Revista Primeira Mão Edição 154 - maio 2019

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MEIO AMBIENTE

PLANTANDO FUTURO A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO COTIDIANO DE UMA ESCOLA INFANTIL

SUZANE CALDEIRA

Manhã de quarta-feira, 10 de abril, no Centro Municipal de Educação Infantil, CMEI Darcy Vargas, localizado no bairro Santo Antônio, em Vitória. Quando cheguei, fui recebida pelo professor Rogério Ribeiro, que me pediu para aguardar a chegada da turminha, com cerca de 40 alunos, para mais um dia de aula. O corredor onde eu esperava leva a um grande e organizado quintal, com materiais plásticos descartáveis, pneus coloridos, caixas de papelão e madeira, panos chita, malha, além de árvores (algumas recém plantadas), folhas secas, plantas, hortaliças e até mesmo pequenas casas feitas de madeira. Em seguida, já na sala de aula, observo algumas crianças ainda com cara de sono e outras já bem agitadas para aquela hora da manhã, se preparam para começar o dia. Os “pequenos anjinhos”, como são chamados pelo professor Rogério, sentados no chão, uniformizados e com os cabelos penteados - as meninas, com lindos laços coloridos - assistem ao filme que o professor acaba de colocar. Na sala não há cadeiras, somente uma televisão e um tapete educativo, para as crianças se sentirem livres. O filme conquista o silêncio e os

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olhinhos atentos da turma. É o desenho animado “A Lenda da Mandioca”, com cerca de seis minutos, sobre o folclore brasileiro de origem indígena.. De acordo com a estória, uma índia tupi deu à luz uma filha e a chamou de Mani. A menina era linda e tinha a pele bem branca. Toda a tribo a amava muito, pois Mani sempre transmitia felicidade por onde passava. Um dia, ela ficou doente e morreu. Os pais de Mani resolveram enterrar o corpo na oca em que moravam, pois esta era a tradição do povo indígena tupi. Os pais regaram o local, onde a menina tinha sido enterrada com água e muitas lágrimas. Depois de alguns dias da morte de Mani, nasceu dentro da oca uma planta cuja raiz era marrom por fora e bem branquinha por dentro (da cor de Mani). Em homenagem à filha, a mãe deu o nome à planta de Maniva. Os índios passaram a usar a raiz da nova planta para fazer farinha e uma bebida (cauim). Ela ganhou o nome de mandioca, uma junção de Mani (nome da indiazinha morta) e oca (habitação indígena). Ao término do filme, o professor Rogério entrega um cocar, feito de jornal e folha de mangueira, para cada criança, e os convida a conhecer e provar a mandioca, ensinando a


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