Art.sy #4 | April 2013

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ana duarte | ana sofia cross keane andré cravinho | catarina canelas | helder ferreira joana rita silva | josé gonçalves | miguel mestre milita doré | nuno sequeira | patricia lopes patricia puga | pedro noel da luz petra martins | phermad | raquel mouro roberto leandro | sílvia granja | stephanie oliveira


Art.sy #04

abril 2013


patricia lopes | plano branco / plano rosa


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joana rita silva | passagens do tempo


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«Só resta chorar. Mas chorar demora muito tempo. Eu preferia arrepender-me. Leio de mais. Oiço de mais. Vejo de mais. Estou parado de mais, recebendo mais do que consigo receber. O céu parece-me demasiado azul. A música é mais triste do que mesmo, os mais tristes, precisaríamos. Deixem-me sair daqui. A única coisa que sei fazer é sentir. Preciso que me ensinem a enganar-me. Preciso que me ensinem a interromper. Vivo de mais. Durmo de menos. Acordo para acordar os outros. É como se a luz me acompanhasse. É como se o sol, quando nascesse, viesse propositadamente acordar-me.Estou sozinho de mais. Nas minhas estrelas não há noite nem amor. Tenho as mãos vazias, viradas para o céu, como se tivessem recebido a lua, como se tivessem ficado encharcadas da tinta da escuridão.» O Amor é Fodido – Miguel Esteves Cardoso

miguel mestre | o amor... de novo


O amor. De novo. O amor. Porque é ele assim? Porque nos faz perder tanto tempo? Porque nos faz mergulhar na escuridão? Tão fria escuridão. Faz-nos cair em esquecimento sem deixar esquecer. A dor que nasce. A dor que percorre a alma e o corpo. Faz viver e deixa morrer. Infindável cura. Interminavel loucura. Tornanos demasiado simpaticos com quem, por vezes, não o merece. Demasiado compreensivos. Demasiado atenciosos. Demasiado. Aprende-se a falar com o silencio.Não responde, nunca responde. Nunca. O mapa desenhado é um engano para a alma, mas principalmente para o coração. Caminhos a seguir, que não deveria. Caminhos a seguir, para os quais não há saida. Caminhos sem fim. Porquê? De novo. O espelho que só reflecte solidão e tristeza. Sem que nele se veja, ou reveja, alguma beleza. A alegria que desvanece, o sonho que permanece. Sentimento de alegria e de tristeza, de saudade e de cansaço, de amor e de ódio. Demasiados sentimentos num só corpo, num só coração. O amor é demasiado. Todo o amor é demasiado. O amor… O amor é igual ao ódio. Como irmãos. O amor é igual ao ódio. Do amor ao ódio vai um passo, uma palavra, um simples olhar. É igual. O amor… Faz-nos divagar nas palavras, escrevendo textos sem sentido algum, sobre tão nobres sentimentos que nos levam a lugar nenhum. Sentimentos sem nexo. Talvez. Complexos. Sim, demasiado. De novo. A noite. A sua escuridão, a sua frieza, a sua solidão, a sua tristeza. Divagando em pensamentos loucos. Voando entre sentimentos platónicos. Sonhando momentos. Pensando, sentindo, sonhando. Noite escura. Noite de solidão. Noite de loucura. Noite fria. Noite de amor. Amor. De novo. De novo. Rastos de um coração que em tempos sorria…

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sĂ­lvia graja | madeira areia 1 e 2


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sĂ­lvia granja | madeira terra 1 e 2


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roberto leandro | crianรงa


Passando de mundo em mundo Entre sonho e realidade, Descubro um lado risonho no teu mundo mais profundo que não conta a tua idade. Uma face de esperança que te acusa na teimosia E por muito que passe nunca ela se cansa nunca ela te alivia Foge ao senso e à razão só faz vida da vontade Atraiçoa o coração com uma simples verdade. Não complica. Não desiste. Não explica porque insiste em tornar inextricáveis esses mundos (não) tão distantes do querer e poder ter, do sonhar e vir a ser, que não crês concretizáveis por ignorares amiúde que ainda tens, como antes, dentro de ti essa virtude: Olhar o mundo p’los olhos de uma criança… 16/17



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raquel mouro | X^5 nยบ4 / X^5 nยบ2 / X^5 nยบ3


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catarina canelas | sem tĂ­tulo


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catarina canelas | sem tĂ­tulo


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ana duarte | orgulho lusitano


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ana duarte | reality


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stephanie oliveira | vergonha a negrito


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phermad | sem tĂ­tulo


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nuno sequeira | che / jimmy


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ana soďŹ a cross keane | joĂŁo melo / duarte afonso


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helder ferreira | efeito vocal


A inocência da coerência da adolescência Faz com que a ascendência lhes transmita a sapiência Para que na ausência da assistência deste espírito e competência Todos revelem a apetência que vai fugindo à aparência. Por coincidência ou até mesmo por inteligência A ciência vai criando um novo método de resistência E é nesta vivência que fica retida a violência Beneficiência da adolescência, eu chamo-lhe coexistência. Há quem lhe chame consciência por não trazer consequências Mas a experiência ensinou-me a conviver com a concorrência Devido à exigência deste avião com turbulência É a minha paciência que me leva à sobrevivência. Não tento ser referência, não é a minha essência A eficiência com que trabalho vai-me afastando da falência Longe da displicência, o motivo da minha existência É a frequência com que o sorriso se instala na minha audiência.

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andré cravinho | ilustração do poema de bocage: “ó formosura!”


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milita dorĂŠ | jardins secretos


... Jardins secretos ... - Como te sentes como mulher? Não como os outros pensam que tu es.... Como “tu” te sentes como mulher... em 3 palavras. - forte, sensual, inteligente. - serena, tranquila, feliz. - bela, sensual, amante. - Descreve numa frase ou duas, o que sentiste nesta experiência: - uma experiência de relaxamento total e conhecimento da imagem corporal. Libertação - Há uma sensação de prazer no ligeiro e súbtil contacto. - Senti-me muito bem, desinibida e sensual, orgulhosa de ser mulher!

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petra martins | s贸 5 minutos


Finalmente chegaste, estava ansiosa, agora só quero que me sigas. E por favor, não faças barulho! Reparei no teu olhar atento a cada movimento meu… Podes sentar-te… Queres tomar algo? Sabes, enquanto me despia, sentia o bater do teu coração, acelerado! Não tenhas medo… Ah… e não quero beijos nem carícias! Nem me venhas com tretas! Sabes que o que eu sentia por ti… Oh meu querido! Não me perguntes porquê, já sabes que detesto perguntas! Bem, é hoje ou nunca, estou á espera… Cada gesto teu vai ficar registado nesta noite, Já sabes o que te espera… Vamos fazer desta noite a melhor de sempre? Então vamos fazer por isso! Sem pressa, temos tempo… vamos fazer uma viagem até ao infinito, que dizes? Temos um longo percurso pela frente, tracei um caminho na minha mente... Caminho esse que só tu podes percorrer. Agora só os lábios respiram… Oh Amigo, vamos sentir o que é para ser sentido! Eu sabia que não me irias desiludir… Abre a janela, vamos debruçar-nos… Sentes o leve peso das estrelas? Deixa-me descansar, só 5 minutos… À medida que o corpo seca, recupera-se o fôlego! Abre os olhos, já é de dia…

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patricia puga | lips


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josÊ gonçalves e nuno sequeira | nua noite


Tão nua noite Nua

Sua é minha noite, Olhando Tão nuade um lar essa rua

Sua épor minha noite, Escura onde anda vive lhe afoite,

deonda um lar ruacircunstancial EmOlhando tremenda deessa poder

Escura por onde anda vive lhe afoite, Em tremenda onda de poder circunstancial Que lhe fale ao coração, e lhe desperte de novo sua cultura de amor… Querendo de toda a sua vida, mais como poema musical Enrugando-lhe a pele num desejo ardente místico empolando fervor Que lhe fale ao coração, e lhe desperte de novo sua cultura de amor… NoEnrugando-lhe incessante processo que também causa místico sua natureza, a pele num desejo ardente empolando fervor Sem revelando-me emtambém pura beleza Nocensura incessante processo que causa sua natureza, Sem censuraérevelando-me em pura beleza Que também insegura no entregar, Que também insegura Querendo tudo éem seu parno entregar, Querendo em seu par Sua é minha tudo noite… Sua é minha noite… Nua noite… Nua noite… Querendo de toda a sua vida, mais como poema musical

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pedro noel da luz | looking for ďŹ delio


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Patricia Lopes

Nuno Sequeira

Págs. 4 e 5

Págs. 34/35 e 53

Joana Rita Silva

Ana Sofia Cross Keane

Págs. 6/9

Págs. 36/37

Miguel Mestre

Helder Ferreira

Págs. 10 e 11

Págs. 39

Sílvia Granja

André Cravinho

Págs. 12/15

Págs. 40/43

Roberto Leandro

Milita Doré

Págs. 17

Págs. 44/47

Raquel Mouro

Petra Martins

Págs. 19/21

Págs. 49

Catarina canelas

Patricia Puga

Págs. 22/25

Págs. 50 e 51

Ana Duarte

José Gonçalves

Págs. 1, 26/29

Págs. 53

Stephanie Oliveira

Pedro Noel da Luz

Págs. 31

Págs. 54/57

Phermad Págs. 32/33


Art.sy_Online Art Fanzine Edição #04 Editor Jorge Mestre Simão Paginação Jorge Mestre Simão

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E-mail st.art.faro@gmail.com



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