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Mundo pet | por Jéssie Panegassi

é fingimento, mãe! Rany!!! você está bem? coitadinha, ficou “dodoi”!

Pronto-socorro para pets Por serem frágeis e não poderem explicar os sintomas, os donos devem saber exatamente o que fazer em caso de emergência animal

O

s bichos, assim como os humanos, podem se envolver em muitos acidentes. E, da mesma forma, uma atitude rápida e correta perante os acontecimentos faz toda a diferença na recuperação e, até mesmo, pode salvar ou não a vida da mascote. Contato com produtos químicos, afogamento, engasgos, vômitos, queimaduras, fraturas, cortes e quedas são alguns exemplos. Para ajudar na escolha da melhor ação, a VivaSaúde conversou

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com Carla Alice Berl, diretora do Hospital Veterinário Pet Care (SP), e com Patrícia Mendes Pereira, docente de clínica médica de animais de companhia da Universidade Estadual de Londrina (UEL – PR). As especialistas destacaram a importância de levar o bichinho para uma avaliação veterinária (na maioria dos casos) e não automedicá-lo para evitar maiores problemas, além de passar todas as instruções sobre o que o dono deve fazer em caso de: www.revistavivasaude.com.br


Queda em piscina com cloro

Como devo transportá-lo?

O susto, a ansiedade e o perigo de afogamento são mais preocupantes que o cloro em si. Então, o ideal é retirá-lo da piscina, observar a reação do animal — se o padrão respiratório e de comportamento continua o mesmo — e, em caso positivo, dar um banho simples, secar e aquecê-lo adequadamente. Caso note qualquer anormalidade, ele deve ser levado para um exame físico mais detalhado com um veterinário.

Quando o animal está machucado, ele pode se tornar mais agressivo por causa da dor. Também, quando movido de forma incorreta, principalmente no caso de traumas (atropelamento, ferida por briga, quedas de grandes alturas etc.), a sua situação pode ser ainda mais comprometida. Portanto, “deve ser levado dentro de uma caixa de transporte (se possível) para evitar qualquer movimentação desnecessário”, afirma a veterinária Carla. No caso dos gatos, isso é ainda mais importante, pois, por normalmente serem mais ariscos, podem tentar fugir.

Contato com produtos químicos Na maioria dos casos, o melhor a fazer é lavar o local com água fria em abundância. Ela minimiza o efeito do produto em contato com a pelo, ao contrário da água quente ou morna, que facilita a sua absorção. Pedir informações sobre como proceder no telefone disponibilizado pela empresa (disponível no rótulo dos produtos utilizados no dia a dia) também é uma opção. Contudo, é importante levá-lo ao veterinário assim que acabar de fazer a lavagem, para um exame físico mais detalhado.

Engasgamento

fotos: shutterstock. arte: amanda matsuda

Na maioria das vezes, os próprios pets resolvem o problema com uma tosse imediata. Se isso não der certo, o dono pode dar uns tapinhas (leves) nas costelas com a mão em formato de concha para ajudá-lo. Se ainda assim não funcionar, levante os membros posteriores para forçar a saída do objeto, ou pressione o tórax do animal. Evite, também, dar petiscos e agrados a vários animais ao mesmo tempo, pois eles ficam agitados tentando engolir mais rápido, e isso pode provocar o engasgo. Outra dica, principalmente no caso de filhotes, é que, caso o dono, ou guardião, queira retirar algum objeto que ainda está na boca do bichinho, ele deve proceder com muita calma. Mover-se de forma efusiva pode deixá-lo agitado fazendo com que engula o objeto mais depressa e se “afogue”.

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Queimaduras nas patinhas ou pelo

Vômitos Os perigos do vômito vão da desnutrição e desidratação até o “afogamento”, principalmente se ele já estiver muito debilitado. Os animais podem acabar desenvolvendo um quadro de pneumonia por aspiração, justamente por sugar os dejetos. Também é um forte indício que ele tenha alguma doença mais séria, como gastrite, úlcera gástrica, insuficiência renal e hepática, entre outras. Para evitar os “afogamentos”, a cabeça deve estar em um nível menor que o resto do corpo, nunca acima. Quanto mais cedo o dono procurar ajuda médica ao aparecimento do sintoma, menores serão os danos ao animal.

Deve-se lavar o local com bastante água fria ou solução fisiológica, não usar nenhum tipo de medicamento e leválo para o veterinário com urgência. Em muitos casos, por causa da dor intensa, o médico precisará medicá-lo para conseguir fazer a limpeza correta da ferida.

Quedas O mais importante, nesse caso, é observar o comportamento do pet. Se ele apresentar alguma dificuldade para se mover, respirar ou algum sinal de dor, deve ser levado ao veterinário. Na maioria dos casos, acontece apenas uma contusão, mas pode ser que ele tenha sofrido uma luxação ou até uma fratura. A altura da queda, porte e idade do animal também devem ser considerados.

Perfuração da pata Eles podem acabar se acidentando com um caco de vidro, farpa de madeira ou outros materiais pontiagudos. Se não houver sangramento, o proprietário deve retirar o elemento da patinha e depois lavá-la com água e sabão neutro, deixando fazer bastante espuma para que limpe bem. Quando há sangramento, o dono pode fazer uma bandagem compressiva com um pano limpo na região até a avaliação do veterinário. Nessas circunstâncias, não se deve fazer a limpeza da lesão, pois pode agravar ainda mais o estado da mascote.

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Machucar a região dos olhos Essas lesões podem ocorrer quando eles se envolvem em brigas, brincadeiras ou com um simples coçar e podem ser imperceptíveis a olho nu (como problemas na córnea e úlceras). Então, eles devem ser encaminhados para avaliação médica e seguir o tratamento para evitar que a lesão cresça — que pode causar um déficit de visão.

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