Ano 1 - Nº 10 - Março/2014
MAUS -TRATOS NA INFÂNCIA Uma boa avaliação clínica pode identificar um grande problema social. Pág 18
Doença Renal
Uma doença silenciosa que pode levar a morte. Pág 10
Preço Sugerido R$ 10,00
CORTESIA 67399400
Gripe A
Ela está voltando, precisamos estar preparados. Pág 06
Zumba. Uma nova modalidade de dance fitness está tomando conta das academias. Pág. 16
Terapia Ortomolecular no restabelecimento do equilíbrio físico e emocional Nileiza Durand A terapeuta argumenta que essa prática possui várias vantagens, entre elas, os oligoelementos, que possuem registro no Ministério da Saúde como cosméticos. Eles podem ser recomendados por terapeutas e esteticistas sem nenhum risco. “O valor comercial é acessível e podem ser utilizados concomitantemente com outros produtos, sejam eles medicamentos ou suplementos. É uma terapia rápida e segura”. História Inicialmente, a Terapia Ortomolecular era utilizada em animais, e foi descoberta por acaso por Basile Velentin. No homem, as primeiras experiências foram feitas em 1932, por Menetrier, ele que se interessava há muito tempo pela medicina do terreno. Esse processo se baseia na ação catalítica dos minerais. “A função dos minerais, ou, porque minerais? Isso se dá devido à capacidade e velocidade que as reações químicas acontecem no organismo, e os minerais e as vitaminas são responsáveis por tais ações. Os minerais funcionam como antirradicais livres, fornecendo elétrons para o corpo, para que o corpo não perca elétrons para os radicais livres”, exLaís Lorenzzon plica a profissional. Terapeuta Ortomolecular
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A busca pela saúde, bem-estar e, porque não, pela manutenção da beleza, é constante e as opções estão cada vez mais abrangentes. A Terapia Ortomolecular, ou Oligoterapia, é mais uma dessas opções e pode ser definida como uma terapia natural que corrige e previne desequilíbrios celulares. Conforme a terapeuta ortomolecular e esteticista, Laís Lorenzzon, a principal função da terapia é restabelecer o equilíbrio físico e emocional, aumentando as defesas imunológicas, equilibrando o nível das vitaminas e sais minerais e, em consequência, auxiliando no combate ao estresse físico, mental e emocional. “O que resulta na diminuição de medidas corpóreas, celulite, gordura localizada, manchas, rugas e melhora da autoestima”. A terapeuta Laís diz que o corpo humano tem parâmetros constantes e cada vez que estes parâmetros são modificados o corpo entra em desequilíbrio, gerando doenças e envelhecimento precoce. “A Terapia age de maneira imprescindível, pois nutrimos o organismo de forma quântica: primeiro retiramos as toxinas, depois nutrimos o corpo de forma inteligente”, argumenta a esteticista. De acordo com Laís, esta técnica terapêutica utiliza para avaliações as classificações dos clientes em Diáteses, que são predisposições hereditárias ou evoluções de certas características, para equilibrar alguns minerais em dosagens ínfimas. “A via de predileção absortiva, geralmente é a pele que atua, não por ação ponderal ou por reposição de carências, mas sim, em nível energético (elétrons), devolvendo o equilíbrio dos sistemas catalíticos”.
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Iara De Bortoli Ginecologista
A coluna Papo de Mulher deste mês responde a dois questionamentos importantes e que fazem parte do dia a dia do público feminino. Qual mulher que ainda não teve dúvidas sobre candidíase e prurido nas mamas? A médica ginecologista Iara De Bortoli responde a mais essas perguntas. Confira!
preparar o meu organismo para esse período do ciclo?
Leitora: É normal sentir coceira nas mamas? Quando devo me preocupar e procurar a avaliação médica? Dra. Iara De Bortoli: Muitas mulheres já sentiram ou irão sentir prurido nas mamas em algum momento da vida. Coceira nas mamas pode estar relacionada com o edema das mamas, quando a pele estica causando prurido em algum período do ciclo menstrual. Outros problemas podem causar coceira nos seios e mamilos como pele seca, micoses de pele, banhos quentes, picada de insetos, alergia alimentar e exposição ao sol. Uma das principais causas de prurido nas mamas é a dermatite de contato, quando ocorre exposição da pele a algum agente irritante •Março 2014 • 4
utilizado na higiene das roupas ou cremes para o corpo. É importante lembrar que se você tem uma doença que afete a pele do corpo, é provável que ela afete a pele dos seios também. Toda vez que você notar qualquer alteração em suas mamas, que seja persistente com sinais de descamação, dor e inflamação na pele e mamilo e principalmente se for unilateral, deverá procurar seu médico para avaliação. Leitora: Alguns dias antes do início da menstruação, quase sempre, ocorre que minha resistência baixa e aparece a candidíase. Devo considerar isso normal? O que é possível fazer para evitar esse transtorno? Como posso
Dra. Iara De Bortoli: A candidíase é uma infecção fúngica que ocorre quando há um desequilíbrio da flora vaginal. A história natural e a origem desta vulvovaginite não é totalmente conhecida, mas sabe-se que é a situação de diminuição da imunidade que pode ocasionar uma crise ou até recorrência de crises. É comum em mulheres que usam antibióticos, imunossupressores, anticoncepcionais orais, que tem diabetes ou doenças crônicas, ou durante a gestação. O período pré-menstrual e menstrual, por proporcionarem a diminuição da imunidade e alterar o PH vaginal, podem levar à candidíase de repetição. O normal ou o ideal seria que toda mulher passasse por esta fase do ciclo sem ter este transtorno – repetitivo, mas nem sempre isto acontece. Então alguns cuidados devem ser observados para minimizar os sintomas: • Atividade física regular; • Dormir 8 horas por dia no mínimo; • Alimentação adequada com muita ingesta de fibras, líquidos e pouco açúcar; • Uso de produtos neutros de higiene para roupa intima como sabão de coco ou glicerina; • Evitar o uso prolongado de jeans muito apertado; • Evitar absorvente, papel higiênico e sabonete com perfume; • Dormir com roupa confortável e solta; • Proporcionar situações de menos estresse e melhor qualidade de vida.
EDITORIAL O Estatuto da Criança e do Adolescente, lei criada em 1990, prevê que a família, a comunidade, a sociedade em geral e o poder público têm o dever, sim DEVER, de assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, a efetividade dos direitos referentes à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Entretanto, acompanhamos todos os dias nos noticiários que muitos casos de violência contra as crianças e adolescentes ocorrem justamente onde elas deveriam estar mais protegidas: dentro de casa. E o mais impressionante é que os agressores são os próprios familiares. Segundo a promotora de justiça Ana Cristina Boni, são poucos os casos de maus-tratos contra crianças e adolescentes que chegam até a vara criminal, por vários motivos, entre eles, a dificuldade de se comprovar as causas das lesões e ausência de testemunhas dentro do seio familiar. Diante disto, a revista Corpo & Saúde traz uma matéria muito interessante, com a ortopedista e traumatologista Aira Brandelero, em que a médica fala sobre os cuidados e a responsabilidade no momento do diagnóstico, os tipos de lesões mais comuns e a obrigação legal do médico na notificação aos órgãos competentes, em caso de suspeita de
maus-tratos. No mês da Campanha Nacional do Rim, o nefrologista Maurício Rezende Gomes fala sobre as doenças que atacam os rins, os cuidados e a importância de realizar exames periódicos, pois essas doenças atacam de forma silenciosa e quando aparecem os sintomas o tratamento é muito difícil e doloroso para pacientes e familiares. Com a mudança de estação, outras matérias chamam a atenção para os cuidados com a saúde, como a entrevista com o pediatra Luciano De Bortoli, sobre a Gripe A, e os hábitos alimentares saudáveis recomendados pela nutricionista Kerli Fusinatto. O cardiologista André Martins alerta sobre os cuidados com o diabetes e os problemas cardíacos e o fisioterapeuta Jacson Danielli fala sobre a fisioterapia na terceira idade. Ainda temos a coluna Papo de Mulher que está fazendo o maior sucesso. Já estamos recebendo e-mails das nossas leitoras com várias perguntas. Mande a sua dúvida também. Essas são algumas das matérias desta edição da revista Corpo & Saúde. Tenha uma boa leitura. Ivan Durand Junior
EXPEDIENTE REVISTA CORPO & SAÚDE
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Diagramação João Pedro Vasconcelos (JP) (49) 8839-7235 - falajotape@gmail.com Tiragem: 1.500 exemplares Distribuição: Xanxerê, Xaxim, Faxinal dos Guedes, Bom Jesus, e Vargeão Os artigos e opiniões aqui veiculados são de responsabilidade dos seus autores e não expressam necessariamente a opinião da Revista Corpo & Saúde e de seus diretores. As matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos seus autores.
Gripe A: como evitar esta doença? No mês de março, inicia mais uma campanha de vacinação contra a Gripe A, doença que nos últimos anos tem assustado a população devido à forma severa que se apresenta e, em alguns casos, até mesmo levando o paciente a óbito. Para esclarecer as dúvidas que ainda persistem sobre o tema, a revista Corpo & Saúde realizou uma entrevista com o médico pediatra e responsável pelo Centro de Vacinas Xanxerê, Luciano De Bortolli. Informe-se sobre o assunto e saiba a importância e a vantagem de buscar a imunização antes do início do inverno, época em que a doença costuma ser mais frequente. Nileiza Durand
C&S - O que é Gripe A ou Influenza A (H1N1)? Dr. Luciano - É uma doença infecciosa e aguda, causada por um tipo de vírus Influenza, de transmissão respiratória, de pessoa a pessoa, por gotículas de pessoas doentes para sadias. C&S - Qual a diferença entre a gripe comum e a influenza A (H1N1)? Dr. Luciano - Desde o início da fase pós-pandêmica (2010), o vírus Influenza A (H1N1) circula pelo mundo juntamente com os vírus Influenza A (H3N2) e o Influenza B. Todos causam os mesmos sintomas: febre, tosse, dor de garganta, dores pelo corpo, dores em articulações e dor de cabeça. Há diferença entre quadros de resfriado comum (causado por mais de 100 tipos de vírus) e a gripe. Neste caso, o resfriado é mais brando e a febre, quando ocorre, é mais baixa. Para diferenciá-los, o paciente deve procurar um médico. C&S - Como ocorre a transmissão? Dr. Luciano - O vírus é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio da tosse ou do espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. No entanto, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), •Março 2014 • 06
a principal forma de transmissão não é pelo ar, mas sim pelo contato com superfícies contaminadas. C&S - Quando infectada, por quanto tempo uma pessoa com o vírus da Gripe A transmite a doença? Dr. Luciano - O período de transmissibilidade da doença é diferente entre adultos e crianças. Nos adultos, o período é de sete dias após o aparecimento dos sintomas, enquanto que em crianças este período vai de dois dias antes até 14 dias após o início dos sintomas. C&S - Quais as medidas de prevenção que devem ser repassadas à população? Dr. Luciano - A população deve ser orientada a tomar alguns cuidados de higiene, como: lavar bem e com frequência as mãos, com água e sabão; evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies; não compartilhar objetos de uso pessoal e cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar. C&S - Qual a influência das estações do ano na disseminação do vírus?
Dr. Luciano - No inverno, em virtude das baixas temperaturas e da maior permanência das pessoas em locais fechados, o risco de transmissão é maior. Mas embora o risco de transmissão seja reduzido antes e depois do inverno, as recomendações para a prevenção do vírus influenza A (H1N1), bem como dos outros tipos de vírus da gripe, são as mesmas: lavar as mãos constantemente, evitar por as mãos na boca e nos olhos, evitar aglomerações em ambientes fechados, proteger a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, usar lenço descartável, limpar sempre as superfícies de mesas, telefones, maçanetas e outros móveis e objetos de uso coletivo, bem como ficar atento ao surgimento de casos da doença na comunidade, em ambientes de trabalho ou na escola. C&S - Durante o período de incubação, pode haver transmissão da doença? Ou ela só ocorre com a presença de sintomas? Dr. Luciano - Pode haver transmissão da doença em média um dia antes até sete dias após o aparecimento dos primeiros sintomas, que em geral é a febre. A transmissão, porém, é menor neste período porque a pessoa não elimina a mesma quantidade de gotículas que elimina ao tossir ou espirrar.
C&S - Há possibilidade de o paciente ter a doença e não ter os sintomas? Dr. Luciano - Sim. Podem ocorrer casos assintomáticos, quando a pessoa tem o vírus no organismo, mas não apresenta os sintomas mais comuns, como febre alta repentina, tosse e dor nas articulações, entre outros. C&S - A pessoa assintomática pode transmitir o vírus? Dr. Luciano - Sim. É importante lembrar que as medidas de higiene respiratória e pessoal devem ser praticadas independentemente da presença ou não de sintomas, pois apresentam resultado muito importante na interrupção da transmissão. C&S - Qualquer pessoa pode tomar a vacina H1N1? Dr. Luciano - Sim, desde que tenha mais de seis meses de idade e não haja contraindicação. C&S - Existe alguma contraindicação da vacina para quem está tomando outro medicamento? Dr. Luciano - Os pacientes que tomam medicação que altere a imunidade (como corticoides ou imunossupressores) podem não ter uma boa resposta com a vacina, mas não estão contraindicados para recebê-la. C&S - Crianças devem tomar a vacina em uma ou duas doses? Dr. Luciano - Todas as crianças abaixo de nove anos de idade, que estejam tomando a vacina para Influenza A H1N1 pela primeira vez, devem receber duas doses com um
mês de intervalo. C&S - Se a pessoa estiver gripada, ela poderá tomar a vacina? Dr. Luciano - Se a pessoa estiver sem febre, pode tomar a vacina. C&S - Quem não pode tomar a vacina contra a Gripe A (H1N1)? Dr. Luciano - Pessoas com doença febril aguda, pessoas com doença neurológica em atividade, ou aquelas com antecedentes de alergia grave a componentes do ovo, ao timerosal (Merthiolate) e à neomicina. Nos casos de doença febril aguda, passada esta fase, a vacina poderá ser administrada normalmente. C&S - Quem está grávida pode tomar a vacina contra a Gripe A (H1N1)? Dr. Luciano - Sim. Conforme orientação do Ministério da Saúde, as gestantes, por constituírem um grupo de alto risco para complicações graves, devem ser vacinadas. C&S - E quem amamenta pode tomar a vacina contra a Gripe À (H1N1)? Dr. Luciano - Quem amamenta pode tomar a vacina. Não existem contraindicações formais para a administração da vacina em mulheres que se encontrem amamentando.
Dr. Luciano - Os efeitos colaterais mais comuns são: dor local, febre baixa e mal-estar nas primeiras 48 horas após a aplicação. C&S - Existe a vacina da gripe comum separada da H1N1 conjugada? Dr. Luciano - A vacina tanto da rede pública quanto particular é trivalente, ou seja, tem a da influenza H1N1 associada a duas para influenza sazonais (H3N2 e B). C&S - O vírus da vacina pode provocar a Gripe A (H1N1)? Dr. Luciano - A vacina é produzida por vírus fragmentados. Não existe, portanto, o risco de se adquirir gripe por meio da vacina. C&S - A vacina contra a Gripe A (H1N1) tem efeito imediato? Dr. Luciano - A proteção começa a existir aproximadamente após duas semanas (15 dias) da administração, prolongando-se por cerca de um ano. C&S - Por quanto tempo a pessoa que tomar a vacina estará imune? Dr. Luciano - Em média, por um ano.
C&S - Existe alguma precaução para se tomar a vacina? Dr. Luciano - A principal contraindicação é alergia grave a ovo. C&S - Existe algum efeito colateral?
Luciano De Bortoli - Pediatra
Diabetes mal controlado potencializa o risco de infarto O acompanhamento com um profissional de saúde promove uma melhora gradual no estilo de vida e reduz o risco de desenvolver a doença em cerca de 60% Nileiza Durand
O risco de um diabético, que não faz o correto controle da doença, sofrer um infarto chega a 40% nos homens e 50% nas mulheres. A afirmação é do médico cardiologista André Augusto Martins. “Quando mal controlado, o diabetes aumenta, e muito, a possibilidade de infarto ou doença cardíaca”, reforça o especialista. Segundo o cardiologista, quando a doença se instala, ela potencializa outras condições de risco, como pressão alta e o colesterol elevado. “É uma espécie de combustível perverso, difícil de ser removido e pronto para causar muitos problemas”, explica Martins. A doença ocorre quando a glicose, principal forma de energia das células, aumenta sua concentração no sangue. Este aumento tem como causa o excesso de ingestão de carboidratos contidos em alimentos como farinhas, massas, batata, mandioca, doces e açúcares. “Como resultado, a glicose e a insulina excedentes sobram nos vasos, e esse acúmulo provoca danos, pois aumenta a formação de •Março 2014 • 08
placas de gordura que geram coágulos que, por sua vez, podem entupir vasos ligados a órgãos como coração, cérebro e membros inferiores, causando infarto ou AVC (Acidente Vascular Cerebral, popularmente chamado de derrame)”, argumenta. O cardiologista ressalta que muitas vezes, o infarto ocorre antes do diabetes apresentar sintomas ou ser diagnosticado. As doenças cardiovasculares estão entre as causas mais frequentes de morte no Brasil. “Evitar o diabetes significa afastar essa ameaça. E não é difícil seguir esse caminho. Primeiro, é necessário avaliar a presença de fatores de risco, como tabagismo, excesso de gordura abdominal, hipertensão, sedentarismo, dieta pobre em fibras e história de diabetes na família”, diz. De acordo com o especialista, quando esses fatores existem, o acompanhamento com um profissional de saúde promove uma melhora gradual no estilo de vida e reduz o risco de desenvolver a
doença em cerca de 60%. “Em pessoas com diabetes, a orientação ajuda a reduzir a gordura abdominal e a controlar melhor os níveis de pressão, colesterol e glicose, diminuindo os riscos de infarto e de AVC”, orienta. Para as pessoas que não desenvolveram nenhum fator de risco, o cardiologista recomenda boa alimentação e exercício físico regular. “Essas escolhas podem manter o diabetes bem longe”.
André Augusto Martins Cardiologista
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Rui Dalmagro Clínico geral, especialista em Medicina Estética e Medicina e Cirurgia Plástica Estética
Dia Mundial do Rim alerta sobre os principais cuidados Os principais fatores causadores de doenças nos rins estão relacionadas a hipertensão arterial e ao diabetes. Nileiza Durand
8 REGRAS DE OURO
A Sociedade Brasileira da Nefrologia estima que um em cada dez brasileiros tem problemas nos rins, e baseado nesta informação, aderiu à campanha do Dia Mundial do Rim, lembrado no dia 13 de março. O principal objetivo é alertar as pessoas sobre os principais cuidados para evitar doenças nos rins. De acordo com o médico nefrologista, Maurício Rezende Gomes, a doença de rim é muito mais frequente do que se pode imaginar. “O principal problema é que muita vezes a pessoa fica anos sem o diagnóstico, sem saber que possui uma doença, e acaba perdendo um tempo precioso de tratamento”, argumenta. O especialista ressalta que mesmo que a pessoa não sinta nada, é importante estar atenta à possibilidade de desenvolver doenças renais, que no futuro podem evoluir para situações mais graves. “Mesmo sem sentir nada, a pessoa pode desenvolver uma doença renal que no futuro pode levar a um problema mais sério e até mesmo à insuficiência renal crônica, que é o estágio final da doença renal, quando ela perde a função e precisa de métodos de reposição”. Atualmente, em Xanxerê, existem
54 pacientes que são submetidos ao tratamento de hemodiálise. De acordo com o médico, o número se encaixa na média nacional. “Entretanto, o número é subestimado, pois existem muitas pessoas que têm a doença, mas que não sabem, então, não estão tratando”. Além destes, mais 40 pacientes da região recebem acompanhamento pós-transplante. O nefrologista Maurício alerta que os principais fatores causadores da doença nos rins são a pressão alta ou o diabetes. Posteriormente, a incidência é de pacientes que possuem histórico familiar ou de pessoas que desenvolvem doenças próprias do rim. A orientação é ter o acompanhamento médico para saber como está o funcionamento dos rins. “O mais importante é fazer o controle através dos exames de rotina como o exame de urina simples ou dosagem da creatinina, exame que diz como está o funcionamento do rim”. Os exames devem ser feitos, no mínimo, uma vez por ano. Além do controle através dos exames, o especialista recomenda que as pessoas tenham por hábito a atividade física, o acompanhamento da pressão arterial e o controle do açúcar no sangue.
1- Saiba a sua pressão arterial 2- Controle o açúcar no sangue 3- Faça atividade física 4- Confira o seu peso e a sua dieta 5- Beba água 6- Não fume 7- Não use remédio sem orientação médica 8- 1 em cada 10 brasileiros tem problemas nos rins. Fique sabendo: seus rins estão ok? Se você responder sim a uma dessas questões, pergunte a seu médico se seus rins estão ok. 1- Você tem pressão alta? 2- Você tem diabetes? 3- Você está acima do peso? 4- Você tem mais de 50 anos? 5- Tem doença dos rins na família? 6- Você costuma tomar remédios sem orientação médica?
Maurício Rezende Gomes Nefrologista
Fisioterapia geriátrica na busca da qualidade de vida Os objetivos da técnica são preservar a função motora; promover o adiamento de incapacidades decorrentes do processo de envelhecimento; e tratar as alterações e os sintomas provenientes de doenças crônico-degenerativas Nileiza Durand
Segundo projeções do IBGE, nos próximos 50 anos, o número de idosos no Brasil deve quadriplicar e representar um quarto da população brasileira. Por isso, com a expectativa de vida aumentando, é importante melhorar a qualidade de vida e a fisioterapia pode ajudar muito nesse aspecto.
O fisioterapeuta Jacson Luiz Danielli explica que a fisioterapia preventiva na terceira idade reúne um conjunto de exercícios físicos e respiratórios que ajudam a controlar sintomas como insônia, ansiedade, depressão, dores articulares e musculares que podem causar desde uma
simples irritação até piores consequências. “Possibilita também maior flexibilidade ao corpo, coordenação, concentração, melhoria de postura, relaxamento muscular, diminuição de tensão, além de melhorar a autoestima”, complementa ele. A fisioterapia preventiva é dividida em três etapas: alongamento e for-
talecimento; relaxamento e exercícios respiratórios. Para o fisioterapeuta Jacson, o processo de envelhecimento determina uma maior probabilidade de desequilíbrio entre as condições de saúde e doença, aumentando a vulnerabilidade físico-funcional e a fragilidade. “Isso é conhecido como ‘perdas em cascata’ que agravam progressivamente o estado de saúde do idoso, levando a um colapso de funções até a morte”. A prevenção de doenças e deficiências, tanto de ordem física quanto psíquicas é conseguida através da prática de atividades físicas, quando algumas modificações atribuídas ao processo de envelhecimento podem ser retardadas, também reduzindo e/ ou eliminando os fatores de risco. Dentro dessa perspectiva, entre os objetivos da fisioterapia geriátrica estão: preservar função motora;
Alguns recursos utilizados na Fisioterapia Preventiva • Cinesioterapia profilática: com exercícios físicos globais e especializados, aplicados individualmente ou em grupo, visando a funcionalidade do idoso;
promover adiamento da instalação de incapacidades decorrentes do processo de envelhecimento; e tratamento das alterações e dos sintomas provenientes de doenças crônico-degenerativas e agudas, bem como suas possibilidades físicas e psicológicas. O profissional salienta que a fisioterapia preventiva atua em todos os níveis da saúde, sempre buscando a manutenção ou melhoria do estado funcional, no entanto, se o idoso não apresentar nenhuma patologia crônica ou qualquer disfunção que lhe impeça de realizar atividades do dia a dia e as atividades físicas sem restrição específica, de preferência a atividades que busquem a manutenção de seu estado físico funcional, a orientação é dar preferência para essas atividades. O fisioterapeuta Jacson avalia que “a promoção da saúde no âmbito da geriatria representa um desafio para o fisioterapeuta, pois o idoso precisa ser lembrado em todos os atos, atividades e intervenções que ele pratica. Promover a saúde junto aos idosos deve tornar-se um hábito constante. Isso significa que o fisioterapeuta promove a saúde ao se relacionar com o idoso de forma individual, organiza ou colabora na organização das atividades destinadas a promoção da saúde, além de colaborar com a comunidade, ajudando na identificação das necessidades em relação à saúde e no desenvolvimento de estratégias destinadas a promover a saúde. O fisioterapeuta, além disso, atua ativamente na elaboração das medidas de saúde pública e em defesa da promoção da saúde, ainda que seja apenas em nível local”. C
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• Medidas de educação para a saúde: através de palestras e orientações preventivas para suas atividades de vida diária; • Análise de orientações posturais: para minimização ou correção de fatores de risco de doenças específicas; • Análise ergonômica do ambiente onde vive o idoso: para a melhoria de sua mobilidade e eliminação de riscos de queda.
Jacson Luiz Danielli Fisioterapeuta
A importância da audição na comunicação A maioria das perdas auditivas ocorre tão gradualmente que pode levar anos para a pessoa perceber que não está ouvindo bem Nileiza Durand
Dos cinco sentidos humanos, a audição é um dos mais importantes para a conexão com o mundo. No Brasil, conforme informações da fonoaudióloga Ana Kelly Baroni, cerca de 10% da população deve ter algum grau de dificuldade auditiva. Sendo que aproximadamente 20% das pessoas entre 65 e 74 anos têm uma perda auditiva significativa. E, acima de 75 anos, a proporção aumenta para 35%. Além disso, as estimativas mostram que a população de pessoas deficientes auditivas está se tornando cada dia mais jovem, principalmente devido à exposição ao ruído excessivo. A maioria das perdas auditivas pode ser auxiliada por aparelhos auditivos, contudo menos de 10% utilizam aparelhos auditivos atualmente. A fonoaudióloga ressalta que os sons do ambiente e os sons de comunicação são extremamente importantes para efetivar a comunicação humana. “Uma pessoa com audição normal pode ouvir qualquer coisa, desde o mais fraco sussurro até o estrondo de um avião a jato decolando. A audição normal nos alerta para perigos como, por exemplo, um carro se aproximando. Com boa audição, somos capazes de ouvir seletivamente, focalizando numa conversação numa festa barulhenta e mudando facilmente para outra conversação sem perder uma palavra”, avalia ela. A perda auditiva pode ser percebida quando informações começam a ficar distorcidas. “Imagine em um diálogo, quando não se compreende e necessita-se solicitar várias vezes a repetição do que o outro está falando. Ou ainda, por mais independente fisicamente que alguém possa ser, em uma simples visita a um consultório médico e não conseguir compreender o que a secretária e as demais pessoas querem lhe informar ou lhe orientar. Nestes acontecimentos é que são percebidos quando a perda auditiva se aproxima ou •Março 2014 • 14
até mesmo quando a compreensão das informações é distorcida, ocasionando a alteração dos fatos”. Perda de audição De acordo com a fonoaudióloga, a maioria das perdas auditivas ocorre tão gradualmente que pode levar anos para a pessoa perceber que não está ouvindo bem. “Geralmente, os primeiros sons que começam a diminuir são o cantar dos pássaros, a música torna-se menos clara, as vozes infantis podem ser mais difíceis de compreender ou em alguns casos tornam-se irritantes, porém, na compreensão de fala estes não percebam maiores dificuldades, não é incomum que as pessoas achem que não existe problema. É fácil se esquecer das coisas ouvidas como antes. Especialmente porque muitos dos sons mais fracos são coisas que frequentemente tendemos a não dar muita importância”. A fonoaudióloga Ana Kelly explica que conforme a perda auditiva vai piorando, os sons necessários para entender a fala começam a ser afetados. “Surgem confusões entre palavras muito próximas, como: “sessenta” e “setenta”; “faca”, “vaca”, “laca”, “paca”. Neste ponto, a dificuldade para entender torna-se óbvia principalmente quando existe ruído ambiental. A percepção começa a ser vista quando se pede para as pessoas repetirem mais frequentemente, especialmente se existir algum ruído ambiental; se aumenta o volume da TV ou do rádio; se tem a sensação de que os outros estão murmurando, etc”. A especialista ressalta que quando a perda auditiva piora, aumenta o esforço para acompanhar uma conversa e a pessoa fica “cansada” para ouvir, pois deve prestar mais atenção. “A tendência é começar a evitar situações sociais, perdendo o interesse em atividades que antes lhe eram agradáveis, se isolando cada vez mais. As pessoas geralmente relatam que elas conse-
guem ainda ouvir os outros falando, mas não conseguem entender todas as palavras. A frase mais comumente escutada é - Ouço, mas não entendo”. A natureza gradual da maioria das perdas auditivas é lenta, o que torna fácil ignorá-las até que comece a causar um impacto maior na vida da pessoa. Por outro lado, se a perda tiver ocorrido da noite para o dia, a percepção será rápida e a procura por uma avaliação médica será imediata.
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O que fazer quando é percebida a perda da audição? Quando for percebida dificuldade em compreender a fala ou diminuição da acuidade auditiva, dores ou qualquer outro sintoma, o primeiro passo é buscar um médico otorrinolaringologista. Este realizará uma avaliação do caso e determinará qual o tratamento indicado: medicamentos, cirurgia ou aparelho auditivo. De acordo com Ana Kelly, o fonoaudiólogo atuará com a avaliação audiológica, mensurando quantitativa-
tivos do aparelho auditivo é melhorar a qualidade de vida do indivíduo”. Próteses auditivas são aparelhos que amplificam os sons tornando-os audíveis para o seu usuário. Eles podem ser usados por indivíduos portadores de perdas auditivas de diferentes graus. “Atualmente, graças ao desenvolvimento da tecnologia digital e a um design bastante avançado, é possível encontrar diversos modelos de aparelhos auditivos e alguns tão pequenos que podem ser colocados no canal auditivo proporcionando assim descrição e conforto ao usuário”. A fonoaudióloga salienta que o modelo do aparelho a ser escolhido vai depender do grau e do tipo da perda auditiva, levando sempre em consideração o conforto do paciente para que a nova experiência de “ouvir sons antes não ouvidos” se torne prazerosa, melhorando a qualidade de vida como um todo do usuário. A especialista argumenta que embora as pessoas estejam preocupadas com sua qualidade de vida, o uso de aparelho auditivo permanece pequeno apesar dos grandes avanços tecnológicos na área de saúde auditiva. “O que devemos ficar atentos é que quanto mais tempo se espera ou resiste para o uso do aparelho auditivo, mais comprometida ficarão as habilidades auditivas, ou seja, compromete-se a audição e as habilidades auditivas centrais ficam deficitárias”.
mente e qualitativamente a sensibilidade auditiva do indivíduo, ou seja, analisando se existe perda auditiva e indicando qual o grau e a classificação de qual o tipo de perda auditiva. “O fonoaudiólogo poderá também fazer os devidos encaminhamentos ou selecionar e adaptar uma prótese auditiva. Um dos principais obje-
Ana Kelly Baroni Fonoaudióloga
Zumba: a dança do momento! A modalidade favorece o corpo todo, porém age nas pernas e tronco com mais ênfase, devido às posturas específicas e passos marcados do ritmo latino Nileiza Durand
Uma nova modalidade de dança é praticada em Xanxerê: a Zumba que é uma modalidade Latina, uma aula de fitness-dança que incorpora música latina e internacional. Juntamente com passos de dança, segundo os especialistas, cria uma dinâmica excitante e eficaz para um modelo “fitness”. Conforme relata a preparadora física, Claudia Barcarol, a Zumba foi criada em meados dos anos 90, por acaso, pelo colombiano Beto Perez, ao improvisar em uma aula de aeróbica com músicas latinas. “E foi um sucesso!”, argumenta ela. A preparadora explica que a Zumba integra alguns dos princípios básicos aeróbicos, com movimentos intervalados e de resistência, treinando para maximizar o gasto calórico, os benefícios cardiovasculares e um fortalecimento total do corpo. Além disso, a preparadora Claudia diz que a Zumba provoca um trabalho de todos os músculos do corpo como glúteos, pernas, braços, abdominais, peitorais e, também o mais importante, o coração. A Zumba favorece o corpo todo, porém age nas pernas e tronco com mais ênfase, devido às posturas específicas e passos marcados do ritmo latino. “Essas áreas são •Março 2014 • 16
mais torneadas porque esse tipo de exercício exige mais esforços e movimentos dos membros inferiores e da cintura”. De acordo com a orientadora, não é necessário saber dançar para praticar Zumba. “Os ritmos apaixonantes e explosivos latinos e internacionais de Zumba, como Cumbia, Reggaeton, Salsa e Merengue, contagiam e motivam, naturalmente, os participantes durante a aula. Todos os alunos sentem-se à vontade, sabendo que podem apreciar a aula deixando-se levar com o ritmo”, salienta ela. Assim como qualquer outra atividade aeróbica, por exemplo, andar de bicicleta e fazer aulas de Jump, a Zumba contribui para a queima de calorias, que aliado a uma alimentação balanceada, gera o emagrecimento. “Em uma aula é possível eliminar de 600 a 800 calorias”. A orientadora argumenta que a Zumba é uma atividade física divertida, pois segundo ela, dançando e fazendo os movimentos o praticante nem percebe que está se exercitando. “É fácil, qualquer pessoa pode participar, pois os passos são básicos, além disso, é diferente de tudo que já existiu
nas academias. E o mais importante, é eficaz, já que ajuda a deixar seu corpo em forma”. Claudia lembra que a atividade não pode ser comparada à musculação, já que o exercício com aparelhos visa trabalhar músculos específicos, enquanto que a Zumba tem como objetivo o corpo todo, focando a parte cardíaca, similar às aulas de ginástica. “O segredo da Zumba é simplificar e divertir. Malhar o corpo todo sem perceber a hora passar. Dançar os mais diversos ritmos, acompanhar as coreografias com facilidade sem nunca ter dançado. E pode ser praticada por pessoas de todas as idades”, complementa Claudia.
Claudia Barcarol Preparadora Física
Acupuntura: uma terapia eficaz Jacson Martello - Fisioterapeuta Informe Publicitário
A Acupuntura é uma terapia milenar chinesa que consiste na aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo. Estas agulhas são aplicadas pelo acupunturista no local correspondente à situação a ser tratada ou no meridiano correspondente à doença. A terapia é uma parte importante do grande tesouro da Medicina Tradicional Chinesa. Tem uma história que remonta há mais de dois mil anos. Durante um tempo longo de prática, os médicos das diversas dinastias chinesas desenvolveram e aperfeiçoaram
esta especialidade que abrange várias teorias básicas, tais como: o Yin e o Yang, os Cinco Movimentos, os Zang-fu (órgãos e vísceras), Qi-Xue (energia e sangue) assim como vários métodos de manipulação de agulhas e experiências clínicas importantes do tratamento segundo os sintomas e sinais, fazendo com que a Acupuntura seja uma terapia muito eficaz. É uma técnica segura, eficiente e com poucas contraindicações e que pode ser utilizada em quase todas as pessoas. Muita gente é fã destas agulhas. As agu-
lhas de Acupuntura não contêm medicamentos, quando certos pontos do corpo são estimulados, ocorre a liberação de neurotransmissores naturais no organismo. O estímulo faz com que substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar, como endorfina e serotonina, sejam liberadas, equilibrando o funcionamento do corpo. A Acupuntura apresenta ação geral e específica e atua nos diversos sintomas e doenças, de acordo com técnicas e pontos selecionados, como indica o quadro:
Maus-tratos na infância ou Síndrome da Criança Espancada No Brasil não existem dados estabelecidos sobre a incidência, mas estudos recentes mostraram que 10 em cada 1.000 crianças são vítimas de maus-tratos e que dessas, 2 a 3% morrem Aira Brandelero- Traumatologista e Ortopedista infantil
Este é um assunto desagradável e difícil de assimilar por pessoas civilizadas, que recém nascidos e crianças pequenas podem ser maltratadas dentro de suas próprias casas por seus cuidadores transtornados. Maus-tratos em crianças podem ser definidos como toda ação ou omissão, por parte do adulto cuidador, que possa resultar em dano ao desenvolvimento físico, emocional, intelectual, moral ou social da criança ou adolescente. Podem ser classificados em quatro tipos: físicos; emocionais (psicológicos); •Março 2014 • 18
sexuais; ou negligência (omissão ou abandono). Em 1946, o dr. Jhon Caffey, um pediatra e radiologista pediátrico da cidade de Nova York, relatou pela primeira vez a associação de múltiplas fraturas em ossos longos com hematoma crônico subdural (crânio) em crianças vítimas de abuso doméstico. No Brasil, em 2001, o Ministério da Saúde determinou a notificação compulsória, por parte de todos os profissionais da saúde, de qualquer forma de violência contra crianças e adolescentes. Esta
comunicação é exigida por lei e não cabe aqui falar em violação do sigilo médico, pois sua omissão submete o profissional da saúde a uma multa de três a 20 salários de referência, e o dobro em caso de reincidência. O profissional da saúde, diante de uma suspeita de maus-tratos, deve imediatamente comunicar a um desses três órgãos: Conselho Tutelar, Delegacia de Polícia ou Ministério Público. Todas essas instituições tem obrigação de zelar pela defesa dos direitos da população infanto-juvenil. Trata-se de um diagnóstico difícil e delicado, um erro pode, des-
de injustiçar pais inocentes, até ser omisso para com uma criança, vítima de abuso. Neste último caso, uma reincidência poderá custar-lhe a vida. A história apresentada pelos pais normalmente é vaga e muitas vezes deliberadamente mentirosa, além de existir um inexplicado atraso entre o “acidente” e a procura pelo atendimento médico. Uma combinação da história contada, a idade da criança (normalmente abaixo de três anos de idade), o comportamento dos pais e certas manifestações clínicas servem para fazer o diagnóstico diferencial entre lesões acidentais e lesões por espancamento. Os sinais sugestivos de abuso infantil incluem a presença de múltiplas lesões agudas (equimoses, hematomas, escoriações, mordidas, queimaduras e edemas de partes moles), hematoma subdural, alterações comportamentais, presença de múltiplas fraturas (principal-
mente fêmur, tíbia e úmero) e/ou fraturas em diferentes estágios. Entretanto, fraturas isoladas ocorrem frequentemente. Dados americanos estimam uma incidência anual de maus-tratos de 15 a 40 casos por 1.000 crianças, que aproximadamente um milhão de crianças são vítimas a cada ano e que mais de 1.200 são mortas em decorrência dos maus-tratos (*). No Brasil não existem dados estabelecidos sobre a incidência, mas estudos recentes mostraram que 10 em cada 1.000 crianças são vítimas de maus-tratos e que dessas, 2 a 3% morrem. Sabe-se que aproximadamente 50% das crianças vítimas de abuso físico que retornam ao lar, voltam a ser espancadas e, dessas, 20% acabam evoluindo para a morte. Das que se salvam, pode-se esperar graves sequelas psicossociais: déficit da função cognitiva, das habilidades motoras, de expressão e de recepção da linguagem, dentre outros proble-
mas durante as diversas fases do seu desenvolvimento. Este tema pode ser abordado por muitos outros profissionais da área da saúde, mas o ortopedista, normalmente, é quem recebe a criança maltratada em primeira mão e deve ser capaz de fazer o diagnóstico correto, para que possa ser quebrado o ciclo de abuso e negligência nesta criança. (*) Dados retirados da Revista Brasileira de Ortopedia 2013.
Aira Brandelero Ortopedista e Traumatologista
A difícil tarefa de manter hábitos alimentares saudáveis com a chegada do frio Se todos conseguissem manter o padrão da dieta como se fosse verão, perderiam um pouco de gordura corporal, resultando numa eliminação de peso significativa durante todos os meses de frio Nileiza Durand
O verão foi embora e com a chegada das baixas temperaturas quem não se rende aos alimentos mais calóricos? De acordo com a nutricionista Kerli Fusinatto, a mudança de hábito parece ser automática. “Com o frio, gastamos um pouco mais de energia para manter a temperatura do corpo e fornecer energia aos tremores que temos (movimentação do músculo esquelético, como se fosse um exercício), porém, esse aumento do gasto não é tão grande assim, afinal, moramos num país tropical, então, é inevitável os indivíduos ganharem peso por abusarem da comida gordurosa e pesada”. A nutricionista avalia que se todos •Março 2014 • 20
conseguissem manter o padrão da dieta como se fosse verão, perderiam um pouco de gordura corporal, resultando numa eliminação de peso significativa durante todos os meses de frio, porém, isso é difícil de acontecer, pois as pessoas deixam de lado os alimentos frescos, leves e refrescantes para consumir os mais pesados. Entretanto, para não cair nessa tentação, a nutricionista Kerli orienta que o primeiro passo é trabalhar a mente, focando no objetivo de manter e/ou reduzir peso, pois isso evitará a compulsão alimentar. Após estabelecer um foco, a profissional recomen-
da seguir as seguintes dicas: 1- Mantenha o consumo de lanches naturais: os lanches naturais são excelentes para quem faz reeducação alimentar, afinal, são leves, nutritivos e saudáveis. Mas como torná-los mais atraentes no inverno? Simplesmente esquentando. “Você pode manter os mesmos recheios tradicionais (atum, peru, queijo branco, presunto magro, etc), porém, pode esquentar seu lanche no micro-ondas, chapa, grill, ou outros, deixando-o quentinho e/ou crocante!”, sugere a nutricionista. 2- Cuidado com os doces: os maiores vilões da dieta, juntamente com
3- Cautela com o que come no jantar: é mito que comer à noite engorda, porém, deve-se tomar cuidado com os alimentos ingeridos nesse horário, para não dificultar sua digestão e desacelerar o metabolismo. “A velha e boa sopa é a melhor pedida, porém, evite preparar cremes gordurosos ou comer muito pão junto com a sopa. A receita ideal: legumes e verduras + carne magra ou ovo + um tipo de carboidrato (macarrão, arroz, batata, mandioquinha, mandioca ou pão integral)”, recomenda a nutricionista. 4- Exercícios: esqueça a ideia de sair da academia ou abandonar os treinos no inverno. “Ficar sem exercícios, pode fazê-lo comer mais e optar por coisas não saudáveis. Mantenha sua rotina de treino para manter o gasto calórico alto”, lembra a nutricionista.
5 - Atente ao fracionamento das refeições: aquela regra de comer de três em três horas continua valendo, então, pense da seguinte forma: não vou comer de forma exagerada, pois daqui três horas terei que comer novamente. “Essa ideia ajuda a fazer as refeições sem abusar”, explica a profissional. 6- Quando bater a vontade de ingerir bebidas quentes e calóricas: Cappuccino, café com açúcar, achocolatado, etc, compre o pó no sabor chocolate e bata com leite desnatado quentinho.
light tem menos calorias que pode ser ingerida em dobro”, alerta a nutricionista. 9- Assim como no verão, continue com uma boa ingestão de líquidos: “É claro que a vontade de tomar um copo de água não é a mesma, mas você pode optar por chás para esquentar o corpo”, lembra ela.
Foto Studio Zolet
as gorduras, são os doces (que muitas vezes são um mix de açúcar e gordura). “Tente driblar o consumo deles consumindo doces diet, light ou chocolate amargo”, orienta ela.
7- Evite ter guloseimas em casa: sabe-se que por maior que seja a disciplina, muitas vezes a tentação fala alto, então, o recomendado é evitar comprar besteiras e deixar em casa. “Afinal, você pode morrer de vontade, mas se não tiver em casa, dificilmente você irá sair para comprar”, diz a especialista. 8- É importante lembrar que até o alimento na versão light deve ser consumido moderadamente: “Não é porque a versão
Kerli Fusinatto Nutricionista
Dor relacionada ao trabalho Lenoir Tissiani Junior- Médico do Trabalho
A alta prevalência de LER/Dort tem sido explicada por transformações do trabalho e das empresas, cuja organização tem se caracterizado pelo estabelecimento de metas e produtividade, considerando suas necessidades, particularmente de qualidade dos produtos e serviços e aumento da competitividade de mercado, sem levar em conta os trabalhadores e seus limites físicos e psicossociais. Para efeito, são considerados sinônimos Lesões por Esforços Repetitivos (LER), Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort), Síndrome Cervicobraquial Ocupacional, Afecções Musculoesqueléticos Relacionadas ao Trabalho (Amert) e Lesões por Traumas Cumulativos (LTC). As lesões por esforços repetitivos e os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho são, por defi•Março 2014 • 22
nição, um fenômeno relacionado ao trabalho. Ambos são danos decorrentes da utilização excessiva, imposta ao sistema musculoesquelético, e da falta de tempo para recuperação. Caracterizam-se pela ocorrência de vários sintomas, concomitantes ou não, de aparecimento insidioso, geralmente nos membros superiores, tais como dor, formigamento, sensação de peso e fadiga. A etiologia dos casos de LER/Dort é multifatorial. Diferentemente de uma intoxicação por metal pesado, cuja etiologia é claramente identificada, nos casos de LER/Dort é importante analisar os vários fatores de risco envolvidos direta ou indiretamente. Por exemplo, fatores organizacionais como carga de trabalho e pausas para descanso podem controlar fatores de risco quanto à frequência e à intensidade.
Tratamento Fatores de Risco • O posto de trabalho; • Exposição a vibrações; • A exposição ao frio; • A exposição a ruído elevado; • As posturas incorretas; • A carga mecânica musculoesquelética; • As exigências cognitivas e monotonia. Diagnóstico: como identificar um caso de LER/ Dort Na Rede Assistencial da Atenção Básica: por equipes de saúde, como ocorre no Programa Saú¬de da Família (PSF): • Atividades extralaborais; • Antecedentes pessoais: traumas, fraturas e outras formas de adoecimento pregresso; • Antecedentes familiares: a existência de diabetes, outros distúrbios hormonais e “reumatismos”; • Exame físico do sistema musculoesquelético; • Exames complementares, avaliação laboratorial e/ou avaliação especializada, se necessário e encaminhamento.
O tratamento não é exclusividade médica. É desejável a participação de outros profissionais de saúde, tais como fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, enfermeiro, assistente social, psicólogo, profissional de terapias complementares e terapeuta corporal, com domínio de técnicas diversificadas para se obter a efetividade no tratamento. Os medicamentos devem ser prescritos de maneira cautelosa. A fisioterapia é primordial para o tratamento dos pacientes com LER/Dort, tendo como objetivos principais o alívio da dor, o relaxamento muscular e a prevenção de deformidades, proporcionando uma melhoria da capacidade funcional. A terapia ocupacional tem se mostrado bastante útil na conquista da autonomia dos pacientes adoecidos por LER/Dort. As terapias complementares, como acupuntura, do-in, shiatsu, entre outras, têm se mostrado pertinentes ao tratamento de LER/Dort. Os procedimentos cirúrgicos não têm se mostrado úteis nos casos de LER/Dort. Frequentemente, os pacientes com história relativamente longa, submetidos a procedimentos cirúrgicos, evoluem para dor crônica de difícil controle.