Curriculo da faculdade

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Joana Costa Arquitecta

Porto_Portugal 910412546 Joana_arqt85@hotmail.com 15.12.85 Femenino


Sou activa e interessada por tudo o que tem haver com arquitectura e design. Gosto de trabalhar em equipa, trocar e aprender novos conceitos e desafios. Articular o passado e o futuro, é o meio pelo qual nós compreendemos o mundo e nos inserimos nele. O design de interiores é uma disciplina de fronteira. Configura-se a partir de diversos âmbitos disciplinares, da arquitetura ao design, da arte à comunicação. O seu território é o espaço do habitar... novas etapas acaminho....

Os meus arquitectos de Referência são: • • • •

Frank guerhy Rem Kolher Zarah Adid Ares Mateus



















Morfologia do Terreno

Demolições Necessarias

Todas as Circulações

Cota 10

Parques Verdes

Cota 60












Recuperação dos Moinhos de Água de Castro Laboreiro _ PATRIMÓNIO MOLINOLÓGICO _

Orientador : Professor Doutor Miguel Malheiro Presidente: Arguente:

Dissertação para Obtenção de Grau de Mestre : Joana Costa


Conceito : Requalificação Moinhos de Água Salvaguarda Identidade do Lugar Património Cultural Desenvolvimento rural/ Ensino A motivação e o interesse nesta investigação consiste em saber: • qual atitude que o Homem deve ter perante as formas que o passado lhe legou, bem como pelo seu patrimonio molinológico? • A Reabilitação molinológica deve enquadrar o objecto patrimonial nas suas dimensões passadas, presentes e futuras. • Como e porquê recuperar a arquitectura molinológica? e como se recupera esta estrutura especifica? A metodologia fulcral consiste em recuperar, revitalizar, salvaguardar e conservar o patrimonio molinologico. Consiste num plano de desenvolvimento téorico explorando varias tematicas: • as origens; • O desenvolvimento técnico; • Tipos de moinhos; • Perceber o mecanismo, tanto funcional como construtivo do moinho de água; Assim pertende-se : • Alçançar a reabilitção dos moinhos de água e suas estruturas; • Estudar as moagens portuguesas tradicionais; • Divulgar-las junto ao publico local numa perspectiva economica e comercial; • Promover a conservação e a reabilitação das moagens tradicionais e do patrimonio construido, associado á sua função e mantendo tanto possivel o seu uso; • Criar condições para o desenvolvimento do ecoturismo centrada na temática dos moinhos tradicionais e contribuir para o desenvolvimento local. Os casos de referencia exploram várias abordagens de intervenção sobre os edificios molinológicos, tentando identificar e esquematizar os processos de actuação e as metodologias de intervenção, pretende- se explorar a adaptação e modificação dos edifícios ao longo do tempo, através de uma abordagem ao ciclo de vida de um edifício e do estudo do comportamento das várias camadas que o compõem. A sua adaptabilidade a outras funções, explora as transformações que ocorrem ao longo da vida útil do edificio, surgindo um conceito de “Layers“ ou camadas, que serviu de base à matriz de análise proposta nesta dissertação Concluise que pode assim dizer que um edifício tido como Património é um edifício que forneceu uma resposta cultural até determinado momento histórico e que perdeu gradualmente essa funcionalidade mais restrita e concreta, ganhando uma presença de sentido material e visual, sendo também um testemunho histórico e cultural.


Melgaço é uma vila raiana portuguesa no Distrito de Viana do Castelo, região Norte e sub-região do Minho-Lima, com cerca de 1 500 habitantes. Castro Laboreiro é banhada pelas águas cristalinas do rio Laboreiro, é uma região bela, cheia de microclimas, desde a terra fria que prduz apenas batata, centeio, e pastagens, até a parte quente e ribeirinha, em que se cultiva toda a especie de cereais, fruta e vinhos. Tem mais de 40 lugares: BRANDES e INVERNEIRAS (lugares mais altos e mais baixos) cultura local da transumância.

• Nestas teras descobrimos umas construções populares, denominadas por Moinhos de água que servia de apoio a agricultura; • São também notáveis as inúmeras pontes romanas, a celta (no lugar de Portos), e o belíssimo Castelo de Castro Laboreiro. Abrangendo regiões de montanha,condicionantes e potenciais próprios do meio rural nortenho. Com a agro-pecuária, silvicultura e a apicultura como actividade dominante, com uma população pouco escolarizada, envelhecida e maioritariamente femenina, com fluxos migratórios de repressão, que embora já não tão intensos , se mantem, num tecido social fragilizado: • Produtos individuais que recorrem á mão-de-obra familiar e aos vizinhos; • Produção para consumo familiar; • Deficientes circuitos de comercialização; • Isolamento fisico e social, que dificultam o acesso e informação; As estruturas comerciais existentes são pouco diversificadas e aonde o ramo alimentar assume maior importância.


• O povoamento nesta região é concentrado (devido as intempéries) , pelo que a casa se encontra dissociado dos campos, prados e hortas que lhe pertence. Nesses terrenos, delimitados por muros baixos de pedra solta;

• Os modelos arquitectónicos expressa as condicionantes naturais e técnicas – clima, geologia, topografia, orografia, proxidade dos pontos de água, orientação solar, vegetação, qualidade dos terrenos, materiais primas disponiveis - assim como os valores socio culturais(economia,familia, comunidade, religiosidade), relativos a um modo de vida serrano. • A transumancia é derivado das variações de micro-climáticas, dando origem á ocupação sazonal de brandas e inverneiras para minimizar os efeitos do clima agreste sobre a população e dar resposta á necessidade de pastos disponiveis para alimentar o gado durante todo o ano. • Aqui as casas aproximam-se e encostam-se, embora livremente, consoante os núcleos edificados e rodeados de vegetação. • Os núcleos edificados de cada aglomerado de castro laboreiro funcionam como pólos a partir dos quais se desenvolveram, de forma radial , caminhos de acesso ás parcelas de cultivo , ás áreas de pastoreiro, aos moinhos, aos espaços baldios .

• Com este tipo de solo e numa breve analise-económico, a população procurou extrair o centeio e a batata, e de uma agricultura de sequeiro e a existencia de bons pastos para os animais (actividade agro-percuaria; silvicultura e a apicultura como actividade dominante.


• Os rios têm um papel essencial não só na quantidade mas também na qualidade dos moinhos e consequentemente na melhoria da vida das pessoas. • Os atributos do rio influenciam o desemprego dos moinhos, não tanto pela qualidade da farinha obtida mas antes pela permanência de moagens ao longo do ano. Isto porque os moinhos dependem do caudal do rio, quer na quantidade quer na sua estabilidade ao longo das quatro estações, pois é a força da corrente que transmite a energia necessária á rotação da roda que, solidária com a mó, promove a trituração dos grãos dos cereais. • Só os moinhos que estão nas margens de rios com caudal muito abundante comseguem laborar no verão. Por outro lado, os situados nos riachos das encostas montanhosas têm que esperar pelas chuvas do inverno, que engrossam os caudais, tendo-se assim água suficiente para o moinho funcionar.


Rede de caminhos de Castro Laboreiro • A origem dos caminhos vicionais, interligam os diferentes lugares de Castro Laboreiro e estes aos eixos que conectam ao exterior da freguesia. • Para facilitar a travessia dos diversos rios, existem várias Pontes, que une as margens do rio Laboreiro, ligando assim á Galiza.

• Estas vias de Comunicação perduraram ao longo dos séculos, funcionando como itinerários para trocas comerciais com os povos visinhos e como os caminhos vicionais percorridos pelos castreijos nas suas localizações áVila, aos lugares fixos ou sazonais, aos moinhos, ao monte, aos campos e barbeitos e ao planalto com o gado. • Recentemente introduziram na transformacão desses caminhos, permitindo a urlização dos meios de transporte facilitando do quotidiano da população


Captação e condução da água “O ambiente de um moinho é algo com uma magia e um encanto envolventes. Quase todo á volta e dentro de um moinho de água cria uma atmosfera onirica. Antes de mais o caminho: afastamo-nos das povoações e das casas, seguimos carreira entre campos e arvoredo descendo até ao vale. Uma fita mais densa de arvoredo assinala a linha de água, quase sempre invisivel, um som cantado de cascatas diz-nos que estamos na proximidade de uma queda de água, naturalmente a do açude. Só a fita de água correndo na levada já traduz uma enercia de alegria, força e comunicação, um alento de vida circulante sobre um fundo de areia e cascalho solto e muido“ • O funcionamento dos moinhos de água baseia-se na necessidade fundamental de criar um declive para que a água ganhe força necessária para accionar os engenhos. Para tal a água tem que ser captada/ represada e encaminhada para o moinho. • Os processos de represamento existentes são (captação da água) : os açudes e as presas(poças). Os açudes, são construções que têm como finalidade de represar as águas , formando pequenas albufeiras. Essas açudes podem ser naturais( pelas rochas) ou pelo o homem. As presas ou poças, são construções vedadas, também em terra e pedras, para o armazenamento de água, utilizadas quando os cursos de água não possuem caudal suficiente para accionar os moinhos. • Assim a água que se vai represando nas presas, quando se abre, move os moinhos durante o seu tempo de esvaziamento. A condução da água é feita por açudes ou poças, até aos moinhos, através das levadas. Estas surgem como construções de boa qualidade, em granito bem talhada, também se podem representar como um simples canal ou rego em terreno firme. • O desnível corresponde, a grosso modo, ao da queda de água da levada sobre as penas do rodízio, que quanto maior for, mais velocidade imprime ao rodízio. Associados ás levadas surgem muitas vezes uma série de moinhos, dispostos por uma encosta abaixo ou postos uns a seguir aos outros nas margens de um ribeiro, aproveitando a mesma queda de água.


Quando e porquê surgem os moinhos? Estas terras do interior do país apresentam poucos recursos hídricos, que aliados às características montanhosas da região, proporcionaram a construção de inúmeros moinhos de água de rodízio de roda horizontal. O moinho, peça fundamental para a economia aldeã, foram erguidos nas margens dos ribeiros ou rios, os caminhos para lá chegar são íngremes, autênticos «caminhos de cabras», onde só se conseguia chegar a pé e/ou com um burrico. Desta forma, antigamente o transporte do cereal ao moinho era feito pelo próprio homem que levava os sacos às costas e/ou através dos burros; hoje, é feito com o tractor. O facto, de os moinhos de água de roda horizontal abundarem na área de Castro Laboreiro tem a ver com as suas características montanhosas. Onde surgem os moinhos naquele sitio, estando relacionados com os campos de cultura? O local onde se encontram estes moinhos, noutros tempos, era dominado por zona industrial, por existirem nesse mesmo local muitos moinhos de água e haver muito movimento, principalmente na altura das ceifas de cereais, transportando-se para os moinhos o grão para ser moído e depois o transporte da farinha até casa. Com poucas excepções, os moinhos encontram-se inseridos nos lameiros junto das linhas de água, sendo usada para o seu funcionamento a água conduzida através dos sistemas de irrigação para fins agrícolas. São vários os moinhos que se integram nesta localidade. Têm a função de converter os cereais (nomeadamente o centeio e o milho) em farinha. Este produto final iria servir para fazer as bem conhecidas Broas de centeio ou milho. Porquê que entraram em decadência? Com o surgir das moagens industriais, estes moinhos começaram a deixar de ser utilizados e acabaram por ficar abandonados sem a sua principal utilidade, moer o grão e transformando-o em farinha. Muitos acabaram mesmo por cair ou ficar em ruínas. O Estado, o poder local e os cidadãos anónimos têm feito vista grossa e fruto disso, este património cultural construído mergulhou na solidão; já Fernando Galhano (1978) escreveu que os moinhos estavam feridos de morte. Com a deslocação das povoações das aldeias para a cidade, na prespectiva de novos e bons trabalhos e aonde fossem melhor asalariados, os campos ficaram ao abandono e posteriormente deixou-se de dar uso aos moinhos (deu-se a quando da emigração maciça em meados do Séc. XX).


• Os Moinhos da Cascata do rio Laboreiro eram importantes no dia a dia do povo castreijo. Após, a malhada do centeio, a sua moagem era feita com recurso a moinhos que aproveitavam a energia hidráulica, proveniente da densa rede hidrográfica existente na freguesia. • Estes Moinhos movidos a água, hoje em desuso, são, geralmente, propriedades privadas de uma ou mais famílias envolvidas no seu processo de construção; • Estas construções, implantadas nas vertentes da cascata do rio Laboreiro e dos seus afluentes, recebem a água de uma levada. • Pela necessidade da sua localização junto aos cursos de àgua, estas construções situam-se, geralmente, afastadas do núcleo construído dos povoados. • É um equipamento de transformação dos quais fazem parte, as estruturas molinológicas. • A importância aonde elas inserem Como Castro Laboreiro é rico em gastronomia e hotelaria, tendo um valor patrimonial e arquitectónico invulgar, propomos um programa que junta o passado ao futuro, trazendo um desenvolvimento económico para a população, dos produtos lá fabricados tendo como finalidade a venda.


Levantamento de todos os Moinhos de Castro Laboreiro


• O Almofariz aparece como o mais antigo sistema de trituração de cereais (cerca de 10 000 a.C). Era constituído por uma pedra, onde se cavava uma concavidade dentro da qual se esmagavam os grãos, utilizando para o efeito um pilão da mesmo material ou mais usualmente de madeira; • É pois o momento de seguir o caminho do sistema de trituração por fricção, que nos leva imediatamente á mó. Durante o segundo milénio a.C., surgiu uma nova forma de moer cereais, a introdução do movimento rotativo na moagem através da utilização de mós circulares. • Mós Manuais ou moinho rotativo manual parece ter surgido no próximo oriente, nos finais do II milénio a.C. as pedras que o compunham eram redondas, ajustáveis por meio de um eixo central, tendo a superior um buraco lateral onde se introduzia um manípulo de madeira. • No fim do primeiro milénio a.C. estas mós rotativas tinham sido postas a funcionar com outras energias que não as animais. • O desenvolvimento das civilizações permitiu a construção de máquinas para aproveitar as forças da água. Nesta época de grande desenvolvimento tecnológico está no moinho hidráulico. Os primeiros moinhos hidráulicos datam da ocupação Romana. Nesse época podemos encontrar todos os géneros dos moinhos: Moinho de rodízio; Moinho da roda vertical ou azenhas. • Os moinhos ao longo da idade Média, foram adaptados: Moer azeitona; Moer fibras vegetais; Fazer papel; Esmagar cana-de-açúcar; Para serrar madeira; Para martelar ferro; Moer os ingredientes necessários ao fabrico da pólvora. •

Em Portugal, a primeira referência documental dos moinhos de água é de 998.

• Estes engenhos hidráulicos ocupados no território Nacional desempenharam um papel decisivo na economia da época


Património Pré–Industrial / Industrial “actividade económica que se baseia numa técnica, dominada, em geral, pelapresença de máquinas ou maquinismos, para transformar matérias-primas em bens de produção e de consumo” • No periodo da pré –industrial que se mantem até o seculo XVII, a exploração de novas fontes de energia, hidráulica e éolica , permitiu a expansão do território pelo homem; • Estas estruturas de produção que consistiam eram: azenhas, moinhos de maré e moinho de vento; • Existe uma paisagem criada pela produção e pela economia, que sofre uma transformação parelela ao desenvolvimento técnico, possuindo um importante valor cultural e histórico como reflexo da evolução humana.

Transformação/Reconversão/ Potencialidades • Qualquer intervenção realizada num edifício implica uma modificação do existente. Esta modificação irá afectar tanto o edifício como a sua envolvente e os seus habitantes, transformando-se a imagem da cidade, a memória colectiva e a dinâmica social do meio onde se insere. Contudo, é na reutilização de um edifício que está implícito o reconhecimento da dimensão temporal da arquitectura e do inevitável processo de modificação do tecido edificado; • O objectivo é conseguir assumir esse processo como o ciclo de vida normal das construções e saber utilizá-lo em prol da sociedade; • Um dos indicadores do reconhecimento deste património, na ultima década em portugal, é a criação de inúmeros espaços museológicos em antigos edificios industriais. Existe um grande número de espaços culturais dedicados á história da indústria e da produção. • O programa mais frequentemente realizado foi a criação de museus em antigos edificios fabris, dedicados á historia da empresa e á actividade industrial ai exercida. Este tipo de uso permitia ocupar os antigos espaços industriais desactivados e simultaneamente, perpetuar a memória dos métodos técnicos anteriormente utilizados, preservando o espólio móvel desactivado. A maioria dos projectos de reconversão a que se teve acesso, destina-se a programas museológico ou culturais.


Contudo é na reutilização de um edificio que está implicito o reconhecimento da dimensão temporal da arquitectura e do inevitável processo de modificação do tecido edificado. Seja através dos processos de degradação, transformação do existente ou mudança de função, existirá sempre uma alteração do significado do edificio que se vai estender também ao seu contexto. O objecto é conseguir assumir esse processo como o ciclo de vida normal das construções e saber utilizá-lo em prol da sociedade. leitura de um edifício reconvertido: 1| Função: O projecto de reconversão implica, pela sua definição, uma mudança da função do edifício. A escolha do novo programa possui importância vital na concretização do projecto ; 2| Volumetria: A volumetria dos edifícios e dos conjuntos existentes pode ser modificada ou preservada, de acordo com a estratégia de projecto ou as exigências do programa. Observa-se frequentemente a adição de novos volumes que podem surgir contíguos, intersectados ou separados dos corpos existentes. 3| Invólucro: Este ponto é referente às fachadas, à cobertura e ao seu tratamento, como a recuperação, a introdução de novos elementos; 4| Materiais: A reconversão vai exigir a introdução de novos materiais, para trabalhos de recuperação ou para a introdução de novos elementos. 5| Imagem: Este ponto é relativo à linguagem estética adoptada no exterior e interior dos edifícios; 6| Sistema Construtivo: A adaptação a um novo programa, pode requerer transformações na configuração espacial interior do edifício que impliquem alterações na sua estrutura, ou um estado de conservação precário dos elementos estruturais pode exigir de trabalhos de reforço ou substituição, de modo a garantir a sua eficiência. 7| Configuração espacial interior: Refere-se, às alterações introduzidas na organização dos espaços, acessos, circulação e distribuição vertical. 8| Património integrado: Os edifícios industriais são construções funcionais cujo objectivo é albergar um sistema de produção, produtos, mercadorias e operários.


“Os moinhos de Portugal, verdadeiras sínteses do encontro humano com a natureza, são expressões genuinas da cultura material das regiões e reflectem modos de vida, mentalidades, formas de ver o mundo e o lugar dos homens.“ (Miranda;2004;98) • Os moinhos sempre representaram o sistema de fabricação para fins alimentares.; • Este engenho permitiu dominar o ciclo do pão, base da sobrevivência das comunidades rurais;

Processo da Trituração dos ceriais nos Moinhos • A água era então conduzida até ao moinho, terminando no cube ou cale. A cale em forma de caleira era construída em madeira e tinha como objectivo canalizar e imprimir velocidade através de uma acentuada inclinação; • O botão interruptor de todo o mecanismo de moagem é o pejadouro, feito em madeira e em forma de alavanca; • Moinhos movido a água podem ser de roda horizontal: moinhos de rodízio, ou de roda vertical chamado azenhas. A diferença está na parte motora, pois a moagem é simplesmente igual. O moinho do rodízio é uma casita pequenina, construída na margem de um ribeiro de montanha. É junto das mós que aparecem as peças (pejadouro etc) •

O correr do grão pela caleja é facilitado pela trepidação que lhe é transmitida pelo rodar da pedra, através do tingedouro;

• Assim, através do aperto entre as duas pedras, a de baixo convexa e a de cima côncava, ajustadas entre si, resulta a trituração. Através da alavanca do sistema de ajustamento, pode-se afastar da pedra móvel da fixa, regulando a farinha, obtendo-a mais fina ou mais grossa. (na parte inferior tem uma face de frissuras radiais e um rasgo ao centro, onde encaixa a segurelha. A segurelha suporta o peso e transmite á pedra o movimento giratório do rodízio. A pedra de baixo pode ser formada só por uma pedra ou várias unidas por argamassa)


As moegas são peças de madeira com forma de funil piramidal, onde se deitar o grão que se pretende moer. Situamse por cima da mó, com o vértice cortado e voltado para baixo, suspensa sobre a quelha, fazendo deslizar o grão, até este cair no olho da mó. A suspensão da moega é vulgarmente feita por barrotes horizontais, fixos a uma armação de dois ou quatro prumos, que a suspendem por arames do próprio barrote.

As pedras do moinhos sofrem desgaste com a trituração, sobretudo a pedra móvel. É necessário levantar a pedra de cima, para serem picadas. Com esta operação, o moleiro usa como alfaias o carro ou rodízio, um braço de alavanca e o malhal.

A energia da água ao cair sobre nas penas do rodízio e fazendo-o girar, é o principal elemento deste subsistema que se apoia basicamente no aparelho do rodizio. A construção deste aparelho é em madeira de freixo verde,pelo engenho e arte que revela é descrita ; Na vela do rodízio, encaixa no veio do ferro, que atrevesse a pedra fixa, girando dentro de um encaixe de madeira, que termina na segurelha. Esse encaixe transmite-lhe o movimento giratório do rodízio impulsionado pela energia da água.

• Nesse processo do sistema de ajustar o erreiro, prolongado pela agulha ou aliviadouro e accionado por um mecanismo de alavanca. O erreiro é um tronco de freixo verde, que é colocado no chão rochoso, entalado e travado com pesadas pedras .


Moinhos de Água : Realidade Actual e a sua Reabilitação Na realidade, os moinhos de água encontram-se disseminados por todo o território nacional, onde a maioria ficou completamente esquecida no passado e em muito mau estado de conservação. Múlti- plos factores conduziram estas edificações a esta terrivel situação, das quais se nomeiam as consideradas mais relevantes: a) A falta de condições económicas dos proprietários para realizar a manutenção. b) O desentendimento familiar, propiciando o abandono dos moinhos. c) A falta de sensibilidade dos proprietários, menos susceptíveis ás questões de preservação do património histórico, aliado ao facto dos moinhos de água terem deix-ado de ser uma fonte de rendimentos, conduz a que sejam abandonados. d)A localização da maioria dos moinhos ser em zonas isoladas, com acessos em mau estados e promove a ausência de investimento na conversão ou restauro das mesmas; e) as técnicas usadas nos moinhos tradicionais não permitem grandes rendimentos no trabalho da moagem dos cereais .

Objectivos da Reabilitação e Reconversão dos Moinhos de Água Como Principais objectivos na reabilitação dos moinhos de água e das estruturas e eles associadas, enumera-se : a)“Estrudar as moagens portuguesas tradicionais (...) e registar o seu estado e características“ b)“Divulgar, junto da população local e assim fomentar possíveis interesses em investir tanto âmbito pessoal como numa perspectiva comercial e económica; c)“Promover a conservação e reabilitação das moagens tradicionais e do património construido, associado-o á sua função mantendo-o tanto quanto possivel em uso ou nessa impossibilidade, convertê-lo noutro tipo de utilização; d)“Criar condições para o desenvolvimento do ecoturismo centrado na temática dos moinhos tradicionais“ e)“Criar condições para que o desenvolvimento de produtos no âmbito do ecoturismo possa contribuir para o desenvolvimento local numa perspectiva de investimento cultural e económico;


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Diagonostico / Analise

Reconversão de Moinho

Vilar de Mouros/Caminha,1989/96 - Alojamento rural _ Arqt. José Gigante____________________________________Habitação • • • • •

Reconversão e Ampliação

Moinho de vento classificado Valor memorial/ tecnológico Edificio robustos, circulares com 6 metros de altura Perserva o volume original (alçados e vãos) Materialidade : alvenaria e madeira Começou num espaço com 8m 2 por piso – um exemplo de uma boa recuperação e transformação de função

Moinho de vento classificado Valor memorial e urbano Edificio circular + rectangular ; Perserva a imagem das fachadas e introduz novos elementos em continuidade formal; Volume principal, donde vai acrecentar mais volumes ao seu redor As maquinas existentes foram retiradas quando a reconversão

Moinho de Vento -Esposende - Arqt. José Gigante_________________________________________________________Habitação • • • • •

5 moinhos de vento , junto á praia Valor histórico/social e memoria Perserva os volumes e alçados originais Criação de um parque tematico ligado as energias renovaveis e ao ciclo do pão Um dos moinhos irá ser equipado para a moagem do milho ou cereais e um outro será movido a electricidade, para que possa ser sempre observado. No mesmo espaço vai ser construido um auditório e um parque de estacionamento. • A estrutura e os engenhos manteveram-se Recuperação e revitalização

Cinco Moinhos de Vento, Esposende -Parques temáticos_ciclo do pão Apúlia , Câmara Municipal de Esposende_Parque Tématico • • • • • •

Recuperação e revitalização Moi

Moinho de Maré _ Centro de motorização e intepretação do parque ecologico urbano de Viana do Castelo_____________Museu • • • • •

Recuperação

Moinho de Maré classificado Valor histórico/paisagistico/ urbano e social Edificio robusto, rectangular de cobertura de duas águas Perserva o volume original, acrescentanto outros volumes para por o programa de motorização do parque ecológico Este moinho teve grande contributo na cidade ao longo dos anos. A estrutura e os engenhos mantiveram-se

Moinho de Água Volume principal rectangular Valor memorial e tecnologico Perserva a imagem e o alçado do existente A estrutura e os engenhos mantiveram-se

Moinho dos Furadoiros, Alcoutim _ arqt. Vitor Ribeiro________________________________________________________Museu


Moinho de Papel – Núcleo Museológico do Papel e do Cereal - Intervenção do Arqt. Siza Vieira.

• O Moinho do Papel situa-se na antiga Rua da Fábrica, actual Rua Roberto Ivens, na margem esquerda do Rio Lis, próximo do núcleo urbano da cidade, que data do séc. XIII. •

É um espaço museológico, ligado à aprendizagem de artes e ofícios tradicionais relacionados com o papel e o cereal e resulta de um projecto de recuperação e reabilitação levado a cabo por uma equipa multidisciplinar (desde o reconhecido Arquitecto Álvaro Siza Vieira aos técnicos do Município), com o objectivo de preservar a memória de artes e ofícios tradicionais inerentes a este património sociocultural, nomeadamente a moagem do cereal (milho, trigo e centeio), o fabrico do azeite e a produção do papel.


Escola Hoteleira e turismo de Portalegre_ Arqt.º Souto Moura.

• O Edifício da Escola de Hotelaria define uma nova rua, elemento estruturante e vital para a requalificação da antiga área da Fábrica Robinson. • Na zona em frente às salas de aula e correspondente ao corpo de cor amarelo ocre são colocados os gabinetes de trabalho e espaços complementares e de menor área, abrindo-se cada um para um pequeno pátio privado, em consola. • Este equipamento é um elemento de articulação com o restante tecido urbano, podendo servir uma boa parte da população.

A sul, “pendura-se” literalmente sobre a paisagem mais distante, aproveitando o grande desnível natural do terreno. O edifício pretende ser uma caixa pousada sobre o talude existente definindo uma grande varanda para onde se voltam os principais espaços da escola – salas de aula, biblioteca, sala de convívio, restaurante e bar.


Museu de Arte e Arqueologia do Vale do Côa _ Arqt.º Camilo Rebelo

Para construir o museu de arte e arqueologia do Vale do Côa cruzámos diversos factores: topografia, acessibilidades e programa. A fusão destes aspectos foi fundamental para a definição do conceito - conceber um museu enquanto instalação na paisagem.

• A topografia revelou-se determinante nas opções, que devido à sua condição acentuada dificultava a relação entre a porta do museu e o respectivo interior. • A entrada do museu acontece no ponto mais alto do mesmo, foi construída uma plataforma, terreiro, espaço de miradouro, de escala vasta criando um palco múltiplo cujo cenário é a esmagadora paisagem dos montes e vales. O momento de chegada e simultaneamente de contemplação, de lazer, de estacionar, de circulação pedonal livre . • A estratégia do corpo, na sua relação com a topografia, é natural, ou seja a plataforma assume como nível a cota de chegada, enquanto a condição do terreno verte naturalmente ao longo do edifício, destapando-o na totalidade no extremo. No ponto mais alto do terreno, está entalado entre dois vales estando a terceira frente virada ao encontro dos rios Douro e Côa. Procurando a continuidade cromática da paisagem, optámos por uma expressão produzida por betão com inertes e pigmento de xisto (matéria abundante no local), resultando numa massa híbrida com textura (obtida por moldes feitos sobre as rochas locais).


Caso de Estudo _ Castro Laboreiro_

Espaço Rural • • • •

Meio de transportes Cheiros Cores Sons

Novas Tendências • • • •

Património Cultural Turismo Lazer Paisagem Territorial


• Ao fazer o levantamento e recuperar os moinhos junto a cascata do rio laboreiro, verifico a necessidade de construir um trilho de contemplação aos moinhos de água em castro laboreiro. • Esse trilho possui um ciclo via, passeio pedinal e por fim criou-se um parque de estacionamento junto a cascata. • Contudo o que se pretende é retratar as tradições e costumes desta terra • Novos mercados, interesses túristicos e programas educativos são uma luz para revitalizar este patrimonio.

• A recuperação e requalificação dos seis moinhos da escarpa do rio laboreiro.


Ecomuseu _ espaço aberto _ dinâmico _ contacto com a natureza e com a população _ trás visitantes _ trás actividades ao ar livre _ elucida-se do Património Molinologico • O percurso Molinológico pedonal torna-se um museu vivo do espolio arquitectónico, onde pode-se realizar visitas pedagógicas de várias faixas étarias. • O objectivo de juntar o Patrimonio molinológico e inserir uma forma de cariz novo no local, para tornar o local mais atractivo com caracteristicas históricas. • Faz tudo o sentido a criação da escola de gastronomia e centro interpretativo dos moinhos, devido á baixa taxa de escolariedade em Castro Laboreiro, com a finalidade trazer população jovem e divulgar a gastronomia típica do Alto Minho. • A área de estudo é o Concelho de Melgaço, mais propriamente na Vila de Castro Laboreiro. O trabalho consiste : Escola de gastronomia(formação)/ centro interpretativo (área pedagógica sobre a temática dos moinhos, com varios workshops durante todo o ano ) e numa rota de arquitectura molinológica que passa por ser um museu vivo. • Aos cinco moinhos deu-se uma função diferente. O primeiro moinho é um posto de venda dos produtos tradicionais; o segundo é a área de memória préindustrial; o terceiroe e quarto moinho é para o uso do fabrico tradicional dos cereais; o quinto e seixto moinho serve de apoio para a população castreja.

Escola de Gastronomia_ cria e educa postos de t


Recuperação dos MOINHOS


Área urbanistico : A criação de uma ponte que liga as duas cotas do terreno. A elaboração de uma peça única, ligando a nova construção com os Moinhos, para que a sensação seja como ”caminhar sobre a água”. A construção é feita em travessas de granito (material da região). A guardas da ponte são fabricadas em madeira, e passam por pequenas unidades verticais.

• Ao percorrer o percurso molinológico atravessamos uma ponte aonde podemos observar uma das entradas do edificio de raiz que se localizase numa cota mais baixa que é a zona de exposição temporária e permanente acerca da temática molinológica e do modo de vida de Castro Laboreiro.

O centro interpretativo dá apoio aos moinhos e preenche as memórias e a riqueza continua deste povo, muito além da divulgação dos produtos de fabrico tradicional e da sua posterior venda ao público. Os novos produtos de gastronomia da escola tem por base a matéria prima da região, é tida como uma oportunidade para revitalizar o sector.

O meu programa consiste em ter três funções distintas: • • • •

moinhos como ponto de venda dos produtos regionais, e moinhos como museus ao ar livre explicando o passado; centro interpretativo ; escola de gastronomia.


• • •

• A zona de cargas e descargas, situa-se na cobertura do edificio, aonde se localiza o armazem e arcas frigorificas (espaço privado do edificio), faz a ligação através de um monta cargas até ao piso inferior, que vai dar á cozinha. • O estacionamento localiza-se, no antigo percurso de terra batida, que fica atrás do edificio do Museu das Brandas e Inverneiras.

A nova Construção percorre-se através de rampas devido á escarpa acentuada. Uma dá acesso ao edificio(centro interpretativo e da escola), a outra dá acesso ao miradouro e dentro do edificio existe uma rampa que liga as salas de aulas e do work shop á zona de exposição. Por ultimo possui uma outra cota mais baixa (centro interpretativo ), que liga aos moinhos de água.

Antes de entrarmos na Escola de gastronomia, visualizamos uma loja de produtos e de provas da região, de seguida vemos a recepção da escola. Ao entrar na escola, temos um espaço administrativo; I.S; zona de multimédia Ao longo do corredor visualizamos as salas de aula e de work shop A seguir destes espaços temos um pátio que por sua vez é zona de convivio dos alunos.

Possui um café, restaurante de caracteristicas da região aproveitando a contemplação da paisagem magnificada dos moinhos. Estes dois edificios distintos de raiz abraçam a montanha, possui uma função comum, que é a cozinha pedagógica, que situa-se no centro do edificio e dai gere o resto do programa, que por sua vez dá ligação entre ambas (dando o apoio ao cafe e restaurante / salas de aulas /zona de work shop).


Conceito dos materiais utilizados: •

O material de construção consiste em betão maciço com textura e pigmentos de granito, resultante numa massa hibrida - betão com textura. A intervenção procura estabelecer um diálogo com a encosta onde se insere, conferindo-lhe uma nova silhueta que não a desvirtre mas antes complemente. • Para a interacção pretendida interessa um corpo feito à medida do território, cujo volume e escala é concebido de fora para dentro e pela topografia da escarpa. • Os pavimentos do centro interpretativo e da escola são em auto-nivelante e em algumas zonas são de réguas de madeira. No pavimento exterior é em cimento retificado com ranhoras em alto relevo. As caixilharias possuem vãos de razoável dimensão com vidro duplo.


Sistema Construtivo Estrutura do novo edifício : Betão cofrado , esta escolha foi por ser um material de fácil camuflagem do edifício com a paisagem ; manutenção quase nula; a nível das cores é uma cor semelhante ao granito da escarpa. Procurando a continuidade cromática de paisagem, optamos por uma expressão produzida por betão cofrado com inertes e pigmentos de pedra e madeira, (material abundante no local) resultante numa massa hibrida com textura. Paredes Interiores : Parede interior em pladur com isolamento acústico revestida a gesso cartonado hidrofogo e pintado a cor branca (i.s e vestuários) ou com placas de madeira no resto do edifício. Pavimento Exterior : Revestimento em cimento rectificado á base de cimento com ranhuras em médio relevo (pavimento antiderrapante). Este cimento com ranhuras serve para dar continuidade á escarpa. Isolamento : isolamento térmico de poliestireno 5cm Pavimento de Cobertura : Revestimento da cobertura acessível em lajetas de pedra serradas a pico fino . Este tipo de pedra dá-nos a sensação da continuidade do granito da escarpa. Pavimento interior : revestimento de piso autonivelante, escolhi este tipo de material por ser resistente, duradouro e de fácil limpeza (i.s ; vestuários; armazém e cozinha). O resto do pavimento é de réguas de madeira com 2cm de esp. , este material cria um ambiente de conforto e de requinte. Guarda no Miradouro e nas Rampas : guarda em vidro temperado de 8mm posicionado em suporte apropriado. Caixilhos : Caixilharia em vidro duplo Tectos : tecto em gesso cartonado hidrofogo , aplicado sobre suspensão própria.


O objectivo principal da presente dissertação foi o estudo da arquitectura molinológica em Castro Laboreiro, a fim de conhecermos e adaptarmos a novas funções, de um espaço originalmente dedicado a actividades pré-industriais.

reintegração dos testemunhos pré-industriais de valor cultural contemporanêa, considerando as consequências para o edificio reconvertido e para a envolvente urbana e social.

• Sabendo a priori que não existe uma única resposta válida para um projecto de reconversão conclui nos meus casos de estudo, que a solução passa necessariamente pela consideração do Programa mais adequado às caracteristicas arquitectónicas do edificio e às necessidades locais (procurando conciliar estes dois aspectos); pela qualidade dos espaços criados, que devem garantir o conforto na sua utilização e responder às exigências do novo programa introduzido; e pelo respeito pela essência Pré- industrial e pelos valores patrimoniais da preexistência, garantindo a salvaguarda da sua identidade e autencidade • Na região estas construções tradicionais rurais correspondem, geralmente, ao grupo de moinhos denominado de “roda horizontal”. São do tipo moinho pequeno, de um só rodízio, de planta rectangular, sem vãos, a não ser a porta de acesso, sendo o telhado, daqueles que por acaso, ainda o conservam, com uma ou duas águas. • O declínio da actividade agrícola na região e o aparecimento de técnicas de produção inovadoras e tecnologias modernas levaram à progressiva perda de importância destas construções e ao desinteresse dos proprietários pela sua manutenção. • No caso de estudo este conjunto de edifícios preexistêntes junto ao rio Laboreiro verifica se que o projecto respeita e interpreta com maior autenticidade a essência pré industrial através do programa proposto. • Verifica-se que a reconversão de edificios pré-industriais devolutos permite a reintegração no espaço rural destas estruturas, apresentando beneficios evidentes para a sua envolvente e para a sociedade.


Este tipo de intervenção revela-se um meio para atingir a reabilitação rural através da reutilização do edificio e da introdução de uma nova função

Com este Projecto quis que os moinhos fossem públicos e não privados, pois são uma identidade de um povo.

O novo edificio inter-haje com os moinhos, com a função de escola de gastronomia minhota, juntamente com um centro interpretativo molinológico, proporciona fonte de beneficios económicos, turisticos e de formação. Castro laboreiro tem uma forte potencialidade hoteleira, ajudando a dinamizar o local;

criou-se um parque temático ligado ao ciclo do pão, sendo esse percurso um museu dinámico e pedagógico ao ar livre. Pretende-se tornar esse parque num centro didáctico, capaz de explicar a quem o visita a importância que os moinhos tiveram outrora.

O sistema construtivo nos moinhos foi totalmente preservado, embora se tenham realizados algumas alterações a nível do pavimento, caixilharia e porta mas mantendo o mesmo desenho existente. Os materiais e as imagens do interior asssume a issência original da preexistência e são aplicados materiais relacionados com o meio pré-industrial aplicados numa estética comtemporânea. Tanto no exterior como no interior dos moinhos, os espaços foram criados tendo em conta a função original do conjunto, o que se reflecte nas dimensões, nas texturas, na materialização e iluminação.

A nova construção situa-se no lado oposto da margem e faz ligação com os moinhos (escola de gastronomia; restaurante; e centro interpretativo). No sistema construtivo do edificio de raiz inserido na paisagem. A topografia revelou-se determinante nas opções, que devido á sua condição acentuada dificultava a revelação entre a porta do edificio e o respectivo interior. Assim, uma vez que a chegada principal do edificio acontece no ponto mais alto do mesmo. O momento de chegada é simultanêamente de contemplação, orientada e ao mesmo tempo através da rampa inicia-se a entrada do meu edificio.

Os contributos do projecto de raiz e da reconversão servem para dinamizar a Vila de Castro Laboreiro, atraindo população jovem para a formação a nivel da hotelaria minhota. A visita pedagógica de várias escolas para visualizar e ter conhecimentos do espólio molinológico e suas técnicas tradicionais. Com este novo equipamento para a Vila proporciona novos empregos e cria novo turismo. Os objectivos deste programa consistem em : • • • • • • •

Desenvolver o interesse pelo património industrial com caracter lúdico; Desenvolver actividades no âmbito pedagógico com crianças dos varios estabelecimentos de ensino; Desenvolver competências e aptidões especificas; Acolher os visitantes para divulgar a história do local e dar a conhecer as tecnologias industriais do fabrico do cereal. Desenvolver o sentido da preservação do passado histórico; Tornar o local numa das salas de visitas; Venda ao público dos produtos artesanais produzidos nos moinhos de água.


“O território do Moinho nem sempre representou um espaço de liberdade, de afectos e de convívio privilegiado entre as pessoas e a natureza, que muito marcou o ímaginário de todos os que o partilharam. Para os elementos da última geração, que já viviam no ambiente da aldeia, a atracção pela água, pelos animais e o apelo do Moinho eram muitos fortes ! Cada nova visita e estada eram vividas em sobressaltado sortilégio de reencontro os familiares, em particular os avós, no terno enlevo de receberem os mais jovens rodeados de fartura em produtos agro- percuários, com relevo para o pão quente, que diariamente era cozido no forno, ali mesmo em frente da casa do Moinho. “ (Lopes Marcedo ; Moin-hos da Baságueda; Comunidades Rurais : Saberes e Afectos. editora: Adraces ; p:85)


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