Wanderlust final2

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Conheça os lugares mais lindos do mundo A cidade maravilhosa da Nova Zelândia

Razões para viajar enquanto você ainda é

jovem


ร ndice

I left my Pรกg. 8

Espaรงo do Pรกg. 18 Lugares mais lindos Pรกg. 24


Três razões para viajar enquanto você ainda é jovem Pág. 4 heart in San Francisco

Aspen, popular entre brasileiros Pág. 12

Palma de Maiorca Pág. 14

o viajante

do mundo


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Três razões para viajar enquanto você ainda é jovem Jeff Goins Numa noite dessas, eu tive uma conversa com uma jovem que tinha uma série de decisões a tomar, uma das quais era se ela deveria ir para a faculdade ou viajar pelo mundo. Eu disse a ela para viajar. Sem desculpas. Apenas vá. Vale a pena. Ela suspirou. “Sim, mas ...” Nunca falou palavras tão fatais: Sim, mas ... o que acontece com a dívida? Sim, mas ... o que acontece com o meu trabalho? Sim, mas ... o que acontece com o meu namorado (ou cão ou carro ou qualquer outra coisa)? “Sim, mas ...” Porque faz parecer que temos a melhor das intenções quando, na verdade, estamos apenas com muito medo de fazermos o que deveríamos. Ele permite que sejamos covardes, ao mesmo tempo que soa nobre. A maioria das pessoas que eu conheço que esperavam para viajar o mundo nunca o fizeram. Por outro lado, muitas pessoas que esperaram a pós-graduação ou um emprego estável, mesmo assim ainda viajou – mesmo que eventualmente. Tenha cuidado com o “sim, mas... “. O “sim, mas....” ainda vai matar seus sonhos. Fiquei tão comovido com essa conversa que compartilhei com um grupo de 30 jovens na noite passada, muitos deles estavam fazendo as mesmas perguntas.


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A vida que você sempre quis Quando você fica mais velho, a vida parece apenas um acontecimento. Sua juventude é um momento de fortalecimento total. Você começa a fazer o que quiser. Mas, quando você amadurece e ganha novas responsabilidades, você tem que ser muito intencional, certificando-se de que você não perca de vista o que é importante. Então, se você ainda tem uma quantidade razoável de controle sobre as suas circunstâncias, você deve fazer o que realmente importa. Porque a vida não será sempre apenas sobre você. Durante o início da idade adulta, sua visão de mundo ainda está sendo formada. É importante administrar o seu tempo - para se dar oportunidades para crescer. Uma boa maneira de fazer isso é viajar. Então, jovem, viaje. Viaje longe e agora. Viaje com ousadia. Viaje com abandono total. Você vai se arrepender de alguns riscos que você toma quando se trata de viajar. Eu lhe garanto isso. Há três razões para viajar enquanto você é jovem: 1. Viajar ensina você a viver uma aventura Quando você olha para trás, você vai ter momentos dos quais você se orgulha, e talvez alguns que você se arrependa. É provável que os motivos a seguir não estejam na sua lista: - Andou de bicicleta em toda a Golden Gate Bridge; - Apareceu na TV italiana; - Caminhou em uma ruína maia; -Aprendeu espanhol em três meses; - Excursionou pela Europa de trem. Eles não estão na minha (fato divertido: eu fiz tudo o que está na lista). O que então vai ser? Quais as escolhas que você vai se arrepender de fazer? Hesitar. Ter medo. In-

ventar desculpas. Não correr riscos. Esperar. Enquanto você é jovem, você deve viajar. Você deve ter o tempo para ver o mundo e experimentar a plenitude da vida. O investimento vale qualquer dinheiro ou sacrifício de tempo que pode ser exigido de sua parte. Não se trata de ser um turista. Trata-se de experimentar o verdadeiro risco e aventura, assim você não tem que viver com medo para o resto de sua vida. 2. Viajando ajuda você a encontrar compaixão Em sua juventude, você terá de fazer escolhas que irão definir quem você é. As suas escolhas estarão com você para o resto da sua vida. Viajando você mudará, mesmo que pouco. Você se verá em lugares que vão forçá-lo a cuidar de questões sobre as quais nunca pensou a respeito. Se você vai para o sudeste da Ásia, você pode encontrar o comércio de escravos. Se você for para a Europa oriental, você pode ver os efeitos do genocídio e perseguição


A Grande Muralha da China

religiosa. Se for para o Haiti, você vai testemunhar o paternalismo ocidental. Seu coração vai quebrar. Você vai começar a entender que o mundo é, ao mesmo tempo, um lugar grande e pequeno. Suas prioridades e preocupações vão mudar. E você vai se sentir mais ligado aos outros de uma forma profunda e duradoura. Você vai aprender a cuidar. 3. Viajar permite que você conheça outras culturas Enquanto você ainda é jovem, você deve conhecer culturas diferentes da sua, se abrindo para o mundo e para as pessoas maravilhosas que estão nele. Não há nada como caminhar ao lado do Coliseu ou ver as obras de David de Michelangelo. Eu posso descrever a cidade de San Juan e suas praias incríveis e locais históricos para você, mas você realmente tem que ver por si mesmo para experimentar. Você pode ler todos os livros do mundo sobre

a Grande Muralha da China ou o Louvre, mas estar lá é uma história diferente. O mundo é um lugar deslumbrante, cheio de obras de arte. Você precisa vê-lo. Faça isso enquanto você ainda é jovem. Não desperdice o tempo. Você nunca vai tê-lo novamente. Você tem uma oportunidade crucial para investir na próxima temporada de sua vida agora. Tudo o que você semear, você acabará por colher. Por favor. Para o seu bem, faça isso. Porque você não vai ser sempre jovem. E a vida não vai ser sempre apenas sobre você. Assim, viaje. Experimente o mundo porque vale a pena. Torne-se uma pessoa de cultura, aventura e compaixão. “E se eu não sou jovem?” Viaje, de qualquer maneira. Pode não ser fácil de fazer, mas encontre uma maneira de sair de sua zona de conforto. E realmente nunca é tarde demais. Mesmo que você esteja preso na rotina da sua vida, eu te imploro - viaje. Nunca vai ser tão fácil quanto agora para você fazer o que realmente importa.


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San Francisco recebe 16 milhões de v por ano Gustavo Netto

O

clássico romântico "I Left my Heart in San Francisco", composto por Douglass Cross e George Cory em 1954, não poderia ser mais fiel à cidade californiana. As colinas, o cable car, as manhãs nebulosas, o céu azul,

o vento e o sol brilhante descritos na música fazem parte do cotidiano dos cerca de 800 mil moradores de San Francisco, na costa Oeste dos Estados Unidos. Com uma população equivalente à de São Bernardo do Campo, na

grande São Paulo, a cidade recebeu cerca de 16 milhões de visitantes em 2007 -20 vezes mais do que o seu número de residentes. Além disso, mais de 50% de seus habitantes são imigrantes ou têm ascendência estrangeira. E não é

à toa que isso acontece. San Francisco encanta pela geografia, arquitetura, música, gastronomia, pelo clima, pelos parques, passeios e pelas boas compras. A cidade foi construída em meio a 43 montanhas e colinas. Tem como


“I left my heart in San Francisco”

visitantes

cenário o mar do Pacífico, ladeiras, artistas de rua, espigões que contrastam com casas vitorianas, museus importantes, grandes casas de espetáculo e uma ponte que é considerada uma das maravilhas arquitetônicas do mundo

-a Golden Gate Bridge. A cidade oferece atividades de cultura e de lazer durante o ano inteiro. Dependendo da estação, o turista pode acompanhar temporadas de balé, de óperas, o SFJF (San Francisco Jazz Festival), a parada do orgulho gay, maratonas, festas de Halloween (Dia das Bruxas) e até Carnaval -normalmente acontece em maio ou junho. São 78 teatros e casas de espetáculo, 65 museus e 4.375 restaurantes, segundo dados da Prefeitura. Apesar de rica, a vida noturna começa e termina cedo em San Francisco. Nos dias úteis, a maioria dos restaurantes fecha suas cozinhas às 21h e, nos fins de semana, às 23h. Quem chega em cima da hora, corre o risco de receber um serviço menos caprichado. Por volta das 2h, a cidade começa a esvaziar, e quem quer movimento tem de ir para a Castro -rua preferida dos gaysou para a Mission Street. Com tanto apelo pela diversão, é preciso gastar algum dinheiro. O custo de vida na Califórnia é um dos mais altos dos Estados Un-

idos. Os preços de comida, bebida, hotéis, transportes e estacionamentos não são nada filantrópicos. E ainda tem a Union Square, o bairro de Chinatown e outras regiões de compras que levam muitos turistas a extrapolar seus orçamentos de viagem. Segundo dados do San Francisco Convention & Visitors Center Bureau, os visitantes deixaram U$ 7,37 bilhões na cidade no ano passado. Na média, turistas gastam diariamente cerca de U$ 250, e participantes de eventos, U$ 280, de acordo com cálculos do órgão oficial de turismo. Quem pesquisa antes a programação oficial gasta menos. A cidade oferece várias atrações gratuitasnos parques. É possível assistir a apresentações teatrais, como as da Mime Troupe (www.sfmt.org/ index.php), a concertos de ópera e de jazz sem desembolsar nem US$ 1. A cidade tem cerca de 33 mil quartos de hotel e uma taxa de ocupação de 79%, de acordo com o San Francisco Convention & Visitors Center Bureau. Reservas antecipadas garantem preços

mais acessíveis mesmo nos bairros nobres -Union Square, Marina, Tenderloin e SOMA (South of Market). Na bagagem, até os mais calorentos devem levar um casaco. O clima de San Francisco varia bruscamente num mesmo dia. Mesmo no verão, a temperatura pode cair até 9ºC, da manhã para a noite. É comum enfrentar frio de 16ºC nos meses de junho e julho. O clima é seco, variando entre quente e frio. San Francisco fica na costa Oeste dos EUA e é a quarta maior cidade da Califórnia em população, depois de Los Angeles, San Diego e São José. A região começou a ser mapeada pelos europeus em 1775. A primeira fundação feita pelos colonizadores -a igreja Mission Doloresocorreu no ano seguinte, paralelamente à do Presidio of San Francisco e à do forte na região onde hoje está a Golden Gate Recreation Area. A Mission Dolores, que representa a sexta das 21 missões dos franciscanos, é uma das mais antigas igrejas da Califórnia e considerada o primeiro marco da cidade.




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Aspen, popular entre bra Para melhor atendê-los, instrutores que falam português estão sendo contratados

Júlia Arbex Localizada no Estado do Colorado, nos Estados Unidos, Aspen é uma das áreas de esqui mais visitadas do mundo, chegando a receber 100.000 turistas nas temporadas de inverno. Segundo o AA SkiClub, em 2009 o Brasil

passou a liderar o ranking de estrangeiros na cidade, só ficando atrás dos australianos e britânicos, com mais de 6 mil por ano. “Aspen sempre investiu muito em marketing no Brasil, e na estação também, alguns hotéis começaram até contratar funcionários que falam português para

atender o mercado”, diz a gerente de marketing, Tatiana Jardim, da Maktour Viagens e Turismo. Ela diz ainda que os turistas brasileiros vão à cidade do esqui mais com grupos de amigos que com as famílias por ser um lugar onde se encontra muita badalação. A pequena cidade é con-

siderada por muitos amantes do esporte a terra ideal para esquiar, porque sua formação, composta pelas montanhas Snowmass, Buttermilk, Highlands e Ajax, faz com que tanto os profissionais como os iniciantes consigam praticar as variadas atividades. “As famílias costumam


>>>Esquiadores se aventuram em uma das montanhas mais famosas de Aspen, a Snowmass ao conforto, hospitalidade, beleza e glamour que o lugar possui, celebridades como Silvio Santos, Angélica e Luciano Huck, Paris Hilton, Julia Roberts, Sabrina Sato e Marcio Garcia já passaram por lá. Os amantes das atividades na neve, além do esqui podem praticar esportes como o snowboard e trilhas, passeios como o de snowmobile (espécie de moto de neve) e trenó. “Aspen é extremamente rica em programação. Tem diversas opções de restaurantes, casas noturnas, shows gratuitos como o Bud Light hi-Fi ao ar livre. Existem inclusive ônibus urbanos gratuitos que circulam a cidade até as 2h da manhã. A cidade conta também com diversas galerias de arte, lojas e um outlet próximo do centro”, diz a gerente de Marketing,

Tatiana Jardim, da Maktour Viagens e Turismo. O estudante Eduardo Rangel, 15 anos, encarou a pista de esqui de Snowmass em janeiro de 2011. “Nunca tinha esquiado antes, e eu e minha família fomos e ficamos dez dias em Snowmass. Foi uma experiência ótima e única”, diz Eduardo. O estudante Clóvis Paganini Neto, 18 anos, passou dez dias no Aspen Hotel em janeiro deste ano. “Apesar de já ter ido esquiar em Bariloche, Argentina, e em Valle Nevado, Chile, eu gostei mais de Aspen”, conta. Foi na cidade do Colorado que Clóvis praticou snowboard pela primeira vez. “Achei mais difícil do que esqui, mas Aspen é um ótimo lugar para ser introduzido no esporte, pois suas montanhas, principalmente a Buttermilk, facili-

tam a aprendizagem de um iniciante”. Temporada Muitos dos estrangeiros brasileiros que foram para lá em dezembro e janeiro, devido às férias de fim de ano, puderam aproveitar eventos como o “Aspen Gay Ski Week” -voltado ao público GLS, os esportes radicais “X Games Aspen” e o “Colorado Freeride Championships”. Porém, o mês de março, para a grande despedida da temporada, terá uma agenda lotada com esportes radicais, diversos festivais e apresentações como os shows das bandas The Temptations e Rolling Stones. Uma corrida de esqui também deverá entrar para o calendário de eventos de Aspen.

asileiros

ficar em Snowmass, estação ao lado de Aspen, que possui mais apartamentos e condomínios, centro de recreação para crianças e opções de hospedagem que são ski in ski out”, confirma a gerente. Além disso, a temperatura no inverno varia de 0°C a -20 °C, e graças

O estudante Clóvis Paganini Neto (vermelho), com seu pai, Roberto, em Buttermilk (Arquivo pessoal)


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Conheça as belezas para uma

Palma de

Com belezas naturais e lindas construções, a cidade é convidativa para o turista que busca relaxar Canarinho Press Terra

Localizadas no Mediterrâneo, as Ilhas Baleares estão entre as mais atraentes da temporada internacional de cruzeiros. Lá fica Palma de Maiorca, na maior das ilhas espanholas da região, um lugar de belas paisagens, clima agradável e uma grande oferta de hotéis para quem quiser passar mais alguns dias. A cidade de Palma fica ao longo de uma curva de sua ampla baía. Ao chegar, os visitantes já deparam com uma catedral que se impõe na paisagem. A Catedral

de Palma, um prédio em estilo gótico erguido entre os séculos XIII e XV, é um dos pontos turísticos que os visitantes podem conhecer de perto ao desembarcarem do navio. O Castelo de Bellver, também no mesmo estilo arquitetônico e datado do século XVI e oferece uma bela vista do alto de uma colina. Outros locais para conhecer ficam em Valldemosa, vilarejo onde a romancista George Sand e o compositor Frederic Chopin foram morar em 1838. Lá também se encontram a Certo-

sa, antiga residência de Luis Salvador da Áustria, e Son Amar, uma antiga fazenda de Maiorca. A cidade pode ser conhecida em diversos passeios, sejam eles a pé, como na caminhada na Sierra de la Tramonta, ou de bicicleta. Fazer o percurso entre Palma e Soller sobre duas rodas é um exercício divertido e convidativo. Esse é caminho mais conhecido e é feito por uma estrada montanhosa e serpenteada, com a paisagem ao redor. Também existem percursos em direção a Andratx e que

passam por Vallerhermosa, Deia, até Soller. Além de Palma, também é possível conhecer outras ilhas vizinhas em passeios de barcos, com diversos pacotes turísticos oferecidos por companhias de cruzeiro ou por agências locais. Outra atividade para fazer é o mergulho, já que em Palma se encontram diversas escolas que oferecem essa atração. Para famílias, o parque aquático Marineland é uma das opções, com shows de golfinhos e focas, além de um incrível aquário. E, claro,


escala em

Maiorca

Palma de Maiorca é um dos belos destinos de cruzeiros da temporada internacional. Foto: Shutterstock em uma ilha tão cheia de encantos, as praias também são um convite aos que buscam algumas horas ao sol na areia. Em Palma de Maiorca também são encontradas grutas con-

hecidas como Cavernas do Dragão de Palma. Nesse local estão quatro grandes salões e lagos internos. Um dos pontos altos do passeio pelas cavernas é a apresentação de uma

orquestra, que com o concerto que apresenta aumenta a sensação de magia do ambiente. Após essa parada, outra interessante é em Manacor, segunda cidade da ilha e que é

conhecida no mundo pela lapidação de pérolas. Nas excursões os cruzeiristas poderão conhecer a fábrica e as várias etapas da fabricação dessas joias.




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Espaço do viajante

Nova cidade maravilhosa Denis Teixeira

Desde quando consigo me lembrar, a cidade maravilhosa é o Rio de Janeiro. Acho justo! Mas existe uma cidadezinha,

aos pés dos Alpes do Sul, que tem tudo para rivalizar com nosso paraíso tropical. Queenstown é a capital da aventura e

do esporte, e também tem uma das paisagens mais deslumbrantes que você pode encontrar no hemisfério sul.

Saindo de Wellington no sábado pela manhã, peguei um vôo de quase 2h em direção ao Sul da Ilha do Sul, viajando por uma


“Queenstown é parada obrigatória para quem visita a Nova Zelândia” paisagem muito diferente da vegetação extravagante e do mar cristalino da Ilha do Norte. A Ilha do Sul é o cenário de Middle Earth nos filmes O Senhor dos Anéis, um local de natureza agressiva, de lagos glaciais e de uma serra conhecida pelo apropriado nome de The Remarkables (algo como As Notáveis). Queenstown é parada obrigatória para quem visita a Nova Zelândia. É a capital mundial dos esportes radicais, de bungee jump à sky dive, de Gondola à Shotover, e também local de encontro de jovens do mundo inteiro que buscam aliar uma noite animada com um cenário deslumbrante. É o local preferido de férias dos jogadores do All Blacks, a toda poderosa seleção neozelandesa de Rugby, e de gente de todo o Pacífico atrás de trilhas para Mountain Bike, descidas nevadas para Ski e restaurantes e bares de primeira linha. Primeira linha mesmo!

A cidade pode ser pequena, mas ali, numa ruazinha do centro, está a loja da Louis Vuitton. Compras também faz parte do roteiro de Queenstown. Os alunos de High School do STB não deixam de curtir esse destino. O Connectionz organiza um tour pela Ilha do Sul que começa em Dunedin, e passa pela bela Queenstown. Alias, fiquei hospedado no mesmo local que os alunos ficam, logo ao lado da Gondola que sobe para a montanha, e com vista para a serra e a praia do lago Wakatipu. O STB ajuda com informações sobre o que fazer e como comprar os passes para os esportes radicais. Dica: economize dinheiro para fazer ao menos um esporte radical. Quando comprado em grupos, alguns esportes tem desconto. E os esportes não são baratos: um bungee sai por volta de NZD 180,00. Dica: o valor para subir na Gondola gira

em torno de NZD 25,00. Fique atento, comprar o passe da Gondola e a descida de Luge (algo parecido com um rolimã) juntos, dá desconto, e o Luge é o máximo! Eu poderia fazer 10 posts sobre Queenstown e suas belezas, seu público jovem e cheio de estilo e energia, as dezenas de nacionalidades representadas nas calçadas ou atrás dos balcões dos bares, mas imagens, sempre, falam mais e explicam melhor. Abaixo só algumas dicas pessoais do que pode ser visto em Queenstown: -Suba de Gondola (para os alunos STB, são 2 minutos andando até a saída da Gondola, logo atrás do hotel), atravessando o cemitério (a aventura já começa no caminho!) e tire muitas fotos no topo da cidade. Ao chegar lá, continue subindo até onde o teleférico vai, no cume do monte. Vale a pena! -Desça a colina de luge. Não há nada de radical

em descer a montanha no luge mas se você não gosta de emoções muito fortes, será bastante divertido. Só não deixe que os kiwis de 6 anos ultrapassem você na descida – vexame! -Faça o ShotoverJet: não é tão radical como os pulos de bungee ou skydive, mas é bem animado! Só não coma muito antes de ir, o barco gira para todos os lados e você pode acabar deixando o seu almoço no passeio. Mico! -Coma no Fergburger. O hambúrgueres não são melhores que os de São Paulo, e o serviço não é dos mais eficientes, mas é o hit da cidade e vive lotada de gente do mundo todo. -Alugue uma bike ou se tiver condição e espaço, leve a sua. Atualmente é permitido colocar as magrelas na gondola para subir a montanha, e então é só aproveitar a descida. Cheque os freios antes! Sweet as, mates!


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Espaço do viajante

Volta ao Mundo Experiências de um jovem que já esteve nos cinco continentes Luiza Cavalcanti

Ricardo Scodro, 24 anos, decidiu largar tudo para viajar pelo mundo. O jovem formado

em administração de empresas pela FGV, na época com 22 anos, pediu demissão do banco em que trabalhava para viver a aventura que tanto sonhava. Com o dinheiro que juntou em 4 anos de trabalho e mais 2 amigos que compartilhavam do mesmo sonho, saiu pelo mundo.


Ricardo dentro de jipe para fazer um game na Ă frica do Sul, com loas acompanhando o passeio

Wanderlust: Como surgiu a ideia de fazer uma volta ao mundo? Ricardo Scodro: Eu sempre tive vontade

de fazer uma viagem assim, desde menino. Assim que eu entrei na faculdade decidi que me formaria, tra-

balharia tempo suficiente para juntar um dinheiro e sairia por ai. Acho que temos que realizar sonhos como

esse o mais cedo possĂ­vel. Me formei com 21 anos e jĂĄ estava empregado em um grande banco. Meus


22/23 dias de trabalho eram muito cansativos, saia de lá exausto. Eu ainda tenho a vida inteira pela frente para trabalhar feito um condenado, queria aproveitar minha juventude, saúde e disposição para ver o mundo.

am nessa decisão? Scodro: Sim. Tive muita sorte com isso. Não me lembro de nenhuma pessoa que tenha criticado a minha escolha, afinal, quem não gostaria de passar um ano viajando pelo mundo? (risos).

Scodro: Foram 11 meses de viagem e 52 países diferentes pela Oceania, Ásia, África e Europa. Os países da América do norte e da América do sul eu Já conhecia.

W: Qual o lugar que você mais gosW: Seus familiares W: Quantos lugares tou? Por que? e amigos te apoiar- você conheceu? Scodro: Dificil re-

sponder essa (risos). Conheci lugares muito diferentes uns dos outros, lugares ricos e lugares pobres, lugares turísticos e conhecidos e outros desertos. Cada lugar tinha o seu charme, sua beleza e seu encanto. Mas eu posso te falar que a Indonésia me encantou demais.


>>>Jovens fazem passeio em camelo no Egito

carregar a menor quantidade de coisas possível, ou seja, nada de compras. Sempre que chegávamos a um lugar, procurávamos os lugares mais baratos para ficarmos e comermos.

você trouxe dessa experiência? Scodro: O mais legal, e triste também, foi perceber que o mundo é cheio de estereótipos. Todos falam que os europeus não são receptivos e são muito frios, por W: Qual foi o exemplo, mas não aprendizado mais é assim. Em todos importante que os lugares existem

pessoas simpáticas e antipáticas, receptivas ou não. Conheci pessoas de inúmeras nacionalidades, culturas e religiões, uns muito diferentes dos outros. Conheci um dinamarquês milionário e um Vietnamita muito pobre, mas todos eram muito gentis.

Ricardo e seus amigos em refeição típica com habitantes do Myanmar

Passei dias incríveis lá! Não esperava muito e me surpreendi. W: Como você administrou o seu dinheiro durante esse tempo? Scodro: Foi tranquilo lidar com o dinheiro. Como viajamos de um lugar para o outro apenas com duas mochilas nós tínhamos que


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Alguns dos lugares mais lindos

MUNDO Do Pantanal às Maldivas, de Veneza à Antártica, o que existe de mais espetacular, mais fantástico, mais maravilhoso no planeta Caio Vilela e Valdemir Cunha Como eleger os lugares mais bonitos do mundo? Qual é a unidade de medida do belo? Recorre- se à estética ou à história para avaliar monumentos? E o legado cultural, a cor local, a população, onde e em que medida entram na fórmula? Não temos as respostas, como, de resto, ninguém tem. Para compor esta lista, foi preciso lançar mão de um punhado de subjetividade. Por isso, dois colaboradores de longa data, CAIO VILELA e VALDEMIR CUNHA, comandam esta reportagem. Fotógrafos, jornalistas e globetrotters com mais de 80 países cada um no currículo, usaram variáveis como beleza cênica, graça do conjunto urbano, condição da natureza,

ocupação e a própria relação afetiva com os destinos para compor a lista. “No fundo, os lugares que marcam são aqueles que aparecem de surpresa no caminho”, diz Caio. O melhor é que uma lista desta é sempre aberta, mutável, gera muitas outras e convida a fazer o que a gente mais gosta: viajar. A seguir, alguns dos mais bonitos.

Foz do Iguaçu Conjunto monumental de 275 quedas acessíveis por barco ou, do lado argentino, por passarelas diabólicas. Um dos destinos mais procurados pelos estrangeiros no Brasil graças ao exuberante Parque Nacional do Iguaçu (cataratasdoiguacu.com.br; R$

24,60), suas exuberantes cataratas e ótima estrutura ao visitante. O mesmo nível de organização é encontrado do lado argentino no Parque Nacional Iguazú (iguazuargentina.com), na vizinha argentina Puerto Iguazú. A visita aos dois parques é indispensável.


s do

geral. Só nos anos 1970 é que seu relevo, a cor de suas águas, as praias recortadas e a diversiFernando de Noronha dade de vida marinha ganharam fama, atrainEntre 1737 e 1942, Fer- do visitantes do mundo nando de Noronha era inteiro. Das únicas cinsinônimo de inferno. A co praias cinco-estrelas natureza não era mui- do Brasil segundo o to diferente do que se GUIA BRASIL 2012, vê hoje em dia, mas a duas estão em Noronha. A do Sancho, uma ocupação era apenas de criminosos, presos políti- delas, é também a cos e desterrados em melhor praia do país no Prêmio VT. (VC) Para conhecer algumas das mais belas praias do Brasil há um rígido controle de preservação – por dia, 450 pessoas podem desembarcar na ilha. Antes de embarcar, pague a taxa ambiental

obrigatória pela internet (noronha.pe.gov. br). Assim, você se livra de uma fila considerável ao chegar ao aeroporto.

e no Renascimento, escreveram sobre ela. O americano Truman Capote deu-lhe tintas contemporâneas: “Veneza é como comer uma caixa inteira de bombons de uma só vez”. (VC)

dolas, temos um achado para você se hospedar: o Albergo Antico Capon (anticocapon.altervista. org; diárias desde € 45), com quartos privados (com e sem banheiro), situado na animada Piazza Santa Margherita.

Veneza Itália “Existe um nome em algum idioma que faça sonhar mais do que esse?”, perguntou o escritor Guy de Maupassant se referindo a Veneza. Não é preciso ter passado pela cidade para intuir a resposta. Mas tem certeza dela quem esteve por lá. Veneza inspirou, com seus edifícios, canais e palácios, escritores, cineastas, músicos, fotógrafos, casais e aman-

tes. As ruas estreitas e labirínticas encantam e prendem a alma dos visitantes. Impossível passar ileso pela Praça e Basílica de São Marcos, não se emocionar ao ver pela primeira vez a Ponte dos Suspiros ou ignorar a Ponte de Rialto. Como não querer voltar a visitar, ou ver pela primeira vez, os palácios Ca’d’Oro e Grassi? E, o mais óbvio desejo dos jovens casais, navegar de gôndola pelos canais da Sereníssima, é possível conter? Muitos outros escritores, mesmerizados pela beleza de Veneza, reflexo de sua importância comercial na Idade Média

Quilômetros de dunas entrecortadas por lagoas verde-esmeralda que estão cheias depois das chuvas do começo do ano. Se muitos viajantes ficam na periferia do Parque Nacional em bate e voltas desde Barreirinhas, a proposta Se você acha que nun- Lençóis Maranhenses é avançar. Em quatro ca terá dinheiro para Brasil dias de caminhada, outcurtir a cidade das gônras lagoas e o cotidiano


26/27 de quem mora naquele lugar improvável se descortinam, e aí dá para entender a razão de tudo aquilo ser chamado de deserto. As caminhadas são feitas com sol baixo, quando diferentes tons de amarelo, vermelho e rosa pintam areias e dunas. (VC) Pequenos aviões fretados saem de São Luis rumo a Barreirinhas. A viagem dura 50 minutos e é feita pela Top Line (toplinetaxiaereo. com.br). Para se hospedar em Barreirinhas, o Porto Preguiças Resort (portopreguicas. com.br; diária desde R$ 395) tem piscina natural, praia de água doce e caiaques para passeio.

As boas e velhas gôndolas venezianas




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