em
jb folhas o informativo do jardim botânico
Julho | Agosto 2018 | ano 15 | nº76 distribuição gratuita
Jardim Botânico Horto | Gávea | Humaitá
Arte coletiva Circuito das Artes aposta em coletivos e pequenos empreendedores. (Página 14)
Diversidade no JBRJ Parque comemora 210º aniversário com novas trilhas e lançamento de aplicativo. (Página 4)
Para comer, beber e curtir o prado Novos restaurantes, galerias e teatro mudam a rotina do Jockey Club. (Página 8)
Editorial De olho no que o prado oferece
rede no jardim da Carpintaria, como sugere a simpática equipe da galeria (na foto: Laura Mello, Victor
Prezado leitor,
Gorgulho e Mari Stockler). E se a grana for curta, a movimentação dos cavalos nos dias de corrida é um
O Jockey Club do Rio de Janeiro foi criado em ter- bom programa 0800. Leia mais em nossa matéria reno pantanoso em frente ao Jardim Botânico, em central, a partir da página 8. 1926. Mas foi só sete anos depois que aconteceu
Se o Jockey está conseguindo se reinventar, o
o primeiro GP Brasil, colocando o turfe brasilei- mesmo não se pode dizer do Teatro Tom Jobim, ro no circuito internacional. De lá pra cá, o hipó- que se encontra fechado exatamente quando deFOTOS: CHRIS MARTINS
dromo viveu dias de glória até os anos 1990, quando as corridas de cavalo começaram a perder público. Isso acabou atraindo gran-
via estar comemorando seus 10 anos de existência. Leia na coluna Alamedas (página 6)
des construtoras, interessa-
A percussionista
das em transformar os seus
Lan Lanh faz coro
640 mil m2 em
com a turma que
condomínio ou
torce por uma ciclovia em torno
centro comer-
do prado. A baiana divide sua ro-
cial. Sorte nos-
tina entre a Gávea, onde mora, e
sa a diretoria
o JB, conforme você pode ler na
do clube resol-
coluna Ilustre Morador (páginas
ver alugar al-
18 e 19). Como boa amiga, a ar-
gumas áreas ao
tista fez uma selfie comigo e ain-
redor do prado.
da gravou um mimo para o nosso Hoje, apesar dos muros altos, cada vez mais cario- (recém-criado) instagram: @jbef. cas estão descobrindo o Jockey Club e usufruindo Aguarde setembro. Vem coisa boa por aí. da segurança e do conforto que o local oferece. Ali dentro, tem de tudo um pouco: teatro, música,
Christina Martins
arte, gastronomia... Dá até para ler um livro em uma
Editora
Expediente
Foto da capa: Christina Martins
O JB em Folhas é uma publicação bimestral, editada pelo Armazém Comunicação Projetos Jornalísticos Ltda.
Telefone: 98128-6104
www.armazemcomunica.com.br Editora Responsável: Christina Martins (Mtb 15185 -RJ) Redação: Betina Dowsley Projeto Gráfico: Paulo Pelá | designjungle.com.br Revisão: Carla Paes Leme Impressão: CMYK Gráfica - 2581-8406 2
Tiragem: 5.000 exemplares e-mail: jbemfolhas03@gmail.com www.facebook.com/JbEmFolhasJornalDoJardimBotanico www.issuu.com/jbemfolhas
Distribuição: Parques, bancas de jornais, galerias e prédios comerciais do Jardim Botânico, Horto, parte da Gávea, Lagoa e do Humaitá.
Cara do JB Dona Sônia, a baleira Dona Sônia Regina Lisboa, 60 anos, faz parte da história do Jardim Botânico. Há 30 anos, a senhorinha vende balas e biscoitos na região. Começou a fazer ponto no quarteirão próximo à Cultura Inglesa, depois foi para a porta da ABBR e, atualmente, divide seu tempo entre a entrada do Hospital da Lagoa, de segunda a sexta, e
CHRIS MARTINS
o portão do Parque Lage, nos fins de semana.
Foi assim, vendendo docinhos, que sustentou sua família: “Sou sozinha e criei minhas filhas aqui e com o apoio de muitos moradores”, conta Sônia, que vive na Rocinha. As filhas Jéssica da Silva, de 27 anos, e Tamaris de Oliveira, de 22, estudaram nos colégios públicos do bairro. A primeira cursa História na Uerj; enquanto a segunda, formada técnica de enfermagem, trabalha como garçonete no Leblon. Nas férias, Sônia muda sua rotina, ficando mais tempo no Parque Lage, onde, graças aos turistas, ganha um dinheiro extra: “No inverno, as pessoas compram mais bala e biscoito, mas, no verão, o que vende é água e refrigerante”, confessa ela, que adora o bairro. - Gosto das pessoas que vivem aqui. Muitas me conhecem e me ajudam como podem. Às vezes, só uma atenção, um “como está passando?”, já faz a diferença. 3
Folhas do Jardim
reinstaladas. Até o final de junho, no trecho entre a Cobal de Botafogo e o clube Piraquê, não havia
Novos caminhos no JBRJ
uma única estação na rua JB nem na orla da Lagoa.
CHRIS MARTINS
A assessoria de imprensa da empresa informou que, por enquanto, pouco mais da metade das 260 estações que compõem o sistema foi instalada, seguindo autorização da Prefeitura. Ainda segundo a assessoria, o restante está em processo de implantação. Embora o cronograma e os futuros endereços ainda não estejam definidos, o Jardim Botânico será contemplado com novas estações. Os 210 anos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro foram comemorados com coral e bolo de aniver-
Mutirão ecológico no Parque Lage
sário, mas foram os visitantes que receberam os O Grupo Escoteiro 82, com base no Clube Militar, melhores presentes: a renovação do Jardim Bíbli- realizou o primeiro encontro educacional e de preco e a apresentação das novas trilhas Africana e servação ambiental, em parceria com o ICMBio, em Indígena. O evento contou com a participação do junho, no Parque Lage. O “MUTeco” 2018 (mutirão presidente do JBRJ, Sérgio Besserman Vianna; do ecológico) reuniu cerca de 70 escoteiros, que partipadre Josafá Carlos de Siqueira (reitor PUC-Rio); ciparam do "anelamento" de árvores para controle ÁLVARO SOUZA
do babalaô Ivanir dos Santos; e do rabino Dario Bialer, entre outros líderes religiosos e comunitários. Na ocasião, foi lançado o aplicativo Jardim Botânico RJ (disponível para android e iPhone), que amplia a experiência de visitação do parque, com informações sobre plantas, animais, trilhas e monumentos, além de um mapa com a localização dos principais atrativos e pontos de interesse. Outra boa notícia é que os carrinhos elétricos voltaram a circular diariamente, com intervalos de 30 minutos, possibilitando embarque e desembarque na remoção de espécies vegetais invasoras, como a jaqueira, zebrina e comigo-ninguém-pode. Os em vários locais. escoteiros ajudaram também no plantio de, apro-
Falta “bici”
ximadamente, 120 árvores nativas – entre as quais
O Itaú, em parceria com a Tembici, reformulou seu pau-brasil, pitanga, ipê amarelo, cedro rosa e palsistema de aluguel de bicicletas. Os equipamentos mito Juçara –, orientaram visitantes e coletaram lixo 4
melhoraram, mas várias estações ainda não foram espalhado pela mata.
JB de todos os santos
do prédio Touch, construído no lugar antigo posto
Junho foi o mês de homenagear os santos pelo Shell, vão sendo ocupadas. Lá, em breve, será inaubairro. O Patronato da Gávea reabriu a Capela Santo gurado o Espaço Laser. Já A Padaria, antiga Le Pain, Antônio, no dia 13, com uma missa celebrada pe- mudou mais uma vez de nome: La Patte du Lapin lo Padre Omar. O espaço estava fechado havia dois passou por uma reforma e agora funciona também anos e, a partir de agora, será administrado pela Pa- como cervejaria, até meia-noite. róquia São José, que organizará as demandas da capela, como batizados, casamentos e missas. Além
Campanha de agasalhos
disso, será celebrada uma missa em todo dia 13, às O inverno começou, e alguns estabelecimentos esANGELA TOSTES
tão promovendo campanhas para recolher roupas de frio. O estúdio Gestos (rua Conde Afonso Celso 99) está recebendo agasalhos e cobertores, que serão encaminhados para a Associação Saúde Criança, organização social sem fins lucrativos que atende famílias em situação de vulnerabilidade social. Outro endereço que está coletando roupas e cobertores (limpos e em bom estado) é o do Jardim Escola Atchim (rua Professor Saldanha 150), que serão direcionados para o Lar de Tereza, em Austin (Nova Iguaçu),
Coletivo JB ganha segunda edição 10h. Já no dia de São Pedro, 29 de junho, a colônia A primeira edição do Coletivo JB, no Estúdio Gestos, fez de pescadores Z13 da Lagoa promoveu sua tradicio- tanto sucesso, que já tem uma nova agendada para nal barqueata em homenagem ao santo padroeiro acontecer dentro do Circuito da Artes, dias 18, 19, 25 e dos pescadores, seguida de missa e apresentação 26 de agosto. No final de maio, o espaço da Rua Condo coral Uma Só Voz.
de Afonso Celso reuniu 30 expositores, sendo alguns
Guerra comercial Em junho, o Jardim Botânico foi tomado por uma guerra entre farmácias, detonada pela inaugura-
CHRIS MARTINS
deles moradores do bairro. Participaram do evento Jo-
ção de uma unidade gigante da rede Venâncio. A Drogaria Max contra-atacou, apelando para megafones para anunciar suas “ofertas imperdíveis”. Já a Pacheco, na esquina da Lopes Quintas, instalou um inflável do grupo farmacêutico Merck para chamar a atenção dos passantes. Resultado: os moradores perderam o tão desejado sossego. Mais discretas foram a abertura da loja Muda, comércio sustentável baseado na venda de produtos artesanais, no tabakery (pães), Iza Trinas (joias), ArtMello (sapatos), Humaitá; e a mudança de endereço da loja Multi- Ecoterraris (terrários) e Delícias da Rô (doces). Os vizicoisas, no mesmo quarteirão. Aos poucos, as lojas nhos prestigiaram e curtiram a novidade.
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ALAMEDAS Teatro Tom Jobim
contrato de cessão de uso do espaço, em janeiro de 2017 –, devolveu-o ao JBRJ. Com 582 m2, capacidade
Quem poderia imaginar que, no ano em que com- para 420 pessoas sentadas, tratamento acústico e inpletaria 10 anos, o Teatro Tom Jobim estaria fecha- fraestrutura técnica, o espaço recebeu inúmeros esdo? Inaugurado em setembro de 2008, com show petáculos de dança, música e artes cênicas, além de de Caetano Veloso, Milton Nascimento e Jobim Trio, conferências, simpósios e eventos nacionais e intero espaço foi a menina dos olhos do então chamado nacionais. Pelo palco do teatro, passaram os diretores Bia Lessa e José Celso Martinez Corrêa, os cantores Ney Matogrosso e Carminho, os atores Carlos Vereza e Rosamaria Murtinho, e o contrabaixista americano Ron Carter. Depois de ficar mais de um ano e meio com o teatro fechado, o Jardim Botânico abriu novo processo de licitação para administração do
CHRIS MARTINS
espaço, por meio de pregão eletrônico a ser realizado em julho. A nova concessão terá vigência de cinco anos, podendo ser prorCorredor Cultural do Jardim Botânico, idealizado pelo rogada até atingir 20 anos. De acordo com Sérgio ex-presidente da instituição Liszt Vieira, que esteve à Besserman Vianna, atual presidente do JBRJ, o profrente do JBRJ de 2003 a 2013. ponente deverá estar em sintonia com os objetivos O teatro foi fruto de uma parceria entre o Insti- da instituição, utilizando a cultura como forma de tuto de Pesquisa Jardim Botânico e a Associação de aproximar as pessoas da natureza e do conheciCultura e Meio Ambiente (ACMA), que – ao final do mento científico.
Ecodica
Reciclando guarda-chuvas
Achar soluções para o descarte adequado de no melhor às partes metálicas e plásticas. Já os que na sociedade atual. Quase tudo o que é jo-
REPRODUÇÃO
materiais e resíduos precisa ter mais desta- tecidos dos guarda-chuvas são lavados e transformados em sacos de dormir, doados à popula-
gado fora pode ser útil
ção em situação de rua.
para alguém. Uma novi-
A loja Casarão Fashion
dade neste inverno é a
(Rua Neri Pinheiro, 353
campanha que recolhe
- Cidade Nova, perto do
guarda-chuvas quebrados para confecção de metrô da Praça Onze) recebe os guarda-chusacos de dormir. O trabalho é realizado pela vas quebrados – das 9h às 17h, de segunartesã Clara de Souza, a fim de dar um desti- da a sexta-feira – para repassá-los à artesã. 6
De dee parada cardĂaca.
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CHRIS MARTINS
Jockey Club, o novo Baixo Foi-se o tempo em que o Jockey Club era frequen-
De tempos em tempos, acontece um movimento
tado apenas por sócios e apostadores de cavalos.
de ocupação do Jockey, com a abertura de algum res-
Com a modernização das apostas via internet e a
taurante. Entretanto, de um ano para cá, houve uma
desglamourização do Grande Prêmio, o clube está
invasão cultural a partir da revitalização da Vila Portu-
mais popular. Mas não necessariamente do povo.
gal – com a galeria Carpintaria, a Casa Camolese e o
Os páreos continuam acontecendo – atualmente
Studio OM.art, entre o Rubaiyat e as tribunas sociais
aos sábados e domingos, à tarde, e às segundas e
do Jockey – e a abertura de espaços multiuso, como
terças, à noite –, mas o Jockey oferece muitas ou-
o EXC. E ainda vem mais por aí, com as inaugurações
tras atrações, algumas delas gratuitas! Só o passeio
da cervejaria Maguje e de uma unidade da Smart Fit,
pela área interna, para observar os cavalos em dias
previstas para o segundo semestre.
de corrida, já vale uma visita. Ao todo são mais de
Para os pioneiros do ramo gastronômico no local,
640 mil m de área livre. Mas, mesmo com todo
como Inverso Gávea, Prado.Co, Palaphita e Victoria,
esse espaço e entrada gratuita, ainda falta o cario-
a concorrência é saudável e bem-vinda: “É preciso
ca descobrir o Jockey.
que os moradores da cidade saibam que o Jockey
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Club é um espaço aberto ao público, com entrada É o melhor lugar do Rio de Janeiro e as pessoas aingratuita, segurança, estacionamento e muitas op- da não descobriram". Sartori já circulou por todos os ções de lazer. Precisamos transformar isso aqui em restaurantes e gosta do Inverso pela posição privileuma referência cultural, um Baixo Jockey”, idealiza giada, com a vista ampla, boa para os dias de corMarcelo Roza, um dos sócios do Inverso Gávea.
rida. Mas, para ele, o queridinho do momento é o
- Além do cenário maravilhoso, o Jockey é uma Camolese. “A comida é boa e aquela mureta vai ser tranquilidade para as famílias, as crianças adoram. a nova mureta da Urca, na Gávea”, brinca o artista, Somos privilegiados por ter um espaço como esse que levou o amigo Pedro Garrido (foto abaixo) para – observa Roza, que agora investe em programação fazer sua estreia em apostas nos páreos. variada durante a semana e recreação infantil nos almoços de sábado e domingo (foto abaixo).
Um dos fatores que está fazendo a diferença para o aumento da frequência do Jockey é a se-
O empresário Luiz Tepedino – sócio do Prado.Co, gurança. Foi justamente isso que chamou a atenum dos primeiros restaurantes a abrir dentro do Jo- ção de David Zylbersztejn, quando ele abriu a fickey, ainda com o nome de Photochart – faz uma lial carioca do Rubaiyat. Com 350 lugares, sendo comparação com o espaço mais popular da cidade: 160 deles na varanda, o espaço tem cenário de “Apesar de loteada naturalmente por tribos diferen- cinema e é point de casais em noites de lua cheia tes, sem ter uma divisória, a praia é o lugar mais (foto na página anterior). Além do cardápio trademocrático do Rio. É isso que está acontecendo dicional, com destaque para as carnes, o restauaqui. Vai ser muito bom para todos”, aposta.
rante investe em novidades: primeiro incorporou
O artista sonoro Sartori gosta de incluir o Jockey feijoada no menu de sábado e, agora, aposta em na sua rotina. Morador do Horto e sócio do clube, um buffet de cozido, nos almoços de sexta. O local ele costuma usar o espaço como extensão de casa, é bastante procurado também para eventos corseja para reuniões de trabalho ou apenas para lazer. porativos e lançamentos de livros, como “Os Leite "Eu venho ao Jockey por todos os motivos e adoro. Barbosa – a saga da corretora que revolucionou o
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mercado”, de George Vidor, prestigiado por centenas pessoas, em plena segunda-feira. - Nosso resultado é positivo, ainda mais levando-se em conta a situação atual do Rio. Acho ótima a chegada de outros estabelecimentos, virou um cluster – constata David. Formar um cluster cultural e gastronômico foi justamente a ideia dos sócios Luiz Neves e FrancisFOTOS: CHRIS MARTINS
co Pellegrino para a revitalização da Vila Portugal, onde havia antigas casas de funcionários abandonadas. O conceito do projeto apresentado ao clube 1 2
coloca a cooperação como mais vantajosa para as empresas do que a competição. A atual Vila Portugal engloba a Casa Camolese, a galeria Carpintaria e o Studio OM.art, que pagam aluguel ao Jockey e uma taxa de administração aos idealizadores do “condomínio”, pensado de modo que os estabelecimentos funcionem de forma complementar e integrada. A Carpintaria e o Studio OM.art, por exemplo, já pensam em promover uma exposição comum, que extrapole os limites das galerias, com uma interseção na área externa da vila. Aberta há mais de um ano, a Carpintaria é frequentada por um pequeno público, formado por colecionadores de arte e pessoas que passam por sua porta por acaso rumo ao estacionamento ou a estabelecimentos vizinhos. A diretora do espaço, Mari Stockler, sabe que o mercado de arte é limitado, mas acredita que a localização da galeria tem forte potencial turístico, por unir beleza e segurança: - Nossas exposições são um ótimo programa familiar nos finais de semana – afirma ela, que sugere a criação de uma ciclovia dentro do Jockey, aberta ao público e interligando Jardim Botânico, Leblon, Gávea e Lagoa. No mesmo segmento, o Studio OM.art foi inaugurado em maio com a exposição “Rhodislandia”, de Hélio Oiticica. Contudo, o estúdio do empresário e embaixador da Unesco Oskar Metsavaht não pretende ficar restrito às artes plásticas. “A ideia é ser
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um espaço multidisciplinar, aberto a teatro, dança,
fotografia, cinema e outras formas de expressão”, explica Daniel Resnik, responsável pela área de projetos e marketing do grupo OM (foto 1). Entre as duas galerias, a Casa Camolese – de Cello Macedo, Sidney Breyer, Flávia Aduam e Vik Muniz – abriga restaurante, cervejaria com fabricação própria e o clube Manouche, espaço para as mais diversas apresentações artísticas. À frente do empreendimento no dia a dia, Cello observa que o lugar mais cobiçado da casa tem sido a varanda (foto 2): “Construímos este espaço para as pessoas poderem curtir melhor o visual”, explica. Festas, eventos de moda, workshops – cabe tudo isso no EXC (foto 3), inaugurado em abril. Até 11 de agosto, o espaço-coringa funciona como Jack Daniel’s Rock Bar, com música ao vivo e DJ. Depois me Niemeyer, João Luiz Niemeyer e André Torós (foto disso, na última semana de agosto, o Coletivo Ca- acima). O espaço completa um ano de funcionamento randaí ocupará o espaço com seu mix de moda e e já mostra seu potencial, graças a uma agenda divercultura. O conceito do lugar é do administrador de sificada, que vem atraindo bom público mesmo estanempresas Guga Weigert, que decidiu empreender do mais longe do novo polo de lazer e gastronomia. para viabilizar sua carreira como DJ.
Perto do teatro, o Palaphita está em fase de refor-
- A ideia de integrar o “boulevard cultural” do Jo- mulação, com reabertura prevista para agosto. Com ckey me atraiu. Cada lugar organiza seus eventos e a experiência de quem soube aproveitar o melhor comunica aos demais, como em um condomínio. No momento para montar seu negócio no Jockey, há futuro, precisaremos ter mais sintonia de conteúdo cinco anos, o sócio Mário de Andrade Neto acredita com os demais estabelecimentos para que os resul- que, apesar de cada lugar ter seu público específico, tados sejam melhores para todos – avalia Guga.
o crescimento da circulação interna de pessoas e os
Com entrada pela rua Bartolomeu Mitre, o Teatro XP novos estabelecimentos são uma saída para a crise: Investimentos, antigo Teatro do Jockey, foi reformado “O Jockey é como um bolsão de segurança na cidade pelos sócios João Guilherme Magalhães, Luiz Guilher- e isso atrai cada vez mais as pessoas”, conclui.
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AGENDA JOCKEY
lo, a principal atração foi o telão de cinema do Open
Não é de hoje que o Jockey Club divide sua agenda Air. Em 2014, foi a vez dos esportes tomarem o clude páreos com atrações culturais. Em 1990, o pri- be com o Rio Open de tênis e o parque de futebol, meiro evento a entrar para a história do lugar foi um durante a Copa do Mundo. No último verão, abrigou show emblemático da banda Legião Urbana, que o projeto “Samba do Zeca”, que, no final do ano, reuniu um público de mais de 60 mil pessoas. No trará Zeca Pagodinho de volta. “O Jockey tem um final daquela década, a Babilônia Feira Hype passou clima bacana. Muito bom se apresentar com aquela a montar seu “circo” pelo menos uma vez por mês, luz natural, com espaço para o povo dançar. E ainda entre o prado e as tribunas B e C. No início do sécu- tem o Cristo nos abençoando”, elogiou o cantor.
Manouche | Casa Camolese
Studio OM.art
20 e 21/7 | show da banda Blues Etílicos, Nilo
Até 4/8 | Mostra Hélio Oiticica: Rhodislândia
Romero e Toni Platão.
(curadoria de César Oiticica Filho).
24/7 | show-serenata de Kátia B e Antonio Saraiva
21/7 (15h) | performance da artista paraense
(participação especial do ator Alexandre Nero).
Luciana Magno.
27 e 28/7 | Cida Moreira canta Tom Waits.
4/8 (15h) | performance do coletivo carioca Opavivará.
31/7 | show de Dadi e André Carvalho.
Carpintaria Teatro XP Investimentos
Até 28 de julho | exposição “Corpo e construção”,
4, 5, 11 e 12/8 (16h) | “Bituca | Milton Nascimento
de Ivens Machado.
para crianças”.
A partir de 25 de agosto | mostra do pintor,
5, 12, 19 e 26/8 (18h) | “Mercadinho do samba”, roda
gravador e escultor brasileiro Iran do Espírito Santo
de samba com Moacyr Luz e Monarco, entre outros artistas.
e do artista minimalista americano Fred Sandback.
7, 14, 21 e 28/8 (19h) | Cineclube com Domingos
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Oliveira
Copa dos Criadores ABCPCC
De 18/8 a 9/9 (16h) | “Tropicalinha | Caetano e Gil
4 e 5/8 | corridas de cavalos, food trucks
para crianças”.
e programação infantil.
O nome está estampado na
FOTOS: CHRIS MARTINS
MEU JB Duílio Sartori
drigo de Freitas, o Parque Lage e o Jardim Botânico: “Faço parte da Associação de Amigos do Jardim
porta, mas a alma do designer
Botânico e vou lá duas ou três
Duílio Sartori está em cada ob-
vezes por semana. Costumo dizer
jeto – à venda ou não – no Ga-
que preciso dar um mergulho no
binete Duílio Sartori. O Jardim
parque”, diverte-se.
Botânico entrou em sua vida
Preferidos | minhas opções para
devagar, mas logo se apropriou
almoço são o Nanquim, quando
de sua alma de artista. Em
quero comer peixe, e o Prana, pa-
2002, mudou-se para o bairro;
ra seguir uma dieta vegetariana.
nove anos depois, instalou seu
Jantar | Polêmicas à parte, adoro
Gabinete na Lopes Quintas. O
a cozinha italiana do Grado. Outra
fechamento de suas lojas no
novidade que muito me agrada é
Shopping da Gávea e no Casa
o indiano Taj Mahal.
Shopping foi uma questão de –
Drinks & afins | Não sou
pouco – tempo. Conhecido por garimpar peças
muito de beber, mas os
mundo afora e colocar à venda apenas aque-
drinks e o ambiente do Ven-
las de que gosta, Duílio, em breve, ocupará os
ga me atraem.
fundos de sua quase galeria com seu ateliê e
Final de semana | A pedida
obras próprias.
é o bacalhau do Borogodó. Amigos | A Casa Camolese
Como mora e trabalha no bairro, conhece muitos res-
é para encontrar os amigos
taurantes daqui e tem seu
e ainda tem a galeria Carpintaria ao lado,
próprio roteiro gastronômico.
um presente!
Além de uma dieta saudável,
Imbatível | É o sorvete de cheesecake do
o temperamento tranquilo é
Mil Frutas.
reforçado pela sensação de
Para levar | Os produtos orgânicos do hor-
acolhimento de quem vive
tifrúti Rede Varejão e da Feira Orgânica, ao
entre a floresta, a Lagoa Ro-
lado da Igreja de São José
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JBF indica
artesanal, comida vegana, entre outros. O Circuito das Artes movimentará o bairro por dois finais de semana
A garotada da região recebe atenção especial no mês de julho. Na Escola de Artes Visuais do Parque
em agosto: 18 e 19, e 25 e 26, das 12h às 19h.
Domingos no parque FOTOS: DIVULGAÇÃO
Férias no JB
Lage, a agenda traz o Parquinho Lage, cuja proposta é mostrar que a floresta pode ser uma escola e vice-versa. As atividades lúdicas estimulam as crianças de 4 a 12 anos a experimentarem cultura e natureza de forma integrada. É possível fazer inscrição para um dia avulso ou para uma semana completa. Há também atividades gratuitas, como Parquinho na Biblioteca (às sextas, das 15h30 às 17h30) e Arte em Família (aos sábados, das 10h30 às 12h30). Os domingos no Jardim Botânico do Rio de Janeiro têm sido especiais. Além das apresentações semanais da trupe Papa Vento às 10h, na área do parquinho, há shows de música em frente ao busto de Dom João VI, às 11h, de 15 em 15 dias. Os destaques do bimestre julho/agosto são a Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca, que se apresenta no JBRJ no segundo domingo de cada mês, e o Trio In Uno, que toca uma combinação de MPB com música clássica no dia 29/7. A entrada do parque custa R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia). O Clube dos Macacos, no Horto, e o Jockey Club, Crianças até 5 anos não pagam. Em caso de chuva, as na Gávea, também oferecem colônia de férias pa- apresentações acontecem no Galpão Mestre Valentim. ra crianças de 3 a 14 anos, e, em ambos os casos, não é preciso ser sócio para aproveitar. A temporada
Fim de semana de rock, bebê
de inverno oferece flexibilidade de horário, além de descontos progressivos para sócios dos clubes. Confira em www.gecrear.com.br.
Circuito das Artes A 22ª edição do Circuito das Artes do Jardim Botânico segue a tendência atual do mercado de agregar, em coletivos, produtos e serviços diversos, mas com objetivos semelhantes. É o caso do Coletivo Diferente, que reúne oito marcas sustentáveis, e do Coletivo de Brechós, Gosto musical é coisa de berço. Os roqueiros de focado no anticonsumismo. Na gastronomia, além dos plantão que desejam iniciar os filhos no gênero restaurantes habituais, o evento contará com pequenos têm encontro marcado nos dias 4 e 5 de agosto, às empreendedores espalhados pelo bairro, com cerveja 17h, no Teatro Clara Nunes. “Rock for babies” é um
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show interativo da banda Violúdico, no qual cada música propõe manipulações de objetos cênicos e brincadeiras que podem acontecer no palco ou na plateia. O repertório vai de Celly Campello e Skank a Beatles, Pink Floyd e Guns N’Roses, além de versões roqueiras de cantigas infantis.
DRA. MONICA CHAVES ALVES
Pediatria e Puericultura
Rua Jardim Botânico, 674 - sala 104 chavesalvesped@gmail.com (21) 2530-0756
Enfim, Queermuseu Um ano depois de ter sido censurada, a exposição
“Queer-
museu” ocupa a Escola de Artes Visuais por um mês, a partir de 18 de agosto. Além da mostra, o programa educativo promoverá ciclo de debates e atividades infantis nos finais de semana.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Djanira na Gávea
Com obras no Museu do Vaticano e na casa de Jorge Amado, uma das maiores pintoras brasileiras terá algumas de suas obras expostas bem pertinho do JB. A exposição “Djanira” reúne 20 telas a óleo e desenhos da artista com temas bem brasileiros – como jangadas e colheitas de mandioca e café – e religiosos. A mostra fica em cartaz até 11 de agosto, na galeria Evandro Carneiro Arte, no Gávea Trade Center, de segunda a sábado, das 10h às 19h.
cada dia um cardápio diferente; comida com gostinho caseiro; sempre uma opção vegetariana; Rua Jardim Botânico 635, loja 101. TEL: 2259-3098 /nutreresto
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ENTREVISTA Rodrigo Borges Carneiro
de Segurança da região. Mais recentemente, a frequente falta de luz em vários pontos do bairro
Morador do bairro há 15 anos – mesmo tempo tem sido motivo de preocupação. de circulação do JB em Folhas –, o advogado Rodrigo Carneiro foi eleito presidente da Associa- JBF: Qual será seu principal foco de atuação? ção de Moradores do Jardim Botânico no início RC: Vamos nos dedicar a uma campanha contra de junho, cargo que já havia ocupado interina- as bandalhas no trânsito, como cruzamento da mente de abril a junho de 2016. Como faz parte faixa contínua da rua Jardim Botânico, estacionada diretoria da AMAJB há três anos – ao lado de, mento em local proibido ou mesmo circulação na contramão. É incrível, mas grande parte destas infrações são cometidas pelos próprios moradores. Aproveitaremos o contato com a CET-Rio para estudar a implantação de vagas para idosos e regularizar o uso das vias do bairro em filmagens. JBF: Qual é o principal probleCHRIS MARTINS
ma do JB atualmente? RC: A falta de recursos da prefeitura até para pequenos conentre outros, Ana Julieta Carneiro de Lima (nova sertos – como o reparo de papeleiras pela vice-presidente) e Maria Maurity (1ª tesoureira) Comlurb – tem dificultado muito nossa atuação. –, ele ficará apenas um ano à frente da associa- Para amenizar a situação, precisamos de mais ção, respeitando o limite de quatro anos conse- associados, de maior participação nas reuniões cutivos na diretoria determinado pelo estatuto e atuação nas campanhas. É fundamental um da mesma. O curto período não o incomoda: maior engajamento dos moradores. “Tem que ter alternância. O importante é que a AMAJB continue forte e respeitada”, afirma.
JBF: Como você pretende alcançar o engajamento necessário?
JB EM FOLHAS: Quais são suas metas à frente RC: Vamos promover uma reorganização interna da AMAJB?
da associação, com recadastramento de mora-
RODRIGO CARNEIRO: Renovar a adoção das pra- dores, intensificação da comunicação via site e ças Sagrada Família e Ricardo Palma (ParCão); e página no Facebook. Vamos ouvir os moradores zelar pelo ordenamento do bairro, especialmen- e atrair a participação de todos em nossas camte quanto a abusos de restaurantes e farmácias. panhas de educação no trânsito, de cuidado com Na questão da segurança, contamos com a atu- as praças, além de dar andamento ao estudo paação da Maria da Glória Greve junto ao Conselho ra criação de ciclovia. 16
JOANA MILLIET
FLAGRANTE Torcida JB A Copa do Mundo demorou a emplacar, mas, assim que começou, não teve crise política ou econômica para abafá-la. O amor pelo futebol falou mais alto, e todo mundo foi para a rua comemorar e enfeitar o bairro de verde e amarelo. Teve até “fan fest” improvisado, com apresentações do
BRAÚLIO FERREIRA
HEITOR WEGMANN
Último Gole e canja da cantora Roberta Sá.
CIDADANIA Brechó Casa de Betânia
Mesmo quem anda com o orçamento apertado encontra uma maneira de colaborar, seja comprando roupas
mente, cerca de 20 idosos dentro da Paróquia da Divina Providência, na rua Lopes Quintas.
CHRIS MARTINS
A Casa Betânia é uma obra social que abriga, atual- e acessórios no Brechó Casa de Betânia, seja doando itens para venda no local. E como carinho e atenção nunca são demais, que tal aproveitar
Ainda que os internos partici-
o Dia dos Avós, comemorado
pem dos custos de manuten-
em 26 de julho, e programar
ção por meio do pagamento
uma visita à Casa de Betâ-
de mensalidades, o dinheiro é
nia? Rua Lopes Quintas, 274.
insuficiente para cobrir todos os gastos da instituição, Mais informações pelo telefone 2294-5648 ou em que, por isso, está sempre precisando de doações. https://paroquiadadivina.com/casa-betania.
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LAN LANH
CHRIS MARTINS
Ilustre Morador Se houvesse uma Copa do Mundo da Música, a percussionista Lan Lanh teria vaga garantida na seleção brasileira. Elaine Silva Moreira – que integrou as bandas de Nando Reis, Cássia Eller, Marisa Monte e até da americana Cindy Lauper, além de Rabo de Saia e Lan Lan e Os Elaines – chegou ao Rio de Janeiro há quase 30 anos e nunca mais quis sair daqui. Passou por Jardim Botânico, Botafogo, Flamengo, Copacabana, Recreio e Laranjeiras: “Fui um pouco nômade mesmo, mas acabei escutando o chamado de Iemanjá”, admite ela, que, quando se mudou pela última vez, há cerca de 12 anos, estava procurando um lugar mais perto da praia e “a Gávea me acolheu”. O bairro influencia diretamente seu trabalho. Além de ter estúdio próprio, em casa, Lan Lanh gosta do som da ventania que ecoa no andar alto de seu apartamento e que assusta algumas pessoas: “Até gravei e usei em trilhas sonoras”, assume. Apesar de seu sotaque ainda entregar sua origem, a Cidade Maravilhosa conquistou a menina baiana com sua natureza. Um dos seus primeiros endereços foi em frente ao Parque Lage, onde se exercitava quase todos os dias. Atualmente, de sua janela, vê o morro Dois Irmãos, mesma paisagem que encontra quando vai correr na praia, três vezes por semana. 18
O esporte, aliás, sempre fez parte da vida de Lan Lanh, que jogou futebol e integrou a seleção
infanto-juvenil de vôlei da Bahia. E se hoje este últi-
acústica – baseada em instrumentos de corda, couro e
mo é perigoso para suas “ferramentas de trabalho”
madeira – tem tudo a ver com o espaço, assim como
(dedos, mãos, braços e ombros), a percussionista en-
a levada de afro-sambas como “Canto de Xangô”, de
controu no estúdio de Jun Igarashi, instalado no Colé-
Baden Powell e Vinícius de Moraes. Além do mais, o
gio Divina Providência, uma boa maneira de reforçar
cenário tem inspiração orgânica, com folhas secas e
a musculatura muito exigida pela profissão: “Nesta
tons terrosos”, explica.
cidade todo mundo é de Jun”, brinca a artista com
Com mais de 30 anos de carreira, ela gostaria de
a letra do afoxé “É d’Oxum” (Gerônimo e Vevé Cala-
conseguir melhorar o país com seu trabalho, de ver
zans), espécie de hino afetivo da cidade de Salvador.
mais oportunidades e igualdade, além de mais res-
Outro fator que pesou em sua mudança para a
peito à natureza e às pessoas. Consciente de sua re-
Gávea foi a possibilidade de usar uma bicicleta para
presentatividade, ela lançou em todas as plataformas
se locomover no dia a dia, ainda mais com o aban-
digitais, no dia do Orgulho LGBT (28 de junho), a mú-
dono da construção da estação do metrô no bairro.
sica “Não é comum, mas é normal”, em parceria com
Como viaja muito, quando está em casa gosta de
a atriz Nanda Costa, sua namorada há cinco anos.
fazer tudo por perto: “A região é favorável, tem
Sua atuação não para por aí. Lan Lanh diz que reza e,
cinema, teatro, os parques Lage e Botânico. Tinha
como boa baiana, incorpora o orixá Ogan (tocando seus
agência do Correio do lado de casa, mas fechou.
tambores) para que o casarão abandonado perto de
Sorte é que a do JB é logo ali”.
sua casa, na rua Marquês de São Vicente, seja revitali-
Para encontrar os amigos, são vários os endereços:
zado como um espaço para a comunidade local e não
Bar Rebouças, na rua Maria Angélica; a varanda do
como empreendimento comercial. Ela gosta de partici-
Jojô, de frente para o JBRJ; ou o Braseiro da Gávea, na
par de grupos de moradores no What’sApp e mobiliza
Praça Santos Dumont, que já frequentava antes mes-
outros artistas em questões do bairro como essa, mas
mo de se mudar para cá “por ter um custo-benefício
tem consciência de que poderia colaborar mais.
muito bom e garçons amigos”.
- Gostaria de ver aquele terreno transformado em
Em carreira solo, a baiana está em turnê com o
parque ou biblioteca moderna, com espaço para ati-
show “Batuque da Lan Lanh”, que apresentará no
vidades para todas as idades. Poderia dar aula de
Festival de Gastronomia do jornal O Globo, em Nite-
percussão para as crianças e jovens que atualmente
rói, no dia 20 de julho, e em São Paulo, no dia 24 de
fazem fila no ponto de ônibus em frente ao tal casa-
agosto. Lan Lanh torce pela reabertura do teatro Tom
rão, por exemplo – idealiza ela, que já fez isso em co-
Jobim para levar o espetáculo para lá: “A proposta
munidades mais distantes de casa.
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