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Meu pet | por Jéssie Panegassi

Parasitas no meu bichinho, não! Apesar de serem perigosos para os animais e também para os donos, seguir as recomendações médicas garante a saúde de toda a família

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E AS PULGAS? Elas são incômodas, causam coceira e irritação e podem, em alguns casos, ser transmitidas para os humanos Não representam um risco maior à saúde, mas devem ser tratadas pois também se instalam pela casa, como por exemplo nos móveis e tecidos. Para os bichinhos que saem muito ou têm contato constante com outros animais, o correto é aplicar o antipulgas uma vez ao mês. Já para aqueles que ficam em casa, a aplicação deve acontecer a cada dois meses. Não são todos os petshops que conseguem resolver os problemas com pulgas. Antes de levar seu pet até lá, consulte-os previamente. Como se trata de um tratamento medicamentoso, se o pet ingerir o remédio pode haver intoxicação. Por isso devem ser aplicados na nuca (onde não conseguem lamber) e separá-los caso tenha outro animal na casa, para que estes também não acabem se intoxicando com o remédio.

“Não é porque seu animal não sai na rua ou não tem contato com outros bichos que ele não corre riscos. Você mesmo pode trazê-los para casa quando sai. Então, é sempre bom zelar para que eles estejam protegidos”, orienta Tatiana.

FOTOS: SHUTTERSTOCK.

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s pets, assim como os humanos, sofrem muito com a infestação de parasitas. Eles comprometem não apenas a sua qualidade de vida, mas a saúde também. Comuns e transmitidos facilmente, inclusive para as pessoas, cabe ao dono tomar as devidas providências para que ele não fique doente ou atue como canal para a contaminação da família. “Existem dois tipos de parasitas: os ectoparasitas, que habitam na pele o no pelo, como as pulgas, carrapatos, piolhos e fungos. E os endoparasitas, que vivem no intestino. Os mais comuns, nesse caso, são a toxacara, a giardia, a toxoplasma, o ancylostoma e o dipilidum”, ensina Marcelo Quinzani, médico veterinário e diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care. Eles acometem cães e gatos e podem transmitir para os humanos desde piolhos e pulgas até o temido “bicho geográfico” que, a partir das fezes do animal contaminado e transformado em larva, penetra na pele do humano, deixando marcas e inflamações por onde passa. Mesmo nas casas que ficam nas cidades e abrigam apenas um bichinho, os cuidados também devem existir. Visitar um veterinário é primordial para verificar a saúde deles e receitar os medicamentos que também devem fazer parte da sua rotina. Isso, porque, a dosagem de cada um depende do peso e também o histórico clínico do bichinho. “Até os filhotes devem ser vermifugados pois, mesmo tendo a mãe com a saúde em dia, eles nascem com os parasitas”, alerta Tatiana Portella Matos, médica veterinária do Pet Hotel Dog Life (SP). Para entender melhor os cuidados necessários, confira os quadros com as informações sobre os tipos mais comuns.

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Vermes intestinais A primeira vermifugação em filhotes deve ser realizada quando estiverem entre os 30 e 45 dias de idade. A dose é repetida após 15 dias. Depois disso, aproximadamente a cada seis meses eles precisam ser vermifugados novamente. Tudo isso sempre deve ser feito sob orientação e acompanhamento do veterinário, uma vez que a dose deve ser ajustada de acordo com o peso do animal. “O dono pode ficar tranquilo, pois com esse período de intervalo a flora intestinal consegue se recuperar plenamente”, reitera a veterinária. Essa precaução deve ser levada muito a sério, pois as doenças que eles transmitem para dono e para o animal são bastante graves, causando desde cólicas e diarreia até má formação fetal e cegueira.

SAI, Carrapato! DICA DA VETERINÁRIA “Tenha muito cuidado quando o bichinho for tomar banho. Ele deve estar com algodões nos ouvidos e bem seco, para que não surjam ácaros. Tomar muito vento andando de carro, por exemplo, também facilita o aparecimento de problemas de ouvido”, explica a veterinária Tatiana.

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Os cuidados que se deve tomar com as pulgas sobre o tempo de aplicação valem para os carrapatos. Nesse caso, eles também podem transmitir doenças para os animais e os humanos. Os sintomas são febre, diarreia, sangramentos, etc. Já para os donos, o tipo de contágio mais comum é febre mucosa, caracterizada por febre, dores de cabeça e no corpo, calafrios e lesões na pele. Os carrapatos preferem regiões quentes e, na hora de retirá-los, é importante verificar se não ficou nenhum pedaço dele no corpo do hospedeiro, pois pode vir a inflamar. “Os problemas podem ser controlados com o uso de medicamentos disponíveis em forma de spray, gotas na nuca, coleira e via oral”, diz Quinzani. “Normalmente, depois de retirados, o próprio veterinário receita ou aplica o medicamento no animal”, complementa Tatiana.

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