avaliação leitura

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“Construindo Leitores” Relatório de Avaliação

1. Notas introdutórias ► A avaliação do “Construindo Leitores” baseia-se na análise de dados obtidos através de inquérito por questionário online, no Google Docs, dos registos de leitura dos docentes, das observações efetuadas e nas conversações informais estabelecidas com os docentes. ► O inquérito por questionário pode ser visualizado no seguinte endereço eletrónico: https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dHl3TklRdnNPb0ZXcDUzcUExSzdQVXc6MQ

► Este inquérito foi disponibilizado aos 41 docentes, na última semana das atividades letivas do 1º período; alguns docentes não responderam à totalidade das questões do inquérito. ► Os registos de leitura foram enviados à PB na última semana do período; ► Os gráficos apresentados neste relatório foram extraídos do “Resumo das respostas” constante nas ferramentas do Google Docs.

2. A análise 2.1. O gosto dos alunos pelas obras trabalhadas e a diversidade de estratégias implementadas no Aler+-os-Livros O projeto “Construindo Leitores” é operacionalizado por vários subprojectos, designadamente, pelo “Aler+-os-Livros” que consta de práticas de leitura orientada em contexto de sala de aula, com conjuntos de livros (packs), no caso do 1º ciclo, e de conjuntos de livros variados, num baú, no caso da educação pré-escolar. Este período, foram entregues aos professores do 1º ciclo 31 conjuntos de obras (cerca de 320 livros) de nível de dificuldade 1, de acordo com as listagens de “leitura orientada” que constam no PNL. Na Educação Pré-escolar foram disponibilizadas cerca de 40 obras nos baús. Importava saber se os alunos / crianças tinham gostado das obras que trabalharam neste período. Neste sentido, surge a questão nº1 do inquérito que solicitava aos docentes que manifestassem a sua opinião, situando-se no “Gostaram Bastante”, “Gostaram” ou “Gostaram Pouco”. Os dados recolhidos permitem constatar que a totalidade dos docentes respondentes refere que os seus alunos / crianças “Gostaram Bastante” ou “Gostaram” das obras trabalhadas. Não há qualquer docente que tenha manifestado o “Gostaram Pouco”. O seguinte gráfico permite uma visão completa da distribuição dos dados:

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Uma análise aos registos de leitura, permite verificar que:   

Há uma diversidade de estratégias implementadas com as obras, de acordo com as especificidades e níveis de complexidade leitora da turma; O reconto oral é uma das estratégias mais utilizadas na exploração das obras, entre os docentes; Os valores surgem em diversas situações de trabalho;

A maioria dos docentes do 1º ciclo refere ainda ter trabalhado outra obra para além daquela que a PB entregou, conforme revela o seguinte gráfico.

Assim, se os alunos “Gostaram Bastante” ou “Gostaram” das obras trabalhadas, esse facto pode ser indicador de que se apropriaram de estratégias que lhes permitiram aprofundar uma relação mais profunda e afetiva com as obras; essas estratégias, como mostram os registos, foram facultadas pelos docentes. Portanto, estreitaram-se os laços entre leitura, literatura e ensino.

2.2. Leitura domiciliária, com os subprojectos “Já sei ler” no 1º ciclo e “Leitura e vai e vem” na Educação Pré-Escolar Estes subprojectos, baseados no empréstimo de obras para leitura domiciliária, pretendem integrar os livros no quotidiano dos nossos alunos, criando hábitos de leitura e tornando-a divertida, com a colaboração das famílias e a interação dos docentes. Neste contexto, perguntamos aos docentes se praticavam a leitura domiciliária com os seus alunos / crianças (questão nº 2 do inquérito). Uma maioria significativa de docentes afirma que os seus alunos praticam o empréstimo domiciliário, conforme podemos constatar no seguinte gráfico:

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Que razões impediam os docentes de praticar o empréstimo domiciliário foi o que quisemos saber com a questão aberta que colocamos no inquérito e que decorria da questão anterior. A ausência de grande parte das obras na EB Navais retiradas para catalogação e o facto de não haver tinteiros para imprimir os documentos para requisição domiciliária foram as razões apontadas pelos docentes respondentes (apenas 5); Eis a transcrição das respostas: Docentes 1 2 3 4 5

O que responderam (transcrição) Os livros da escola de Navais estão a ser etiquetados Os livros da escola de Navais estão a ser etiquetados Não há livros suficientes para praticar este subprojeto, a maior parte dos livros está itinerante (leia-se ausente) Não temos livros para empréstimo na escola. A falta de fotocópias para registar as obras saídas. No entanto, as obras disponibilizadas pela profª da BE foram utilizadas na sala de aula para leitura por puro prazer.

Também perguntamos aos docentes se interagiam com as leituras domiciliárias dos seus alunos / crianças e de que modos o faziam. Os dados recolhidos permitem constatar que a maioria dos docentes responde afirmativamente e que a conversação sobre as leituras é a estratégia mais usada na interação estabelecida. Os seguintes gráficos mostram a distribuição completa dos dados:

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O gráfico anterior permite constatar que um número, ainda que pouco expressivo, de docentes utiliza outras estratégias para além das que foram apresentadas como escolha múltipla no inquérito. De acordo com os dados, essas estratégias são as que se apresentam no seguinte quadro:

Docentes 1 2 3 4 5 6 7

Outras estratégias de interação com as leituras domiciliárias (transcrição) Trabalhos realizados com a ajuda dos encarregados de educação no “Magalhães” e afixados no placard da sala. As crianças recontam para os amigos as histórias lidas em casa. Trabalhos de expressão plástica e do domínio da matemática. Leitura e elaboração de trabalhos realizados com a ajuda dos encarregados de educação Sinopse das obras lidas Os alunos preencheram uma ficha com os seguintes itens: Título da obra, autor da obra, aconselhava esta obra a um amigo porque… Conversação sobre as leituras e a atividade ʺLê o conto e passa a históriaʺ Resumos/recontos escritos utilizando o computador Magalhães

Podemos concluir, portanto, que a maioria dos docentes pratica a leitura domiciliária com os seus alunos, interagindo com as leituras domiciliárias através da conversação sobre essas mesmas leituras, ainda que um número pouco expressivo de docentes utilize outras estratégias; A EB de Navais encontra-se limitada para fazer o empréstimo domiciliário. Efetivamente, as PB´s entregaram a maior parte das obras desta escola na BM, em junho, para que procedessem à catalogação e inserção no catálogo coletivo, durante os meses de interrupção da atividade letiva, conforme acordado. No entanto, a mobilidade do pessoal naqueles serviços, acabou por atrasar a tarefa, aguardando-se a todo o tempo que as obras sejam devolvidas à escola, devidamente tratadas.

2.3. Os géneros textuais O projeto de leitura “Construindo Leitores” prevê que os docentes proporcionem aos seus alunos / crianças a exploração de diferentes géneros textuais. É neste contexto que surge a questão nº3 do inquérito “Que textos trabalhou neste período?” O seguinte gráfico apresenta-nos uma visão completa da distribuição dos dados recolhidos.

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Não sendo de se estranhar, o texto narrativo é aquele que surge expressivamente mais referenciado, seguido do texto poético. Os textos funcionais (avisos, anúncios, convites….) foram também explorados por uma maioria de docentes. Os textos informativos, dramáticos e instrucionais foram os menos trabalhados. 2.4. As leituras digitais Proporcionar aos alunos leituras em outros suportes é outro dos desideratos do “Construindo Leitores”. Confrontados com a questão “Proporcionou aos seus alunos contacto com leituras digitais?”, uma maioria muito expressiva de docentes responde afirmativamente, como podemos constatar no seguinte gráfico:

2.5. A ação da BE A biblioteca escolar concorre para a operacionalização do “Construindo Leitores” cooperando e ou complementando a ação dos docentes. Este período, a BE concebeu um desafio “Já sopram ventos de outono”, dinamizou e animou sessões de leitura, em outubro e em dezembro, proporcionou encontros com escritores e ilustradores e dinamizou uma oficina de escrita. Importa pois, saber a opinião dos docentes sobre a pertinência destas atividades. 2.5.1. “Já sopram ventos de outono” “Já sopram ventos de outono” foi o desafio que a BE lançou a todos as turmas do Agrupamento. O desafio constou de uma composição de folhas secas de outono, acompanhada de um Haiku, uma forma poética japonesa, e jogos de linguagem com ou sem rimas para a Educação pré-escolar e 1º ano. A maioria dos docentes participou no desafio, conforme revela o seguinte gráfico:

Os docentes participantes registaram variados comentários positivos. Para análise desses comentários criamos as seguintes categorias de análise: “Motivação e interesse”, “Conteúdos curriculares”, “Interação com as famílias” e “Resultados Obtidos”. Depois distribuímos os 5


comentários de cada docente pelas categorias assinaladas. Obtivemos a distribuição apresentada na tabela abaixo. Cada linha da tabela corresponde ao comentário de cada docente, distribuído pelas categorias de análise.

Motivação Interesse

e Português Desenvolvimento Expressão escrita

Considerei a atividade muito interessante e motivadora para os alunos Motivou os alunos a realizarem novos haikus.

Conteúdos curriculares Expressão Competências Plástica transversais da

Desenvolvimento da criatividade e da imaginação Apelou à criatividade dos alunos

Consolidação da divisão silábica

Participação ativa na construção do pequeno texto

foram

os

Construção do texto seguindo as regras estabelecidas.

Criamos o haiku.

Os alunos acharam interessante o nome ʺHaikuʺ assim como a métrica que o rege

Os resultados fantásticos

Melhorou a criatividade dos alunos Foram trabalhados valores

Desafiou os alunos para a construção de um animal com folhas das árvores. Houve empenho

Interação com Resultados as famílias

Envolveu as crianças na criação dos animais

A atividade já estava a ser explorada na sala, na continuidade da exploração das alterações climatéricas - o outono; Trabalhar a estação do ano em que nos encontramos

Ajuda das famílias na recolha das folhas.

Atividade bastante pertinente Permitiu desenvolver diferentes competências e conhecimentos de forma integrada e globalizadora. Pensei eu que teriam mais dificuldade em criar os seus próprios Haikus mas isso assim não sucedeu. Foi positivo, pois os meus alunos não são muito criativos e assim obrigou-os a criarem algo

Permitiu aprofundarem os seus conhecimentos a nível da poesia.

É de todo o interesse que os alunos diversifiquem as atividades para seu maior enriquecimento. A atividade motivou os alunos para a elaboração de outros textos.

A atividade motivou os alunos para a ilustração Pesquisou-se na internet, imagens para um trabalho coletivo, selecionando um e descreveram o mesmo através do Haiku. Apelo á criatividade e à imaginação

Desenvolveu a linguagem oral e escrita através de frases rimadas e quadras Desenvolveu a expressão plástica

Trabalhou-se uma forma diferente de fazer poesia: o Haiku

Desenvolveu criatividade

a

Apelou à criatividade dos alunos

As crianças participaram com muito entusiasmo; Foi muito positivo.

Permitiu a interação com as famílias

O tema foi muito bem recebido, permitindo uma abordagem transversal, com o contacto com a natureza, Gostei da atividade Utilizou-se um recurso da natureza que não exigia custos quer para a escola, quer para os encarregados de educação. Foi positivo e os alunos participaram com entusiasmo.

Foi desafiador para a maior parte dos alunos A atividade foi muito motivadora e cativante

O Haiku ajudou na consolidação de conhecimentos silábicos.

Proporcionou a criação de composições visuais

A atividade criativa.

foi

muito

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fantásticas

Permitiu a consolidação da divisão silábica, o enriquecimento vocabular, a construção de família de palavras, a abordagem da fábula e a intervenção de certos animais neste tipo de histórias, bem como a consolidação de matéria em estudo (verso, poesia, estrofe, texto poético).

7 Referências

11 Referências

Fomentou o desenvolvimento criativo

4 Referências

12 Referências

Proporcionou momentos de colaboração entre pais e escola na recolha de folhas e elaboração dos trabalhos. Dinamizou a interação familiar, com a participação de alguns encarregados de educação na construção de algumas das figuras com folhas secas e na recolha das mesmas para realizar trabalho em sala de aula.

Foi importante para crianças esta atividade

4 Referências

9 Referências

as

A atividade representou um desafio muito interessante em termos de aprendizagens

Assim, este desafio da BE “Já sopram ventos de outono” parece ter provocado, de acordo com a opinião dos docentes respondentes, efeitos positivos, mas de modo mais expressivo, a nível das competências transversais ao currículo, bem como, nos conteúdos curriculares de Português.

2.5.2. Mês Internacional das Bibliotecas Escolares Durante o mês de outubro a BE comemorou o mês internacional das bibliotecas escolares, este ano sob o lema “Biblioteca escolar: uma chave para o passado, presente e futuro”. Para este efeito, para além das sessões de apresentação da biblioteca aos novos alunos, a BE dinamizou sessões de leitura para todas as crianças do pré-escolar e do 1º ano, nas escolas com e sem BE, e ainda para as turmas das escolas com BE, este ano, com novos docentes. Para as sessões de leitura foram selecionadas diferentes obras, consoante se tratasse de crianças de 3anos, de 4ou 5 anos, para os alunos do 1º ano e ainda para as turmas de 3º e 4ºanos. Importava saber se os alunos gostaram da história lida pela PB porquanto alguns dos objetivos da atividade prendiam-se com a motivação para a leitura e a importância dos livros no sucesso educativo de cada um. Ora, se os alunos não tivessem gostado da história selecionada, mais difícil se tornaria atingir os objetivos propostos. Assim, confrontamos os docentes com duas questões, no inquérito - “Os alunos gostaram da história?” e “Os alunos ficaram sensibilizados para a importância da leitura e do livro?” – solicitando que assinalassem um dos itens propostos: “Bastante, Um pouco, Nada”. Uma análise aos dados obtidos permite afirmar que, na opinião dos docentes, as crianças / alunos gostaram “bastante” da história que ouviram ler e que ficaram “Bastante” sensibilizados para a importância da leitura e dos livros. Os seguintes gráficos permitem uma visão completa da distribuição dos dados:

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Constata-se, portanto, que foram atingidos os objetivos propostos com esta atividade.

2.5.3. “Reciclomania” “Reciclomania” foi uma atividade da BE, decorrente da feira do livro na escola sede, dinamizada para que os alunos ficassem mais motivados para as leituras e que constou de um encontro com dois ilustradores das obras do “Reciclomania”, na EB Refojos. Como o nome faz adivinhar trata-se de quatro obras cuja temática se relaciona com a reciclagem do lixo. Quisemos saber se alunos gostaram de contactar com os ilustradores e se os alunos efetivamente ficaram motivados para a leitura. (questão nº7 e 8 do inquérito) Os docentes afirmam que os alunos gostaram “Bastante” do encontro com os ilustradores e que ficaram “Bastante” motivados para a leitura. Aliás, a compra significativa destas obras corrobora estas opiniões. Vejamos os gráficos resultantes dos dados obtidos com o inquérito:

Constatamos, portanto, que os objetivos da atividade foram atingidos.

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2.5.4. Encontro com Luísa Dacosta Decorrente das comemorações dos 21 anos da BM, a escritora Luísa Dacosta deslocou-se à EB Teso. A autora conversou com os alunos sobre a sua obra “O elefante cor-de-rosa”. A conversação informal com a docente dos alunos participantes permite registar que os alunos gostaram bastante deste encontro que os motivou para a leitura e para a descoberta da biografia dos autores que passarem a ler.

2.5.5. Uma história de Natal A BE dinamizou sessões de leitura no Natal, dirigidas a algumas turmas / grupos, respetivamente, do 2º ano, do 3ºano e do pré-escolar, na EB Refojos (duas turmas), EB aldeia Nova (duas turmas) e EB Agro Velho (duas turmas). Com a obra “O melhor Natal de sempre” de Marni McGee, os alunos / crianças refletiram sobre o espírito natalício e tiveram oportunidade de ler em vez alta o momento da história, da preferência de cada um. O entusiasmo e participação ativa dos alunos nesses momentos permitem afirmar que foram, certamente, momentos positivos para o crescimento pessoal dos alunos / crianças.

2.5.6. “A Biblioteca quebra o silêncio” “A Biblioteca Escolar quebra o silêncio” foi uma atividade dinamizada pela BE, numa turma da EB Refojos. A atividade constou, a propósito dos Direitos Humanos, da reflexão em torno dos direitos das crianças a partir da projeção e leitura pelos alunos de variados artigos que integram a Convenção dos Direitos da Criança e da leitura de variados exemplos ilustrativos do desrespeito por esses mesmos Direitos. A atividade finalizou com o registo de uma palavrachave para colocar num cartaz na BE. A envolvência e participação ativa dos alunos na atividade permitiram constatar o quanto esta contribuiu para o reforço e consolidação de um quadro de valores.

2.5.7. Oficina de escrita A biblioteca escolar, por solicitação de uma docente do 4º ano, dinamizou uma oficina de escrita. Esta oficina foi dinamizada a partir da obra “Perdido e achado” de Oliver Jeffers. As observações ao comportamento e empenho dos alunos envolvidos e ainda a enorme vontade que estes manifestaram em ler à restante turma o resultado dos textos que construíram, bem como, a conversação informal com a docente, permitem referir que a oficina foi pertinente para o desenvolvimento da expressão escrita dos alunos.

3. A leitura das obras constantes nas metas curriculares Este ano, os docentes do 1º ciclo exploraram duas das obras constantes nas metas curriculares, durante o 1º período. Tratando-se de um ano experimental, importa a

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familiarização com este tipo de tarefa e, porventura, detetar lacunas para se proceder a correções. Assim, parecia de todo pertinente que os docentes registassem algum comentário referenciando aspetos positivos e ou negativos desta atividade. Por este motivo, foi solicitado esse registo aos docentes, na última questão do inquérito. Uma análise aos dados que recolhemos dos docentes respondentes permite constatar o seguinte: Aspetos positivos Como aspeto positivo é de referir que permite aos alunos o contacto com uma maior diversidade de obras, tipos de escrita, autores... Proporciona um enriquecimento de vocabulário e do mundo imaginário das crianças Li com os alunos duas obras: “O beijo da palavrinha” e “A maior flor do mundo”. Relativamente à primeira, os alunos consideraram-na muito agradável e de fácil compreensão. Na segunda tiveram alguma dificuldade na compreensão e interpretação da mesma, pois consideraram que “tinha palavras muito difíceis”. Todavia, julgo que a exploração de diferentes obras ajuda a colmatar muitas dificuldades, em especial, ao nível vocabular, que por si só, já contribui para o aumento do sucesso educativo. mas os alunos fizeram trabalhos interessantes .Reconheço que é uma mais valia para o desenvolvimento da criatividade, das opiniões e nomeadamente da expressão escrita onde é notório o trabalho desenvolvido. Estas obras serviram para melhorar o conhecimento literário dos alunos ao nível das obras, autores, ilustradores. O contato com diferentes tipos de textos. O contacto com diferentes tipos de texto. É uma mais-valia para o professor visto que são recomendadas e são obras de acordo com as metas acima referidas É positivo para os alunos terem conhecimento de outras obras literárias. Os alunos gostaram de trabalhar as obras recomendadas. Proporcionaram aos alunos uma formação a nível das competências de leitura, da escrita, da dramatização bem como da ilustração. Desenvolvimento da compreensão do essencial dos textos escutados e lidos, da leitura para apreciar textos literários, da escrita de pequenos textos em prosa, de poemas, recorrendo a poemas modelo e da elaboração de conhecimento de ideias e conhecimento. A leitura das obras recomendadas pelas metas curriculares constitui mais um instrumento de apoio ao desenvolvimento da Educação Literária dos alunos. Acho interessante, as obras recomendadas, pois facilitam a nossa procura por obras para além das que já conhecemos alargando a panóplia literária que possuímos, ou não. Só tenho a dizer que foi bastante positivo. Os alunos participaram com interesse na exploração das obras recomendadas e desenvolveram a sua criatividade. As obras serviram para melhorar o nível de literacia dos alunos ao nível dos autores, ilustradores. A exploração das obras recomendadas traduziu-se em verdadeira oportunidade de enriquecimento para os alunos, sobretudo, ao nível da literacia e da competência da leitura e da expressão/produção escrita. Foram uma mais-valia para o desenvolvimento global dos alunos. Contacto com os livros. O contacto com os livros. Contribuiu para os alunos falarem das histórias preferidas, das peripécias que mais lhes agradaram, das personagens caricatas, dos momentos de humor, alegria e fantasia. Têm sido úteis na medida em que desenvolve nos alunos o gosto pela leitura e escrita, contribuindo ao mesmo tempo para o seu desenvolvimento global. Os alunos apreciam muito Como aspetos positivos saliento o contacto com um maior número de obras e autores, potenciando aprendizagens diversificadas em sala de aula. Como aspeto positivo é de referir que permite aos alunos o contacto com uma maior diversidade de obras, tipos de escrita, autores...

Aspetos negativos Acho que são muitas obras para ler (tempo reduzido) A elevada quantidade de obras a trabalhar ao longo do ano. Na minha opinião devia ser uma obra por período, com guiões de leitura e com um trabalho escrito ou lúdico sobre a obra. O elevado número de obras a trabalhar ao longo do ano letivo é um constrangimento para uma exploração da obra de uma forma mais aprofundada. Julgo que a leitura das obras das metas curriculares só se justificará se as mesmas forem alvo de estudo do autor ou tiverem um motivo específico adjacente, tal como as obras estudadas noutros ciclos de ensino na disciplina de Português. Se o motivo se prende apenas com o incentivo da leitura, penso que esta atividade já está bem implementada no 1º ciclo deste agrupamento. Só deveria ser uma obra por período. O número de obras deveria ser apenas uma por período e já com orientações para a exploração. É mais um trabalho (obrigatório) imposto pelo ministério da educação que é mais do mesmo do que já fazemos Como aspeto negativo menciono o facto de haver apenas um exemplar por turma, limitando as estratégias a utilizar pelo professor na sua exploração.

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Temos assim que;  

São mais os aspetos positivos que os negativos aqueles que os professores registaram; Como aspetos positivos ressalta o facto de estas obras permitirem o desenvolvimento da leitura, da escrita, ampliação do vocabulário, desenvolvimento da imaginação e das competências literácitas; Como aspetos negativos são apontados o facto de o professor ter que trabalhar muitas obras durante o ano letivo e de apenas existir um exemplar da obra a trabalhar.

Conclusão O projeto de Leitura “Construindo Leitores” preconiza a implementação de atividades de leitura desenvolvidas de forma sistemática, em diversos suportes, com variadas finalidades e diversos intervenientes. O Projeto é operacionalizado através de diversos subprojectos e em colaboração e complementaridade com a Biblioteca Escolar. Reunindo os fragmentos desta análise podemos concluir que: 1.Relativamente ao subprojecto Aler+-os-Livros (leitura orientada), uma grande maioria de docentes refere que os seus alunos / crianças gostaram bastante das obras trabalhadas. Não há qualquer docente que tenha manifestado o “gostaram pouco”. Os registos de leitura dos docentes revelam que há uma diversidade de estratégias implementadas com as obras, de acordo com as especificidades e níveis de complexidade leitora de cada turma; O reconto oral é uma das estratégias mais utilizadas na exploração das obras, entre os docentes; A reflexão em torno de valores também surge em diversas situações de trabalho; A maioria dos docentes do 1º ciclo refere ainda ter trabalhado outra obra para além daquela que a PB entregou. Assim, se os alunos gostaram bastante ou gostaram das obras trabalhadas, esse facto pode ser indicador de que se apropriaram de estratégias que lhes permitiram aprofundar uma relação mais profunda e afetiva com as obras; essas estratégias, como mostram os registos de leitura, foram facultadas pelos docentes. Portanto, estreitaram-se os laços entre leitura, literatura e ensino. 2.Relativamente aos subprojectos “Já sei ler” e “Leitura em vai e vem”, (leitura recreativa) podemos concluir, através do inquérito e registos de leitura, que a maioria dos docentes pratica a leitura domiciliária com os seus alunos, interagindo com as leituras domiciliárias através da conversação com os alunos sobre essas mesmas leituras, ainda que um número pouco expressivo de docentes utilize outras estratégias; A EB de Navais encontra-se limitada para fazer o empréstimo domiciliário. Efetivamente, as PB´s entregaram a maior parte das obras desta escola na BM, em junho, para que procedessem à catalogação e inserção no catálogo coletivo, durante os meses de interrupção da atividade letiva, conforme acordado. No entanto, a mobilidade do pessoal naqueles serviços, acabou por atrasar a tarefa, aguardandose a todo o tempo que as obras sejam devolvidas à escola, devidamente tratadas. 3.No que respeita aos géneros textuais trabalhados pelos docentes, o texto narrativo é aquele que surge expressivamente mais referenciado, como tendo sido trabalhado neste período, seguido do texto poético. Os textos funcionais (avisos, anúncios, convites….) foram também explorados por uma maioria de docentes. Os textos informativos, dramáticos e instrucionais foram os menos trabalhados. 11


4. Proporcionar aos alunos leituras em outros suportes é outro dos desideratos do “Construindo Leitores”. Efetivamente, uma maioria muito expressiva de docentes revela ter apresentado aos seus alunos / crianças textos em suportes digitais. 5. Relativamente à ação da BE na complementaridade e colaboração com os docentes na implementação do “Construindo Leitores”, uma maioria de docentes participou no desafio “Já sopram ventos de outono”. Este desafio parece ter provocado, na opinião dos docentes respondentes, efeitos positivos, de modo mais expressivo, a nível das competências transversais ao currículo (criatividade, imaginação e valores), bem como, nos conteúdos curriculares da área de Português (poesia, verso, divisão silábica, vocabulário…). Com o “Mês Internacional das Bibliotecas Escolares”, os dados fornecidos pelos docentes permitem afirmar que as crianças / alunos gostaram “Bastante” da história que ouviram ler e que ficaram “Bastante” sensibilizados para a importância da leitura e dos livros. Também com a atividade “Reciclomania” na EB Refojos e o Encontro com Luisa Dacosta na EB Teso, os docentes afirmam que os alunos gostaram bastante de conversar e contactar com os ilustradores e com a autora e que ficaram motivados para a leitura. A sessão de leitura no Natal nas duas turmas da EB Refojos, EB Aldeia Nova e EB Agro Velho, também foi pertinente, na medida em proporcionou aos alunos momentos de reflexão em torno do espírito natalício e momentos de partilha de leitura em voz alta, das partes preferidas de cada um, relativamente ao conto de Natal. A atividade “A Biblioteca Escolar quebra o silêncio” com uma turma da EB Refojos revelou-se positiva pela reflexão proporcionada em torno dos direitos da criança e ainda pela dinamismo de cada aluno no registo de uma palavra-chave para colocar no cartaz da BE. A envolvência e participação ativa dos alunos na atividade permitiram constatar, portanto, o quanto esta contribuiu para o reforço e consolidação de um quadro de valores. Quanto à Oficina de escrita dinamizada numa turma da EB Teso, as observações ao comportamento e empenho dos alunos envolvidos e ainda a enorme vontade que estes manifestaram em ler à restante turma o resultado dos textos que construíram, bem como, a conversação informal com a docente, permitem referir que a oficina foi pertinente para o desenvolvimento das competências da dimensão textual da expressão escrita. 6. Relativamente à leitura e exploração das obras que constam nas metas curriculares, são mais os aspetos positivos que os negativos aqueles que os professores registaram no inquérito; Como aspeto positivo ressalta o facto de estas obras permitirem o desenvolvimento da leitura, da escrita, ampliação do vocabulário, desenvolvimento da imaginação e das competências literácitas; Como aspetos negativos são apontados o facto de o professor ter que trabalhar muitas obras durante o ano letivo e de apenas existir um exemplar da obra a trabalhar. Finalizando, o projeto de leitura “Construindo Leitores” operacionalizado pelos docentes com os variados subprojectos, a par das orientações dos manuais, e complementado com a ação colaborativa e de complementaridade da BE, na animação e promoção da leitura, tem vindo a dar passos significativos na sua implementação, ainda que muito haja a fazer, conforme revelam os dados e a informação recolhida. Erigido a partir de alguns fundamentos teóricos aportados pela investigação, o projeto constitui-se como um instrumento de desenvolvimento para os docentes e consubstancia-se num documento globalizador e aglutinador das atividades de leitura no Agrupamento, proporcionando uma imagem da leitura na ESCOLA, mas também em cada turma / grupo, o que, efetivamente, tem vindo a acontecer. Biblioteca Escolar Dezembro de 2012

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