Parlamentares - Agência Aids

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Agência de Notícias da AIDS

21:37 | Sexta-feira, 13 de Setembro de 2013

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Contra e a favor, parlamentares falam sobre campanha das prostitutas vetada pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha

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ENVIAR | IMPRIMIR | A+ A05/06/2013 – 19h30 Neste momento em que são muitas as notas de repúdio e protestos contra a atitude do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a Agência de Notícias da Aids perguntou aos parlamentares, dos mais conservadores aos liberais, qual seria uma boa campanha publicitária com o foco nas profissionais do sexo, que falasse contra a discriminação e a favor da prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DST). As respostas refletem a opinião dos deputados sobre o assunto. A peça publicitária voltada para as profissionais do sexo “sou feliz sendo prostituta” vem gerando grande polêmica ao longo desta semana. Ela foi vetada pelo Ministro e originou a exoneração do diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais Dirceu Greco. Depois dele, o diretor-adjunto do órgão, Eduardo Barbosa, e o diretor-assistente, Ruy Burgos Filho, pediram demissão. Nunca antes o Brasil, considerado modelo e vanguarda na luta contra aids, viveu uma crise como esta com os principais gestores do Departamento Nacional deixando seus postos. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), disse que não deve existir uma campanha nesse foco, muito menos a que foi realizada (sou feliz sendo prostituta), “para não incentivar a prostituição”. Ele ainda comentou que as pessoas têm que deixar de “falar besteira”, pois nunca viu “uma mulher ser feliz vendendo o seu corpo”. Para João Campos (PSDB – GO), a campanha correta falaria que “fidelidade conjugal é saúde”. Esta mensagem se aplicaria a todos os públicos. Ele acrescentou que deveriam, sim, existir campanhas para que as pessoas que hoje são profissionais do sexo “tenham oportunidades, inclusive, por exemplo, para estudar e conquistar uma vida melhor”. O deputado explica que a sua opinião foi formada através de reportagens que assistiu sobre a prostituição, em que, segundo ele, “elas demonstravam insatisfação e queriam oportunidades para deixar a atividade”. A deputada Erika Kokay (PT-DF), que é coordenadora da Frente Parlamentar em HIV/Aids e outras DST no Congresso Nacional, afirmou que “não há como trabalhar política de saúde com preconceito”. Ela, acrescentaria a campanha que estava no ar e que considerava boa, o slogan “eu me cuido e sou feliz”. A parlamentar criticou o fundamentalismo e disse que “há segmentos que apresentam maior vulnerabilidade, e, a partir do momento que o assunto é tratado com preconceito, se cria uma barreira que impede que as ações sejam efetivas para aquelas populações”. Erika ainda lembrou o que caracterizou como “os outros erros” do Ministério, como o veto à campanha de carnaval de 2012, voltada para os homens que fazem sexo com homens (HSH), e às revistas em quadrinhos que seriam distribuídas nas escolas públicas - que tratavam de assuntos como homossexualidade e prevenção às DST. Kokay foi enfática ao dizer que “não se pode fazer campanha querendo negar que as prostitutas existem e querendo impedir que elas sejam felizes com isso. Por que a felicidade não pode atingi-las?”, perguntou. Médica e presidente da Comissão de Cultura da Câmara, a deputada, Jandira Feghali (PCdoB – RJ), concorda com Érica e disse que se deve ter em mente que “cidadãos são cidadãos, independente de suas individualidades”, inclusive nas campanhas publicitárias, e que as “amarras preconceituosas” não podem interferir. “Uma campanha educativa, voltada ao combate de doenças como a aids e outras DST e livre de tabus deve ser sempre uma prioridade governamental”, disse. “Essas campanhas não podem ficar à margem das ações do Ministério da Saúde”, completou. Jéssie Panegassi

DICAS DE ENTEVISTA: Gabinete da deputada Jandira Feghali Tel.: (61) 3215-5622 Gabinete da deputada Érika Kokay Tel.: (61) 3215-5203 Gabinete do deputado Jair Bolsonaro Tel.: (61) 3215-5482 Gabinete do deputado João Campos Tel.: (61) 3215-5315

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