JB em Folhas 58

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em

jb folhas 10

ANOS

o informativo do jardim botânico

março / abril 2015 | ano 12 | nº58 distribuição gratuita

Jardim Botânico Horto | Gávea | Humaitá

Ilustre apaixonado  Daniel Herz rendeu-se ao charme do JB há cerca de sete anos.  (Página 18)

22/03: Dia Mundial da Água  Recurso fundamental para a vida ganha destaque nas colunas Cara do JB e Ecodica.  (Páginas 03 e 17)

JB, eu te amo

Nos 450 anos da cidade, moradores indicam os presentes que gostariam de dar ao bairro mais querido.  (Páginas 10 a 13)


Editorial

As muitas maneiras de dizer: JB, eu te amo!

gião, como passear com a cadela Bebel, de caneca de café em punho, sem causar estranhamento dos vizinhos. A cena foi registrada em pleno desfile do Suvaco

Prezado leitor,

do Cristo, quando era uma das raras pessoas sóbrias na frente do Bar Jóia (foto). Confira na página 6.

maveras. Mesmo com a idade avançada, mantém o corpinho sarado, pincelado de verde e de mar por todos os lados. Eis que nesse cenário de “purgatório da beleza e do caos”, como canta nossa “ilustre

jornal – que circulou em novembro e dezembro de 2014 – para

moradora” Fernanda

cá, muita coisa aconte-

Abreu, descobrimos

ceu. Entre elas, estão

que um trecho do Jar-

a renovação de praças,

dim Botânico é uma

o plantio de mudas e

das áreas de maior

outras ações da AMA-JB, que segue tentando modi-

desenvolvimento hu-

ficar seu estatuto para permitir a reeleição do Presi-

mano da cidade.

dente Heitor Wegmann. Leia mais nas páginas 4 e 5.

A

pesquisa encomenda-

O período foi marcado também por despedidas. Pre-

da pelo Instituto Moreira Passos juntou-se a uma ou-

senças marcantes no bairro, cada uma à sua maneira, Do-

tra ideia que tivemos para nossa primeira edição de

na Maria, da Venda em Garagem, e Tia Elza, famosa por

2015: aproveitando o gancho do filme “Rio, eu te

sua feijoada no Horto, não estão mais entre nós. Nossa

amo”, convidamos alguns moradores para falar sobre

homenagem às duas damas do bairro está na página 3.

nosso amado JB, que poderia render um filme, uma

E como em março é comemorado o Dia Internacio-

música, uma foto... A criatividade rolou solta, como

nal da Mulher, aproveitamos para fazer outra homena-

você vai ler em nossa matéria de capa, a partir da

gem, na coluna Flagrante, na página 17.

página 10. Entre uma foto e outra, fiz esse registro

No mais, vida que segue. O ano está começando

com o jornalista Fábio Júdice, que se sente presente-

oficialmente, e 2015 promete muitas novidades e bo-

ado diariamente quando anda pelas ruas do bairro.

as notícias para o bairro.

Outra jornalista que é apaixonada pelo JB é Luize

Até maio.

Valente. Moradora há mais de 25 anos, a documen-

Christina Martins

tarista lista na coluna Meu JB suas preferências na re-

Editora

Expediente

Foto da capa: Dario Zalis

O JB em Folhas é uma publicação bimestral, editada pelo Armazém Comunicação Projetos Jornalísticos Ltda.

Telefone: 3874-7111/ 98128-6104

www.armazemcomunica.com.br Editora Responsável: Christina Martins (Mtb 15185 -RJ) Redação: Betina Dowsley Projeto Gráfico: Paulo Pelá - www.bolaoito.com.br Revisão: Carla Paes Leme Impressão: CMYK Gráfica - 2581-8406 Estagiária de Redação: Sheila Gomes 2

Da última edição do

FOTOS: CHRIS MARTINS

Nossa cidade maravilhosa está completando 450 pri-

Tiragem: 5.000 exemplares e-mail: jbemfolhas@armazemcomunica.com.br www.facebook.com/JbEmFolhasJornalDoJardimBotanico site: www.jbemfolhas.com.br

Distribuição: Parques, bancas de jornais, galerias e prédios comerciais do Jardim Botânico, Horto, parte da Gávea e do Humaitá.


CHRIS MARTINS

Cara do JB  Ana Cristina Pereira Vieira

Nascida e criada no bairro, a ambientalista Ana Cristina Pereira Vieira foi uma das primeiras moradoras do bairro a mobilizar as pessoas em torno da questão da água. Síndica e subsíndica de dois prédios no bairro, ela criou um cartaz conscientizando os vizinhos sobre a necessidade de economizar o recurso atualmente em escassez. A ideia inicial foi de sua colega Celeste, com quem divide a administração do edifício da rua Conde Afonso Celso. Ana Cristina adaptou o texto de acordo com sua experiência didática, adquirida em anos de trabalho de educação ambiental no JBRJ e no Parque da Tijuca. - O importante é mobilizar. Para melhor aceitação, recomendo não fazer imposições, mas sugerir, ensina ela que, além de fixar o cartaz nos dois edifícios, enviou-o por e-mail a seus contatos, inclusive para o grupo de discussão da AMA-JB no Google. A repercussão foi surpreendente. Ana Cristina recebeu inúmeros elogios e apoio à sua iniciativa, copiada por vários prédios da região. Ela lem-

Adoreiagunça. Nena Z

bra que fez o cartaz pensando na realidade dos prédios dos quais é síndica. “É bom adaptá-lo à realidade de cada um. No nosso caso, por exemplo, já havia orientação aos funcionários para não utilizarem a mangueira para limpeza, substituindo-a por vassoura, balde e pano”, adverte. 3


Folhas do Jardim

plantadas: três na calçada do canal da General Garzon, duas na calçada do canal da Lineu de Paula

Às praças, moradores

Machado, uma ao lado da Igreja São José, duas na

FOTOS: CHRIS MARTINS

frente do Banco Itaú (esquina Rua Lopes Quintas) e várias na Praça Ricardo Palma, ao lado do Parcão, na saída do túnel Rebouças. Ao longo do ano, outras mudas serão plantadas no bairro.

Jardim Gourmet No início do ano, os restaurantes Volta, Lorenzo Bistrô, Casa Carandaí, Mamma Jamma, Ibérico e Prosa na Cozinha juntaram-se para a criação do Jardim Gourmet. A ideia é alimentar iniciativas coletivas, como o lançamento de Menu Jardim Gourmet, com entrada, prato principal e sobremesa. Durante todo Nunca é tarde para parabenizar a revitalização da o mês de março, o preço será unico (R$ 80), mas o Praça dos Jacarandás. A Secretaria de Conservação e cardápio variará de acordo com a especialidade de a Subprefeitura da Zona Sul entregaram o local com cada casa. O mesmo valor corresponderá também a coral dos alunos da Escola patotinha, situada nas ime- uma aula no espaço Prosa na Cozinha. diações da praça, em dezembro de 2014. A obra ficou

Já o Rubaiyat está com menu especial em come-

tão bonita que, em janeiro, o endereço sediou reuni- moração ao aniversário da cidade. Destaques para ões de grupos de moradores interessados em discutir entrada e sobremesa com ingredientes com muitos o trânsito da região. Em fevereiro, a AMA-JB prestigou anos de praia: ceviche de vieiras com coco fresco e a revitalização e realizou sua reunião mensal na praça. biscoito Globo e baba de moça com mousse de coco A iniciativa foi a primeira do projeto de reuniões itine- e calda de mate. rantes da associação, visando a maior contato e participação dos moradores. Em breve, serão reinaugu-

Tráfego em debate na Maria Angélica

radas também as praças Almirante Custódio de Mello Questão sempre polêmica, o trânsito na rua Maria (em frente ao Tablado), Sagrada Família (entre Maria Angélica e ruas adjacentes entrou o ano em plena Angélica e Alexandre Ferreira), Ricardo Palma (ao lado discussão. Após abaixo-assinados e reunião na Praça do Parcão, próxima ao início da rua Alexandre Ferrei- dos Jacarandás, moradores da região estão debatendo ra), todas em processo de revitalização.

o problema em busca de uma solução que agrade a todos. Enquanto isso nã acontece, o grupo sugeriu à

Novas mudas no JB

CET-Rio que as mudanças e adequações para o tráfego

A AMA-JB intensificou o plantio de mudas nas ruas na região fossem feitas gradualmente. Por ora, a cirdo Jardim Botânico. O levantamento foi feito junto culação de carros na Maria Angélica segue igual, com aos moradores, que apontaram os locais em que mudanças apenas na sinalização, com a instalação achavam importante ter uma árvore. O plantio co- de placas de estacionamento proibido do lado direito meçou pela rua Oliveira Rocha, na calçada junto ao de quem sobe a rua Maria Angélica a partir da curva muro da Hípica, em frente ao Hospital da Lagoa. com a J. Carlos. Em março, a situação será reavaliada e Com o sucesso da iniciativa, outras mudas foram nova rodada de sugestões poderá ser implementada. 4


Bloco da Pracinha abriu o carnaval no JB Novidades de início de ano Em fevereiro, a ampliação da Bibi Sucos foi concluída, e a loja na esquina da rua Visconde da Graça foi reaberta para alegria dos moradores e trabalhadores do bairro, já tão acostumados a seus lanches e refeições. No mesmo mês, o Le Pain du Lapin mudou de nome e agora chama-se A Padaria. O nome anterior ficou com a loja da Gávea. Mas ninguém precisa se preocupar, por aqui nada mudou: os mesmos donos continuam à frente do estabelecimento, assim como foram mantidos produtos e funcionários. Ao lado, o japonês Tadashi também mudou de nome e agora chama-se Sushikim. O Bloco da Pracinha, em sua nona edição, movimen-

A partir deste início de ano, o Buffet Celina Mello

tou a Praça Pio XI no começo de fevereiro. O evento, ampliou seus serviços e agora, além de deliciosas organizado pelo site www.amigasdapracinha.com.br comidinhas para festas e eventos, vende quentinhas fez algumas mudanças em sua composição este ano. A com entregas em domicílio na região. As baixas do novidade ficou por conta do grupo Circo Macaco Prego, período são o fechamento do Quiosque do Portuque cantou marchinhas e músicas do repertório infantil, guês, na esquina da rua JJ Seabra, e da JB Móveis, com a participação da cantora e professora de educação Decorações e Reformas, dedicada ao mobiliário pamusical Barbara Lau. O percussionista Wellington Alves ra varandas. O espaço foi incorporado ao JB Bazar e convocou a criançada acima de sete anos para partici- Construção, que funcionava ao lado. par da oficina de percussão, com latas, e ensaiou alguns

Depois de reformar sua fachada, o IBEU Jardim

ritmos. Mais uma vez, a turma do Gato Mia, comandou Botânico fechou uma parceria operacional com a a oficina de customização de fantasias. O bloco contou, Aliança Francesa. Agora, além de inglês, a casa da este ano, com doações de moradores e leitores do si- Maria Angélica oferece também curso de francês da te, além do apoio de Mercado Afonso Celso, Braseiro tradicional instituição. da Gávea, Bar Belmonte, Centro de Convivência Villa

Até o final de março, será aberto oficialmente o

Ipanema, Bar Jóia Carioca, Jardim Botânico Educação restaurante Plage, que substitui o DRI no casarão da Infantil, Okawari Sushi, Studio Foco Pilates e Speed Bike. Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

www.polismix.com.br

açaí

sanduíches italianos e pastas

pratos variados salmão

sanduiche de frango saladas linguado sucos frescos sanduiche de filé mignon camarão água de coco

medalhão

hamburguão de mignon

milkshakes

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Meu JB  Luize Valente

Luize está fechando os detalhes finais para o lançamento de “Uma praça em Antuérpia”, que acontecerá no final de março, pela editora Record. Seu primeiro livro, "O segredo do oratório", de 2012, segue para a 4a edição e está sendo negociado com uma produtora americana para virar filme, com possibilidade de locações no bairro. Os passeios a pé, em busca de inspiração para escrever, costumam ser pela Benjamin Batista, na altura da escadaria que liga a rua à praça Pio XI. A vira-lata Bebel é a companheira de caminhada e também

FOTOS: CHRIS MARTINS

tem sua própria turma no bairro. “Aqui até os cachorros se conhecem!”, exclama Luize, “O Jardim Botânico é um bairro que não tem praia,

que lista outros points

mas você pode andar de Havaianas tranquilamente

preferidos no bairro:

que ninguém achará estranho”. Essa é, na opinião da jornalista Luize Valente, a melhor definição do lugar

Animaleria | Um pet shop literalmente família. A

onde mora há mais de 25 anos.

segunda casa da Bebel..

Nascida no Leblon, mas criada na região, a jor-

lhedor.

seus avós Irene e Abel, que construiu o prédio on-

ABBR | Descobri a ABBR quando precisei fazer fisio-

de moram também outros parentes. Sem carro há

terapia. Foi uma boa surpresa.

dez anos, Luize está acostumada a fazer tudo a pé,

Coral JB | Hoje é meu principal programa de lazer. É

inclusive a ir para o trabalho, na Globonews. Ela

uma terapia, e, a cada dia, a gente conhece alguém

não esconde seu amor pelo bairro e pelo jeito de

diferente do bairro.

cidade do interior, onde todos se conhecem: “Nes-

Feira Orgânica | É um rito. Vou todo sábado pela

se mundo de hoje, tão virtual, o JB proporciona

manhã para comer a tapioca de beterraba e encon-

encontros reais, seja na feira de domingo, no coral

trar amigos.

ou na praça Pio XI, onde acontecem vários even-

Speed bike | O atendimento é nota 10; e o Jaime,

tos”, afirma.

chaveiro, é uma simpatia!

Telefones úteis Atendimento ao cidadão 1746 Bombeiros 193 / 3399-1234 Cedae (água e esgoto) 195 / 2297-0195 CEG 0800-240197 Defesa Civil 199 / 2576-5665 Disque-Denúncia 2253-1177 6

Empório Jardim | Virou paixão. O ambiente é aco-

nalista, reside no prédio Irebel - mix do nome de

Guarda Municipal 153 Light 0800-282-0120 15ª DP 2332-2900 Polícia Civil 197 Polícia Militar 190 Procon 151 Subprefeitura da Zona Sul 2521-5540 Vigilância Sanitária 2503-2280


Sabores do Jardim  Divina aquarela

No Empório Jardim, peça o “suco do dia” e conheça variadas combinações, como a de uva verde com água de coco e a deliciosa morango com

De tantas aquarelas brasileiras, nenhuma é tão

tangerina, grande sacada no reino das misturas.

gostosa e perfumada como a das frutas. Imagine

O Detox mescla água de coco, couve, gengibre,

para um estrangeiro que veio do frio a sensação

limão e uma gota do Tabasco Chipotle, molho de

de beber, por exemplo, uma manga batida na

pimenta defumada.

hora ou um suco natural de maracujá. E o que

Falando em limpar o organismo, boa dica está

dizer da fruta-do-conde? Tem gringo que pira e

na feira orgânica na praça ao lado da Igreja São

não quer nem voltar para

José, nas manhãs de sába-

casa. É possível passar um

do, na Lagoa. Se a famosa

mês bebendo um suco por

tapioca mata a fome, a bar-

dia, feito com a fruta fres-

raca da Vivorgânico man-

ca, sem repetir o sabor.

tém uma gôndola de gelo

Quem topar o desafio está

com garrafinhas de sucos

bem servido no bairro, a co-

funcionais e saborosos. Há

meçar pelo recém-reforma-

versões como o Leite de

do Bibi Sucos, que ampliou

Castanha – com castanha

o espaço e veio com novida-

do Pará, agave e canela – e

des. Patrocinadora de atletas

o Suco Terra, mistura de cenoura, maçã e semente de linhaça germinada. O Suco

em parceria com Kyra Gracie,

Verde capricha em pepino,

campeã de jiu-jitsu. Desfilam

maçã, gengibre, folha de

CHRIS MARTINS

como o big rider Carlos Burle, a marca lançou cardápio

pelo ‘tatame’ sucos como o rosa – feito com beterraba,

couve e brócolis. Aos moradores do JB é

limão e água de coco – e o de goiaba com leite de

bom lembrar que todos os lugares citados ofe-

amêndoas. Para os resfriados de verão, o antigripal

recem delivery. O supermercado Zona Sul entrou

leva acerola, caju e mel.

na onda com a gostosa linha Me Bebe: garrafas

A poucos passos dali, o Polis Mix oferece seus

que trazem sugestões nos rótulos como “de bi-

blends clássicos, a exemplo do Enxaqueca, que

ke” e “na praia”. Os sabores laranja, melancia,

ajuda a curá-la com melancia, água de coco e

tangerina e abacaxi com hortelã não levam açú-

gengibre. Ou o Pele de Cetim, que mistura maçã,

car nem conservantes. É pegar na prateleira e

xarope de guaraná e hortelã.

matar a sede.

A casa tem sociedade com a Polis Sucos – primeira loja de sucos naturais do Rio, inaugurada

Pensando bem, é melhor estender o prazo daquele desafio frutífero.

em 1958, em Ipanema –, inspiradora de redes como a Pin Pin, que tem duas lojas na Rua Jardim Botânico e balcões coloridos de frutas.

Pedro Landim Jornalista e editor do blog www.bocanomundo.com 7


Flagrantes  No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, no dia 8, nosso flagrante mostra a pre-

FOTOS: CHRIS MARTINS

sença feminina no cotidiano do bairro. No carnaval,

as mulheres marcaram ponto em territórios outrora masculinos. Tanto na bateria do Suvaco do Cristo quanto na limpeza após a passagem do bloco, elas esbanjaram simpatia e feminilidade.

Ecodica

há muitas casas, os moradores podem colaborar com o aproveitamento da água da chuva, reco-

Água: sabendo usar, não vai faltar

lhendo-a da calha e acumulando-a em pequena No meio da grave crise hídrica que estamos vi- cisterna, utilizando uma bombona e tubos, como vendo, é certo que ninguém quer ficar sem água. explicado no site http://www.sempresustenO que muita gente esquece é que a solução – ou, tavel.com.br/hidrica/minicisterna/minicisterna. pelo menos, uma parte dela – está nas mãos de htm. A água coletada não é potável, mas pocada um de nós, sem exceção. Não faltam di- de ser utilizada para irrigar plantas, lavar pisos e cas para economizar água, das mais tradicionais carros. Em sistemas mais complexos, é possível (fechar a torneira ao escovar os dentes, tomar reusar a água na descarga de vasos sanitários. banho e lavar louça) àquelas mais amplas (não Não esqueçam de verificar as instalações hiusar mangueira para regar plantas, lavar carros e dráulicas de sua casa. Aquela torneira que não calçadas, e recolher o gotejamento produzido pelo fecha direito é fonte de desperdício do valioso ar condicionado). Como aqui no Jardim Botânico recurso natural, além do financeiro!

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CHRIS MARTINS

Alamedas do Jardim Casa Maternal Mello Mattos Quem vê o imponente portão azul no final da rua Faro não imagina as histórias que guardam a Casa Maternal Mello Mattos e o seu terreno. Logo na entrada, a famosa (e frondosa) figueira mantém-se firme e é o símbolo da AMA-JB, criada em 1980. Além dela, o terreno abriga outro ponto de interesse: a Capela de Nossa Senhora das Cabeças foi construída no início do século XVII e tombada há 50 anos pelo Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan). A Casa Maternal Mello Mattos foi inaugurada em 1924 e batizada com o sobrenome do primeiro juiz de menores da América Latina: José Cândido de Albuquerque Mello Mattos. A instituição – que já foi um abrigo – atualmente funciona

instalações precisam de cuidados constantes.

como creche e escola, atendendo a 320 crianças,

A instituição recebe doações em dinheiro, ali-

sendo 128 de 2 a 4 anos, e as demais, até 14

mentos não perecíveis, material de higiene e de

anos, oriundas de comunidades de Horto, Roci-

limpeza, além de contar com voluntários cadas-

nha, Vidigal e até Paula Barros, no Rio Comprido.

trados. Neste início de ano, a AMA-JB mobilizou

Administrada pela Congregação das Freiras

seus associados e conseguiu mobiliário escolar

Carmelitas Descalças Servas dos Pobres, a Casa

para comportar o aumento de crianças atendi-

Maternal Mello Mattos visa a minimizar a desi-

das, além de um voluntário para manutenção do

gualdade e a favorecer a inclusão dessas crianças

laboratório de informática. Os interessados em

no ensino de qualidade. O espaço conta com 14

ajudar a Mello Mattos podem procurar a secre-

salas de aula, cozinha equipada, pátio interno,

tária Lauzimar.

parquinho infantil e quadra esportiva, mas suas

Rua Faro, 80 - Telefones: 2512-1266 e 2512-5565

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CHRIS MARTINS

As muitas maneiras de dizer: JB, eu te amo!

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Nos 450 anos do Rio de Janeiro, o Jardim Botânico

Afastado da zona portuária, onde a cidade come-

é que brilha! A comparação de dados dos censos

çou a crescer, a mais antiga construção do bairro, a

de 2000 e 2010, elaborada sob encomenda para o

Capela de Nossa Senhora das Cabeças, data do sé-

Instituto Pereira Passos, revelou que o trecho en-

culo XVII. Mas a história do Jardim Botânico ganhou

tre o Parque Lage e o Jardim Botânico está entre

impulso somente em 1808, com a criação do parque

as áreas de maior desenvolvimento humano da ci-

que deu nome ao bairro. Naquela época, chegar aqui

dade. Segundo pesquisa informal do JB em Folhas,

era uma viagem devido ao tempo gasto no desloca-

a turma daqui está cada vez mais satisfeita com o

mento, causado não pelo trânsito intenso que vemos

bairro e indica os presentes que gostaria de dar e

hoje, mas pelo simples fato de não haver boas vias

receber no aniversário da cidade.

de acesso e transporte.


A ocupação da região, de fato, deu-se somente com a instalação de fábricas no Horto e de suas vilas operárias. Com elas, surgiram uma escola, um clube, uma farmácia... Tudo para o conforto de seus moradores/ trabalhadores. É justamente essa história que, primeiramente, vem à cabeça da produtora de cinema e moradora do JB há 25 anos Clélia Bessa. Como boa cineasta, ela reconhece aqui inúmeras histórias que merecem ser contadas, e essa, documental, é apenas uma delas: - Gostaria de contar a história da Fábrica de Tecidos Carioca, que abriu as primeiras vilas operárias do Horto. Acredito que documentar isso seja o mais urgente, aproveitando que ainda há descendentes dos trabalhadores na região, observa. Outros lugares que, na opinião de Clélia, poderiam ser tema ou cenário para um suposto filme “JB, eu te amo”, são o Parque Lage e a praça Pio XI. O primeiro por seu comprometimento cultural. “Há 40 anos, a Escola de Artes Visuais revela diferentes manifestações DARIO ZALIS

artísticas de vanguarda e inspira o pensamento contemporâneo”, lembra ela, atualmente responsável pela captação de recursos para a Oca Lage (que administra a EAV), além de sócia da Raccord Produções e professora de cinema da PUC-Rio. Já a pracinha, para ela, merece destaque por representar um ponto de resistência do clima amistoso de interior que o bairro perdeu e por todos os eventos de ocupação ali promovidos. Também não faltam personagens para narrar a história do bairro. Clélia destaca Passarinho, garçon já aposentado do Bar Joia; Folha Seca, que soma 92 anos de idade, sendo quase 70 deles trabalhando do JBRJ; e João Aveleira, um dos fundadores do mítico bloco Suvaco do Cristo, que este ano completou 30 carnavais. Por falar nele, o dublê de médico e carnavalesco João Aveleira imagina que “os blocos que desfilam no JB terão público predominantemente do bairro, com bloquinhos dentro dos mais tradicionais. O folião, se quiser, ficará no circuito JB-Gávea”, avalia ele, que gostaria de receber novamente um samba de Lenine e Bráulio Tavares para o Suvaco. Nos planos de Avelei-

Casario do Horto, a produtora Clélia Bessa e o desfile do Suvaco do Cristo. 11


FOTOS: CHRIS MARTINS

ra, estão ainda um livro com a história do bloco e uma exposição com os mais variados itens do baú desses 30 carnavais, ambos aguardando por um patrocinador. Perguntado sobre o que daria presente ao Jardim Botânico neste aniversário da cidade, Fábio Júdice, repórter do RJTV, da TV Globo, não poupou elogios: - Na verdade, é o bairro que me presenteia todos os dias, me energizando o tempo todo. Em que outro lugar você sai do trabalho e dá de cara com uma igreja? Ou vai almoçar e depara-se com casas que parecem ter parado no tempo? A pressão do trabalho é sempre grande, mas basta botar o pé na rua para recarregar minhas energias. Passar pelo Parque Lage, subir a Lopes Quintas, procurar uma vaga para estacionar nas ruas e praças da região, tudo isso me inspira e me dá prazer, declara o jornalista que espera retribuir com seu trabalho, sempre bem-humorado, tudo o que o bairro lhe oferece Jardim Botânico, há sempre um ângulo diferente a todos os dias.

ser revelado. Toda vez que vou até lá, vejo alguém

E, se o assunto é fotogenia, o bairro não tem do – profissional ou não – tirando fotos”, observa ele, que reclamar. O fotógrafo Dario Zalis, que mora há que esteve recentemente no local fazendo uma co28 anos aqui, aponta os dois parques como os favo- bertura fotojornalística sobre o bairro para a revista ritos nesse quesito. “Não me canso de fotografar o americana Virtuoso Life.

Os jornalistas Fábio Júdice (alto) e Luiz André Alzer, a igreja Divina Providência e o Jardim Botânico. 12


DARIO ZALIS

DESAFIO JB CIRCULANDO PELA CIDADE 1. Em qual praça acontece uma feira orgânica aos sábados? a) Praça da Igreja São José b) Praça Pio XI c) Pracinha do Tablado FATOS HISTÓRICOS 2. Onde funcionava a Casa dos Pilões, fábrica de pólvora que até 1831 abasteceu a defesa brasileira? a) Parque Lage b) Hípica c) Jardim Botânico

que Lage: - O parque e o casarão são maravilhosos, mas até hoje fico indignado por ter sido interpelado por uma agente do Ibama. Ela não queria permitir que eu fotografasse lá, mesmo estando sozinho, com meu equipamento, tirando apenas fotos de paisagens para a revista, recorda ele para quem a vista do JB do alto do Cristo Redentor é uma das mais bonitas da cidade. Como presente pelos 450 anos do Rio de Janeiro, Dario gostaria de ver o muro do Jockey ir abaixo, ampliando o horizonte. Ele fica surpreso quando dizemos que o muro é tombado: “É mesmo? Não diga!”. Jornalista e idealizador do jogo “Desafio Carioca”, cujo objetivo é testar os conhecimentos dos jogadores sobre a cidade percorrendo seus cartões postais, Luiz André Alzer imagina que, em um fictício “Desafio JB”, não poderiam faltar os parques citados por Dario, a cachoeira dos Primatas e estátuas como a do Chacrinha. Ele preparou perguntas sobre seis diferentes temas especialmente para o JB em Folhas (faça o teste abaixo). Os leitores assíduos do jornal não terão dificuldade para responder, mas, se precisarem de cola, é só virar o exemplar de cabeça para baixo para conferir as respostas.

ESPORTE E BOA FORMA 4. A partir de qual idade é possível fazer aulas de equitação na Hípica? a) 5 anos b) 8 anos c) 10 anos SAMBA O ANO INTEIRO 5. Quando acontece o Bloco da Pracinha, o maior reduto de pequenos foliões no bairro? a) Sábado anterior ao carnaval b) Domingo de carnaval c) Quarta-feira de Cinzas MORROS E O RIO VISTO DO ALTO 6. Onde começa a Travessia da Serra da Carioca, que sobe até o Corcovado e termina nas cachoeiras do Horto? a) Rua Pacheco Leão b) Rua Lopes Quintas c) Parque Lage RESPOSTAS: 1 (a) / 2 (c) / 3 (b) / 4 (b) / 5 (a) / 6 (c)

Na mesma ocasião, Dario esteve também no Par-

COMIDA, DIVERSÃO E ARTE 3. A loja Mil Frutas da rua JJ Seabra foi a primeira da rede. Em que ano foi inaugurada a mais premiada sorveteria do país? a) 1985 b) 1988 c) 1992

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JBF indica

álbum, de 17 faixas, apresenta poemas – alguns inéditos e todos autobiográficos – do pintor Cândido Por-

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Livros saúdam a beleza do Rio

tinari musicados por Ripper para piano e voz. Além do “Ciclo Portinari”, o CD traz composições de Ripper – atual diretor da Sala Cecília Meireles e membro da Academia Brasileira de Música – para piano (“Cine Suite”) e para piano e voz (“Outras Telas Sonoras”).

Álbum pitoresco musical do Rio

A Editora ID Cultural acaba de lançar dois livros que têm como cenário o Rio de Janeiro: “O Rio pelo alto” e “Arpoador, meu amor”. O primeiro reúne 90 imagens raras, feitas nas décadas de 1930 e 1940 por observadores-fotógrafos da Escola de Aviação Militar (atual Aeronáutica). Já o livro da jornalista e roteirista Beth Ritto apresenta a perspectiva de ilustres desconhecidos que frequentam o Arpoador. Dois exemplares de lindas homenagens aos 450 anos da Cidade Maravilhosa! O Jardim Botânico é uma das localidades retrata-

Poemas de Portinari musicados

das em “Rio de Janeiro – Álbum Pitoresco Musical”. Lançado originalmente em 1856, com partituras de P. Laforge e litografias do paisagista Joseph Alfred Martinet, a nova edição do livro foi idealizada pelo produtor musical Edgar Poças em parceria com Rodrigo Alzuguir e Carol Miranda, que acrescentaram um CD ao projeto. O livro traz ilustrações assinadas por Guilherme Secchin (morador do JB); e o álbum, composições inéditas de Cristóvão Bastos, Délia Fischer, Francis Hime e Gilson Peranzzetta, entre outros, que combinaram ritmos atuais – como samba, choro e funk – ao atemporal piano das composições originais.

Rio450 no JB Da amizade entre João Cândido Portinari e João Gui- O aniversário do Rio de Janeiro está sendo devidalherme Ripper nasceu o projeto Ciclo Portinari e Ou- mente comemorado no Jardim Botânico. Quem ainda tras Telas Sonoras, recentemente lançado em CD. O não conferiu tem até o dia 29 de março para ver a 14


exposição “Canal 100, uma câmera lúdica, dramática e explosiva”, em cartaz no Galpão das Artes do Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico. Já os atletas têm como opção para festejar a efeméride no dia 5 de abril, com o “Desafio Subida do Imperador”, uma corrida de 4km, com largada no Horto e chegada na Mesa do Imperador, passando pela Vista Chinesa.

Curadores visitantes na EAV O programa Curador Visitante, da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, selecionou cinco curadores para acompanhar a produção de seus alunos. O desafio é realizar uma exposição com os trabalhos deles ao lado dos de artistas já reconhecidos. O primeiro curador convidado é Bernardo Mosqueira, que fará a exposição “Encruzilhada”, cuja inauguração está marcada para o dia 27 de março. Depois dele, haverá mostras organizadas por Bernardo Souza, Daniela Labra, Luiza Duarte e Marta Mestre.

“As bondosas” na Gávea Depois de três temporadas, seis mil espectadores e sete prêmios, a peça “As bondosas” está de volta ao palco, agora no Teatro dos Quatro, no Shopping da GáDIVULGAÇÃO

vea. Misturando crítica social com humor ácido e inteligente, a comédia apresenta Prudência, Astúcia e Angústia, carpideiras que se surpreendem com o comportamento pouco ortodoxo dos membros da família de uma falecida, a começar pelas estranhas circunstâncias de sua morte. O espetáculo fica em cartaz até 29 de abril, sempre às terças e quartas. 15


CONSUMO

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Cidadania  O jornalista Fábio Guimarães está desenvolvendo o piloto de um programa de TV sobre acessibilidade. A

In Memoriam  Dona Maria e Tia Elza ACERVO PESSOAL

Acessibilidade na cidade e no JB

O bairro perdeu, no final de 2014 e começo de 2015, duas

inspiração do trabalho de Fábio, que não tem nenhu-

senhorinhas ilustres:

ma limitação física, é buscar alternativas para aces-

Dona Maria Augusto

sibilidade aos portadores de deficiência a partir do

Carvalho, 90 anos, da

questionamento: “Não sou cadeirante, mas e se eu

Venda de Garagem; ARQUIVO JB EM FOLHAS/ 2004

fosse?”. Em recente visita à ABBR, imaginou traçar rotas acessíveis para chegar até a instituição, que, assim como a AMA-JB, já garantiu apoio à iniciativa. O próximo passo é incluir a Secretaria de Conservação do município no debate para realização das obras que se farão necssárias. Enquanto suas ideias não saem do papel, ele colocou no ar o site www. buscolegados.com, cujo objetivo é expor a herança de acessibilidade prometida pelos grandes eventos

DIVULGAÇÃO

esportivos e o que realmente vai ficar.

e Elza Maria de Souza Santos, a Tia Elza, da Feijoada do Horto. Com 70 anos de bairro, Dona Maria costumava ser vista na porta do brechó, na rua J.J. Seabra, entre familiares e amigos. Era um arquivo humano do bairro e, por conta disso, foi entrevistada algumas vezes pelo JB em Folhas, sempre com uma história boa para contar. Adorava carnaval e não perdia um desfile do Suvaco, ao lado da filha Beth Borges. Amigos, comerciantes e vizinhos prestigiaram o enterro e a missa. Já Tia Elza, que residia havia 60 anos na região, foi personagem da nossa coluna Cara do JB em 2004. Mãe do ex-deputado Edson Santos e da Presidente da Ama-Horto, Emília Maria de Souza, ela comandou, por muitos anos, uma animada roda de samba, acompanhada de feijoada, que extrapolou os limites do bairro e ganhou fama em toda a cidade. As duas foram homenageadas durante o desfile do bloco Suvaco de Cristo e recebem nosso carinho. Vão deixar saudades. 17


Ilustre Morador

Nada muito difícil se considerarmos que, no dia em que fizemos esta entrevista, Daniel tinha com-

Há mais ou menos sete anos, com mais de 40 anos promissos profissionais em Copacabana, Ipanema e de praia vividos entre Copacabana e Leblon, o ator, di- Botafogo: “Faço tudo de bike, só assim dá para saber retor e dramaturgo Daniel Herz descobriu o Jardim Bo- exatamente a que horas devo sair para chegar aontânico. Trazido para cá pelo amor, logo apaixonou-se de preciso no horário marcado”, calcula ele que tem também pelo bairro. É fácil vê-lo circulando de bicicle- sempre em sua mochila uma camisa extra para trocar. ta ou a pé, seus dois principais meios de se locomover e de manter a forma.

Professor de teatro há 25 anos e à frente da Companhia Atores de Laura há 22, Daniel diversifica seu

- Há nove anos, li uma matéria que dizia que 10 trabalho em montagens de clássicos da dramaturgia minutos de caminhada são melhores do que nada, – como obras de Shakespeare e Beaumarchais – e quando não se tem muito tempo para fazer exercí- textos de autores contemporâneos ou de criação cocios. Assim, transformo minhas pedaladas/caminha- letiva. Com inúmeros prêmios acumulados ao longo das em pontos que devo cumprir semanalmente. de mais de 30 anos de carreira, Daniel não para. AnMinha meta é completar 6h por semana, conta ele, tes mesmo de encerrar a temporada de “Bodas de Fígaro”, ajudou a adaptar o livro ““Saba – Em Nome

DANIEL HERZ

CHRIS MARTINS

justificando a boa forma.

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da dor e da esperança”, de Noa Ben Artzi-Pelossof, neta de Yitzhak Rabin, primeiro-ministro de Israel assassinado em 1995. O monólogo “Meu saba” (avô em hebraico), estrelado por Clarissa Kahane e dirigido por Daniel, estreará no Festival de Teatro de Curitiba e ocupará o Espaço Sérgio Porto, no Humaitá, a partir de 17 de abril. - Este será meu primeiro trabalho ligado a minhas origens judaicas. A religião passará ao largo; o importante é a esperança de paz que o monólogo apresenta, adianta o diretor que ainda não montou nenhum espetáculo no Espaço Tom Jobim. “Só tive oportunidade de trabalhar aqui no JB quando dirigi Leandro Hassum e Marcius Melhem no infantil “Nós no tempo”, cujos ensaios aconteceram no espaço Sauer Danças.

Workaholic confesso, ele admite que sua profissão não permite férias prolongadas, sobrando-lhe pouco tempo para as questões do dia a dia do JB. São os amigos e familiares que costumam lhe pôr a par das questões do bairro. Já até endossou abaixo-assinados, mas realmente não tem tempo para pôr a mão na massa. Nas poucas horas livres de que dispõe, gosta de subir do Horto, onde mora, até a Mesa do Imperador, sem dispensar um bom banho de cachoeira no caminho. A tranquilidade e a natureza lhe remetem ao “clima de Teresópolis”. Mas é só chegar à rua Jardim Botânico para lembrar que ainda não temos metrô no bairro e que o trânsito é caótico. “É fundamental repensar os meios de transporte da cidade. Não é preciso ser engenheiro de tráfego para perceber que o atual modelo de expansão do metrô não atenderá à demanda de toda cidade”, observa. Frequentador assíduo da feira orgânica e da pizzaria Capricciosa, Daniel adora marcar reuniões no La Bicyclette. Mas, desde que cortou – ou ao menos diminuiu – o pão de sua alimentação, tem evitado as tentações do lugar. Se no início achava que não iria se adaptar a morar aqui, já não tem dúvidas em afirmar que “o Jardim Botânico é hoje o melhor bairro do Rio”. 19



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