em
jb folhas o jornal do jardim botânico
15 ANOS
Junho/Julho 2019 | ano 17 | nº81 distribuição gratuita
Jardim Botânico Horto | Gávea | Humaitá
Música fora da caixa Endereços, ritmos, eventos e personagens que dão o tom da região. (Página 8)
Sereias Carecas Projeto voluntário do Hospital da Lagoa cuida do visual dos pacientes. (Página 3)
Mês do meio ambiente Diretor da Associação de Amigos do Parque Nacional da Tijuca fala da importância da instituição. (Página 12)
EDITORIAL Segue a música
quanto umas portas se abrem, outras se fecham, movimentando o vai e vem comercial da região.
Prezado leitor,
Leia mais nas páginas 4 e 5.
Existem evidências de que a música é conhecida e
O dia do gari foi em 16 de maio e, para homenagear esses profissionais que têm sempre um sor-
-história. Uma pesqui-
riso e um bom dia para nos oferecer, ampliamos a
sa recente, feita pelo
Cara do JB. Atendendo à sugestão de moradores,
Target Group Index Bra-
listamos alguns dos garis que chamam a atenção
sil, aponta que 93% das
na região. Veja na página 6. Como o espaço na
pessoas
versão impressa do jornal é pequeno, retratamos
entrevistadas
têm a música presente no seu dia a dia, desde a hora em que acordam.
FOTOS: CHRIS MARTINS
praticada desde a pré-
outros em nossas redes sociais (Facebook e Instagram). Aproveitei para fazer um selfie com o famoso Paulinho, que trabalha na Lopes Quintas, e com
Eu mesma adoro andar de bicicleta ouvindo
Emerson
minha lista no Spotify, mesmo sabendo que
responsável por coorde-
isso não é recomendado.
nar a turma da limpeza.
Vasconcelos,
Em um bairro que tem em sua história mora-
Em uma edição que
dores como Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Abel
fala sobre música, nosso
Silva, Sueli Costa, Ivan Lins e Francis Hime, a mú-
Ilustre Morador foi esco-
sica não sai da pauta do dia, mesmo que hoje
lhido a dedo. Zé Ricardo
não existam casas de shows como antes. Prova
é cantor e compositor,
disso foi o morador Beto Brown, que aproveitou a Ele- mas, antes de tudo, um morador apaixonado pela phant Parade, em novembro passado, para levar um Gávea. Atualmente, quando se fala em curadoria som com amigos em volta de uma das esculturas na musical, ele é o cara! Leia a entrevista dele a partir rua JB. (foto). Espontânea ou com hora marcada, parte da página 18. dessa programação musical está em nossa matéria de capa, a partir da página 8.
Como se vê, a música está no ar. É só seguir a melodia.
Na coluna Folhas do Jardim, as novidades são a reativação do antigo portão do JBRJ e a criação de
Christina Martins
uma nova associação de moradores no bairro. En-
Editora
EXPEDIENTE
Foto da capa: Chris Martins (Choro na Praça).
O JB em Folhas é uma publicação bimestral, editada pelo Armazém Comunicação Projetos Jornalísticos Ltda.
e-mail: jbemfolhas03@gmail.com
Editora Responsável: Christina Martins (Mtb 15185 -RJ) Redação: Betina Dowsley Projeto Gráfico: Paulo Pelá | designjungle.com.br Revisão: Carla Paes Leme Impressão: CMYK Gráfica - 2581-8406 Tiragem: 5.000 exemplares 2
Telefone: 98128-6104 www.facebook.com/JbEmFolhasJornalDoJardimBotanico instagram/jbefolhas www.issuu.com/jbemfolhas
Distribuição: Parques, bancas de jornais, galerias e prédios comerciais do Jardim Botânico, Horto, parte da Gávea, Lagoa e do Humaitá.
CHRIS MARTINS
CIDADANIA Sereias Carecas
Quem faz quimioterapia no Hospital da Lagoa conta com um “carinho a mais”: uma penteadeira com rodinhas que leva o nome de Sereias Carecas e circula no ambulatório, de segunda a sexta, das 8h às 10h. Nela, os pacientes encontram lenços, echarpes, bijuterias e esmaltes, que eles podem, inclusive, levar para casa. Dependendo da voluntária que estiver em serviço, pode até rolar uma maquiagem. O projeto começou em julho de 2016 e tem como objetivo trabalhar a autoestima dos pacientes. O sucesso é grande, e, atualmente, mesmo quem não faz quimioterapia procura o Sereias Carecas para melhorar o visual. Ao todo, nove voluntárias revezam-se no atendimento, ajudando na escolha do acessório ideal ou apenas conversando após o tratamento. Os interessados em trabalhar como voluntário ou em fazer doações devem procurar o setor Lagoa Voluntário do hospital. Além da mão de obra, eles precisam de acessórios como lenços, perucas, chapéus e bonés. “Com a chegada do inverno, as toucas são muito bem-vindas”, reforça Cristiane Albuquerque, responsável pela triagem de pessoal. Contato: lagoavoluntário@gmail.com 3
Folhas do Jardim
soas mal-intencionadas percebem que tem gente de olho na área”, acredita Teresa Conde, uma das
JBRJ reativa entrada para pedestres
fundadoras da associação ao lado de Rafaela Car-
O antigo portão principal do Jardim Botânico do Rio neiro Borges, atual presidente da ABJB. Ambas parde Janeiro, localizado no número 920 da rua Jardim ticipam ativamente também da AMAJB e acreditam Botânico, foi reativado em maio. Construídas no fi- que, no futuro, a ABJB poderá atuar junto à Associanal do século XIX, suas torres foram restauradas e ção de Moradores do Alto Rebouças na questão da receberam o mesmo sistema de catraca dos demais segurança da região. Os interessados podem entrar acessos ao parque. Como não há recuo ou estaciona- em contato pelo e-mail associacaobjb@gmail.com. mento no local, é recomendado que apenas visitantes a pé utilizem a entrada.
Beleza em alta O setor de beleza está crescendo na região. Em
Nova associação chega com flores
maio, foi inaugurado o Espaço Catia Galdino Depilação, na rua Jardim Botânico 719. Entre os serviços oferecidos estão depilação feminina e masculina (apenas braço, abdômen, tórax, costeleta e orelha), além de design de sobrancelha e banho de lua (descoloração de pelos).
Rolé estudantil pelas tampinhas A Escola Nova encampou o projeto “Rodando com Tampinhas”, que converte o dinheiro arrecadado com a venda do plástico em cadeiras de rodas para paRODRIGO MATTOS
cientes da ABBR (Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação). Os alunos do colégio foram aos resEm maio, moradores do entorno de uma rotatória da rua Maria Angélica organizaram um mutirão para o plantio de flores no canteiro central. A iniciativa foi da Associação do Baixo Jardim Botânico, criada no final de 2018 com o intuito de dar atenção especial à segurança das ruas Maria Angélica, Eurico Cruz, J. Carlos e Araucária. A ABJB já conta com 30 associados e apoio do B, de Burger e da Barbearia do Zé. Enquanto prepara a implantação de um sistema de monitoramento remoto das vias, com a instalação de câmeras de vídeo, a nova associa- para sensibilizá-los a guardar tampas de garrafas pet ção adotou como estratégia inicial cuidar das ruas para o projeto. Com isso, a escola já coletou mais de e calçadas, seja plantando flores, seja solicitando a 100 quilos do material reciclável, sendo que o proremoção de carros abandonados ou a troca de lâm- jeto, desde que começou, entregou 14 cadeiras de
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padas nos postes. “Com as ruas bem cuidadas, pes- rodas, sendo duas infantis.
ESCOLA NOVA
taurantes vizinhos, como o Braseiro da Gávea (foto),
Hípica aberta ao público
No Humaitá, o bar Boa Pinga passou por reforma,
FOTOS: CHRIS MARTINS
a distribuidora de bebidas Saidera Brasil está funcionando onde era a Fábrica de Bolo Vó Alzira e a multimarcas RioEtc, no Largo dos Leões, fechou.
Patrocínio para O Sol A crise chegou à Obra Social O Sol, e seus tradicionais cursos de capacitação precisaram ser reduzidos. Dos 13 que eram oferecidos anualmente, só três continuam: trabalhos em madeira, cestaria e bordado. Com isso, o número de alunos caiu de 310 para 70, que continuam recebendo alimentação, transporte e insPouca gente sabe, mas muitos eventos realizados na trução gratuita. Os motivos que aceleraram as dificulSociedade Hípica Brasileira são abertos ao público em dades financeiras da instituição foram o cancelamengeral e têm entrada franca. É o caso das provas da 4ª etapa do ranking SHB, da festa junina do clube e do bazar beneficente para o Instituto da Criança, que acontecem nos dias 29 e 30 de junho, a partir das 9h.
O vai e vem comercial continua Muitos estabelecimentos fecharam as portas nos últimos meses. Só na Maria Angélica foram três: os restaurantes Adega do Porto e Frontera, e a lanchonete Tahine. Esta última dará lugar ao Rayzes, de alimentação saudável e funcional, com sorvetes Itália. Na Von Martius, o Bastarda Café virou Quintal da Rita, com comida vegana. No restaurante Prana, começou a funcionar uma feirinha de produtos or- to do patrocínio do Sesc e a saída da TV Globo – que gânicos, às quintas e sextas, das 11h às 17h. Já a alugava algumas salas no imóvel – para seu prédio veterinária Petit Ami agora só atende em domicílio. novo, na esquina das ruas Saturnino de Brito e a JB.
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MEU JB Luiz Eduardo Lerina
acompanha e preza pelo trabalho da mesma: “É preciso valorizar a participação. A persistência e dedica-
ta e documentarista Luiz Eduardo Lerina foi fisgado faz tempo, sem
DIVULGAÇÃO
A natureza está sempre atraindo novos discípulos. ção das pessoas são admiráveis”, afirma. Morador do Jardim Botânico há 30 anos, o jornalisLugar | O Jardim Botânico do Rio de Janeiro (foto) é um lu-
pesquisa para o recém-lançado do-
gar incrível, é impres-
cumentário “Templo verde”, anos
sionante a riqueza de
atrás, ele se deu conta de como o
plantas e animais que
Jardim Botânico do Rio de Janeiro,
encontramos ali.
sua flora e sua fauna eram impor-
Para presente | Gos-
tantes em sua vida. O filme tem
to de comprar peças
como personagens prin-
de artesanato no Sol
cipais a paisagista Cecília Beatriz da Veiga Soares, diretora da Associa-
FOTOS: CHRIS MARTINS
perceber. Só quando começou a
(foto), sempre tem coisas legais lá. Pausa café | Adoro o
ção de Amigos do Jardim
La Bicyclette. Conheci o
Botânico; e os biólogos
Henri e seus pães antes
Henrique Rajão (também
mesmo de ele abrir sua
observador de aves) e
loja no bairro.
Gustavo Martinelli (es-
Refresco | Já foi o cho-
pecialista em espécies
pe, hoje estou mais
ameaçadas de extinção),
para água de coco. Sou
que guiam o espectador
cliente da barraca em
pela diversidade e pela
frente à sede náutica
exuberância do parque.
do Vasco.
O filme será exibido, em
Pizza | Minhas prefe-
agosto, no Jardim Botâni-
ridas são as do Ella e
co de Nova York, na mos-
do Bráz.
tra de filmes brasileiros que o
Boa mesa | O Prana é óti-
parque está promovendo em
mo para ir sozinho ou em
homenagem a Burle Marx.
família.
Adepto da bicicleta como
Personagem | Seu Salva-
meio de transporte ou nos
dor, um senhor português
momentos de lazer, ele acha
de mais de 80 anos que
necessário um maior ordena-
fazia as entregas da Pani-
mento na circulação do bairro
ficação Lagoa em um trici-
e torce para que o projeto de ciclovia da Associação clo, mas ele já morreu. de Moradores do Jardim Botânico vingue. Apesar de Desejo | Preservar a arquitetura do bairro, especial6
atualmente não ter atuação direta na AMAJB, Lerina mente as casas da rua Visconde de Carandaí.
CARA DO JB Garis
No dia 16 de maio, celebra-se o Dia do Gari. Ao todo, o Jardim Botânico conta com 30 profissionais, que se revezam do viaduto Abelardo Lobo até o final da rua Pacheco Leão. Eis algumas caras conhecidas no JB e os trechos onde trabalham:
Paulo Roberto dos Santos – (toda a rua Lopes Carlos Fernandes de Melo (rua Pacheco Quintas) – 58 anos de
Leão, da rua Joaquim
idade e 18 anos de
Campos Porto até a
Comlurb, trabalhando
rua Othon Bezerra de
sempre no mesmo lo-
Melo) – 53 anos, 22
cal. “Me orgulho de ser
de Comlurb e de JB.
gari profissional. Amo
“Na hora do almoço eu
o que faço e gosto de
aproveito para curtir o
conversar com as pes-
verde do bairro e ob-
soas e sorrir”.
servar o movimento”.
Joaquim Francisco Ferreira (do túnel Rebou- Walter Pires Marques (da rua JJ Seabra até
FOTOS: CHRIS MARTINS
ças até o clube Militar) – 60 anos de idade, 28 a General Garzon) – 74 anos de idade, 52 de de Comlurb e 27 no
Comlurb e mais
JB. Gostava de ler no
de 20 no JB.
caminhão, mas hoje
“Meu maior pra-
prefere a prosa com
zer é quando dei-
moradores, como o
xo a rua limpa e o
músico Jards Maca-
pessoal agradece,
lé. “Era metalúrgico,
especialmente as
mas aprendi a gostar
crianças da praça.
dessa profissão”.
Fico satisfeito”.
Eliezer Muguet (da rua Lineu de Paula Ma- Jorge Fernando Vicente (da rua Alexandre chado até a JJ Seabra) – 59 anos de idade, 32 Ferreira até o Clube Militar) – 59 anos de idade, de Comlurb, sendo
29 de Comlurb, 27
20 anos no bairro.
deles no JB. Tor-
“O lado ruim do
nou-se gari por
trabalho é a falta
necessidade, mas
de educação de al-
depois virou pra-
gumas pessoas. Se
zer. “É fundamen-
todos ajudassem, a
tal o gari ser sim-
cidade ficaria sem-
pático e saber lidar
pre bonita”.
com o público”. 7
ACERVO PESSOAL / ÁLVARO ALBUQUERQUE
Viva a música! A música está presente desde sempre no Jardim
de samba acústica Samba da Gávea, na Da Casa da
Botânico. A novidade é que o bairro, que sempre
Táta, com os músicos João Cavalcanti, Alfredo Del-Pe-
contou com espaços musicais, está perdendo nes-
nho, Luís Filipe de Lima e outros artistas. O clima é de
se quesito para a vizinha Gávea, que atualmente
um ensaio ao vivo, no qual o público muitas vezes vê
oferece uma programação variada em restaurantes
os músicos finalizando uma composição ou arranjo.
e na própria praça Santos Dumont. Um exemplo é
- Esse bate-bola semanal é muito importante para
o evento Choro na Rua, que tem atraído público de
os músicos. Um tempo e lugar em que a prioridade
outras praças.
é a música – explica Pedro, que fez parte dos grupos
Aglutinador é um bom adjetivo para definir o
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Semente e Samba de Fato.
cantor, compositor e percussionista Pedro Miranda,
Um ano depois, veio o Forró da Gávea, que toda
que começou a cantar em rodas de samba nos anos
quarta-feira toma conta do Dumont Art Bar, no Baixo
1990, na Lapa. O desejo de se apresentar perto de
Gávea. Lá, o esquema é diferente, estilo baile, com
casa e dos amigos o levou a criar, em 2017, a roda
palco e banda. A novidade agora é o projeto Choro
na Rua, que começou no final de 2018, na praça Santos Dumont. Sem data fixa para acontecer, o evento é comandado pelo coletivo formado por Silvério Pontes e cerca de 20 músicos: “O esquema é vai quem pode”, define Pedro, ele mesmo um dos participantes. O boca a boca é fundamental e o comércio local apoia o evento, que acaba impreterivelmente às 20h30, em respeito aos moradores da área. Marido da Táta – da tal Da Casa da Táta, onde tudo começou –, Álvaro Albuquerque é baterista da banda cult “Conga, a mulher gorila” e engorda a receita da café/restaurante com projetos musicais FOTOS: CHRIS MARTINS
desde sua inauguração, há 18 anos. É ele o responsável pela programação do espaço, que inclui, além do Samba da Gávea, o projeto acústico “De perto” (de voz, violão e bandolim), toda primeira terça-feira do mês, e o “Quintal autoral”, que abre espaço para novos compositores mostrarem seu trabalho, quinta sim, quinta não. Ali perto, fica a Tracks (foto acima), uma das poucas lojas especializadas em música que ainda resiste na cidade. Além de CDs e discos em vinil, a loja vende também camisetas, bijuterias e objetos de decoração, visando a atender o crescente público feminino. Com 22 anos de Gávea, a loja aposta em shows secretos, como o do cantor pop português Tiago Bettencourt, no último dia 1º de junho. - A cidade está muito triste. Acho válidas essas manifestações culturais na rua, em horários que não samba em suas casas, depois passaram a ocupar incomodam ninguém. São importantes para movi- a praça Pio XI na terça-feira de carnaval e, desde mentar a região – analisa Heitor de Araújo, um dos 2011, transferiram suas apresentações para o Parsócios do estabelecimento.
que dos Patins, para acomodar o grande número
No Jardim Botânico a situação é bem diferente. de pessoas que costuma prestigiá-los. Prestes a O bairro que, no início dos anos 2000, contava com completar 22 anos, o UG, como é conhecido, não vários endereços com música ao vivo – Bis Espaço deixou o JB de lado e, promove encontros em Musical, Teatro Tom Jobim e Public & Co e outros frente ao Mercado Afonso Celso. O mistério que – não tem sequer um estabelecimento investindo envolve as apresentações, sem data marcada para no segmento. Atualmente, a música na região está acontecer, dá charme extra ao evento. restrita às apresentações ocasionais da turma do
- A saída da Praça Pio XI foi necessária, por res-
Último Gole. Amigos e vizinhos, os integrantes do peito aos moradores do entorno. Mas, como a gengrupo musical começaram organizando rodas de te adora aquele espaço, uma alternativa foi criar 9
- Deixamos o aluno aprender no seu ritmo, respeitando a demanda de cada um, seja criança, jovem ou até mesmo idoso – afirma Filipe. (foto ao lado). Estúdios são tradição na região. Além do mítico Nas Nuvens e do estúdio de Dado Villa-Lobos, o músico e compositor Nilo Romero – que tocou e produziu músicas e discos de Cazuza e Kid Abelha, entre outros artistas – trouxe sua Fábrica de Chocolate para o Horto há quase quatro anos. Atualmente, está finalizando o EP “Blues Platônicos” e expandindo seus horizontes CHRIS MARTINS
musicais com a produção de programas de TV (como “O som e o silêncio”, no canal Arte 1) e de podcasts (nova mídia digital). Um exemplo desta nova tecno-
CRISTINA GRANATO
logia é o lançamento de Musicadentro, em julho, no qual o cantor e compositor Humberto Effe conversará com músicos e produtores. Vocalista do Picassos Falsos, Effe apresentará seu show “Plano sequência”, dia 10 de julho, no clube Manouche, no Jockey Club. Ele vê com bons olhos a retomada de pequenos lugares para a música: - O Manouche é um achado no Rio de Janeiro, com pessoas que tratam bem a música e entendem de programação musical. A cidade sente falta desses locais, especialmente neste momento cultural que o país está vivendo – observa Humberto. Misto de clube e casa de show, o espaço, no subsolo da Casa Camolèse, vem abrindo o microfone para velhos e novos talentos, como Bebel Gilberto, Kátia B e Zé Ricardo (leia mais na página 18), além essas rodas de samba no mercadinho, sem divul- do Projeto Cria, do jornalista Leonardo Lichotte (foto gação, para reunir amigos e vizinhos novamente – ao lado com Martinho da Vila), que terá como conexplica Carlos Lisboa, um dos integrantes. Em seus 13 anos de JB, a Escola de Músicos aju-
vidado especial Tom Zé, no dia 25 de junho. O quiosque Lagoa Roots, próximo à Colônia de
dou a formar alguns talentos que começam a des- Pescadores, incorporou diversos ritmos a seu cardápontar no showbizz. É o caso de Chico Brown, filho pio habitual. Desde maio, as sextas-feiras são dedicade Carlinhos Brown; de João Pedro de Oliveira, filho das aos bailes e festas de música brasileira. Sábado do cantor Zé Renato; e de Carolina Vanni, neta de é dia de samba, e, aos domingos, o palco é aberto a Walter Nogueira, baterista da Orquestra Tabajara. novos talentos dos mais variados gêneros: do choro Um dos sócios da escola, Filipe Ferreira conta com ao jazz. Em junho, os destaques da programação são 110 alunos e credita o sucesso de seu negócio ao a Festa Junina (de 14 a 16) e o Baile de Charme do método livre.
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Viaduto de Madureira, no dia 21.
CHRIS MARTINS
SÉRGIO LIFSCHITZ
No Humaitá, o bochicho é no cruzamento da rua o quarteto CoLaboratório de Jazz, que se apresenta Visconde de Caravelas com a Capitão Salomão, graças no dia 15 de junho, e a cantora Elisa Gudin, atração aos bares Cumpadres e Fuska. Entretanto, a música do dia 29. aportou por ali em 2017, com as rodas de chorinho na
No salão de Bruno Donati, a música é associada à rua promovidas pela Gutessen Culinária Judaica. Desde felicidade. Enquanto trabalha, o cabeleireiro e tenor então, a casa escala atrações de samba, choro ou jazz italiano gosta de cantar árias de ópera, tornando o pelo menos dois sábados por mês.
corte de cabelo uma experiência única. Ele estu- A ideia era deixar o choro na rua, mas a prefeitu- da canto há 20 anos e já se apresentou no espaço ra proibiu. Mudamos o formato e trouxemos a músi- multimarcas Dona Coisa e no Forte Copacabana. ca para dentro de casa – lembra Márcia Zonenschein, Seu próximo projeto é em torno da obra de Pucciuma das sócias do restaurante. ni, para o qual está em busca de um espaço com Os eventos da Gutessen são colaborativos, sem piano. Enquanto procura, ele segue (en)cantando consumação mínima ou couvert artístico. Cada um sua clientela. come e bebe o que quer, pagando o que acha jus-
- Música e beleza estão muito ligadas à felicidato para os músicos, como Beatriz Rabello (filha de de. Quando há harmonia, e a cliente está satisfeita, Paulinho da Viola) e Maurício Carrilho (sobrinho de eu canto! É uma forma de ampliar essas sensações Altamiro Carrilho). As próximas atrações da casa são – explica Donati.
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ENTREVISTA Roberto Nascimento
são utilizados para complementar despesas funda-
Associação de Amigos do Parque Nacional da Tijuca mentais do parque, como parte do combustível de sua frota de veículos. Não podemos esquecer que o O Parque Lage – assim como o Corcovado, a Flo- PNT contribui para o equilíbrio climático e protege os resta da Tijuca e a Pedra da Gávea e a Bonita – in- mananciais da cidade, além de ser o principal comtegra o Parque Nacional da Tijuca (PNT), que tem ponente da Paisagem Cultural Carioca, reconhecida 3.953 hectares de extensão e é entrecortado por pela UNESCO como Patrimônio Mundial. estradas-parque utilizadas por moradores e turistas. Em 2018, o PNT instalou um pórtico na entrada do JBF | Quais são as estratégias para sensibilizar Parque Lage e placas com mapas e informações bi- a população? língues sobre os atrativos do local. Segundo Rober- RN | Uma parceria importante foi estabelecida, no to Nascimento, diretor executivo da Associação de ano passado, com o Festival LivMundi, que atrai um Amigos do PNT, fundada há 20 anos, a nova sinali- público grande e diversificado para o Parque Lage. zação faz parte de uma estratégia para melhorar a Este ano, nossa ação de impacto reforçará o provisibilidade do parque nacional, que, apesar de ser grama Refauna, que visa à reintrodução de animais como a cotia no parque. Haverá mutirão de plantio o menor em área, é o mais visitado do país. CHRIS MARTINS
de cotieiras e uma “chuva de sementes” da mesma espécie, que serão lançadas por praticantes de parapente na encosta do Corcovado. JBF | Que tipo de ações são desenvolvidas ao longo do ano? RN | O ICMBio é de uma corrente de que é o uso público que garante a conservação da unidade. Como metade de nossos associados atualmente é ciclista, criamos o Programa Ciclista Amigo do Parque e trilhas exclusivas para prática de bicicross. A partir do resultado de uma pesquisa respondida por 400 deBiólogo, ecólogo e pós-graduado em Administra- les, estamos revitalizando fontes e bicas do parque ção, Roberto atuou tanto na área acadêmica como – muitas delas de valor histórico. A partir do segundo na empresarial. Frequentador do parque desde os semestre, vamos promover passeios para observacinco anos de idade e há cinco na AAPNT, ele apon- ção do céu e da fauna noturna no Parque Lage. ta como seus maiores desafios conectar a população ao Parque Nacional da Tijuca e sensibilizá-la quanto à JBF | E o futuro? RN | O futuro está nos projetos. Em 2017, realizamos importância do mesmo no cotidiano da cidade. o estudo Horizonte 2030, que traçou um plano esJB EM FOLHAS | Por que ser Amigo do Parque Na- tratégico para toda a unidade de conservação, considerando o impacto econômico do PNT na cidade. cional da Tijuca? ROBERTO NASCIMENTO | Os recursos arrecadados Agora estamos em fase de captação de recursos para pela AAPNT – por meio de doações e cobrança de execução do projeto executivo para modernização do mensalidades a partir de R$ 10 para estudantes – platô superior do Corcovado.
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LEO AVERSA
CHRIS MARTINS
Flagrante O CAOS DE TODO DIA Falta de respeito no trânsito é cena corriqueira no bairro, com carros atravessando – e fechando – a rua Jardim Botânico. Morador do bairro, o fotógrafo Leo Aversa flagrou o reboque da Secretaria Municipal de Ordem Pública, que conseguiu avançar o sinal, parar na faixa de pedestres e ainda por cima fechar o cruzamento. Tudo ao mesmo tempo.
cada dia um cardápio diferente; comida com gostinho caseiro; sempre uma opção vegetariana; Rua Jardim Botânico 635, loja 101. TEL: 2259-3098 /nutreresto
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
JBF indica Férias em alta voltagem Parkour, piscina de espuma, circo, muro de escalada, slackline, street dance, grafite e artes integradas. Essas são as atividades da Colônia de Férias Voltz, que acontecerá de 8 de julho a 2 de agosto, na rua Lopes Quintas, 274. Voltada para crianças e adolescentes de 5 a 15 anos, a programação inclui desafios de equilíbrio e
Arte Naïf no Parque Lage
agilidade, com direito a prêmios. A colônia oferece Fica em cartaz até 7 de julho a mostra “Arte Naïf – Neatividades em horário integral ou em turnos de ma- nhum museu a menos”, na Escola de Artes Visuais do nhã (das 9h às 13h) e à tarde (das 14h30 às 18h30), Parque Lage. A exposição-manifesto reúne parte do com preços a partir de R$ 90 (diária para meio pe- acervo do Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil – ríodo) e descontos para irmãos e amigos. O espaço também promove festas de aniversários e eventos. Informações pelo site www.voltzparkour.com ou celular 99544-3422 (Whatsapp).
O Rio em P/B Livro do fotógrafo carioca Rafael Duarte – para quem a ausência de cor traz o foco para o essencial –, “Rio” revela novos ângulos da cidade, percorrida por ele de norte a sul, de leste a oeste. Rafael fez fechado desde 2016 – e obras de mais 30 artistas de uma verdadeira ma- fora da coleção, marcando a posição da EAV em favor ratona para fotogra- das instituições culturais brasileiras e da liberdade de far: percorreu os 180 expressão. A mostra pode ser vista diariamente, das quilômetros da Trilha 11h às 17h, com horário estendido até as 20h nas Transcarioca, subiu quintas-feiras. Ao longo do período, estão programapeda- das visitas mediadas, debates, seminário e atividades lou, navegou e voou de arte-educação. Entrada franca. montanhas,
de asa delta, além de ter tido acesso
Tônica no teatro
especial à cabeça do O teatro O Tablado acolhe, até agosto, o ciclo de paCristo Redentor e à lestras “Teatro Tônico – uma breve história do teatro claraboia da Catedral Metropolitana. O resultado desse ocidental”, com idealização e curadoria de Hamilton olhar em preto e branco está no livro lançado pela edi- Vaz Pereira. Destaque para os temas “Companhias de tora Bambalaio, com 200 páginas. Preço: R$ 100.
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teatro dos anos 60/70”, com Amir Haddad (dia12 de
julho); e “O Tablado, Teatro Ipanema e Asdrúbal Trouxe o Trombone”, com Ricardo Kosovski e Hamilton Vaz Pereira (dia 2 de agosto). Abertos a todo tipo de pessoa, os encontros acontecem uma vez por semana, sempre às sextas-feiras, às 20h, com 120 minutos de duração. A programação completa está no site www. otablado.com.br Entrada: R$ 40.
Encontros na Caminhoá Até julho, o Coletivo BASE promove, na Casa Caminhoá (rua Caminhoá, 36), uma série de encontros com temas variados, como autoconhecimento e gestão de tempo. No dia 26 de junho, o tema é “Cabala da casa: transformando as energias de lares e negócios”, com a professora Sandra Straus. Os encontros acontecem às quartas, às 19h. Inscrições: contato@coletivobase.com.
Barba, cabelo e muito mais Quem passa pela porta da Barbearia do Zé não imagina tudo o que o espaço reserva: mesa para jogos, palestras, festas, drinks, promoções e descontos, além dos serviços tradicionais de barba, cabelo e bigode. Prestes a completar um ano na região, a unidade Jardim Botânico conta com bar, lounge, televisões e, no andar de cima, mesa para jogos e Playstation 4. Na FOTOS: DIVULGAÇÃO
filial do JB, quem corta o cabelo recebe massagem
capilar, alunos das academias da região têm 20% de desconto, e quem aparece às quartas e quintas-feiras conta com dose dupla de chope artesanal.
Programe-se! O 22º Circuito das Artes do JB acontecerá nos dias 17, 18, 24 e 25 de agosto.
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O ato desagradou alguns moradores, que, sem
Alamedas
desmerecerem os escolhidos, acreditam que
Uma praça, dois nomes. Ou três! Poucas vezes, o mais apropriado seria homenagear Maria a Praça Almirante Custódio de Melo deve ter si- Clara Machado. Em 2017, O Tablado adotou o espaço, que foi revita-
militar da Armada Imperial
lizada e ganhou novos
Brasileira e ministro da Ma-
brinquedos. Na época,
rinha do presidente Floriano
Cacá Mourthé, sobrinha
Peixoto. Para os moradores
da dramaturga e atual
do bairro, ela é conhecida
diretora da instituição,
como a praça do Tablado,
entrou com um pedido
devido à sua localização em
para mudança do nome
frente ao famoso curso cria-
da praça e, desde então,
do por Maria Clara Macha-
aguarda um parecer da
do há 55 anos. Sem levar
prefeitura.
em consideração a utiliza-
Apesar de tantos nomes,
ção do espaço e as ações ali desenvolvidas, o prefeito Marcelo Crivella assinou um
FOTOS: CHRIS MARTINS
do chamada pelo nome do
a praça da discórdia – situada entre a avenida Borges de Medeiros e a
decreto, em março deste ano, rebatizando o logra- rua Lineu de Paula Machado, e espremida endouro – ou parte dele – de Gisella Amaral, socialite tre os fundos do Colégio de Aplicação da UFRJ e “empresária social”, como se autodenominava a e o teatro O Tablado – permanece sem qualmoradora do Leblon.
MEMÓRIA
quer placa de sinalização até hoje.
Livros na geladeira
Patrícia Terra | Jornalista, idealizou e dirigiu, em 2018, o documentá-
16
rio “Semente da Música
A Sociedade Hípica Brasileira doou duas
Brasileira”, sobre o mítico
geladeiras velhas para o JB em Folhas. Elas
Bar Semente, na Lapa. Moradora do JB havia
serão restauradas e grafitadas para abrigar
cerca de 20 anos, lutou contra o câncer por 15
livros. O jornal vai promover uma vaquinha
anos, até falecer em 1º de junho. Na semana
para a compra de tinta e restauração das
anterior, deu entrevista para o JB em Folhas, na
geladeiras, que deverão ficar nas praças Pio
qual falou sobre o movimento de migração dos
XI e Otto Lara Resende (em frente ao super-
músicos da Lapa para a Gávea, oferecendo boa
mercado Zona Sul). Colaborações podem ser
opção musical para a turma da Zona Sul.
deixadas no Mercado Afonso Celso.
ECODICA Triciclo-regador Regar plantas parece uma tarefa fácil, mas como fazer quando não há um ponto de água por perto? Foi para resolver esse problema de logística que moradores e amigos do Jardim Botânico criaram o trici-
HEITOR WEGMANN
clo-regador. A ideia foi de Heitor Wegmann, que por
muito tempo carregou garrafas cheias e pesadas para molhar as mudas plantadas no bairro. Comprou triciclo, reservatório, bomba de água, bateria e chamou o vizinho Pedro Pellegrino para resolver a questão da irrigação. Atualmente, o triciclo-regador está em pleno funcionamento e fica estacionado na igreja de São José. Luiz Eduardo Marques e Gisele Vieira de Mendonça – da barraca de coco que fica na orla da Lagoa, quase em frente à igreja – são parceiros da iniciativa. Luiz Eduardo, inclusive, sabe operar o equipamento e utiliza-o para regar o trecho mais próximo à barraca, que já está plantado. “Queremos plantar toda a faixa de terra ao lado da ciclovia até o Baixo Bebê, na altura da Fonte da Saudade”, avisa Gisele. Para isso, o projeto precisa de doação de mudas de grama amendoim, que são mais resistente às intempéries. 17
CHRIS MARTINS
ZÉ RICARDO
Ilustre Morador Música, gente e Gávea são palavras-chave para conhecer o Ilustre Morador desta edição. Zé Ricardo é cantor, compositor, curador, produtor musical e cria da Gávea, onde vive desde 1990. Gravou seu primeiro álbum em 1998, pela gravadora Warner, que funcionava no mesmo bairro. Em mais de 20 anos de carreira, lançou apenas outros quatro discos, mas que ninguém pense que ele fica triste com isso. Sua carreira de músico foi atropelada pela de curador e diretor musical. Começou no festival de cinema ao ar livre Open Air, em 2003, e agora em junho entra em cena na Maratona do Rio, mas sua consagração deu-se com o badalado Palco Sunset, do Rock in Rio, do qual, desde 2008, é o responsável por reunir nomes consagrados no cenário musical internacional a talentos locais, como Mike Patton e a Orquestra Sinfônica de Heliópolis e Sepultura com o grupo francês Les Tambours du Bronx. A função de idealizador e orquestrador de encontros musicais lhe cai bem. O “servo da música”, em sua própria definição, preza, acima de tudo, as pessoas e as relações, elementos fundamentais em seu trabalho e em sua vida pessoal – seja no Rio, em Lisboa ou em Las Vegas. Para ele, o clima bucólico da Gávea influencia diretamente seu trabalho, formado 18
essencialmente por personagens.
- Umas das coisas de que mais gosto é andar pelo
- Naquele tempo, achava que bastava adicionar
bairro e cumprimentar as pessoas, conversar com o queijo parmesão de saquinho em um prato para ele caixa do banco, a patricinha, o segurança Maurão ou ficar bom – recorda ele, que hoje não dispensa um o chaveiro Bigode. Sou um dos sócios-fundadores do bom grana padano às massas e aos risotos que cosBraseiro da Gávea – diz em tom de brincadeira. Em uma curta caminhada a seu lado, dá para per-
tuma preparar para os amigos em casa. Para Zé Ricardo, a trilha sonora da região é bas-
ceber que ele realmente conhece e é reconhecido na tante eclética, “uma mistura de soul music com chovizinhança. Zé Ricardo malha na Bodytech e, como rinho”. De sua casa, ele costuma ouvir – e curtir – a gosta de andar, associou-se ao Jardim Botânico do seleção feita pelo DJ da feira Junta Local, que aconRio de Janeiro para passear com tranquilidade. Sem- tece uma vez por mês na praça Santos Dumont (a pre que o trabalho permite, faz questão de levar o próxima será dia 23 de junho). “É moderna, plural”, casal de filhos para a Escola Nova ou para o Tablado, elogia ele, que assina também trilhas sonoras de filonde o mais velho faz curso de teatro. Tom, de 13 mes e programas de TV. anos, já segue os passos do pai na música – faz aula
Cercado de vizinhos músicos, o curador aceitou o
de violão e já subiu ao palco a seu lado – e na sim- desafio de escalar somente artistas locais para dividipatia: “Quando ele era menor, sabia o nome de um rem o mesmo palco na região. Apesar de conhecer e monte de gente que eu não conhecia. Eu perguntava admirar muitos profissionais de qualidade na região, quem era, ele dizia ‘é amigo do vô’”, sorri.
ele elenca os amigos para começar a festa: Baia, Pe-
Amante de gastronomia, Zé Ricardo frequenta dro Luís, Lan Lanh, Emanuele Araújo e Mário Adnet também o Guimas, onde faz questão de pedir o (o cantor e parceiro Rogê foi o primeiro a ser citado, couvert para deliciar-se com o patê de fígado da mas ele acaba de se mudar para Portugal). casa. Outras delícias que não dispensa são o steak
Para quem quiser conhecer o trabalho e parcerias
tartare do L’Entrecôte de Paris e a sopa de tomate de Zé Ricardo como músico, é só dar um pulo no cludo D.R.I., ambos no Shopping da Gávea. Ele conta be Manouche, na Casa Camolèse, em junho. Em sua já ter tentado reproduzir a sopa em casa, mas con- quarta temporada no espaço, ele se apresenta todas fessa que a de lá é imbatível. Cozinhar, aliás, é um as sextas-feiras do mês, com convidados especiais hobby em sua vida há tempos. Começou a preparar como Petra Gil e a atriz e cantora Lellê, do Dream suas próprias refeições aos 18 anos, por necessida- Team do Passinho, escalada também para o dia 27 de, e, com o tempo, foi tomando gosto pela coisa e de setembro no Rock in Rio. O nome do show não apurando o paladar.
poderia ser mais apropriado: “Segue o baile”.
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Rua Pacheco Leão, 16 Jardim Botânico / RJ CONSULTE A DISPONIBILIDADE PARA ENTREGA.
WHATSAPP (21) 98108-6949