Poema enquanto coisa

José Carlos Brandão

O poema enquanto coisa poesia visual

O poema enquanto coisa

José Carlos Brandão

O poema enquanto coisa poesia visual

Bauru – 2014 Edições Barravento 1ª edição

O poema enquanto coisa

Os poemas são coisas as coisas são poemas o cântaro o ovo o fruto a pedra o pé o engenho o machado a carteira o relógio o fogão a charrete a cabaça a cabeça de boi a faca enferrujada o ferro de passar roupa o caldeirão todas as coisas são poemas as coisas enquanto coisas

As coisas são o princípio e o fim do poema

Poema do cântaro

Poema do ovo

Poema dos frutos da terra

Poema do homem

Poema do machado

Poema do pĂŠ do homem

Poema do engenho humano

Poema da escola primรกria

Poema do tempo

Poema do fogĂŁo

Poema da charrete dourada

Poema da cabaรงa furada

Poema da cabeรงa de boi

Poema da faca enferrujada

Poema da gaiola

Poema da bicicleta

Poema do ferro de passar roupa

Poema sujo

Poema do caldeirĂŁo

Poema do pensador