Revista 06 by Revista Sugestão

PAUTA

SUGESTÃO SUGESTÃO DE Revista Bimestral - Ano II - Edição 06 - Julho de 2015

REGIONAL CARAJÁS

Itupiranga 67anos Temporada de festa e veraneio

Lourenção

Dilemas do desenvolvimento MARABÁ

5ª Cavalgada dos Amigos O campo e a cidade se unem numa grande festa

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PAUTA

SUGESTÃO SUGESTÃO Revista Bimestral - Ano II - Edição 06 - Julho de 2015

REGIONAL CARAJÁS

Itupiranga 67anos Temporada de festa e veraneio

Lourenção

Dilemas do desenvolvimento MARABÁ

5ª Cavalgada dos Amigos O campo e a cidade se unem numa grande festa

EDITORIAL

amos relembrar um fato de 2015 que não pode cair no esquecimento: as manifestações populares. Não é que depositemos votos de imparcialidade e verdade total sobre elas, mas por ser um instrumento da democracia que vale a pena refletir. Neste sentido, convém fazer esta reflexão não olhando para o passado, mas para o futuro. Observar que estes levantes de voz popular, que contam aí com alguns milhões de pessoas, é insignificante com relação ao número que vão às urnas em tempos de eleição fazer escolhas. É preciso refletir de fato, porque as pessoas esquecem da proporção desta manifestação silenciosa que é o voto, e o faz sem considerar o grau de sua importância para o conjunto geral dos aspectos sociais. Retomar um tema como este, se dá porque a revista Sugestão de Pauta não se omite ao grito por liberdade. Porque também queremos um país livre das garras de tanta gente mal intencionada que chega ao poder. E por isso, por mais que em alguns momentos sejamos ameaçados pelas dificuldades, principalmente quando a crise financeira do país nos empurra para baixo, arrancamos sempre forças para nos mantermos vivos. E fazemos isso com satisfação porque sentimos o quanto o nosso papel de porta voz do povo vai aos poucos somando valores para que de fato mudanças possam um dia acontecer. A nossa ansiedade é que o nosso povo aprenda, por inteiro, a fazer protestos caminhando sempre para frente, porque há uma forte tendência que os manifestos caminhem de forma circular, terminando quase sempre no mesmo ponto onde começou. Principalmente quando o nosso grito anticorrupção acusa os políticos, mas não nos faz refletir que também nos corrompemos quando em tempo de eleição grande parte decide tirar vantagem, cometendo também um ato corrupto que só se diferencia na maneira e no valor. Isso é andar em círculo. Com isso fortalece-se o espírito da compra de voto. E com tudo isso, garantimos que o corrupto nos corrompa, e por nos corrompermos, damos a eles carta branca para continuar corrompendo. Afinal. Que país queremos? Que estado queremos? Que município queremos? E se queremos um lugar bom pra viver, o que estamos fazendo para que bom ele se torne? Não nos cansam essas indagações. Não nos cansam as palavras que aqui depositamos para somar às suas ideias e ao seu sonho de liberdade democrática, pois não nos cansa lutar por uma sociedade melhor, porque parar de lutar é antecipar em vida a própria morte social. É permitir que quem quer corromper, se sinta seguro para fazer; é permitir que tirem de nós e dos nossos filhos o pão, sem que consigamos ao menos dizer que assim não está certo. Chegando até ao corriqueiro absurdo de aplaudí-los. Por isso, repetimos aqui uma frase dita na edição anterior, são por estas e outras razões que não retiraremos de pauta a nossa Sugestão.

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SUGESTÃO DE PAUTA - CNPJ: 18.952.602/0001-04/ Redação: Avenida 31 de Março, 46 - Centro - Itupiranga - PA; Diretor-Presidente: Valdiana S. Lopes ; Fotografia: Antonio Cavalcante, Jordão Nunes, Arquivo colaboradores; Conselho Editor: Cláudio Costa, Raimundo Mendes, Valdiana S. Lopes, Valdo Pereira, Áurea Nascimento, Cláudio Roberto; Projeto Gráfico e Diagramação: Jorge Washington; Impresso por Halley Gráfica e Editora; Tiragem: 3.000 exemplares; Contatos: (94) 91635439/ jwtmarques@hotmail.com. A revista sugestão de pauta não se responsabiliza pelas textos publicados quando de autoria diversa, bem como pelas imagens cedidas pelos colaboradores.

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Itupiranga, festeja os 67 anos de emancipação Política. O mesmo majestoso rio que trouxe os primeiros habitantes, assiste a alegria dos moradores na orla, que se reuniram neste ano de 2015 para comemorar os 67 anos de emancipação política do município de Itupiranga. São 67 anos nos quais o cidadão itupiranguense lutou sem medidas para mudar a história de cada um e de todos juntos. Neste mais de meio século de autonomia política, Itupiranga preparou seus filhos, transformou economias, refez muitas das suas escolhas e, acima de tudo, construiu caminhos para o futuro. Quem está de Parabéns é cada filho de Itupiranga por esta data festiva e especial. O filho de Itupiranga que veio do Maranhão, da Bahia, do Ceará, do Goiás, de São Paulo, dos estados do Sul do Brasil e todos os demais lugares. São todos filhos desta terra que acolheu a cada um sem distinção, e por meio da sua cultura e sobre a robustez das suas ricas terras, ensinou a todos a conviver como irmãos, unindo forças com aqueles que aqui nasceram.

Parabéns, Itupiranga! Equipe Sugestão de Pauta Sugestão de Pauta | 5

Nosso Povo, nos

A festa de aniversário iniciou logo ao amanhecer com a execução do hino e hasteamento das Bandeiras no Pavilhão da Prefeitura Municipal, ao som da banda do Exército Brasileiro. Em seguida, teve a participação dos jovens itupiranguenses com a banda de fanfarra, e

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apresentação do grupo de capoeira local. Abaixo, hasteamento das bandeiras dá início às programações de aniversário, com Prefeito Benjamin Tasca, Vereador Jordão e Membro do Exército Brasileiro.

sa Terra, nosso Orgulho Itupiranga é lugar de aconcehgo e de gente amiga. de lindas praias de água doce, pedrais e corredeiras, tudo isso faz deste município um lugar ideal para as férias de julho. O veraneio itupiranguense na praia do macaco coincide com a data da festa de aniversário da cidade, dia 14 de Julho, o que tranforma o lugar em um dos pontos turísticos mais visitados da região. Os sabores naturais da praia, do sol e das águas do Tocantins, combinam muito bem com os pratos da culinária local, com destaque para o saboroso prato feito com o tucunaré. Enfim, Itupiranga é um convite ao prazer de viver bem.

Um dos momentos diferenciados desta grande festa foi a participação da tribo indígena Parakanã, que trouxe para o palco urbano a cultura de sua gente, incluindo uma belíssima apresentação das suas danças típicas, cantada na língua original da tribo Parakanã, de Itupiranga.

O ponto máximo da festa foi a noite com os shows da dupla sertaneja Victor e Léo, e a banda de forró Mastruz com leite, para um dos maiores públicos presentes no aniversário da cidade. As comemorações se estenderam no dia seguinte na Praia do Macaco, onde a quarta-feira foi de grande público.

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ENTREVISTA

ordão Martins é o Presidente da Câmara Municipal de Vereadores e o nosso entrevistado desta edição. Depois do mandato de Elias Lopes, que é vereador itupiranguense morador do Distrito de Cruzeiro do Sul, desta vez é o Distrito de Cajazeiras que tem um filho do lugar à frente do poder legislativo. As expectativas sempre se renovam quando em qualquer esfera do poder ocorre alternância, o que soa como um ponto muito positivo a favor da sociedade, por mais que essa não seja uma regra sem que haja suas exceções. Jordão traz consigo a marca da simplicidade, e chega à liderança da mesa Diretora da Câmara com o objetivo de estreitar ainda mais as relações daquele poder com a população, por meio de um diálogo franco e de um mandato sério e transparente.

ENTREVISTA SUGESTÃO: Vereador Jordão Martins, neste momento você assume a Câmara Municipal de Vereadores com uma missão, a qual exige um novo perfil que possa imprimir junto à sociedade uma diferença. Como você descreve o Perfil quanto presidente desta Casa? JM: Procuraremos atender aquilo que a população vem esperando da Câmara de Vereadores, que ela saia do seu espaço e vá onde o povo está, nos bairros, nas vilas, fazer o que é preciso, levar até eles o poder Legislativo e lá, junto como povo, ouvir as reinvindicações e sugestões. Uma câmara que desempenhe o papel para o qual o povo a elegeu, e que com isso possa vir melhorar a imagem que anda um tanto em baixa. O nosso objetivo é realizar as modificações necessárias, e as ideias de fazer uma gestão diferente já fazia parte do projeto que eu pretendia desenvolver e que apresentava no momento em que eu estava pleiteando a presidência desta Casa. E vamos seguir forte em busca dos ideais de uma boa gestão, e faremos isso com os pés no chão, mesmo que seja de forma lenta e cuidadosa, isso por que são muitas as dificuldades que temos que superar para colocarmos nosso projeto em prática. SUGESTÃO: A Câmara de Vereadores, pela sua natureza, é entendida pela população como uma ponte que os liga ao poder Executivo na busca pelas melhorias que a sociedade almeja. Mas nos últimos tempos a própria população reclama e se sente carente desta representatividade, e considerando que o seu mandato tem aí um período curto até o final, que de mais imediato você está pensando para que esta impressão seja de fato modificada? JM: Para responder a esta pergunta, podemos relembrar que já houve a primeira sessão itinerante, que foi realizada em Cajazeiras. Posso afirmar à população que foi a primeira da muitas que está no nosso calendário para o segundo semestre legislativo. Como disse antes, o nosso projeto já vem sendo pensado desde antes, por isso as sessões da câmara lá onde o povo está é uma das nossas ferramentas de ação de maior valia. Fizemos a primeira que ainda não alcançamos o resultado esperado em matéria de participação, mas ficamos satisfeitos com a quantidade de cidadãos e cidadãs que compareceram, porque sabemos o quanto não está interessando às pessoas

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se deslocarem de suas casas para eventos de natureza política, e, além do mais, temos a consciência de que uma dos nossos maiores desafios é primeiro conquistar a credibilidade das pessoas que andam sem esperança. Quando as atividades do segundo semestre começarem, nosso projeto é poder levar alguns serviços básicos e essenciais para atender a população por meio de uma ação cidadã, o que não foi possível fazer agora porque pegamos uma Câmara “ruim das pernas”, e isso impediu de fazermos a primeira da forma como planejamos. SUGESTÃO: Um dos problemas que tem afetado muito os poderes de forma geral é com relação ao

uso do dinheiro público, e um governo ou um gestor encontrará sempre na população a dúvida por não tomarem conhecimento de como está sendo aplicado e se está sendo bem aplicado o dinheiro público. O que você pensa com relação a isto? JM: Como temos a pretensão de conduzir esta Câmara com seriedade, procuraremos colocar os cidadãos a par dos nossos recursos, quanto temos e

quanto e em que aplicamos, para isso, também a partir do recesso, usando um dos recursos mais importantes que há que é o portal da transparência. Esperamos com isso poder fazer com que as pessoas passem a acreditar que estamos aqui para ajudar a população, e isso é preciso porque ainda é forte as imagens que as pessoas têm dos governos anteriores da Câmara. Mas o portal da transparência é virtual, apesar de sua relevante importância para quem tem acesso, e por outro lado o nosso município é rural e sem acesso, por isso faremos também, possivelmente mensal, um boletim informativo no qual constará as mesmas informações do site da transparência, com receitas e despesas desta Casa, além de poder servir a

cada Vereador como meio para a divulgação das suas ações e fazer com que as informações cheguem ao povo, às associações, às igrejas, às escolas, para que as pessoas possam saber o que o seu Vereador está fazendo, como ele esta representando a cada um aqui. Além do mais, pretendemos abrir um espaço em um meio de comunicação, por exemplo, uma rádio pela sua capacidade de abrangência, cujo espaço

será destinado ao vereador para que ele possa conversar, apresentar resultados e ideias para a população. Tudo isso para minimizar a distância entre a Câmara e o povo. SUGESTÃO: A divisão em dois blocos de Vereadores, os que são da base do governo e os que são oposição, é um processo natural ou pelo menos naturalizado, mas isso impede que muita coisa flua por falta de coesão entre os pares desta Casa, e isso pode pesar em desfavor das pessoas que estão na sociedade. Como você está lidando com essa divisão, ou como pensa em agir diante deste fato? JM: A relação que pretendo ter com todos os Vereadores é uma relação de trabalho, logo todos aqueles que estiverem prontos para trabalhar e para fiscalizar, independente de estar fazendo o que o Prefeito quer ou não, estamos aptos a dar as mãos, porque entendo que é preciso unimo-nos em prol de uma causa principal que é a população precisa. Então o que espero de cada um é isso, coragem para ser justo com a sua função e partir para a luta em defesa do cidadão, cobrando do prefeito o que for necessário e auxiliando quando forem ações que beneficiem a sociedade. Sei também que os demais Vereadores entenderão os meus objetivos, e todos aqueles que quiserem vir comigo nesta luta, vão ter um companheiro. Enquanto o companheiro quiser fazer a coisa certinha, como manda a Lei, ele terá em mim um companheiro e amigo. Contudo, se e interesse de quem senta do meu lado for fazer coisa errada, então ele terá um inimigo, porque não foi com propósito de fazer coisa erradas que enfrentei os obstáculos que é do conhecimento de todos, para estar aqui hoje como Presidente. SUGESTÃO Todas as vezes que ocorre uma eleição as pessoas se alegram e quando passa metade dos pleitos você vê que o desanimo é generalizado. As pessoas comentam positivamente que você é um homem direito e isso tem criado uma expectativa muito grande por parte de muita gente que já não crê muito em mudanças. Você acredita que a proposta que trazes vai fazer com que as pessoas passem a confiar nos seus representantes no Legislativo? JM: Acredito que sim. Esse desânimo é real e tenho comentado isso com alguns companheiros á Vereadores. E quando eu falo que esta Câmara está na incumbência de construir um novo perfil, e a composição desta nova mesa diretora está se comprometendo com esta missão que é de fazer uma câmara diferente, de informar o cidadão e garantir aos cidadãos os seus direitos com relação ao que deve ser feito. Assumi uma câmara que vem de uma série de turbulências, e isso não é bom para a o Poder Legislativo Sugestão de Pauta | 11

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e nem para o sociedade, e esta legislatura tem ficado para as história e, infelizmente, nem todos os pontos que ficam aí gravados são positivos, mas eu acredito no tamanho do nosso comprometimento com a causa social, e daqui para frente nós vamos tentar melhorar esta imagem de negatividade a cada dia. Entendemos que o que vem acontecendo na Câmara é ruim, pois já sou o quarto presidente antes do terceiro ano da legislatura atual, e isso reflete mal a imagem deste poder, e por isso entendemos que o desafio é ainda maior, mas não é o suficiente para que recuemos nem um passo daquilo que é o que queremos e a razão por chegamos aqui: fazer uma gestão séria e diferente. SUGESTÃO: Agora uma pergunta para o Jordão cidadão e político: neste rol de transformações, acreditamos que a solução para Itupiranga seja um novo traçado, a troca de cabeças e de ideias, para que as necessidades que hoje incidem sobre todos possam começar a encontrar melhorias, me refiro à falta de emprego, à falta de estudo superior, à saúde, enfim, a todos os segmentos. Assim, as expectativas ultimamente são com foco nos grandes investimentos que prometem desenvolver a região, como é o caso da Hidrovia. Como você vê tudo isso? JM: Na verdade, hoje eu vejo duas necessidades que devem ser sanadas o mais breve possível, que é a questão do emprego, que só teremos solução quando tivermos industrias locais, e a outra é a universidade, seja a Federal, a UFPa ou uma Estadual, cujos entraves exigem maior desprendimento das lideranças, e isso também é um caminho a ser percorrido entre muitos desafios. Com relação aos grandes projetos, como a ALPA e a Hidrovia, com certeza há expectativa de que possa ser um passo para desenvolvimento. Mas tem uma coisa que é importante destacar é que possamos fazer com que Itupiranga fique dentro do pacote de contemplações quando estes investimentos baterem à nossa porta, pois até o momento, nos discursos, negociações, nos noticiários escritos, parece que o nosso quinhão é muito pequeno, mesmo sendo nós que iremos receber os impactos. Por isso é preciso que se diga que fazemos parte, não só Marabá, e a partir daí possamos finalmente debater as condicionantes para os investimentos que demandam de um projeto desta dimensão, principalmente para a educação e para a saúde. SUGESTÃO: Na primeira Sessão Itinerante pudemos presenciar um grande ato histórico que foi

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a aprovação da Lei que reconhece o dia em que Cajazeiras surgiu. Fale-nos sobre esse momento. JM: Realmente, tivemos a felicidade de realizar na nossa primeira sessão itinerante um grande momento para aquele Distrito, no qual pessoas mais antigas que participaram da sessão foram ouvidas e orgulhosas contaram suas trajetórias. Por fim, a população de Cajazeiras recebeu a aprovação da Lei que estipula o dia do aniversário de fundação do Distrito de Cajazeiras, dando aquela gente trabalhadora a alegria de poder comemorar esta data especial. Temos a certeza de que aquela sessão ficou como uma grande marca para Cajazeiras, e a população vai poder realizar sua festa em uma data histórica para todos. É muito justo, porque Cajazeiras é um Distrito que já demonstrou sua vocação à autonomia e tem potencial para isto, e eu que sou daquele lugar, sinto-me parte desta luta pela emancipação como cidadão e como Vereador, e me alegro que no futuro tenhamos duas grandes datas para comemorar. SUGESTÃO: Estamos nos aproximando das eleições para prefeito e vereadores em 2016. Como você observa o cenário atual e quais são as suas expectativas para este momento? JM: Acredito que há uma grande expectativa para este momento da política local, e já há nomes que se apresentam com pretensão para a disputa eleitoral, neste cenário podemos observar que existem bons nomes, gente que demonstrou através da sua vida, do seu cotidiano neste município que tem grande capacidade administrativa. Acredito que é um momento em que o cidadão itupiranguense tem que ter muito cuidado na hora de escolher, porque quatro anos demora passar e se você colocar um gestor que não tenha um bom perfil e que não saiba administrar, quem vai sofrer é todos nós, itupiranguenses. SUGESTÃO: Uma mensagem final. JM: Gostaria de me dirigir a cada cidadão e a cada cidadã itupiranguense para dizer-lhes que o nosso trabalho começa agora e procuraremos construir grandes resultados, e contamos com o apoio de cada um nesta caminhada, neste desafio que não será fácil. Mas assegurolhes que buscarei forças em cada um para garantir que o nosso trabalho não saia do seu foco principal que é a seriedade com o dinheiro público. O mais é agradecer a cada um pelo apoio que temos recebido, e a todos que esperam esperançosos de que as coisas mudem para melhor, pois esta é mais que a nossa vontade, é a nossa maior missão.

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Cavalgada dos Amigos A 5ª Edição da Cavalgada dos Amigos repete o sucesso das anteriores, só que somando ainda mais pessoas, com muito mais alegria e participação. O evento que a cada acontecimento se consosilda ainda mais forte, mostra que há uma força cultural a pulsar no município, e que, por meio deste grande evento vai se manifestando e crescendo, como uma cultura que se levanta para ficar definitivamente no calendário local.

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á uma magia que mescla a beleza do campo e assimetria concreta da cidade, mas de tal forma que as cavalgadas parecem fazer parte da paisagem urbana, com seus cavaleiros e belíssimas amazonas a desfilarem sob os olhares atentos de todos que, entre uma tarefa ou outra,

A Cavalgada dos amigos em sua 5ª edição superou a expectativa quanto à participação com relação às anteriores. O ponto de partido foi a sede do Sindicato dos Produtores Rurais, seguindo para a Fazenda do Marcão, onde todos foram recebidos para um grande almoço à moda sertaneja, com música e muita alegria, para depois seguirem com direção ao povoado do Tauiry para pernoite, contudo não era para descanso, mas para mais uma grande festa Sertaneja, com direito a banda de forró. 18 | Sugestão de Pauta

deixam-se render-se ao encanto da cavalgada que cruza a cidade como que tecendo a relação que indiscutivelmente há na cultura dessa gente que tem o coração dividido entre as belezas do campo e a agitação da vida urbana. Assim é, poeticamente, esta grande festa do povo itupiraguense.

No segundo dia, cavaleiros e amazonas cavalgaram em suas montarias seguiram para a fazenda do Anélio, onde a vista privilegiada para o rio Tocantins foi o ponto de encontro de todos para mais um grande almoço com churrasco, música e bebida. Depois, cruzaram a tarde em direção ao Distrito de Cajazeiras, que era o ponto onde o encerramento da grande festa promovida por todos para encerrar com chave de ouro o evento.

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pode-se dizer que não estamos nem no caminho certo e nem no errado. Estamos é em nenhum caminho. Infelizmente, o mercado municipal é um monumento à história itupiranguense que segue os passos de outros ícones da cultura política e social. Quem entra no mercado municipal tem a impressão de que as décadas de sua existência caminham ao lado do esquecimento. É preciso entender e levar em consideração que as pessoas que entram e saem do mercado todos os dias e todas as horas precisam encontrar um ambiente saudável, bonito e agradável, principalmente na preservação da qualidade dos produtos para que da mesma forma cheguem a cada cidadão e cidadã. O papel da gestão, em casos como este, é exercer a capacidade de negociar a cooperação entre quem ocupa e o próprio poder público para a manutenção do que é notoriamente de todos e de cada um. O ideal é dividir as responsabilidades. O que não se pode é oferecer como paisagem no centro cidade um gigante que por dentro, e por fora não representa bem esteticamente a cidade por não ter um aspecto receptivo. O ideal é um novo mercado, no qual possam funcionar até mesmo os escambos, como no passado, mas com uma arquitetura moderna, bela e sustentável. Sugestão de Pauta | 25

ESPAÇO SUGESTÃO

SUGESTÂO abre espaço para a apresentação de ideias que visam contribuir para o melhoramento dos aspectos sociais, econômicos, culturais, educacionais e estruturais.

ideia de um mercado moderno, projetada e desenhada por Jorge Washington, é oferecer para a cidade de Itupiranga mais um ambiente à altura de uma cidade predestinada ao turismo, de olho nas projeções de desenvolvimento que há para a região. O ambiente desta sugestão tem como objetivo manter todas as pessoas e os comércios, tanto de produtos diversos, quanto do setor alimentício, no mesmo local, só que oferecendo a eles um espaço melhor, com uma roupagem diferente, higienizado, saudável e, além do mais, agregando mais alguns elementos que serão muito importantes para atender a todos os públicos, seja local, sejam pessoas que escolheram Itupiranga como rota de visitação. A cidade não é somente um local para se viver, mas um ambiente para se viver bem, e para isso é preciso uma busca constante por melhorias que coloquem as pessoas em estado de conforto.

Prédios novos, infraestruturas novas na sede em todos os distritos devem sempre estar no plano de metas dos governos, porém os prédios mais antigos não perdem jamais a necessidade de um olhar especial. Por essa razão, o mercado que tem uma história antiga, nesta sugestão, recebe uma moldura diferente e moderna, preservando a importância de sua existência no centro da cidade. Contudo, é importante ressaltar que esta é uma sugestão sobre um ponto de vista, mas a efetivação de uma obra desta natureza deve ser melhorada e adequada a partir do diálogo com todos, para que fique de acordo com as necessidades.

O detalhe na entrada com uma escada tem um papel mais estético do que prático, ou seja, não é o acesso principal para o piso superior, mas um detalhe para dar ao ambiente um toque moderno que vai contrastar com os demais aspectos tradicionais. A proposta é de um prédio com estrutura metálica, com bastante entrada de luz e ventilação, cujos detalhes deverão contribuir para o menor consumo possível de energia, permitindo que o ambiente interno seja bem iluminado naturalmente. 26 | 26 | Sugestão SugestãodedePauta Pauta

MERCADO MUNICIPAL O piso superior é dividido em duas partes: a praça de alimentação de um lado, acomodando os atuais restaurantes; e do outro lado, boxes exclusivos para artesanato local, como forma de estimular a visita e os negócios deste setor.

O sistema de abastecimento de água no interior do prédio. Próximo aos restaurantes.

O número de box continua o mesmo, ganhando recuo para o centro, de tal forma que passa a agregar os comerciantes que ficam no calçadão. Com a mudança os boxes internos ganharão mais espaço, porque o setor de alimentação ocupará o piso superior, com acessibilidade para cadeirantes e pessoas idosas por meio de uma escada com dois descansos e rampa leve. Sugestão | 27 SugestãodedePauta Pauta | 27

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IEDI forma as primeiras turmas de Ensino Médio em Itupiranga Instituto Educacional Imperador entrega certificados de conclusão para alunos de sede e do Distrito de Cajazeiras, em formatura especial.

O instituto Educacional certificou a primeira turma de concluintes no ensino médio em Itupiranga, na sede e em Cajazeiras. Foram XX alunos que encontraram no Instituto a oportunidade de concluir os estados em nível médio e agora já estão aptos a seguir os estudos em busca de uma formação em nível superior. O clima de formatura é de muita satisfação para ambas as partes, a equipe do IEEP, representado pelo seu diretor, o Professor Cláudio Roberto, e pelos estudantes concluintes. Para o professor Cláudio, foi grande satisfação em poder conduzir a primeira turma em direção a este importante passo na formação de cada, pois era isso que faltava no momento em suas vidas e que os impossibilitava de sonhar com a continuidade dos estudos, e o IED veio oferecer oportunidade para muitos que haviam parado por conta das dificuldades encontradas para concluir pelo processo regular. Nos estudantes e familiares via-se a alegria estampada, pois aquele momento era a cerimônia de uma vitória, de uma etapa de lutas vencida com garra e preserverança. Aquele era o momento de transição entre o passado

e o futuro que poderiam escrever dali para frente. Na fala do Diretor Cláudio Roberto, que também é professor da rede estadual de Ensino para alunos do mesmo nível, uma das características essenciais do trabalho que vem desenvolvendo em Itupiranga por meio do Instituto, é poder garantir aos alunos um ensino de qualidade, que tem como objetivo preparar estas pessoas, sejam jovens ou pessoas mais velhas que procuram o caminho da educação para as suas realizações pessoais e familiares, procurando por meio de um processo de ensino buscando a eficiência, com uma equipe de professores capacitados e dedicados, possibilitar a todos a máxima aquisição do conhecimento, para que estejam capazes de competir nos processos de acessibilidade às universidades do país. O professor Antonio Luiz, representando os demais, foi enfático em ressaltar a alegria em participar deste processo de formação, e que viu em cada professor o mesmo gosto pelas aulas por ter sido um ambiente de muita dedicação por parte de cada um dos alunos, o que, certamente, contribui muito para que o encerramento do curso fosse a certeza de que Sugestão de Pauta | 29

Cerimônia: Convidados e Paraninfos aguardam os pronunciamentos que antecederam a certificação.

Prof. Cláudio Roberto, Diretor do IEDI, entregando certificado à concluinte.

Na sede foram 25 formando e no Distrito de Cajazeiras foram 23 os alunos que receberam certificado de Ensino Médio. A cerimônia foi realizada em grande estilo no Ginásio Local, com jantar e festa dançante. a primeira turma do Instituto Imperador, de fato era uma turma preparada para os desafios futuros. O IED, de acordo com o diretor Cláudio Roberto e o Coordenador, Maikon, está desenvolvendo um trabalho com muita seriedade, e isso explica porque as pessoas estão felizes e confiantes. “A expectativa é que em breve mais formaturas aconteçam e que recebamos a notícia de alguns destes que acabaram de formar cheguem à faculdade”. De acordo com o Diretor, a proposta de curso do Instituto Educacional Imperador é de boa qualidade, com professores capacitados e, o que é melhor,

tudo de acordo com as normas e Leis do Ensino do País. O aluno IED, ao concluir, poderá disputar os processos seletivos que desejar e até mesmo fazer sua inscrição no ENEM, razão porque na hora da matrícula ja é entregue a cada um as informações necessárias e o numero do INEP para que caso algum opte por ingressar por este mecanismo, possa fazê-lo. O IED já tem turmas distribuídas em várias localidades no município, graças a sua credibilidade e reconhecimento por parte da SEMED e Prefeitura Municipal.

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Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá realiza a 29ª Exposição Agropecuária de Marabá A Expoama é uma das mais importantes festas agropecuárias do Pará, e o Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá realizou neste ano de 2015 a 29ª edição com mudanças substanciais no perfil da grande exposição, mesmo enfrentando os dilemas de um momento de crise em que muitos eventos do calendário marabaense sentiram as consequências. Repetindo o grande sucesso dos anos anteriores, a Expoama foi um palco de muitos negócios importantes para a economia local por meio dos balcões de negócios presentes nos estandes de empresas locais e vindas de vários partes do Brasil, e por meio dos leilões nos quais os produtores negociaram animais de altíssima qualidade genética. De acordo com Antonio Vieiria Caetano, Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá, o espaço foi preparado para dar maior comodidade ao público, com grande investimento na reforma geral do parque, mas acredita que a melhor das benfeitorias foi a construção de um amplo esta-

Hair

cionamento para facilitar o acesso, uma obra que surtiu o efeito esperado, pois até mesmo em dias de grande público o fluxo de carros e motos foi muito melhor que antes, em comparação com as dificuldades do anos anteriores. Fato que foi confirmado pela satisfação do público presente no evento Nesta edição o público assistiu aos shows de Zezé de Camargo e Luciano, Wesley Safadão, Diego Ferrari e Edson e Hudson, um dia especial aos evangélicos com show gospel, além dos tradicionais rodeios que reuniram em torno da arena milhares de expectadores apaixonados pela cultura sertaneja. O presidente do SPRM avalia positivamente os resultados da 29ª Expoama, pois além de ser um momento destinado aos negócios, o objetivo é promover uma grande festa ao público regional que já conta com o evento como parte do calendário cultural entre os mais importantes eventos da Agropecuária Nacional.

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A revista Sugestão de Pauta participou da Expoama. E no camarim do grande show de Zezé de Camargo e Luciano, que abriu a maior festa agropecuária da região, Fiorelli e as estrelas da música sertaneja brasileira posam para foto com a revista Sugestão de Pauta. Na ocasião Zezé e Luciano mandou mensagem de abraços à equipe da revista, parabenizando pelo trabalho. Outro momento especial que aconteceu no camarim da 29ª Expoama foi quando o fotógrafo Akis Mota, membro da equipe Sugestão de Pauta em Marabá, credenciado para o evento, orou com Wesley Safadão momentos antes de começar o show. Segundo Akis, a intenção era ir ao camarim fazer as fotos, mas por ser um católico efetivamente praticante da fé cristã, convidou o cantor para uma oração, fato que foi aceito de imediato. Por fim, recebeu de Wesley um abraço caloroso e muito verdadeiro. 32 | Sugestão de Pauta

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POLÍTICA POLÍTICA

CORRUPCAO O ideal para um país que está mundialmente conhecido pela desenfreada onda de corrupção, seria começarmos a copiar grandes ideias; o ideal seria começar imitar modelos de bons governos que pudessem nos distanciar deste espírito negro que no momento paira sobre a política nacional. Mas o que é ideal para toda a sociedade, parece que não tem sido o ideal para muitos que se ocupam dos cargos públicos, para neles agirem como se fossem negócios particulares. Desse desvio de foco político nasce essa onda de corrupção que é notícia de norte a sul do país, e dentre estes tantos casos cita-se os episódios que se não estão dentro da nossa realidade, estão próximos, como é o caso do município de Parauapebas que tem sido notícia nacional, e recentemente, os escândalos de Itupiranga. Do outro lado, cidadãos e cidadãs assistem e são desestimulados pela amargura de verem que o que é lucro para a corrupção, é prejuízo para o cidadão, pois é a certeza de que faltará dinheiro para minimizar o sofrimento de quem procura a saúde; a morada insalubre de quem mora na rua suja e alagada, ou até mesmo de quem espera na educação uma melhoria que possa lhe ajudar a vencer na vida. O que deve provocar preocupação é o fato de que a palavra corrupção, no Bra-

sil, já tem sido tão repetida e de fatos tão evidentes, que por causa da recorrência pode virar cultura de uma geração que sofre de alguns desânimos: a falta de credibilidade nos políticos; a falta de confiança nos mecanismos da justiça, e por fim, a falta de esperança de que haja alguma mudança; apesar da esperança estar representada por muita gente boa que está no meio político, mas que se tornam invisíveis aos olhos do eleitor, que acaba generalizando a ideia de que político e corrupto são a mesma coisa. O que se sabe de fato é que enquanto tudo acontece, dia após dia, mês após mês, o cidadão que já pagou por tudo e continua pagando por meio dos seus impostos cada vez mais altos, sente-se impotente e desamparado. É um sentimento presente, apesar de ainda vermos na justiça a mais breve e emitente aliada para que os nós do processo sejam minimizados. A falta de transparência esconde os mecanismos criados para desviar dinheiro público, cuja farra encontra em um país de baixa formação crítica e com altos índices de analfabetismo funcional, um campo propício para o crime, na certeza de que a ignorância que cega o país é a mesma que mantém corruptos no poder.

Nós, cegos.

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O pedral é nosso, por natureza. “Não deixe que o brilho da sua empresa se apague”

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Revista é um meio de divulgação que tem vida longa, e dezenas de pessoas abrirão esta revista nos próximos seis meses. São milhares de pessoas que tomarão conhecimento que você existe.

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Jorge Washington É preciso que por um instante coloquemos de lado o debate sobre os prós e os contras da derrocagem do pedral do lourenção para tratar de um assunto que vem provocando inquietude na população, que é questão da sua localização. Isso porque diante das especulações de desenvolvimento parece que começamos a ficar invisíveis, pois nas mídias e em discursos proferidos por autoridades políticas, o pedral de Lourenção aparece somente como um pedral que fica entre Marabá e Tucuruí. Claro que essa afirmativa é uma verdade politicamente moderada, mas não podemos esquecer o óbvio da localização, e nos conformamos com o nada óbvio da invisibilidade. Ou seja, queremos aparecer, queremos que sejam incorporados aos discursos que este patrimônio natural fica em Itupiranga. De todos os males, o maior. Confiramos. Em meados da década de 80 discutia-se a prosperidade regional a partir daconstrução da hidrelétrica de Tucuruí. Décadas depois temos vilas de ribeirinhos em estado precário de saneamento, saúde e outros entes públicos negativos, além das mais altas taxas da energia elétrica que é produzida na terra da qual nosso povo teve que “arredar” para ser explorada. A bola da vez é o sonho de desenvolvimento sob o estigma de hidrovia Araguaia-Tocantins. É a máquina capitalista que bate à porta trazendo uma nova promessa. Claro que seria insensato descartar o le-

que de possibilidades de que aconteçam coisas boas, porém, seria também insensato não avaliar o que de ruim pode descer até nós. Porém, o que nos desatina é a sensação de não podermos discutir o nosso quinhão nesse negócio que vem convertido em discursos desenvolvimentistas. Reconhece-se a importância de Marabá para o desenvolvimento regional pela sua condição de cidade polo, mas o que é inconveniente é crer que por essa condição perpassa pela necessidade de se aceitar passivamente que não sejamos capazes de discutir o nosso futuro, mesmo numa mesa bem redonda com as lideranças vizinhas, dando-lhes o livre direito de anunciar em alto e “bom” tom que o Lourenção pertence a eles.. Não se trata de um assalto ideológico, mas da hibernação do poder público para estas causas. Basta ver a história dos ciclos econômicos de Itupiranga e perceber que sempre servimos a outros, como quem nasceu para servir ao irmão mais forte. E neste momento, deixar passar a oportunidade de discutir possibilidades de melhorias para esta terra, é concordar com a manutenção de um subdesenvolvimento que resultará em mais desemprego e maior miserabilidade. Há quem esteja pensando que defender esta

ideia é uma tolice, uma vaidade desnecessária, mas não é esta a minha convicção. Reflitamos: a Hidrovia com certeza trará investidores porque assim é a natureza da cadeia produtiva e industrial, há uma busca constante para minimizar gastos, se aproximando das indústrias de base, conjugando com facilidades de escoamento e a farta mão de obra barata promovida pela euforia. E isso que passa a ser oferecido em potencial com a construção de portos. Imaginem agora qual é o município que primeiro virá à mente quando um investidor de longe decidir fazer um empreendimento no norte? Logo é o município que está em evidência e que detém para si o direito de barganhar recursos mais vultosos por conta da oferta. Agora imagina quem sofrerá os maiores danos ambientais ao permitir-se ser explorado, assim, simplesmente, calados e desamparados. O que não pode é restar para os itupiranguenses os impactos de uma obra desta grandeza. Não podemos nos contentar com propostas amenizadoras que possam vir representar subinvestimentos de alguma natureza, que, por mais que possa parecer avanço, ficará muito aquém daquilo que realmente poderíamos exigir. Porque não creio que um porto instalado no Tauiry, se é que

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pelos menos isso possa acontecer, seja para Itupiranga a alternativa. Na verdade um porto é alternativa para quem dele precisa para escoar produtos. A geração de empregos brutos na construção do porto não pode ser considerado avanço porque são empregos que se vão com três ou quatro anos, e que deixam no vácuo centenas de trabalhadores. O que nos interessa de fato são os projetos de desenvolvimento de médio e longo prazo, dos quais o governo local possa articular projetos para conciliar o uso do rio com o desenvolvimento municipal a partir das suas potencialidades. E para isso é que se precisa participar ativamente da mesa de negociações como município no qual haverá a derrocagem do Lourenção. Neste caso, o município de Itupiranga. Não nos convém assistir a barca passando sobre nossas pedras quebradas e sobre os poucos cardumes sobreviventes e encharcados pelos resíduos dos navios, se aqui os problemas sociais aumentarem e ganharmos mais bolsões de miséria. Pouco nos importa se fazem uma estrada boa até o Tauiry como “presente para nós”, se a verdade é que a usaremos como empréstimo, pois não a teríamos se não fosse uma obra para diminuir o desgaste dos caminhões que chegarão para descarregar os produtos não produzidos aqui. O que nos interessa de verdade é que tudo isso venha, mas que venha com condição de produzir bons resultados que não ecoe somente na cidade, mas que possa chegar ao campo, lá onde fica o nosso mais distante itupiranguense, para que finalmente possamos ter

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um campo produtivo, para que as vantagens de escoar de um porto a custos menores possa entrar na nossa conta como margem de lucro e geração de emprego. Hoje somos produtores, e pela hidrovia seremos um potencial exportador de carne bovina e seus derivados. Para este setor certamente já se pode pensar em indústrias do setor primário, pois são vantagens que não há como negar, independente de qualquer perda inicial, mas não é só dessa cultura produtiva que se faz uma sociedade, por isso podemos ainda sofrer de um grande mal: a ampliação da divisão social que sempre foi maléfica, mas que pode ser um desastre quando se permite que aumente sem controle algum, porque uma coisa positiva é ter um grande PIB per capita, porém, mais positivo e promissor é quando a distribuição deste não mutila a qualidade de vida de muitos e privilegia a vida de uma minoria. Mas tudo depende da nossa capacidade de articular os investimentos que serão feitos como medidas compensatórias diante da destruição do nosso pedral. Antes, porém, precisamos pelo menos retomar o sentimento de que o pedral fica mesmo dentro do município de Itupiranga. Primeiro precisamos torcer que os políticos que completam suas legendas em Itupiranga, entendam que não é de migalhas que pretendemos construir a nossa história, mas de mesas completas, de desenvolvimento e, acima de qualquer coisa, do respeito que devem ter para conosco quando o assunto é defender os nossos mais reais direitos.

PROJETO

RONDO N Lição de vida e de cidadania

operação itacaiunas Itupiranga recebeu pela segunda vez o Projeto Rondon. A primeira vez foi na década de 80, cuja presença marcou a vida da pequena população daquela época. Agora, depois de um período inativo, o projeto foi reiniciado e o município de Itupiranga, que vive uma nova realidade e tem também um novo e mais amplo público social, renova este encontro valioso e especial para a integração do país. O projeto Rondon nasceu no ano de 1967, por iniciativa de professores universitários tendo como objetivo promover a integração e o conhecimento das realidades nacionais, proporcionando a estudantes universitários em fase de graduação o contato com a região amazônica. A ideia faz homenagem ao Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, um bandeirante do século XX que fazia expedições pelo sertão do País. Neste ano de 2015, Itupiranga está entre os quinze municípios paraenses que recebem os universitários que se voluntariaram para esta nova fase do projeto, que aqui chega com o nome de “Operação Itacaiúnas” para um período de ação que vai de 21 a 30 de julho, destinados à capacitação de multiplicadores para o desenvolvimento de conhecimentos voltados para a cultura local em todos os seus aspectos. Em Itupiranga, o Projeto Rondon conta com o serviço voluntário de 20 universitários da Universidade Federal de São João Del Rei, de Minhas Gerais, e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

ITUPIRANGA - PARÁ

O projeto Rondon é uma realização do governo Federal coordenado pelo Ministério da Defesa sob a coordenação do Cel. Anderson Mendes, em parceria com trinta instituições de Ensino Superior e com a participação voluntária de 300 universitários, objetivando levar aos municípios conhecimentos e ações que possam proporcionar melhorias no sentido de auxiliar a sociedade no enfrentamento dos problemas vividos, bem como promover o intercâmbio cultural entre as regiões do norte e sul do país por meio do contato de culturas distintas que convergem para o enriquecimento de ambas as partes. A prefeitura municipal abraçou o projeto em reconhecimento à sua importância, criando condições de ação e excelente acolhida, a qual foi reconhecida pelos rondonistas. No município, o coordenador do projeto é o professor Melquíades Justiniano. O evento inicial das ações do Projeto Rondon em Itupiranga foi realizado no auditório da Semed, ocasião em que o Prefeito Municipal falou sobre a satisfação e honra por receber este importante projeto social e humanitário, desejando que todos alcancem o máximo de sucesso nos dias que se dedicaram a contribuir com Itupiranga trazendo conhecimentos, bem como levando do povo itupiranguense a riqueza da cultura local.

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ESCULHAMBAÇÃO GERAL

da República

Jorge Washington

Era julho de 2012, eu estava no aeroporto de Guarulhos com destino a Buenos Aires, quando me deparei com o livro de José Simão, cujo título é “Esculhambação Geral da República”. Quer queira quer não, é, por si só, uma referência irônica à insatisfação com relação aquilo que contraria a ordem das coisas no Brasil. Por essa razão o trago como título deste artigo, por ilustrar bem a insatisfação do brasileiro diante do que vem acontecendo em todos os setores da sociedade. Não estamos nos referindo somente à corrupção política que vem se tornandouma desagradável identidade da nossa nação, inclusive é célula máter de todos os outros males, refiro-me à banalização da sociedade por um todo que vem se habituando, por força ou por falta de opção, a digerir essa péssima formação cultural. Um dia desses ouvindo um podcast do Café Brasil, de Luciano Pires, ele comentava sobre os hábitos, e destacou que “um mau hábito, de tanto se tornar frequente, se torna banal”. E parece que é isso que vem acontecendo: o político é corrupto, e nos acostumamos de tal forma com essa relação entre política e corrupção, que se não for corrupto logo não é político. Corrupção tornou-se algo comum; as mortes, os roubos e assassinatos que são notícias vinte e quatro hora por dia nas diversos meios de comunicação, apesar de nos causar medo, passa a parecer normal ver alguém sendo assassinado; a música que nos é ofertada faz direta apologia à pornografia que estimula e banaliza o sexo, mas parece que está tudo bem. Isso é uma amostra de uma sociedade que vem aos poucos substituindo o sacrifício de lutar em prol do que é bom e sadio, pelo que é fácil e volátil, coisa que não seria uma maneira prática de viver se não fossem os meios pelos quais se chegam aos objetivos mais intensamente individuais, cada vez menos

pensado na coletividade. Ou seja, é a ganância e o egoísmo que assumem o papel dentro de uma sociedade capitalista ao seu extremo. Entender o Brasil de hoje é procurar entender o porquê que muitas famílias agonizam em falências múltiplas: enquanto os pais descansam do dia cansativo, ao quarto da filha ou do filho chegam palavras e imagens por meio de um computador conectado em qualquer rede social. São palavras, músicas e movimentos que falam mais coisas imorais à menina que transita entre a puberdade e a adolescência que um garimpeiro curtido diria ao ouvido de uma habituada prostituta de qualquer cabaré em algum lugar de duas ou três décadas atrás. A economia não tem conseguido possibilitar ao provedor da casa capacidade necessária para suprir as necessidades da mesa por causa da sua briga diária contras os monstros da inflação que sustentam o político que ele mesmo elegeu; e, dentre tantos outros prejuízos do cotidiano da vida de qualquer cidadão, ainda tem que conviver com o terrível túnel que apaga qualquer luz de esperança que possa tilintar no equidistante horizonte político. Tudo isso é fruto de um país que aprisionou seus cidadãos na redoma da ignorância premeditada, fruto de uma educação precária ofertada nos quinhentos e tantos anos de Brasil. Agora nos vem a promessa de uma “Pátria educadora”. Não sei se isso é para alegrar ou para entristecer. Poderia até ser uma notícia feliz se não fosse tão contraditória. Seria ainda uma notícia muito feliz se fôssemos dotados da amnésia necessária para esquecer que o dinheiro que já chega mutilado aos municípios é surrupiado sem piedade em todas as formas de “corruptodutos” cuja bandeira política é o que menos importa, construído ao longo de muitos e muitos governos. Sugestão de Pauta | 41

Esta esculhambação tem jeito? Não sabemos. A única coisa que se pode ter certeza é que somos nós, eu e você, quem vai pagar a conta por meio dos “Inflacionodutos” que te seguem logo que recebe a certidão de nascimento e se torna um cidadão ou cidadã da nossa pátria amada e idolatrada. E não tendo como fugir dessa sina, resta-nos buscar controle emocional necessário para digerir aumentos na conta de energia, na gasolina, no alimento, no material escolar, e em tudo que se possa imaginar. Infelizmente, o sonho de uma vida melhor parece se converter numa enxurrada da mais pura semente de miséria nacional. E a Pátria educadora me soa como mais uma promessa, que só não é tão evoluída como as feitas nos palanques eleitorais, porque aquelas são feitas com muito mais “indecência” discursiva por causa da sobrevivência eleitoral. E aquelas são mais eficientes por conseguir “deitar e rolar” em país que nunca desejou de fato ter uma “Pátria Educada”. Quer uma prova disso? Pois bem, por extenso chama-se drogas, prostituição, mentiras, corrupção, cujos problemas não foram cortados como se cortam males, pela raiz, para hoje amargarmos a esperança de que um pau que tá tão torto não chegue a morrer torto. Quer saber? Nunca acreditei na paráfrase feita a partir do Hino Nacional: “o gigante acordou”, que serviu de slogan para as passeatas. Para mim ele continua deitado em berço esplêndido. E a todos nós, filhos desta Pátria Amada, Idolatrada... Salvem-se, Salvem-se.

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CULTURA

CORAÇÃO CAIPIRA A quadrilha junina Coração Caipira trouxe muita beleza e originalidade para o quadrilhódromo da festa. De tão original e bela, logo recebeu convite para parti-

cipar de apresentação em Fortaleza: um verdadeiro prêmio de reconhecimento. O festeja de Santo Antonio trouxe a força de sua tradição itupiranguense, com 13 dias de festa com forte espírito junino, principalmente quando ao público presente se apresentavam as belíssimas quadrilhas locais, e visitantes. Tudo isso reunido constitui um dos mais fortes elementos tradicionais para o fortalecimento do turismo local.

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Prefeitura Lança Livro que narra fatos da história de Itupiranga.

CULTURA

A SEMED realiza no dia 30 de Julho o lançamento do livro Kwyikwyire, o qual traz como conteúdo informações sobre Itupiranga, sua história, o processo de formação do povoado, o processo de emancipação e ciclos econômicos, além de galeria com todos os prefeitos. O livro é de autoria do escritor Jorge Washington e Profº Paulo Ricarto. O lançamento é para todos os itupiranguenses, mas em especial os estudantes, considerando que é essencialmente a este público que o livro foi elaborado, de forma sintética e com uma linguagem visual bem definida por meio de imagens, desenhos e gravuras que ajudam a contar a história do município de Itupiranga. Shirley Mary, entra para o rol dos escritores e poetas com sua primeira obra Outra obra que será lançada nesta mesma data é o livro da Poetisa Shirley Mary, Um obra que reúne poemas sob a ótica subjetiva da escritora, com temas variados, intitulado como “Caminhos à Poesia”. A autora é itupiranguense e, como boa poetisa, vem se dedicando ao exercício da poética há alguns anos, mas somente agora se sentiu à vontade para propor o lançamento da sua primeira obra, a qual entrerá para o rol dos artistas locais.

Sugestão de Pauta | 45

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