairro Matinho - Xanxerê-SC Telefone (49) 3433-4596

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Diagramação VSD Marketring e Comunicação


Mara T. Kurtz Gritti Ginecologista

O Papo de Mulher desta edição responde a perguntas de mulheres em diferentes fases de suas vidas. A adolescente que já começa a se preocupar com os cuidados da saúde feminina e a importância da aplicação da vacina contra o HPV; a mulher que possui uma vida sexual ativa e utiliza como método anticonceptivo a pílula, um dos métodos mais utilizados, mas que ainda é motivo de muitas dúvidas; questionamentos sobre exames corriqueiros; e a mulher que começa a enfrentar os sintomas da menopausa. Todas as perguntas são excelentes formas de esclarecimentos para todas nós, então, confira as respostas da ginecologista Mara Kurtz Gritti. Sem esquecer, suas perguntas podem ser encaminhadas para o e-mail papo_de_mulher@yahoo.com.br. Sua pergunta será respondida e sua identidade preservada. Leitora - Fiz a primeira dose da vacina contra o HPV e estou em dúvida quanto a fazer a segunda dose por conta das notícias de reações veiculadas na mídia. Quanto tempo pode ser esperado entre a primeira e a segunda dose e quais as suas considerações sobre as notícias das reações da vacina? Dra. Mara - A vacina do HPV é realizada nos sistemas público e privado. No público, sendo a primeira dose, após seis meses a segunda dose, e em cinco anos a terceira dose; no sistema privado é realizada com intervalos de 60 dias entre a primeira e segunda dose e seis meses a terceira dose. Quanto aos efeitos adversos apresentados por algumas pacientes que realizaram a vacina , não foram comprovados que estivessem realmente sido desencadeados por ela, portanto, o benefício da vacina é superior aos efeitos adversos. Leitora - Antes de terminar a cartela do anticoncepcional inicia um ‘sangramento escuro’ em pequena quantidade. O que está ocorrendo? Será que estou tomando a pílula errada, é só uma reação do meu organismo ou tenho algum problema? Dra. Mara - Existem várias causas para os escapes, que são pequenos sangramentos em vigência do uso de anticoncepcionais. Essas causas vão desde esquecimento da medicação, interação medicamentosa com outras substâncias, problemas ginecológicos como miomas ou cistos de ovários, endometriose...Mas doenças orgânicas como problemas hepáticos, tireoidianos , renais ou de coagulação podem também ser responsáveis por sangramentos. Leitora - Tenho 54 anos e faz três meses que parou a minha menstruação. Não posso nem fazer uma maquiagem, me sinto com vergonha de tanto calor e suador, fico com o rosto vermelho. Gostaria de saber o que posso tomar porque não aguento mais os calorões, me sinto mal

(dor de cabeça e tonturas)? Dra. Mara - A menopausa é uma fase de vida que muitas mudanças ocorrem no organismo de uma mulher, tanto físicas quanto do ponto de vista emocional. Os temidos calorões são desencadeados por diminuição do estrógeno, um hormônio que é naturalmente produzido pelas mulheres e que sua falta desencadeia os sintomas da menopausa, como fogachos (calorões), vagina e pele secas, maior risco de osteoporose, perda do cognitivo e alterações da libido. É preciso uma avaliação médica para saber se a mulher não apresenta nem um fator de contraindicação para o tratamento de reposição hormonal, pois os hormônios são medicamentos que podem ter algumas restrições para seu uso e por isso devem ser prescritos por um médico.

Leitora - Após a realização do preventivo, sempre sinto cólicas. Pode acontecer de ter ficado machucado? Porque isso acontece? Dra. Mara - A coleta do preventivo é feita com uma espátula, onde é coletado material da ectocérvice e com uma escova onde é coletado material da endocérvice, que são as duas partes do colo uterino, quando ocorre uma manipulação do colo do útero, principalmente com a coleta da escova, é normal uma sensação de cólica, mas esta normalmente é transitória e apenas relacionada ao momento da coleta. Mara T. Kurtz Gritti - CRM 7680 Ginecologista e Obstetra RQE 9761 Mastologista RQE 9493

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Cervicalgia: campeã de queixas em consultórios ortopédicos Aira Brandelero Ortopedista e Traumatologista

A cervicalgia, ou dor na coluna cervical, é uma das queixas mais comuns em consultórios ortopédicos, perdendo apenas para a lombalgia e algumas tendinites. A coluna cervical localiza-se no pescoço, é composto por sete vértebras (ossos) intercaladas pelos seus discos correspondentes, medula espinhal (tecido nervoso), ligamentos, musculaturas, vasos e nervos. Por ser um segmento da coluna vertebral que tem grande mobi• Janeiro 2015 • 06

lidade, a coluna cervical é acometida por patologias relacionadas aos movimentos, fato que será esclarecido na sequência. As doenças mais frequentes que podem causar dor na coluna cervical são: contraturas musculares (torcicolo espasmódico), espondilose/artrose cervical (desgaste osteo-articular), estenose cervical (estreitamento do canal vertebral, também por estreitamento oste-disco articular), hérnia

de disco cervical (deslocamento do disco do seu espaço habitual), doenças reumatológicas/inflamatórias (exemplos mais comuns: artrite reumatoide e espondilite anquilosante), neoplasias (comumente metastáticas) e traumatismos (exemplo chicote cervical em acidentes automobilísticos). Existe uma correlação importante entre dor cervical e a atividade que o indivíduo desempenha (sua profissão ou seu lazer), pois a coluna cervical pode estar mal posi-


cionada durante horas, acarretando uma cervicalgia de origem mecânico postural. Algumas profissões podem ser citadas como mais susceptíveis à patologias cervicais, por exemplo, motorista: pela postura inadequada e pelo estresse do trânsito; costureira: muito comum desenvolverem artrose cervical; usuários de computador (todos nós, hoje em dia); alguns operários que trabalham com a coluna cervical flexionada. Pessoas sedentárias habitam um outro grande grupo de risco para patologias cervicais, pois uma boa musculatura (adquirida através de exercícios físicos) é a chave para manter uma boa postura

cervical e evitar as dores no local. A idade do paciente é um fator importante a ser levado em consideração pois, a medida em que envelhecemos somos acometidos por doenças degenerativas como a espondiloartrose cervical (onde podemos observar os famosos bicos de papagaio nos exames de imagem) mais comum após os 40 ou 45 anos; as discopatia degenerativas e hérnias discais acometem indivíduos entre os 20 e 45 anos. É importante ressaltar que nem sempre estas patologias serão sintomáticas, já que podem ser apenas sinais de envelhecimento.


Diagnóstico e tratamento Após anamnese e exames físicos minuciosos do local acometido, o médico optará por iniciar o tratamento imediatamente, por exemplo, nos casos em que diagnosticados dor de origem muscular, com analgésicos e/ou antiinflamatórios, calor local, fisioterapia, uso de colar cervical e outros. Quando a suspeita recai sobre patologias mais complexas, o médico pode utilizar-se de exames complementares como: raio-X, tomografia computadorizada, ressonância magnética, exames laboratoriais específicos e outros. Se, através dos exames complementares, chega-se a conclusão de que estamos diante de hérnia discal cervical e não há sinais e sintomas neurológicos (sinais de compressão medular e/ou radicular) o tratamento é conservador com medicação analgésica, calor local, colar cervical, fisioterapia e repouso relativo, se necessário;

se existirem sinais neurológicos esta hérnia pode ser cirúrgica. Uma boa notícia é que a hérnia pode regredir ou estabilizar e em algum tempo, o paciente nem lembrar que foi acometido pela doença. Já a espondiloartrose cervical não regride, pois

Má postura para assistir televisão, ler e usar o computador

Quando é identificado que a cervicalgia é de origem postural, o médico tentará corrigir a causa, orientando o paciente. Para o uso correto do computador, a orientação é que o monitor fique posicionado na altura dos olhos; a cadeira usada deve ser ergonômica, possibilitando que o paciente encoste toda a sua coluna dorsal e lombar e • Janeiro 2015 • 08

que a coluna cervical fique reta e bem posicionada; e para pés e braços a recomendação são apoios adequados. Para evitar cervicalgia, a posição que a pessoa escolhe para dormir também é importante. Dormir de lado, com as pernas ligeiramente flexionadas, é a melhor posição; ou se dormir de barriga para cima, a orien-

trata-se de alteração óssea, pode ser cirúrgica em casos avançados onde há compressão medular ou de raiz nervosa, mas a maioria dos casos trata-se conservadoramente, como na hérnia de disco, e pode tornar-se assintomática por algum tempo após tratamento adequado. tação é colocar outro travesseiro embaixo dos joelhos para deixá-los levemente flexionados. Outra dica importante para evitar a dor na coluna cervical é não ler nem usar notebook deitado na cama. O recomendado é posicionar o livro ou o notebook em uma mesa, de forma confortável. Não é aconselhado assistir televisão deitado em braço de sofá ou na cama, e sim sentado em poltrona ou cadeira adequada. A causa mais comum de cervicalgia são as causas mecânico posturais, ou seja, aquelas que mesmo fazendo todos os exames não será encontrada patologia responsável por ter desencadeado aquela dor, mas é preciso tratar de qualquer forma, então, depois do alívio da dor, aquele paciente deve ser encaminhado para um exercício adequado que fortaleça e alongue a musculatura para que ele se mantenha bem depois disso. O exercício físico manterá o paciente bem, evitando que ele tenha recaídas daquele problema.


Dúvidas sobre colchão e travesseiro Uma dúvida comum de muitos pacientes recai sobre o uso do colchão e do travesseiro, entretanto, a escolha de ambos é algo muito particular, então, o indicado é que cada pessoa possa experimentar para saber o que melhor se adequará antes de adquirir o produto na loja. Peça para dormir no colchão alguns dias, se não se adaptar devolva ou troque por outro. Para o bom uso do colchão, é importante alertar que o produto possui prazo de validade, e deve ser trocado a cada oito ou dez anos de uso, dependendo da durabilidade indicada pelo fornecedor. Não há como indicar determinado colchão. A orientação é que a pessoa escolha o produto considerando a densidade da espuma correspondente ao seu peso, lembrando que existe uma

tabela com essas informações. Outros fatores que indicam a hora de trocar o colchão são: quando o próprio usuário percebe que o produto já está desconfortável, ou quando há ondulações na espuma, mesmo quando não tem ninguém sobre ele. Mas, nem sempre o problema é o colchão, então, se ele é novo, está adequado para aquele peso, ou é um colchão de mola ou mesmo o ortopédico (aquele que tem uma madeira e uma camada de espuma), e se antes você se adaptava bem, ele não está com problema nenhum e você está com desconforto, pode ser que sua coluna esteja sofrendo por algum outro motivo. Sobre o travesseiro, para optar pelo melhor produto, é preciso observar que, quando a posição escolhida para dormir é a

lateral, a altura tem que ser a distância entre a orelha e o ombro, e um pouco mais baixo quando a pessoa possui o hábito de deitar de barriga para cima. Uma recomendação importante é nunca dormir de barriga para baixo, pois toda a coluna vertebral fica mal posicionada.

Aira Brandelero - CRM 8295 Ortopedista e Traumatologista RQE 7903


Tratamento de feridas. Como deve ser? Informe Publicitário Cuidar de feridas sempre pareceu ser algo muito simples. Tão simples que dificilmente era prioridade no tratamento do paciente. Qualquer pessoa podia fazer o curativo e utilizar o que tinha disponível. Não se dava a devida importância à técnica e a outros fatores associados. Hoje sabemos que vários fatores interferem no processo de cicatrização e que o mercado dispõe de uma variedade de produtos que podem ser utilizados com sucesso tanto na prevenção quanto no tratamento dessas. Ferida é qualquer interrupção na continuidade da pele, que afeta sua integridade, pode ser superficial ou profunda, simples ou complexa, aguda ou crônica de causas variadas. As feridas agudas são causadas por fatores externos ao organismo humano, como as lesões acidentais, que ocorrem por traumas físicos, químicos ou biológicos e, ainda, aquelas que são produzidas por incisão cirúrgica. As crônicas são produzidas por fatores internos, como doenças vasculares e metabólicas, pressão, infecções e neoplasias. Dentre os tipos mais comuns de feridas encontra-se as úlceras vasculogênicas, também conhecidas como úlceras de perna, porque resultam do comprometimento do sistema vascular, que acomete as extremidades inferiores. Estes são responsáveis por mais ou menos 70-80% das feridas dos membros inferiores. Podem surgir de forma espontânea ou traumática e possuem tamanhos, formas e profundidades variadas. Existem ainda outros fatores que determinam maior incidência destas úlceras venosas, como, por exemplo envelhecimento, obesidade, número de • Janeiro 2015 • 10

gestações e hereditariedade. Elas também podem surgir simultaneamente em pacientes com insuficiência arterial, neuropatia, linfedema, artrite reumatoide, osteomielite crônica, anemia falciforme, vasculites, tumores cutâneos e doenças infecciosas crônicas como a leishmaniose e a tuberculose. Cabe salientar que as úlceras venosas influenciam diretamente a qualidade de vida dos pacientes, sendo que os principais impactos negativos relacionados a essa condição se

Cleide Luciana Toniollo Enfermeira - COREN/SC 122642 Especialista em Estomaterapia; Mestre em Envelhecimento Humano; Membro da Sociedade Brasileira de Estomaterapia; Enfermeira Estomaterapeuta responsável pelo serviço de feridas da Pró Circulação Dr. Eduardo S. Da Matta.

referem à dor e função física prejudicada. Nesta lógica, é relevante destacar que, quadros depressivos podem estar relacionados à úlcera venosa, principalmente pelas características das lesões, visto que são feridas exsudativas, com odor forte e por isso influencia de maneira importante o convívio social, aumentando o isolamento destes pacientes. É comum na nossa prática clínica atendermos pacientes com feridas aberta há trinta, quarenta anos. Geralmente estes pacientes relatam situações muito semelhantes, como, histórico de consultas por diversos profissionais da saúde, privação de lazer, isolamento, juventude perdida devido ao tempo da presença da lesão. Estes pacientes também relatam abandono do trabalho devido a indicações e orientações, como repouso e elevação das pernas. Alguns destes pacientes já chegam ao nosso serviço desacreditados de que é possível cicatrizar a ferida. Mas a boa noticia é que com o desenvolvimento de novas tecnologias, pesquisas e profissionais cada vez mais capacitados e habilidosos, é possível tratar essas lesões, sem alterar a rotina de trabalho e, desta forma, melhorar a qualidade de vida. Portanto, levando em consideração todos esses fatores, o tratamento de feridas deve ocorrer de forma individualizada, a avaliação e o tratamento da lesão devem ser realizados por uma equipe interdisciplinar, tantos quantos profissionais forem neces-


sários, cada profissional ocupando-se de sua área específica, mas também se preocupando com o que acontece paralelamente, de forma que o tratamento seja global, integrativo, interativo e humanizado, pois é fundamental a troca de informações. Destaca-se como fundamental também que a avaliação da ferida seja realizada por um profissional capacitado ou especialista em feridas, o Estomaterapeuta, levando-se em conta a etiologia da ferida, a evolução do quadro até então, a existência de comorbidades no paciente, a ocorrência de fatores que impliquem alterações no prog-

A PRÓ CIRCULAÇÃO, sob a direção do Dr Eduardo S. Da Matta, desenvolve um serviço de excelência na reabilitação do sistema linfático com drenagens linfáticas supervisionadas pelo mesmo, tendo resultados semelhantes ao serviço do Dr Godoy, que apresenta os melhores resultados já publicados na literatura mundial. Importante enfatizar que a técnica de Godoy, a utilizada na PRÓ CIRCULAÇÃO e supervisionada pelo Dr Eduardo S. Da Matta, também apresenta resultados surpreendentes, publicados em revistas

nóstico, as características físicas da ferida, a disponibilidade de recursos para tratamento, a contra-indicação (por alergia ou intolerância) de algum elemento empregável no tratamento e a própria possibilidade de o paciente viabilizar os tratamentos sugeridos ou propostos pelos profissionais de saúde que o tenham avaliado. Desta forma, conclui-se que é necessária uma avaliação abrangente com o envolvimento de todos os profissionais necessários para assim traçar a terapia de tratamento adequada para cada tipo de lesão.

científicas nacionais e internacionais, quando utilizadas no tratamento pós operatório de cirurgias ortopédicas, plásticas, gestantes e até mesmo no tratamento estético das celulites, o qual é assunto de um livro escrito por ele (Dr Godoy) e dedicado exclusivamente para este assunto. Tratamento este realizado de uma forma médica e baseado em resultados científicos. Também é objeto de estudo e já comprovado pelo seu serviço o enorme benefício quando utilizada em pacientes na vigência de artrites.


Alimentação adequada no controle de efeitos colaterais do tratamento oncológico Nutricionista Karlla Filappi

A alimentação é importante em todas as fases de nossa vida, quando estamos saudáveis ou doentes. O paciente com câncer deve ter um cuidado especial com a sua alimentação. Alguns tipos de tratamento para o câncer como cirurgia, quimioterapia, radioterapia e outros, podem deixar seu corpo enfraquecido, cansado além de causar dificuldades alimentares. Uma alimentação adequada pode ajudar a amenizar os efeitos colaterais do tratamento oncológico, contribuindo para o seu bem-estar. O indivíduo • Janeiro 2015 • 12

desnutrido tem mais chances de enfrentar dificuldades durante o tratamento. O tumor e o tratamento fazem o metabolismo da pessoa gastar mais energia e, ao mesmo tempo, perder o apetite, o que pode provocar desnutrição. Junto a essa dificuldade, o tratamento pode causar náuseas, diarreia, falta de salivação, alteração no paladar e dificuldade de mastigar e digerir os nutrientes. A fim de diminuir esses efeitos, os cuidados na escolha dos alimentos e na forma de realizar as refeições devem ser redobrados.

O uso da via oral, com ou sem suplementos nutricionais orais, deve ser estimulado. A terapia nutricional enteral ou parenteral pode ser indicada. Logo, a intervenção nutricional deve fazer parte da terapia oncológica, a fim de melhorar a qualidade de vida dos pacientes e oferecer boas condições clínicas durante o tratamento curativo ou paliativo do paciente com câncer. Apresentamos aqui o que especialistas em nutrição oncológica recomendam para garantir todos os nutrientes necessários e ter um corpo de forma integral mais preparado para superar essa doença


Varie o cardápio Com a falta de apetite e os demais sintomas, um grande desafio para quem está tratando o câncer é readquirir o prazer de comer. O tumor aumenta a produção de citocinas (mecanismo do sistema imunológico), que avisam ao cérebro que precisamos comer menos. Para combater o tumor, o organismo também aumenta a produção de citocinas, diminuindo ainda

mais o apetite. O segredo é variar bastante o cardápio, com opções que o paciente goste, para que a alimentação não fique nauseante e ele tenha prazer em comer.

Considere a suplementação Como a doença eleva o consumo de energia pelo corpo, a alimentação precisa ser mais reforçada e o uso de suplementos (desde que recomendados por um médico ou nu-

tricionista) pode fazer a diferença. Costumamos indicar suplementação quando há desnutrição ou algum risco nutricional. A desnutrição acontece quando o paciente está perdendo muito peso. Já os riscos nutricionais englobam uma perda de peso muito rápida (por exemplo, perder 10% do peso em 30 dias), uma ingestão inadequada (comer menos de 70% do que precisa durante muitos dias) ou casos de tumores localizados na cavidade oral e na região abdominal. Se você come menos do que precisa durante muito tempo, o organismo desenvolve um processo de compensação, ou seja, reduz o gasto energético e diminui o apetite. É nesses casos que a suplementação pode ser útil para tentar fazer com que o corpo volte à situação normal e o apetite melhore.


Fracione bem as refeições

Boca Seca

A recomendação de comer pouco várias vezes ao dia é muito importante para pacientes com câncer. Fracionar as refeições e comer devagar, mastigando bem os alimentos, ajuda tanto a diminuir as náuseas quanto melhorar o apetite. É prudente que alimentos muito quentes sejam evitados, já que eles aumentam a sensação de náusea.

Evite comer alimentos secos. Opte por alimentos naturalmente mais úmidos. Prepare a comida com caldos ou molhos. Se não houver aftas, chupe balas, picolés duros ou gelo, que ajudam a produzir mais saliva. Atenção redobrada à higiene oral

Inclua fibras solúveis na alimentação

A diarreia durante o tratamento pode acontecer por diversas causas - intoxicação medicamentosa, desnutrição, morte das células do intestino, infecção intestinal e até falta de uma proteína chamada albumina no sangue. Recomenda-se comer fibras solúveis, presentes em frutas como maçã, pera, banana maçã e goiaba sem casca, já que elas estimulam a produção de células intestinais e melhoram a imunidade do intestino.

Uma boca limpa pode até mesmo melhorar a náusea. A quimioterapia e a radioterapia reduzem a capacidade de regeneração das células das mucosas e deixam a cavidade oral e o trato gastrointestinal com muitas células mortas ou envelhecidas. Isso provoca perda da percepção do gosto dos alimentos e aumenta a sensação de náuseas. Além disso, a higiene bucal ajuda a evitar o aumento de bactérias na boca, que fica menos protegida devido à diminuição da salivação provocada pelo tratamento. A saliva tem função bactericida sobre determinados grupos de micro-organismos. Recomenda-se higienizar bem os dentes com uma escova macia e fazer bochechos com substâncias bactericidas.

Realce o Paladar

Hidrate-se bem

Uma das primeiras mudanças que o paciente em tratamento do câncer nota é a modificação do paladar. Especialistas também acreditam que o próprio tumor pode aumentar a produção de moléculas chamadas interleucinas, que estão presentes em processos inflamatórios. Elas provocam alterações no sistema nervoso central, o que deixa um gosto metálico na boca. Para deixar o paladar mais aguçado, procure enxaguar a boca com água ou chá de camomila antes das refeições. Caso não existam feridas na boca, balas azedas e alimentos ácidos também realçam o paladar, assim como manjericão, orégano, hortelã e outros temperos naturais. Já para aliviar o gosto metálico, substitua os talheres de metal por aqueles de plástico.

Outra medida muito importante para vencer a diarreia é a hidratação. O paciente deve tomar chás, sucos coados sem açúcar e bastante água. Evite frituras, alimentos gordurosos, leite e derivados, fibras insolúveis (presentes em grãos integrais, cascas, sementes e cereais) e outros alimentos que possam soltar o intestino.

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Peça para que alguém cozinhe para você

Foto Zolet

Muitos pacientes em tratamento - em especial aqueles que sofrem com tumores na região da cabeça e pescoço - ficam com o estômago embrulhando só de sentir o cheiro de comida. A quimioterapia e radioterapia deixam o olfato mais realçado, o que aumenta as chances de náuseas diante do cheiro da comida. Se possível, deixe que outra pessoa prepare a refeição e evite ficar na cozinha neste momento. Evite alimentos crus Dependendo do estado imunológico do paciente, alimentos crus podem ser perigosos, já que costumam apresentar alta concentração de bactérias. O médico ou o nutricionista poderá ajudar nessa determinação. Conforme recomenda o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em alguns casos, é necessário evitar comer a casca das frutas e, em fases mais avançadas, procurar ingerir somente frutas cozidas.

Karlla Filappi Nutricionista


Benefícios do calor para a terceira idade Nileiza Durand

Os benefícios do verão são muitos, mas é preciso haver cuidado nos dias de excessivo calor. Conforme a geriatra Bernardete Michelin Machado, os idosos, de forma geral, costumam sentir-se melhor no calor devido à própria idade, pois com o passar do tempo, vão perdendo a proteção do organismo e vão ficando mais fragilizados, tendo como característica sentir mais frio que as outras pessoas. Além disso, possuem menos atividades que os mais jovens, o que também contribui para que sintam mais frio que o normal, mesmo quando a temperatura não é tão rigorosa. “O inverno sempre é um período mais difícil, além de trazer uma maior facilidade para infecções respiratórias, que melhoraram bastante com o uso das vacinas para a gripe e pneumonia. Também as crises de hipertensão, mais comuns no inverno, por isso, o verão facilita alguns aspectos”. A médica salienta que todos possuem a necessidade de se expor ao sol, em horários adequados, para que o organismo possa produzir a vitamina D. “É importante que tomem sol, com o cuidado dos horários de exposição. Claro que existem casos especiais, então é sempre importante que o especialista, (dermatologista) faça a avaliação de cada caso”. Após a exposição ao sol, deve-se hidratar a pele que costuma ficar mais ressecada com a idade. “O sol é importantíssimo, pois além de agir no nosso organismo ele age muito nas depressões. É comprovado que nos períodos de inverno ocorre um maior número de depressões”. Com a chegada do verão, pode haver a mudança da rotina: viagens, férias, festas ou visitas de familiares, entretanto, não se deve esquecer as medicações de • Janeiro 2015 • 16

uso contínuo, como é o caso dos remédios para diabetes e pressão alta. “Os tratamentos de saúde não devem ser interrompidos. Tomar muito cuidado também com a hidratação, pois a tendência é a pessoa de mais idade sentir menos sede pela diminuição da função das glândulas salivares. É preciso ingerir líquidos nas mais variadas formas, como água, sucos, etc.”. A geriatra avalia que os exercícios físicos, importantes para as pessoas em qualquer idade, são facilitados com a chegada do verão. As altas temperaturas servem de estímulo para que as pessoas saiam de casa e sintam maior vontade de se exercitar. Entretanto, o exercício físico, em relação aos idosos, possui um outro lado. A médica Bernardete ressalta que as pessoas devem ter cuidado redobrado para evitar as quedas. “É mais fácil o idoso se desequilibrar, mais fácil tropeçar, então, deve-se sempre tomar cuidado, utilizar um calçado com sola antiderrapante e que fique firme no pé, (isso mesmo dentro de casa)”. Segundo a especialista, os idosos são mais


suscetíveis às fraturas, pois os ossos são mais frágeis. “As fraturas, em geral, são mais frequentes porque muitos têm osteoporose, e caso seja necessário cirurgia (ou imobilização), a chance de complicações é maior”. A especialista recomenda que as pessoas de mais idade lembrem que não é preciso ter pressa para realizar tarefas, pois possuem mais tempo livre. Para os passeios noturnos, quando a temperatura diminui, a orientação é que o idoso se proteja com uma peça de roupa um pouco mais quente. “É bem mais fácil o idoso se resfriar com a mudança de temperatura. Às vezes, os mais novos criticam os idosos, mas é necessário aceitar que o organismo é diferente. A pessoa mais velha pode ser lúcida, ativa, mas o organismo está mais fragilizado”. Sobre os hábitos alimentares, nas férias é comum sofrerem mudanças, como: ingestão de alimentos diferenciados em festas, petiscos ou sorvetes. Recomenda-se que, dentro do possível, o idoso permaneça com a dieta utilizada em casa. “Quando a pessoa vai para restaurantes, a recomendação é evitar os alimentos gordurosos e os excessos de sal. Uma dica é não utilizar sal nas saladas, escolher outros temperos e, quanto aos outros pratos que não fazem parte da dieta ideal, evitar ou optar por comer quantidades menores”. Para os diabéticos, a geriatra avalia que essa é uma época de muitas tentações, pois existe grande

oferta de chocolates, refrigerantes e doces. “É comum sabermos de histórias de diabéticos em que os familiares ficam penalizados e costumam incentivar a ingestão dos alimentos que não são permitidos dizendo: ‘ah, coitadinho, deixa comer um pedacinho’, mas na verdade o posicionamento deve ser o contrário, pois quem ama o seu familiar diabético deve incentivar que ele coma o alimento correto, como forma de preservar o seu bem-estar, e neste caso procurar presenteá-lo com alimentos próprios para os diabéticos”. A médica reforça que os mais jovens devem respeitar os hábitos dos idosos, por exemplo, quanto

a roupas, alimento e a necessidade de repouso. “Há um tempo de plantar e um tempo de colher...”.

Bernardete Michelin Machado CRM 1555 Clinica Médica RQE 2848 Geriatra RQE 1244 Médica do Trabalho RQE 278


Alimentação sa nas férias Marines Bertolo Peres - Cardiologista CRM 5241 - RQE 3316 Ligia Bariston - Nutricionista CRN 10-2379

O momento das férias é importante para descansar o corpo e a mente. Aproveite para analisar como você cuida de sua saúde, qual a necessidade de mudar

hábitos e rotinas para proteger seu coração. Organizamos aqui algumas sugestões preciosas para avaliar se seu coração está recebendo os nutrientes indispensáveis para ser saudável e estar fortalecido durante um tratamento cardíaco:

Frutas, verduras e legumes são excelentes fontes de fibras e vitaminas, responsáveis pelo bom funcionamento do intestino, controle do colesterol e também promovem saciedade. Diversifique as cores, e você assim consumirá vários nutrientes. Opte pelos folhosos, pelos vermelhos, amarelos e alaranjados; Procure consumir alimentos fonte de óleos essenciais como o ômega 3, que auxilia a reduzir o colesterol ruim (LDL), os triglicerídeos e impedir o acúmulo de gordura nas artérias, presentes nos peixes (atum, sardinha, salmão e arenque) e linhaça; Hidrate-se. Beba água, água de coco, sucos naturais e chás gelados, são as melhores opções. Evite os que possuem cafeína, pois estimulam o coração quando em excesso (refrigerantes do tipo cola, café, chá preto, chimarrão); Castanha de caju, castanha-do-pará, nozes, pistache e avelã e os grãos das oleaginosas são ricos em gorduras insaturadas que ajudam a diminuir os níveis de colesterol ruim (LDL). Assim como o selênio que melhora a circulação sanguínea; • Janeiro 2015 • 18

Prefira os alimentos integrais, além de possuírem fibras, também são mais ricos em nutrientes (cereais integrais: pão integral, aveia, centeio); Utilize óleos vegetais como soja, girassol, azeite de oliva extra-virgem e canola. O consumo moderado ajuda a manter os níveis de colesterol total dentro dos limites normais e aumenta os níveis do bom colesterol (HDL);


audável para o coração

Leite e seus derivados na forma semi ou desnatada, são a principal fonte de cálcio do organismo. O cálcio contido nesses alimentos é um mineral que contribui para a vasodilatação, melhora o aproveitamento da glicose e favorece o equilíbrio do peso corporal; Para temperar e aromatizar suas preparações prefira os temperos naturais, entre eles: o alho, cebola, cheiro verde, cominho, salsinha, cebolinha, sálvia, manjerona, manjericão, alecrim, louro, estragão, colorau, páprica, orégano, cravo da índia, noz moscada, gengibre, coentro, aniz, limão, açafrão, vinagre e condimentos sem sal;

Experimente novos alimentos e diversifique suas opções de preparação. Utilize alimentos fontes de soja: feijão de soja, queijo de soja (tofu), farinha, leite de soja e o concentrado proteico da soja. O molho de soja (shoyu) industrializado contém elevado teor de sódio, devendo ser evitado;

Aproveite as férias para motivar-se e iniciar uma atividade física aeróbica, como caminhadas por 30 minutos por dia, três vezes por semana, para prevenção e diariamente para tratamento (siga orientação médica). Caminhe, suba escadas, jogue bola, dance, enfim descubra uma atividade que goste e continue a realizá-la após as férias.

Aproveite e passe longe das gorduras saturadas presentes nos alimentos de origem animal (carnes gordas, bacon, toucinho, manteiga, banha, creme de leite, gema de ovo, leite e derivados integrais, queijos amarelos) e gorduras trans encontrados nos produtos industrializados. São prejudiciais porque aumentam as chances do desenvolvimento da aterosclerose: acúmulo de placas de gordura nas artérias do coração e do cérebro, podendo levar a infarto e derrame. Modere no consumo dos produtos salgados e doces. Lembre-se que o equilíbrio é fundamental para um coração saudável.

As informações aqui divulgadas têm a função de fornecer uma orientação geral, o que pode não se aplicar a casos específicos. Consulte sempre sua nutricionista clínica ou médico sobre quais alimentos são indicados em seu caso e para obter um cardápio e orientações individualizadas.


Férias X Prática de exercícios Nileiza Durand

Durante as férias, o ritmo da prática de atividades físicas costuma diminuir. Entretanto, os exercícios acabam fazendo falta em muitos aspectos. De acordo com a preparadora física, Claudia Barcarol, em alguns casos, a falta de continuidade atrapalha até mesmo aqueles que deixam a programação da semana inteira para

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realizar em um ou dois dias, sobrecarregando o corpo, que a esta altura sofre o processo de despreparação. A preparadora física alerta que descansar e comer bem não significa deixar de lado o corpo. “É praticamente impossível, nesta época do ano, não abusar um pouco, comendo e bebendo em

algumas festinhas a mais, porém é muito importante identificar os exageros. Cuidado com o abuso em bebidas alcoólicas, excesso de gorduras, carboidratos e doces. E também, muito cuidado na realização de exercícios após estes excessos, pois em alguns casos, o peso na consciência acaba ajudando as pessoas a sobrecarregarem demais o gasto energético, aumentando por conta própria a intensidade ou duração do treino, tudo isso devido a alguns exageros nas festinhas”. Segundo a especialista, a prática de atividades físicas nesta época deve ser planejada de uma maneira que ajude com a mudança de rotina. “Se possível, realize atividades que gosta, optando por atividades em grupo, pois desse modo, amigos e familiares também poderiam participar”. Para Claudia, os exercícios físicos realizados no período das férias


devem envolver modalidades diferentes, conforme as necessidades de cada indivíduo, entretanto, o ideal é que sejam desenvolvidas com o auxílio de um profissional da área. “Mesmo que você faça viagens com a família ou amigos, é possível que uma boa orientação seja realizada. Com um bom planejamento, com certeza, os resultados e a promoção da saúde

serão muito mais eficazes”. No período de férias, a preparadora física Claudia recomenda que as pessoas que pretendem participar de festas, nas semanas que antecedem o evento, em que os excessos alimentares e de bebidas são previstos, a orientação é realizar as atividades físicas moderadamente. Entretanto, no retorno à rotina,

a especialista incentiva que se aproveite o novo ano para começar, definitivamente, uma atividade física ou dar continuidade a que já praticava, e não interromper o tratamento e os cuidados com a alimentação, seguindo a orientação de um especialista. “Quem pensa que não vale à pena fazer atividade física nas férias está muito enganado. No caso da prática de exercícios somente nesta época, vale a máxima de que fazer um pouco é melhor que nada. Desde que respeitados os limites do corpo e da saúde, toda movimentação é válida para amenizar os efeitos do sedentarismo. O problema é se a pessoa não faz nada durante o ano e, nas férias, joga suas partidas de futebol. O organismo não está apto para isso”, argumenta a preparadora física. Para aqueles que não praticaram exercícios durante meses, e que decidem aproveitar a tranquilidade das férias e o clima favorável do verão para fazer alguma atividade física, a dica é aproveitar a empolgação do momento para melhorar a qualidade de vida e para tomar gosto pelos exercícios. “Durante o ano todo, as pessoas vivem na correria do dia a dia e, muitas vezes, não se dão conta do quanto estão sedentárias. Com o verão, passam a se preocupar com a saúde e, principalmente, com o corpo, afinal, é nesta época que frequentamos as praias e utilizamos roupas mais curtas e leves”.


Quais são os benefícios da atividade física?

A prática regular de exercícios físicos acompanha-se de benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. Do ponto de vista músculo-esquelético, auxilia na melhora da força e do tônus muscular e da flexibilidade, do fortalecimento dos ossos e das articulações. No caso de crianças, pode ajudar Atividade física em crianças e jovens Nesses grupos, além de ser importante na aquisição de habilidades psicomotoras, a atividade física é importante para o desenvolvimento intelectual, favorecendo um melhor desempenho escolar e também melhor convívio social. A prática regular de exercícios pode funcionar como uma via de escape para a energia “extra normal” das crianças, ou seja, sua hiperatividade. Atividade física em idosos A falta de aptidão física e a capacidade funcional pobre são umas das principais causas de baixa qualidade de vida, nos idosos. Com o avanço da idade, há

no desenvolvimento das habilidades psicomotoras. Com relação à saúde física, observa-se perda de peso e da porcentagem de gordura corporal, redução da pressão arterial em repouso, melhora do diabetes, diminuição do colesterol total e aumento do HDL-colesterol (o “colesterol bom”). Todos esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de doenças, sendo importantes para a redução da mortalidade associada a elas. “Estudos mostram que a pessoa que deixa de ser sedentária e passa a ser um pouco mais ativa diminui o risco de morte por doenças do coração em 40%! Isso mostra que uma pequena mudança nos hábitos de vida é capaz de provocar uma grande melhora na saúde e na qualidade de vida”, relata a preparadora física. uma redução da capacidade cardiovascular, da massa muscular, da força e flexibilidade musculares, sendo que esses efeitos são exacerbados pela falta de exercício. Está mais do que comprovado que os idosos obtêm benefícios da prática de atividade física regular tanto quanto os jovens. Ela promove mudanças corporais, melhora a autoestima, a autoconfiança e a afetividade, aumentando a socialização. A preparadora física Claudia ressalta que a prática de atividade física deve ser sempre indicada e acompanhada por profissional qualificado, incluindo médicos, fisioterapeutas e profissionais de educação física. “É importante lembrar que caso o praticante sinta algo diferente é necessário informar ao responsável”.

Como deve ser feita a escolha da atividade física adequada? A escolha é feita individualmente, levando-se em conta os seguintes fatores: • Preferência pessoal: o benefício da atividade só é conseguido com a prática regular da mesma, e a continuidade depende do prazer que a pessoa sente em realizá-la. Assim, não adianta indicar uma atividade que a pessoa não se sinta bem praticando. • Aptidão necessária: algumas atividades dependem de habilidades específicas. Para conseguir realizar atividades mais exigentes, a pessoa deve seguir um programa de condicionamento gradual, começando de atividades mais leves. • Risco associado à atividade: alguns tipos de exercícios podem associar-se a alguns tipos de lesão, em determinados indivíduos que já são predispostos. • Janeiro 2015 • 22


Dicas para retornar as atividades físicas Para quem quer retornar aos treinos ou para aqueles que pretendem iniciar algum tipo de atividade física, vale a pena ficar atento para algumas recomendações. “O indicado é que as pessoas que estão iniciando ou retornando as atividades físicas procurem um médico e façam uma avaliação médica e, em seguida, busquem um educador físico para que ele oriente a prática da atividade. O ideal seria que as pessoas iniciassem os exercícios com dias intercalados. Três dias por semana com 30 minutos a cada atividade. Isso vai fazer com que o corpo se adapte para receber uma atividade mais prolongada”, explica a profissional. Dicas para perder quilinhos indesejados E para aqueles que ganharam uns quilinhos a mais durante o período de festas, a dica para perder aquela barriguinha indesejada e entrar com tudo no Carnaval, são os exercícios aeróbicos. “Todas as pessoas que têm como objetivo perder aquela barriguinha, o interessante seria fazer exercícios aeróbicos. A sugestão é a própria caminhada, corrida ou o ciclismo. O ideal é uma atividade de 30 até 60 minutos no máximo”, recomenda. Entretanto, a preparadora lembra que também é necessário cuidar a alimentação. “Não vale só a pessoa ficar nos exercícios, tem que ter cuidado com a alimentação por-

que ela faz parte do treinamento. Nunca esquecer: alimentação, treinamento e repouso”, concluiu.

Decida manter o que já conquistou no último ano Habituar-se à rotina de exercícios é uma tarefa demorada, se você já conseguiu essa disciplina mantenha! Se não, organize suas metas e rotina, não pare tudo e espere o próximo ano para recomeçar. Se aventure em novas modalidades. Aproveite as férias ou os novos lugares em que estará para experimentar coisas novas: esportes radicais ou novas modalidades de exercícios. Mesmo que não vá viajar ou tirar férias, descubra locais novos na sua cidade e tente novas experiências, a novidade te prende muito mais e uma atividade de férias pode se tornar sua nova paixão. Vale a pena tentar.

Faça alguma atividade que te faça suar por pelo menos 20 minutos diariamente Existem treinos com bons resultados com menos de 15 minutos de duração! Eles são ideais para manter a forma durante essa época, um treino cardiorrespiratório curto também pode ajudar a contrapor os excessos típicos do período.

Claudia Barcarol Preparadora Física



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