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Mundo pet | por Jéssie Panegassi

Guia de viagem dos pets No contexto de férias todos pedem descanso ou aventura, mas uma coisa é certa: ninguém quer ficar sozinho, nem o seu bichinho

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FOTOS: DANILO TANAKA (PASSAPORTE); SHUTTERSTOCK. ARTE: AMANDA MATSUDA

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iagens em família fazem parte das férias. Mas escolher entre deixar o pet em um hotel ou levá-lo no passeio pode deixar o cenário dramático. Para evitar que isso ocorra, o melhor é avaliar o perfil do animal, da família, o local de hospedagem e também o roteiro que será seguido. O meio de locomoção deve ser pensado e organizado antecipadamente para evitar surpresas desagradáveis no caminho. Uma das escolhas, cada vez mais populares, são os hotéis que oferecem infraestrutura para atender os integrantes da família que têm quatro patas. Os serviços variam, mas os cuidados e a companhia — tanto de humanos quanto de outros bichinhos — são garantidos. Outra opção são os locais que já aceitam bichos de estimação. Vale conferir as regras antes da viagem, pois alguns determinam um tamanho máximo para os animais e limitam sua circulação. As companhias aéreas, por sua vez, não possuem uma regra única com relação ao transporte das mascotes. Em algumas há restrições com relação ao tamanho e peso, e isso interfere na hora de acomodá-lo na aeronave ou restringe a sua viagem por completo. Outras não autorizam a permanência de nenhum animal no voo, ou os aceitam apenas se estiverem sedados. Carteira de vacinação em dia é imprescindível nesses casos, por isso a viagem aérea com o pet deve ser planejada com mais antecedência. Caso o percurso seja traçado em um automóvel, outros cuidados são necessários, até mesmo para evitar acidentes. Para ajudar a escolher o melhor destino para a sua família e bichinhos, a VivaSaúde montou um guia especial com os pontos positivos, negativos e as dicas que devem ser levadas em consideração antes de sair em viagem. Confira! WWW.REVISTAVIVASAUDE.COM.BR

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ELE VAI COMIGO! “Os cães estão acostumados a serem ‘nômades’, diferentemente dos gatos”, explica Alexandre Rossi, zootecnista especializado em comportamento animal da empresa Cão Cidadão (SP). O importante é lembrar que o animal precisa de atenção mesmo com o dono estando em férias. “Se conseguir manter o pet por perto, o passeio será positivo para o humano e para o mascote. Se ele ficar sozinho ou preso enquanto o dono passeia, é melhor repensar”, diz Aldo Macellaro Junior, veterinário do Clube de Cãompo, em Itu (SP).

DICA: “Para evitar enjoos, coloque a caixa de transporte no chão do carro, longe dos vidros e de toda a movimentação externa. Ela deve ter espaço para que o animal consiga ficar em pé e girar sem dificuldade”, recomenda o especialista Quinzani.

NO CAMINHO Nas viagens de carro, os animais precisam de condições especiais. “Deixá-los soltos dentro do veículo, além de ser ilegal, não é recomendado”, alerta Rossi. O correto é prender o pet — com guia, caixa, ou cinto de segurança específico — em um lugar que ele não atrapalhe o motorista e nem consiga pular pela janela. No caso de uma freada, ele não se machucará ou cairá nos pés do motorista. Além disso, “é bom que o carro tenha ar condicionado, ou que se viaje nos períodos frescos do dia ou à noite. Os animais sofrem com o calor”, diz Marcelo Quinzani, veterinário do Hospital Veterinário Pet Care (SP).

PREPARAÇÃO

GATOS VIAJANTES

Mudar de local gera estresse e doenças. Então é recomendado que o dono “leve todo o histórico do animal durante a viagem, como data de vacinas e medicamentos que estão sendo, ou já foram, usados”, orienta Quinzani. O mesmo pode acontecer se a estadia não for em um lugar limpo e seguro, inclusive contra possíveis fugas.

A grande preocupação no momento em que se tira o gato de casa é que ele não fuja. “O gato precisa ser levado, de maneira geral, sempre dentro da caixa de transporte em que já está acostumado”, alerta Rossi. Ela precisa estar lacrada com o animal dentro dela. Assim, mesmo que ele esteja muito estressado com as mudanças não conseguirá fugir e nem sofrerá um acidente no caminho. O zootecnista explica que esse comportamento é devido ao fato deles serem muito ligados ao seu território.

DICA: “Para que o gato se acostume com a caixa de transporte, deixe a sua alimentação dentro dela nos dias que antecedem a viagem. Então, no dia marcado, você estará levando a ‘toquinha do gato’ junto no passeio”, exemplifica Rossi.

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ELE TAMBÉM PRECISA DE FÉRIAS... Quando a família, por algum motivo, não consegue levar o animal de estimação junto com ela nas viagens, os hotéis estão prontos para recebê-los com os mais diferentes tipos de serviço. “Ele vai ter interação com outras pessoas e animais, além de ter a sua rotina mantida com relação à alimentação, medicação e preferências”, defende Macellaro Junior. “Existem animais que gostam dos hotéis, desde que eles estejam acostumados com o local e

PARA EVITAR DESCONFORTOS ● Recomenda-se conhecer o hotel antes da viagem, com o animal. Isso registrará em sua memória olfativa aquele local e pessoas, além de saber que voltará para casa normalmente.

com as pessoas”, fala o veterinário Quinzani. Mas ficar afastado dos donos pode não ser recomendado para todos os bichos. Alguns acabam ficando com a sua saúde ainda mais comprometida. “Em cachorros mais medrosos, tímidos, com Síndrome de Ansiedade e Separação (SAS), ou que se lambem compulsivamente, se forem simplesmente deixados em um hotel, as chances de eles piorarem são muito grandes”, afirma Rossi.

DICA: Antes de deixar a mascote em qualquer hotel, o veterinário Macellaro Junior recomenda não esquecer a carteira de vacinação (em dia), o antipulgas, vermífugos e a relação com os horários dos remédios (se necessário).

● Brinque com ele no hotel. Isso ajudará com o estresse decorrente de um local desconhecido. ● Uma alternativa é deixar brinquedos que o animal reconheça como dele e que contenham o cheiro do dono para facilitar na hora da adaptação. Mas não esqueça de verificar se eles não representam riscos para os outros animais e conferir se o hotel permite esse procedimento. ● Quando for deixá-lo em um local especializado, ou viajar com o bichinho, não troque a sua ração. Isso pode causar desarranjos intestinais.

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