CENTRO DE FORMAÇÃO TÉCNICA AMBIENTAL
Flávia Gabriela Escobar de Figueiredo Orientadora: Ana Cecília M. de Arruda Campos
Trabalho Final de Graduação l 2017 Pontifícia Universidade Católica Centro de Ciencias Exatas e Tecnologias Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Aos meus pais, por serem meus maiores incentivadores e apoiadores; Aos meus amigos, por sempre estarem ao meu lado, tornando a vida mais leve; Aos meus colegas de grupo, por todos os momentos de trabalhos e risadas; À minha orientadora, por me guiar e inspirar neste ultimo ano inteiro; À mim mesma, por persistir mesmo quando a vontade era de desistir; E à todos que me inspiraram e contribuíram de alguma forma para o meu crescimento acadêmico e pessoal,
Minha eterna gratidão.
Índice
1. Introdução 2. ContextualizaçãO
LOCALIZAÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA OS GALPÕES 0 ENSINO TÉCNICO NO BRASIL
3. Diretrizes
PROGRAMA IMPLANTAÇÃO O NOVO E O VELHO ORGANOGRAMA
4. O PROJETO
8
12 14 14 16
20 22 26 28
PLANTAS CORTES FACHADAS DETALHamentos
32 34 36 38
5. BIBLIOGRAFIA
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INTRO
INTRODUÇÃO
8
INTRODUÇÃO Um galpão de importância histórica. A necessidade de resgatar essa memória. Uma comunidade. A necessidade de profissionalizar pessoas de uma forma rápida e eficaz.
Ao estudar e compreender o Jaguaré e sua história, ficou claro qual o rumo que este trabalho tomaria. A CAC- Cooperativa Agrícola de Cotiatombada pelo Conpresp, é um marco na história do desenvolvimento econômico no Jaguaré. O galpão, que possui grande potencial para abrigar os mais diversos usos e tornar-se um local de identificação histórica e cultural do bairro, atualmente funciona como um estacionamento de automóveis, desperdiçando todo o seu potencial como área pública e integradora. A escolha de abrir esse espaço para todos, busca fazer com que a CAC volte a tornar-se um local de grande importância não apenas para os moradores do bairro, mas para a cidade de São Paulo. A decisão de realizar um Centro de Formação Técnica Ambiental nos galpões da CAC surgiu como uma forma de atender a demanda por um ensino técnico na região, e com a futura saída do CEAGESP, contemplar uma grande quantidade de mão de obra não qualificada que ficaria desempregada oferecendo cursos de curta duração para aqueles que gostariam de continuar atuando no ramo. A proximidade com a favela Nova Jaguaré, que fica a 700m de distância da CAC, compondo
30% da população do distrito Jaguaré também foi decisivo na hora de determinar o tipo de ensino, já que, conversando com uma das integrantes do CCP (Centro Cultural Profissionalizante) presente na favela, foi falado sobre a importância de cursos de curta duração, que eram os que mais tinham adesão e sucesso entre os moradores da comunidade. A escolha de trabalhar apenas com cursos voltados ao meio ambiente é uma forma de resgatar a memória do galpão através do uso. O que um dia foi um marco nas grandes produções e comercializações de produtos hortigranjeiros, seria transformado em um local para aprender sobre essas questões. Além disso, trabalhar com um ensino voltado ao meio ambiente se vincula com a proposta do plano urbano de hortas urbanas, que visa a sustentabilidade e uma microeconomia em torno da produção de alimentos.
FONTE: < http://mapio.net/pic/p-25367378/>
I
INTRO
CONTEXTUALIZAÇÃO
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LOCALIZAÇÃO
O terreno da antiga Cooperativa Agrícola de Cotia está localizado em São Paulo, no bairro Jaguaré, entre a rua local Torres de Oliveira e uma das principais avenidas do bairro, Av. Kenkiti Simomoto. Os galpões tombados possui uma localização estratégica dentro do bairro, já que sua frente é voltada para uma das principais avenidas do bairro, e se localiza próximo ao ponto de ônibus existente e ponto do tram e ciclovia propostos no plano urbano, fazendo com que seja um local de fácil acesso por todos os tipos de modais. Em seu entorno encontra-se quadras grandes com uso predominantemente industrial, que após o estudo urbano teriam seus usos e parcelamentos do solo redefinidos. Muito próximo da CAC, encontra-se a cidade universitária da USP, a favela Nova Jaguaré, e do lado leste do rio Pinheiros, o CEAGESP, pontos de referências importantes.
2
1
3
1- Favela nova jaguare 2- CEAGESP 3- USP 50 100
200 METROS
galpões tombados
terreno CAC
GALPÕES TOMBADOS
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CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
As cooperativas começaram a se formar, principalmente, no final da década de 20. As famílias japonesas tiravam seus sustento a partir da produção vinda de seus pequenos pedaços de terras, e começaram a formar pequenas colônias e a partir desse agrupamento, cada colônia passava a produzir um mesmo tipo de produto. É nesse contexto que em 1927 surge a Cooperativa Agrícola de Cotia, sob o nome de Sociedade Cooperativa de Responsabilidade Limitada de Produtores de Batata em Cotia S/A, contando com 83 agricultores. Eram pequenos pequenos produtores de batata que depois começaram a se unir para vender em São Paulo, no que ficou conhecido como Largo da Batata. Com o tempo, veio a se tornar uma das maiores cooperativas do Brasil, incialmente somente com a produção de batatas, mas posteriormente contribuindo também com o plantio da soja, uva, manga e café, além da produção de ovo e frango. A CAC se destacou entre as demais empresas do setor, e a partir do final da década de 30 começou a se expandir para todo o estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. Seu auge se deu no final da década de 80, chegando a ser a maior entidade do gênero do país e da América Latina. Foi a principal produtora nacional até 1992 e responsável por 30% do abastecimento da Grande São Paulo em hortigranjeiros.
Em 1994, a cooperativa decidiu a dissolução por livre arbítrio e, quatro anos depois, os arquivos da cooperativa foram doados ao Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil, em São Paulo. Atualmente, os galpões funcionam como um estacionamento de veículos. Em 2009, três de seus galpões foram tombados pelo CONPRESP - O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da cidade de São Paulo.
OS GALPÕES
O complexo de galpões da Cooperativa Agrícola de Cotia era formado por dez edifícios. Os três galpões em que é proposto a realização de um centro de formação técnica correspondia a um depósito de vasilhames e armazém do moinho, atualmente funcionando como um estacionamento. Não se sabe ao certo a data de construção dos galpões, mas estima-se que foram construídos entre 1910 e 1930. Possuem uma área de 6.878,57m², estruturados em pilares de concreto, cobertos por arcos e treliças de madeiras, telhas de fibrocimento e fechamento em alvenaria.
FONTE: <http://www.saopaulo.com.br/largo-da-batata/
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1 5
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3 FONTE: ACERVO PESSOAL
1-Armazém de implementos e maquínas agrícolas 2 - Residencias de funcionários, 3 - refeitório e garagem, 4-depósito de vasilhames 5- armazém de consumo, 6-depósito de vasilhames e armazém do moinho, 7-manutenção de caminhões e depósito, 8- depósito de sementes de batata, 9-armazém de adubos, 10-posto de combustível, 11- portaria, 12- cobertura
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O ENSINO TÉCNICO NO BRASIL
A história do ensino técnico no Brasil já passa de cem anos. Em setempro de 1909, o presidente Nilo Peçanha assina o decreto 7.566, criando a Escola de Aprendizes Artífices, o que é considerado o marco inicial do do ensino profissional, científico e tecnológico de abrangência federal do país. O público alvo era principalmente jovens carentes, com o objetivo de inclusão social através de um ensino profissional primário e gratuito. Com a promulgação da Constituição de 1937, essas escolas foram transformadas nos Liceus Industriais, passando a desempenhar um papel estratégico para o desenvolvimento da economia e como um fator para proporcionar melhores condições de vida para a classe trabalhadora. Pouco tempo depois, em 1942, ocorreu uma produnda reforma no sistema educacional brasileiro promovida pelo o ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema. O ensino técnico foi equiparado ao ensino médio e passou a se chamar Escolas Industriais e Técnicas (EITs). O modelo prevaleceu até 1959, quando as EITs foram transformadas em Escolas Técnicas Federais (ETFs) e ganharam autonomia pedagógica e administrativa. A partir de 1961, o ensino profissinional é equiparado ao ensino acadêmico, fazendo com que o ensino técnino ganhasse um novo status. A partir desse momento, o ensino profissional e técnico passou a ser considerado essencial
para a expansão da economia e passou a se basear nas escolas técnicas dos países industrializados, já que até então prevalecia a ideia de que esse tipo de formação era destinada apenas a jovens carentes. Nos anos 1970, ocorreu uma forte expansão da oferta de ensino técnico e profissional, devido a aceleração do crescimento econômico. Em 1978, surgiram os três primeiros Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), com o objetivo formar engenheiros de operação e tecnólogos. Em 1986, os Cefets tornaram-se a unidade padrão da Rede Federal de Ensino Profissional, Científico e Tecnológico. Eles absorveram as atividades das ETFs e das Escolas Agrotécnicas Federais e se preocuparam em preparar o País para a revolução tecnológica ocorrida entre os anos 1980 e 1990. Em 2008, o sistema foi reorganizado com a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, que absorveram os Cefets e as Escolas Técnicas remanescentes. Atualmente, a Rede Federal conta com 38 Institutos, dois Cefets e uma Universidade Tecnológica Federal.
FONTE: <http://www.brasil.gov.br/educacao/2011/10/surgimento-das-escolas-tecnicas>
DIRETRIZES
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O PROGRAMA
A proposta desde trabalho consiste em uma escola técnica de nível médio voltada para cursos relacionados ao meio ambiente, como forma de retomar a memória da história da Cooperativa Agrícola de Cotia e vincular com a proposta urbana do grupo, que visa a sustentabilidade e propõe o uso de hortas urbanas nos miolos de quadra. Com isso, busca-se atender uma demanda por um espaço de ensino que seja aberto e integrador, atendendo as demandas do bairro e cidade por um ensino de qualidade. O ensino técnico é enquadado no nível médio do sistema educativo, estando entre o Ensino Médio e o Ensino Superior, orientado para a rápida integração do aluno no mercado de trabalho. Ele possui três categorias: -Integrado: É realizado juntamente com o Ensino Médio, na mesma instituição. -Concomitante: É realizado ao mesmo tempo que o Ensino Médio, porém paralelamente, em instituições separadas. -Subsequente: É realizado após a conclusão do Ensino Médio. No caso, os cursos oferecidos podem ser cursados de forma concomitante ao ensino médio, a partir dos 15 anos, ou subsequente. Além dos cursos técninos, haveria também a presença de cursos livres, de menor duração e oficinas, com idade mínima variável de acordo com a proposta de ensino
e sem escolaridade mínima. Para a elaboração do programa, a relação de cursos e o programa de necessidades básico foram retirados do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, um documento elaborado pelo Ministério da Educação que organiza a oferta de cursos, com informações como a carga horária mínima de cada curso, infraestrutura mínima requerida, dentre outras informações pertinentes. O programa é composto ao total por 6 cursos dos eixos técnológicos Ambiente e Saúde e Recusos Naturais, cada um atendendo 30 alunos cada, que seriam ministrados nos períodos da manhã, tarde e noite. Além disso, o programa abrange cursos livres e oficinas pontuais relacionadas aos cursos e meio ambiente. O eixo tecnológico AMBIENTE E SAÚDE compreende tecnologias associadas à melhoria da qualidade de vida e à preservação da natureza. Abrange ações de proteção e preservação dosseres vivos e dos recursos ambientais, da segurança das pessoas e comunidades, do controle e avaliação de risco, programas de educação ambiental. O eixo tecnológico de RECURSOS NATURAIS compreende tecnologias relacionadas a extração e produção animal, vegetal, mineral, aquícola e pesqueira. Abrange prospecção, avaliação técnica e econômica, planejamento, extração, cultivo e produção de recursos naturais e utilização de tecnologias de máquinas e implementos.
técnico em
técnico em
técnico em
CONTROLE AMBIENTAL
MEIO AMBIENTE
AGRICULTURA
CARGA HORÁRIA: 800H
CARGA HORÁRIA: 1200H
CARGA HORÁRIA: 1200H
O profissional atua realizando levantamentos ambientais, propondo medidas para a minimização dos impactos e recuperação de ambientes já degradados. Gerencia e monitora os processos de coleta, armazena mento e análise de dados ambientais.
O profissional atua na elaboração de laudos, relatórios e estudos ambientais. Identifica e analisa intervenções ambientais e suas consequencias, desenvolvendo ações de preservação, conservação, minimização e remediação de eefeitos.
O profissional planeja, organiza, dirige e controla a produção vegetal sustentável e projetos agrícolas. Projeta e implanta sistemas de irrigação e drenagem. Supervisiona a colheita e pós colheita e identificae aplica técnicas mercadológicas para a distribição e comercialização de produtos.
técnico em
técnico em
técnico em
AGRONEGÓCIO
FRUTICULTURA
PÓS-COLHEITA
CARGA HORÁRIA: 1200H
CARGA HORÁRIA: 1200H
CARGA HORÁRIA: 1200H
O profissional promove a gestão do negócio agrícola. Coordena operações de produção, armazenamento, processamento e distribuição dos produtos. Planeja, organiza, dirige e controla as atividades de gestão do ne gócio.
O profissional planeja, executa e monitora as etapas do processo produtivo, produção de sementes e mudas, pós colheita de frutas, serviços de manutenção de instalações, compra, venda e utilização de equipamentos especiali zados.
O profisional realiza manutenção, recebimento, maturação, consevação e armazenamento de frutas, grãos, tubérculos e hortaliças em pós colheita. Planeja com ferramentas de gestão a seleção, limpeza, classificação, armazenamento, embalamento, resfriamento, carregamento, transporte e distribuição ao consumidor.
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IMPLANTAÇÃO
Logo no plano urbano foram estabelecidas algumas diretrizes adotadas pelo projeto. Para criar mais conexões viárias e diminuir o tamanho das quadras, foram feitas novas vias de automóveis e pedestres. Além disso, as quadras sofreram uma redefinição de usos e reparcelamento do solo, para tornar o bairro mais denso e com usos mais diversificados. O terreno original da Cooperativa Agrícola de Cotia então, que antes ocupava uma quadra inteira, seria reduzido e apenas os galpões tombados seriam preservados, enquanto os outros seriam removidos para a implantação de novos edifícios com outros usos. A quadra final ficaria então com aproximadamente 25.000m², que seriam divididos entre o terreno com os galpões tombados da CAC e o projeto de outro membro do grupo, um centro de reabilitação para dependentes químicos. Os projetos teriam um muro verde separando eles, e um portão com ligação direta entre os terrenos, porém com acesso controlado. Eventualmente, as pessoas em processo de reabilitação poderiam trabalhar nas hortas do centro de formação técnica.
50 100
200 METROS
galpões tombados GALPÕES JÁ DEMOLIDOS
terreno CAC QUADRAS COM USOS E PARCELAMENTO REDEFINID0S
GALPÕES TOMBADOS EIXOS PEDESTRES
TRAM VIAS DE AUTOMÓVEIS
2
4 1
5
50 100
1- Favela nova jaguare 2- parque/antigo CEAGESP 3- USP 4- PARQUE LINEAR 5- HORTAS URBANAS
200 METROS
COOPERATIVA AGRÍCOLA DE COTIA
3
PONTO TRAM
o
10
20
40 metros
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O NOVO E O VELHO
Ao trabalhar com um patrimônio histórico deve-se levar em conta diversos fatores, mas principalmente o respeito pelo edifício, por sua história e memória. Cada restauração deve ser analisada de modo singular, levando em conta as características particulares de cada obra e os príncipios. A linha crítico-conservativa, levada em conta na hora da realização do projeto de intervenção nos galpões da antiga Cooperativa Agrícola de Cotia, é baseada na teoria brandiana e na releitura de aspectos do restauro crítico, linhas da teoria da restauração. Os príncipios essenciais da teoria crítica-conservativa são: 1. Distinguibilidade: Deve-se deixar sempre muito claro o que é existente e o que é proposto. 2. Reversibilidade: A intervenção deve ser feita de modo respeitoso e sem dificultar intervenções futuras, caso necessite de uma mudança. 3. Mínima Intervenção: A intervenção não deve descaracterizar o documento histórico, realizada sempre com prudência e bom senso. 4. Compatibilidade de técnicas e materiais: Deve-se levar em conta a materialidade do edifício e se utilizar tratamentos e intervenões com técnicas compatíveis, não nocivas. No trabalho, busca-se sempre fazer essa relação entre o velho e o novo, seja utilizando diferentes materiais e cores para diferenciar o existente do proposto, quanto usando o projeto original como base para a criação da intervenção, como é o caso das janelas laterais do galpão, que utiliza como
referencia os módulos das janelas existentes para a formação de novas janelas de diferentes tamanhos.
perspectiva janela existente x janela proposta
No caso, dentro do galpão optou-se a utilização de materiais metálicos e concreto aparente para todo o edifício do anexo, constrastando assim com o aspecto do galpão. Toda a estrutura interna metálica proposta foi pensada de uma forma independente da estrutura do galpão, com o mínimo de intervenção na casca do edifício, ocorrendo apenas na conexão entre o galpão e a biblioteca localizada externamente no anexo. Além disso foram criadas aberturas nas laterais do edifício, para auxiliar a iluminação e ventilação do galpão. O foyer do auditório é outro volume proposto, feito de metal e vidro. Ele ocupou o lugar de uma antigo volume no local, uma intervenção posterior à criação do galpão, que descaracterizava-o, e confundia o olhar das pessoas, já que não era clara a distinção entre o que era original, e o que era uma intervenção posterior. Todos os volumes propostos (com excessão dos volumes das estufas, por uma questão técnica e funcional) apresentam o mesmo pé direito, que surge em função do alinhamento com as janelas da fachada voltada para nordeste, mantendo-as intactas, e buscam uma linguagem parecida, utilizando brises verticais de diferentes maneiras. Os volumes que encostam na fachada do galpão são feitos em metal e vidro, com um aspecto leve, e o volume da biblioteca é feito em concreto aparente.
FONTE: ACERVO PESSOAL
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ORGANOGRAMA
Para realizar a distribuição do programa do projeto, a primeira coisa a ser decidida foram quais usos estariam dentro e fora do galpão. Analisando as necessidades impostas pelo programa, ficou claro como os espaços deveriam ser destribuídos. Usos maiores como a biblioteca e o auditório, que poderiam ser utilizados não apenas por alunos da instituição, mas por pessoas de fora,
teriam então a necessidade de estarem externos ao edifício. Enquanto a biblioteca fica no anexo, o auditório está localizado dentro do galpão, apenas com o foyer externo, voltado para fora. Outro uso que seria interessante estar voltado para a parte de fora, seriam os laboratórios que necessitam de um contato mais próximo com as hortas e o ambiente externo, portanto os laboratórios de análise vegetal e de grãos, solos, propagação vegetal e de processamento, classificação e armazenamento de produtos agrícolas ficaram situados no anexo externo, enquanto os laboratórios de química, biologia, análise bacteriológica e desenho, estão localizados dentro do galpão. Internamente, um fator decisivo para a dis-
ADMINISTRAÇÃO SALA DOS PROF. LABORATÓRIOS SALAS OFICINAS SALAS LIVRES SALAs CURSO LIVRE REFEITÓRIO BIBLIOTECA ARMAZÉM/ DEPÓSITO BANHEIRO VESTIÁRIO AUDITÓRIO/ foyer
tribição dos espaços foi a realização de um pátio central. A partir dele, foram destribuídos os usos em volta, sendo que as salas de aula dos primeiros e segundos anos estão localizadas no segundo pavimento, enquanto as salas de laboraório, cursos livres e oficinas estão no primeiro. A preocupação com espaços livres de qualidade, tanto dentro do galpão quanto fora, aliado às necessidades impostas pelo programa e seus usos, foram o que resultaram na forma de distribuição dos volumes, criando um pátio interno no galpão e outro externo, formado pelo volume do anexo proposto. O pátio teria então a função de integrar o espaço, incentivando as relações entre as diversas pessoas envolvidas no processo de ensi-
nar e aprender. O espaço de cultivo é essencial para o processo de aprendizagem dos cursos de agricultura e fruticultura e foram divididos em três áreas. A primeira e maior área destinada ao cultivo à céu aberto ficaria próximo aos laboratórios externos e a segunda na lateral do galpão, em duas estufas, possibilitando assim o aprendizado em diferentes modalidades de cultivo. Por fim, apareceria também- em menor escala e com um caráter mais paisagístico- no pátio externo formado pelos volumes no anexo. É importante ressaltar que, caso houvesse necessidade de mais áreas de plantio para o estudo do cultivo, poderiam ser utilizadas as hortas dos miolos de quadra mais próximos do local.
salas de aula salas informática biblioteca laboratórios auditório banheiro depósito enfermaria
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o projeto
A 32
PLANTAS ELEVAÇÃO 2
C
B
B ELEVAÇÃO 4
ELEVAÇÃO 3
C
ELEVAÇÃO 1
PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO - SEM ESCALA
A
A
C
C
B
B
PLANTA SEGUNDO PAVIMENTO - SEM ESCALA
A
34
cortes
CORTE A-A - SEM ESCALA
CORTE B-B - SEM ESCALA
CORTE C-C - SEM ESCALA
36
ELEVAÇÕES
ELEVAÇÃO 1 - SEM ESCALA
ELEVAÇÃO 2 - SEM ESCALA
ELEVAÇÃO 3 - SEM ESCALA
ELEVAÇÃO 4 - SEM ESCALA
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detalhamentos brise horizontal
duto giroval para ventilaçao
vedaçao com painéis de madeira brise vertical metálico jardim de chuva
DETALHE CORTE A-A - SEM ESCALA
forro de gesso
vedação com vidro ou chapa metálica substituição das telhas de amiando por chapas termoacústicas
o das salas
laje em stell deck
40
DETALHE SALAS DE AULA- SEM ESCALA
42
DETALHE JARDIM DE CHUVA E CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS- SEM ESCALA
BIBLIOGRAFIA
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Sites:
http://www.brasil.gov.br/educacao/2011/10/surgimento-das-escolas-tecnicas http://terracoeconomico.com.br/hora-e-vez-ensino-tecnico-no-brasil http://www.uece.br/pronatec/index.php/downloads/doc_ view/2415-cnct3edicao?tmpl=component&format=raw http://www.discovernikkei.org/pt/journal/2017/4/10/cooperativa-de-cotia/ http://revistacafeicultura.com.br/?mat=20425 http://www.guiadacarreira.com.br/curso-tecnico/curso-tecnico/