Educacao Ambiental

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Centro de Educação Profissional de Ceilândia Centro de Educação a Distância

Introdução á Educação Ambiental Educação Ambiental Para Professores a Distância Prof. João Rocha

2009


Apresentação

Olá, caro a l u n o . Seja bem vindo(a). A partir de agora você irá começar nosso curso de educação ambiental para professores na modalidade a distância, promovido pelo Centro de Educação Profissional de Ceilândia. Tal curso tem como característica possibilitar uma sólida formação conceitual, bem como uma visão atualizada proporcionada pelo seu corpo docente. Graças a Educação a Distância, você, que certamente está longe da nossa Instituição de ensino, poderá usufruir das mesmas oportunidades de ensino que os nossos estudantes em nível presencial já convivem diariamente. Entretanto, não pense que o fato de estarmos fisicamente distantes significa menos cobrança ou mais facilidades. Muito pelo contrário! Saiba antecipadamente que um curso de formação por si só exige muita dedicação e esforço. Por outro lado, mediante a oferta a distância, você terá que trabalhar muito para assimilar os conceitos e interagir com outros estudantes que também podem estar localizados longe de você. Para tanto, é importante saber o que é necessário para que você alcance o êxito em todas as etapas que serão apresentadas durante o período de vigência do curso. Diante do exposto, são por tais razões que você acaba de r e a l i z a r o d o w n l o a d d o s a r q u i v o s d e n o s s o material. O intuito é possibilitar o acesso a informações necessárias para que você conheça essa forma diferenciada de oferta do curso. Esperamos que você o leia com cuidado e atenção, uma vez que este conteúdo será vivenciado na prática semanal do curso! Afirmo que se você tiver alguma dúvida, não hesite em entrar em contato com o seu tutor para saná-la. Além disso, procure discutir as temáticas apresentadas neste material com os seus colegas de curso, seja no ambiente de aprendizagem, seja no aqui em nossa escola. Essa prática certamente lhe trará ganhos, pois você poderá ter acesso a diferentes pontos de vista. Por fim, gostaria de deixar claro que a ênfase do nosso curso é a educação ambiental. Nesse sentido, procurei desenvolver este material, de cunho introdutório sobre o assunto EA, sob um contexto mais para a educação. Ou seja: a ambientação voltada para o lado educacional, considerando que o que você está fazendo nada mais é do que um programa de formação profissional. Espero que você goste, aproveite e tenha êxito no curso como um todo. Não se esqueça de participar! Grande abraço, Prof. João Rocha


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Módulo Introdução á Educação Ambiental

Neste Módulo inicial iremos levantar conceitos, políticas, ética e os objetivos da Educação Ambiental, conhecendo os fundamentos e a parte histórica para o surgimento da Educação Ambiental no Brasil e no mundo.


NID ADE

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Introdução Caro Aluno! Antes de começarmos a trabalhar o conteúdo desta semana, deixe-me explicar o porquê dela ser ofertada logo no início do curso. A razão é muito simples: a Educação a Distância, se considerarmos o contexto educacional, cada vez mais, é uma realidade. E esta realidade, inclusive, é decorrente de uma necessidade de ganhos de tempo, custos, mas, principalmente, de condições de conciliar o aprendizado de novas técnicas e/ou conhecimentos com a rotina do dia-adia. Logo, ao fazer esse curso, sua meta deve ser aprender. Para mim, aprender é compreender o que se estuda, aplicar esse saber à sua realidade e sintetizar, organizar e relacionar o conhecimento novo com o que você já possui. Portanto, como não sei ainda se você já teve alguma experiência com a Educação a Distância, saliento que o seu sucesso no curso depende da sua organização pessoal, bem como da correta interpretação dos conteúdos aqui apresentados. Desta forma, estarei ao longo desta s e m a n a tratando de localizá-lo em relação a esse módulo de ensino. Para tanto, vou me concentrar em explicar brevemente as especificidades do conteúdo. Para facilitar seus estudos, recomendo que registre suas análises, as conexões que puder estabelecer entre a teoria e a prática, suas reflexões e conclusões, pois elas poderão orientá-lo na realização das atividades, nos contatos com o tutor e nos debates com seus colegas através dos fóruns. Finalmente, reitero o desejo de que você tenha força de vontade, disciplina e organização para aproveitar ao máximo este Módulo. Coloco-me à sua disposição para qualquer ajuda que possa oferecer. Bom proveito!

CursoMódulo de Graduação 1 em Administração, modalidade a distância

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Introdução

A educação a distância é uma alternativa educacional capaz de atender as demandas sociais de formação geral e atualização profissional nesta sociedade que produz conhecimento de forma intensa e rápida. Essa modalidade de educação e ensino está num avançado processo de institucionalização. Além disso, a problemática ambiental vem sendo preocupação de vários setores sociais, inclusive a universidade. Entre as estratégias buscadas para enfrentar esses problemas, estão as ações educativas ambientais. Para isso, é necessário formar educadores ambientais. A universidade também vem se responsabilizando pela formação desses educadores, realizada em diferentes modalidades. Uma alternativa é a modalidade à distância.

A educação ambiental enfatiza as regularidades, e busca manter o respeito pelos diferentes ecossistemas e culturas humanas da Terra. O dever de reconhecer as similaridades globais, enquanto se interagem efetivamente com as especificidades locais, é resumido no seguinte lema: Pensar globalmente, agir localmente.

Curso de Educação Ambiental para professores a distância


1 Os conceitos utilizados em Educação Ambiental, tais como os de sustentabilidade, liberdade, justiça e democracia, não são simples, nem concordantes. Eles apresentam conformidades com diferentes ideologias e programas delineados por conhecimentos, valores e filosofias distintas. A Educação Ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo permanente que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais. O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos naturais. Atualmente, são comuns a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente. Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável (processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações atuais), a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos. É subdividida em formal e informal. Formal é um processo institucionalizado que ocorre nas unidades de ensino; Informal se caracteriza por sua realização fora da escola, envolvendo flexibilidade de métodos e de conteúdos e um público alvo muito variável em suas características (faixa etária, nível de escolaridade, nível de conhecimento da problemática ambiental, etc.). Módulo 1

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Educação Ambiental


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A Educação Ambiental é um processo de formação e informação, orientado para o desenvolvimento da consciência crítica sobre as questões ambientais e de atividades

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que levem à participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental (Dias, 1998). Educação Ambiental é um ramo da educação cujo objetivo é a disseminação do conhecimento sobre o ambiente, com a intenção de ajudar à sua preservação e utilização sustentável dos seus recursos. É uma metodologia de análise que surge a partir do crescente interesse do homem em assuntos como o ambiente devido às grandes catástrofes naturais que têm assolado o mundo nas últimas décadas. Segundo Duarte (2003), todos os cidadãos devem estar preocupados com a Educação Ambiental. Ela deve estar presente em todas as atividades e aspectos da vida, no futuro e no presente na formação das pessoas com suas preocupações e seus comportamentos variados. Atualmente sabemos que é difícil entender a problemática ambiental e que não basta sabermos apenas os conceitos, é preciso educar cidadãos para assim entendermos melhor o papel do homem em relação ao meio ambiente. Para atuar na Educação Ambiental, a tarefa do educador é de fortalecer o seu papel na formação dos educandos, mostrando e incorporando tanto os valores ambientalistas quanto os humanistas. De acordo com os PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais). “a Educação Ambiental leva às mudanças de comportamento pessoal e a atitudes de valores de cidadania”. Assim sendo, supõem que se trabalhe pedagogicamente o comportamento do homem diante do espaço que ocupa, suas necessidades e interesses. A principal função do trabalho com o tema meio ambiente é contribuir para formação dos cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem na realidade sócioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local e global (PCN’S. 2000, p.59)

Sentido político da Educação Ambiental A maior contribuição da Educação Ambiental estaria no fortalecimento de uma ética socioambiental que incorpore valores políticos emancipatórios e que, junto com outras forças que integram o projeto de cidadania democrática, reforce a Curso de Educação Ambiental para professores a distância


(2005), a Educação Ambiental não pode nem deve estar à margem dos movimentos sociais que lutam por uma vida melhor para todos, por uma educação pública e gratuita de qualidade, pelo acesso à água potável, à moradia digna, pelo direito a saúde, ao trabalho, à cultura e à liberdade, isto é, pelo atendimento ás necessidades básicas da população.

História da Educação Ambiental A tendência histórica tem sido agregar as variáveis ambientais dentro das ciências naturais, porque nelas são encontradas, com maior facilidade, a vinculação com os conteúdos temáticos existentes, sem que se requeira a transformação estrutural do currículo em seu conjunto. Entretanto, mantendo desarticulados os aspectos ambientais do campo das ciências sociais, confina os problemas a um espaço onde o estudante não pode reconhecer sua própria responsabilidade e a da sociedade e lhe induz a pensar que a solução se restringe ao estritamente técnico (baseado em Leff, 1992).

Os caminhos da Educação Ambiental No início da década de 60, os problemas ambientais já mostravam a irracionalidade do modelo econômico, mas ainda não se falava em Educação Ambiental. Em março de 1965, na Conferência de Educação da Universidade de Keele, na Inglaterra, colocou-se pela primeira vez a expressão Educação Ambiental, com a recomendação de que ela deveria se tornar uma parte essencial de educação de todos os cidadãos. De lá pra cá, vários são os conceitos forjados para explicar, justificar ou enquadrar essa atuação educativa, tais como a definição acordada no Congresso Internacional sobre Educação e Formação Ambiental (Moscou, 1987): “A Educação Ambiental é um processo permanente no qual os indivíduos e as comunidades adquirem consciência do seu meio e aprendem os conhecimentos, os valores, as habilidades, a experiência e também a determinação que lhes capacite agir, individual e coletivamente, na resolução dos problemas ambientais presentes e futuros”. Módulo 1

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construção de uma sociedade justa e ambientalmente sustentável. Segundo Luzzi


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Essa definição proposta na metade do caminho entre a origem da Educação Ambiental e o seu desenvolvimento atual, expressa as aspirações fundamentais,

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centradas não apenas no desenvolvimento de capacidades para fazer algo, mas também na compreensão necessária para saber o que fazer, no desejo de fazê-lo, na intenção de realizá-lo, na criatividade que permite desenvolvê-lo e na consciência do que é feito. Porém se existe uma referência para quem quer fazer Educação Ambiental, ela está nos documentos finais da Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental de Tbilisi, realizada em 1977 na Geórgia, ex-União Soviética. Foi deste encontro que saíram as definições, os objetivos, os princípios e as estratégias para a Educação Ambiental, que até hoje são adotadas mundialmente. Para que se chegasse as recomendações tão duradouras, foram necessários vários anos de preparo, os próprios organizadores do evento de Tbilisi, reconheceram que ele foi um prolongamento da Conferência de Estocolmo, de 1972, onde a Educação Ambiental passou a ser considerada como campo de ação pedagógica, adquirindo relevância e vigência internacionais. As discussões em relação à natureza da Educação Ambiental passaram a ser desencadeadas e os acordos foram reunidos nos Princípios de Educação Ambiental, estabelecidos no Seminário de Educação Ambiental (1974), realizado em Jammi, na Finlândia. Esse seminário considerou que a Educação Ambiental permite alcançar os objetivos de proteção ambiental e que não se trata de um ramo da ciência ou uma matéria de estudos separada, mas de uma ação integral permanente. Em resposta à recomendação 96 da Conferência de Estocolmo, deu-se início em 1975, ao Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA), destinado a promover nos países membros, a reflexão, a ação e a cooperação internacional nesse campo. Tal Programa foi desenvolvido pela UNESCO em colaboração com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Cabe citar que o referido Programa "só saiu do papel" 3 anos após a Conferência de Estocolmo, quando representantes de 65 países se reuniram em Belgrado (ex-Iuguslávia, atual Sérvia) para um novo seminário internacional sobre o tema. O Congresso de Belgrado (1975) estabeleceu as metas e princípios da Educação Ambiental, presentes na chamada Carta de Belgrado (1975) estabeleceu as metas Curso de Educação Ambiental para professores a distância


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e princípios da Educação Ambiental, presentes na chamada Carta de Belgrado, onde também se propusera que a Educação Ambiental deveria ser contínua,

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multidisciplinar, integrada às diferenças e voltadas para os interesses nacionais. Com o Programa e uma série de atividades em andamento, (fundamentais para o sucesso de Tbilisi,) foram realizadas, tais como a organização de reuniões regionais entre 1975 e 77, na África, nos Estados Árabes, na Europa e em países da América Latina, a promoção de estudos experimentais sobre Educação Ambiental nestas regiões, além de uma pesquisa internacional sobre o tema. Assim, em 1977, celebrou-se em Tbilisi, URSS, a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, que constitui até hoje o ponto culminante do Programa Internacional de Educação Ambiental. Nessa conferência foram definidos os objetivos e as estratégias pertinentes, em nível nacional e internacional. Postulou-se que a Educação Ambiental é um elemento essencial para uma educação global, orientada para a resolução dos problemas, em favor do bem-estar da comunidade humana. Acrescentou-se aos princípios básicos da Carta de Belgrado que a Educação Ambiental deve ajudar a descobrir os sintomas e as causas reais dos problemas ambientais, deve desenvolver

o

senso crítico e as habilidades necessárias para resolver problemas, utilizar diversos ambientes educativos e uma ampla gama de métodos para a aquisição de conhecimentos, sem esquecer da necessidade de realização de atividades práticas e de experiências pessoais, reconhecendo o valor do saber prévio dos estudantes. O avanço a ser destacado com essa conferência, é a importância dada às relações natureza-sociedade. A importância de fazer crescer, através da divulgação de informações por meio de livros, filmes e outros meios de comunicação, a sensibilidade diante das questões ambientais, principalmente entre as populações mais ricas e com maior

nível

de

educação.

As

Organizações

Não-governamentais

(ONGs)

desempenharam também um importante papel para a ampliação da compreensão dos problemas ambientais. Módulo 1


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Passados dez anos da Conferência de Tbilisi, realizou-se o Congresso Internacional sobre a Educação e Formação Relativas ao Meio Ambiente (1987), em Moscou, Rússia,

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promovido pela UNESCO. No documento final, "Estratégia Internacional de ação em matéria de educação e formação ambiental para o decênio de 90", ressalta-se a necessidade de fortalecer as orientações de Tbilisi. A ênfase é colocada na necessidade de atender prioritariamente à formação de recursos humanos nas áreas formais e não-formais da Educação Ambiental e na inclusão da dimensão ambiental nos currículos de todos os níveis de ensino. Vinte anos após Estocolmo, quinze depois de Tbilisi e cinco depois de Moscou, chegou-se a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92), que se transformou num momento especial também para a evolução da Educação Ambiental. Além dos debates oficiais, dois, entre os incontáveis eventos paralelos, foram marcantes: a "1ª Jornada Internacional de Educação Ambiental", um dos encontros do Fórum Global atraiu cerca de 600 educadores do mundo todo; e o "Workshop sobre Educação Ambiental" organizado pelo MEC.

Destes eventos, nasceram três documentos que hoje estão entre as principais referências para quem quer praticar Educação Ambiental:

 Agenda 21: subscrita pelos governantes de mais de 170 países que participaram da Conferência oficial, dedicou todo o Capítulo 36 a "Promoção do Ensino, da Conscientização e do Treinamento". Este capítulo contém um conjunto de propostas que ratificaram, mais uma vez, as recomendações de Tbilisi, reforçando ainda a urgência em envolver todos os setores da sociedade através da educação formal e nãoformal. Além disso, a conscientização e o treinamento são mencionados em outros capítulos, já que estas são necessidades que permeiam todas as áreas.

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A Carta Brasileira para a Educação Ambiental: produzida no Workshop coordenado pelo MEC,

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compromisso real do poder público federal, estadual e municipal, para se cumprir a legislação brasileira visando à introdução da Educação Ambiental em todos os níveis de ensino. Também propôs o estímulo a participação das comunidades direta

ou

indiretamente

envolvidas

e

das

instituições de ensino superior.

O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global: resultante da Jornada de Educação Ambiental, elaborado pelo fórum das ONGs, explicita-se o compromisso da sociedade civil para a construção de um modelo mais humano e harmônico de desenvolvimento, onde se reconhecem os direitos humanos da terceira geração, a perspectiva de gênero, o direito e a importância das diferenças e o direito à vida, baseados em uma ética biocêntrica e do amor.

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destacou, entre outros, que deve haver um


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1 Breve Histórico da Educação Ambiental Anos 1960 1962 - Publicação de Primeira silenciosa, por Rachel Carlson 1965 - Utilizada a expressão Educação Ambiental (Environmental Education) na Conferência de Educação da Universidade de Keele, Grã-Bretanha 1966 - Pacto Internacional sobre os Direitos Humanos – Assembléia Geral da ONU 1967 - Fundação do Clube de Roma Anos 1970 1972 - Publicação do relatório Os limites do crescimento – Clube de Roma 1972 - Conferência de Estocolmo – discussão do desenvolvimento e ambiente, conceito de ecodesenvolvimento, Recomendação 96 – Educação e Meio Ambiente 1973 - Registro Mundial de Programas em Educação Ambiental, EUA 1974 - Seminário de Educação Ambiental em Jammi, Finlândia – Educação Ambiental é reconhecida como educação integral e permanente 1975 - Congresso de Belgrado – Carta de Belgrado – estabelece as metas e princípios da Educação Ambiental 1975 - Programa Internacional de Educação Ambiental – PIEA-UNESCO 1976 - Reunião Sub-regional de Educação Ambiental para o Ensino Secundário, Chosica, Peru - discussão sobre as questões ambientais na América Latina estarem ligadas às necessidades de sobrevivência e aos direitos humanos. 1976 - Congresso de Educação Ambiental – Brazzaville, África – reconhece a pobreza como o maior problema ambiental.

Não esqueça de interagir com seus colegas. Curso de Educação Ambiental para professores a distância


1977 - Conferência de Tbilisi, Geórgia – estabelece os princípios orientadores da Educação Ambiental e enfatiza seu caráter interdisciplinar, critico ético e transformador 1979 - Encontro Regional de Educação Ambiental para América Latina em San José, Costa Rica Anos 1980 1980 - Seminário Regional Europeu sobre Educação Ambiental para Europa e América do Norte – assinala a importância do intercâmbio de informações e experiências 1980 - Seminário regional sobre Educação Ambiental nos Estados Árabes, Manama, Barein – UNESCO-PNUMA. 1980 - Primeira Conferência Asiática sobre Educação Ambiental Nova Delhi Índia 1987 - Divulgação do relatório da Comissão Brundtland – Nosso futuro comum 1987 - Congresso Internacional da UNESCO-PNUMA sobre Educação e Formação Ambiental – Moscou – realiza a avaliação dos avanços desde Tbilisi, reafirma os princípios de Educação Ambiental e assinala a importância e necessidade da pesquisa e da formação em Educação Ambiental. 1988 - Declaração de Caracas – ORPAL-PNUMA – sobre gestão Ambiental na América – denuncia a necessidade de mudar o modelo de desenvolvimento 1989 - Primeiro Seminário sobre Materiais para a Educação Ambiental – ORLEAC-UNESCO-PIESA. Santiago, Chile. 1990 - Declaração de Haia, preparatório da Rio-92 – aponta a importância da cooperação internacional nas questões ambientais.

Anos 1990

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1990 - Conferência Mundial sobre Ensino para Todos – satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem, Jomtien, Tailândia – destaca o conceito de analfabetismo

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ambiental 1990 - ONU declara o ano 1990 como o Ano Internacional do Meio Ambiente 1991 - Reuniões preparatórias para a Rio-92 1992 - Conferência sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, UNCED, Rio-92 

Criação da Agenda 21

Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis, Fórum das ONGs

Carta Brasileira de Educação Ambiental, MEC

1993 - Congresso Sul-Americano, Argentina – continuidade Rio-92 1993 - Conferência dos Direitos Humanos, Viena 1994 - Conferência Mundial de População, Cairo 1994 - I Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental, Guadalajara, México 1995 - Conferência para o Desenvolvimento Social, Copenhague – criação de um ambiente econômico-político-social-cultural e jurídico que permita o desenvolvimento social 1995 - Conferência Mundial da Mulher, Pequim 1995 - Conferência Mundial do Clima, Berlim 1996 - Conferência Hábitat II, Istambul 1997 - II Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental, Guadalajara, México 1997 - Conferência sobre Educação Ambiental, Nova Delhi, Índia 1998 - Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e Conscientização Pública para a Sustentabilidade, Thessaloniki, Grécia

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ACONTECIMENTO NO BRASIL QUE INFLUENCIARAM

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Anos 1970 1971 - Cria-se no Rio Grande do Sul a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN). 1972 - A Delegação Brasileira na Conferência de Estocolmo declara que o país está “aberto à poluição, porque o que se precisa é dólares, desenvolvimento e empregos” – apesar disso, contraditoriamente, o Brasil lidera os países do Terceiro Mundo para não aceitar a Teoria do Crescimento Zero proposta pelo Clube de Roma. 1973 - Cria-se a Secretaria especial do Meio Ambiente, SEMA, no âmbito do Ministério do Interior, que, entre outras atividades, contempla a Educação Ambiental. 1977 - SEMA constitui um grupo de trabalho para a elaboração de um documento sobre a Educação Ambiental, definindo o seu papel no contexto brasileiro. 1977 - Seminários, encontros e debates preparatórios à Conferência de Tbilisi são realizados pela FEEMA, RJ. 1978 - A Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul desenvolve o Projeto Natureza (1978-1985). 1978 - Criação de cursos voltados às questões ambientais em várias universidades brasileiras. Anos 1980 1984 - O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) apresenta uma resolução, estabelecendo diretrizes para a Educação Ambiental. 1986 - A SEMA e a Universidade de Brasília organizam o primeiro Curso de Especialização em Educação Ambiental (1986-1988). 1986 - I Seminário Nacional sobre Universidade e Meio Ambiente.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL


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1986 - Seminário Internacional de Desenvolvimento Sustentado e Conservação de Regiões Estuarinas – Lagunares (Manguezais), São Paulo. 1987 - O MEC aprova o Parecer n.º 226/87, do conselheiro Arnaldo Niskier – inclusão da Educação Ambiental nos currículos escolares de 1º e 2º graus. 1987 - II Seminário Universidade e Meio Ambiente, Belém, Pará. 1988 - A Constituição Brasileira de 1988, art. 225 no capítulo VI – Do Meio Ambiente, inciso VI – destaca a necessidade de promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente. Para cumprimento dos preceitos constitucionais, leis federais, decretos, constituições estaduais e leis municipais determinam a obrigatoriedade da Educação Ambiental. 1988 - Fundação Getúlio Vargas traduz e publica o relatório Brundtland, Nosso futuro comum. 1988 - A Secretaria de Estado do meio Ambiente de São Paulo e a CETESB publicam a edição-piloto do livro Educação Ambiental – Guia para professores de 1º e 2º graus. 1988 - I Fórum de Educação Ambiental – São Paulo. 1989 - Criação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), pela fusão da SEMA, SUDEPE, SUDHEVEA e IBDF, onde funciona a Divisão de Educação Ambiental. 1989 - Programa de Educação Ambiental em Universidade Aberta da Fundação Demócrito Rocha, por meio de encartes nos jornais de Recife e Fortaleza. 1989 - Primeiro Encontro Nacional sobre Educação Ambiental no Ensino Formal, IBAMA-UFRPE, Recife. 1989 - Cria-se o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) no Ministério do Meio Ambiente (MMA), apoiando projetos que incluem a Educação Ambiental. 1989 - III Seminário Nacional sobre Universidade e Meio Ambiente, Cuiabá, Mato Grosso.

Anos 1990 Curso de Educação Ambiental para professores a distância


PNUMA-IBAMA-CNPq-CAPES-UFMT, Cuiabá, Mato Grosso (1990-1994). 1990 - IV Seminário Nacional sobre Universidade e Meio Ambiente, Florianópolis, Santa Catarina. 1991 - MEC, Portaria n.º 678 (14/05/91) institui que todos os currículos nos diversos níveis de ensino deverão contemplar conteúdos de Educação Ambiental. 1991 - Projeto de Informações sobre Educação Ambiental, IBAMA-MEC. 1991 - Grupo de Trabalho para Educação Ambiental coordenado pelo MEC, preparatório à Conferência Rio-92. 1991 - Encontro Nacional de Políticas e Metodologias para Educação Ambiental, MEC-IBAMA-Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República-UNESCOEmbaixada do Canadá. 1991 - II Fórum de Educação Ambiental – São Paulo. 1992 - Criação dos Núcleos Estaduais de Educação Ambiental do IBAMA (NEAs). 1992 - Participação das ONGs do Brasil no Fórum de ONGs e na redação do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis. 1992 - O MEC promove no CIAC do Rio das Pedras em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, o workshop sobre Educação Ambiental, cujo resultado se encontra na Carta Brasileira de Educação Ambiental. 1993 - Publicação dos livros Amazônia: uma proposta interdisciplinar de Educação Ambiental (Temas básicos) e Amazônia: uma proposta interdisciplinar de Educação Ambiental (Documentos metodológicos), Brasília, 1992-1994 (IBAMA-Universidade e SEDUCs da região) 1993 - Criação dos Centros de Educação Ambiental do MEC, com a finalidade de criar e difundir metodologias em Educação Ambiental. 1994 - Aprovação do Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA), com a participação do MMA-IBAMA-MEC-MCT-MINC. Módulo 1

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1990 - I Curso Latino-Americano de Especialização em Educação Ambiental,


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1994 - Publicação em português da Agenda 21, feita por crianças e jovens, UNICEF 1994 - III Fórum de Educação Ambiental, São Paulo. 1996 - Criação da Câmara Técnica de Educação Ambiental, CONAMA. 1996 - Novos Parâmetros Curriculares do MEC que incluem a Educação Ambiental como tema transversal do currículo. 1996 - Cursos de Capacitação em Educação Ambiental para os técnicos das SEDUCs e DEMECs nos estados, para orientar a implantação dos Parâmetros Curriculares – convênio UNESCO-MEC. 1996 - Criação da Comissão Interministerial de Educação Ambiental, MMA. 1997 - Criação da Comissão de Educação Ambiental do MMA. 1997 - Cursos de Educação Ambiental organizados pelo MEC – Coordenação de Educação Ambiental para as escolas técnicas e segunda etapa de capacitação das SEDUCs e DEMECs – convênio UNESCO – MEC. 1997 - I Teleconferência Nacional de Educação Ambiental, MEC. 1997 - IV Fórum de Educação Ambiental e I Encontro da Rede Educadores Ambientais, Vitória. 1997 - I Conferência Nacional de Educação Ambiental, Brasília.

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1 Como vai a Educação Ambiental no Brasil? Bem, obrigado! A resposta é verdadeira ou falsa?

A literatura estrangeira e nacional, em linhas gerais, nos sugere que devemos salvar o planeta Terra e, para isso, existe uma nova área que chamamos de Educação Ambiental. Essa disciplina, que do nosso ponto de vista ainda carece de formulação conceitual, vem sendo praticada a qualquer preço sob várias rótulos (ambiental/ecológico/biológico), modalidades (cursos, treinamentos), metodologias, categorias, etc. e dentro da cultura escolar, que aliás, anda bastante comprometida. Para isso, é só verificarmos alguns títulos brasileiros que são utilizados como material de apoio para o desenvolvimento da Educação Ambiental, tais como: Educação Ambiental: princípios e práticas; Treinamento para professores e supervisores de primeiro grau e EA para professores e supervisores de primeiro grau (ciências); Guia do professor de 1º e 2º graus - série Educação Ambiental; Conservação e manejo de recursos naturais; Um guia sobre valores e EA; Glossário de termos utilizados em EA; Vivendo no ambiente: um livro de consultas para a EA (Dias, 1991), ou então, prestar atenção nestas frases e trechos de alguns autores: Das dezenas de encontros de EA de que temos participado no Brasil, infelizmente o que se tem passado aos participantes é uma negra visão de impossibilidades, de teias complexas e intrincadas onde o professor não tem autoridade para circular. Deixa-se a impressão de algo inatingível, que requer grandes aprofundamentos e preparações elocubratórias, profundos devaneios epistemológicos, dialógicos. (...) Mas os professores e a comunidade já estão praticando a Educação ambiental. Com suas deficiências e erros, inadequações e falta de apoio, estão indo. Afinal a pedagogia e as estratégias de ensino conhecidas são as mesmas utilizadas em atividades de EA Dias (1991, p.12). Basta estarmos no planeta para que qualquer "lugar" possa se tornar um "espaço" para se praticar Educação Ambiental" (Matsushima, 1991, p.30).

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"FAZER EDUCAÇÃO AMBIENTAL: COMO É ISSO?"


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Prezado professor e técnico: Você foi convidado a participar de um processo

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pedagógico inédito no País: dar início, através da educação, ao processo de construção do Desenvolvimento Sustentável (Silva, 1996). Concluiu-se que a maior parte dos professores não consegue definir com clareza a Educação Ambiental e nem distinguí-la de ecologia. (...) Fazem trabalhos científicos didáticos para o ensino da ecologia e consideram estar aplicando Educação Ambiental de maneira contínua e progressiva. As conclusões acima demonstram que há necessidade premente de capacitar e reciclar os professores de 1o grau em Educação Ambiental (Espíndola & König, 1996). Percebemos a importância dada à pedagogia, nestas três citações. Parece-nos que essa disciplina pode superar a crise ambiental, e até dar conta do "Desenvolvimento Sustentável". Então, cabe-nos perguntar: Que pedagogia é essa? Seria ela interdisciplinar, ou polidimensional? Sem dúvida, salvo raras exceções, esse é o tipo de Educação Ambiental que passou a ser realizada em nosso país e assumiu o caráter de uma disciplina tanto quanto as outras que buscam transmitir ou treinar professores, crianças e jovens para ouvir termos como: "a Terra é nossa mãe", "jogue o lixo no lixo", "vamos reciclar lixo para proteger o meio ambiente"; "plante árvores, árvore é vida"; a Amazônia é o pulmão do mundo" etc., seja por meio de palestras ou de comemorações, tais como: o dia da árvore, o dia do índio ou da semana do meio ambiente. Diante dessas colocações e de tantas outras (impossíveis de serem transcritas no momento), surgem-nos as primeiras perguntas, pouco inéditas, é claro, mas necessárias. Faça uma reflexão sobre o assunto e responda no fórum as questões a seguir: Para que serve essa educação ambiental? Para quem serve?

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