Editorial 10 Primaveras Caro Leitor, Cá estamos nós comemorando 10 anos de circulação. Como o tempo passa rápido, quando a gente faz o que gosta! É realmente um prazer quando um jornaleiro pergunta a data da próxima edição, explicando: “o povo já tá perguntando”. Ou quando, em uma mesa de amigos e desconhecidos, comento sobre o jornal e ouço “É você que faz? Adoro”. Isso, como diz a propaganda do cartão, não tem preço! As comemorações dos 10 anos serão muitas até setembro de 2014. Pra começar, aumentamos o número de páginas e preparamos uma edição de aniversário totalmente colorida. Depois, convidamos alguns dos nossos “ilustres moradores”, entrevistados ao longo desse tempo, para comentar as mudanças do bairro durante essa década e dizer o que acham desta publicação, o que ela tem de melhor. Alguns ilustres assinam algumas colunas antigas do jornal, destacando certos assuntos da região. Infelizmente, nem todos foram encontrados a tempo CHRIS MARTINS
ou estavam disponíveis para participar do jeito que gostariam, como a dramaturga Maria Carmem Barbosa, que escreveu um poema, especialmente para os 10 anos do JBF, mas não teve tempo de ser fotografada. As outras comemorações você pode ler na coluna Indica, na página 10. Os jornaleiros, que gentilmente cedem espaço em suas bancas para acolher o JB em Folhas, não foram esquecidos e podem ser vistos na capa e na página 11. Sem eles, certamente, a circulação do jornal no bairro seria bem mais difícil. Nada disso seria possível sem os anunciantes, que nos ajudam a botar o bloco na rua. Destaque especial para a Jardim Botânico Educação Infantil e o Bibi Sucos, que estão conosco desde o primeiro número e acreditaram na importância de um veículo para o bairro. Nós também decidimos nos homenagear, mostrando as caras do JB em Folhas. A equipe (foto, em sentido horário) formada por mim, Sheila Gomes (secretária de redação), Paulo Pelá (designer), Célia Medeiros (contato publicitário, agora aposentada), Betina Dowsley (redatora) e Carla Paes Leme (revisora), que não pôde estar presente no dia da foto. O local não poderia ser outro: a praça Pio XI, certamente o lugar do bairro com maior número de registros e notícias no jornal. Exatamente por isso, foi
Expediente O JB em Folhas é uma publicação bimestral, editada pelo Armazém Comunicação Projetos Jornalísticos Ltda. www.armazemcomunica.com.br Editora Responsável: Christina Martins (Mtb 15185 -RJ) Redação: Betina Dowsley Projeto Gráfico: Paulo Pelá - www.bolaoito.com.br Revisão: Carla Paes Leme Impressão: CMYK Gráfica - 2581-8406 Estagiária de Redação: Sheila Gomes Fotos da Capa: Chris Martins Tiragem: 5.000 exemplares Telefone: 3874-7111/ 8128-6104 e-mail: jbemfolhas@armazemcomunica.com.br www.facebook.com/JbEmFolhasJornalDoJardimBotanico site: www.jbemfolhas.com.br
também homenageada na coluna “Dedo de prosa”, escrita pelo morador Paulinho Lima, como você poderá conferir na página 9. São tantas histórias e informações que acumula sobre o bairro, que ele mereceu ser o “Ilustre” deste número especial, como você vai ler na página 11. Nós da equipe esperamos que vocês gostem deste presente que preparamos para vocês. E que venham mais 10 anos de JBF! Muito obrigada a todos que nos acompanham nessa aventura jornalística. Até novembro! Christina Martins e equipe JB em Folhas. FOTOS DA CAPA: 1.Gustavo Falcão/ 2. Maria Oiticica / 3. Breno Silveira / 4. Denise Crispun / 5. Juliana Martins / 6. Kathia B / 7. Chico Diaz / 8. Vanda / 9. Celso / 10. Ivan/ 11. Gean / 12. Luiz Gustavo / 13. Manoel / 14. Flávio Tambellini / 15. Janete / 16.José D'artagnan / 17. Gabriela Civitate e Cattia Capistrano / 18. Fernanda Abreu / 19. João Aveleira / 20. Marília Kranz / 21. Miguel Paiva / 22. Rodrigo Santos / 23. Rosane Svartman / 24. Nélio Rodrigues.
CARTAS
Muito oportuno o artigo "La-
contínua movimentação de helicópteros é um per-
goa: entre o paraíso e o caos",
manente risco à vida de centenas de pessoas que
especialmente na parte em que tratou do absurdo
ali transitam. É fato que o uso de helicópteros é feito
que é aquele heliponto na Lagoa explorado por
por pessoas influentes. (...) A poderosa GLOBO tam-
empresa particular, que, além de pagar um alu-
bém utiliza para suas reportagens aéreas. (...) En-
guel irrisório pela ocupação do terreno, ainda tem
quanto não ocorrer uma tragédia, é muito difícil que
o privilégio de manter um guarda municipal no in-
alguma coisa mude. Sendo assim, fazer o quê?!?!
terior das suas instalações, à sua disposição. (...) A 2
Paulo Antonio
Telefones úteis Bombeiros 193 / 3399-1234 Cedae (água e esgoto) 195 / 0800 281195 CEG (emergência) 0800 240197 CET-Rio 2286- 8010 Comlurb 2204-9999 Defesa Civil 199 / 2576-5665 Disque-Denúncia 2253-1177 Disque-Luz (Iluminação urbana) 2535-5151 Disque-Barulho e Patrulha Ambiental 2503-2795 Guarda Municipal 153 Light 0800 210196 15ª DP 2332-2871 Polícia Militar 190 Subprefeitura da Zona Sul 2274-4049 / 2511-0501 Vigilância Sanitária 2503-2280 Tele-Dengue 3553-4025 Tele-gripe 0800 2810 100 Procon 151 Atendimento ao Cidadão 1746
Distribuição: Parques, bancas de jornais, galerias e prédios comerciais do Jardim Botânico, Horto, parte da Gávea e do Humaitá.
mento e o nivelamento do asfalto na rua Jardim
Lixo Zero
Botânico. A obra, que terá duração de aproxima-
O programa Lixo Zero ainda não tem data para
JB na web
damente 30 dias, é realizada de madrugada, de
chegar ao Jardim Botânico, mas será muito bem-
Pouco antes de completar 10 anos, o JB em
meia-noite às 4 da manhã, quando trechos da
vindo. Mesmo sem aplicação de multas, convida-
Folhas lançou sua fanpage no Facebook (www.
principal via do bairro são interditados. Durante
mos todos a encampar a medida desde já.
facebook.com/JbEmFolhasJornalDoJardimBota-
o dia, porém, acontecem serviços de corte, com
nico.). O jornal já disponibilizava todas as su-
britadeira, que têm piorado, consideravelmente,
as edições na internet, mas a entrada na rede
a poluição sonora na região.
Folhas do Jardim
social possibilitou a atualização mais rápida de bairro. E agora, a interação com os leitores fica-
Mudanças no comércio e na gastronomia
rá completa, com o novo site do jornal, a par-
O bar Belmonte, que também comemora 10
tir do dia 20 de setembro. O novo endereço é
anos no bairro, fechou para reforma. A reaber-
www.jbemfolhas.com.
tura está prevista para novembro. Comenta-
notícias, flagrantes e convites para eventos no
Outra página criada recentemente sobre o
se que, onde era a loja do Sorvete Itália, será
Jardim Botânico é www.facebook.com/BairroCa-
aberta uma agência da Santa Casa da Miseri-
riocaJardimBotanico, da inglesa Caroline Sawyer,
córdia e que, no antigo endereço do Caroline
que mora aqui desde 1989. Outro morador que
Café, vai se instalar uma filial do Shin Miúra,
expõe suas opiniões de maneira mais ampla é
elogiado restaurante japonês do edifício Ave-
Leonel Kaz, no blog http://veja.abril.com.br/
nida Central, no centro da cidade. Ali pertinho,
blog/leonel-kaz/. Um dos fundadores da AMA-
no lugar da saudosa livraria Ponte de Tábuas, já
JB, ele sempre dá um jeito de falar do nosso
está funcionando o Kiosque do Português.
bairro em meio a questões relacionadas ao Rio
De olho na obra
Preocupadas com os rumos que a obra na rua
Segurança em baixa
Jardim Botânico 568 – onde era o antigo Pos-
Nos últimos meses, o número de assaltos no
to Shell – está tomando, as moradoras Isabella
bairro cresceu e tem preocupado muita gente
Porto e Rosa Geszti convocam a vizinhança a
na região. Há casos de grupos de adolescentes
participar de um abaixo-assinado. O objetivo é
roubando jovens na altura do Parque Lage/Clu-
garantir o gabarito máximo de 14m (incluindo a
be Militar; de duas pessoas em motocicleta que
garagem); entrada e saída de veículos sejam fei-
sobem a calçada e roubam os transeuntes; e re-
tas, exclusivamente, pela rua Jardim Botânico; e
latos de sinistros dentro dos ônibus que circulam
vagas de garagem para os proprietários das uni-
por aqui. Não é demais recomendar cuidado e
dades e seus visitantes. Com isso, elas esperam
atenção, mas é fundamental registrar a ocorrên-
reduzir o impacto na circulação nas ruas Conde
cia na 15ª DP, na Gávea, que atende a região.
Afonso Celso e Oliveira Rocha e na praça Pio XI,
Para casos menos graves (furto de documentos
assegurando aos moradores o direito de estacio-
e celular, por exemplo), é possível fazer o co-
nar seus carros nas ruas, já que os prédios dali,
municado pela internet, sem necessidade de ir
em sua maioria, não possuem garagem. Os in-
A Secretaria Municipal de Conservação e Servi-
até a delegacia: https://dedic.pcivil.rj.gov.br/
teressados devem passar no mercadinho Afonso
ços Públicos iniciou, em setembro, o recapea-
principal.aspx.
Celso para assinar o documento.
de Janeiro e ao Brasil, de uma maneira geral.
FOTOS: CHRIS MARTINS
Obras no asfalto
Cidadania Laço Rosa Outubro é o mês da prevenção contra o câncer de mama, e, por conta disso, várias cidades no mundo inteiro vestem a cor rosa para lembrar da importância desse movimento e estimular a participação da população. No Brasil, a Fundação Laço Rosa é responsável pelo 1o Banco de Perucas on-line, que empresta perucas para pacientes em tratamento de
CLASSIFICADOS
quimioterapia em todo o país. Atualmente, o banco conta com mais de 200 perucas, que são higienizadas quando retornam do paciente, antes de serem cedidas novamente. Em outubro, a FLR dará início a uma campanha para doação de cabelos naturais para serem usados na criação de novas perucas. Veja como participar no site www.fundacaolacorosa.com ou pelo telefone 7974-8504.
AULAS DE PIANO – professora formada na França, com
para crianças a partir de 4 anos. Em domicílio ou na rua
mais de 10 anos de experiência, especializada em aulas
Pacheco Leão. Béatrice: 2512-1940 ou 8149-0070. 3
FOTOS: CHRIS MARTINS
Cara do JB Beatriz Danon
naram-se clientes assíduos há 50 edições. O único
O amor pelo bairro vem de pequena, mas se
atriz divide-se em aulas particulares na sua casa
concretizou quando ela, nascida no Rio, foi mo-
e em residências, para 30 alunos, espalhados por
rar em Paris. Há dez anos, Beatriz Danon voltou
vários bairros do Rio, da Tijuca à Gávea.
aluno, na época, multiplicou-se e, atualmente, Be-
definitivamente para o Brasil e para o Jardim
Embora seja incentivada a abrir uma escola de
Botânico. Formada em música, com especiali-
música, Beatriz não se entusiasma com a ideia
zação em piano clássico na França, a professora
porque gosta mesmo é de dar aula e não abre
ainda não tinha ideia do que fazer para arrumar
mão de começar pelo clássico. “Acho importante
alunos, quando o marido Pasquale, professor de
aprender a ler música. Você tem de estar aber-
francês, chegou em casa trazendo o primeiro
to a tudo no começo. Os que chegam querendo
exemplar do JB em Folhas.
aprender isso ou aquilo, eu já sei que não vão
Os dois apostaram em um classificado e tor-
continuar por muito tempo”, completa.
Flagrante Ilustre morador da edição 40 (maio-junho/2011), Guido Gelli identificou um flagrante, que pode terminar em tragédia. Trata-se do poste na esquina da Praça Pio XI com rua Oliveira Rocha, que está em péssimo estado de conservação. “Ninguém é dono do poste, e ele corre o sério risco de cair e fazer vários estragos”, afirma o morador, atualmente consultor da área de meio ambiente do Parque Nacional da Tijuca, atuando no Parque Lage. No mesmo quarteirão, o desleixo na fachada do número 70, da Praça Pio XI, é outro exemplo de descuido. A recente poda das árvores deixou evidente que o prédio precisa urgentemente de pintura e de reparos.
PING-PONG
Biodiversidade, ele trabalhou no Museu do Meio
pessoas com dificuldade de locomoção (e um
Ambiente, coordenando os programas educativos
acompanhante para cada), estimulando as
Claudison Rodrigues de Vasconcelos as-
e de divulgação científica. Responsável pelo ar-
pessoas sem tais deficiências a visitar o ar-
sumiu, em julho, a diretoria de Ambiente do
boreto, o novo diretor conversou com o JBF sobre
boreto a pé.
JBRJ a convite da presidente do parque, Sa-
seus planos até 2014.
myra Crespo. Com mestrado em Ciência da Informação e pós-graduação em Gestão da
3. O excesso de público – e de carros – que 1. Como diretor de Ambiente do Jardim Bo-
esperam por uma vaga no JBRJ é um pro-
tânico do Rio de Janeiro, quais são suas me-
blema que está atingindo todo o bairro.
tas para o parque?
Como o senhor pretende resolver isso?
CR: Vamos instalar uma unidade do PrevFogo
CR: Para tentar solucionar os engarrafamen-
do IBAMA nas dependências do JBRJ, aumentar
tos, estamos em contato com o administrador
a segurança nas áreas mais isoladas do parque e
regional do município para adoção de medi-
finalizar as diversas obras em andamento (priori-
das a curto prazo, como a revisão do funcio-
dade para orquidário, cactário e bromeliário).
namento do sinal em frente ao JB e a disponibilização de pelo menos um agente da CET-Rio
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2. Há algum projeto de implantação ou ino-
junto ao portão, orientando as pessoas sobre
vação no arboreto?
as alternativas de estacionamento, a proibição
CR: A utilização dos carrinhos elétricos foi re-
de parar ao longo da via ou estacionar em ci-
pensada, e os mesmos estão atendendo apenas
ma da calçada.
Alamedas Favela Vila Hípica
brar, na mesma coluna, da favela Vila Hípica, que se espalhava pela atual praça Almirante
João Aveleira – que, quando não está à
Custódio de Mello e pelos terrenos do Teatro
frente do Suvaco de Cristo, marca presen-
Tablado e do Colégio Aplicação. Ela surgiu dis-
ça como dermatologista no Hospital da La-
cretamente nos anos 1940 e, na década se-
goa – participou da 14ª edição (fevereiro/
guinte, chamou a atenção das autoridades por
março de 2006) do JB em Folhas, contando
atrapalhar os planos de crescimento da cidade.
a história do bloco na seção Alamedas. Ele
As fotos – resgatadas por João na internet
retorna agora às páginas do jornal para lem-
– mostram os barracos junto aos muros da Hí-
de azulejos do artista plástico Athos Bulcão. "Pro-
pica e na margem da Lagoa, onde hoje fica a jetado por mãos tão geniais e localizado aos pés Acervo da família Aloysio Affonso Penna
ciclovia. Foi a construção do Hospital Sulamé- do Cristo Redentor, às margens da lagoa e vizinho rica (atual Lagoa) que deteve o processo de do Jardim Botânico, o hospital completa o cenário favelização. Inaugurado em 1958, o hospital no qual o homem e a natureza se unem, privilefoi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer,
com jardim assinado por Burle Marx e mural os cariocas", admira o médico.
A FAVOR OU CONTRA
se contexto, acredito que a bicicleta seja uma
Há 20 anos, quando me mudei para o JB, trouxe
dádiva. Não tenho mais carro e uso a bicicleta
o hábito de andar de bicicleta. Como morava no
como meio de transporte onde há ciclovias. A
terceiro andar, sem elevador, ela acabou acor-
O Rio de Janeiro é uma cidade espremida
bicicleta não polui, nem faz barulho e ainda
rentada a postes, deixei de usá-la e virei andari-
entre a montanha e o mar. Essa é a principal
proporciona um ótimo exercício. O problema
lha. Hoje vejo a bike como transporte (eu não di-
razão da beleza que encanta o mundo, porém
é que andar nas ciclovias está virando uma
rijo). É preciso mais cidadania e consciência a al-
as questões de transporte e locomoção são
batalha por conta do número de pedestres
guns ciclistas, não andando em cima da calçada,
caóticos. Temos um trânsito que piora a cada
que nela caminham. Da mesma maneira, nós,
parando no sinal (já vi atropelamentos) e menos
dia, com motoristas cada vez mais irritados
ciclistas, usamos calçadas de pedestres. O ca-
velocidade nas áreas compartilhadas. Outra coisa
e burlando as regras básicas de civilidade e
os impera. Estive em Berlim recentemente e
fundamental diante do aumento da frota é a ins-
solidariedade. Mesmo com o sinal verde, nos
fiquei impressionado, pois existem faixas para
talação de bicicletários públicos nos bairros, não
sentimos inseguros ao atravessar a rua. Nes-
bicicletas nas calçadas, e o respeito entre am-
só na orla da praia e nos parques.
Bicicletas x carros x pedestres
FOTOS: CHRIS MARTINS
giando não só os moradores do bairro, mas todos
bas as partes é total. O Jardim Botânico neces-
Angela Tostes, jornalista
sita de uma ciclovia que ligue o bairro à Lagoa, à Gávea e ao Humaitá. As calçadas têm de ser dos pedestres, e as ciclovias, dos ciclistas... O compartilhamento não funciona. A solução é muita educação ambiental, respeito à cidadania e, infelizmente, multas. Poder andar de bicicleta numa cidade tão linda é algo que não podemos perder! Flávio Tambellini, cineasta (foto). Ilustre Morador da edição 37 (out/nov 2010)
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FOTOS: CHRIS MARTINS
JB, EU TE AMO! Há dez anos uma sementinha brotou no Jardim Botânico. A primeira edição do JB em Folhas foi publicada no início da primavera de 2003. Muitos projetos, ideias e pessoas passaram pelas folhas deste informativo; alguns não vingaram, outros tantos floriram. Para fazer esta 51ª edição, ouvimos as “caras” do JB – ilustres ou não – e descobrimos que a safra continua boa. Os frutos estão aqui, prontos para serem colhidos por todos nós. Desfrutem! A escritora Denise Crispum chama a atenção
já foi constatada nestas páginas: estudiosos de
para o resultado de uma pesquisa publicada em
Harvard acabam de descobrir que vive melhor
outro veículo recentemente, mas que há tempos
quem perde ao menos dez minutos por dia num lugar próximo à natureza, de preferência diante
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Bote a cadeira na calçada Peça pro Jorginho uma gelada A melhor que eu vi de perto No bar do seu Alberto, o serviço beira o britânico. Perdoem o tom irônico Mas é que eu estou no Jardim Botânico!
dela ou interagindo com ela.
Trecho de poema de Maria Carmem Barbosa – dramaturga –, composto especialmente para o JB em Folhas
Longa vida ao JB em Folhas! E que essas folhas ilustradas se multipliquem e se transformem, quem sabe, numa nova livraria! Denise Crispun – escritora
- A combinação do verde com a imaginação é capaz de mover montanhas e incentivar a
Mas um jornal não se faz apenas pela con-
criatividade. Sorte nossa, que temos o bairro, o
templação, e este não é exceção! Ao longo da
Jardim Botânico, a Lagoa, o Parque Lage e esse
década, promovemos ou fomos parceiros de di-
jornal – exalta.
versas ações por aqui. Logo em nosso primeiro
A inspiração está mesmo no ar. O jornalista
número, apoiamos a campanha “O melhor ami-
Nélio Rodrigues (foto) destaca a poesia contida
go do homem é o dono do cão que não deixa
no nome do bairro: “O ambiente me inspira na
cocô no chão”. A luta continuou com um abaixo-
hora de rabiscar mais um texto. Penso no inigua-
assinado organizado pela cineasta Rosane Svart-
lável mestre Jobim, que certamente se servia do
man (foto) e a realização de um plebiscito na
canto dos pássaros enquanto matutava as notas
Praça Pio XI, que acabou criando a área gradeada
e as harmonias de suas criações.”
onde fica o parquinho das crianças.
Viva o JB! Viva o JB em Folhas! Para mim, o JB em Folhas é ‘o’ detalhe que transforma o bairro em gente. Humaniza, aproxima, revela, torna possível, busca o diálogo. Dez anos humanizando, aproximando... Parabéns!!!! Só falta a página de esportes!
ANUNCIE: 3874-7111
Chico Diaz – ator” A partir daí, o jornal se voltou mais para a praça
Eles também têm opiniões parecidas sobre o
Pio XI, onde marcou presença com o Sebinho nas
informativo. Kátia acredita que “o JB em Folhas
Canelas, troca de livros infantis. A parceria entre o
estimula a vida de bairro, trazendo notícias sobre
site Amigas da Pracinha e o JB em Folhas rendeu
as questões e diversões que acontecem por aqui”.
ainda o Bloco da Pracinha e o Arraial da Pracinha,
E conclui: “Eu gosto disso, de andar a pé e comen-
além da renovação da escadaria e, mais recen-
tar os assuntos com os vizinhos”.
temente, dos canteiros da praça. As festas e os
- O JB em Folhas é importante por ajudar a de-
eventos ali realizados agradam leitores e morado-
fender e a preservar a região. Sua leitura nos dá
res da área, como a cantora Kátia B e o cineasta
a sensação de bairro, estimulando tanto a mobili-
Breno Silveira. Os dois acreditam que os eventos
zação diante de obras polêmicas quanto os cuida-
na pracinha alcançaram o tamanho ideal.
dos com a praça Pio XI – ratifica Breno. Quando começamos a fazer este jornal, o comércio ainda era incipiente: uma loja aqui, outra acolá, poucos restaurantes, que oscilavam entre
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Parabéns por tudo. Pela iniciativa, pela disposição e pela dedicação em compilar, cotidianamente em suas páginas, pessoas, eventos, lugares, ações e cenários que compõem a identidade plural do JB. Gustavo Falcão – ator
o quebra-galhos O’Philipe, o prático Fazendola e o refinado Quadrifoglio, da chef Silvana Bianchi. Hoje a situação é bem diferente: há opções de restaurantes para todos os gostos e bolsos, e até o antigo Jóia foi reformado e atualmente está sempre cheio. FOTOS: CHRIS MARTINS
Responsáveis pelo Circuito das Artes do Jardim Botânico, Cattia Capistrano e Gabriela Civitate têm um olhar curioso sobre o bairro: “Observamos uma crescente efervescência nas ruas, restaurantes e lojas”. A cantora Fernanda Abreu também é testemunha dessa transformação: - Nestes dez anos, vimos o bairro crescer. Novos prédios comerciais, novos restaurantes, um novo point gastronômico (Baixo Horto)... Vimos as antigas casinhas da América Fabril transformarem-se em espaços culturais, como galerias, ateliês, estúdios de música, produtoras... O que se mantém – e que é o charme do bairro – é o Jardim Botânico, esse parque deslumbrante que adoro! Outro que conhece bem a região é o baixista Rodrigo Santos. Ele também frequenta os restaurantes do Baixo Horto e os eventos no Jardim Botânico, mas reconhece que o aumento
Acho que o jornal é uma troca de informação muito legal e simpática entre os moradores, sobre o nosso bairro. Debora Bloch – atriz
de público do parque e a falta de planejamento
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têm provocado grandes congestionamentos no
o charme do lugar. “A Jardim Botânico – do
que foi o fim da Ponte de Tábuas?!”, questiona.
bairro. Rodrigo demonstra preocupação tam-
saudoso Cine Jussara –, quando não está para-
Trânsito intenso, falta de policiamento, especu-
bém com o aumento do número de assaltos,
da pelo excesso de veículos, é pista de auto-
lação imobiliária, a livraria que fechou, o cinema
tanto nas ruas como nos ônibus que circulam
mobilismo para os ônibus, que nela trafegam
que há muito acabou... Apesar de tantos infortú-
por aqui. “O policiamento está ruim do Horto
em velocidade criminosa”, indigna-se. Já a di-
nios, o cartunista Miguel Paiva não troca o JB por
ao Humaitá!”, alerta.
retora de TV Diléa Frate preocupa-se com o
nada: “Conheço cada centímetro do bairro e curto
Para o cantor Toni Platão, que morou na dé-
crescimento desordenado. “É preciso conter a
viver nele. Dificil encontrar outro lugar no mundo
cada de 1970 e retornou há sete anos para o
especulação imobiliária que está expulsando
onde eu possa me identificar nos muros, nas ár-
bairro, o trânsito intenso vem acabando com
o comércio simpático e pequeno do bairro. O
vores e no ar que respiro.”
Dedo de Prosa Minha praça
volvam a baixela de prata”. Já tínhamos devolvi-
Ontem, um domingo nublado, ameaçador e sina-
vemos transformar a praça numa grande boate.
lizando chuva, resolvi visitar um amigo que tinha
Pintamos os lampiões de verde, tudo virou uma
se mudado recentemente. O local, uma praça no
penumbra quando as luzes da cidade foram ace-
Jardim Botânico. Fazia tempo que não passava pe-
sas. O som vinha da casa do grego, que adorava
la praça que, pretensiosamente, já tinha um dia
essas coisas diferentes. Mais uma vez, a radiopa-
me pertencido. Quantas recordações!
trulha chegou e acabou com tudo.
do aos seus serviçais e nossos cúmplices. Resol-
A praça ainda está lá, mas sua gente não mais,
lícia, facilmente driblada por nós. Era um sufoco.
nem sei se por lá transitam. Cada um tomou o
Na rua de acesso à praça, os menores ficavam
seu destino: são engenheiros, médicos, comer-
vigiando a chegada da radiopatrulha, convocada
ciantes, desembargadores, boas-vidas, porteiros
por algum morador incomodado. Nunca soube-
de prédios, contínuos de estatal, corretores. Co-
pelo chão. A praça, na sua aparência, está bonita.
mos quem era o responsável, muitas suspeitas.
menta-se que hoje um é mendigo lá pelas ban-
Pensei em pedir para participar da pelada, mas
Nossas defesas eram os porteiros da rua contra-
das da Praça da Bandeira. Nunca conseguimos
me contive. Não estava com nenhuma camisa
mão que nos protegiam e acolhiam.
localizá-lo. Outros já se foram, dormem o sono
de time europeu. A praça está globalizada e tem
A praça pouco mudou. A casa do brigadei-
da vida em companhia dos seus anjos da guarda.
mais, antes eu era convocado, nunca precisei pe-
ro está lá, firme e forte. Hospeda uma agência
Outros ainda circulam pelo bairro contanto as bra-
dir vaga, tinha de preservar meu passado.
de publicidade. Já o castelinho do grego hoje é
vatas de um tempo que já se foi.
FOTOS: CHRIS MARTINS
Os jogos de bola sempre reprimidos pela po-
Senti uma dor no peito, saudade, emoção. Fui
um prédio. A casa do adido militar ainda está
Vi uma praça diferente, organizada, com me-
lá, reformada; assim como a casa da “Angela
ninos jogando sua pelada uniformizados (a ca-
Strip-tease”, que continua ornada por um belo
misa preferida é a do Barcelona). Uma grade
- O que aconteceu, se perdeu? indagou.
e vistoso flamboyant, se não centenário, quase.
separa o campinho do play, onde mães, avós e
- Me perdi no tempo”, respondi, triste.
Era nele que subíamos para ver a Ângela mos-
pais brincam com seus filhos e netos, sempre
Minha praça ainda existe na minha memória,
trar sua arte.
acompanhados de babás atentas. Um professor
na minha saudade e agora tenho a sensação, tal-
Quantas festas e quantas “molecagens”. Um
dá aula de capoeira. Todos convivendo na maior
vez até certeza, que um dia já tive uma praça na
dia roubamos um pernil. No dia seguinte, a rica
harmonia. A praça está limpa e embelezada pelos
vida, que com o tempo remoçou...
senhora foi ao nosso encontro: “Pelo menos de-
flamboyants floridos, com suas raízes aflorando
Ecodica
de, em geral. Os próprios pescadores, em suas
NOSSA LAGOA É PRA PEIXE
coletando esses materiais para reciclagem. Além
Há um ano, a Colônia de Pescadores Z-13,
do aspecto ambiental, o econômico também é
em parceria com a Siemens, criou o projeto
favorecido: o dinheiro arrecadado com a venda
socioambiental “Nossa Lagoa é pra Peixe”. O
dos recicláveis é revertido para a Colônia de Pes-
objetivo é estimular a reciclagem de garra-
cadores Z13 – Comunidade Lagoa, gerando ren-
fas PET e latinhas de alumínio, incentivando
da para melhorias na comunidade local e para a
o descarte correto e evitando que o mate-
manutenção do projeto. Os moradores e comer-
rial vá parar na água, poluindo o ambien-
ciantes do entorno da Lagoa podem, inclusive, li-
te e causando grande prejuízo à pesca, ao
gar para 2227-3388, das 8h às 13h, para solicitar
ecossistema local e ao patrimônio da cida-
a retirada do material em seu endereço.
ao encontro do meu amigo que já estava ficando ansioso com a minha demora.
Paulo Lima
horas livres, atuam como agentes ambientais,
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CONSUMO A coluna Consumo esteve presente no JB em Folhas da primeira à oitava edição, uma época em que o comércio local tinha pouco a oferecer. Maria Oiticica - ilustre moradora da edição 27 (out/nov 2008), e garota propaganda das suas biojóias, concorda que as opções de consumo cresceram: - Moro e trabalho no bairro, acompanhei a transformação da Rua Lopes Quintas e arredores em um corredor cultural e gastronômico, reunindo as mais diversas galerias de arte, ateliês e restaurantes. Esse movimento vem
FOTOS: CHRIS MARTINS
atraindo um público antenado, a começar pelos moradores e incluindo turistas nacionais e
Bom exemplo disso é a própria loja Maria Oiti-
tando o Dia das Crianças. Já na First Class, ojo-
internacionais que fazem da rua Visconde de
cica, que tem colares de Açaí (R$ 54) e brincos de
go de cama de malha para casal (três peças)
Carandaí um corredor de acesso ao Parque
abacaxizinho (R$ 42). A Ótica Carol oferece mo-
está custando R$ 29. E como andar de bicicleta
Jardim Botânico, transformando a região em
delos de óculos para adultos e crianças, como o
está no moda, melhor que seja de capacete.
um dos points mais charmosos da cidade.
Speedo (R$ 226), atualmente em oferta, aprovei-
Na Speed Bike, preços a partir de R$ 45.
JBF Indica
de 20 anos afastado. Depois de bem sucedida temporada na Barra, a peça chega agora ao Teatro Tom
Convidamos alguns de nossos ilustres morado-
Jobim, no Jardim Botânico, onde fica em cartaz até
res a indicar os programas que gostam de fazer
o dia 6 de outubro, de sexta a domingo. No espetá-
e valorizam aqui no bairro. A atriz Juliana Mar-
culo escrito e dirigido por ele, Vereza divide a cena
tins (ilustre moradora edição 13 (dez/2005 –
com a jovem Caroline Figueiredo, que atualmente integra o elenco da novela das 19h, “Sangue Bom”.
Pluft de volta!
Comemoração no coração do JB
O texto mais célebre de Maria Clara Machado,
Além desta edição especial com 12 páginas e
“Pluft, o fantasminha”, está em cartaz no Teatro
inteiramente colorida, o JB em Folhas vai co-
O Tablado, com temporada aos sábados e do-
memorar seus 10 anos de notícias com vários
mingos, às 17h, até 15 de dezembro. A maior
eventos. O primeiro deles acontecerá no dia
parte do elenco é a mesma de dez anos atrás,
19 de outubro, com uma edição especial do
com destaque para Cláudia Abreu e José Lavig-
Sebinho nas Canelas, das 10h às 13h, na Praça
jan/2006) lembrou do teatro Tom Jobim e de
ne, além do reforço de Maria Clara Gueiros. Es-
Pio XI. O famoso troca-troca será aberto tam-
outros espaços culturais criados no Jardim Bo-
crita há quase 60 anos, a peça trata de assun-
bém aos adultos e contará com a oficina “Só
tânico do Rio de Janeiro. Já a cineasta Rosane
tos comuns no universo infantil até hoje, como
dou ponto com nó”, da estilista Alfa Siqueira. A
Svartman (ilustre moradora edição 16 (jun/
o medo, a importância da família e o valor das
Gestos promoverá atividades aéreas na praça,
jul 2006) destacou que “o talento do JB em
verdadeiras amizades.
mas, em seu endereço na rua Conde Afonso
Folhas vai além de noticiar, mas também criar laço. Sou frequentadora assídua”. Veja abaixo o que rola neste bimestre por aqui:
GUGA MELGAR
eventos lúdicos e positivos no bairro, um go-
Celso, oferecerá yoga, forró e pilates solo. Haverá ainda atividades musicais com o grupo Panos Pra Manga e de literatura com o grupo Costurando Histórias. Quem quiser participar do troca-troca deve levar livros em bom esta-
Carlos Vereza no Teatro Tom Jobim
10
do e sem rasuras. Os festejos continuam com a finalização dos canteiros da praça Pio XI e a
A peça “O teste in blues” marca a volta aos
renovação do mosaico da escadaria que leva
palcos do ator Carlos Vereza, que ficou mais
até a rua Benjamin Batista.
Ilustre Morador
PAULO LIMA
Conversar com o engenheiro Paulo Lima é como fazer uma viagem no tempo pelo Jardim Botânico. Com 71 anos de idade e 70 de bairro, ele é um entusiasta da região e adora lembrar de causos e histórias, como o misticismo em torno do Rio Cabeça. “Esse rio tem muitas histórias. Dizem que curou muita enxaqueca desde a época em que os índios habitavam a região, daí o nome”, explica Paulo, citando, logo em seguida, um outro exemplo: “A Leite de Rosas abriu seu negócio em Laranjeiras, mas não ia muito bem. Foi só se mudar para o Jardim Botânico e começar a usar a água do rio nas suas loções, que o sucesso foi imediato”. Morador de vários pontos do bairro, Paulinho, como é conhecido, faz questão de lembrar que, nem nos anos em que morou em Vitória (ES), deixou de cortar o cabelo no Jardim Botânico. Mas, antes que o povo o acuse de saudosista, ele explica: “Eu sou como o mestre Paulinho da Viola, ‘não vivo do passado, o passado é que vive em mim’.” Apesar de atualmente aposentado, não lhe falta trabalho. O tempo é dividi-
bonecos, parecidos com os do carnaval de Recife, desfilavam junto com o
do entre reuniões no Clube de Engenharia e os afazeres na diretoria da AMA-
público, cantando as marchinhas compostas por Haroldo Lobo, como “Alá-
JB, como voluntário, há quatro anos. E ainda lhe sobra tempo para escrever
la-ô”. O compositor é, na opinião de Paulinho, um grande injustiçado, por
no Bloghetto: http://www.bloghetto.com.br/. O texto leve e a facilidade de
não ter uma estátua dele no bairro. “Haroldo Lobo frequentava muitos bai-
lembrar detalhes já lhe renderam um convite para escrever um livro com suas
les do Carioca e sempre cantava a música que seria sucesso no carnaval
memórias do bairro, ideia na qual tem pensando com carinho.
seguinte”, lembra. Por falar em música, Paulinho compôs um samba para o
A viagem pela história do Jardim Botânico começa na disputa entre as
Suvaco e disputou, mano a mano, uma final com Lenine.
turmas das ruas Professor Saldanha e Benjamin Batista. Se a primeira ga-
Ele entende os problemas da região como consequências do progresso.
nhava nas atividades sociais, pois contava com o Clube Tainha – onde atu-
“A rua Jardim Botânico já era barulhenta e tumultuada desde o tempo do
almente é o Centro Pediátrico da Lagoa –, com suas matinés e festas baca-
bonde”, assegura. Para ele, o que mais incomoda são as calçadas esbura-
nas; a segunda era boa de bola, com o time de futebol Real Jardim, no qual
cadas. “Esse é um bairro de andarilhos, até por conta do trânsito intenso. É
Paulo desempenhava a função de goleiro pelos campos do bairro, como o
preciso cuidar de nossas calçadas para evitar tropeços e quedas”, alerta.
Barreirinha (na rua Faro), o Carioca e o Caxinguelê.
Se tem algo que não mudou foi a vocação da Praça Pio XI para centro
Mas as atividades esportivas e sociais caminhavam juntas na região, uma
cultural da região. “Tudo acontecia na pracinha. Hoje, quando vejo a turma
das mais boêmias da cidade em meados do século passado. Havia a badala-
que se reúne no Mercado Afonso Celso, sinto uma saudade do meu tempo”,
da festa junina na praça Sagrada Família, que fechava as ruas Maria Angélica
lembra saudoso o morador que hoje frequenta a praça com os netos João
e Alexandre Ferreira; os bailes da Hípica, que iam das 22h às 10h do dia se-
Pedro e Arthur, mas não dispensa um chope no Joia com os amigos.
guinte; e os blocos carnavalescos no Clube Carioca. Por conta dessa memória
Encantado com o Jardim Botânico, Paulinho acha que o diferencial do
privilegiada, Paulinho não consegue deixar de achar, no mínimo curioso, a re-
bairro são a sua identidade e sua empatia natural que, segundo ele, de-
clamação e o patrulhamento dos vizinhos com relação ao barulho. “O bairro
sembocam no famoso rio. “Aqui foi onde Eros conheceu Psiqué. A alma
sempre foi festeiro, vinha gente de tudo quanto era lugar para se divertir aqui.
e o amor convivem, bebendo a água do Rio Cabeça. Não é à toa que o
Até o Zózimo frequentava as festas do Jardim Botânico”, conta.
bairro concentra a maior quantidade de psiquiatras, artistas e arquitetos
O engenheiro lembra do Bloco da Bicharada, no Clube Carioca, cujos
da Zona Sul”, arremata.
Vera
Antonio
Janete
Vanda
Banca Maria Angélica
Banca Benjamim da Costa / Videonacional
Banca Professor Saldanha
Banca Von Martius / TV GLOBO
Jorge
José Carlos
Lauro
Gean
também estão entre os
Banca Rua Faro/Bar Jóia
Banca Jardim Botânico 700
Banca Lopes Quintas
Banca Pacheco Leão/ Zona Sul
que contribuem para a
Fernando
Silvia
Orlando
Amandio
Banca Frei Leandro
Banca Saturnino de Brito
Banca Rua Corcovado
Banca Barão de Oliveira Castro
Os jornaleiros Beto (banca da Capricciosa) e Cirlene (banca da Gal. Tasso Fragoso) não puderam participar, mas
divulgação do JB em Folhas. Salve todos!
jb folhas em
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FOTOS: CHRIS MARTINS
Ilustres Jornaleiros
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