Pet

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Mundo pet | por Jéssie Panegassi

Comida boa para cachorro

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murari gonzales. *Os preços sugeridos foram pesquisados com as marcas em Abril de 2012

tários, que não praticam atividades físicas, têm maiores chances de engordar. Assim, devem comer rações que controlam o ganho de peso, por exemplo”, completa Elaine Pessuto, médica veterinária e também diretora do Centro de Ensino e Treinamento em Anatomia e Cirurgia Veterinária (Cetac - SP). A matéria-prima com que a ração é feita determina a sua qualidade. Isso se reverte diretamente no pelo, na quantidade de matéria fecal, no físico e na “energia” dos pets. Além disso, existem as chamadas rações medicamentosas. “Elas são específicas para bichos com algum tipo de patologia, e a prescrição só pode ser feita por um médico veterinário após a realização de exames”, afirma Elaine. E também “é necessário atentar para o tamanho das partículas da ração, que deve ser adequado à capacidade de triturar e à sua anatomia bucal”, informa Wander. Dar petiscos com o intuito de agradar e ensinar o bichinho também é bastante válido. Os específicos para cada espécie podem ser oferecidos diariamente, mas não devem substituir o uso da ração. A veterinária Elaine os compara aos doces e salgadinhos que as crianças pedem entre as refeições. Ou seja, com moderação não há problemas. Já “a inclusão de comida caseira faz que haja desequilíbrio nas necessidades dos animais, ingerindo mais substâncias do que o necessário”, alerta Luciana Pellegrino, veterinária da Nestlé Purina PetCare. Mas se mesmo assim quiser dar algum petisco humano, “pode oferecer pequenos pedaços de maçã, pera, cenoura e banana. Mas cuidado com a última, pois, em excesso, ela pode gerar ganho de peso”, explica a médica Elaine.

fotos: shutterstock ; (ração abre) danilo tanaka, produção: janaina resende. arte: raffael

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uperpremium, premium, de manutenção, econômica, com molhos ou sachês. Os tipos, funcionalidades e preços das rações de cães e gatos disponíveis no mercado são muitos. Com isso, escolher o alimento ideal para a mascote da casa não é uma tarefa tão simples assim. E, se for feita de forma errada, pode comprometer a qualidade de vida, o desenvolvimento e até acelerar a morte do pet. Para evitar problemas, “é aconselhável consultar um veterinário para que ele determine, juntamente com o dono do animal, o melhor alimento para o cão ou gato, conforme a sua fase da vida e necessidade de saúde”, ensina Wander Palomo, veterinário da Total Alimentos. Eles devem levar em conta, principalmente, o estilo de vida da mascote. “Bichos seden-

Consultoria: (box) Anderson Medina, Luciana Pellegrino, Wander Palomo e Elaine Pessuto.

A qualidade da ração que seu pet ingere reflete diretamente na sua saúde, disposição e até no seu tempo de vida

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Como fazer a troca de ração?

Toda troca de dieta deve ser feita em etapas, para que o organismo se adapte à nova alimentação e não tenha comprometimento intestinal. Quando a fase de adaptação acabar e as fezes já estiverem no formato e consistência normais, deve-se ficar atento aos sinais tardios, como queda de pelos, falta de energia, emagrecimento ou ganho de peso. Contudo, é normal que o bichinho tenha diarreias, que são minimizadas com a troca gradual da ração. “Mas se ele apresentar coceira, lesões de pele, queda de pelo e até fezes pastosas pode ser sinal de alergia alimentar e o veterinário deve ser procurado”, alerta Elaine. No caso dos gatos, as necessidades funcionais não mudam muito no decorrer da vida. “Os donos devem fazer, no mínimo, duas trocas de alimentação: a de filhote para adulto e depois de adulto para gatos mais velhos. Ao longo dos anos é indicado mudar a ração dos pets de acordo com as necessidades de cada animal, como castração, gestação, predisposição à obesidade ou cálculos”, explica a veterinária Luciana.

Caes e gatos dividem rações?

Em casas com muitos bichinhos, sejam cães e gatos, ou diversos de uma mesma espécie, é preciso tomar ainda mais cuidado com aqueles que têm necessidades especiais. “Da mesma forma que gatas e cadelas quando estão prenhas devem ser alimentadas com ração para filhotes e separadamente dos demais, a alimentação à parte também deve acontecer quando eles precisam utilizar rações medicamentosas”, explica Luciana. Para isso, os donos podem oferecer refeições em lugares distintos e, assim que os animais acabarem de comer, retirar os pratos. Outra dica é colocar os comedouros dos gatos em locais altos, para que os cães não tenham acesso. Lembrando que “cães devem sempre comer rações específicas para eles, ou seja, que contenham carnitina, enquanto gatos precisam de rações que possuam taurina”, finaliza Elaine.

Acabou de chegar Dois em um As rações Duo, da PremieR, possuem dois sabores na mesma embalagem. Com isso é possível incrementar e variar o cardápio de cães e gatos. Preço: em média R$ 54,80 (cães – 2,5 kg) e R$ 58,90 (gatos – 2 kg) Natural e saudável A Naturalis traz ao mercado opções de sabores para a refeição canina sem nenhum corante ou conservante artificial. Além de conter proteínas nobres, cereais integrais e fontes de antioxidantes naturais que auxiliam no combate dos radicais livres. Preço: R$ 21,90 (2 kg)

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Cuidado com gatos Pensando em preservar a saúde urinária dos gatos, a Purina PRO PLAN Adult frango e arroz conta com tecnologia Stone Neutral. É uma fonte de alimentação completa para gatos adultos. Preço: R$ 64,90 (2 kg)

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MURARI GONZALES. *OS PREÇOS SUGERIDOS FORAM PESQUISADOS COM AS MARCAS EM ABRIL DE 2012

Mamãe e filhote

Tanto a gata quanto a cadelinha, quando prenhas, demandam cuidados especiais, e a ração escolhida para alimentá-las também é um deles. “Ela deve ser rica em energia e proteína, encontradas normalmente nos produtos para filhotes. O ideal é fornecê-los para as fêmeas a partir do terço final da gestação (após 40 dias), voltando para um produto na versão adulto após o final da amamentação”, explica Anderson Medina, veterinário da capacitação técnica da PremieR Pet. Da mesma forma, uma ração para filhotes não deve ser ministrada para um cão ou gato adulto ou idoso, já que as necessidades nutricionais diferem conforme a fase da vida e a idade do animal. Com relação aos “bebês”, é importante que sejam amamentados com o leite materno ou com um composto preparado vendido em pet shops. “A partir dos 45 dias os filhotes estão aptos a comer ração seca, podendo ser desmamados. A melhor forma para isso acontecer é acrescentar papinhas de desmame (também disponíveis em lojas especializadas) com o leite materno a partir dos 21 dias até os 45”, recomenda Anderson. Mas é muito importante que tanto os filhotes quanto a mamãe passem por essa troca de forma gradativa.

ALIMENTOS PROIBIDOS PARA CÃES E GATOS CHOCOLATES: por ser rico em teobromina, é altamente tóxico. É preciso atentar pois mesmo em pequenas quantidades causa arritmias que podem matá-los. ALIMENTOS AÇUCARADOS: os açúcares podem levar ao aparecimento de problemas dentários. Além disso, gorduras em excesso geram alterações hepáticas, como a esteatose (doença que provoca acúmulo de gordura no fígado). LEITE DE VACA: por conter lactose, que os cães não digerem, causa diarreia. Com isso, se administrado para filhotes, pode até ser fatal. Caso a mamãe não tenha como amamentar sua cria, a conduta a seguir é oferecer a eles um composto preparado para cada espécie (cão ou gato). EMBUTIDOS: cuidado! Comidas como salsicha e mortadela são prejudiciais e podem resultar em sérias alterações gastrointestinais em pets. CEBOLA, ALHO E CAFÉ: eles podem até apreciar, mas esses alimentos causam intoxicação alimentar, que aumentam o risco de morte do animal.

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