Kukies pág. 36: Capa Dura pág. 38: Retro Culture pág. 40: O que andamos a ouvir pág. 42: Música: Regresso ao Futuro / Texto: Manu pág. 44: Música: Buraka Som Sistema / Texto Pedro Gonçalves pág. 46: Música: Pontos Negros / Texto: Pedro Figueiredo pág. 48: Música: Isaac Hayes Parte II / Texto: Tiago Santos pág. 14:
festival / Texto: Hugo Israel pág. 66: Surface: Above / Texto: Célia F pág. 70: Moda: ROOM SERVICE / Fotografia Anne-Marie Michel / Styling Aradia Crockett pág. 78: Moda: Riding Boys / Fotografia Ferran Casanova / Styling Angel Cabezuelo pág. 86: Agenda: Destaque, Música, Festivais, Cinema, Arte, Teatro & Dança pág. 95: Roteiro – Guia
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Índice — pág.02
Extra-Pessoal: Legendary Tiger Man / Texto: Célia F pág. 52: The Burning Man Festival / Texto: Maureen Moore pág. 56: Design: Tipos Unicos / Texto: Joaquim Ramalho pág. 60: Cinema: A Primeira Fronteira / Texto: Filipa Penteado pág. 62: TV: True Blood / Texto: Ana Cristina Valente pág. 64: Dança: Almada pág. 50:
de distribuição DIF, Guia de Compras pág. 99: Desilluminati
Editorial Todos nós passamos por mudanças que alteram a forma como nos apresentamos ao mundo. São marcas exteriores que reflectem o nosso crescimento pessoal e podem ser tão “simples”
como um corte
de cabelo ou o estilo de roupa que usamos. Olhamos para fotografias antigas, encontramos no fundo do armário peças que usávamos há dez anos atrás e pensamos “será possível que eu tenha usado isto?!”. Sim, é possível. E são estes momentos que nos mostram que não somos elementos estáticos mas sim em permanente evolução. Ao longo de seis anos, também a DIF assumiu várias formas e feitios. Tivemos várias “caras” e os nossos gostos cresceram com o passar do tempo. Nesta edição, apresentamos mais uma “makeover”. Uns ligeiros “nip tucks” para dar sabor à vida. No interior, continuamos eternamente curiosos sobre o que se passa à nossa volta. Nesta edição, fomos até terras de Sua Majestade para vos trazer um resumo da London Fashion Week e do London Design Festival. Para rematar a nossa viagem pela capital londrina, realçamos as Hilfiger Sessions, levantando o véu ao que podem ver em Lisboa no próximo ano. De Londres para o deserto americano, fomos ao Burning Man Festival “incendiar” ideias. Voltamos cobertos de pó e fantasia, como podem ver na nossa capa, concebida por Ricardo Preto e Pedro Ferreira. Agora, vamos sacudir a roupa e guardar um pouco da fantasia, na preparação do próximo número.
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Editorial & Ficha Técnica — pág.010 Editor-in-chief
Redacção e Departamento Comercial
Copyright Publicards, Publicidade Lda.
Trevenen Morris-Grantham
Rua Santo António da Glória 81. 1250-216
Tiragem e Circulação média
trevenen@difmag.com
Lisboa
24 500 exemplares
Telefone: 21 32 25 727
Periodicidade Mensal
Edição
Fax: 21 32 25 729
Assinatura 18 €
Filipa Penteado (Moda . Cinema)
info@difmag.com
filipa@difmag.com Célia Fialho (Música . Arte . Cultura)
Créditos capa
www.difmag.com myspace.com/difmagazine
Colaboradores A. Ribeiro Cru, Ana Cristina Valente, Ana
Edição
Sousa, Carlos Noronha Feio, Emanuel Amorim,
Publidif, Lda.
Gonçalo Mira, Hugo Israel, Laura Hamilton, Miguel Allen Valença, Mónica Lafayette,
Propriedade
Nuno Moreira, Pedro Figueiredo, Pedro
Publicards, Publicidade Lda.
Gonçalves, Ricardo Preto, Rita Fialho, Rita Sobreiro, Rita Tavares, Tiago Santos, Tiago
Distribuição
Sousa.
Publicards publicards@netcabo.pt
Este mês Miguel Meruge, MANU, Maureen Moore, Joaquim
Impressão
Ramalho, Raquel Botelho, Anne-Marie Michel
BeProfit Av. das Robíneas 10,
Fotografia
2635-545 Rio de Mouro – Sogapal
El Maco, Ferran Casanova, Gonçalo Gaioso,
2745-578 Queluz de Baixo
Herberto Smith, Mário Vasa, Paco Peregrin, Pedro Pacheco, Pedro Mineiro, Ricardo
Registo ERC 125233
Brito, Sara Coe, Sara Gomes.
Número de Depósito Legal 185063/02 ISSN 1645-5444
Fotografia – Pedro Ferreira assistido por Ricardo Lamego Styling – Ricardo Preto (com peças Comme des Garçons para a H&M)
Maquilhagem – Naná Benjamin assistida por Carina Quintiliano para AR atelier Cabelos – Paulo Vieira Modelos – Talita e Madalena (L’Agence)
interface com que faz sessões de visuals (vjing) [aka15]. Actualmente faz também workshops e palestras sobre “calendários maia”. Nesta edição fala-nos sobre fontes no artigo – Tipos únicos.
Aradia Crockett é produtora de moda e jornalista freelancer. O seu amor pelos “trapos” nasceu no armário da avó, cheio até
em Alcobaça que se chama Clinic. Para além
ao tecto com lenços Hermès e malas Chanel.
de músico e produtor gosta de pôr discos em
Este mês foi a nossa correspondente na London
sítios que façam as pessoas dançar. Programa
Fashion Week e ajudou-nos a escolher o melhor
mensalmente o Clinic e tenta sempre que pode
da moda londrina. Para saber mais sobre ela vá até fashionstylist.co.uk
ir a Londres visitar a Palmira, ver concertos Maureen Moore Oriunda da cidade de Los Angeles, quase que parava nos Anjos, mas antes disso fez muitas paragens pelo mundo ao longo de um percurso de vários anos. Maureen faz parte daquela espécie de bicho apátrida que não pára quieto e a sua cidadania não conhece fronteiras. Ela é formada
e comprar discos. Vê muita televisão. Gosta de tocar piano para a Nathalie. Tem o sonho de tocar no Royal Albert Hall, ver a Selecção ser campeã do Mundo e ser dono de uma rádio. Gosta de passar os domingos com a família em Alcobaça. O Nuno tem andado a ouvir o novo álbum de David Byrne e Brian Eno, pág. 36.
em Relações Internacionais e o seu enfoque tem
Fernando Alvim Nascido em Vila Nova de Gaia, em 1974, Fernando Alvim, teve a sua primeira namorada
sido orientado para projectos essencialmente
RICARDO PRETO
artísticos que lhe permitem ligar a sua
Ricardo Preto estudou arquitectura na
escrita com visões e manifestações várias de
Universidade Lusíada. Tirou um curso de
culturas distantes. Nesta edição apresenta-nos
corte e costura com a mestre Maria Emília
um panorama de Festival lá das suas bandas: o
Sobreira e fez um workshop de “handbags” na
remoto deserto de Nevada. Enjoy the ride...
St. Martins School of Arts, em Londres. Como criador, desenhou uma colecção para a
aos 5 anos. Aos 24 anos, vem para Lisboa
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Este Mês — pág.012
deixando para trás o Porto, a Faculdade, a família, os amigos e até a namorada de então, que também vai com as couves. Chegado aqui, a sua primeira casa é em Massamá, um quinto andar manhoso. Top Rock, na TVI, marcou a sua estreia televisiva. Depois, aparece o Curto-Circuito e tudo muda de novo na vida deste rapaz que entra para uma equipa de apresentadores onde o esperam Rui Unas e Rita Mendes. Lançou os Gato Fedorento na Sic Radical, no programa O Perfeito Anormal, com Nuno Markl. Escreveu um livro e foi ele que criou o Festival Termómetro Unplugged e a revista 365. Entre outras coisas, é neste momento apresentador da Prova Oral (juntamente com Raquel Bulha)
na Antena 3, e este mês
‘anda a ouvir’ o Foge Foge Bandido.
Um homem é a soma das partes,Miguel Meruje: ‘Quinta das Lameiras . London Hate Town . Literatura e Livrarias . Organic Anagram . Filosofia . Surrealismo . Beatdown . Skate .
Amarras, criou malas para a marca espanhola
Pintura . Coleccionismo . Designer Toys . Vinyl
Perteguaz, bem como chapéus e acessórios
. True Norwegian Black Metal . Fotografia .
para os designers Dino Alves e Osvaldo
Exploração Urbana . 90s Hip Hop . Design .
Martins. Apresentou duas colecções nas
Arsenal . Niilismo . Montanhas e Cimento .
Manobras de Maio e integrou a plataforma
Supermodernismo . Streetwear . Sumos . Sushi
LAB da ModaLisboa em Março de 2006.
.’.......E nesta DIF apresenta-nos as novidades
Desenvolveu trabalhos de costumização
da recente London Design Festival.
para várias marcas, nomeadamente Levi´s, Energie, Nike, Miss Sixty e Pepe Jeans. A
Joaquim Ramalho Formação académica em Engenharia Civil e Artes Gráficas (não concluída). Fundador do atelier 9.9design em Tomar. Designer, artista visual e biscateiro. Criador do kinleidoscopsyk_
Nuno Gonçalves
par da criação de colecções, tem trabalhado
Nasceu em 1977. Nasceu nas Caldas da Rainha,
na área de produção de moda para as
mas sempre viveu em Alcobaça. Aos 13 anos
revistas Dif, Máxima, Zoot, Umbigo, entre
descobriu que o que lhe dava mais prazer era
outras.
ensaiar com a sua banda. Quando tinha 15 formou
Nesta edição, fotografou a colecção H&M by
aquele que seria o seu grande projecto de vida.
Comme des Garçons e analisou o trabalho de
The Gift é aquilo que o faz viver, crescer,
Rei Kawakubo para a marca sueca.
respirar. Tem um curso de Jornalismo preso há 10 anos pela tese final. É dono de um clube
London Design Festival
ano consecutivo. A luz natural que entra
o 100% Design mantém-se como um atelier
Texto: Miguel Gomes Meruje
pelo salão de exposições incide sobre as
onde as companhias mais reputadas disputam
diferentes cores que demarcam as ramifi-
o espaço para mostrar as inovações.
O LONDON DESIGN FESTIVAL, nome dado ao con-
cações do 100% no salão, como o Futures,
junto de mais de 200 manifestações na área
Detail e Sustainable. Na sua 14a edição,
do design que tomam Londres por assalto de 13 a 23 de Setembro, reflecte os retalhos que compõem esta cidade, com participantes e visitantes de todas as partes do globo, do Japão à Itália, do Reino Unido à América Latina. A ambivalência pode também
01.
ser sentida em como designers recentemente licenciados partilham paredes com campanhas de lançamento de telemóveis, como foi o caso do celebrado Ericson Xperia X1. Numa celebração da influência do design na melhoria da vida da sociedade actual, suscitam-se questões e procuram dar-se respostas, com os stands a prontificarem-se a promover os novos produtos e várias masterclasses e sessões de discussão a decorrerem em simultâneo em cerca de 120 espaços. Situada na rejuvenescida Shoreditch, conglomerado das manifestações urbanas dos últimos anos, o Tent London ocupava o antigo espaço da Truman Brewery, recheado de diferentes vertentes e nacionalidades. A Talent Zone, fonte de enorme interesse,
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.014 era uma plataforma para designers emergentes se apresentarem sem a necessidade de serem suportados por uma empresa, e com um nível bastante elevado. Paralelamente, estava o Content, com novas promessas a partilhar o amplo salão com companhias estabelecidas. Em anos anteriores, o evento foi criticado por uma aparente falha na préselecção, diminuindo os níveis esperados de um acontecimento que ambiciona rivalizar com Milão no calendário de lançamentos. No entanto, isso só se terá agora verificado no Circa, tido como o mais lucrativo evento de design vintage, mas cuja oferta era parca em qualidade, sendo possível encontrar peças mais exemplificativas e úteis em qualquer loja de revenda nas ruas circundantes da próxima Old Street. Assumindo um espaço de destaque, estava o salão da Portugal Brands, organização da Menina Design e da Presskit que alberga designers, arquitectos, decoradores e hoteleiros, treze nomes, entre os quais a Boca do Lobo e a Confiança. A pedra basilar do evento, e por onde tudo começou, é o 100% Design London em Earl’s Court, que conta com Tom Dixon pelo segundo
02.
03.
01. MG by Boex 04.
02. Lee Broom Club Chair
05.
03. LeeBroom Cathode Console 04. Undergrowthdesign CakeStandWithTreats 05. Undergrowthdesign Teapot 06. nobody&co BIBLIOCHAISE B-R 07. MeltdownChair Blue rope by Tom Price 08. Meltdown Chair CableTie by Tom Price 09. Reflection by Boex 10. Boca do Lobo D.Manuel
06.
07.
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.015
08.
09.
10.
London Design Festival
na base do copo, que impede que o líquido
pessoas gostam, outras odeiam, mas dá-me
Como parte da Talent Zone (Tent London),
corra livremente, ao passo que a preguiça
uma perspectiva alternativa sobre o meu
o jovem designer Kacper Hamilton estava a
exige a presença de outra pessoa para girar
trabalho.»
um canto com uma criação sua, The Deadly
a válvula que permite que o vinho passe.
Quanto ao futuro, Kacper aposta na
Glasses, uma interpretação dos sete pecados
A invulgaridade e a tentadora luxúria de
continuação, pretendendo mudar-se para um
capitais em forma de copos de vinho, uma
beber por tão invulgares e luxuosos copos
novo estúdio e numa nova colecção, que
edição limitada, feito à mão em Londres, e
têm no entanto um preço, £6,800 (mais
espera mostrar no London Design Festival
apenas por encomenda.
ou menos €8.400) por todo o conjunto.
2009, mas refere também «uma série de
O autor refere que os copos pretendem
Kacper, que se licenciou no Central Saint
encontros agendados, que se podem traduzir
exultar a paixão e provocar o pecado de
Martins, refere que se sente «surpreendido
em trabalhos comissionados.»
forma teatral, dado que cada copo revela o
com a quantidade de pessoas que entraram
Quanto ao seu pecado predilecto? «Cada um
seu nome no ritual de beber. A luxúria, por
em contacto» e manifesta-se interessado
tem o seu, mas o meu terá de ser a fúria.»
exemplo, é travada por uma bola giratória
pelas reacções, sendo que «algumas
Miguel Gomes-Meruje
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.016
I’m too cool for my Hilfiger Denim jeans
guiu. Com apenas 19 anos, Appleton insere-
dúvidas que se estava ali para prestar ho-
Texto Filipa Penteado
se dentro dessa categoria infinita em
menagem ao efeito estimulante da música,
pérolas dos “canta-autores”. Faz parte
EVOLVER sai em Outubro e é imperioso com-
No Porchester Hall, em Londres, um grupo
da geração “M” - Myspace e MTV – e é aí
prar, ouvir e misturar com outras “lendas”
restrito de pessoas teve direito a assis-
que mostra o seu talento e busca inspira-
anteriores de John.
tir a mais uma jam session patrocinada pela
ções. Desde a pop ao funk, passando pelo
Hilfiger Denim. The Metros, Steve Appleton
drum’n‘bass, “everything goes”. O primeiro
e Zarif aqueceram o público para aquela que
álbum é lançado em 2009 e, pela prestação
foi a grande estrela da noite, John Legend.
na Hilfiger Denim Session, promete.
Sound Check
Luz, som, soul
Na sua primeira passagem por Londres, a
No Porchester Hall quebraram-se regras de
por Nova York,
Hilfiger Denim preparou um “banquete” com
etiqueta e a sobremesa deste “banquete”
Em 2009,passarão por Lisboa com um cartaz
as melhores iguarias locais e um toque “hot
foi servida a meio do jantar. O seu nome?
ainda no segredo dos deuses. Se a Hilfi-
and spicy” do melhor R&B norte-americano.
Zarif. Mistura explosiva de sangue esco-
ger Sessions em Londres for exemplo do que
Subindo uma escadaria com carpete vermelha,
cês e judeu, esta força da soul faz mexer
por ai vem, não tenho dúvidas que também
rodeados de cortinas pesadas e madeiras
qualquer corpo mais empedernido. Até mesmo
acabaremos a noite esgotados e felizes, a
escuras, o cenário parecia mais adequado ao
os “frios” londrinos. A pele das cantoras
conversar com desconhecidos, nas escadas de
can can do que ao rock’n’roll. No entanto,
do coro brilhava com suor e os fashionis-
um qualquer Porchester Hall português.
a noite era de batidas fortes e ritmadas,
tas da cidade de sua majestade começavam
daquelas que sacodem a alma e abanam o
a perceber que estavam num concerto e não
corpo.
na Semana da Moda de Londres. Finalmente
Próxima paragem: Lisboa Em conjunto com a Sony BMG, as Hilfiger Denim Sessions têm acontecido um pouco por todo o mundo. Foram criadas há três anos atrás em Amesterdão e desde ai já passaram
movimento! O primeiro prato, The Metros, foi servi-
Ámen
do sem cerimónia. A nova banda sensação da cena musical londrina tem um som british
A noite acabou com uma antevisão do novo
pop, com toda a força da juventude e da
álbum de John Legend, EVOLVER. Depois de
rebeldia nos acordes das guitarras. Mesmo
uma pausa para seguir a
veia de produtor
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.018 sentados nos puffs que enchiam a sala era
e empresário, Legend volta aos palcos com a
impossível não nos deixarmos contagiar pela
sua voz de mel. O novo
energia destes “putos”.
ninguém desiludido no Porchester Hall e
trabalho não deixou
de tanto dançar a maquilhagem já começava Steve Appleton foi o “menino” que se se-
a esborratar. Agora sim, não havia mesmo
Berlim e Madrid.
Ashish
Ashish
London Fashion Week O mês de Setembro viu chegar à capital londrina mais uma semana de moda. A produtora de moda Aradia Crockett e a DIF fizeram uma selecção do melhor que poderão ver e usar na próxima Primavera/Verão. Anne-Marie Michel fotografou. Enjoy! O desfile de Bora Aksu foi um dos nossos favoritos. Bailarinas com ar de donzelas fizeram piruetas pela passerelle, “embrulhadas” em chiffon bege e cor de rosa. Laços, fitas e rendas foi a concretização em forma de roupa do sonho de infância de qualquer rapariga. Cool como sempre, a marca Ashish trouxenos uma Primavera/Verão cheia de glam rock. “Catsuits” com lantejoulas, blusões de cabedal, casacos militares oversized e saltos gigantescos foram o forte do desfile. Famosa pelos seus prints e pormenores excêntricos, a Eley Kishimoto apresentou uma colecção mais comercial do que em estações passadas, mas mesmo assim mantendo a sua imagem de marca. O melhor? Lagartos
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.020
gigantes que cintilavam em t-shirts Bora Aksu
Bora Aksu
oversized. A Luella convidou-nos para uma elegante festa num jardim encantado. Com cores decadentemente deliciosas, as peças pareciam doces saídos de Charlie de
e a
Fábrica
Chocolate. Chapéus equestres e as enormes
pérolas cor de rosa são o “must have” da Luella Bartley. Os melhores acessórios da estação vêm da PPQ. Desfilados por Daisy Lowe e companhia, brincos dourados com Ps e Qs gigantes deram à London Fashion Week um sabor “ghetto fabulous”.
Eley Kishimoto
Eley Kishimoto
Luella
PPQ
Victim
Luella
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.022
Victim
PPQ
Victim
H&M by Comme des Garçons
características de cada criador. Não são
Texto Filipa Penteado
colecções simplistas.
Em conversa com Ricardo Preto, explorámos
Quando tiveste a oportunidade de tocar nas
um pouco a colecção Comme des Garçons
peças, de as manusear e escolher para esta
para a H&M. Partimos do princípio que uma
produção, o que achaste dos materiais, das
colecção e até apenas uma única peça de
cores, da coerência (ou falta de coerência)
roupa podem ser entendidas de várias formas
das formas e das silhuetas?
e a vários níveis. Em 15 minutos e poucas linhas: de uma análise racional a outra,
Achei tudo muito coerente. Tanto a colecção
mais sensorial.
de homem com a de mulher está muito bem pensada, especialmente na escolha de
Enquanto designer de moda, o que significa
materiais. Gostava de realçar a lã cozida
para ti a Rei Kawakubo e a Commes des
a altas temperaturas, um processo que dá
Garçons? Como defines a sua importância?
origem a tecidos que aparentam ter borboto, parecem “envelhecidos”. Este tipo de
Acima de tudo, para mim, a Comme des
tratamento é típico da Comme des Garçons e
Garçons define-se por praticar aquilo
é um pormenor óptimo desta colecção.
que chamo experimentalismo industrial. Procura sempre novas silhuetas através da
Enquanto produtor de moda, o que é que
desconstrução de formas predefinidas mas
quiseste trazer para este universo da Comme
sem nunca esquecer que tudo aquilo tem que
des Garçons? Quiseste dar alguns “salpicos”
ser comercial, tem que ser vestível. Quando
de cor ao mundo quase sempre monocromático
olho para as peças da Rei Kawakubo nunca
da Rei Kawakubo?
me parecem apenas “objectos” de moda. A comercialização é sempre fundamental nas
As roupas dela parecem-me sempre um
suas criações.
pouco circenses e foi essa ideia que inspirou o conceito do arlequim e dos pós
Quando viste pela primeira vez as imagens
soltos. A maquilhagem é um espelho do que
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.024 da colecção para a H&M, o que achaste? Qual
habitualmente a Comme des Garçons faz.
foi a tua primeira reacção?
Quis que fosse divertido e ao mesmo tempo identificativo das características
Achei fantástica. Mais uma vez, a H&M surpreendeu-me pela abertura de espírito que tem. Porque não se limita a oferecer roupa de criadores a preços acessíveis, permite que as colecções mantenham as
Créditos H&M Fotografia – Pedro Ferreira assistido por Ricardo Lamego Styling – Ricardo Preto (com peças Comme des Garçons para a H&M) Maquilhagem – Naná Benjamin assistida por Carina Quintiliano para AR atelier Cabelos – Paulo Vieira Modelos – Talita e Madalena (L’Agence)
da marca.
Diesel Glamrock
Onitsuka Tiger - Sunotore
estar a derreter-se no chão, afundando-se
A Diesel criou uns ténis unissexo para
Os Sunotore foram os ténis oficiais da
com o calor da terra. Estes ténis, assim
os amantes do rock’n’roll. Misturando
delegação chinesa nos Jogos Olímpicos
como a colecção de roupa Puma by Mihara,
influências dos anos 70 e 90, os Glamrock
de 1972. Originalmente desenhados para
estarão disponíveis nas lojas e no novo
estão disponíveis em seis cores – branco,
resistirem à neve, esta reedição de
software de moda dress® para a Playstation®
preto, prateado, Deep Purple, castanho
2008 mantém as mesmas características
3. Para mais informaçoes visite
tecnológicas que resguardam o espaço entre
www.puma.com
a parte superior dos ténis e a “língua” dos mesmos, evitando que a neve entre em
Sir Jam Midas by Reebok
e Green Day. Não, não leu mal o nome de duas das cores, são mesmo referências a bandas de rock. Estes ténis/botas são mesmo para fãs “hard-core” do estilo roqueiro. Disponíveis em todas as lojas Diesel e em www.diesel.com . Nike AF-1 SlamJam Como comemoração dos 26 anos dos Air Force
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.026
contacto com os pés. Os Sunotore estarão
A Reebok reedita os Sir Jam, um dos
disponíveis em regime exclusivo na nova
clássicos para basquetebol da marca. Estão
loja da Onitsuka Tiger no Bairro Alto,
disponíveis nas cores originais –
em Lisboa.
combinações de branco, azul marinho, amarelo néon e cinzento
Puma Mihara
- e também em
jogos cromáticos de branco, preto, violeta e verde. A partir de meados de Outubro estarão à venda com novas cores. www.reebok.com
1, a Nike desenvolveu uma parceria com a marca italiana SlamJam. A histórica marca
A Puma juntou-se mais uma vez ao designer
de streetwear criou uma nova versão em pele
japonês Mihara Yasuhiro para criar uma
dos AF-1. Disponível em vermelho, amarelo,
colecção com consciência ambiental – o
preto e cinzento em www.slamjam.com
tema para a próxima Primavera/Verão é o aquecimento global. Estes novos modelos têm como característica uma sola que parece
LE VI.COM
NOVA COLECÇÃO OUTONO / INVERNO 2008
«Everybody must have a fantasy», Andy Warhol O que é que Marilyn Monroe, Elvis Presley, Mao Tse Tung e uma lata de sopa têm em comum? Todos tiverem direito a mais do que 15 minutos de fama e foram imortalizados pelo enfant
terrible da pop, Andy Warhol.
Eles e todo o universo de Warhol estão presentes na nova loja da Pepe Jeans, em pleno Príncipe Real, Lisboa. Depois de ter adoptado o mentor da Pop Art, criando uma linha com o seu nome e inspirada pelo seu trabalho, a famosa marca dá-lhe agora uma casa em Portugal. Dividida em quatro espaços diferentes, a loja Pepe Jeans – Andy Warhol é uma homenagem à Factory: paredes em cinzento metalizado ou cobertas por serigrafias e grandes padrões anos 60 são o pano de fundo para expor as peças da colecção Outono/ Inverno. Enquanto Andy Warhol fez arte a partir de produtos massificados, a sua arte é agora transformada em “objecto de colecção”. Um dos conceitos desta linha da Pepe Jeans (especialmente visível nas t-shirts) é criar peças ícones e, de certa forma, intemporais, que funcionem como
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.028 “coleccionáveis”. Não estará só a comprar uma peça de roupa, mas sim algo que vai querer ter consigo durante muito tempo. E claro, vai querer também os outros “cromos” da caderneta. Para testar este conceito, vá até ao Príncipe Real e visite a casa de Andy Warhol. Qual é a sua fantasia? FP Rua da Escola Politécnica, nº 40, Lisboa.
foto: Thomas Probosch
Complexo Electro Cerâmica Rua 28 de Janeiro nÂş 350 ediďŹ co JK fracçâo 12 4400-335 V. N. de Gaia Portugal Fax: +351 220915886 Tlf: +351 916055002
T – a nova colecção da Cortefiel A Cortefiel acaba de lançar uma nova linha feminina, T. Esta letra simboliza a expansão da marca para um público mais jovem, entre os 20 e 30 anos. Criada para a mulher urbana, T traz um ar descontraído e moderno à categoria mais clássica onde a Cortefiel se tem inserido até agora. Para a primeira colecção, a marca inspirouse em dois ícones de estilo que são imagens de referência para a faixa etária que a T pretende atingir: Natalie Portman e Keira Knightley. Os designers da marca inspiraram-se nas características que definem o look de Portman e Knightley para construir duas cápsulas diferentes dentro da mesma colecção. A linha Natalie é romântica e dramática, com uma paleta de cores que vai desde os rosas e beges até ao preto e cinzento. As calças são a peça
chave desta linha,
aparecendo em vários modelos diferentes. Os jogos de volumes também assumem lugar de destaque com plissados e franzidos. A linha Keira é mais arrojada. Sobressaem cores fortes como o azul petróleo e o amora, contrabalançadas por castanhos, pretos e cinzentos. Os vestidos e casacos
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.030
pouco estruturados são o “must have” desta linha. A colecção Outono/Inverno de T estará à venda nas lojas Cortefiel já a partir de Outubro. Consta que a senhora que se segue é Angelina Jolie...fique atento. FP cortefiel.pt
www.
Eastpack by Raf Simmons
Eco-Fly
A colaboração entre Raf Simmons e a Eas-
A Fly London sempre se destacou pela origi-
tpack continua este Outono/Inverno. Depois
nalidade das formas e o estilo casual-chic.
do sucesso da colecção anterior a parceria
E como para a frente é que é o caminho,
continua, juntando o melhor dos universos
a marca de origem portuguesa continua a
Eastpack e Simmons: acabamentos de qualida-
inovar. Com a linha EKOCHIC, composta por
de em materiais escolhidos para resistirem
5 modelos de sandálias de senhora, a Fly
ao frenesim dos grandes centros urbanos.
aposta essencialmente em materiais eco-
O preto, o cinzento e o azul marinho são
friendly. Da borracha bio-natural às peles
as cores chave desta colecção que estará
vegetais, os sapatos marcham pelo ambiente.
à venda a partir de Outubro nas melhores
Calce um par e ajude o planeta a manter-se
lojas Eastpack e Raf Simmons. FP
de pé. ACV
www.e-
eastpack.com/rafsimmons
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.032
Levi’s x Damien Hirst Fascínio por caveiras, pontos e borboletas tropicais é sinónimo de trabalho de artista. O seu nome é Damien Hirst e o seu apego a estes elementos só é superado pela sua paixão por jeans. A Levi’s deu-lhe a oportunidade de conjugar ambos. O resultado são jeans azuis e pretos estampados, bem como t-shirts brancas, pretas e roxas, também com prints. Algumas das imagens de caveiras ilustram o estilo “salpicado” das suas “spin paintings” e uma das jóias da coroa é a t-shirt com um retrato a preto e branco do artista com uma caveira. A linha Levi’s x Damien Hirst fica completa com um denim de assinatura e um casaco de cabedal. Para quem gosta de se “vestir com arte”. ACV
Š 2008 adidas AG. adidas, the 3-Bars logo and the 3-stripes mark are registered trademarks of the adidas Group.
Celebrate Originality em adidas.com/originals
Adidas
W’eau by Women’s Secret
A nova colecção de relógios da Adidas une o
W’eau é mais que uma fragrância, é um
digital ao analógico. O mostrador octogonal
verdadeiro Uau para a mulher urbana. A
dos novos modelos apresenta os dois tipos
marca Women’s Secret é conhecida pela sua
de tecnologia, sendo o ideal para quem,
filosofia de criar peças fáceis de usar,
em criança, nunca conseguiu perceber onde
expressando a personalidade de cada mulher.
deviam estar os ponteiros.
Com o aroma W’eau é essa individualidade
Disponíveis em branco e castanho, estes
prática que fica no ar. Para uma mulher
dois modelos têm um design vanguardista e
independente, activa, segura de si mesma e
arrojadamente pormenorizado – a correia
que desperta muitos Uauuuu. Use e abuse,
de pele é perfurada e tem detalhes em
sem segredo. ACV
silicone, fazendo o upgrade do look desportivo da Adidas para uma imagem mais moderna. FP
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.034
Replay for her and for him Está cientificamente provado que o olfacto funciona como grande condicionante no mecanismo da atracção. E que melhor para o enfeitiçar que dois aromas de suavidade exótica e sensualidade de fruta? A Replay tem para este Outono uma proposta irrecusável: atrair corpos femininos e masculinas com uma delicadeza felina. Duas fragrâncias fortemente sedutoras, envolvidas em linhas de design clássico. Como se em frente ao Tiffany’s Audrey Hepburn adorasse duas peças de joalharia em forma de frasco. Não perca tempo. Seja quem pode ser com Replay for her e for him. ACV
The UPSET – Young Contemporary Art
à margem do academismo e do sistema de
sub-grupos – Lowbrow, Gothic, Realism,
(Ed.) Robert Klaten, Sven Ehmann, Hendrick
mercado, recorrendo à cultura urbana como
Illustration, Character, Urban Art, Pattern,
Hellige e Pedro Alonzo (textos)
plataforma de apresentação. Trata-se aqui,
Expressionism – antecedidos por um texto
Gestalten, www.gestalten.com, Berlim, 2008
antes de mais, de legitimar no campo das
onde se justificam as escolhas e sublinham
278 pp.
artes visuais criadores conotados com a
alguns autores. Apenas uma falha notória,
lógica “do it yourself” da street art, do
porque não justificada: dos 95 artistas,
Esperamos ansiosamente a chegada do livro
graffiti e da ilustração, etiquetados como
mais de metade são naturais ou vivem nos
recentemente publicado pela Gestalten
underground ou lowbrow (embora não fiquem
E.U.A, seguidos dos europeus (com larga
The UPSET – Young Contemporary Art, uma
de fora alguns entretanto integrados e até
vantagem para os alemães), um par de
edição cuidada, profusa em imagens de
consagrados no “establishment”).
brasileiros e de japoneses, um australiano
grande qualidade e design discreto, mas
Vale a pena ler a introdução de Pedro
e um israelita. Nenhum africano, nenhum
apelativo, que pretende oferecer uma
Alonzo, onde ficam claros os objectivos e as
indiano, nenhum palestiniano... Talvez seja
perspectiva actualizada da criação imagética
escolhas dos editores. Aqui encontramos uma
reflexo do contexto que os editores se
contemporânea. Este não é mais um compêndio
reflexão válida, ainda que ocasionalmente
movem, ou então, uma crença errónea de que
da História “oficial” da Arte, mas antes uma
questionável, acerca do panomara artístico
este tipo de manifestações não se geram fora
escolha intencional de retomar (apenas) a
contemporâneo e as suas contradições. Apesar
dos países (ditos) desenvolvidos.
sua tradição figurativa através da pintura e
de uma atitude que se quer irreverente –
do desenho, reunindo artistas jovens (pelo
concomitante com a dos artistas apresentados
menos de espírito como Raymond Pettibon ou
– os editores não escaparam à necessidade
Daniel Richter) que iniciaram o seu percurso
de “etiquetar”, dividindo o livro em oito
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Capa Dura — pág.036
Loreak Mendian Portugal Joao Figueiredo Rua do Norte, 73 1200 - 284 Lisboa Tel 213 42 39 87 / 966 61 87 52 Fax 213 42 39 88 portugal@loreakmendian.com
DONOSTIA Calle Hernani 27
DONOSTIA C/J M Barandiaran, 24
IRUN C/Almirante Arizmendi, 20
BILBAO C/Maximo Aguirre, 26
BILBAO Plaza Nueva, 1
MADRID C/Santa Barbara, 4
BARCELONA C/Duc de la Victoria, 9
BARCELONA C/Sant Joan de La Salle, 8
PARIS (CITADIUM) 50-56 Rue Caumartin
MELBOURNE Shop 26-28 red cape lane Qv shopping centre 3000
WWW.LOREAKMENDIAN.COM
Groovie Records / Uma Lição de História Surpreenda-se, caro leitor, nestas páginas. Assim o pretendemos. A DIF foi conversar com Edgar Raposo e Luís Futre, responsáveis da Groovie Records, uma editora nacional que tem como premissa editar somente registos em vinil com particular incidência em reedições de artistas nacionais, mas não só. Entre connosco nesta viagem no tempo.
DIF: 62. Out.2008 — Retro Culture — pág.038
Groovie Records / Uma Lição de História / Texto: Pedro Figueiredo Surpreenda-se, caro leitor, nestas páginas. Assim o pretendemos. A DIF foi conversar com Edgar Raposo e Luís Futre, responsáveis da Groovie Records, uma editora nacional que tem como premissa editar somente registos em vinil com particular incidência em reedições de artistas nacionais, mas não só. Entre connosco nesta viagem no tempo. A Groovie Records nasceu da visão de Edgar Raposo, melómano inveterado, amante desde sempre do vinil.
«Tudo surgiu em 2005.
Sempre gostei de rock, garage rock, etc.. Havia editoras que coleccionava e das quais sempre comprei discos, e de um momento para o outro surgiu a oportunidade de editar um disco, no caso dos DTs. Foi aí que criei a Groovie Records», começa por adiantar Edgar. Se, a começo, a ideia era a de editar repertório novo de diferente tipo de artistas, a entrada de Luís Futre, ano e pouco depois, veio mudar as directrizes que regiam até então a Groovie. «A ideia maior
da minha entrada na editora foi a de puxar
Em tempos de entusiasmo redobrado pelo for-
um pouco pelas reedições, editar algumas
mato do vinil, a dupla garante a intempora-
coisas portuguesas do passado e não só, ir
lidade do formato por oposição a diferente
buscar artistas lá fora», destaca Futre,
tipo de plataformas de armazenamento de
outrora fundador da Bee Keeper, editora
música. «Sempre gostei de vinil», come-
marcante no panorama indie nacional dos
ça Edgar por afirmar, para logo completar
anos 90, responsável de edições de gen-
dizendo, em jeito de curiosidade, que «de
te como Rollana Beat, Pinhead Society ou
todos os meus amigos fui o último a comprar
Tina & The Top Ten. Edgar Raposo comple-
um leitor de CDs». A criação da Groovie,
ta a ideia afirmando que «provavelmente
com muita «carolice e determinação» à
teria ido lá parar [às reedições], já que
mistura, foi o «concretizar de um sonho: a
80% da música que oiço tem mais de vin-
possibilidade de ter uma própria editora,
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Retro Culture — pág.039 te anos. E os restantes 20% são de coisas
ter um disco editado por ti, toda essa di-
mais recentes que soam a coisas de há vinte
nâmica, foi um sonho concretizado».
anos atrás (risos). Mas, com a presença
A Groovie Records foi responsável pela
do Luís foi tudo mais rápido e natural. O
edição de um catálogo como complemento à
Luís trouxe um know-how fundamental para a
exposição Nova Vaga – O Rock em Portugal
Groovie, até por ser um pouco mais velho
(A História do Rock em Portugal entre 1954
que eu. A entrada dele foi muito importante
e 1974), sendo um dos desafios próximos da
e acabamos por nos completar muito bem na
dupla um levantamento maior de diferentes
editora», remata.
artistas. Edgar Raposo adianta que «estamos a trabalhar num livro. Se tudo correr
Um dos grandes marcos da Groovie Records
bem estará na rua em Maio de 2009. Vai ser
foi a reedição de um 7” de Joaquim Costa,
a primeira recolha exaustiva feita em Por-
citado como um dos grandes pioneiros do
tugal, com discografias, capas de discos e
rock feito em Portugal. «A edição do disco
biografias, e será um pouco como o catálogo
do Joaquim marca ponto de viragem no seio
[disponível no site oficial da editora],
da editora. Foi a nossa primeira reedi-
mas mais desenvolvido».
ção, a mais marcante e marca um período de consciencialização de um caminho de ree-
Por ora, por entre novos lançamentos dos
dições – era este o caminho principal que
barreirenses The Act-Ups e reedições dos
queríamos tomar, chegámos a essa conclusão
libaneses The Sea-Ders e dos russos Caves-
nesse período», reflecte Edgar Raposo. Luís
tompers, a certeza é de uma «série de novos
Futre sustenta a ideia afirmando que «é tão
lançamentos editados de forma o mais regu-
importante uma reedição do que uma edição
lar possível», finaliza Edgar Raposo.
nova. Damos às pessoas a possibilidade de ter acesso a algum passado que nós consi-
Site oficial da Groovie Records em www.
deramos importante de se conhecer e que de
groovierecords.com
outro modo dificilmente chegaria às pessoas». Mesmo que, de volta a Edgar, o «grande mercado da Groovie esteja lá fora.»
Nuno Gonçalves
o de estreia, a que se segue agora We Are
Músico dos The Gift e responsável pelo bar
Beautiful, We Are Doomed. E se o primogénito deu
Clinic
a conhecer preciosidades como ‘My Year in Lists’ e o glorioso ’You! Me! Dancing!’,
David Byrne e Brian Eno.
We Are Beautiful… persegue o objectivo de não
EVERYTHING THAT HAPPENS WILL HAPPEN TODAY
perder a centelha de há uns meses enquanto
Todos os dias os escritores da pop, enten-
dispara numa ou outra nova direcção. É
da-se estes por críticos e afins, têm o dom
o mesmo que dizer que, embora não tão
único de inventar novos génios. O novo gé-
surpreendente (coisa rara, como se sabe)
nio da música minimal germânica, os génios
como o anterior, o novo disco não deixa de conquistar lugar no coração de peluche dos
de um subúrbio ao lado de Lisboa, o génio de Nova Iorque, o génio do quarto ao lado
é o mais certo, porque a primeira edição
de minha casa porque me dou bem com o puto.
esgotou em pouquíssimos dias e a segunda
Depois, existem os grandes senhores que
vai exactamente pelo mesmo caminho. Um
PEDRO FIGUEIREDO
assinam projectos atrás da mesa de produ-
disco duplo que é impossível não ouvir
Crítico de música, planeador de comunicação
ção, que criam bandas gigantes e realmente
repetidas vezes até sabermos de cor a letra
adeptos do twee.
de cada uma das suas respirações. Até mesmo
Secret Machines
as pausas. Se este não é o melhor disco do
World’s Fair 2008
ano vou ali e já venho. E não volto.
Trabalho homónimo não rima, no léxico dos Secret Machines, com estreia discográfica.
Pedro Gonçalves
Com efeito, Secret Machines, o novo disco,
Criativo publicitário e crítico de música
é já o terceiro passo em longa-duração na carreira destes norte-americanos
geniais da pop mundial. Às vezes, juntam-se
Los Campesinos!
originários do Texas, mas actuais
We Are Beautiful, We Are Doomed
residentes em Nova Iorque, a cidade que
Wichita, 2008
nunca dorme e, musicalmente, voltou neste
É bom que os corações mais empedernidos
século XXI a posicionar-se como uma das
estejam conscientes da dura realidade:
mais fascinantes cidades criativas da
quando falamos do colectivo galês Los
indústria musical. Mas, afinal que banda
Campesinos!, septeto misto oriundo de
DIF: 62. Out.2008 — Secção: O que andamos a ouvir — pág.040 para fazer canções à frente da mesa de mis-
Cardiff, estamos em território twee.
é esta que recolheu elogios de The Edge
tura. Brian Eno e David Byrne não têm nada
Twee, como nos dizem praticamente todos
e andou em digressão com nomes como Muse
a provar ao mundo, mas dentro deles existe
os dicionários familiarizados com a
ou Spiritualized? Entre família definem-
sempre a vontade de dizer de uma forma mais
coisa musical, é o mesmo que dizer muito
se como praticantes de um certo “rock
adulta o que os novos não conseguem sequer
sensível, muito delicado e vagamente
espacial”, mas as várias camadas sonoras
farejar... O novo disco chama-se EVERYTHING
pastoril. Ainda que a definição o possa
THAT HAPPENS WILL HAPPEN TODAY. É feito de
sugerir, estamos muito longe de Antony
canções mestras e de sons rigorosamente
Hegarty, valha-nos isso. Estamos, isso sim,
escolhidos. Não são exímios vocalistas, mas
próximos de uma pop descomplexadamente
são sinceros e possuem uma veia artística
pueril, mesmo que por vezes servida pela
apurada que caso tivessem 18 anos eram os
necessidade de tornar complexas as coisas
grandes novos génios. Neste caso especi-
simples.
fico, a idade fica-lhes tão bem. Um disco
Los Campesinos! (o nome já nos remete
genial. Um disco que não sabe a velho e
para o território de que falamos) é nome
que poderá mostrar às novas gerações que a
de baptismo de um projecto que comete a
das canções remetem para lições apreendidas
originalidade não depende da idade, mas sim
proeza de editar pelas vias tradicionais
de géneros como o shoegaze e o krautrock.
do que se aprende com os anos.
dois álbuns no magro espaço de cinco
Em três minutos os Secret Machines
meses. O primeiro foi Hold On Now, Youngster,
conseguem ir do lento ao rápido para voltar
FERNANDO ALVIM
ao ponto de partida e, pelo meio, baralhar
Radialista, apresentador de televisão,
e confundir. E é no “nunca sabermos bem
responsável pelo Festival Termómetro,
o que esperar a seguir, mas termos quase
director da revista 365
a certeza de que vai ser bom” que reside
Foge Foge Bandido
Desconheço, à medida que escrevo estas
Turbina 2008
linhas, se este trabalho terá distribuição
Foge Foge Bandido é justamente um daqueles
nacional assegurada. Já vos falei nos
discos que apetece não tirar do plástico
Secret Machines?
um dos trunfos maiores de Secret Machines.
envolvente, só para mostrar aos amigos que temos e eles possivelmente não. E isso
REGRESSO AO FUTURO Samuel Hall Band Quando pensamos na Suíça, o nosso cérebro processa de imediato imagens tridimensionais de deliciosos chocolates, raclettes suculentos, relógios ultra-precisos, canivetes multifuncionais e alucinantes viagens de bicicleta pela montanha. Vou usar estas linhas para vos falar de outra pérola da Suíça - a Samuel Hall Band. DIF: 62. Out.2008 — Secção: Música — pág.042
REGRESSO AO FUTURO
esta é a sonoridade que resultaria de uma
Texto: Manu
sessão num estúdio nos Alpes Suíços entre o western fado dos Dead Combo e a electrónica
Samuel Hall Band
experimental de Rafael Toral. Para os que gostam de música e rótulos, este é um som
Quando pensamos na Suíça, o nosso cérebro
denso, arrastado e planante, filho de uma
processa de imediato imagens tridimensionais
garrafa de bourbon, que viaja por diversos
de deliciosos chocolates, raclettes
estilos musicais - do Louisiana blues ao
suculentos, relógios ultra-precisos,
dark ambient, passando pelo stoner rock,
canivetes multifuncionais e alucinantes
drone, post-rock, free jazz e experimental.
viagens de bicicleta pela montanha. Vou usar estas linhas para vos falar de outra pérola da Suíça - a Samuel Hall Band. Após dez anos a escrever canções e a tocar guitarra em bandas de metal, Stéphane Pache sentiu necessidade de abrandar o ritmo e reduzir o volume ao máximo, formando em 2006 o seu próprio projecto para o qual convidou alguns dos melhores músicos helvéticos de blues, jazz e rock: Pierre Alain Bertholet na guitarra, Moreno Antognini a.k.a. Master Nargherita no baixo, Gerald Perera no contrabaixo e Marc Olivier Savoy na bateria. Juntos produziram Blood, Bread, Children & Bones e The Big Nowhere, o seu segundo álbum,
O som da Samuel Hall Band revela fortes resultado da imaginação surrealista dos seus autores, submersos nas maravilhas sónicas que o trabalho em estúdio potencia. O novo álbum irá ver a luz do dia neste Outono pela editora independente Urgence Disk Records, com sede em Genebra. Para os apreciadores de música e cinema, esta é a banda-sonora perfeita para um encontro num bar de blues soturno numa qualquer estrada entre uma das heroínas de David Lynch e o Dead Man de Jim Jarmusch. Para os amantes de música e contos de fadas,
influências de músicos de renome como Nick Cave, JJ Cale, Leonard Cohen, Tom Waits, John Barry, Johnny Cash, Neil Young, Marc Ribot, Lalo Shiffrin e Bohren und der Club of Gore. O titulo deste álbum é inspirado no conto policial The Big Nowhere, do norteamericano James Ellroy, uma história que nos transporta para a descoberta do be bop nos clubes de jazz e em Hollywood na Los Angeles dos anos 40 e 50. Be aware of the dark…
BURAKA SOM SISTEMA Senhoras e senhores, o momento por que todos esperavam: Black Diamond, primeiro álbum dos Buraka Som Sistema, já existe e já circula. Agora é só uma questão de tempo até o mundo ser todo deles. DIF: 62. Out.2008 — Secção: Música — pág.044
BURAKA SOM SISTEMA
BURAKA SOM SISTEMA
que essa é fácil de constatar num vídeo
sugere – que isto já tem muito pouco a ver
Texto: Pedro Gonçalves
como ‘The Sound of Kuduro‘, mas a própria
com as compilações em tempos adquiridas
importância dos Buraka Som Sistema num
na feita da Praça de Espanha e com a mera
Senhoras e senhores, o momento por que
contexto de completa miscigenação cultural
curiosidade de experimentar coisas que
todos esperavam: Black Diamond, primeiro
de escala planetária. Ou seja: por que
quase todos ignoravam. O que agora está
álbum dos Buraka Som Sistema, já existe e
razão gozarão os Buraka Som Sistema de
em causa é, simplesmente, a inscrição dos
já circula. Agora é só uma questão de tempo
uma visibilidade superior à de um qualquer
Buraka Som Sistema no rol dos nomes que,
até o mundo ser todo deles.
problecto do Mali ou do Perú? A resposta
a partir de um culto que se transforma em
está, precisamente, em Black Diamond.
adoração massificada, escrevem a História das culturas do início deste século. Dêem-
No momento em que estas letras se juntam, os Buraka Som Sistema têm agendadas
O que os Buraka Som Sistema fizeram em
as primeiras datas para actuações em
Black Diamond foi exactamente o contrário
território norte-americano (em Nova
do que, é fácil imaginar, muitos outros
Iorque, São Francisco e Los Angeles, para
fariam no seu lugar: deixaram o conforto
lhes palcos, que eles tratam do resto.
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Música — pág.045 ser mais exacto). Deixando de lado a
das fórmulas já ensaiadas com assinalável
atitude provinciana de pensar que sempre
sucesso. Obviamente, continuamos em
que um projecto português actua fora de
terreiro kudurista, mas assistimos à
portas está a protagonizar mais uma épica
aproximação a parentes afastados do género,
conquista para a cultura nacional, não
como o baile funk carioca (no glorioso
deixa de ser sintomático de algo de novo
’Aqui Para Vocês‘, pontuada pela vernácula
que está a passar-se na existência da banda
Deise Tigrona, seguramente uma bomba em
de Lil’ John, Riot e Conductor. Londres,
qualquer lar e/ou espaço dançante) ou os
onde regressam ainda neste mês de Outubro,
londrinos grime e dubstep (que namoram
escancarou-lhes as portas graças ao EP
em temas como ’Africa Pt. 2‘ e ’Black
From Buraka
Diamond‘). Descansem porém os que temem em
to
The World e a estandartes de
hedonismo como ’Yah!’ e ’Wawaba‘. Mas é com
demasia a normalização das raízes africanas
o primeiro álbum “a sério”, Black Diamond, que
– ’General‘, mais um pretendente ao lugar
o colectivo vai tirar realmente as teimas
do tema mais celebrado do disco, tem lá
sobre a sua relevância nos dias presentes.
os trâmites que levaram alguém como Bonga
Tomando apenas o disco, o objecto musical,
ao domínio do universo. O conjunto da
como referência, é de desconfiar de alguém
obra, esse transpira a rara combinação de
que não veja nele o potencial para fazer
diletantismo com experimentação. Moderada,
História nos manuais sobre a diáspora
é certo, mas ainda assim experimentação.
lusitana. Seria absurdo, por via de tudo o que Se até aqui os Buraka Som Sistema viviam o
atingiram até aqui, afirmar que a vida dos
estado de graça de quem contaminou salões
Buraka Som Sistema começa verdadeiramente
de baile diversos com um género que teimava
agora, no momento em que podem ser julgados
em viver confinado a uma série de bairros
à luz de um objecto de longa duração a que
de Luanda, Black Diamond tem uma missão um
normalmente se atribui acrescida dignidade.
nadinha diferente. Em causa não está já
O que agora começa, isso sim, é a fase
a demonstração da vitalidade do kuduro
em que o trio tudo fará (espera-se) para
(progressivo, como por graça lhe chamaram),
confirmar os pergaminhos que Black Diamond
Os Pontos Negros / Os Quatro Cavaleiros do Roque Enrole São quatro jovens rapazes de Queluz, praticantes de Roque Enrole (como se diz na gíria desta gente) à antiga e parte íntima da família da editora Flor Caveira. Magnífico Material Inútil não é o primeiro álbum dos Pontos Negros mas é, resultado de uma edição numa multinacional, o seu primeiro grande momento de divulgação mediática. O vocalista Jónatas Pires e o guitarrista Filipe Sousa desvendaram à DIF algumas das receitas do precoce sucesso dos Pontos Negros.
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Música — pág.046
Os Pontos Negros / Os Quatro Cavaleiros do
MySpace, importa destacar que foi na famosa
Roque Enrole / Texto: Pedro Figueiredo
plataforma criada por Tom Anderson (O Tom, como todos o conhecem) que Os Pontos Negros
São quatro jovens rapazes de Queluz,
se mostraram em primeira instância. «Foi lá
praticantes de Roque Enrole (como se diz
que o Henrique Amaro [radialista da Antena
na gíria desta gente) à antiga e parte
3] nos descobriu, mas creio que foi o Rui
íntima da família da editora Flor Caveira.
Estêvão o primeiro que passou uma música
Magnífico Material Inútil não é o primeiro álbum
nossa na rádio», reflecte Filipe.
dos Pontos Negros mas é, resultado de uma edição numa multinacional, o seu primeiro
A Flor Caveira e Queluz. Os Pontos Negros
grande momento de divulgação mediática. O
são originários de Queluz, cidade de um
vocalista Jónatas Pires e o guitarrista
«belo palácio, dos pastéis de nata da
Filipe Sousa desvendaram à DIF algumas
[pastelaria] Marianita e de imperial
das receitas do precoce sucesso dos Pontos
barata das 19h às 21h numa tasca chamada
Negros.
“A Paragem”», afiança o duo criador dos Pontos Negros. Deram que falar através dos
«Cave. Pó. Muito pó». São estas as
seus primeiros registos na Flor Caveira,
recordações de Filipe Sousa do local onde
editora ligada assente em projectos ligados
foram gravadas as primeiras canções dos
a um certo rock evangélico. «Ainda hoje
Pontos Negros, em 2005, e é assim que
continuamos a ensaiar na cave da Igreja
começa a conversa da banda com a DIF. Os
Baptista de Queluz. Não pagamos nada,
Pontos Negros têm agora no mercado Magnífico
podemos estar lá o tempo que quisermos
Material Inútil, disco editado pela Universal
sem pressão, é óptimo» assegura-nos
e que sucede a um primeiro álbum e um EP
Jónatas com notório entusiasmo. O facto
editados de forma independente pela cada
de serem dos mais jovens músicos a sair
vez mais importante Flor Caveira, editora
da Flor Caveira e, até ver, o seu mais
da responsabilidade de Tiago Guillul.
bem sucedido projecto, resulta «sobretudo da aprendizagem que tivemos com alguns
A passagem para uma editora de topo surgiu
dos nossos colegas mais velhos», na visão
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Música — pág.047 de uma forma o mais natural possível. «A
de Jónatas. «Saltámos algumas etapas.
verdade é que nós nunca corremos atrás
Vimos o que o Guillul fez até chegar onde
de nada, foi tudo ter connosco», avança o
chegou agora. A nossa essência é a mesma
vocalista Jónatas Pires, que partilha a
desde sempre, ser fiéis ao roque, e sempre
banda com o irmão David na bateria, Silas
tivemos uma ideia clara do caminho a
Ferreira nas teclas e o acima referido
seguir», remata o vocalista principal do
Filipe Sousa na guitarra. «A grande
grupo.
vantagem de estar numa editora como a Universal», completa este último, «é mesmo
Magnífico Material Inútil está já disponível
a possibilidade de nos podermos centrar
nos escaparates e é um dos grandes discos
em exclusivo no essencial: compor e tocar
portugueses do ano (da década?). Vai ser
música». Jónatas remata o tópico com a
amado e odiado. Mas, vai ser falado, muito
certeza de que «é sempre uma mais-valia ter
falado. A primeira grande prova dos Pontos
pessoas a trabalhar para o nosso sucesso».
Negros, editar numa multinacional, foi ultrapassada com aprazível sucesso. Venham
Magnífico Material Inútil, pois então.
os próximos passos e a real confirmação
Curiosamente, ao contrário do que seria
de um talento tão grande quanto ainda em
suposto prever, a banda relaciona o novo
bruto.
trabalho de forma mais directa com o primeiro registo de 2005 do que com o EP difundido gratuitamente via MySpace no ano passado. «Todos os nossos discos são muito diferentes entre si, mas no EP sentiam-se demasiado as nossas influências», destaca Filipe, completando com a garantia de que a novidade é «tal como o primeiro disco um trabalho onde consegues identificar uma marca identitária, um som tipicamente Pontos Negros». Ainda no que concerne ao
“EVERYTHING JUST BLEW UP BIG TIME” Isaac Hayes R.I.P (1942-2008) Parte II
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Música — pág.048
“EVERYTHING JUST BLEW UP BIG TIME”
álbuns seus nas tabelas Pop e RnB) surge
tratassem.
Isaac Hayes R.I.P (1942-2008)
aquela que é a pedra fundamental de todo
As suas experiências nos ritmos,
Parte II
o universo de Isaac Hayes, a banda sonora
descobrindo
Texto:
do filme de Gordon Park, Shaft. Embora não
sound e até o hiphop, a forma como as
sendo o primeiro filme de Blaxpoitation ,
cordas pontuam as atmosferas ou como a
género de cinema americano da década de 70
electricidade das guitarras escorre em
grande passo na carreira de Isaac Hayes
protagonizado por actores negros e dirigido
delírios psicadélicos, são marcas da sua
em direcção ao estrelato, a música negra
à comunidade negra, Shaft foi o primeiro com
obra que hoje se descobrem nos mais de
ganhou uma nova dimensão, quando espaço
a produção e a marca de Hollywood, o que
200 samples utilizados por artistas como
e tempo adquiriram uma nova elasticidade
leva muitos a esquecerem a obra pioneira
Massive Attack, Portishead ou Notorious
até então desconhecida. As canções
de Melvin Van Peebles , Sweet Sweetback Badass
B.I.G, para referir apenas alguns.
agora estendem-se por longas construções
Song.
orquestrais, minuciosamente compostas
banda sonora, a imagem de Hayes tornou-se
Black Moses, que a partir de meados de 70
onde apesar da extensão e da influência
central na iconografia da década de 70.
cria a sua própria editora e inicia a sua
libertadora do jazz, obedecem à rigorosa
Com o tema título a tornar-se num êxito
incursão pelos terrenos do disco, o som de
visão do maestro. Aliás, é corrente a
imediato que ainda hoje preserva a aura de
uma nova era. Nove álbuns de originais (9!)
história que conta como Hayes compunha
um verdadeiro clássico, o disco conta com
na segunda metade da década não impediram
a sua música compasso a compasso. Isto
a excelência dos Bar-Kays, numa série de
que Hayes caísse na doença infantil da
significa antes de mais uma incrível
títulos instrumentais requintados no groove
alta-roda, a bancarrota. E embora tenha
atenção aos pormenores, acentuações e
e marcados por ambientes cinemáticos de
sempre continuado a gravar pelos anos 80
pontuações narrativas da composição,
uma elegância orquestral, urbana e sensual.
e 90, a sua produção tornou-se cada vez
que fez de Hayes um dos mais singulares
Hayes tornou-se com a sua obra-prima o
mais irregular, interrompida por longos
arranjadores da música popular. Mas,
primeiro negro a conquistar um Óscar para
períodos de silêncio, preenchidos por cada
também explica a razão porque o groove da
melhor banda-sonora, um feito inimaginável
vez mais frequentes aparições no cinema e
sua música é tão irresistível, nos tempos
para a criança órfã, nascida no meio pobre
televisão. Aliás, é aí que uma nova geração
lentos como nos mais rápidos.
do Tennessee e criada na dureza da cidade
descobre a sabedoria intemporal de um velho
ao funk de uma secção rítmica de peso,
de Memphis.
mestre da soul transformado em “Chef” de
nada menos do que os famosos Bar-Kays,
Os 16 meses seguidos nas tabelas de vendas
cantina de uma pequena escola do South Park.
Isaac Hayes lançou nos anos seguintes
fizeram de Isaac Hayes uma figura central
Na sua voz, palavras e canções transportam
Tiago Santos
Depois de Hot Buttered Soul de 69,
o primeiro
Associado
Com o sucesso do filme e da sua
os caminhos para o disco
É sem dúvida grande o legado do mestre
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Música — pág.049 discos igualmente representativos da sua
da música popular. Novas bandas sonoras,
para os dias de hoje a figura de uma das
obra. 1970 recebeu um par de álbuns que
de onde se destacam Three Tough Guys e Truck
maiores lendas de sempre da música negra e
consolidaram essa imagem de arranjador
Turner, acompanham os seus primeiros passos
da cultura popular. Isaac Hayes, o homem
original de uma sensualidade que se sente
de actor no cinema. Quando em 71, chega o
maior do que a vida,
em cada estria do vinil de discos como To
álbum duplo Black Moses ninguém se surpreende
cinema, passando pela rádio e televisão,
Be
do que da música ao
com o sucesso de mais uma excelente versão
deixou a marca definitiva da sua enorme
altura em que o calor da voz e a elegância
de Hayes, desta vez para o original de
alma criadora.
das cordas de Hayes, eram presença habitual
Clifton Davis, ‘Never can Say Goodbye‘.
das tabelas de vendas (segundo a biografia
É nestas versões que a arte dos arranjos
oficial, não houve uma semana da década
de Hayes se revela, ao ponto de
de 70 que não contasse com um ou mais
apropriar dos temas como se de originais se
continued...
e The Isaac Hayes Movement. Numa
se
Paulo Furtado Legendary Tiger Man O Sol enfeita a cidade princesa, Coimbra. Local: esplanada do mítico café do Teatro Gil Vicente. No meio do cenário estudantil alguém pisa a rua com outro passo. De casaco lançado para trás do ombro, com o ritmo da descontração, alguém genuíno e quiçá legendário se aproxima. O homem é Paulo Furtado. A lenda Tiger Man.
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Extra Pessoal — pág.050
Paulo Furtado - Legendary Tiger Man
pele do tigre.
conseguir fazê-la e tocar em locais, con-
Texto Célia F.
Na música, comecei há muito. Desde os 17
seguir tocar fora de Portugal. Foi mais ou
anos numa série de projectos mais ou menos
menos aí que eu aprendi tudo. Desde aí não
O Sol enfeita a cidade princesa, Coimbra.
locais, aliás a partir dos 15, e a par-
mudou muito o modo. Depois fiz os Wraygunn
Local: esplanada do mítico café do Teatro
tir dos 17 anos numa banda algures entre o
e o Legendary Tiger Man no mesmo Verão. Foi
Gil Vicente. No meio do cenário estudantil
rock´n´roll e o punk rock que se chamavam
em 99 e esse projecto foi uma coisa que
alguém pisa a rua com outro passo. De casa-
Tédio Boys. Entre os 10 anos que existiram
surgiu por erro ou por acaso. Não era a mi-
co lançado para trás do ombro, com o ritmo
fizemos uma séria de tournées nos Esta-
nha idéia fazer o one man band, embora seja
da descontração, alguém genuíno e quiçá
dos Unidos. Foi francamente a minha escola
um formato que me agrade, mas surgiu!
legendário se aproxima. O homem é Paulo
de como se fazer música sem qualquer tipo
Furtado. A lenda Tiger Man.
de estrutura por trás. Foi aí que apren-
A lúxuria, a boémia, ambientes de fumo,
di a conseguir de algum modo furar e que a
mulheres nuas, veludos... acabado o univer-
música chegasse ao maior número de pessoas,
so da personagem quem é o homem? É apenas
Breve resenha histórica até teres vestido a
alguém genuíno com características que,
universos que as pessoas trouxessem mais do
ti pela pessoa que és. Temos que nos levar
amplificadas pelo palco, ganha contornos de
que propriamente impor o meu, que estaria
a sério e ter algum respeito pelas pessoas
personagem?
já imposto pelo formato do projecto. Está
que nos rodeiam.
Não as personagens, mas os alter-egos são
a ser muito importante, e por outro lado
partes pequenas de mim amplificadas, e de
chega a ser exasperante, porque (e eu acho
Fazes sempre o que queres?
certo modo o palco é o local ideal para
que isto é uma qualidade feminina) há uma
Não nunca. Quer dizer, sim, algumas vezes.
uma série de coisas ou para extravasar uma
constante e crescente mudança de direcções
Com o tempo aprendi
série de emoções, uma série de coisas que
e indefinição mais lata. Acho que de certo
muito importante. Profissionalmente é muito
neste momento não me é conveniente extra-
modo nós somos mais objectivos. De A a B
difícil convencerem-me a fazer alguma coisa
vasar na vida normal. É o local onde o meu
por aqui, e as mulheres de certo modo quan-
que eu não queira fazer.
lado mais louco anda à solta. Se calhar
do vão de A a B correm metade do abecedário
há 20 anos eu era eventualmente só esse
e isso é fantástico, porque é uma experiên-
Uma história bizarra?
bocado e esses bocados de mim se manifes-
cia onde tu aprendes muito.
Bem! Vai ter que ser uma história de há
tariam na rua assim como em qualquer lado.
que a concessão é
muito tempo... com Tédio Boys numa tournée
De certo modo, acho que podemos estabelecer
E como pessoa? Como é que esta experiência
nos Estados Unidos. Logo no segundo concer-
algum equilíbrio, emocional podemos dizer.
te toca?
to uma das pessoas que estava no público
Fora disso sou uma pessoa que gosta de se
Isto é uma coisa vagamente pesada. Até do
era o Joey Ramone. Nessa noite, tocávamos
levantar cedo. Gosto de trabalhar de manhã.
ponto de vista emocional. Normalmente,
em três sítios diferentes em Nova York. No
Sou um bocado viciado no trabalho, tornei-
tenho passado muito tempo e tenho trocado
fim do último concerto ele convidou-nos
me assim para fazer o que faço, que não é
muitos telefonemas por durante muito tempo
para tocar na festa de anos dele que era
propriamente, não foi e acho que nunca será
com as pessoas, mas depois no momento em
nessa noite, e fomos tocar aos anos do Joey
algo que chegue ao grande público, e por
que tenho que gravar e filmar com elas,
Ramone. Eu já me tinha esquecido da histó-
isso sempre tive que fazer muitas coisas
chega o momento em que essa pessoa mui-
ria que está inerente a esse concerto, mas
diferentes para poder manter a honestidade
to depressa tem que dar e que tu tens que
eu estava a tocar com uns óculos de lentes
naquilo que fazia. Agora estou a fazer o
tirar dela muito depressa as coisas que tu
vermelhas e houve um momento em que o bai-
disco TIGER MAN e ainda estou a ensaiar com
queres sentir de algum modo... ou se ca-
xista, inadvertidamente quero eu pensar, me
os Wraygunn, estou já a fazer a banda sono-
lhar nem és tu que queres é a outra pessoa
deu com o baixo na cabeça. Comecei a sentir
ra para uma série de filmes mudos, estou a
que quer, e tu num curto espaço de tempo
alguma coisa a escorrer. Lembrei-me disto,
fazer a banda sonora para uma curta metra-
tens que conseguir ajudar a que se tenha o
porque me enviaram anteontem uma foto em
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Extra Pessoal — pág.051 gem... estou a fazer uma data de coisas.
ambiente e a alma próprios, e isso implica
que apareço com um corte bastante violento
que os olás e os adeus sejam muito inten-
na cabeça. As pessoas estavam todas a olhar
Onde é que te encontras? Sozinho.
sos. Não é um trabalho mecânico. É sempre
para mim com uma cara estranha. Pensava que
Eu tenho uma cave que é mais ou menos o meu
uma coisa muito emocional e até agora todas
devia estar a soar imenso. Só percebi um
bunker onde gosto de estar e onde componho
as pessoas com quem trabalhei passaram logo
quarto de hora depois do concerto quando
a maior parte das coisas também. Se calhar
para o grau directo da amizade, e isso
tirei os óculos e vi. Depois, decidi ir pôr
é a compor que a maior parte das vezes con-
sido uma parte muito positiva no caos que é
um penso e nisto há uma moça, que mora-
sigo reflectir numa série de coisas que me
gravar um disco com 15 pessoas em 10 loca-
va junto ao clube, que se oferece para me
aconteceram ou que vi.
lizações diferentes do mundo.
ajudar. Era uma moça que gostava muito de
Quem mora na tua cabeça?
Um universo não óbvio que habites?
uma pizza com cogumelos e ela começou a
Muita gente. Neste momento moram todas as
Tenho alguma apetência pela jardinagem.
distribuir cogumelos alucinogénios para
pessoas com quem eu estou a trabalhar, e
Como aprendiz!
cima da minha pizza. Eu estava um bocado
tem
cogumelos alucinogénios. Eu estava a comer
teso nessa altura, não tinha muito di-
este disco novo está a ser uma coisa... eu não estou muito habituado a trabalhar com
Compras revistinhas para aprender?
nheiro, tinha muita fome e queria mesmo
tantas mulheres. O mundo da música é um
Como em tudo na vida, a onda do it your-
comer aquela pizza, mas não queria comer
mundo onde há mais homens do que mulheres.
self. Faço sozinho. É a parte punk que acho
os cogumelos alucinogénios. Seja como for,
Mas, para este disco cada música é traba-
que fica. Até perceber que preciso mesmo
comi a pizza, fiz o curativo e acho que de
lhada por uma mulher diferente e estou a
que alguém me ensine, acredito sempre que
certo modo as próximas 10 horas foram algo
gostar muito de me envolver nesse univer-
vou conseguir sozinho. Isso tem tanto de
confusas.
so e tentar de algum modo... Ah... ainda
bom como de mau. Mas é assim. As plantas é
estou um bocado confuso em relação a isso,
que pagam!
Se te pusessem um microfone virado para o
porque é muito diferente. Normalmente, eu
mundo querias dizer algo?
sou muito decidido e tenho bastante claro,
Levas-te a sério?
pelo menos a nível musical, aquilo que
Levo-me muito a sério, mas com muito humor
quero fazer e como quero fazer. Neste caso,
e leveza.
logo desde o início a idéia não era essa.
Levo-me a sério, porque
Era eu, eventualmente, direccionar algumas
afecta as pessoas de quem tu gostas, as que
coisas, mas até um certo modo ir atrás dos
gostam da tua música ou as que gostam de
Aproveitava para cantar uma musiquinha! Qual? o que tu fazes
‘Life ain´t enough for you’.
Arte Mortal
Por cada ano que passa, no final do Verão, caravanas de festivaleiros carregados com uma semana de víveres seguem em desfile, com destino ao deserto de Black Rock no Nevada: um território vasto de aridez e desolação. Este leito de lago pré-histórico constitui o cenário desta festividade, um mega-evento de arte que ocorre sempre na última semana de Agosto. O seu nome: Burning Man. DIF: DIF:62. 62.Out.2008 Out.2008——Secção: Secção:Kukies Arte ——pág.052 pág.052
Arte Mortal
de uma semana a pairar sobre os campistas,
invisíveis, podemos encontrar o cenário
Texto Maureen Moore
é incendiado para ser queimado e destruído.
para o BM. Imaginem um museu ao ar livre,
Até a arte é mortal.
mas livre da clausura das paredes, de
Por cada ano que passa, no final do Verão,
luzes fluorescentes, e da gente pretensiosa
caravanas de festivaleiros carregados com
O festival do BM está acima de qualquer
vagueando por todo o lado. Em vez disso,
uma semana de víveres seguem em desfile, com
explicação. Constitui a essência da
encontrem 14 quilómetros quadrados
destino ao deserto de Black Rock no Nevada:
experimentação extrema e conseguiu obter uma
de chão de deserto – disponível para
um território vasto de aridez e desolação.
espécie de denominação ritualista e sublime.
albergar e exibir qualquer tipo de criação
Este leito de lago pré-histórico constitui
Descrever o evento em palavras talvez o
artística concebível. Escultura, veículos
o cenário desta festividade, um mega-evento
roube da sua essência: efémero, etéreo.
transformados, adornados com sistemas
de arte que ocorre sempre na última semana
Os participantes chegam de todo o mundo e
sonoros, de fogo e de iluminação nocturna,
de Agosto. O seu nome: Burning Man.
este ano eram mais de 45000. Subjacente à
ou instalações cujo fascínio convida os
onda da festa está o seu lema: “Não deixar
burners espectadores a interagir com elas.
Desde o seu início em 1986, o festival de
marca”. Os burners têm de respeitar um
Burning Man (BM) encarnou sempre um espírito
rigoroso código ambiental para a protecção
O “playa”, como é referido, é o espaço de
comunitário, de fusão, de auto-dependência
da terra. Truques e dicas em como conseguir
exibição do BM onde quer a arte quer os
e hedonismo em nome da arte, em nome da
tudo isto podem ser encontrados de uma forma
participantes estão livres da influência dos
mais completa demência. Durante sete
exaustiva numa “bíblia” impressionante em
critérios do mercado da arte, do nervosismo
dias ininterruptos, “burners”, como os
www.burningman.com, que detalha qualquer
dos conservadores de museu e dos longos
participantes acabariam por ser chamados,
possível consideração e precaução na
textos de exibição a acompanhar as suas
acampam nestas condições extremas para
preparação da viagem ou com os próprios
peças.
experimentar, sentir, viver, partilhar,
objectos de arte.
Por cada ano que passa, é pré-estabelecido um tema e os artistas são chamados a
oferecer, dançar e alucinar. Eles trazem a arte consigo, mostram-na, brincam com ela e
Mil metros acima do mar, onde o chão do
produzir simplesmente os seus trabalhos
depois muitos deles queimam-na. O ponto alto
deserto se apresenta seco e gretado da
com esse tema em mente. A preparação que
é a queima do “Burning Man”, 12 metros de
sobrevivência a um Verão insuportavelmente
está na base da criação destas peças é
altura de um homem de madeira que, depois
quente e os sinais de vida parecem
impressionante. Alguns burners passam
bruto que permite aos participantes viver a vida e a arte no seu estado mais puro. Sete dias fugazes para serem saboreados e devorados total e completamente. Alguns artistas chegam mesmo a adoptar isto nos seus trabalhos artísticos, que resistem à duração do festival, mas que, tal como acontece com o próprio Burning Man, estão destinados a serem queimados e a desaparecerem no éter. Esta noção de existência temporária questiona as razões mais profundas da nossa noção pessoal de segurança. O que é que nos © Foto: Fawn
protege dos corrosivos 35 graus de calor
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Arte — pág.053 um ano inteiro envolvidos no trabalho
um novo trabalho encorajam a discussão,
e das incessantes tempestades de areia que
de criação enquanto simultaneamente
juntamente com um certo sentido de
se enfiam por cada centímetro do nosso
recolhem fundos para financiar e produzir
responsabilidade nas actividades da
corpo e nos deixam cegos durante horas?
uma peça de sucesso – uma peça capaz de
comunidade e no ambiente.
Não há apólice de seguros que nos valha em
suportar tempestades de areia no deserto,
sítios assim, seja para desastres naturais,
calor seco e exposição solar directa
“Fawn”, uma “burner”, gastou mais de
acidentes pirotécnicos, overdoses ou dias
(elementos obviamente não presentes em
4000€ do seu próprio bolso para suportar
de aspecto lastimável. A interdependência
museus tradicionais). O deserto semeia a
“Alien”, um bar de arte que ela e um amigo
e a participação na comunidade são vitais
devastação na arte, desfazendo-a e testando
construíram durante o período de 9 meses
para a sobrevivência.
os seus limites e perseverança. A arte
que antecederam o evento.
interactiva submetida a estas condições
Num país como a América, onde cada um
cria oportunidades para descobrir formas
«Pode ser decadente» diz Fawn, «mas o bom
compra a sua segurança e estabilidade
produtivas de resolver desafios.
karma e o impacto social positivo que o
na forma de um seguro, com apólices
BM traz consigo esperemos que compense o
erradamente confundidas com segurança
Os organizadores do festival afirmam que
impacto ambiental do festival». E o cenário
eterna, o Burning Man desafia tudo isto,
a colocação dos trabalhos num contexto
do deserto acentua ainda mais este aspecto.
desfazendo qualquer mecanismo de protecção
público durante breves períodos de
«Eu não gostaria do festival de Burning Man
convencional e forçando os participantes
tempo reduz também as despesas gerais e
sem o pó que levanta», acrescenta.
a confiarem em algo particular que todos
simplifica o processo de financiamento,
temos e que nunca teremos de comprar: nós
comparando com instalações permanentes
Nós não somos mais do que pó e as nossas
que adornam museus e galerias. Com o BM a
pegadas são apagadas com o soprar
perspectiva convencional altera-se.
permanente dos ventos do deserto. O
É nesta comunidade e no espírito pessoal
festival de Burning Man abraça o efémero,
de auto-dependência que o BM assenta a
Os projectos só são possíveis através
soprando vida para dentro do deserto
sua estrutura socioeconómica, a que os
da interacção dos artistas com os
durante uma mera semana, mas no entanto
participantes se referem como a “economia
voluntários, membros da comunidade e muitos
terminando-a com a mesma velocidade com que
das ofertas”. É proibida a utilização
outros indivíduos tradicionalmente não
a criou. O festival valoriza aquilo que é
de dinheiro em notas e moedas. Enquanto
identificados como criadores de arte. O
temporário. É precisamente este ambiente
que a maioria dos festivais e concertos
debate e a divergência que resultam de
natural desértico e em estado
capitaliza na venda de parafernália
próprios e cada um de nós.
© Foto: Lynx
© Foto: Fawn
DIF: DIF:62. 62.Out.2008 Out.2008——Secção: Secção:Kukies Arte ——pág.054 pág.054
© Foto: Dan Adams
© Foto: Dan Adams
© Foto: Lynx
© Foto: Dan Adams
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Arte — pág.055
© Foto: Fawn
© Foto: Lynx
diversa, bugigangas e lembranças de forma
café, para além do custo substancial do
rigorosas nas quais o BM fundou muita da
a deixar a marca do nome dos seus eventos
preço de entrada no BM, que é necessário
sua própria filosofia. Não deixar marca.
numa t-shirt, num porta-chaves ou numa
para poder participar em tudo isto. Uma
caneca descartável de plástico, o BM
parte dos rendimentos beneficia a Black
E com isto, as raízes que estão por debaixo
rejeita o consumismo. Durante sete dias
Rock Arts Foundation que suporta projectos
da contracultura do Burning Man pedem uma
é necessário partilhar, trocar, dar e
de desenvolvimento da comunidade local e
reflexão mais profunda. Olhando para além
receber.
faculta fundos para os artistas.)
dos malabaristas do fogo, consumidores
Desde duches a massagens, leitura de
O Burning Man ensina-nos que podemos viver
excêntrico, deparamo-nos com um conjunto
energias e bebidas gratuitas, tudo é
a vida com a natureza, interagir com
bem fundado de ideais, mantidos com orgulho
oferecido de acordo com a vontade e
ela, habitá-la, mas deixá-la intocada.
e praticados ao longo de sete dias. E
disponibilidade de cada um. Se é necessário
Rigorosamente tudo aquilo que é levado para
ficamos com a esperança de que o que é
uma chave-inglesa e o vizinho necessita de
dentro do festival é depois retirado. A
vivido e experimentado no BM transponha
uma bomba de ar ou talvez alguns óculos
adesão total ao rigoroso código de ética
as fronteiras invisíveis do deserto para
cor-de-rosa com lantejoulas que protejam
ambiental é necessária, porque a protecção
dentro das nossas vidas quotidianas. E, tal
contra o pó, é necessário chegar a um
do playa é vital para a vida do festival. O
como “O Homem”, também nós desapareceremos
compromisso com base num sistema de trocas.
Deserto de Black Rock é território federal
um dia, retornando ao pó no chão do
(Mas aparentemente nem o BM é 100% aderente
que é cedido aos organizadores do festival
deserto, um pequeno grão de areia de uma
às suas próprias regras. Vende-se água e
desde que sejam observadas as condições
playa imensamente maior.
de ópio e exibições dum expressionismo
Nós, humanos ocidentais “educados” lemos até mesmo sem querer. Somos incapazes de passar por uma fila de letras sem as tentar agrupar e tirar um significado do conjunto. Quanto menos palavras mais difícil é resistir. Mas, para que uma mensagem escrita passe bem carregada de informação, a escolha da font (do “tipo” de letra) deve ser objecto duma selecção criteriosa ou de um desenho bem feito. DIF: 62. Out.2008 — Secção: Design Kukies — pág.056
TIPOS ÚNICOS
TIPOS ÚNICOS
que se construam letras com formas cada vez
institucionais de elevada qualidade,
Texto Joaquim Ramalho
mais complexas e extravagantes, ao mesmo
recuperando um trabalho personalizado de
tempo que é fácil fazer o “remix” a uma font
“ilustração tipográfica” típica da era pré-
já existente.
computador.
Nós, humanos ocidentais “educados” lemos até mesmo sem querer. Somos incapazes de passar
Mais do que um livro para designers é uma
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Design — pág.057 por uma fila de letras sem as tentar agrupar
Neste panorama, em que tudo está cada vez
peça útil para todos aqueles que fazem
e tirar um significado do conjunto. Quanto
mais acessível, torna-se mais difícil marcar
ponte entre designers e clientes, dando a
menos palavras mais difícil é resistir.
a diferença.
possibilidade de elevar o discurso e sair de
Mas, para que uma mensagem escrita passe
uma abordagem convencional e aborrecida na
bem carregada de informação, a escolha da
Chegou-me junto à proposta para este
font (do “tipo” de letra) deve ser objecto
artigo o livro PlayfulType (edição Gestalten,
duma selecção criteriosa ou de um desenho
www.gestalten.com) onde mais uma vez os
Num mundo em que a “tipografia” e os meios
bem feito.
designers tentam puxar e subverter os
de composição gráfica se democratizaram
limites da percepção e da abordagem da
e ficaram acessíveis a “qualquer um”;
A expressão da mancha visual tem muitas
solução gráfica através de diferentes
onde a comunicação perde frequentemente a
vezes um efeito apenas subliminar, sem que
utilizações da tecnologia, que vão desde a
escala humana transpirando massificação
disso tenhamos uma percepção consciente.
recuperação do
e tecnologia, parece que a distinção se
“lettering escrito à mão”
comunicação visual.
dos 60’s, passando por letras feitas por
consegue por oposição a estes valores: a
Nos últimos anos, a par da revolução
“composição gráfica”, técnicas de “corte e
irregularidade própria dum traço à mão já
digital e do trabalho revolucionário de
cola” ou utilização de “materiais efémeros”
não é mais um sinal de “imperfeição”, mas
alguns designers (como David Carson), todo
registados por fotografia.
antes a marca da sua unicidade.
este mundo do desenho das letras e da composição dos layouts tem levado uma grande
Os textos que introduzem as diversas partes
reviravolta.
da obra abordam os paradigmas da tipografia e do trabalho dos agentes de comunicação
Hoje, entramos num “dafont.com” e todos os
visual ao mesmo tempo que ajudam a desmontar
dias temos uma infinidade de novas fonts
as soluções de alguns autores.
que designers e estudantes disponibilizam gratuitamente para download e nos permitem
Se muitas destas propostas gráficas já
expressar o mais variado tipo de emoções.
possam ter sido vistas em circuitos mais alternativos, onde a falta de recursos
A capacidade de processamento dos
implica sempre soluções mais criativas,
computadores e a evolução de softwares
este livro mostra como usando a tecnologia
específicos (como o FontLab) também permite
se podem apresentar também resultados
Dancemade
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Design — pág.058
/64
45
Sarah King
Lowman &rmn', Magnetofonica &`
/45
Lowman &rmn', Magnetofonica &`mrrmk'
Yokoland
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Design — pág.059 //6
/65
Vasava
Niessen & de Vries &rmn', Rounf &`mrrmk'
A Mala de Cartão Reciclado
Já não levam malas de cartão, mas transportam consigo os clichés do passado, actualizando-os no século XXI e redefinindo o conceito de emigrante. Em comum com a Linda de Susa têm apenas o facto de viverem fora do seu país e procurarem realidades que lhes permitam voar mais alto. O contexto sócio-cultural em que o fazem é completamente diferente. Rui Ferreira, José Filipe e UIU são três bons exemplos desta nova geração de “e-migrantes” que já conseguiu criar projectos de sucesso no estrangeiro. São eles os protagonistas do documentário DIF: 62. Out.2008 — Secção: Cinema Kukies — pág.060
A Mala de Cartão Reciclado
das cidades por onde passa.
segunda casa e admite que viver lá lhe abriu horizontes. «Permitiu-me evoluir mais
Texto Filipa Penteado A escolha destes três jovens para
depressa, porque o mercado é maior e há
Já não levam malas de cartão, mas
protagonistas de A Primeira Fronteira parece
mais iniciativas para jovens realizadores»,
transportam consigo os clichés do passado,
óbvia, mas não foi fácil. Tendo em conta que
afirma. No entanto, existe um outro lado
actualizando-os no século XXI e redefinindo
mais de cinco milhões de portugueses vivem
da moeda que não pode ser ignorado.
o conceito de emigrante. Em comum com a
fora do país, o que é que diferencia uma
Embora as fronteiras físicas sejam cada
Linda de Susa têm apenas o facto de viverem
vivência da outra e a torna mais relevante?
vez mais ultrapassáveis, existem outras
fora do seu país e procurarem realidades
Segundo Enrico Saraiva, produtor da Black
mais difíceis de transpor. «Sei o que
que lhes permitam voar mais alto. O
Box, nada. «Todas as histórias são válidas,
é
contexto sócio-cultural em que o fazem é
porque são histórias de transformações
pessoa faz para se integrar minimamente
completamente diferente.
pessoais», afirma. «A escolha destes três
e o sentimento de solidão que isto às
Rui Ferreira, José Filipe e UIU são
jovens é um tributo à capacidade que eles
vezes traz. Estou fora há anos e continuo
três bons exemplos desta nova geração
têm de entender como mudaram e narrar a
a sentir-me um estrangeiro. Não no mau
de “e-migrantes” que já conseguiu criar
sua própria
sentido, simplesmente continuo a sentir-
projectos de sucesso no estrangeiro. São
câmara e uma equipa de produção», explica
me culturalmente diferente. E como eu há
eles os protagonistas do documentário A
Enrico Saraiva.
muitos portugueses pelo mundo fora a sentir
transformação em frente a uma
Primeira Fronteira.
ir viver para fora, o esforço que uma
o mesmo», acrescenta Espírito Santo. A pré-produção
A pós-produção e o marketing
O Casting Este documentário foi desde o início um
Um dos elementos fundamentais para este
Realizado por Marco Espírito Santo e
reflexo da história que conta. Os “pais”
documentário foi participação do designer
produzido pela Black Box em parceria
do projecto vivem em condições semelhantes
gráfico Mário Belém. Foi ele que criou
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Cinema — pág.061
com a Pulse Films e a Filmes do Fundo,
à dos protagonistas e foi esse o ponto de
toda a linha gráfica para as imagens em
o documentário fala sobre a experiência
partida para esta viagem. «Eu, o meu sócio,
movimento, mas também para os flyers, para
destes jovens além-fronteiras. Vêm de
o jornalista Hugo Gonçalves (que viria a
os posters e para o site. O resultado
áreas distintas – Rui é bodyboarder, José
escrever o guião) e o Marco Espírito Santo,
final é jovem, diferente e inovador, o que
é empresário e UIU é artista plástico –
somos todos estrangeiros nas cidades em que
se adequa perfeitamente à temática e ao
mas têm em comum uma determinação invulgar
vivemos», diz o produtor Enrico Saraiva.
público-alvo. Para além disso, complementa
para lutar contra as adversidades da vida.
«Observámos que existe um espírito diferente
também o plano de marketing para a promoção,
Conhecem o ditado popular “quando a vida
entre as pessoas que deixam o seu país.
uma vez que esta tem como base as novas
te dá limões, faz limonada”? Estes três
Ao enfrentarem novas realidades, produzem
tecnologias de comunicação. «Optámos por
jovens fizeram isso e muito mais. Pegaram
mudanças de tal forma que afectam a forma de
dar a conhecer o projecto através do site
nos limões, fizeram limonada e venderam-
pensar e estar no mundo», acrescenta.
e fizemos um pressing em blogs e revistas especializadas», explica Enrico Saraiva.
na. Com esse dinheiro, compraram sementes e plantaram uma laranjeira para finalmente
Para conseguir construir uma história
«Lançámos notícias do filme dentro dos
terem as laranjas para o sumo mais doce que
válida sobre esta forma de viver o mundo, a
nichos que dizem respeito a cada um dos
tanto queriam.
equipa de produção seguiu os protagonistas
protagonistas. Com o Rui promovemos em sites
Metáforas à parte, os resultados concretos
durante um ano através de cinco cidades:
desportivos, com o UIU em sites e blogs que
deste trio estão à vista: hoje em dia, Rui
Lisboa, Porto, Madrid, Bilbau e Barcelona.
dizem respeito a arte e street art, e com o
Ferreira, que quando era pequeno usava uma
Só assim seria possível captar de forma
José Filipe em meios dentro do marketing»,
placa de esferovite e um fato-de-treino
válida os desafios que lhes são colocados
acrescenta.
para fazer surf, foi vice-campeão do mundo
e as escolhas que tiveram que fazer. O
A fase final da distribuição está em
e tem uma loja de desporto no País Basco
crescimento pessoal de que se fala em A
fase de negociação, mas espera-se que em
que patrocina atletas de todo o planeta;
Primeira Fronteira não
José Filipe, que cortou papel numa agência
O que se ganha é muitas vezes equivalente
ecrã que esteja à altura da ambição desta
de publicidade, tem uma empresa de branding
ao que se perde mas acaba por ser tudo uma
equipa. Acima de tudo, um ecrã com dimensão
com sedes em seis cidades internacionais;
questão de equilíbrio e de estabelecer
suficiente para fazer jus à sua capacidade
UIU, que vivia na sala dos pais, é agora um
prioridades.
de sonhar.
marcas como a Nike e a Pepe Jeans. E claro,
O realizador Marco Espírito Santo é prova
www.blackbox-online.net/
continua a espalhar a sua arte pelas paredes
viva desta realidade. Londres é a sua
aprimeirafronteira.net/
é feito a custo zero.
breve possamos ver A Primeira Fronteira num
graffiter de renome que faz projectos para
Da cova para o sangue
Há uns anos atrás, Buffy caçava vampiros munida de uma estaca, pontapés ao estilo “karate kid” e humor sarcástico. Mesmo quem não tinha grande gosto por sangue ou por vampiros não conseguia desviar a atenção da menina que despachava vampiros à velocidade de um “adeus”.Imagens direitos reservados DIF: DIF: 62. 62. Out.2008 Out.2008 — — Secção: Secção: Kukies TV — pág.062 — pág.062
Da cova para o sangue
o material que tinha em mãos não podia ser
toda a hora. Além de todos os habitantes de
desperdiçado num único filme e assim deu à luz
Bon Temps a acharem um “bocado” esquisita.
True Blood. Uma série que pega no imaginário
Mas, um dia apaixona-se por um vampiro e
do Drácula e lhe junta o sotaque do Sul
tudo muda. Bill Compton (Stepehn Moyer) tem
Há uns anos atrás, Buffy caçava vampiros
dos EUA, uma dose elevada de sensualidade
173
munida de uma estaca, pontapés ao estilo
perversa e Anna Paquin.
Na sua companhia Sookie tem o “silêncio”
Texto Ana Cristina Valente
“karate kid” e humor sarcástico. Mesmo quem não tinha grande gosto por sangue ou por
e
não
tem
actividade
cerebral.
que precisa. No entanto, quando aceita um primeiro encontro com Bill, o irmão acha que
O sangue
vampiros não conseguia desviar a atenção da
ela tem um “desejo, de morte”. Será?
menina que despachava vampiros à velocidade
Graças a uma empresa de investigação japonesa,
de um “adeus”.
desenvolveu-se
Hoje, a Buffy está reformada
anos
uma
bebida
sintética
que
“Bad Things”
e dedica-se ao crochet. Até porque agora os
satisfaz todas as necessidades nutricionais
vampiros vivem entre nós e já não precisam
dos vampiros e podem comprá-la em qualquer
O genérico é uma mistura entre o de Dr.House
do nosso sangue.
loja de conveniência em packs de 6. TruBlood
e as graphic novels de Frank Miller, agitado
é para os vampiros como a Budweiser para os
com sonoridade country a mandar para o bluesy.
Depois de Sete Palmos de Terra, o conhecido
humanos, uma bebida refrescante. Por isso,
Na verdade o que nos fica bem cravado no
argumentista e criador da série Alan Ball
podem ambos conviver em sociedade sem se
ouvido é a letra: «I don’t know who you think
muda de temática, mas não tanto. O mundo dos
“alimentarem” uns dos outros.
you are / But before the night is through / I wanna do bad things with you». Para ouvir
vivos e dos mortos volta a cruzar-se, mas desta vez num género menos dramático e mais
no bar Fangtasia, onde a fantasia se cruza
A primeira dentada
com os caninos bem salientes. Wanna grab a
vampiresco. Não se preocupem que o senhor não andou na companhia de Johnnie Walker
Bon Temps é uma terreola do Estado do Louisiana
e
onde Sookie Stackhouse (Anna Paquin) é uma
nem
enlouqueceu.
Simplesmente
encontrou
nos livros de Charlaine Harris,The Sookie
empregada
de
mesa
que
trabalha
todas
as
Stackhouse aka Southern Vampire Series, o
noites no bar local, Merlotte’s. Mas, tem
seu novo mantra, que é como diz “pipocas para
uma capacidade algo invulgar: consegue ler
gente inteligente”. E dos livros à série de
mentes. Para Sookie acaba por se tornar um
televisão foi um passo. Ball acreditou que
fardo pesado ouvir o que os outros pensam a
bite? http://bloodcopy.com http://americanvampireleague.com http://fellowshipofthesun.org/ http://www.trubeverage.com
DIF: 62. Out.2008 — Secção: TV — pág.063
Portugal Dança Enquanto Dorme DIF: DIF: 62. 62. Out.2008 Out.2008 —— Secção: Secção: Kukies Dança —— pág.064 pág.064
Contemporary Dance Festival 16º Edição da Quinzena de Dança de Almada «A existência precede e governa a essência.» Jean-Paul Sartre Portugal Dança Enquanto Dorme
diria mesmo sui generis, a dinamização e o
internacional
Texto Hugo Israel
impulso na produção artística na autarquia,
que
Contemporary Dance Festival
foi
dar
a Quinzena
16º Edição da Quinzena de Dança de Almada
às
actividades
prioridade,
no
evento.
Ao
noutros
invés
do
festivais,
plano
nacional,
e
artísticas
trazida pela Plataforma Internacional, tem
Associações
sempre procurado não se limitar a um estilo
culturais
trabalhadas/desenvolvidas
deste
ocorre/acontece
por
de
Dança
de
Almada, e a mais-valia
«A existência precede e governa a essência.»
e Companhias residentes que, no fundo, são
ou
Jean-Paul Sartre
a matéria-prima do Concelho, e promover a
direcção; é esse o desejo que os move, o peso
corrente
artística
de
predilecção
da
inovação e a qualidade destes grupos locais
da
Estamos perante o último grande movimento
através de apoios sustentados à medida do
livre nas decisões que assume.
cultural do ano na dança (Inter)Nacional.
público, cada vez mais exigente.
Confrontado
Quinzena
A programação internacional numa estética de
ser
[profundamente]
fusão (dança, vídeo, teatro e imagem) vem
implica
âmbito
agarrar novos públicos-alvo e acrescentar uma
arbítrio, as quais só o próprio indivíduo
artístico e cultural apresentado. Com uma
nova plataforma coreográfica, enriquecendo,
pode fazer. Muitos de nós ficamos paralisados
dinâmica política e social muito peculiar,
nessa
e, dessa forma, abstemo-nos
responsabilidade
de
quem
é
totalmente
E, frente a essa liberdade de eleição, o
de
Dança
orgulhoso
de
com
a
Almada
pelo
programação fiquei
desenvolvimento
da de
medida,
a
programação
e
projecção
humano
angustia-se,
escolhas,
numa
pois
a
lógica
liberdade de
livre-
de fazer as
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Dança — pág.065
escolhas necessárias. Arriscar-se, procurar
desconhecia e que não resisto a referi-lo
a autenticidade, é uma tarefa árdua, uma
aqui:
jornada pessoal que o ser deve empreender
que o há-de comer”, e a produção artística
em busca de si mesmo, sendo que esta procura
preparou
nos
nos
encaminha
para
um
espaço
aberto
à
individualidade, terreno fértil à inovação e à miscigenação, funcionando como uma montra da qualidade e variedade que compõe a dança contemporânea actual. A Quinzena
de
Dança
de
Almada
lança-nos neste arriscado desafio. Um
verdadeiro
banquete
de
corpos
prontos
a serem exibidos e consumidos pelo nosso olhar
(des)atento.
A
Ana,
uma
personagem
civil que faz parte da minha vida há muitos anos, ensinou-me um sugestivo provérbio que
“guardado está o pecado para aquele um
saciar
artísticas.
banquete sem
“pecaminoso”
barreiras
ou
para
restrições
SURFACE: ABOVE
Lisboa andava quieta. Era tempo de férias e os poucos que passavam aproveitam para viver a cidade de outra maneira. A atmosfera é totalmente diferente da do resto do ano. Parece ter sido tudo meio deixado ao abandono... Do topo do telhado...
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Surface — pág.066
SURFACE: ABOVE
furar o esquema da ordem e fazer surgir
“hand made” nas suas obras.
Texto Célia F.
um novo mundo de cor, um evidenciar de uma
Tem viajado pelo mundo inteiro a pintar.
realidade presumida.
Completou recentemente a sua quarta Tour
Lisboa andava quieta. Era tempo de férias
No mês da quietude, Above andou por Lisboa.
Around The World na qual teve a oportunidade
e os poucos que passavam aproveitam
Que marcas deixou? Onde andou? Que locais
de espalhar o “Aboverismo” por várias
para viver a cidade de outra maneira. A
a efemeridade já apagou? Fomos atrás das
cidades da América Central e Sul como a
atmosfera é totalmente diferente da do
marcas do artista e acabamos por descobri-
Cidade do México, Buenos Aires, Rio de
resto do ano. Parece ter sido tudo meio
lo. Quem é Above?! Above é um rapaz como
Janeiro, Bogotá. Entre situações arriscadas
deixado ao abandono... Do topo do telhado,
outro qualquer e que dá morada a uma mente
e momentos de amizade inesquecíveis, Above
na esquina inadvertida ou simplesmente
de génio.
espalhou a cor e o génio que o caracterizam
do outro lado do passeio há alguém que
por toda a parte, desde o óbvio ao
observa. Quase em modo sniper Above
Nasceu na Califórnia e foi criado num
capta os movimentos, os horários e todo
ambiente inundado de arte. Os pais eram
o ambiente que envolve o alvo a atacar.
ambos artistas e músicos. Criar obras de
Das pessoas espera sempre, como reação à
Cada parede é cenário de uma história.
arte para ele sempre foi tão natural como
sua obra, uma enorme gargalhada!
Cada parede pode servir para ilustrar uma
aprender a ler ou andar de bicicleta. Criar
O que mais gosta nos graffiti é a sua
qualquer realidade ali presente. Cada
obras de grande impacto sempre foi para si
condição efêmera e de não estabilidade e
parede é única.
uma paixão.
permanência. Há trabalhos que vivem umas
Above vê, capta, comenta e deixa mensagem
Desde muito novo se desenvolveu num
em modo de grande pintura. O modus operandi
ambiente altamente contaminado pelo
é sempre o mesmo: a observação. Há que ter
sckateboarding e o tagging. Daí para os
O seu lema: «Trusting in the unknown and
em conta o contexto, o tipo de parede, a
graffiti foi um curto passo.
just going with the flow».
superfície, as histórias que se vivem ou
Trabalha sempre com os mais diversos
que são sugeridas pelo local. Depois é
materiais e coloca sempre um grande quê de
completamente inesperado.
horas. Outros há que crescem e vivem para contar a mesma história a muita gente.
Uma palavra de sabedoria: Viajar!
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Surface — pág.067
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Surface — pág.068
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Surface — pág.069
RIDING BOYS Fotografia - FERRAN CASANOVA Styling - ANGEL CABEZUELO Maquilhagem e Cabelos -
M DE MARIA
Modelos - MAX SOKOLOV (ICON),
MAX Cardigan Preto HEMERAH Calças LEVI´S Polainas CARLOS DIEZ Ténis VICTORIA
RAFA Camisa NAPAPIJRI Sweatshirt com capuz TRIMÄPEE Calças
EBP
Cinto G-STAR
RAFAEL YAPUR (TRAFFIC)
RAFA Calรงas EBP Botas TOMMY HILFIGER
MAX Trench Coat
PHARD
Calรงas TOMMY HILFIGER Botas LUXOIR
MAX Máscara da produção
RAFA Gola GUSTAVO ADOLFO TARL Luvas H&M Sweat de malha e calรงas LACOSTE Botas SENDRA
MAX Trench Coat ANTONIO MIRÓ Sweatshirt com capuz TRIMÃPEE
MAX Pólo LACOSTE Camisa ARMAND BASI Calças JOSEP ABRIL Chapéu GOORIN
RAFA Boné GOORIN Trench Coat G-STAR Calças EBP Ténis NEW BALANCE Polainas da produção
ROOM SERVIC Fotógrafo: Anne-Marie Michel Stylist: Aradia Crockett
Cabelos: Daminie Hutton at ASH Salon, Covent Garden Maquilhagem: Sandra Cooke
Modelos: Egle and Kelly from Bookings Models, London Localização: The Howard Hotel in London
Vestido- Ginger and Smart
Vestido- Ginger and Smart
テ田ulos- Linda Farrow Vintage
Anテゥis- Rock and roll rings by Urban Outfitters
Calテァas- Steve J and Yoni P Top- Steve J and Yoni P
CE
Vestido- Eley Kishimoto Meias- Jonathan Aston Sapatos- Terry De Haviland
Tudo-
Luella
Model on left- Blue Cardigan by Luella Vestido- Luella Sapatos- Terry De Haviland
Model on right- Shirt- Sara Berman Calรงas- Sara Berman Sapatos- Terry De Haviland
Vestido- Steve J and Yoni P
Colete- Avsh Alom Gur
Colar- Tatty Devine at Urban Outfitters
Calรงas- Betty Jackson Meias- Betty Jackson
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Agenda·Destaque Música — pág.086
CANSEI DE SER SEXY
por Lovefoxxx alcançou a proeza de
de criação: 1) Dois anos depois de
gravar verdadeiras canções pop, como
se darem a conhecer, continuam a ser
Como pelo menos metade da população
os muito dançados ’Off the Hook‘,
os únicos paulistas a rivalizar com
mundial terá já concluído, o estado
’Let’s Make Love and Listen Death
o carioca baile funk na disseminação
de graça que os brasileiros Cansei
From Above‘, ’Music Is My Hot, Hot
mundial da música em português do
de Ser Sexy têm saboreado até ao
Sex‘ e ’Off the Hook‘. Donkey (2008),
Brasil. E isto mantendo intactas as
caroço tem actualmente muito pouco
o álbum que lhe sucede e que ocupará
marcas do tal caldeirão cultural
a ver com a música que fazem.
boa parte desta nova passagem por
onde a moda se junta à música, que
Ninguém também colocará em causa
Portugal, sugere que os CSS tomaram
se junta às artes plásticas, mais o
que, para uma banda que começou a
o gosto das canções mais açucaradas,
design e a arquitectura. 2) Uma volta
causar burburinho mesmo antes de ser
mas que cometeram o erro de limar
ao mundo como a que estão a dar, com
conhecida a sua eventual capacidade
as arestas que davam à banda larga
passagem pelos maiores palcos pouco
para escrever e tocar canções, o
dose de personalidade – são hoje mais
tempo depois dos mais pequenos, há-de
álbum homónimo de estreia (2006)
redondos do que angulares.
ter trazido alguma riqueza à música
não foi exactamente uma desilusão.
Donkey foi feito em viagem e a pensar
dos Cansei de Ser Sexy. E há coisas
A uma orgia referencial nada alheia
na viagem, assumiu já o grupo. Nada
muito piores para serem feitas do
à cidade de São Paulo – espécie de
de muito mau, não fosse o facto
que ir conferir isso mesmo nos dois
bastião de culturas esteticamente
de a banda brasileira ter dado a
concertos este mês em Portugal. Pedro
mais arty e alternativas do que
esse chavão uma interpretação pouco
Gonçalves
as da Cidade Maravilhosa – os
abonatória: o disco parece ter sido
CSS juntaram nesse disco um
feito para tornar mais fácil o acto
28 de Outubro // Coliseu de Lisboa
diletante mas fiel compromisso
de tocar ao vivo. Ora, com tanta
29 de Outubro // Teatro Sá da Bandeira
com a libertinagem musical. Com
música nova para ouvir todos os dias,
(Porto)
pedaços desavergonhadamente mal
o que faria o melómano perder tempo
acabados de géneros que vão do punk
com gente preguiçosa? Simplesmente,
ao electro, passando pelo disco e
há dois factores que compensam o
pela new wave, a banda liderada
aparente abrandamento das turbinas
Mafalda Arnauth
indicação de que o registo partiu primeiro de um conceito de palco
Deolinda ou A Naifa são dois dos
para a posterior edição física que
projectos nacionais que, em tempos
tem agora…concertos de apresentação.
recentes, ousaram redesenhar formas
As músicas de sempre do género,
e modelos de criar música em
novas composições, uma banda de
português, levando o fado a soltar
excepção, uma cantora que parte do
amarras e a encontrar ligações com
fado para nos apresentar o que de
elementos mais próximos do formato
melhor tem a música portuguesa.
canção, seja em regime acústico
Chega e sobra para recomendar
ou, inclusive, electrónico. Mafalda
qualquer concerto de Mafalda
Arnauth parte do oposto: senhora
Arnauth.
fadista de carreira mais do que
Pedro Figueiredo
consolidada, tem agora novo disco, Flor
de
Fado, onde procura, com
sucesso, desafiar algumas convenções e assume-se, mais do que fadista,
11 de Outubro // Centro Cultural
como cantora. Uma grande cantora,
de Belém, em Lisboa
por sinal. Mais subversivo torna-
24 e 25 de Outubro // Casino
se ainda este Flor
da Póvoa de Varzim
de
Fado com a
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Agenda Música — pág.088
Aimee Mann
pelo público em geral. Magnolia, pois então, ou como raras vezes som
Já não é uma estreia, mas será
e imagem se uniram de forma tão
com toda a certeza um dos mais
sublime – quem consegue esquecer
especiais concertos em palcos
a cena onde cada personagem,
nacionais da temporada. Depois
cada qual na sua intransmissível
de um primeiro espectáculo no
posição, canta um excerto de ‘Wise
ano passado, Aimee Mann regressa
Up’? Um par de excelentes discos
ao local do crime, o Coliseu de
depois, 2008 viu então nascer
Lisboa, para apresentar com pompa
@#%&*! Smilers, curiosamente um dos
e circunstância a novidade @#%&*!
comercialmente mais bem sucedidos
Smilers, nome bizarro, todavia
discos da cantora até hoje. Anote:
representativo de uma certa
Lisboa, Coliseu dos Recreios,
luz interior que parece agora
18 de Outubro – com risos e/ou
vislumbrar-se nas canções da norte-
lágrimas (não riscar nenhum, ambos
americana, outrora voltada quase em
interessam), poucos serão os que
exclusivo para um certo cinzentismo
permanecerão indiferentes após esta
emocional. Magnolia, o clássico
noite. Pedro Figueiredo
intemporal de Paul Thomas Anderson, foi o despertar global para as canções de Aimee Mann, que gravou
18 de Outubro no Coliseu
oito faixas para a banda-sonora do
dos Recreios, em Lisboa
filme. Antes, todavia, havia já uma passagem por uma banda punk e dois discos em nome próprio bem acolhidos pela crítica, mas injustamente ignorados
TRAMA - FESTIVAL DE ARTES PERFORMATIVAS
experimentais. Introspectivo, mas também festivo, o Trama vive de dia e de noite.
TRAMA - Festival de Artes Performativas
O Trama propõe práticas artísticas onde
é a terceira edição de um festival de
a performatividade se entende actual,
carácter multidisciplinar, dirigido às
actuante e reveladora de imaginários,
artes performativas, estabelecido na
perspectivas e pensamentos encarados/
cidade do Porto, decorrendo no mês de
apresentados numa dimensão aberta e
Outubro e ocupando diversos espaços
reflexiva. Hugo Israel
culturais da Invicta, da Baixa à Boavista, passando pelo Castelo do Queijo, revelando
23 – 26 Outubro //
- por vezes devolvendo - novas geografias
reservas (+351) 226 156 500
aos públicos e criadores.
programação // www.festivaltrama.org
Ocupando diferentes espaços – do auditório à sala de estar, do hotel à loja, da praça ao bar e ao parque de estacionamento – o Trama transforma a forma como são percebidos na sua dimensão pública. Instaura a rua como possível palco para a experiência e explora as suas potencialidades performativas e
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Agenda Festivais — pág.089
doclisboa
(para filmes com mais de três horas) são outros dos destaques de uma programação que
O
doclisboa,
Festival Internacional de Cinema
visa consolidar o certame, cada vez mais,
Documental é o único festival de cinema
como um dos maiores festivais de cinema
em Portugal exclusivamente dedicado ao
documental a nível internacional. Alguns
documentário. A 6ª edição do certame
dos filmes aguardados com maior expectativa
realiza-se de 16 a 26 de Outubro na
são Maradona
Culturgest, Cinema Londres e pelo primeiro
Emir Kusturica sobre o genial futebolista
by
Kusturica, documentário de
ano também no Cinema São Jorge. Depois
argentino, Jogo
de, em 2007, ter ultrapassado os 30 mil
um dos maiores documentaristas brasileiros
espectadores, a perspectiva é a de aumentar
em actividade ou ainda Gonzo: The Life
o número de presentes na edição deste ano.
of
Para isso, a organização apresenta uma
Alex Gibney. Pedro Figueiredo
programação onde durante 11 dias serão exibidos cerca de 150 filmes, divididos entre secções como as competições oficiais, um destaque a documentários “Made in China” ou um prolongamento da retrospectiva de Diários Filmados
e
Auto-Retratos (comissionada por
Augusto M. Seabra), iniciada na edição de 2007. Para além disso, o doclisboa orgulhase de apresentar Frederick Wiseman como convidado de honra da edição do presente ano. Wiseman dedicou a vida a retratar instituições e a sociedade americana, e discutirá em Lisboa dez dos seus filmes. Docs 4 kids e o término com o Maratonadoc
de
Cena, de Eduardo Coutinho,
and
Work
Dr. Hunter S. Thompson, do multi-premiado
W
rodagem foram numa produção
rica do mundo, passando
De Oliver Stone
feita para a revista
pelo governador e pelo
Com Josh Brolin, Elizabeth
Entertainment Weekly de
homem que se converteu ao
Banks, Ellen Burstyn, James
Maio em que Josh Brolin
Cristianismo depois dos 40
Cromwell, Richard Dreyfuss
e Elizabeth Banks
anos. Não se pode dizer que
e Jeffrey Wright
na capa caracterizados
tenha acordado tarde para a
com Bush e Laura Bush
vida. Nunca é tarde demais.
Toda a gente sabe quem é
respectivamente. Com um
Para Oliver Stone não é
Bush, quanto mais não seja
orçamento reduzido( 30
certamente, pelo menos
por ser o ainda Presidente
milhões de dólares para
esperemos que não. É que
dos EUA. Mas e W? Saberá o
um filme deste género não
depois da versão “Hedwig”
cidadão comum quem é W? É
é muito), Stone teve de
de Alexandre, O Grande,
que não só é aquela pequena
seguir o plano de rodagem,
acho que Bush não iria
letra que o distingue do
não havendo espaço para
gostar mesmo nada de ver
nome do pai como acaba
imprevistos. Ainda assim
sua vida retratada enquanto
também por funcionar como
a prótese do nariz de
versão do Porky’s. Ana
uma metáfora. Uma metáfora
Brolin caiu na piscina onde
Cristina Valente
para o lado desconhecido do
filmavam uma das cenas,
homem que todos conhecem
uma grua partiu-se e uma
Estreia Prevista: 23 de
como Presidente.
rabanada de vento quase
Outubro.
Durante a rodagem, o filme
levou a equipa técnica toda
teve envolto em grande
de volta para o Kansas.
secretismo ou não fosse a
O filme acompanha Bush
personagem principal George
(Josh Brolin) desde a sua
W. Bush. As únicas imagens
juventude até chegar a
que saíram durante a
Presidente da nação mais
surgem
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Agenda Cinema — pág.090
Savage Grace
desprestígio, mas pelo simples facto
De Tom Kalin
do marido Brooks (Stephen Dillane) lhe
Com Julianne Moore, Stephen Dillane e Eddie
relembrar recorrentemente as origens.
Redmayne
Quando o único filho do casal Tony (Eddie Redmayne) nasce, a delicada relação
Uma mãe sabe. Uma mãe sente quando o filho
entre marido e mulher parte-se que nem
não está bem, uma mãe conhece o seu tom
fino cristal. Tony é aos olhos do pai
de voz mesmo por entre a estática de um
um fracassado e irá refugiar-se numa
telefone, uma mãe sabe. Bárbara é mãe
proximidade ambígua com a solitária mãe.
e sabe tudo isso. O que ela desconhece
Julianne Moore nasceu para interpretar
é que a sua proximidade com o filho é
personagens complexas, interiormente
claustrofóbica. Ele cresceu, tem gostos e
histriónicas por vezes, mas de expressão
identidade própria. Mas, Bárbara vive da
asséptica e presença cirúrgica. Em Savage
presença do filho como do ar que respira.
Grace ela projecta uma tensão cortante
Baseado na história verídica de Barbara
até com um olhar de poucos segundos e
Daly Baekeland (Julianne Moore), o filme de
juntamente com a contenção agressiva de
Tom Kalin cria uma atmosfera abafada, como
Eddie Redmayne adensam o clima narrativo.
em época de trovoada, prevendo o desenlace
Os saltos no tempo aceleram o ritmo. A
trágico. A vida real consegue, com a sua
pulsação cardíaca sobe.
incomparável acutilância, ser superior à
Finalmente, estreia nas nossas salas,
ficção na sua qualidade de narradora.
depois de oficialmente ter sido apresentado
Barbara é uma mulher bonita e carismática,
em Cannes em 2007. Ana Cristina Valente
cujo único erro talvez tenha sido casar acima da sua classe. Não por qualquer
Estreia Prevista: 9 de Outubro
BIACS 3
tecnologia, a arquitectura ou o meio ambiente,
3ª BIENAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SEVILHA
através de cerca de 180 obras.
Curadoria: Peter Weibel
meia de artistas de diversas nacionalidades,
Co-curadoria: Wonil Rhee, Marie-Ange Brayer
dividem-se pelos quatro núcleos desta bienal
Centro Andaluz de Arte Contemporáneo –
que terá como espaços físicos o habitual
Sevilha, Espanha
CAAC de Sevilha, o magnífico Alhambra de
Centena e
Granada e ainda o espaço público destas duas Palácio Carlos V - Alhambra – Granada,
cidades. A BIACS 3 conta com a colaboração
Espanha
de dois co-curadores: Wonil Rhee, curador
02/10/2008 – 11/01/2009
coreano, responsável pelo núcleo 2 – Transit Tecnology – centrado nas últimas tendências
Esta
jovem
bienal
aqui
tão
próxima,
que
da
arte
multimédia
e
na
interactividade;
se estreou sob os melhores auspícios com
e
curadorias de Harald Szeemann (2004) e Okwi
Orléans (França), responsável pelo núcleo 3
Marie-Ange
Brayer,
directora
do
FRAC
Enwezor (2006), apresenta agora a sua 3ª
– Media Arquitectura – que reflecte acerca das
edição
outro
transformações na arquitectura a partir do
ex-Activista
surgimento das novas tecnologias. O conjunto
Electrónica
principal da bienal, organizado por Weibel,
(Áustria) e actual director do Centro para
apresenta uma visão retrospectiva sobre as
Arte e Tecnologia de Karlsruhe (Alemanha). O
“obras-primas” da arte multimédia. Haverá
conceito escolhido – YOUNIVERSE – pretende
muito para ver, mas também para ouvir, tocar
representar
cada
e sentir naquela que é a melhor bienal de
indivíduo com o universo, abordando temas como
arte contemporânea num raio de 1000 km. Mais
a mobilidade, a individualização através da
info: www.fundacionbiacs.com
nome
tendo
como
sonante:
Vienense,
comissário
Peter
Weibel,
ex-director
a
do
geral
ARS
interactividade
de
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Agenda Arte — pág.092
ONTEM
de André Cepeda
lugar. Este lugar que se quer “marca”, mas
PORTOBELLO de Patrícia Almeida
que parece “ficção” com as suas hordas de
Curadoria: Natxo Checa
inglesas cambaliantes, travestis que actuam para famílias, engates de circunstância e
Galeria Zé dos Bois – Rua da Barroca, nº 59,
fogachos adolescentes, troncos nús, mini-
Lisboa (Bairro Alto)
saias, tatuagens e bolas de espelhos. Ainda que aparentemente distantes, na geografia dos
11/09 – 08/11/2008 – 4ª a 6ª das 19h às 23h e
objectos representados e no aspecto formal
momentos esquecidos, rejeitados ou apenas
da sua apresentação, estas duas propostas
A ZDB inicia a temporada com duas exposições
conhecidos
revelam-se ao final extremamente coerentes.
individuais de fotografia de dois artistas
toxicodependentes).
portugueses nascidos nos anos 70. André Cepeda
Almeida (Lisboa, 1970), é um projecto de
contemporânea portuguesa, alvos fáceis de
l sábado das 14h às 23h
alternativos
do
por
Porto”, quem
os
esses usa
Portobello,
espaços
(neste de
caso,
Patrícia
Ambas
retratam
momentos
da
paisagem
(Coimbra, 1976) apresenta Ontem, conjunto de
cariz documental desenvolvido no (e sobre
julgamento ou ironia que os autores evitam
imagens capturadas com a precisão, o rigor e
o) Algarve, entre 2005 e 2007. Ele aborda
por via do envolvimento do olhar.
a lentidão do grande formato, resultado de
o fenómeno do turismo veraneante massivo
um projecto desenvolvido entre 2007 e 2008
e
que consistiu em perscrutar os “percursos
influenciam a construção da identidade de um
a
forma
como
estes
fluxos
migratórios Mais info: www.zedosbois.org
Teatro Camões e a CNB
e violino da autoria do compositor esloveno Milko Lazar, especialmente encomendada para esta nova criação coreográfica.
A Temporada 2008/09 da CNB surpreende-nos pela excelente e
A música será interpretada ao vivo pelo próprio compositor, ao
cativante programação que Vasco Wallenkamp nos oferece com
piano, e pela violinista Jelena Zdrale.
o
Four Reasons desenvolve-se através da interacção dos dois músicos
requinte e qualidade
que já nos habituou.Em Outubro e em
estreia absoluta, dois bailados, a nova criação de Rui Horta
com oito bailarinos, que moldam o espaço e o ambiente, contemplando
e o regresso de Edward Clug. Rui Horta apresenta-nos com o seu
e desafiando o objectivo de uns e outros, em diferentes dimensões.
mais recente trabalho, o posicionamento do indivíduo, com o seu
Neste dialogar de movimento e som são explorados espaços comuns,
espaço de singularidade e identidade, no seio de sociedades
permitindo aos intervenientes, bailarinos e músicos, reflectir
profundamente organizadas, é um tema que atravessa recorrentemente
e criar aí um momento de intimidade, relacionado com as suas
o meu trabalho. Vivemos num mundo onde um mainstream avassalador
experiências espontâneas em palco. Hugo Israel
condiciona cada uma das nossas decisões e reduz os espaços de liberdade, mas que, no entanto, nos pretende criativos e originais.
Teatro Camões Grande Auditório | 22 – 25 Outubro 21h00 | Reservas:
A peça musical ‘Four Reasons’, que dá o nome à nova criação
(+351) 707 234 234 Tarde Familiar - 25 Outubro às 16h00
de Edward Clug, é uma composição de quatro sonatas para piano
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Agenda Teatro/Dança — pág.094
Ella de Herbert Achternbusch Ella é um espectáculo marcadamente intimista por força de um curioso dispositivo cénico que junta em palco actores e público, em que Fernando Mora Ramos é Joseph, filho de Ella, mulher a quem a vida negou um resto de
esperança
ou
humanidade.
Construído
a
partir de uma memória pessoal da barbárie nazi, o texto do dramaturgo alemão Herbert Achternbusch procura também o que resta de nós no quadro do pragmatismo economicista dos novos tempos. Uma longa fala construída numa infra-língua, uma língua fruto de maus tratos,
de
choques
eléctricos
e
de
uma
deficiência que se acentua. Hugo Israel Encenação: Fernando Mora Ramos. Interpretação: Margarida Mauperrin e Fernando Mora Ramos. Teatro Viriato | 31Outubro – 01 Novembro 21h30 | Reservas: (+351) 232 480 110
ROTEIRO LISBOA E ZONA CENTRO LISBOA — BARES , CAFÉS E PUBS 100 CONVERSAS.Parque das Nações. Tel: 218 958 248. ÁGUA NO BICO.Rua de São Marçal, 170 - Príncipe Real. Tel: 213 472 830. Bar Gay. AL XEIQUE.Santos. ARROZ DOCE.Rua da Atalaia, 117-121 - Bairro Alto. Tel: 213 462 601. ART.Av. 24 de Julho, 66. Tel: 213 905 105. www.artlisboa.com; info@artlisboa.com BALIZA.Rua da Bica de Duarte Belo, 51A Elevador da Bica. Tel: 213 478 719. BAIRRIO LATINO.Rua da Pimenta. Parque das Nações. Tlm: 917 278 464 / 934 971 585. www.bairrolatinopt.com; info@bairrolatinocafe.com BAR 106.Rua de São Marçal, 106. Tel: 213 427 373. Fax. 213 950 151. Aberto todos os dias das 21h às 02h. Happy Hour até às 23h30. Festa da mensagem todos os domingos. Bar Gay. www.bar106.com; bar106@bar106.com BAR DAS IMAGENS.Calçada Marquês de Tancos, 1-1B Costa do Castelo. Tel: 218 884 636. Das 17h às 02h; dom., das 15h às 20h. Encerra às 2ª e 3ª. BAR DO BAIRRO.Rua da Rosa, 255 - Bairro Alto. Tel: 213 460 184. 3ª a dom., das 22h30 às 04h. Rock, Jazz e alternativa. Dj’s ao fim de semana.
Com espaço para fumadores BAR L.Calçada da Ribeira dos Santos, 31/35 - Santos. BLACK COFFEE.Rua Ivens, 45 - Chiado. Tel/fax: 213 474 077 BLUE NET CAFÉ.Rua da Rosa, 165. Tel: 213 420 753. BICAENSE CAFÉ.Rua da Bica de Duarte Belo 38-42 Elevador da Bica. Tel: 213 257 940. BRIC À BAR.Rua Cecilio de Sousa, 84 - Príncipe Real. Tel: 213 428 971. 2ª, 4ª, 5ª, 6ª, sáb., e dom., das 22h30 às 06h. Encerra às 3ª Feiras. Bar Gay BY|ME.Rua Fradesso da Silveira, Bloco C, Loja 6, Alcântara. Tel: 916 304 913. mailbyme@gmail. com. 3ª a sáb., do 12h às 18h, 21h às 02h. CAFÉ ALEGRIA.Praça da Alegria. CAFÉ DA PALHA.Parque das Nações CAFÉ-GALERIA VER DE PERTO.Rua Costa do Castelo, 26-26A. Tel: 218 870 488. Encerra ao domingo e 2ª. 3ª a 5ª das 12h às 24h. 6ª e sáb. 12h às 02h. CAFÉ SUAVE.Rua Diário de Notícias, 6 - Bairro Alto. CATACUMBAS.Travessa Água Flor, 43 - Bairro Alto. Tel: 213 463 969. Jazz. CAXIM BAR.Rua Costa do Castelo, 22. Tel: 218 880 263. Tlm: 918 400 809. caxim.bar@gmail.com CENA DE COPOS.Rua da Barroca, 103-105 Bairro Alto. Tel: 213 469 019. 2ª a dom., das 22h às 04h. CHAPITÔ.Rua Costa do Castelo, 1/7 - Alfama. Tel: 218 855 550. Todos os dias das 21h às 02h. Teatro, restaurante, bar, esplanada com vista; mail@chapito.org; www.chapito.org CHILLY BAR.Rua do Século, 162. Todos os dias das 21 às 02h. www.chillybar.blogspot.com CINCO LOUNGE.Rua Rubens Leitão, 17A Príncipe Real. CLUBE CARIB.Rua da Atalaia, 78 - Bairro Alto. Tlm: 961 100 942. Aberto todos os dias das 18h às 04h. Ritmos Latinos. club.carib@moonproductions.com.pt CLUBE DA ESQUINA.Rua da Barroca, 30 - Bairro Alto. Tel: 213 427 149. 2ª a dom. das 16h30 às 03h. COOL CAFÉ.Rua da Pimenta, 3 - Parque das Nações. Tel: 218 956 276. Fax : 218 956 227. CUBA LIVRE.Parque das Nações. CULTURA DO CHÁ.Rua das Salgadeiras, 38 Bairro Alto. 10h às 21h30. D’ALMA LOUNGE.Rua da Misericórdia, 74. Tel: 213 433 105. www.dalmalounge.com DOCE CAFÉ.Galerias Península. Av. 5 de Outubro, 20. Tlm: 962 004 595. 2ª a 6ª das 07h às
19h; Av. João Crisóstomo, 23B. ESPAÇO 40 E 1.Rua da Barroca, 41 - Bairro Alto. 2ª a dom., das 20h às 02h. ESTADO LÍQUIDO.Largo de Santos, 5 A - Santos. Tel: 213 955 820. Aberto 3ª e 4ª das 20 às 2h; 5ª até às 3h; 6ª e sáb., até às 4h, dom., das 20h às 02h. ETÍLICO BAR.Rua do Grémio Lusitano, 8 -
Bairro Alto. Aberto de 2ª a sáb., das 22h às 04h. Dj set todos os dias. news@etilicobar.com. FAVELA CHIQUE.Rua Diário de Notícias, 66. Tlm: 967 076 739. Aberto todos os dias das 21h às 03h. FRANCÊS.Av. 24 de Julho, 108 - Santos. Tel: 213 900 821. 2ª a sáb., das 22h às 06h. Encerra ao dom. GALERIA ZÉ DOS BOIS.Rua da Barroca, 59B Bairro Alto. Tel: 213 430 205. GROOVE BAR.Rua da Rosa, 148-150 - Bairro Alto. Aberto das 22h até às 04h. Dj’s 5ª a sáb. HAVANA DOCAS.Doca de Santo Amaro, 5. Tel: 213 979 893. Aberto todos os dias das 12h às 04h. Música latino-americana. HAVANA PARQUE DAS NAÇÕES.Rua da Pimenta 115-117. Tel: 218 957 116. Aberto todos os dias das 12h às 04h. Música latino-americana. HAWAII DOCAS.Doca de Santo Amaro, 1. Tlf: 213 900 010. Aberto todos os dias das 12h às 04h. HENNESSY’S (IRISH PUB).Rua Cais do Sodré, 32-38 Cais do Sodré. Tel: 213 431 064. HERÓIS.Calçado do Sacramento, 14 - Chiado. INCÓGNITO.Rua Poiais de S. Bento, 37. Tel: 213 908 755. INCÓMODO BAR.Rua das Janelas Verdes, 18-22 Santos. Tel: 213 955 761. 2ª a sáb., das 18h às 04h. Encerra ao dom., 5ª Karaoke. IN LISBOA BAR.Rua da Atalaia, 153 r/c. Tel: 213 431 911. info@inlisboa.com JANELA D’ATALAIA.Rua da Atalaia, 160. Tel: 213 465 988. Aberto das 21h às 4h - fecha ao dom., e feriados. KO-ZEE.Calçada Marquês de Abrantes, 142-144 Santos. Das 21h às 04h. LÁBIOS DE VINHO.Rua do Norte, 52 - Bairro Alto. Tapas Bar. Tel: 213 420 597. LGARE.Rua da Rosa, 136 - Bairro Alto. Tlm: 918 952 245. Aberto de 3ª a sáb., entre as 17h e às 02h. Domingos música ao vivo a partir das 18h30. Alternativa, rock, jazz. LOUNGE.Rua da Moeda, 1 - Cais do Sodré. 3ª a dom., das 22h às 04h. MAO-ORIENTAL LOUNGE.Av. 24 de Julho 116/118. Tel./fax: 213 960 911. MAR ADENTRO.Rua do Alecrim, 35. Tel: 213 469 158 MARIA CAXUXA.Bairro Alto. MAX.Rua São Marçal, 15 - Príncipe Real. Bar Gay. Espectáculo de stripers às 5ª. MEXE.Rua da Trombeta, 4 - Bairro Alto. Tel: 213 474 910. Das 22h às 02h. MEZCAL.Travessa Água de Flor, 20 - Bairro Alto. Tel: 213 431 863. Das 22h às 02h. Música mexicana. MUSIC BOX.Largo de Stº António, 3. Tel: 213 430 107. office@musicboxlisboa.com Nº2 (É PRÁ PONCHA).Av. 24 de Julho, 82B NAPRON.Rua da Barroca, 111. NOOBAI CAFÉ.Miradouro do Adamastor - Stª Catarina. Tel: 213 465 014. Das 12h às 24h. www.noobaicafe.com NOVA TERTÚLIA BAR.Rua Diário de Notícias, 60 - Bairro Alto. Tel: 213 462 704. Todos os dias das 20h30 às 04h. O’GILIN’S (IRISH PUB).Rua dos Remolares, 8-10 - Cais do Sodré. Tel: 213 421 899. Aberto todos os dias das 11h às 02h. Música ao vivo 6ª e sáb. ÓKA BAR.Rua dos Mouros, 21 - Bairro Alto. Tlm: 964 570 117 / 962 339 175. ONDA JAZZ.Arco de Jesus, 7 - Alfama. OP ART.Doca de Santo Amaro. Tel: 213 956 787. A partir das 15h. Encerra à 2ª. POIS CAFÉ.Rua São João da Praça, 93-95 Alfama Tel: 218 862 497. 3ª a dom., das 11h às 20h. PORTAS LARGAS.Rua da Atalaia, 103-105 Bairro Alto. Tel: 213 466 379. 2ª a dom., das 19h às 03h30. Bar Gay. PRIMAS.Rua da Atalaia, 154-156 - Bairro Alto. Tel: 213 425 925. Das 21h30 às 02h. REAL REPÚBLICA DE COIMBRA.Parque das Nações. A partir das 18h. REPÚBLICA DAS BANANAS.Rua da Madalena, 106 Lisboa. Tel: 218 866 145. 5ª, 6ª e sáb., das 23h as 04h.
Música ao vivo, música Brasileira, Karaoke. ROYALE CAFÉ.Largo Raphael Bordalo Pinheiro, 29. Salto Alto. Rua da Rosa, nº 159, no Bairro Alto, 2ª a Sábado das 22:00 ás 4:00. SANTIAGO ALQUIMISTA CAFÉ-TEATRO. Rua de Santiago, 19. Tel: 218 820 259 www.santiagoalquimista.com Concertos, espectáculos e bar. SANTOS SACRIFÍCIOS.Pátio do Pinzaleiro, 17 - Santos. Tel: 213 965 552. 2ª a sáb., das 10h às 4h. SEM NOM BAR.Rua do Diário de Notícias, 132 Bairro Alto. SÉTIMO CÉU.Travessa da Espera, 54 - Bairro Alto. Tel: 213 466 471. Das 14h às 20h e das 22h às 02h. Encerra aos dom., a tarde. Bar Gay. SOUND CLUB.Largo de Santos (jardim), 9B. Aberto todos os dias das 21h às 04h. SPOT.Rua da Atalaia, 25, 27 - Bairro Alto. Tel: 213 477 446. Todos os dias das 21h às 04h. TACÃO GRANDE.Travessa da Cara, 3 - Bairro Alto. Tel: 213 424 320. 2ª a Dom., das 21h30 às 04h. TUAREG - CAFFÉ BAR MARROQUINO. Calçada Marquês de Abrantes, 74. Tlm: 963 689 022. Tel: 213 479 007. Aberto das 18h30 às 02h. www.tuareg.com.pt; desert.traveler@netcabo.pt VELVET BAR.Rua do Norte, 121 - Bairro Alto. Tlm: 916 867 813. VERTIGO CAFÉ.Chiado - Travessa do Carmo 4. Tel: 213 433 112. info@vertigocafe.net www.vertigocafe.net VIDEIRINHA.Av. 24 Julho. Santos VIÚVA.Pátio do Pinzaleiro, 28B - Santos. Tel: 213 966 680 / 213 952 655. 2ª a sáb., das 19h às 04h. Encerra ao dom. WEB CAFÉ.Rua do Diário de Notícias, 126 Bairro Alto. Tel: 213 421 181. 2ª a dom., das 16h às 02h. — DISCOTECAS ALCÂNTARA CLUB.Rua da Cozinha Ecómica, 11 Alcântara. Das 23h às 6h. BUDDHA-LX.Gare Marítima de Alcântara. Tel: 213 950 555. Fax: 213 950 541. Tlm: 914 929 101. Aberto de 2ª a sáb., das 22h às 04h. geral@buddha.com.pt; rp@buddha.com.pt www.buddha.com.pt DOCK´S.Rua Cintura do Porto de Lisboa, 226 - Rocha de Conde d´Obidos. Tel: 213 950 856. Aberto das 23 às 6h. Encerra dom., e 2ª. FRÁGIL.Rua da Atalaia, 126 - Bairro Alto. De 5ª a sáb., das 23h30 às 04h. JAMAICA.Rua Nova do Carvalho, 6, 1200-001 Lisboa. 3ª. Sábado a partir das 23h30. KREMLIN.Escadinhas da Praia, 5 - Santos. Aberto 6ª, sáb., e vésperas de feriados, das 24h até tarde. LUX.Av. Infante D. Henrique. Armazém A Cais da Pedra à Santa Apolónia. Tel: 218 820 890. TRUMP’S.Rua da Imprensa Nacional, 104B Príncipe Real. Tel: 213 971 059. Disco Gay. W DISCO.Alcântara. — RESTAURANTES ALCÂNTARA CAFÉ.Rua Maria Luísa Holstein, 17. Tel: 213 621 226. Fax: 213 637 176. Restaurante - Bar. info@alcantaracafe.com; www.alcantaracafe.com BARRIGAS.Travessa da Queimada, 31 - Bairro Alto. Tel: 213 471 220. BICA DO SAPATO.Av. Infante D. Henrique. Armazém A - Cais da Pedra (Santa Apolónia). BOCA PICANTE.Rua do Século - Bairro Alto. Nouvelle Cuisine à portuguesa. BUENOS AIRES.Calçada do Duque, 31. Tlm: 936 613 672. Das 15h às 24h. Encerra à 2ª. CENTRO HÍPICO - JOCKEY.Campo Grande. ESPALHA BRASAS.Doca de Santo Amaro Armazém 12 Alcântara. Das 12h30 às 02h. Encerra ao dom. Cozinha tradicional portuguesa e grelhados. ESTADO LÍQUIDO SUSHI LOUNGE.Largo de Santos, 5A - Santos. Tel: 213 972 022. Aberto 3ª e 4ª das 20 às 02h; 5ª até às 03h; 6ª e sáb até às 4h. Encerra 2ª. FREY CONTENTE.Rua São Marçal, 94. Tel: 213 475 922. HARD ROCK.Av.da Liberdade, 2. Tel: 213 245 280. www.hardrock.com IMPÉRIO DOS SENTIDOS.Rua da Atalaia, 35/37 Bairro Alto. Tel: 213 431 822. Tlm: 964 204 292. Cozinha Mediterrânica & Vegetariana. Encerra à 2ª. JARDIM DOS SENTIDOS.Rua da Mãe d’Agua, 3. Tel: 213 423 670. Das 12h às 15h e das 19h às 23h. www.jardimdosentidos.com KOI (RESTAURANTE E SUSHI BAR).Rua Fradesso da Silveira, 4-loja B. Alcântara - Rio. Reservas: tel: 213 640 391 / tlm: 914 390 720. www.koilisboa.com LA CAFFÉ.Av. da Liberdade, 129B. Tel: 213 256 736. LA MONEDA.Rua da Moeda 1C, 1200-275 Lisboa. Tel: 213 908 012. Fax: 213 908 013. geral@ lamoneda.pt 2ª a 6ª das 12h às 02h, sáb., 19h às 02h. NOOD RESTAURANTE.Largo Rafael Bordalo Pinheiro 20-20B, 1200-369 Lisboa. Tel: 213 474 141.
Fax: 213 466 094. 12h - 24h, todos os dias. www. nood.pt OLIVIER.Rua do Teixeira, 35 - Bairro Alto.
Tel: 213 431 405. Tlm: 912 571 505. nathaliegloria@hotmail.com ORIGAMI SUSHI BAR. Rua d´o seculo 127 (Principe Real). Seg.- Dom, das 19h as 2h / T-912353646 www.origami.com.pt / origami@origami.com.pt PALPITA-ME.Rua Diário de Notícias, 40-A/B - Bairro Alto. Tlm: 918 367 820 / 936 917 848 / 965 419 419. Restaurante-Bar. RESTÔ.Rua da Costa do Castelo, 7. Tel: 218 867 334. Restaurante-Tapas Bar-Esplanada. SACRAMENTO.Calçada do Sacramento 40-46 Chiado. Tel: 213 420 572 SR.PEIXE.Zona Ribeirinha Norte - Rua da Pimenta. Parque das Nações. Tel: 218 955 892. Encerra aos dom., ao jantar e 2ª. Restaurante / Marisqueira. STEAKHOUSE.Rua de Cintura do Porto de Lisboa, Armazém, 255 - Santos. Tel: 213 242 910. 2ª a dom., das 12h30 às 15h e das 19h às 23h. Comida Australiana. SUL RESTAURANTE.Rua do Norte, 13 - Bairro Alto. Tel: 213 462 449. 3ª a dom., das 19h à 1h. TAPADINHA - COZ.RUSSA.Calçada da Tapada, 41A Alcântara. Tel: 213 640 482. 2ª a sáb., 12h às 15h e 20h às 02h (coz.encerra às 01h). Especialidades Frango “Kiev” e Bife tártaro. TASKA RESTAURANTE.Pátio do Pinzaleiro, 24 - Santos. Aberto 5ª, 6ª,sáb., e vésperas de feriados, das 20h às 02h (a cozinha fecha às 02h). TIME TO TASTE.Rua da Alfândega, 114, 1100-016 Lisboa. Tel: 210 998 074. TÚNEL DE SANTOS.Largo de Santos, 1B. Tlm: 912 151 850. Cozinha Tradicional Portuguesa. VÁ E VOLTE.Rua Diário de Noticias, 100 Bairro Alto. Tel: 213 427 888 / 213 476 298. Cozinha Portuguesa. YASMIN.Rua da Moeda 1A, 1200-275 Lisboa. 19h3002h. Tel: 213 930 074. — LOJAS ANANANA.Rua do Diário de Notícias, 9 - Bairro Alto. AGÊNCIA 117.Rua do Norte, 117 - Bairro Alto. Tel: 213 461 270. BAD BONES.Rua do Norte, 85 - Bairro Alto. Tel: 213 460 888. www.bad-bones.com BAG TO BAG.Rua da Rosa, 122 - Bairro Alto. BIG PUNCH.Rua do Norte, 73 - Bairro Alto. CARHARTT STORE LISBOA.Rua do Norte, 64 Bairro Alto. Tel: 213 433 168. www.carhartt-europe. com CRUMPLER.Rua do Norte, 20-22 - Bairro Alto. Tel: 213 479 190. www.crumpler.pt DIESEL.Chiado. DRESS UP.Rua da Rosa, 23 - Bairro Alto. Tel: 212 410 622. Tlm: 933 901 226. EL DIABLO TATOO.Largo Raphael Bordalo Pinheiro, 30A - Chiado. EMBAIXADA LOMOGRÁFICA.Rua da Atalaia, 31 Bairro Alto ETXART & PANNO.C. C. Colombo, lj 1. 087 - Av. Lusíada. Tel: 217 165 074; C. C. Acqua Roma, lj 1. 18. Av. de Roma, 15 B. Tel: 217 959 952.
Galerias Twin Towers, lj 1. 39 - Rua de Campolide 351 C/D. Tel: 217 279 051. FABRICO INFINITO.Rua D. Pedro V, 74, 1250-094 Lisboa. LAVANDARIA CAFFE.Alameda dos Oceanos, 3. 16. 01h. Parque das Nações. Tel: 218 965 014. Das 08h às 02h. info@lavandariacaffe.mail.pt LES MAUVAIS GARÇONS.Rua da Rosa, 39 das 12h às 24h. LOJA DAS MAQUETAS.Rua Eduardo Coelho, 80, 1200 - 166 Lisboa. Tel: 213 423 423. Fax: 213 423 422. Tlm: 934 987 896. nfurtado@lojadasmaquetas.com FASHION CLINIC.Avenida da Liberdade. FLUR DISCOS.Av. Infante D. Henrique, Armazém B, loja 4. Cais da Pedra à Santa Apolónia. GALANTE.Rua Rodrigo da Fonseca, 21C, 1250-189 Lisboa. Tel: 213 512 440. Fax: 213 512 448. galante@galante.pt; www.galante.pt GARDÉNIA.Rua Garrett, 54. Tel: 213 421 207 Aberto todos os dias das 10h às 21h, dom., das 12h às 20h. GDE.Rua da Rosa 195-197 - Bairro Alto. 2ª a sáb., das 15h às 21h. GOOD’N EVIL.Rua da Rosa, 130 - Bairro Alto. Tel: 213 423 026. 2ª a sáb., das 13h às 20h. Fechado aos dom., e feriados. www.good-and-evil.net HIBISCUS - GALERIA D’ ARTE.Rua Latino Coelho, 63A, 1050-133 Lisboa. Tlm: 912 988 419. hibiscus@hibiscus-arte.com KOLOVRAT CONCEPT STORE.Rua do Salitre, 169A, 1250-199, Lisboa. Tel: +351 213 874 536. kolovratlab@gmail.com OSKLEN.Chiado. PEPE JEANS.Tel: 213 400 010. www.pepejeans. com MAO MAO.Rua da Rosa 85, das 12h às 22h. Rosa 78. Rua da Rosa, 76-78. 2ª a sábado das 13h às 23h. SKIN CONNECTION.Rua do Norte, 94. Tel: 213 477 191. SOFUNO RECORDS.Travessa dos Inglesinhos, 13 Bairro Alto. Sofuno@yahoo.com, Tel: 213 422 551. TREM AZUL - JAZZ STORE.Rua do Alecrim, 21A. Das 10h às 19h30, encerra ao dom. Tel: 213 423 140, www.cleanfeedremazul.com TRIBAL URBANO SK8 & SNOW.Rua das Pedras Negras, 61A. Tel: 218 870 173. tribal.urbano@oninetspeed.pt; www.tribalurbano.com.sapo.pt V RECORDS.Travessa dos Inglesinhos, 41 Bairro Alto. VINIL EXPERIENCE.Rua do Loreto, 61, 1A. Tel: 213 468 114. 2ª a 6ª, 12h às 20h, sáb. - 14h às 18h. VIRIATUS.Rua do Crucifixo, 32 - Baixa Chiado. Tel: 213 474 035. WONDER.Rua Silva de Carvalho, 78/80. Campo de Ourique. Tel: 213 570 941. De 2ª a sáb., das 12h às 20h. www.wonder.com.pt
Crisóstomo, 38B. Tel: 213 136 080. 2ª a 6ª das 8h às 20h e sáb., das 8h às 15h. JACQUES DESSANGE.Cabeleireiro. Largo do Chiado, 13-15. Tel: 213 421 030. www.dessange.com WIP-HAIRPORT.Rua da Bica Duarte Belo, 47/49 Elevador da Bica. Tel: 213 461 486. cut@hairport.info; www.hairport.info Cyber-Cabelereiro. — VÁRIOS Ar.Co.Costa do Castelo. CENTRO NACIONAL DA CULTURA.Chiado. ESPAÇO ÁGORA.Santos. ETIC - Escola Técnica de Imagem e Comumicação. Rua D. Luís, 6. Tel: 213 942 550. www. etic.pt FÁBRICA FEATURES.Chiado. FACULDADE DE DIREITO. FACULDADE DE FARMÁCIA. GALERIA ARTE ASSINADA.Porta do Mar 3.11.09 (Torre Galp) - Parque das Nações. IADE.Santos INSTITUTO DE ARTES E OFÍCIOS.Calçada de S. Vicente, 38, 1100-569 Lisboa. Tel: 21 881 46 81/94. iao.geral@fress.pt; www.fress.pt INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO. INSTITUTO PORTUGUÊS DA JUVENTUDE. Av. da Liberdade, 194. Das 09h às 20h de 2ª a 6ª. www.juventude.gov.pt ISCTE. MUSEU DO CHIADO.Rua Serpa Pinto, 4. KABUKI.Rua Newton, 10-B. Tel: 210 994 142. 2ª a 5ª das 14h às 23h. 6ª e sáb., das 14h às 24h. www.kabuki.pt MUSEU DO FADO.Largo Chafariz de Dentro, 1 Santa Apolónia. O SÉCULO CENTRO CULTURAL.Rua de O Século, 80 - Bairro Alto. Tlm: 917 886 173. www.oseculo.com; www.ouve.net PRETO NO BRANCO.Rua de S. Paulo, 39/41 Loja de impressão. www.pretonobranco.pt; info@pretonobranco.pt UNIVERSIDADE DE PSICOLOGIA. LINHA DE CASCAIS — RESTAURANTES, BARES, CAFÉS E DISCOTECAS BAR DAS AVENCAS.Avenida Marginal, Praia das Avencas. Parede. Tel: 214 572 717. Horário de Inverno - 12h à 01h, excepto 6ª, sáb., e vésperas de feriado das 12h às 02h, encerra à 3ª, horário de Verão - todos os dias das 10h às 02h. www.baravenca.googlepages.com/avencas.htm
— VÁRIOS BOWLING DE CASCAIS.Rua D. Dacia Mª Duque Estanislau. Tel: 214 870 796. CINEMA CASCAIS VILLA.Cascais. LINHA DE SINTRA — BARES, CAFÉS E VÁRIOS ARTE CAFÉ-CAFÉ BAR.Galeria de Arte. Rua Porto Murmugão, 2º. Mem Martins. Aberto das 10h às 24h. InfoLine: 916 580 577. CINEMAS FEIRA NOVA.Mem Martins. DECANTER – SNACK AND WINE BAR.Av. Vitorino Nemésio, 24, C.C. Bela Vista. Mem Martins. Tel: 219 264 416. Tlm: 918 957 242. decanterwinebar@gmail.com ESTRADA VELHA BAR.Rua Consiglieri Pedroso, 16 Sintra (Vila). Tel: 219 234 355. Das 11h às 02h. PÁTIO DO SOL.Fábrica da Pólvora de Barcarena. Tlm: 919 585 803 / 914 490 985. Dj’s às 6ª e sáb., Aberto todos os dias. XENTRA – RESTAURANTE / BAR.Rua Consiglieri Pedroso, 2A, Sintra. Tel: 219 240 759. 2ª Karaoke, 6ª e sáb., - DJ nights dom. -noites rock c/ dj, das 11h - 02h. AVEIRO — RESTAURANTES E BARES BAR.Rua Cais do Alboi 28. Tlm: 965 720 114. ASSOCIAÇÃO CULTURAL MERCADO NEGRO.Rua João Mendonça, 17, 2º Andar. Das 13h às 24h, 3ª a sáb., das 15h às 24h. www.mercadonegro-aveiro.blogspot.com DOCA.Cais Boteirões, 24. Tel: 234 420 032. 2ª a sáb., das 12h às 14h e das 19h30 às 23h. Até às 02h, como bar. CLANDESTINO.Rua Tenente Resende, 35. 2ª a 5ª das 22h às 02h. 6ª a Sábado das 22h às 03h. www.clandestino.pt.to OPÇÃO.Praia da Barra. 3ª a dom., das 14h às 02h. PIZZARTE.Rua Eng. Von Haffe, 27, r/c. Tel: 234 427 103. Todos os dias das 12h às 2h. — LOJAS BOBOGI.Rua Dr. Nascimento Leitão, 30 Tel: 234 382 470. Tlm: 913 072 332. www. bobogi.com LP STUDIO.Escola de Dança, Rua Almirante Cândido dos Reis, 86. Tlm: 912 253 500 / 918 024 377 AVEIROMEUAMOR.Rua de São Martinho, 13. Tel: 234 423 514. Loja de design de mobiliário, atelier de design, de 2ª a 6ª das 14h às 23h, sáb., das 10h30 às 20h. HAIRTZ-CABELOS-VIBRAÇÕES.Rua Banda Amizade. Tel: 234 420 048. Abertos 2ªa a 6ª das 09h às 21h e sáb., das 08h às 19h. — VÁRIOS IZZIFIT - Clínica do Bem Estar de Aveiro. Praçeta Dr. Alberto Souto, 14, 3800-172 Aveiro. 2ª a 6ª das 9h às 21h. Tel: 234 198 871. info@izzifit.pt; www.izzifit.pt CALDAS DA RAINHA CENTRO DE JUVENTUDE (AAA).Rua Vitorino Frois, 22, 2500-256 Caldas da Rainha. poisvem @gmail.com
— TEATROS E CINEMAS CAL-CENTRO DE ARTES DE LISBOA.Rua de Stª Engrácia, 12A. Tel: 218 166 154 / 55. Fax: 218 166 170. cal@cal.com.pt; www.cal.com.pt CINEMA LONDRES.Avenida de Roma. CINEMATECA PORTUGUESA.Rua Barata Salgueiro. FORUM LISBOA.Avenida de Roma. KARNART.Rua da Escola de Medicina Veterinária, 21. Tel: 213 152 192. info@karnart.org; www. karnart.org TEATRO DA COMUNA.Praça de Espanha. TEATRO MARIA MATOS.Alvalade. TEATRO NACIONAL D. MARIA II.Praça D. Pedro IV. Tel: 213 250 800. comunica@teatro-dmaria.pt TEATRO POLITEAMA.Rua das Portas de Santo Antão. TEATRO SÃO LUÍZ.Rua António Maria Cardoso TEATRO TABORDA.Costa do Castelo TEATRO TRINDADE.Rua Nova da Trindade, 9. Tel: 213 432 955. — RESIDENCIAIS E POUSADAS BAIRRO ALTO HOTEL.Praça Luís de Camões, 8 Bairro Alto. Tel: 213 408 222. Fax: 213 408 299. reservations@bairroaltohotel.com www.bairroaltohotel.com POUSADA DA JUVENTUDE.Rua Andrade Corvo, 46 r/c. RESIDENCIAL ANJO AZUL.Rua Luz Soriano, 75. Tel: 213 478 069. Residencial Gay. — BELEZA E SAÚDE EXPRESSION-CABELEIREIRO.Calçada do Combro, 55-57 Lisboa. Tel: 213 432 207. 3ª a 5ª 10h-20h, 6ª 10h-21h, sáb 10h-18h. FACTOLAB.Av. Infante D. Henrique, Armazém B. Loja 9. Cais da Pedra à Stª. Apolónia. Tel: 218 822 898. Tlm: 968 704 236. Cabeleireiro. www.factohair.com FACTO CABELEIREIRO, LDA.Rua do Norte 40-42, 1200-286 Lisboa. Tel: 213 478 821. Tlm: 969 846 545. www.factohair.com FACTO KIDS.Rua do Norte, 40-42. Tel: 213 421 801. HAIRSTATION.Rua da Trindade, 14 - Chiado. Tel: 213 474 066. Hairdressers / Cabeleireiros. INTUITION - HAIR AND BEAUTY CENTER.Av. João
3h30. Música ao vivo 6ª e sáb., da 00h30 às 02h30.
COCONUTS.Av. Rei Humberto II de Itália, 7. Tel: 214 844 109 / 214 826 490/6. Fax 214 836 461. Durante o Inverno abertos de 6ª a sáb., vésperas de feriados e férias escolares/universitárias. coconuts@mail.telepac.pt; www.nuts-club.com CYBER CAFÉ GOLFINHO.Rua Sebastião José Carvalho e Melo, 17. Tel: 214 840 150 cybergolfinho@hotmail.com DON FORMAGGIO.Av. Biarritz, 3-Lj. D Estoril. Tel: 214 687 577 PAPA MASSA.São João do Estoril (Galiza) Tel: 214 689 044 WALL STREET.Quinta da Fonte. Paço d’Arcos. Tel: 214 411 292. info@wallstreet.online. pt. 3ª a 5ª das 12h às 02h. 6ª até às 3h30 e sáb., das 20h às
COIMBRA — BARES E RESTAURANTES ACADÉMICO.Praça da República, 33-34. Tel: 239 826 796. 2ª a sáb., das 08h às 02h. Encerra ao dom. AFTER HOURS.Rua Bernardo de Albuquerque, 25, loja D. Tel: 239 717 251 / 239 484 769. BAR QUEBRA.Rua do Quebra Costas, 45-49. Tel: 239 821 661. 2ª a 6ª 10h-04h. Sáb., 14h-04h. Live djs, refeições rápidas. www.quebracostas.com BIGORNA BAR.Rua Borges Carneiro, 9/11 - Sé Velha. Tel: 239 836 456. Música independente e alternativa. Todos os dias das 20h às 04h. www.bigornabar.com CAFÉ COM ARTE.Av. Dr. Elísio de Moura, 367. Loja 1. 2ª a 4ª das 12h às 24h, 5ª a sáb., das 12h às 02h. Café com loja e galeria, internet e actividades culturais GARDEN BAR.Rua Sá de Miranda, 70. Tel: 239 711 042. 2ª a 6ª feira das 21h às 03h, sáb., das 21h às 04h. Encerra ao dom. KIRSH.Praça da República, 38 - 1º - Andar. Tel: 239 822 555. 2ª a sáb., 12h30 às 24h. Encerra ao domingo e 2ª à tarde. Restaurante de Fondues, Cafetaria, Sala de Chá. JAPONÊS JAPO.Bar com esplanada. Av. D. Afonso Henriques, 34, 1º. Tel: 239 702 013. Tlm: 916 217 917. restaurantejapones@gmail.com. www.restaurantejapones.blogspot.com NOSOLO ITÁLIA-COIMBRA.Pizzeria e Gelateria. Praça da República, 38. Tlm: 916 353 096. Aberto todos os dias das 11h às 24h. MOELAS.Rua dos Coutinhos, 14. Tel: 239 829 111. Das 22h às 04h. Excepto aos dom. SHMOO CAFÉ.Rua Corpo de Deus 68. Café/ Bar. De
2ª a 6ª das 12h às 15h, 20h30 às 02h30; Sáb., das 20h30 às 02h30. Café/Bar, refeições vegetarianas leves até às 02h. Djs variados todos os dias. www.shmoocafe.blogspot.com SHOT BAR.Rua Manutenção Militar, 7. TAPAS BAR.Av. Sá da Bandeira, 2ª a sáb. Encerra ao dom. TROPICAL.Praça da República, 35. Tel: 239 824 857. 2ª a sáb., das 08h às 02h. Encerra ao dom. VIA LATINA.Rua Almeida Garret, 1. Tel: 239 820 293. Das 24h às 06h. Encerra ao dom., e 2ª. Discoteca. X BAR.Rua Joaquim António Aguiar, 6. Tlm: 919 288 897 / 913 740 107. 2ª a dom., das 14h às 04h. XUVEN BAR.Av. Sá da Bandeira, Bar com montaditos e petiscos, esplanada interior. Todos os dias 10h-04h. Tlm: 912 604 993. — LOJAS ANTHROP.Espaço de divulgação de autores portugueses. Rua Alegria, 95-97. Ao lado Museu Transportes. De 2ª a sáb., das 11h às 20h. www.anthrop.blog.com CONCEITO 74.Atelier de cabeleireiro de homens. Rua Feliciano de Castilho, 119 - V. Tlm: 969 226 219. 2ª a sáb., 10h-19h30. Encerra ao domingo. CONCEITO 74.Consigo. Rua Lourenço Almeida Azevedo, 29. Galeria de Arte, Loja de Roupa, Sapatilhas, Objectos. Aberto das 14h30 às 22h30. www.consigointeriores.com FEITO CONCEITO.Sala de Chá/Bar, Cabeleireiro, Design de moda, Design de interiores. Rua Alexandre Herculano, 16 A-1º. Tel: 239 837 023. 2ª a sáb., 14h-02h. Encerra ao domingo. feitoconceito@gmail.com GALERIA SANTA CLARA.Rua António Augusto Gonçalves, 67. Tel: 239 441 567. Das 14h às 04h. Exposições de pintura. galeria@clix.pt. GANG OF FOUR.Beco do Fanado, 1 Terreiro da Erva. Vestuário e acessórios lifestyle. Fred Perry, Carhartt, Stussy, Melissa. 2ª a 6ª até às 21h, sábado até às 19h. Encerra ao domingo. thegangoffour@gmail.com; www.myspace.com/gangoffourcoimbra; www.gangoffour-coimbra.blogspot.com ILIDIO DESIGN - Cabeleireiros. C. C. Girassolum, lj. 124/139. Coimbra. Tel: 239 701 516. Rua Fernandes Tomás, 185 r/c. Fig. da Foz. Tel: 233 426 445. Av. Adelino Amaro da Costa, Ed. Vale do Liz, lote 20, loja D. Leiria. Tel: 244 833 491. LOJA XM.Escada do Quebra Costas, 7. Tel: 239 821 708. 2ª a sáb., das 10h às 20h. Encerra ao dom. Livraria especializada (artes visuais). Discos usados. www.xm.com.pt MAU FEITIO.Loja de roupa. Rua de Quebracostas, 42/44. Tel. 239 838 201. 2ª a sáb. das 11h-20h. Encerra ao domingo. m.feitio@gmail.com; www.maufeitio.pt MIYUKI CONCEPT STORE.Rua das Parreiras, 27 - Celas. 3ª a sábado das 10h30 às 14h e das 15h às 21h. NOVALMEDINA.Rua Ferreira Borges, 161. Tel: 239 851 906. Fax: 239 851 901. Almedina Discoteca, Loja de discos, DVDs, Revistas. discoteca@lmedina.net; www.almedina.net PLAY, LOUNGE CAFÉ.Avenida D. Afonso Henriques, 55 B11. PLAYGROUND - SEXSHOP.CC. Girassolum, 2º - Piso. 2ª a sábado das 10h30 às 13h e das 14h às 22h30, Domingos e feriados das 15h às 21h. PURA VIDA TATTOO.Tattoo & Piercing, scarification & suspencion. CC Golden (Praça da República), Av. Sá da Bandeira, 115. Tel: 913 426 021. De 2ª a 6ª das 13h às 20h. Sáb. das 15h às 20h. www.fotolog.com/pura_vida_tattoo SEM LIMITES.Rua Augusta Marques Bom, Lote 14, Loja 4. Todos os dias das 10h30 às 20h. Encerra ao domingo. SPACENET.Av. Sá da Bandeira, 67. Tel: 239 836 844. Aberto de 2ª a sáb., das 10h às 24h, dom., e fer., das 14h às 24h. Espaço de navegação na internet. spacenet@netcabo.pt — VÁRIOS ESCOLA UNIVERSITÁRIA DE COIMBRA.Cabeço de Lordemão, 3020-244 Coimbra. www.arca.pt GUARDA — VÁRIOS CAFÉ CENTRAL.Rua Marquês de Pombal. ÉPOCA.Rua 31 de Janeiro, 52. GARRIDA CAFÉ.Largo Amândio Paul. PONTO G.Praça Luís de Camões, 53. QUICKSTORE.Rua Comandante Salvador Nascimento, 14A. ROUPARIGAS.Rua do Comércio, 36. SODA.Rua Camilo Castelo Branco, 19.
TACO DOURADO.Rua Francisco dos Passos, 55A. PORTO E ZONA NORTE PORTO — BARES E CAFÉS ARIA.Art Gallery - bar - loja. Rua Adolfo Casais Monteiro, 32. Tlm: 918 173 675 / 916 972 509. BAZAAR.Cais das Pedras, Marginal do Porto. BLACK COFFEE.Praça General Humberto Delgado, 307. Tel: 222 010 689. Leça da Palmeira. Rua Helena Vieira da Silva, 314. Tel: 229 963 626. Matosinhos. Praceta Manuel Carlos Seabra Monteiro, 41. Tel: 229 377 725. BOYS’R’US.Rua Dr. Barrosa de Castro, 63 Cordoaria. 4ª, 6ª, sáb., e dom., das 24h às 04h. Bar Gay. CAFÉ LUSITANO.Rua José Falcão, 137 Porto. ICEBERG.Marginal de Vila Nova de Gaia. IDUNA CAFFE.Espaço Iduna. Rua Brito Capelo 1023 - Matosinhos LABIRINTO.Rua Nossa Srª de Fátima, 334 Boavista. Tel: 226 063 665. De 2ª a dom. das 22h30 às 04h. LOBBY.Rua Adolfo Casais Monteiro 69-71, 4050 Porto. 3ª a dom. Das 14h às 02h. lobbypbp@gmail.com MAUS HÁBITOS.Rua Passos Manuel, 178 - Porto. Tel: 222 087 268. Fax: 222 000 134. mail@maushabitos.com; Espaço de Intervenção Cultural. MEETING.Rua Fonte Taurina, 8 - Ribeira. Tel: 223 323 110. De 3ª a domingo das 22h às 02h. O CAIS.Rua Fonte Taurina, Ribeira. QUANDO QUANDO.Avenida do Brasil, 60. 4ª a sábado, 22h-03h. PASSOS MANUEL.Rua Passos Manuel, 137. Música, Cinema, Teatro, Artes. Tel: 222 058 351 www.passosmanuel.net PORTO RIO.Rua do Ouro, Barco - Marginal. PRAIA DA LUZ.Av. do Brasil. Foz. Tel: 226 100 853. PIPAS BAR.Praça do Cubo, 16. Ribeira. Tel: 223 324 485. De 2ª a dom., das 20h30 às 04h. REAL FEITORYA BAR.Rua Infante D. Henrique, 20. Ribeira. Tel: 222 038 911. Todos os dias das 20h às 02h. ROSA ESCURA BAR GALERIA.Rua Picaria 32 Porto. Tlm: 913 433 414. Todos os dias das 18h às 02h. rosaescura@hotmail.com SHOT BAR.Marginal de Vila Nova de Gaia. TRINTA E UM.Rua do Passeio Alegre, 564 Foz. Tel: 226 107 567. 2ª a 5ª das 22h30 às 02h. 6ª e sáb., das 22h30 às 04h. TRIPLEX.Av.da Boavista, 911. Tel: 226 098 968. 2ª a sáb., das 22h às 04h. Bar/Discoteca. RESTAURANTES A TENDINHA.Rua Brito Capelo, 1137, 4450-078 Matosinhos Sul. Tel: 229 378 662. Tlm: 918 154 835. ALL’ARRABBIATA.Paço da Boa Nova. Travessa Helena Vieira da Silva, 12-Lj.1 - Leça da Palmeira. Tel: 229 983 808. Fax: 229 983 927. restaurante@ all-arrabbiata.net; www.all-arrabbiata.net CAFEÍNA.Rua do Padrão, 100, Foz. Tel: 226 108 059. FOOD AND FLIRT.Cais de Gaia, V. N. de Gaia. Tel: 223 743 996/7. www.foodandflirt.com CASA AGRÍCOLA.Rua do Bom Sucesso, 241-243 Porto. Tel: 226 053 350. Fax: 226 053 349. GLAMOUR.Rua Francisco Sá Carneiro, 300 -
Leça da Palmeira. GUERNICA.Rua Miguel Bombarda. LE PLACE BEEF FONDUE.Rua Brito Capelo, 1127, 4450-078 Matosinhos Sul. Tel: 229 378 661. Tlm: 918 154 835. MUSEU DOS PRESUNTOS.Rua Padre Luis Cabral, 1070. Tel: 226 106 965 O CARTEIRO.Rua do Senhor da Boa Morte, 55 - Marginal. Largo do Douro. Tel: 225 321 170. SIMBIOSE.Rua Infante D. Henrique, 133 Porto. Tel: 222 030 398/9. Fax: 229 996 043. simbiose@sapo.pt SOUND CAFÉ.Rua 25 de Abril, 95. Praia da Madalena. Tel: 227 130 171 / 917 048 876. Aberto todos os dias excepto à 2ª. TABERNIX.Cais das Pedras, 5. Tel: 226 095 028. www.tabernix.com TERRA.Rua Padrão,103 - Foz. Tel: 226 177 339. TEATRO RIVOLI.Prç. D. João. Ed. Teatro Rivoli. Porto. CAFÈ BAR RESTAURANTE. — DISCOTECAS ACT.Rua Manuel Pinto de Azevedo, 15 - Zona Industrial do Porto. Tel: 226 169 507/8. Abertos 6ª e sáb., e vésperas de feriado das 23h às 06h. www.act-bar.com BELA CRUZ.Av. da Boavista, 5448. Tel: 226 106 469. CHIC.Rua Manuel Pinto de Azevedo. Zona Industrial do Porto. 5ª a sáb., das 24h às 06h. ESTADO NOVO.Rua Sousa Aroso, 722 - Matosinhos. Tel: 229 385 989. De 5ª a sáb., das 23h às 06h. FREE PORTO 8.Rua Engº Ferreira Dias, 444 Zona Industrial do Porto. Tel: 226 101 885. De 4ª a sáb., das 22h às 04h. GET IT.Zona Industrial do Porto. INDÚSTRIA.Av. Do Brasil, 843. Foz. De 5ª a sáb., das 23h às 04h. KATS.Zona Industrial do Porto. MAU MAU.Rua do Outeiro, 4, Restauração. Tel: 226 076 660. De 3ª a sáb., das 20h30 às 06h. MARÉ ALTA.Rua do Ouro, Marginal. 3ª a dom., das 22h às 02h. After Hours às 5ª e Sáb. POP.Rua Padre Luís Cabral, 1090 - Foz. Tel: 226 183 959. www.pop-kitchen.com RIVER.Marginal do Porto. SUPER CLUB.Av. Menéres, Matosinhos. VIA RÁPIDA.Zona Industrial do Porto. VOGUE.Av. Fontes Pereira de Melo, 481. Z. Ind. do Porto. Tel: 226 179 355. De 4ª a sáb., das 23h às 06h. LOJAS, MODA E OUTROS À MARGEM.Largo de São Domingos, 8-10 Ribeira do Porto. AGÊNCIA 117.Rua Mouzinho da Silveira, 26-28. Ribeira do Porto. agencia117@hotmail.com ARTES EM PARTES.Rua Miguel Bombarda, 457. Espaço de intervenção cultural. BLOW UP.Travessa de Cedofeita. CASA ALMADA.Rua do Almada 542-544, 4050-034 Porto. 3ª-6ª das 14h-20h / Sab., 11h-13h e 14h-20h, info@casaalmada.com; www.casaalmada.com COEXIST.Galeria Belavista. Rua Diogo Macedo, 192, lj 1.22. Mafamude - V.N. de Gaia. Tlm: 914 414 859. COCKTAILMOLOTOF.Rua Miguel Bombarda, 457. Artes em Partes. Abertos 2ª a sáb., das 14h30 às 20h. cocktailmolotof_190@hotmail.com; www.artesempartes.com; Street wear, sapatilhas e acessórios. DOWNTOWN.Rua Guedes de Azevedo, 31. Tel: 222 039 630. De 2ª a Sab., Das 10h30 às 13h e das 14h30 às 19h. Carhartt, Adidas, Vans Nike, Gsus, Puma, Stussy, Fenchurch, Fred Perry ETXART & PANNO.Av da Boavista, 3257. Tel: 22 50 31 21. FASH’ON PLANET.Rua João de Barros, 409, Loja 7, Porto. Tel: 226 101 552. Rua Brito Capelo, 1419, Matosinhos. Tel: 229 385 218. FLY LONDON.Rua Passos Manuel 166. Tel: 222 010 665. 2ª - sáb. das 10h-19h. shop@flylondon.com GOODVIBES SHOP.Travessa de Cedofeita, 49. Tel: 222 084 983. Aberto das 10h às 19h de 2ª a sáb. GUL BLA.Rua Passos Manuel, 175. Tel: 222 000 841. 2ª a sáb., das 11h-13h e 14h-19h30. ICON JEANS.Rua Mouzinho da Silveira 88 Porto. Jeans, Ténis, acessórios, Adidas, Stussy, G-Star, Nike, Fred Perry, Skunk Funk, Colcci, Paul Frank, Onitsuka, Franklin & Marshall. 2ª a sáb., das 11h às 20h. Tel: 222 010 589, Tlm: 918 619 334 www.iconjeans.com.pt IKKS.Rua Santa Catarina 1 - Porto. Tel: 223 321 178. 2ª a 6ª das 10h-12h e 13h-19h. LOUIE LOUIE.Rua do Almada, 501, Tel: 222 010 384. Aberto das 10h30 às 19h de 2ª a sáb. Loja de Discos. www.louielouie.biz MARIA VAI COM AS OUTRAS.Rua do Almada 443 - Porto. 2ª a sáb., das 12h-24h, dom., das 15h-24h.
maria.outras@gmail.com MATÉRIA PRIMA.Rua Miguel Bombarda, 457. Edificio Artes em Partes. MODO URBANO.Rua de Sant’Ana, 36. 4050-538 Porto. 2ª a sábado das 10h às 18h. Tel: 222 025 044. www.modourbano.pt MUNDANO.Rua Miguel Bombarda, 462. Tlm: 916 352 335, núcleo:inc. Rua do Bom Jardim, 696, 4000 Porto. Tel: 226 094 054. Das 10h-14h e 15-19h. Monomarca (núcleo.inc). nclnucleo@ hotmail.com; www.nucleojeans.com PONTAPÉ.Rua Adolfo Casais Monteiro. Shoe & Vintage Store. PERTO DO RIO.Rua Infante D. Henrique, 32. Tlm: 965 664 645. Todos os dias das 14h às 23h. POR VOCAÇÃO.Av. da Boavista, 971. Tel: 226 000 211. 2ª 14h30 - 19h30, 3ª-6ª 10h30 19h30, sáb., 10h30 -13h e 14h30 -19h, encerra ao dom. PROF.Centro Comercial Dolce Vita. Rua dos Campeões Europeus, 28-198, loja 105 Campanhã. Aberto todos os dias da semana das 10h às 24h. SHADE.Rua Infante D. Henrique 26 - Ribeira. Tel: 222 058 336. Porto. 2ª-5ª (13h-20h) 6ª-Sab., (12h-21h). shade@partyguese.com; www.partyguese.com SOSPETTO.Rua Brito Capelo, 1233. Matosinhos. Tel: 229 350 018. Paço da Boa Nova, Trav. Helena Vieira da Silva, 75. Leça da Palmeira. Tel: 229 996 426. www.sospetto.net TRUNKS ANTAS.Alameda Eça Queiros, 121. Tel: 225 098 445. Volcom, Carhart, Gsus, Adidas, Paul Frank, We, Religion, Loreak Mendian, Nike, Santa Cruz, Independent. TRUNKS MAIA.Av Visconde Barreiros, 32 Maia. Tel: 229 480 363. Volcom, Carhart, Gsus, Adidas, Paul Frank, We, Religion, Loreak Mendian, Nike, Santa Cruz, Independent. URBAN MINDS.Rua Mouzinho de Albuquerque, 419 - Matosinhos. Tel: 229 378 405. Adidas, Nike, Puma, Gsus, Caterpillar, Merrel, Frederichmos, Franklin & Marshall, Vive Maria, Fibo, Poko Pano, Divinas Palabras, Stmfive.Vaho, Narcos, Arnett. Das 10h às 20h de 2ª a sáb. URBAN MINDS WRITERS.Galerias York, Lj. Matosinhos. Material e acessórios para Grafitti, MTN e outras. WESC.Rua Mouzinho da Silveira, 1723. www.wesc.com — SAÚDE E BELEZA AUGUSTO MORAIS.Rua Padre Luis Cabral, 1069. Tel: 226 180 345. De 3ª a sáb., das 10h às 13h e 14h30 às 19h. Cabeleireiro. AKASHA.Rua Adolfo Casais Monteiro, 45, 4050-014 Porto. Tel: 220 138 895 www.akashaporto. com, info@akashaporto.com. De 2ª a 6ª 11h-14h e das 15h30-20h, sáb. das 11h-16h. Espaço Esotérico. Todos os meses Sessão de Reiki Gratuita ao 2º sáb. Cursos de Tarot e Reiki. ANJOS URBANOS.Rua Passos Manuel, 232 loja 1. Tel: 223 390 745. Cabeleireiro. FREAKS.Rua Adolfo Casais Monteiro, 63 lj.E. Tel: 226 062 951. Aberto de 2ª a sáb. das 10h às 20h. Hair designer. — VÁRIOS CASA DE EROS.Rua Firmeza, 570. Tel: 223 406 202. De 2ª a sáb. das 11h às 20h. CASA DA MÚSICA.Avenida da Boavista, 604-610, 4149-071 Porto. CONTAGIARTE.Rua Álvares Cabral, 372. Tel: 222 000 682. Espaço de intervenção cultural. De 2ª a sáb., das 16h30 às 02h. PEDRAS E PÊSSEGOS.Rua do Almada, 560 Porto. Móveis de design. SPIDER TATTOOS.Edifico Bristol, Av. da Boavista. SENSICASA.Av. Boavista, 831. Tel: 226 098 673. Projecto e Decoração de Interiores. BRAGA — VÁRIOS INSÓLITO BAR.Av. Central, 47. LOUIE LOUIE - LOJA DE DISCOS.CD’s e DVD’s. C Granjinhos, Av. da Liberdade. Tel: 253 261 201. Novidades, Importações, Raridades. Vinil: Novos e Usados. carbonobraga@mail.telepac.pt COLOMBO II.Rua Nova Sta Cruz, 43-45 A. Tel: 253 677 492. Junto à Universidade. LIFA CAFÉ.Rua São Vicente, 92. Tel: 253 610 395. NOVA CAFÉ.Praça Conde de Agrolongo - Campo da Vinha. Tel: 253 279 189. Esplanada. MAPA KYOTO.Rua das Oliveiras, 44 - Braga. Tlm: 913 646 305. De 2ª a 6ª das 13h30 às 20h e sáb. das 11h às 14h e das 15h às 20h. Vestuário, bijuteria, calçado e Lomografia. kyoto.shop@gmail.com;
www.mapakyoto.blogspot.com ORO ART’S.Rua Américo Ferreira de Carvalho, 84 Carandá. Todos os dias até às 02h. Espaço cultural, musical. POUSADA DA JUVENTUDE DE BRAGA. Rua Sta Margarida, 6. Tel: 253 616 163. SABÃO ROSA.Rua Quinta da Armada, Pav. 5 - Braga. Tlm: 964 466 154. www.sabaorosa.net; Disco Club. Dj’s residentes Pedro Noronha & Ricardo Carneiro. SANTO ANDRÉ.Rua St.º André, 81, 4710-308 Braga. Tel: 253 261 962. Restaurante. XANAX BAR.Rua Dr. Domingos Soares, 74-75. S. Vicente. Tlm: 919 363 141. ZONA SUL ÉVORA — BARES ADEGA DO NETO.Rua dos Mercadores. Das 11h às 15h e das 19h às 22h, sáb., das 19h às 22h,
encerra ao dom. BAR AMAS DO CARDEAL.Rua Amas do Cardeal, 4-A. Tlm: 962 555 856. A partir das 23h. BARUÉ.Rua Diogo Cão, 21. Aberto das 12h às 03h excepto ao dom. ESTADO LÍQUIDO.Rua do Muro, 42. KIF BAR.Rua Romão Carvalho, 11. Tlm: 968 395 118. 22h às 03h. OFICINA.Rua da Moeda, 27. Tel: 266 707 312. Inverno: 1 de Outubro a 31 de Março das 20h às 02h. Verão: 1 de Abril a 30 de Setembro 20h às 03h. Encerra ao dom. e 2ªfeira. PAPA PIZZAS, LDA.Rua da Moeda, 55. Tel: 266 760 600. 2ª a dom., das 11h às 23h. Restaurante. PRAXIS CLUBE.Rua de Valdevinos. Das 22h30 às 06h, Encerra ao dom. SHE (SOC.HARMONIA EBORENSE).Praça do Giraldo 72. Tel: 266 702 226. 2ª a dom., das 16h às 02h. Programação cultural regular. Música ao vivo todos os sáb., e festas com DJ’s todas as 6ª. www.soc-harmonia.blogspot.com SNOOKER BAR.Rua Dr. Joaquim Henriques da Fonseca 12. Tel: 266 708 967. Das 13h às 03h, Encerra ao dom. TEATRO GARCIA DE RESENDE - BAR DO TEATRO. Tel: 266 106 483. 20h30 às 02h. TICÔ.Rua do Raimundo, 11. Tel: 266 741 766. 2ª a sáb., das 08h30 às 24h. TIME-OUT RESTAURANTE.Rua de Burgos, 6, 7000 Évora. LAGOS — CAFÉS E BARES 3 MONKEYS. BOM VIVANT.Rua 25 de Abril, 105. Tel: 282 761 019. Todos os dias das 14h às 04h. Café/Bar IMPÉRIO DO MAR.Rua Cândido dos Reis, 117. Tel: 282 761 863. Todos os dias das 10h às 04h. KUINN’S. MULLENS. NEWS CAFÉ.Ed. Vasco da Gama. Rua D. Vasco da Gama, loja 10B Bloco B. Tel: 282 763 676.
GUIA DE COMPRAS Adidas T. 21 042 44 00 www.adidas.com/pt Ana Salazar Rua do Carmo, 87 – Lisboa Rua Nova do Alfândega, 65 – Porto Alexandra Moura info@alexandramoura.com A outra face da lua Rua da Assunção, 22, Baixa – Lisboa T. 21 886 34 30 Armand Basi Tm. + 34 93 241 41 81 Ben Sherman – Lusogoza Rua Fonte da Luz, 141 – Porto T. 22 618 25 68 Big Punch Rua do Norte, 73, Bairro Alto – Lisboa T. 21 342 65 50 Billabong – Despomar T. 26 186 09 00 Boardculture Av. 1º de Maio, nº46 A, Costa da Caparica – Lisboa T. 21 099 22 96 www.board-culture.pt Carhartt Rua do Norte, 64, Bairro Alto – Lisboa Cat – Bedivar T. 21 994 68 10 Cheyenne C.C. Acqua Roma, Av. de Roma - Lisboa Christian Dior www.dior.com Converse – Proged T. 21 446 15 30 Daniel Dinis www.danieldinis.com Datch, Indian Rose, Gio Goi e Quick – As coisas pelo nome Rua Fonte da luz, 131, B4 – Porto T. 22 610 55 82 www.ascoisaspelonome.pt Diesel store Lisboa Praça Luís de Camões, 30, Bairro Alto T. 21 342 19 74 Diesel store Porto Avenida da Boavista 1767-1837 Loja 1-2 . T. 22 600 97 01 Dino Alves Rua Luz Soriano, 67, Bairro Alto – Lisboa T. 21 017 30 91 DKNY T. 21 711 31 76 D&G My God, Porto – T. 22 600 91 75 Eastpak - Morais&Gonçalves Lda. T. 21 917 42 11 Energie, Killah e Miss Sixty - Sixty Portugal T. 223 770 230 www.energie.it www.killah.it www.misssixty.com Emernegildo Zegna Av. da Liberdade, 151 – Lisboa
T. 213 433 710 El Delgado Buil Tm. +34 93 200 19 44 Fenchurch Ana Jansen –Tel. 22 203 96 30 Fernanda Pereira www.fernandapereira.blogspot.com Firetrap – Buscavisual - Rep. de Moda Unip., Lda Casal de Sao Lourenço , Orelhudo, Apart. 28 3041-501, Cernache - Coimbra Tm. 91 744 97 78 Fly - Fortunato O. Frederico & Cª Lda. T. 25 355 91 40 www.flylondon.com Fornarina Tm. 91 218 18 88 www.fornarina.it Fred Perry - Sagatex T. 22 508 91 53 GAS T. 22 377 11 64 www.gasjeans.com Goorin T. 21 342 15 85 GDE Rua da Rosa 195/197, Bairro Alto – Lisboa Gsus – Pano de Fundo Lda. T. 22 374 52 77 H&M Rua do Carmo, 42, Chiado – Lisboa Havaianas – Cia Brasil T. 29 121 18 60 Hugo Boss – Hugo Boss Portugal Tel. 21 234 31 95 Insight Nuno Santana Almeida – Tm. 93 760 02 00 www.insight51.com Josep Abril Tm. +34 93 453 68 92 Kickers, Spalding, U Roads – Lekip T. 22 375 90 85 Lacoste – Grupo Manuel F. Monteiro T. 21 424 37 00 www.lacoste.com Lara Torres Tm. 91 481 11 48 Lee www.lee-eu.com Le Coq Sportif Filipe Beu – Tm. 91 999 15 57 Dayanny Cabral – Tm. 91 605 50 02 Levi’s – Levi’s Portugal T. 21 799 81 49 Lidija Kolovrat – Kolovrat Concept Store Rua do Salitre, 169, Príncipe Real – Lisboa T. 21 387 45 36 Locking Shocking Tm. + 34 91 521 50 28 Lua de Champagne Rua Almirante Pessanha, 10, Chiado – Lisboa Tm. 96 536 00 35 / 96 843 52 25 Luís Buchinho T. 22 510 48 03 Luxoir Tm. +34 91 591 64 25 LTB by Little Big – Dualtrend
Travessa Monte da Bela, 84 – Porto T. 22 510 12 45 / Tm. 91 996 32 18 www.ltbjeans.com Maison Margiela Por Vocação, Porto – T. 22 092 70 02 Mango www.mango.com ou www.mangoshop.com Mao Mao shop Rua da Rosa, 85, Bairro Alto – Lisboa Tm. 914415621 Maria Gambina Rua Fonte Luz, 197 – Porto T. 22 610 70 83 Martin Lamothe TM. +34 93 3176883 Melissa Tm. 93 413 43 92 www.melissausa.com Merrell www.merrellboot.com Miss Xip – F.P.C. calçado Lda T. 25 681 23 76 Munich T. 21 464 36 00 www.munichsports.com New Balance, PF Flyers - Vestima T. 22 953 59 67 www.newbalance.com Nike Sportswear www.nikesportswear.com Nikita – Fonseca e Carvalho Lda. www.nikitaclothing.com Nolita Lisboa – T. 21 385 18 42 Porto – T. 22 600 91 75 Onitsuka Tiger – Asics Portugal Edíficio Art’s, Parque das Nações, Passeio de Catábrico Av. D. João II, lote 1.18/B5 – Lisboa T. 21 340 40 96 / Tm. 96 528 55 89 Osklen Rua do Carmo, 9, Chiado – Lisboa Pepe Jeans Rua Nova do Almada 11-2E – Lisboa T. 21 340 00 10 www.pepejeans.com Puma Armazéns do Chiado, Rua do Carmo – Lisboa www.puma.com Purificacion Garcia www.purificaciongarcia.es RaRe My God, Porto – T. 22 600 91 75 Reebok www.rbk.com/pt Rebornshades www.myspace.com/rebornshades Replay Tm. +34 93 488 30 60 Ricardo Dourado Rua Sousa Viterbo, 14 – Porto Tm. 96 643 51 79 Ricardo Preto Tm. 91 975 89 53 Rosa 78 Rua da Rosa, 76-78, Bairro Alto – Lisboa Tm. 96 821 92 13 Shutter Shades www.shuttershadesonline.com Skywalker
Rua do Norte, 37, Bairro Alto – Lisboa T. 21 346 61 25 Springfield Chiado – T. 21 347 93 37 / Colombo – T. 21 716 61 33 / CascaisShopping – T. 21 460 02 79 Story Tailors Rua do Ferragial, 10, Chiado – Lisboa T. 21 778 22 70 www.storytailors.pt Timezone – Companhia dos Desportos Tm. 93 228 75 04 Tommy Hilfiger C.C. Almada Forum, El Corte Inglés, CascaiShopping – Lisboa Rua Pedro Homem de Melo, 125 – Porto Tutu Ferreira Boardculture – Costa da Caparica / Troppo – C.C. Fonte Nova, Benfica / Lavanda – Av. Sabóia, 425, T. 21 464 71 79 – Monte Estoril UMM – Buscavisual - Rep. de Moda Unip., Lda Casal de Sao Lourenço, Orelhudo, Apart. 28 3041-501, Cernache - Coimbra Tm. 91 613 98 74 Valentim Quaresma info@valentimquaresma.com Vans - Nautisurf T. 21 724 9330 Vestal www.vestalwatch.com Bizuca – 91 758 71 69 We are Replay T. 0034 934 883 060 www.replay.it WESC Rua Mouzinho da Silveira – 1723 Porto Rua Nova do Almada, 47, Chiado – Lisboa T. 21 347 21 36 www.wesc.com Women’secret Chiado – T. 21 374 93 38 / Colombo – T. 21 716 61 32 / CascaisShopping – T. 21 460 14 20 Y3 - Sneakers Delight T. 21 347 99 76 www.y3store.com YSL www.ysl.com
Errata Na última edição esquecemo-nos de creditar a ilustração da secção Desilluminati a Benedita Feijó. Pedimos desculpa e corrigimos aqui o nosso erro.
Desilluminati
Uma clássica conspiração em tempo de Outono. O tempo muda tudo, desenganam-se os cépticos e encorajam-se os descrentes. Caiem as folhas e surgem os esquecidos pensamentos, afinal conclusões em tempo de praia nunca sobrevivem ao fim dos dias de calor. Escapa-se-nos a sensualidade do Verão e deparamo-nos com o pôr-do-sol mais laranja e ainda aquelas dúvidas inquietantes. Retomam-se as conversas de café e de um local opcional todos nos deparamos com o que sobrou do Verão, balanço efémero com contrastes de memórias do que foi e do que deveria ter sido. A mais-valia de estar em alta é ultrapassada pelo momento à lareira do eu com o frio real sustentado por babes despidas no televisor. É Outono e não quero mais ter que sair de casa, e não estou deprimida nem me esqueci de como é estar na maior. As folhas caiem e eu também quero poder apenas ser e que isso não signifique nada para além disso. Se o frio bater à porta antes do tempo quero responder-lhe com um sorriso, porque hoje me lembrei do que quer a dizer a palavra liberdade. Sem imposições quero rir só porque sim e não rir só porque não, sair para ficar relaxada ou não ir a lado nenhum para activar todas as ideias e sensações. Cada um é espelho de si mesmo, assumo o meu reflexo não comunitário, ele é apenas meu. E engloba tudo desde sessões de sexo tórrido, a domingos de cinema em casa com deprimentes meias de lã. Espero do equinócio a revolução, acordar e adorar segundas-feiras. Crescer no Inverno e descansar no Verão. Rótulos só nas embalagens dos produtos a consumir, que as nossas cabeças continuem redondas apenas para os pensamentos poderem mudar de direcção. RKL.