Convento de São João Baptista

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PATRIMÓNIO SETUBALENSE

CONVENTO DE SÃO JOÃO BAPTISTA (Cruzamento da R. António Almeida Garrett | R. Av. Manuel Maria da Portela | Est. Dos Ciprestres) (GPS: 38° 31' 43.63", -8° 53' 12.97")

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Fonte: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=10258 Descrição Edificação de planta poligonal, composta; disposição das massas com horizontalidade; cobertura diferenciada em telhado de quatro e duas águas. Fachada principal voltada a S. com três panos descontínuos; no da igreja, destaca-se um pórtico manuelino de mármore branco com decoração com motivos vegetalista e desenho radial; adossada a E. casa de construção moderna, de três pisos com vãos simples de estrutura quadrangular; no piso térreo, uma porta; 2º e 3º pisos uma janela de sacada * 1; fachada recuada adossada à igreja, onde se abrem dois vãos, entrada para o pátio de cima do convento; fachada a. E. de um pano e três pisos: no térreo uma porta ao nível do terreno ladeada de duas em parte soterradas pelo nivelarnento moderno da estrada, e uma janela de pequenas dimensões; no 2º e 3º pisos, duas janelas. INTERIOR: de uma nave, com três altares e tecto com pintura notável. Acessos R. Almeida Garrett, Av. Manuel Maria Portela, Est. dos Ciprestes. Protecção Em vias de classificação Grau 3 Enquadramento Urbano, no termo de Setúbal, no sítio chamado de São João, em harmonia com edificações que o cercam. Situa-se na esquina da R. Almeida Garrett com a Av. Manuel Maria Portela, adossado a construção ecléctica. Descrição Complementar Utilização Inicial Religiosa: mosteiro feminino da Ordem de São Domingos (Dominicanas) Utilização Actual Residencial Propriedade Privada: pessoa singular Afectação Sem afectação

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Época Construção Séc. 16 / 20 Arquitecto / Construtor / Autor Desconhecido Cronologia 1515 - Erguida a igreja por sugestão da Duquesa de Lencastre, D. Brites; 1525 - D. Jorge dominicanas; 1529 - construção do convento; 1584 - erecta a confraria de Nossa Senhora do Rosário, dos homens pretos Duque de Coimbra e o Mestre da Ordem de Santiago fundam o convento junto à igreja e entregam-no às freiras; séc. 18 (inícios) reconstrução, deixando vestígios manuelinos em cantarias de portas e janelas e no soberbo claustro da época da construção do convento; 1823 - a 22 de Maio foi mandado fechar o convento que reabre no mês de Junho; 1880 - o claustro do convento estava transformado em praça de touros, e assim permaneceu até à construção de uma praça de raiz; 1933 - Reconstrução do convento e transformação em residência. Características Particulares Importância das cantarias manuelinas e decoração do interior da igreja. Dados Técnicos Paredes autoportantes Materiais Cantaria, alvenaria, madeira, azulejos e telha Bibliografia PORTELA, M. M., Monumentos Nacionais e Edifícios e Lugares Notáveis, Lisboa, 1882, CARVALHO, Almeida, Acontecimentos, Lendas e Tradições da Região Setubalense, IV, Conventos de Setúbal, I parte; Setúbal, 1970; in O Distrito de Setúbal, 26 / 11 / 1991. Documentação Gráfica Documentação Fotográfica DGEMN: DSID Documentação Administrativa Intervenção Realizada Proprietários: Séc. 20 - obras gerais de conservação e adaptação a residência.

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Observações Não nos foi permitida a entrada na igreja para recolher dados. Na antiga sacristia e na antiga capela dos toureiros, funciona uma oficina de restauro de móveis, cujo utente é José Maria dos Santos (mestre restaurador). Esta casa servia de hospício aos padres da Orem dos Dominicanos, no tempo do convento. Autor e Data Albertina Belo 1995 Actualização Cecília Matias 2001

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Fachada lateral

Fachada lateral

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Fachada Lateral

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P贸rtico Lateral

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Interior: Arrecadação

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Fachada Posterior

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Aspecto do Tecto

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Claustro

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Alpendre da fachada exterior

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P贸rtico

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Vista geral do claustro

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Interior da nave

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Capela-mor

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P贸rtico

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Claustro

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Claustro

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Nave e Coro alto

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Painel de azulejos na parede lateral direita da capela-mor

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Painel de azulejos da parede lateral esquerda da nave

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Pormenor do painel de azulejos da parede lateral esquerda

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Pormenor do painel de azulejos da parede lateral esquerda

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Painel de azulejos do lado esquerdo, junto ao altar

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Painel de azulejos do lado direito, junto ao altar

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Pormenor do painel de azulejos na parede lateral esquerda

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Pormenor do painel de azulejos da parede lateral esquerda

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Painel de azulejos da parede lateral direita e pĂşlpito

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Pormenor do painel de azulejos da parede lateral direita

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Porta em caixot천es pintados

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Porta em caixot천es de madeira

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Cadeira confessionรกrio

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Tecto da nave

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Inscrição gravada em tardoz de madeira

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Tecto da nave: motivo central

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Inscrições gravadas em lage

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Claustro

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Tecto da capela-mor

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Painel de azulejo e púlpito

FONTE: HTTP://DIGITARQ.DGARQ.GOV.PT/DETAILS?ID=1458341 NÍVEL DE DESCRIÇÃO

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Fundo CÓDIGO DE REFERÊNCIA PT/TT/MSJBS DATAS DE PRODUÇÃO 1503-00-00

a 1829-00-00

DIMENSÃO E SUPORTE 14 liv., 4 mç.; perg., papel ENTIDADE DETENTORA Arquivo Nacional Torre do Tombo HISTÓRIA ADMINISTRATIVA/BIOGRÁFICA/FAMILIAR O Mosteiro de São João Baptista de Setúbal era feminino, e pertencia à Ordem dos Pregadores (Dominicanos). Em 1520, este mosteiro da regular observância foi fundado por iniciativa de D. Jorge, duque de Coimbra e mestre de Santiago que nessa data doou aos dominicanos portugueses a ermida de São João Baptista de Setúbal, para que nela instalassem um convento masculino. Em 1521, a apreciação do documento de doação, de um alvará de licença de D. Manuel, e de uma certidão de consentimento da Câmara, em reunião capitular realizada em Elvas, levou o capítulo provincial a determinar o início da construção da nova casa. Não tendo sido imediata a realização das obras, e apesar de inicialmente projectado como convento masculino, por solicitação de D. Jorge e decisão capitular de 1525, esta fundação foi destinada a casa de religiosas dominicanas. Em 1529, a 24 de Junho, provenientes do convento de Jesus de Aveiro, as primeiras religiosas de São João Baptista de Setúbal deram entrada na comunidade. No mesmo ano de 1529, a 29 de Outubro, pela bula "Sedis Apostolicae copiosa benignitas" de Paulo III, o convento teve confirmação dos seus estatutos e concessões. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.

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HISTÓRIA CUSTODIAL E ARQUIVÍSTICA Em 1883, a 9 de Maio, em virtude da Portaria do Ministério da Fazenda, de 20 de Março de 1865, os livros pertencentes ao extinto Convento de São João Baptista de Setúbal foram transferidos do cartório da Repartição da Fazenda do Distrito de Lisboa, para o Arquivo da Torre do Tombo. Relação assinada por Eduardo Tavares, delegado do Tesouro, e por Roberto Augusto da Costa Campos, ajudante do oficial maior da Torre do Tombo. Parte da documentação esteve integrada na designada Colecção Especial. Entre os anos de 1938 e 1990, sempre que possível e considerando a sua proveniência, a documentação foi reintegrada nos fundos, numa tentativa de reconstituição dos cartórios de origem. Estes documentos foram ordenados cronologicamente, constituídos maços com cerca de 40 documentos, aos quais foi dada uma numeração sequencial. No final da década de 1990, foi abandonada a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas. ÂMBITO E CONTEÚDO Contém registo de rendas do convento, livros de escrituras do mosteiro (códices factícios) e cartas de quitação, inventário de bens, dotes, apontamento de uma visitação, carta do provincial da Ordem dos Pregadores relativa à entrega de relíquias, e registos de contas, registo de sentenças, alvarás e privilégios da capela do Corpo Santo. Guia

de

Fundos

Eclesiásticos

Ordem dos Pregadores F SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO Ordenação numérica específica para cada tipo de unidade de instalação (livros e maços). CONDIÇÕES DE ACESSO Contém documentos retirados da consulta. INSTRUMENTOS DE PESQUISA ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente. Índice (inventário) dos livros de diversos conventos, ordens militares e outras corporações religiosas guardados no Arquivo da Torre do Tombo, conventos diversos, caderneta 3 (Santo Elói a Teatinos) (C 270) f. 162-172. Inventário das Corporações Religiosas, desintegrado da antiga Colecção

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Especial (inclui a tabela de equivalência e a "Nota explicativa" da restituição dos documentos aos cartórios de origem, feita pela conservadora Maria Teresa Geraldes Barbosa Acabado), em 24 de Julho de 1978 (L 208). Relação dos livros pertencentes ao extinto Convento de São João Baptista de Setúbal que, em virtude da Portaria do Ministério da Fazenda, de 20 de Março de 1865, foram transferidos do cartório da Repartição da Fazenda do Distrito de Lisboa, para o Arquivo da Torre do Tombo, em 9 de Maio de 1883 (C 446) f. 3336. UNIDADE DE DESCRIÇÃO RELACIONADAS Portugal, Torre do Tombo, Ministério das Finanças, cx. 7642. NOTAS DE PUBLICAÇÃO "Ordens religiosas em Portugal: das origens a Trento: guia histórico". Dir. Bernardo de Vasconcelos e Sousa. Lisboa: Livros Horizonte, 2005. ISBN 972-241433-X. p. 402. Informação não tratada arquivisticamente.

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