Sampa

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SAMPA DIRETÓRIO ACADÊMICO RUTH PAOLINO / PROF. JADIEL TIAGO

VIAGEM DIDÁTICA 16 A 18 MARÇO - 2018 UNAERP ARQ URB


DESTINOS pg.3 SESC POMPÉIA

pg.6 PINACOTECA

pg.10 SESC 24 DE MAIO

pg.14 PRAÇA DAS ARTES

pg.18 IMS

pg.21 MASP

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SESC POMPÉIA (LINA BO BARDI 1983) Há exatos 35 anos (1983), uma bomba explodia no ambiente arquitetônico brasileiro, mais especificamente em São Paulo. Essa bomba era o Centro de Lazer Fábrica da Pompéia, hoje conhecido simplesmente como SESC-Pompéia. Por que bomba? Porque ... era ininquadrável nas gavetas da arquitetura corrente. Era estranho. Era feio? Fora de escala? Bruto, mas também delicado? Seguramente, era algo que não fazia parte do universo possível, alcançável às mãos dos arquitetos atuantes. Foi de fato uma bomba, um choque.

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No SESC Pompéia, Lina retoma, com revisão critica de quase vinte anos de distanciamento, sua experiência vivida na Bahia (1958 a 1964), no projeto de reabilitação do Solar do Unhão, projetado para funcionar como Museu de Arte Popular, mas duramente afetado pelo golpe militar de 1964. Muitos dos conceitos – a relação entre programa e projeto – utilizados no SESC Pompéia haviam sido experimentados nessa fase baiana. O componente popular, ou seja, a formulação de uma programação abrangente e inclusiva, somada às soluções espaciais de acessibilidade (trazer a rua, a vida pública para o interior do Centro) que contemplasse e criasse interesse às diversas faixas etárias e às


SESC POMPÉIA diversas classes sociais, sem discriminação, ... seria a chave para o sucesso do projeto. Uma função da arquitetura. E das mais nobres.

ver mais: https://www.archdaily.com.br/br/01153205/classicos-da-arquitetura-sescpompeia-slash-lina-bo-bardi? ad_medium=widget&ad_name=recommen dation

http://www.vitruvius.com.br/revistas/rea d/minhacidade/08.093/1897

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QUANDO CHEGAMOS AO CONJUNTO PARA INICIAR OS TRABALHOS E INSTALAR NOSSO ESCRITÓRIO, O SESC JÁ PROMOVIA ATIVIDADES CULTURAIS E ESPORTIVAS NAQUELE ESPAÇO. (ESSA É, ALIÁS, UMA PRATICA CORRENTE DA ORGANIZAÇÃO. FOI ASSIM TAMBÉM NO BELENZINHO, NO SESC PINHEIROS E AGORA NO SESC PAULISTA. COMEÇARAM A UTILIZAR O ESPAÇO DE FORMA IMPROVISADA, ANTES MESMO DA REFORMA OU DA CONSTRUÇÃO DEFINITIVA DO CENTRO). NA POMPÉIA, ENCONTRAMOS VÁRIAS EQUIPES DE FUTEBOL DE SALÃO, TEATRO ARMADOR FEITO COM RECURSOS MÍNIMOS, O BAILE DA TERCEIRA IDADE, O CHURRASCO AOS SÁBADOS, O CENTRO DE ESCOTEIROS MIRINS E MUITA CRIANÇA CIRCULANDO POR TODO LADO, COMO REVOADA DE PASSARINHOS. LINA, MUITO RAPIDAMENTE, CAPTOU O LUGAR: “O QUE QUEREMOS É EXATAMENTE MANTER E AMPLIFICAR AQUILO QUE ENCONTRAMOS AQUI, NADA MAIS”. MARCELO FERRAZ - ARQUITETO E URBANISTA SOBRE O TRABALHO NO SESC POMPÉIA, AO LADO DE LINA BO BARDI.

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PINACOTECA (PAULO MENDES DA ROCHA 1998) Construído na última década do século dezenove para abrigar o Liceu de Artes e Ofícios nunca foi totalmente concluído. Já em Novembro de 1905 foram executadas as primeiras obras de adaptação, ainda sob o plano e direção do arquiteto Ramos de Azevedo, para receber a primeira coleção de quadros pertencentes ao Estado e que passaram a constituir a Pinacoteca. De lá para cá, o edifício passou a receber diversos tipos de ocupação e toda a sorte de absurdas agressões e abandono, desde a inclusão de piso intermediário numa ala inteira, para abrigar uma escola com milhares de alunos, até as transformações, inevitáveis, dos arredores, desengonçando sua implantação, quando deveriam manter-se cuidadosas com a sua arquitetura peculiar. O prédio em si também sofreu estragos, consequência das águas, do estado dos telhados, goteiras e entupimentos das prumadas de águas pluviais, principalmente.

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O trabalho do edifício da Pinacoteca, duas operações marcam, de maneira fundamental, sua transformação. Em um primeiro momento, a rotação do eixo principal de visitação, lograda graças à manobra sutil de cruzar, com pontes, os espaços vazios dos pátios internos, que altera a implantação do edifício e sua relação com a cidade.


PINACOTECA (PAULO MENDES DA ROCHA 1998) Esta manobra, no interior do edificio, exibe a virtude da arquitetura em sua extensão ao espaço urbano, seu poder de narração —linguagem peculiar de uma forma de conhecimento histórico do gênero humano. Experiência. O objetivo primordial da obra foi a adequação do edifício às necessidades técnicas e funcionais para receber definitivamente a Pinacoteca do Estado, cujo perfil funcional estava perfeitamente delineado pela sua localização urbanística, pelos espaços internos, pelo público potencial e pela idéia de ampliação do acervo, recepção de exposições temporárias e dotação do prédio de toda a infraestrutura necessária.

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Os vazios internos foram cobertos por claraboias planas, confeccionadas em perfis de aço e vidros laminados. Evitou-se a entrada de chuva e garantiu-se, através da ventilação, a reprodução das condições originais de respiração do conjunto dos salões internos. Ao mesmo tempo, possibilitou uma nova utilização desses espaços: no nível do chão, salões de pé direito triplo, que possibilitam uma nova articulação entre todas as funções, liberta da rígida planta original; nos pisos superiores foram instaladas passarelas metálicas vencendo os vazios dos pátios


PINACOTECA (PAULO MENDES DA ROCHA 1998) laterais; no vazio central, foi construído o auditório, cuja cobertura, no primeiro pavimento, transformou-se num saguão monumental que articula, em conjunto com as passarelas, praticamente sem barreiras, através dos eixos longitudinal e transversal do edifício, todos os seus espaços. Em um pátio lateral foi instalado um grande elevador para o público e montagens. Com a viabilização da nova circulação pelo eixo longitudinal do edifício, interligando as duas varandas laterais, e devido ao fato de estar o prédio numa esquina, a entrada do museu foi transferida para a frente da Praça da Luz, na face sul, modificando-se a sua implantação com relação à cidade. Também foi corrigido, dessa forma, o inconveniente estrangulamento entre o prédio e a Avenida Tiradentes. O acesso, agora possível a partir de um amplo recuo com relação a Praça da Luz, espaço externo largo e contínuo, estabelece um diálogo interessante com o belo edifício da Estação da Luz e a animação proporcionada pelo metrô e pelo Parque ao lado.

https://www.archdaily.com.br/br/787997 /pinacoteca-do-estado-de-sao-paulopaulo-mendes-da-rocha

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ver mais:


“AGORA É POSSÍVEL VISITAR O PRÉDIO COMO SÓ AS ANDORINHAS PODIAM FAZER, NÃO PRECISA MAIS FICAR CIRCUNDANDO OS PÁTIOS COMO NUM CONVENTO"

PAULO MENDES DA ROCHA SOBRE A PINACOTECA

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SESC 24 DE MAIO (PAULO MENDES DA ROCHA 2017) “Qual o objeto da arquitetura? Amparar a imprevisibilidade da vida”, explica Paulo Mendes da Rocha, sentado em meio a uma das salas do Sesc 24 de Maio, cercado pelos históricos edifícios que ocupam a esquina da rua Dom José de Barros com a via que dá nome ao prédio, no centro da cidade de São Paulo. A frase de efeito não resume apenas a missão de um arquiteto, mas também do novo empreendimento que, como diz o próprio Paulo Mendes da Rocha, inaugura, mais uma vez, a ideia de ocupação, ao tomar conta de um edifício que, nos anos 70, ficou famoso por abrigar a loja de departamento Mesbla. “[A ocupação] É indispensável para a cidade – ninguém vai demolir tudo para construir do zero um empreendimento como esse”, explica o arquiteto que concebeu o projeto em parceria com o escritório MMBB Arquitetos.

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Nos seus atuais 28 mil m² de área construída, distribuídos em 13 andares, o novo Sesc tem toda a ambição que o endereço exige, e como os ícones que o cercam, entre eles a Galeria do Rock e o Theatro Municipal, tem, desde de sua idealização, em 2001, o compromissos de movimentar o centro da cidade - antes, durante e depois do horário comercial.


SESC 24 DE MAIO (PAULO MENDES DA ROCHA 2017) escalada, salas de oficinas e “comedoria” (restaurante). Completa a obra um outro prédio menor, que abriga os serviços e equipamentos usados para fazer funcionar o novo SESC.. A construção conta ainda com uma sala de exposição de 1.300 m², 12 mil títulos em sua biblioteca, 14 consultórios odontológicos, jardim, cafeteria, brinquedoteca, salas para oficina, academia, comedoria entre muitos outros espaços. Todos igualmente marcados pela ausência de paredes, a onipresença de colunas, o concreto aparente e as enormes janelas de vidro que garantem que ninguém se esqueça que está no coração de São Paulo. No coração do prédio, por sua vez, onde antes havia uma cúpula para iluminar a sobreloja, hoje se destaca um vazio, de 14x14 m, criado para integrar andares, ampliar alguns pés direitos e dar ao projeto a unidade e o ar que ele exigia.

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Para além da cobertura, as rampas também ganham um protagonismo incontestável. Construídas na beira de uma parede de vidro sustentada por uma estrutura de ferro, elas não são apenas responsáveis por conectar todos os andares, mas também por trazer linhas


SESC 24 DE MAIO (PAULO MENDES DA ROCHA 2017) retas e um certo ar modernista ao projeto além de, segundo Mendes da Rocha, animar o prédio. “Você precisa ver as pessoas passando por elas”, comenta o arquiteto. Fora as inúmeras soluções arquitetônicas e a estrutura imponente, a grande surpresa do Sesc é mesmo o diálogo com o público e a cidade. Aparentemente fechado em um bloco espelhado – ao menos para quem vê de fora – o edifício repleto de janelas, e com uma praça aberta no 11º andar, surpreende ao manter o público ciente do entorno praticamente em toda as salas – chegando até a coincidir alguns dos andares com o piso das galerias ao redor. É um contato direto e intenso, quase tão bruto quanto o concreto que dá forma ao prédio, mas que, para Paulo Mendes, não choca – ou ao menos não deveria chocar. “Uma cidade como São Paulo é uma exacerbação de civilização. Mas eu acho uma maravilha, não acho feio não”, explica o arquiteto admirando a vista.

http://www.caubr.gov.br/paulomendesdar ocha/?page_id=8

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ver mais: https://casavogue.globo.com/Arquitetura/ noticia/2017/07/sesc-24-de-maiosurpreende-ao-abracar-o-centro-de-saopaulo.html


“VOCÊ PRECISA VER AS PESSOAS PASSANDO POR ELAS”

PAULO MENDES DA ROCHA SOBRE AS PASSARELAS DO SESC 24 DE MAIO

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PRAÇA DAS ARTES (BRASIL ARQUITETURA 2012) Há projetos de arquitetura que se impõem soberanos em grandes espaços livres, situações aprazíveis e visíveis à distância. Há outros projetos que precisam se acomodar a situações adversas, espaços mínimos, nesgas de terrenos comprimidos por construções existentes, em que os parâmetros para seu desenvolvimento são ditados por tais singularidades. O caso da Praça das Artes se enquadra entre estes últimos. E não é por decisão voluntária ou por opção entre esse ou aquele aproach, por essa ou aquela direção a tomar o que nos leva a uma escolha e decisão conceitual. É, precisamente, a natureza do lugar. É sua compreensão enquanto espaço resultante de fatores sociopolíticos ao longo de muitos anos – ou séculos – de formação da cidade. Compreender o lugar não somente como objeto físico, como diz Siza, mas como espaço de tensão, de conflitos de interesses, de subutilização ou mesmo abandono, tudo importa.

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Se, por um lado, o projeto da Praça das Artes deve responder à demanda de um programa de diversos novos usos, ligados às artes musicais e do corpo, deve, também, responder de maneira clara e transformadora a uma situação física e espacial preexistente, com vida intensa e com uma vizinhança fortemente presente.


PRAÇA DAS ARTES (BRASIL ARQUITETURA 2012) Há projetos de arquitetura que se impõem soberanos em grandes espaços livres, situações aprazíveis e visíveis à distância. Há outros projetos que precisam se acomodar a situações adversas, espaços mínimos, nesgas de terrenos comprimidos por construções existentes, em que os parâmetros para seu desenvolvimento são ditados por tais singularidades. O caso da Praça das Artes se enquadra entre estes últimos. E não é por decisão voluntária ou por opção entre esse ou aquele aproach, por essa ou aquela direção a tomar o que nos leva a uma escolha e decisão conceitual. É, precisamente, a natureza do lugar. É sua compreensão enquanto espaço resultante de fatores sociopolíticos ao longo de muitos anos – ou séculos – de formação da cidade. Compreender o lugar não somente como objeto físico, como diz Siza, mas como espaço de tensão, de conflitos de interesses, de subutilização ou mesmo abandono, tudo importa. REISE | PAGE 4

Se, por um lado, o projeto da Praça das Artes deve responder à demanda de um programa de diversos novos usos, ligados às


PRAÇA DAS ARTES (BRASIL ARQUITETURA 2012) artes musicais e do corpo, deve, também, responder de maneira clara e transformadora a uma situação física e espacial preexistente, com vida intensa e com uma vizinhança fortemente presente. O lugar contém marcas e memórias de diferentes épocas, retratadas nas arquiteturas do Conservatório Dramático e Musical, na fachada do Cine Cairo e, também, nos edifícios que o cercam. Resultado dos desacertos de um urbanismo que sempre se submeteu à ideia do lote, à lógica da propriedade privada da terra, contém um ‘estoque’ de espaços vazios, subutilizados ou ociosos, abandonados, esquecidos, esperando que a cidade volte a ter interesse por eles.

ver mais: http://www.vitruvius.com.br/revis tas/read/projetos/13.151/4820

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Assim como em quase toda a região central da cidade, tal lugar tem uma vizinhança predial caótica do ponto de vista volumétrico, das normas de insolação e ventilação saudáveis. Entretanto, possui uma situação privilegiada de humanidade ao seu redor, pleno de diversidade, vitalidade, mistura de classes sociais, de usos, de conflitos e tensões característicos da grande cidade – espaço da convivência e da busca de tolerância.

Enfim, o lugar é rico em urbanidade.


ESTE EDIFÍCIO POSSUI UM PÉ-DIREITO LIVRE, DE MODO A LIBERAR O PAVIMENTO TÉRREO AOS PEDESTRES, QUE PODEM CRUZAR O QUARTEIRÃO DE LADO A LADO E EM TRÊS DIREÇÕES, A CÉU ABERTO OU PROTEGIDOS POR MARQUISES. ESSA É A “TRAVESSA DAS ARTES” MARCELO FERRAZ, BRASIL ARQUITETURA

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INSTITUTO MOREIRA SALLES (ANDRADE MORETTIN, 2017) Por meio de um concurso fechado realizado em 2011 por um conjunto de seis significantes escritórios brasileiros convidados (Andrade Morettin Arquitetos, Arquitetos Associados, Bernardes Arquitetura, UNA Arquitetos, SPBR e Studio MK27), a proposta inicial desenvolvida em cerca de dois meses pelo escritório paulistano Andrade Morettin Arquitetos sagrou-se vencedora. Da questão central que norteou o projeto, um dos pontos relevantes nasce a partir da relação do edifício com a cidade, através de sua posição estratégica na Avenida Paulista, no lote com 20x50 metros. Dessa forma, os arquitetos pensaram-no como importante mecanismo ligado à cultura e papel museológico no privilegiado endereço, para que o mesmo assumisse a serenidade requerida dentro do ambiente dinâmico da Paulista.

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Como impor um edifício que se relacione à vida da Avenida, conjuntamente ao espaço museológico, preservando a demanda à serenidade? De fato, a proposta do escritório foi condizente, dado que o novo prédio desde a fase projetual já


INSTITUTO MOREIRA SALLES (ANDRADE MORETTIN, 2017) estabeleceu resposta aos problemas impostos, norteandoos. A resposta à relação entre o ambiente interno e externo é criada por meio de um invólucro, com sistema de envelopamento duplo ao edifício, protegendo seu interior, na área expositiva, mas ainda, permitindo a entrada de luz natural. Através da instalação de vidros especiais, semi-translúcidos, a pele estabelece diálogo entre o exterior e o interior, possibilitando contemplação a quem se encontra dentro do edifício, e para quem se encontra do lado de fora, ainda percebe resquícios da vida interna. A pele em vidro ainda age como protetora térmica, filtrando o excesso de radiação solar, buscando o controle lumínico ideal ao espaço expositivo e circulações, além da visibilidade, consequentemente interferindo no desenho, que no período diurno age como um cristal e no período noturno, age como lanterna, emitindo luz à cidade.

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INSTITUTO MOREIRA SALLES (ANDRADE MORETTIN, 2017) A transição do nível do solo ao primeiro pavimento é feita por escadas rolantes, concebendo passeio tridimensional pelo espaço, e à medida que o pedestre vai sendo transferido entre as cotas, no simples gesto, faz a leitura da cidade. No nível da calçada, a grande área sombreada, junto às escadas, abriga o restaurante do edifício, num simpático diálogo entre os espaços público e privado, além de volume lateral em concreto que corta verticalmente o edifício, comportando escadas técnicas, de emergência, elevadores e sanitários. O esqueleto metálico foi prédimenrsionado para que o canteiro de obra funcionasse com a melhor lógica construtiva, visto que o terreno com 20x50 metros, antigo estacionamento, não propiciava grandes espaço de canteiro, impondo um desafio estrutural junto à equipe. As lajes também foram dimensionadas para viabilizar o recebimento de grandes obras de arte e cargas. REISE | PAGE 4

ver mais: https://www.archdaily.com.br/br/ 881022/instituto-moreira-sallesabre-suas-portas-em-sao-paulo


MASP (LINA BO BARDI, 1968) O Museu de Arte de São Paulo foi construído graças à ideia de Pietro María Bardi, marido de Lina, junto a Assis Chateaubriand, que em 1946, decidem criam um novo museu de arte em São Paulo. Inicialmente, este museu funcionava no segundo andar do edifício dos Diários associados, com uma área de 1000 metros quadrados, inaugurado em 1947. A ideia sempre foi realizar exposições periódicas, promovendo os aspectos didáticos da arte com concursos e conferencias, e abrir escolas sobre diversos temas. Encontra-se num ponto privilegiado da cidade, o cruzamento de dois eixos viários sobrepostos: a Avenida Paulista e o túnel da Avenida 9 de Julho. O edifício foi projetado como um contêiner de arte, que armazena a cultura na zona onde se implanta. Uma arquitetura simples, que comunica de imediato aquilo que no passado foi chamado de monumental.

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O edifício é materializado como um grande volume que se suspende para deixar o térreo livre, estruturando-se em dois grandes pórticos. O volume elevado está suspenso a oito metros do solo.


MASP (LINA BO BARDI, 1968) Com uma extensão total de 74 metros entre os pilares, a obra constituiu o maior vão livre do mundo em sua época.

http://au17.pini.com.br/arquitetur a-urbanismo/249/a-estrutura-domasp-de-lina-bo-bardi-3339841.aspx

O vazio, que constitui a praça seca e hall de entrada do edifício, articula ambos os lados do edifício com a cidade: por um lado os edifício da Avenida Paulista, que estão na mesma cota que o vazio, e por outro, o espaço que se abre nas cotas escalonadas até o interior do túnel da Avenida 9 de Julho. O vazio entrega ao projeto um espaço de ar e sombra entre os altos edifícios da cidade. Uma escada ao ar livre e um elevador em aço e vidro são as circulações verticais do edifício. A escada representa tanto o caminho do passado ao futuro, a ideia de tempo, como uma forma de articular o espaço, um lugar de encontro entre o exterior e o interior. Em um extremo do vazio, atrai os visitantes, os prepara e os faz subir lentamente, e pausadamente, com uma escala humana dentro de um vazio de escala desmesurada. REISE | PAGE 4

ver mais: https://www.archdaily.com.br/br/ 01-59480/classicos-daarquitetura-masp-lina-bo-bardi


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