O anfitrião

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O anfitrião The host Catarina Fonseca Catarina Soares Joana Sardinha Mariana Costa Ricardo Ribeiro Tânia Resende

O forno comunitário desde sempre que está no centro da aldeia. Todos o usavam para fazer o pão de todos os dias num espírito de partilha e convívio. E é à volta deste conceito que nasce “o anfitrião”, tábua de pão criada em homenagem à Figueira. A madeira e o xisto convivem em perfeita harmonia, completando-se mutuamente numa dança de texturas e cores, unidas pela marcação do forno, tal como os habitantes ao domingo. A tábua celebra o pão, o anfitrião que está ao centro da mesa, acompanhado pelo vinho e o queijo, os fieis amigos.

Since always, the community over is located in the center of the village. Everyone used it to make the bread of everyday with a sharing and living together (familiarity) spirit. And around this concept has born “the host”, bread board created in honor of Figueira. The wood and the schist live in perfect harmony, rounding up each other in a dance of textures and colors, united by the marking of the oven, just like all the villagers on Sunday. The bard celebrates the bread, the host at the center of the table, accompanied by the wine, the cheese and the sausages, the faithful friends.


Foi na Figueira que tudo começou. Lá sabem como receber bem. Respirámos a vida actual da aldeia mas, entre estórias e lembranças, foram-nos revelados segredos e tradições do passado. O forno comunitário foi em tempos o local central da aldeia. Sendo que não representa apenas a produção de um alimento tão marcante na nossa cultura, mas o local de comunhão, partilha e convívio da aldeia. O seu sistema falível de marcação revela a dinâmica da comunidade, num local onde as pessoas viviam próximas, andavase de porta em porta para saber de quem seria a próxima fornada. Num domingo assistimos à cozedura do pão, ritual raro actualmente, mas que a Dona Rosa não quer deixar morrer. Decidimos então homenagear todos que, como a Dona Rosa, não querem que tradições tão marcantes do passado se esqueçam no futuro. Nasceu assim o projecto da tábua para o pão, o anfitrião. It was in Figueira it all began. There, they know to welcome. We breathe the current life of the village, but among stories and remembrance, we were secrets and traditions of the past revealed. The community oven was in times, the central site of the village. Since it is not only the production as art standing food in our culture, but the place of communion, sharing and conviviality of village. It’s fallible markings system, reveals the community dynamics, in a place where people used to live close to each other, walked up door to door to find out who belonged to the next batch. On a Sunday we witnessed the baking of bread, ritual now rare, that Lady Rosa want to keep. We decided to honor all that, like Lady Rosa, don’t want that outstanding traditions of the past be forgotten. Then was born the bread board project, the host.


Numa fase seguinte foi em Sobral de S.Miguel, na pedreira “SóArdósias” que decorreu o processo de escolha, corte, lasca e tratamento do xisto presente na peça. Foi feita a busca na origem da matéria prima e o seu tratamento realizado por experientes pedreiros.Em parceria com a FabLab do Fundão procedemos à gravação a laser no xisto, bem como à produção das marcações à imagem das originais usadas na aldeia.


In a next step, was in Sobral de S. Miguel, in the quarry “Só Ardósias”, that held the process of choosing, cutting, chip and treatment of the schist present in the artifact (board). In parthership with FabLab of Fundão. We proceeded to the laser engraving of the schist, as well as the production of markings, close to the original ones that were used in the village.


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