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Câmara garante devolução de um milhão em impostos
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| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXVIII Nº 340 | NOVEMBRO DE 2018 | PORTE PAGO
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Polémica com refeições pode acabar em tribunal
Colégio encerra e dá lugar a polo da escola de hotelaria
“Valor da Vida” transforma Pia do Urso em Líbano
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Aumentou 25% o número de hóspedes na hotelaria
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novembro 2018
Jornal da Batalha
Espaço Público s Baú da Memória Por José Travaços Santos
Patrimónios Preservados (II) Não é um roteiro dos templos do nosso concelho, mas apenas uma forma de registar o exemplo e de saudar as populações que souberam preservá-los e continuam a defender e a acarinhar estes bens preciosos e insubstituíveis do seu património histórico. Com excepção de dois, todos os outros têm referência em “O Couseiro”, obra escrita no século XVII, suponho que no género é rara senão única, mas só impressa no século XIX e com reedições nesse século e no século XX. No número anterior mencionei os da paróquia da Ba-
talha que engloba as freguesias civis da Batalha e da Golpilheira, neste registo os das paróquias do Reguengo do Fetal e de S. Mamede. O Reguengo do Fetal é a paróquia mais antiga do nosso concelho, criada em 24 de Junho de 1512 pelo Prior Mor de Santa Cruz de Coimbra, D. Pedro Vaz Gavião (que também foi bispo da Guarda), desmembrada da de São Martinho de Leiria, enquanto a da Batalha é criada, pelo mesmo Prior Mor, em 14 de Setembro daquele ano, e desmembrada da de Santo Estêvão também da cidade de Leiria.
No Reguengo do Fetal, que tem bastas razões históricas para ser elevada a vila, há três templos valiosíssimos: A Igreja Matriz, erigida com certeza no século XVI e reedificada no século XVIII, de arquitectura barroca mas com elementos góticos, há inclusivamente restos duma ombreira gótica incrustados na parede norte, com interior harmonioso que já nos princípios do século XX foi enriquecido com as paredes rendilhadas do baptistério oitocentista do Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Teve primitivamente a invocação da Santíssima Trindade que
se mudou depois para Nossa Senhora dos Remédios. As suas duas torres sineiras, com os vasos flamejantes típicos do barroco, são muito elegantes. Num outeiro a pequena distância da matriz está a ermida de Nossa Senhora do Fetal, construída no século XVI, com um interior forrado a belíssimos azulejos dos séculos XVII e XVIII. Desse notável interior, reproduzo uma significativa parcela. Nesta ermida venera-se a preciosa e miraculosa imagem de Nossa Senhora do Fetal. A poucos metros da ermida está outra, pequena, designada por Er-
mida da Memória, onde se venera a imagem de Nossa Senhora da Consolação. Na freguesia, está na aldeia das Alcanadas a ermida de São Mateus que o povo fez muito bem em conservar, embora construindo um segundo templo nas proximidades do primitivo. Podemos considerá-lo um exemplar do barroco rural. Diz “O Couseiro” que “junto ao lugar de Alcanadas estava uma ermida de invocação a Santo Hilário e esteve até ao ano de 1567 no qual a derribaram e se fez a que hoje é de S. Mateus”. Na freguesia de São Ma-
s Diacrónicas
mede a igreja do Casal Vieira, da invocação de Santo António e construída no século XVIII. É um templo simples mas bem expressivo do barroco rural. Foi poupada e muito bem, embora na proximidade se construísse outro templo. E vem a propósito perguntar se esta aldeia da progressiva freguesia de S. Mamede não deverá ser designada por Casal do Vieira, tudo levando a crer que o seu primeiro morador seria alguém de apelido Vieira. São Mamede é a segunda vila do concelho da Batalha.
Por Francisco André Santos
Confissões de um lavador de pratos Gosto do espírito aventureiro de Orwell. Além das histórias políticas, inspira-me a mundanidade que traz tanto à guerra civil espanhola como o seu anterior relato de viver em pobreza. “Na Penúria em Paris e Londres” descreve o dia-a-dia da pobreza urbana, que vai desde os maus empregadores do sector Parisiense de Horeca (Hospitalidade-restauração-cafés) aos perigosos albergues de Londres. Nesta minha transição laboral, Orwell, na sua versão online gratuita em português do Brasil, é novamente profético: “Não têm como escapar dessa vida, pois não conseguem economizar um tostão do salário, e as sessenta a cem horas de trabalho semanais não lhes deixam tempo para aprender outra coisa. O melhor que podem espe-
rar é achar um emprego um pouco mais leve, como guarda-noturno ou encarregado de banheiro.” Para minha sorte, só precisava de 26 horas, e ainda que incertas, não me prestavam o prazer de aprender mais alguma coisa. No meio da principal rua noctívaga de Roterdão, sento-me com os hóspedes do hostel em que recentemente comecei o meu trabalho de guarda-noturno. Em principio usaram um cartão de crédito para completar a sua reserva. Confirmo que as coffee-shops já fecharam, e, por volta das 2 da manhã, sirvo o café latte ao “Ché”, que está numa longa-estadia de coração partido. Mas, felizmente, dança Elvis como dança Hendrix. Uma certa distanciação de problemas à nossa volta e que ignoram virtudes e saberes que vão desde
Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, António Caseiro, António Lucas, Francisco
“a menina do bar” ao “presidente disto tudo”, de dentro e de fora do aquário. Os únicos que trazem alguma normalidade, além do vendedor de “charlie” com aquela boina preta de cabedal, são os colegas e amigos da Horeca que dividem as suas outras responsabilidades com o fim-de-semana que passam para a segunda e terça-feira em que deixam de se distinguir dos nauseabundos. Afinal, dizem os estudos que andamos mais stressados que médicos e isso justifica-se. Do lado de fora deste bem iluminado aquário, passam todos os que vivem em dificuldade. Estilo “Lado Errado da Noite”. Aquelas tristes e embriagadas juras de amor que todos vivemos fazem agora parte do meu dia-a-dia. Já me referido como re-
André Santos, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, Joana Crispim, João Pedro Matos, João Ramos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)
sultado do trabalho da “policia fascista” nas últimas décadas, sobra do porto gente sem rumo, como sobram prostitutas no Cais do Sodré. Um Somali que se afirma refugiado sem estatuto; uma mulher de aspeto cavernoso que sofreu algum tipo de queimaduras na cara; o Jaffar, que a par do novo gorro cor-de-rosa, traz a noticia de que tem que trabalhar 2 dias por semana para o subsidio; um rapaz de origem Cabo-Verdiana, que caminha uma barriga impávida, enquanto caça pontas de cigarros. Já o “Pirata”, além de andar com as calças em baixo, (felizmente, apenas a primeira camada, prevenido do frio) dá umas piruetas e de seguida estende a mão aberta. Todos pedem, mas entre o centro e o oeste da cidade, a maioria já me conhece e oca-
Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:
sionalmente, trocam o peditório por um simples cumprimento. “E, como tipo social, o mendigo se sai bem na comparação com muitos outros. Ele é honesto, se comparado com os vendedores da maioria dos medicamentos patenteados; de altos princípios, se comparado com o dono de um jornal dominical; amável, se comparado com um comerciante que vende a crédito com preços extorsivos. Em resumo, é um parasita, mas um parasita razoavelmente inofensivo. Raramente extrai mais da comunidade do que uma vida indigente, e paga por isso com um sofrimento incessante, o que poderia justificá-lo, de acordo com nossos padrões éticos. Não creio que (…) dê à maioria dos homens modernos o di-
Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950
reito de desprezá-lo.”. Note-se que todos eles são indivíduos, com a sua historia única, percurso, opções e sorte. Até aquele que se põe a fumar crack à porta do bar dos artistas. É provável que também a meritocracia seja bastarda. O rascunho dessa obra de Orwell tem o título desta crónica. Já os sem-abrigo, vivem também com esse título. A maioria nunca é mencionada. Há maioria. Que confesse a sua profissão.
Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo. O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt
Jornal da Batalha
Espaço Público Batalha
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s A opinião de António Lucas
Orçamentos Encontramo-nos em período de elaboração e aprovação de orçamentos, quer em termos do Estado, quer em termos das restantes instituições de direito público, dependentes da administração central e da administração local, quer das empresas privadas. São documentos importantes, desde que bem elaborados e melhor executados. Não será difícil elaborar um orçamento, difícil sim será executá-lo bem, cumprindo os seus objetivos. Enquanto nas empresas privadas, a execução e controlada mensalmente e o incumprimento pode resultar em prejuízos, com consequências difíceis para os seus executantes/trabalhadores, no caso das instituições públicas a execução muitas vezes não é controlada e raramente se prestam contas pela má execução orçamental. Veja-se o que acontece no caso do orçamento do Estado, com as constantes cativações. O orçamento é aprovado com determinados montantes, mas depois o ministro das finanças não permite que determinadas verbas sejam gastas e por essa via surge alguma poupança, mas degradam-se os serviços públicos prestados aos cidadãos. No que respeita às autarquias, uma das formas de se perceber se o orçamento foi ou não bem executado, passaria por analisar e retirar consequências dos resultados das contas de gerência, aí se percebendo se o orça-
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s Opinião Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha
mento inicialmente aprovado foi devidamente executado, só que é algo que nunca se faz de forma muito objetiva e pormenorizada. Isto porque existem as chamadas alterações orçamentais, que permitem desvirtuar completamente o orçamento inicial, aprovado pelas assembleias municipais, não passando as referidas alterações orçamentais pelo seu crivo. Por outro lado, não raras vezes fala-se em valores definidos no orçamento para o ano em questão, somando-se também os valores a definir, que não tem receita garantida para o ano em causa e mais grave ainda, quando se soma também os valores inseridos nas rubricas de anos seguintes, que muitas vezes não se imagina onde se irão arranjar as verbas necessárias para o efeito. Por esta via, por vezes, apregoa-se que o orçamento da instituição a) ou b) ascende a x) milhões de euros, quando a realidade será bem diferente, porque se somaram as verbas definidas, com as a definir e com as rubricas de anos seguintes. Em bom rigor, a elaboração de orçamentos realistas e o mais próximos da realidade é a forma correta de gerir, quer as empresas privadas, quer a coisa pública. Só assim será possível não frustrar os objetivos dos acionistas, ou sócios no caso das empresas privadas, e dos cidadãos, no caso das entidades públicas. O incumprimento orçamental grosseiro nas insti-
CE apoia promoção dos produtos agrícolas europeus
tuições públicas teve como consequência, há uns anos, fortes endividamentos que levaram a penalizações muito fortes dos cidadãos, no caso do estado central com a entrada da troika e os resultados que todos conhecemos, no caso das autarquias com a adesão ao PAEL e a outros mecanismos, quase de resgate, com aumento de impostos e taxas locais, com forte penalização dos munícipes. Hoje e desde o início desta década, os mecanismos de controle são outros, não permitindo tanto desvario, mas continua a ser possível desvirtuar em sede de execução o que foi aprovado inicialmente. Será muito importante que todos os gestores olhem para os orçamentos procurando cumpri-los, com o mínimo de alterações. Para isso tem de haver grandes cuidados na sua elaboração e depois maiores cuidados na sua execução no ano seguinte. A boa execução evitará surpresas desagradáveis e muitas vezes uma consequência inevitável, que passa pelo aumento de impostos e taxas, ou então pela degradação dos serviços públicos essenciais.
Nos últimos anos, a União Europeia mostrou ser líder mundial do comércio de produtos agroalimentares e a melhor referência em matéria de alimentos de alta qualidade. Prova disso é o elevado interesse de consumidores e empresas de todo o mundo, comprovado nas missões feitas pelo Comissário Phil Hogan, responsável pela Agricultura e Desenvolvimento Rural, a países terceiros com quem a UE mantém laços comerciais. Muitos dos resultados conseguidos no aumento de vendas de produtos europeus ao estrangeiro foram alcançados através dos programas de promoção de produtos agrícolas da UE em todo o mundo. Em 2018, a Comissão Europeia decidiu aumentar o financiamento disponível para estes programas para 169 milhões de euros – um aumento de 27 milhões de euros relativamente a 2017, ano em que foram investidos 142 milhões de euros. Estes programas são fundamentais para aumentar as trocas comerciais dentro e fora da União Europeia, com apoios que podem ir desde campanhas gerais de sensibilização para uma alimentação saudável até setores de mercado espe-
cíficos. Este ano, uma das prioridades será a promoção da criação sustentável de ovinos e caprinos para tentar inverter as dificuldades atravessadas pelo sector. Dois terços do financiamento destes programas destinam-se a projetos que tenham como objetivo a promoção dos produtos alimentares da União em países terceiros como o Canadá, o Japão, a China, o México ou a Colômbia, que demonstram um grande potencial para um aumento das exportações de produtos europeus. As campanhas destinadas ao mercado interno também são valorizadas: o principal objetivo será informar os consumidores sobre os vários sistemas e rótulos de qualidade da UE, como a agricultura biológica europeia, que está em largo crescimento. Não é raro estarmos num supermercado e encontrarmos o selo de qualidade verde da União Europeia, que remete para a produção biológica. A atribuição da classificação de agricultura biológica garante que são tidos em conta fatores como a sustentabilidade dos sistemas de cultivo e que a proteção animal está assegurada. Os interesses dos consumidores são garantidos
Sofia Colares Alves Chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal
através de procedimentos regulares de certificação da qualidade. As candidaturas aos programas estão abertas para um vasto leque de organizações, como organizações profissionais, organizações de produtores e organismos responsáveis por atividades de promoção agroalimentar. A Agência de Execução da UE para os Consumidores, a Saúde, a Agricultura e a Alimentação (CHAFEA) disponibiliza uma série de instrumentos para ajudar os candidatos a apresentarem as suas propostas. Para mais informações sobre a submissão de candidaturas, consulte o portal da Comissão Europeia.
s Pestanas que falam Por Joana Magalhães
Comprar carro, mudar de casa e... Ser adulto Ultimamente tenho vindo a perceber que as conversas mudaram. Aliás, os temas de conversa que me rodeiam é que mudaram. Há um ano (na prática parecem dias) os diálogos giravam à volta de notas, cadeiras (da faculdade), horários de transportes públicos, a data do próximo jantar de curso, a próxima visita a casa ao fim de semana e tudo com uma pitada de
cusquice sobre os colegas de turma. A maior preocupação era saber as perguntas da próxima frequência e entregar os trabalhos a tempo, coisa pouca aos olhos dos temas de conversa de hoje. Hoje dou por mim e os discursos mudaram. Já não se fala de escola. Fala-se de trabalho. Fala-se muito de trabalho. E fala-se mal, sempre muito mal do trabalho.
Porque o trabalho isto, e os colegas aquilo e os patrões aqueloutro. Quem nunca falou mal e muito mal do trabalho que atire a primeira pedra. Depois do trabalho vem o tema companheiros. São os namorados e as namoradas dos nossos melhores amigos que fazem sempre coisas tão boas e tão más. No entanto, é nos próximos assuntos que percebemos que “os tempos mu-
daram” e que, mesmo que os amigos sejam os mesmos, mesmo que o café seja o mesmo, nós estamos diferentes. É a conversa da compra de carro e de casa. Eu quero comprar um carro e isso “é coisa de adultos”, essa classe da sociedade onde rapidamente me vi inserida sem sequer me perguntarem se queria. Comprar carro é um ritual de passagem (?). Mudar de
casa é outro e assim sucessivamente. Pelo menos, manda a “lei social” que assim deve ser. Mas como é que tão rapidamente as conversas com as amigas chegam aos planos de casamento de uma, à casa que a outra vai construir e ao IRS que já se vai fazer sozinha no próximo ano? As conversas mudaram e nós não pedimos, nem demos pela mudança. Somos adultos e agora?
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Jornal da Batalha
Atualidade
Pacote fiscal garante a devolução de um milhão de euros em impostos s registo
m O orçamento foi aprovado pela maioria PSD do executivo, com os votos contra do PS e CDS, prevê a devolução de 1% do IRS aos munícipes A Câmara da Batalha aprovou um pacote fiscal que “vai devolver cerca de um milhão de euros de IRS, Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e derrama aos munícipes e empresas”. A garantia foi dada pelo presidente do município, Paulo Batista Santos, no dia 5 deste mês, após a aprovação por maioria do orçamento para o próximo ano. Em comunicado, a autarquia refere que 2019 será “marcado pela devolução de parte do IRS aos cidadãos e pela avaliação da decisão de isentar a derrama, por um período de três anos, às empresas instaladas ou que tenham sede social no concelho em 2018, 2019 ou 2020. Para isso, têm de manter no período da isenção, no mínimo, cinco novos postos de trabalho. Na perspetiva de Paulo Batista Santos, “o pacote fiscal prevê uma fiscalidade em linha com a praticada nos anos anteriores, nomeadamente com o IMI na taxa mínima e os benefícios de IMI familiar aplicados, com a derrama no valor reduzido de 0,95% para as empresas cujo volume de negócios no ano anterior não ultrapasse os 150 mil euros, e ainda com a devolução de 1% do IRS”. No caso do IRS, o autarca destaca que, “pela primeira vez, a câmara municipal vai devolver aos batalhenses 20% do bolo do imposto a que poderia ter direito”.
Contas e explicações do município IMI Está no mínimo admissível por lei: 0,3% (de um intervalo que vai de 0,3% a 0,45%), o que representa cerca de 300 mil euros/ano de poupança para os batalhenses. A este valor a que acrescem os descontos previstos para os agregados com filhos (nos limites máximos previstos na legislação), contabilizados num valor superior a 50 mil euros. IRS Redução do valor do IRS a que a câmara tem direito (1%). Esta medida representa uma devolução aos munícipes de cerca de 105 mil euros. Derrama Incentivo às empresas, ao empreendedorismo e à criação de emprego, com redução da taxa para 1,2% (os municípios podem lançar anualmente uma derrama até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de IRC) e de apenas 0,95% para empresas com volumes de negócio inferior a 150 milhões de euros. Esta medida poupa às empresas cerca de 200 mil euros. Taxas Tabela de taxas e outras receitas municipais com dispensa na atualização nominal via Índice de Preços no Consumidor, mantendo-se também a redução temporária dos preços praticados nas piscinas municipais, aprovada recentemente pela assembleia municipal.
p O autarca diz que este “é um dos maiores orçamentos de sempre” O município decidiu, igualmente, “não proceder à atualização da generalidade das taxas municipais, pugnando assim pela estabilidade dos referenciais inscritos na tabela de taxas e outras receitas municipais, protegendo um clima favorável à dinâmica de crescimento registado no atual ciclo económico local”, explica, por outro lado, o comunicado da autarquia. Neste contexto, “entende ser de dispensar a atualização nominal via Índice de Preços no Consumidor, mantendo-se também a redução temporária dos preços praticados nas piscinas municipais, aprovada recentemente pela assembleia municipal”.
PS E CDS CONTRA O orçamento do Município da Batalha para o próximo ano aprovado pela maioria PSD do executivo, com votos contra dos vereadores do PS e CDS - prevê a execução no exercício de 16 milhões de euros e apresenta nove milhões de euros para projetos a definir em anos seguintes. A autarquia explica em comunicado que o documento, a sujeitar à aprovação da assembleia municipal (onde o PSD tem a maioria dos votos), “prevê para 2019 e anos seguintes um orçamento consolidado de 25 milhões de euros, mais 0,8% em relação ao ano anterior, quando considerado a valores anuais”. “Este orçamento - um
dos maiores de sempre - demonstra que a nossa aposta na promoção do bem-estar e da qualidade de vida dos batalhenses é uma realidade e está para continuar. Queremos criar as condições para a fixação no concelho de pessoas e empresas, e com esse intuito apresentamos um orçamento com forte incidência nas áreas social, económica e educação”, explica o presidente da câmara municipal. “A aposta em 2019 passa igualmente por criar todas as condições possíveis para concluir com sucesso o processo de internalização da empresa municipal [Iserbatalha], bem como assumir as novas competências municipais, para além da educação, nas áreas da
saúde, justiça ou ação social, previstas no processo de descentralização aprovado pelo Governo”, adianta Paulo Batista Santos. “A função cultural conhece um forte incremento resultante das parcerias e redes culturais aprovadas no âmbito do programa operacional da região centro, nomeadamente os projetos conjuntos dos “Lugares Património Mundial do Centro”, “Programa Cultural em Rede - OP(us) - Ópera no Património” e a parceria “Região de Leiria Rede Cultural”, refere a autarquia. A requalificação da rede viária e a renovação da rede de abastecimento de águas, “também são áreas identificadas com um forte cresci-
mento do investimento, em cumprimento, por um lado, do plano de eliminação dos pontos negros de segurança rodoviária e, no domínio da rede de água, para implementar medidas de eficiência e melhoria do sistema de abastecimento e de captação de água no concelho”, adianta o comunicado. As vertentes da educação, proteção civil, habitação e ordenamento do território, saneamento, proteção do meio ambiente e conservação da natureza, desporto, recreio e lazer, indústria e energia, e turismo, são outras áreas em destaque no documento.
Jornal da Batalha
Atualidade Batalha
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Falta de qualidade das refeições escolares pode acabar em tribunal m “Não é possível continuar a assistir a esta situação, que viola reiteradamente o contrato assinado entre o Ministério da Educação”, diz o município A câmara municipal “está a ponderar apresentar queixa judicial junto do tribunal competente” para exigir a melhoria das refeições servidas aos alunos na Escola Básica e Secundária da Batalha em condições consideradas “intoleráveis” a diferentes níveis. “Continua a verificar-se o incumprimento grave e reiterado do contrato do serviço de refeições”, refere o município em comunicado,
divulgado no dia 26 de novembro. Por isso, município poderá recorrer às instâncias judiciais para “exigir o cumprimento do contrato celebrado entre a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares e a empresa concessionária”. O município denunciou ao Ministério da Educação, no início de outubro, os problemas relacionados com “a falta de comida e os atrasos sistemáticos no fornecimento das refeições por ausência de recursos, a que se junta a falta de qualidade dos alimentos confecionados”, tendo a direção do agrupamento de escolas qualificado a situação como “insuportável”. “Não é possível continuar a assistir a esta situação, que viola reiteradamente o con-
p A comunidade escolar protesta contra a falta de qualidade do serviço trato assinado entre o Ministério da Educação e a empresa fornecedora de refeições”, refere o presidente do município, adiantando que “não resta outra alternativa que não a apresenta-
DarApoio pretende ajudar famílias de idosos Um novo projeto profissional que pretende ajudar as famílias a cuidar dos idosos, designado DarApoio, acaba de ser lançado por uma especialista em geriatria e animação sócio cultural, residente em Pia do Urso, São Mamede, no Concelho da Batalha. “Pretendo que o meu projeto tenha visibilidade para colaborar com as famílias, fazendo-as sentir que não estão sozinhas no cuidado dos seus familiares mais idosos”, explica Rita Oliveira, natural de Fátima, adiantando que prestação de serviços abrange os concelhos de Ourém, Batalha e Leiria. A “DarApoio” presta serviços em diferentes dimensões, nomeadamente, acompanhamento a consultas ou a exames médicos, compras (mini-mercado, farmácia, roupa), sessões de desenvolvimento cognitivo, organização de eventos e passeios, e projetos de animação sócio-cultural.
p Rita Oliveira lançou o projeto Além dos serviços às famílias, também colabora com lares e centros de dia, destacando-se neste campo as ações de animação e a organização de eventos e passeios. Em termos de ação solidária, Rita Oliveira, com formação e experiência em geriatria e animação sócio-cultural, é a coordenadora do grupo informal pluridisciplinar de voluntariado
“Movimento e Cor depois dos 65”, que tem como principal atividade a organização de um convívio anual destinado em exclusivo à população idosa. A terceira edição do convívio, realizada no final de setembro, juntou em Moita Redonda, Fátima, 250 utentes de mais de uma dezena de instituições que trabalham com idosos em Ourém, Fátima e Leiria.
ção formal de uma queixa aos tribunais competentes”. O objetivo “é reclamar que se cumpra a lei e se pugne pela defesa dos superiores interesses das crianças, atendendo à gravidade da
situação e que configura uma séria violação às condições contratuais expressas através do contrato outorgado”, explica Paulo Batista Santos. “Esta é uma situação ina-
ceitável, que deverá ter uma imediata intervenção por parte do Ministério da Educação e que para a qual o município a não vai tolerar abusos e incumprimentos contratuais”, alerta. A direção do Agrupamento de Escolas da Batalha “tem manifestado forte preocupação pela forma como o serviço de refeições é gerido, com falhas e dificuldades que incluem graves lacunas ao nível da limpeza e salubridade nos espaços de manuseamento dos alimentos”, adianta o município em comunicado. A Associação de Pais do Agrupamento de Escolas da Batalha, por seu lado, considera a situação “incomportável”.
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Batalha Atualidade
Jornal da Batalha
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Casal acusado de praticar 50 burlas em negócios fictícios m No período de seis anos, lesaram em quase 15 mil euros pessoas residentes de norte a sul do país, nomeadamente com falsos arrendamentos
Um casal residente na Batalha foi acusado pelo Ministério Público (MP) de Leiria da prática de 50 burlas, no período de seis anos, que lesaram em quase 15 mil euros pessoas residentes de norte a sul do país. Os arguidos, Sérgio Silva e Tânia Tomé, de 32 e 36 anos, estão acusados de cometer em coautoria “51 crimes de burla qualificada, um deles na forma tentada, e um crime de uso de documento de
identificação alheio”, revelou o MP no dia 17 de outubro. Como o Jornal da Batalha noticiou em abril deste ano, o casal publicitou na Internet para arrendamento apartamentos de terceiros e pôs à venda diferentes bens que não enviou às vítimas. “No período entre setembro de 2012 e março de 2018, os arguidos publicaram anúncios nos sites Olx, Custo Justo e Booking para arrendamento de casas - apartamentos e vivendas - para férias ou habitação permanente, situadas em diversos locais do país, nomeadamente, Leiria, Nazaré e a zona algarvia”, descreve a acusação. Perante os anúncios, as vítimas “entabularam negociações com os arguidos”, que lhes “solicitaram a transferência bancária de mon-
p O casal, suspeito de praticar 50 crimes, desmentiu as acusações tantes, a título de caução ou de sinal dos arrendamentos de imóveis”. Posteriormente, as vítimas “constataram que não existia qualquer apartamento para arrendamento”. O MP considera ainda “indiciado que os dois arguidos, em conformidade com um plano delineado e também com o recurso à Internet, designadamente através do Facebook e acedendo ao Mes-
senger, colocaram fotografias de artigos para venda, como mobiliário para a casa, eletrodomésticos, produtos informáticos, máquinas fotográficas, tablets e Play Station 3”, que não entregaram aos compradores. As vitimas “estabeleceram diálogo com os arguidos, através da Internet e no decorrer da troca de diversas mensagens, efetuaram
transferências bancárias para o N.I.B. fornecido pelos arguidos. Não obstante, os ofendidos não receberam os seus artigos, nem lhes foi devolvida a importância enviada”, refere a acusação, que destaca o facto de “os arguidos, na sua atuação, utilizaram documentos de identificação de terceiros”. “Neste contexto – conclui o MP - foram efetuadas [para
os arguidos] transferências bancárias, no montante total de 14.706,52 euros”. O arguido Sérgio Silva vai manter-se em prisão preventiva – condição em que já se encontrava desde 14 de abril último – a aguardar o desenvolvimento do processo, enquanto Tânia Tomé continua em liberdade, com a obrigação de se apresentar periodicamente às autoridades policiais. Num email enviado ao Jornal da Batalha, a 9 de abril último, Sérgio Silva afirmou que “tanto a notícia [então publicada] como os comentários” feitos na Internet “são falsos”. O arguido considerou o que “o que o jornal fez [a divulgação da notícia em abril] é crime”, adiantando que iria “tomar medidas” se não fosse “contactado com urgência” pelo Jornal da Batalha.
Alunos e professores foram à WebSummit Alunos e professores do Agrupamento de Escolas da Batalha, participaram no que é considerado como o maior evento tecnológico/ digital do planeta, a WebSummit, que terminou no dia 5 deste mês na Altice Arena, em Lisboa. Participaram alunos das
turmas do 11º e 12º ano do Curso Profissional de Informática e do 12º A do Curso de Ciências e Tecnologias. Assistiram a diversas comunicações no “centre stage” - o maior dos palcos deste evento - onde ouviram especialistas das grandes empresas mundiais da área
tecnológica. Os temas focaram-se na privacidade digital, na tecnologia blockchain, realidade virtual e aumentada, entre outras. O dia terminou com uma comunicação do presidente da Samsung sobre a inteligência artificial e os seus impactos.
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Jornal da Batalha
Atualidade Batalha
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Colégio de São Mamede fecha e dá lugar à escola de hotelaria m A Associação de Ensino e Formação (Insignare) arrendou as instalações por um período mínimo de 10 anos para o novo polo da Escola Profissional de Hotelaria de Fátima
A Associação de Ensino e Formação (Insignare) anunciou no dia 30 de novembro que “pretende arrendar as instalações do Colégio de São Mamede”, no Concelho da Batalha, “de forma a alargar a sua área de atuação e instalar um polo da Escola Profissional de Hotelaria de Fátima (EHF)”. “A oportunidade de instalar um novo polo da EHF, dando pleno corpo e materialização a diversos considerandos, arrendando provisoriamente o Colégio de São Mamede, na totalidade das suas instalações”, por
um período mínimo de 10 anos, resulta do facto de, pelas “determinações relativas aos contratos de associação, ficar sem operação no próximo ano letivo”, explica a direção da Insignare em comunicado. “Com esta opção, cria-se ainda a possibilidade futura de novas áreas de expansão do ensino profissional no distrito de Leiria, ficando assim consolidada a posição da Insignare do ponto de vista regional, no distrito de Santarém e Leiria”. As aulas no novo espaço devem começar no ano letivo 2019/2020. A EHF e o Colégio de São Mamede distam entre si menos de cinco quilómetros, o que foi “determinante” para a decisão da associação, assim como “a larga proveniência de alunos da região de Batalha, Porto de Mós, Leiria, Alcobaça”. “Foi neste pressuposto, e no superior interesse de racionalidade financeira da instituição, que se afigu-
p EHF sem espaço para mais do que os atuais 300 alunos rou a opção de investimento agora em curso”, refere o comunicado. Para a associação, que gere também a Escola Profissional de Ourém, “os recursos têm que ser pensados de forma criteriosa e não se pode hipotecar o futuro financeiro da instituição”, pelo que “esta opção
é a que melhor responde temporariamente às necessidades, sobretudo quando tem em “carteira” a construção [de um novo edifício] no âmbito do próximo quadro comunitário 2030”. “A Insignare vai crescer a partir de Fátima. Não vai sair do edifício dos Monfortinos, vai crescer a par-
Casa do Mimo promove seminário sobre desenvolvimento intelectual A Associação Casa do Mimo promove no dia 24 deste mês o seminário “Novos Olhares sobre a Perturbação do Desenvolvimento Intelectual - PDI”, no Auditório Municipal da Batalha. “É um momento formativo para profissionais das áreas da saúde, educação e reabilitação, bem como para pais, assistentes operacionais e estudantes destas áreas”, refere a presidente da Casa do Mimo, Cidália Silva. O objetivo do encontro é “fazer uma breve abordagem sobre a etiologia da
p A casa dá respostas a crianças e jovens com e sem necessidades educativas especiais PDI e seus sinais de alerta, clarificar conceitos, diferenciando a PDI da doença
mental; dar resposta a necessidades de profissionais de educação, saúde/reabili-
tação e pais no âmbito desta problemática, e apresentar algumas propostas de acompanhamento e intervenção no sentido de melhorar a qualidade de vida da pessoa com deficiência”, explica Cidália Silva. As inscrições, até dia 22, devem ser feitas através do formulário disponível na página de Facebook da Casa do Mimo, do email acasadomimo@gmail.com e pelo telefone 915752908. A iniciativa é apoiada pelo município e Junta de Freguesia da Batalha.
tir daí. A direção estudou vários cenários, edifícios e possibilidades: este foi o que conjugou melhor os critérios: investimento, adaptações e alterações de edifício e proximidade”, salienta. As instalações que de momento a EHF ocupa, enquanto não garante finan-
ciamento para a construção do novo projeto (já com terreno adquirido), estão no limite em capacidade para receber alunos [300 atualmente], “tornando-se a sua gestão diária quase impraticável ao nível das áreas técnicas e de especialidade (como sejam as cozinhas, o laboratório de pastelaria, bar)”. O presidente da Câmara da Batalha disse que “o município apoia esta decisão e felicita a opção realizada de alargar a oferta do ensino profissional de qualidade num eixo turístico estratégico centralizado em Fátima e que se estende à Batalha e a toda região de Leiria e de Santarém”. “É uma excelente notícia para toda a região e para o turismo, a decisão da Insignare de arrendar as instalações do Colégio de São Mamede, para aí instalar um novo polo da EHF”, adiantou Paulo Batista Santos.
Programa 9h00 Abertura do secretariado 9h30 Sessão de Abertura Presidente da Câmara Municipal da Batalha Direção da Casa do Mimo 1º Painel, moderador Dra. Sónia Gameiro 9h45 Drª Arlete Crisóstomo, pediatra do desenvolvimento (Comorbilidades nas perturbações do neurodesenvolvimento - sinais de alerta) 10h30 Dra Sofia Brissos, psiquiatra - As psicoses na PDI 11h15 Debate 11h30 Pausa para café 11h45 Drª. Celina, médica Saúde Familiar -A intervenção clínica na PDI 12h15 Dr. João Sousa, psicólogo - Apresentação de caso clínico (Casa do Mimo) 12h45 Debate 13h00 Almoço 2º Painel, moderador professor Luís Novais 14h45 Graça Morgado, professora - A Escola Inclusiva 15h30 Drª Ana Leonardo, advogada - A PDI no contexto legislativo atual 16h15 Debate 16h30 Pausa para café 16h45 Apresentação OASIS 17h45 Apresentação Casa do Mimo 18h00 Sessão de encerramento
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Jornal da Batalha
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Opinião s Crónicas do passado
Trespassa-se Este mês o tema do artigo tarda em chegar. Procuro entre os meus pensamentos e manuscritos soltos pela secretária, mas nada aparece. Espero que chegue na alvorada um cavaleiro andante que me resgate deste vazio criativo, o autor desesperado e em apuros, tal como uma donzela desampara numa torre de um qualquer castelo longínquo. Desembrulho papeis amarelecidos pelo tempo, neles guardo memórias e relatos trovadorescos, mas nada se destina a este tão prestigiado periódico, que muito estimo. Descobri qualquer coisa, vamos ver o que encontro nesta página solta, pode ser que tenha encontrado algo. Afinal nada está perdido. Vou transcrevê-lo para que
possam apreciá-lo com toda a clareza: “Lista de Compras: pão; manteiga; azeite; vinho…”. Afinal enganei-me, este mês está complicado. Só me resta admitir o meu erro e apresentar as minhas mais sinceras desculpas… Finalmente vislumbrei algo de interesse geral, trata-se de uma investigação intitulada Os Riscos de Passear na Floresta Durante o Período da Peste Negra – Conquistas, Retrocessos e Desafios na Era das Trevas Iluminadas. Infelizmente não o vou poder publicar na íntegra devido à sua extensão, pois desenvolve-se por trezentas páginas, fora os anexos. Em tempos levei a cabo uma investigação sobre a Livraria Real, na época de D. João I e de D. Duarte. Vou
deixar aqui um pouco desses escritos: “D. João I revela que a literatura, como meio cultural, é deveras importante, para que no futuro se conheça as memórias e saberes antecessores. Esta perspetiva mostra a viragem do século XIV para o XV, com a aclamação de uma nova dinastia, dando-se início a uma época boreal das letras em Portugal, reconhecida por inúmeros estudiosos. O aspeto interessante da dinastia de Avis, no que concerne à ciência das letras, é sem dúvida a sua produção literária, rompendo com a exclusividade medieval da literatura clerical. Revelando que a aristocracia começava-se a interessar pela escrita, a par da sua predominante ocupação, as
armas. Abrindo, desta forma, o período da História Moderna portuguesa, após a pacificação com Castela, selada no ano de 1411. Os principais impulsionadores desta nova abertura às letras foram: o Rei D. João I; o Rei D. Duarte; e o Infante D. Pedro. Que além de editarem as suas próprias obras, também se dedicaram a traduzir, para português, alguns ensaios clássicos, exemplares dignos da era humanista, que começa a surgir D. Duarte tinha uma livraria vasta, composta por cerca de oitenta volumes, quase todos de cariz religioso, mas com títulos clássicos latinos e gregos. Esta sua coleção suplantava a de seu pai e até do Rei inglês Ricardo II, que obtinha ape-
nas vinte livros, revelando-se assim uma das maiores coleções das casas reais da época. Mas quem detinha um grande número de livros, entre religiosos, clássicos e profanos, era João, Duque de Berry, que ainda no século XIV tinha cento e cinquenta livros na sua biblioteca, apesar disso era um número inferior se comparado com o maior colecionador da época, o Rei D. Afonso V de Aragão, com o extraordinário volume de mil obras. Em Portugal as bibliotecas monásticas chegam a ter cerca de quinhentos exemplares, entre livros das horas e códices. Mas com o aparecimento da tipografia, começaram a aparecer coleções vastas, como a de D. Teodósio, Duque de Bragança, que detinha mil
Francisco Oliveira Simões Historiador
e quinhentos e noventa e seis livros.” Como veem este mês não tenho artigo, peço que me desculpem e prometo ter algo melhor para apresentar no próximo número do Jornal da Batalha.
s Fiscalidade
Proposta de lei do orçamento do Estado 2019 Temos um Orçamento de Estado (OE) para 2019, que reflete um sentido de responsabilidade, visa a retoma económica, o crescimento estável e robusto da economia, uma grande preocupação de controlar o défice, numa perspetiva de recuperar rendimentos, de rigor porque é de zero ou quase zero, estando previsto um défice de 0,2%. A maioria das pessoas sentirá um alívio na carga fiscal, vão pagar menos IRS no próximo ano, nomeadamente o aparecimento dos passes sociais onde as famílias vão sentir uma folga orçamental. A descida da taxa de portagens para as empresas do interior. Novos apoios para o desenvolvimento da floresta e entre outras medidas vão ser redesenhadas as políticas do futuro para o desenvolvi-
mento da agricultura, etc. A redução das propinas é uma medida que faz diferença porque se uma família recebe baixos rendimentos é uma boa ajuda para os estudantes. Embora estes peçam a propina zero e o ensino superior deveria ser gratuito. As despesas de formação e educação incorridas por estudantes que frequentem estabelecimentos de ensino situados em territórios do interior passam a ser dedutíveis à coleta do IRS em 10% do seu montante. Adicionalmente, o limite global da dedução à coleta relativa a tais despesas é elevado para € 1.000,00. Ao nível do IRS, as horas extraordinárias pagas, bem como as remunerações de anos anteriores, incluindo os subsidio de férias e de natal, passam a ter uma taxa de retenção na fonte
autónoma, evitando que os contribuintes passem para um escalão superior. Às horas extraordinárias efetuadas dentro de cada mês será aplicada taxa de retenção na fonte em função dos rendimentos obtidos. O prazo para entrega da Declaração Modelo 3 do IRS passará a ser até final de junho, um mês mais tarde do que agora. Os contribuintes passam a ter um período de 3 meses para a entrega da declaração. Verifica-se o aumento do prazo limite para a validação das faturas no Portal das Finanças E-Fatura, pelos contribuintes, que passou de 15 de fevereiro para 25 de fevereiro. A informação sobre as deduções à coleta de IRS no Portal das Finanças, agora até fim de fevereiro, passou para 15 de março. Verifica-se a alteração do pra-
zo limite para apresentar uma reclamação do montante das deduções à coleta de IRS pelos contribuintes que passou do dia 15/3 para o dia 31/03. Esta proposta inclui uma medida de incentivo ao regresso de emigrantes que saíram do país. Quem emigrara entre 2011 e 2015 e seja residente em Portugal entre 2019 e 2020, são excluídos de tributação 50% dos rendimentos de trabalho dependente ou de rendimentos empresariais e profissionais, desde que tenham a sua situação tributária regularizada. Aplica-se este regime durante um período de 5 anos. Está ainda prevista uma redução para os contribuintes que passem a residir no interior do pais. Está previsto um agravamento da taxa de tributação autónoma de 10% para 15%
aplicada a viaturas ligeiras de passageiros cujo valor de aquisição seja inferior a € 20.000, motos e motociclos, bem como às despesas de representação. Para as viaturas ligeiras de passageiros cujo valor de aquisição seja igual ou superior a € 20.000,00 a taxa de tributação autónoma passa de 20% para 25%. Será eliminado o corte de 14,5% do valor das pensões antecipadas. Sobre as reformas antecipadas pedidas por quem tenha 63 ou mais anos de idade e que aos 60 anos de idade contava com pelo menos 40 anos de contribuições, o corte deixará de se aplicar em janeiro, ao passo que relativamente às reformas pedidas por quem tenha 60 anos de idade, mas 40 de descontos, o corte deixará de se aplicar em outubro.
António Caseiro Membro da Assembleia Representativa da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração
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Atualidade Batalha
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Pia do Urso transformada em Líbano para telenovela m Aldeia foi cenário para a gravação de episódios da telenovela atualmente em exibição na TVI intitulada “Valor da Vida”
O Município da Batalha revelou em meados de outubro que a Pia do Urso, na freguesia de São Mamede, foi transformada numa aldeia libanesa para dar lugar, durante a semana, à gravação de episódios da telenovela atualmente em exibição na TVI intitulada “Valor da Vida”. “Uma vasta equipa de profissionais da televisão, que reúne atores, assistentes de gravação, guionistas,
p Autarcas da Batalha com uma das atrizes num intervalo das gravações entre outros, concentra-se neste lugar mágico e único do Concelho da Batalha”, descreve a autarquia.
A atriz Isabela Valadeiro, que dá vida à jovem libanesa Aisha, partilhou com os seguidores do Instagram
da TVI algumas imagens e momentos divertidos, durante um dia de gravações. A aldeia de Pia do Urso,
Investidos 25 mil euros na limpeza do rio e margens A Câmara Municipal da Batalha procedeu no início deste mês a diversos trabalhos de limpeza nas margens do Rio Lena, com o objetivo de prevenir o risco de cheias e promover a conservação dos ecossistemas aquáticos. O rio apresentava zonas assoreadas e vegetação que dificultava o curso normal da água. Os trabalhos compreenderam ainda a limpeza das margens do rio Lena na zona urbana da vila da Batalha, com “o intuito de garantir condições de escoamento dos caudais líquidos e sólidos, em situações hidrológicas normais e extremas, atendendo à proximidade do inverno e do aumento significativo da pluviosidade”, explicou o município em comunicado Estas intervenções representam um investimento superior a 25 mil euros e
“visaram proteger os terrenos circundantes do rio, garantindo total desobstrução das linhas de água. Os trabalhos incidiram ainda no controlo da erosão do leito do rio”. O presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista
p Limpeza visou evitar cheias Santos, entende que os proprietários de terrenos confinantes com o rio “deveriam assumir também uma atitude preventiva, nomeadamente quanto à limpeza e à
desobstrução das margens”. A limpeza e conservação de linhas de água “é um desafio de todos e não apenas do município da Batalha”, concluiu.
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tal como a atriz fez questão de explicar, serve de pano de fundo a momentos que, para os telespectadores, se-
rão passados no Líbano. Nas pausas das gravações, Isabela Valadeiro mostrou “o bom ambiente que se vive entre atores, com especial destaque para as brincadeiras com Marcello Antony (Jesus) e Dina Félix da Costa (Jamilah)”. Ao lado da atriz, neste dia de gravações, estiveram também outros atores: Laura Dutra (Raíssa), Manuel Wiborg (Manuel), e os protagonistas Rúben Gomes (Artur) e Ana Sofia Martins (Carolina). Esta novela da estação de televisão, em exibição desde 30 de setembro, foi escrita por Maria João Costa, autora de “Ouro Verde”, e as gravações arrancaram no início de junho, em “lugares novos, onde nunca se filmou antes”.
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Batalha Opinião
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Jornal da Batalha
s Tesouros da Música Portuguesa Por João Pedro Matos
Os dias de glória dos Madredeus (2ª parte) (Continuação da edição anterior) Entre março e maio de 1994 vamos encontrar os Madredeus em Londres a gravarem material original que converter-se-á em dois álbuns distintos. O primeiro deles, O Espírito da Paz, publicado nesse mesmo ano, serviu para consolidar o estatuto internacional da banda porquanto ascendeu ao primeiro lugar da tabela de vendas em Espanha. E rapidamente tornou-se no seu álbum mais conhecido, a ultrapassar a fasquia de meio milhão de exemplares vendidos. O que obrigou o grupo a voltar à estrada, agora para encetar uma gigantesca digressão mundial que durou cerca de um ano e meio. Convém recordar que um dos concertos mais emble-
máticos de promoção de O Espírito da Paz foi mesmo no Mosteiro da Batalha. E, na nossa modesta opinião, O Espírito da Paz é ele próprio um tesouro da música portuguesa onde cintilam jóias como Os Senhores da Guerra, Pregão, Ao Longe o Mar, e Vem, a canção mais ouvida do disco. No ano seguinte, Rodrigo Leão anuncia a sua saída para dedicar-se inteiramente à sua carreira a solo. É substituído nos teclados por o antigo elemento dos Heróis do Mar, Carlos Maria Trindade. Depois, o segundo álbum gravado em Londres no ano anterior, e que se chamará Ainda, será utilizado pelo realizador alemão Wim Wenders como banda sonora do filme Lisbon Story.
A música presente em Ainda tem notórias influências do fado, e isso comprova-se em faixas tais como Alfama, Guitarra e, principalmente, no nostálgico Céu da Mouraria. A propósito de Alfama, esta música será lançada no formato de single em 1997, remisturada por Jah Wobble, antigo músico dos PIL e líder dos Invaders of the Heart. Esse single, intitulado Ambiente Pacífico, inclui também o maravilhoso Pregão onde pontificam as vozes de Teresa Salgueiro e de Francisco Ribeiro, numa remistura que tanto evoca os cantos da Beira Baixa como os do Norte de África. Entretanto, o acordeonista Gabriel Gomes e o violoncelista Francisco Ribeiro tinham deixado o gru-
po e, por seu turno, havia entrado a guitarra baixo acústica de Fernando Júdice, que em tempos pertencera ao Trovante. É com esta nova formação que os Madredeus lançam O Paraíso, disco onde se destacam dois temas: A Andorinha da Primavera e Haja o que Houver. Porém, foi preciso esperar por 2001 para ver aparecer outro grande disco dos Madredeus: trata-se de Movimento que é, sem sombra de dúvida, um dos seus trabalhos mais conseguidos, tanto a nível dos arranjos instrumentais, em que as guitarras adquirem um som encantatório, como a nível vocal, porque a voz de Teresa Salgueiro nesse registo aparece melhor do que nunca. Escute-se com atenção o
seu desempenho nos temas Ecos na Catedral e em A Lira – Solidão No Oceano. Movimento foi recebido efusivamente um pouco por toda a parte: na Grécia, o disco entrou para o quarto lugar da tabela de vendas e, no México, havia uma autêntica euforia em redor da música dos Madredeus: os seus álbuns eram elogiados pela imprensa, os concertos contavam com lotação esgotada e o grupo deu um concerto na Cidade do México, na praça histórica de Zocalo, em que assistiram cerca de cinquenta mil pessoas. Não é de estranhar, portanto, que em 2002 o grupo grave Euforia, com acompanhamento da Orquestra Sinfónica da Rádio Flamenga; mas em 2007 todos os elementos dos Ma-
dredeus abandonaram o projeto, à exceção de Pedro Ayres de Magalhães e Carlos Maria Trindade. Para a História, deverá fixar-se pelo menos quatro álbuns que pertencem à sua discografia: Os Dias da Madredeus (1987), Existir (1990), O Espírito da Paz (1994) e Movimento (2001).
s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira
Sementes lançadas ao acaso dão bom resultado Chegou a chuva e o frio; um novo ciclo lembrando-nos que a vida é feita de ciclos que se renovam e trazem coisas diferentes, mas igualmente importantes. Os dias mais curtos e frios implicam menos tempo na rua, mas como a natureza é sábia, reparem que as sementeiras desta época nem precisam de ser enterradas, como é o caso das favas, tremoços (restantes leguminosas) e cereais diversos. Já vos disse que gosto de fazer experiências. No ano passado lancei à terra, sem qualquer cuidado prévio, sementes de trigo e de centeio, e não é que nasceram muito bem?! Este ano já vou multiplicar a produção, pois guardei os bagos que as plantas deram. Gosto de lançar à terra muitas sementes, assim
dará para alimentar os animais selvagens e para consumo cá em casa. Mesmo no caso das couves, as que nascem selvagens são sempre mais resistentes do que aquelas que quero em determinado sítio. A explicação é que se a minha expectativa é inexistente ou baixa, tudo o que vier é mais apreciado e agradecido. Porque as nossas deceções/frustrações são fruto das expectativas criadas. Se é das pessoas que no inverno não tem tempo para cuidar da horta, pode deixar terreno em pousio ou semear plantas que fazem adubação verde, como tremocilha, alfafa ou luzerna, entre outras. Nas minhas caminhadas, descobri que em diversos limites de passeios pela Batalha existe lucerna selvagem - natureza
generosa. As propriedades das sementes de luzerna/alfafa são imensas, sendo a planta comestível e excelente como aporte nutricional tanto para animais de criação como para nós humanos. Hortícolas para Semear e/ou plantar ao ar livre: acelgas, alfaces, alho francês, brócolos, cebolas, cenouras, coentros, Couves várias, couve-rábano; espinafres, espargos, favas, mostardas, nabiças, nabos, rabanetes, rúcula, salsa. Jardim, semear e/ou plantar: amores-perfeitos, margaridas, açucenas, cíclames, narcisos, crisântemos, jacintos e tulipas. Com a natureza aprendo a viver!
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Crematório da região fica concluído no início do ano m O projeto está em construção junto ao cemitério municipal de Leiria e destina-se a dar resposta aos 10 concelhos da CIMRL, entre os quais o da Batalha
As obras de construção do crematório da região de Leiria devem estar concluídas em janeiro de 2019, após um investimento de um milhão de euros efetuado pela Servilusa, que venceu o concurso lançado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) ,– que integra 10
municípios, incluíndo o da Batalha. “A cremação é uma área de intervenção chave, uma vez que esta opção representa cerca de 17% dos funerais realizados no país, ultrapassando em algumas regiões os 50%, tendo registado uma taxa de crescimento anual na ordem dos 14%”, explica o director-geral de negócio da Servilusa, Paulo Moniz Carreira. Na sua perspetiva, “este crescimento prevê-se que prossiga, não só porque existem mais equipamentos, mas também porque é uma opção cuja procura vai continuar a evoluir”. No caso de Leiria, “havia alguma pressão por parte da comunidade da região, que estava obrigada a deslocar-se à Figueira da Foz para
p Terá capacidade para 900 cremações por ano aceder ao serviço”. Num comunicado, a Servilusa explica que é uma aposta “estratégica para o
crescimento da empresa”, adiantando que o crematório de Leiria terá “os mais modernos equipamentos
disponíveis no mercado”. O projeto está em construção junto ao cemitério municipal de Leiria e,
além do forno crematório, vai disponibilizar uma sala de última despedida e uma área de preparação de falecidos. Terá ainda uma área de estar, um cendrário-jardim da memória e uma zona de lazer exterior. O concurso lançado em julho de 2017 pela CIMRL e ganho pela Servilusa refere-se à construção e gestão da concessão, por 20 anos. A empresa estima realizar cerca de 900 cremações por ano (até seis por dia) nas instalações que começaram a ser construídas no final de maio deste ano. O projeto foi desenhado pelo arquiteto António Mota, da empresa Review Real Estate Management e contempla uma área de implantação de 378,53m2, num terreno com 1500 m2.
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Procissão dos caracóis ganha prémio de turismo p A festa é considerada única no mundo
m O filme “Procession of the Snails” venceu o 1º prémio de Turismo Religioso e Peregrinação no Festival Internacional de Cinema de Turismo O filme “Procession of the Snails” (“Procissão dos Caracóis”), da autoria de Rui Miguel Pedrosa, da empresa leirense Slideshow, venceu o 1º prémio na categoria Turismo Religioso e Peregrinação da 11ª edição do ART&TUR – Festival Internacional de Cinema de Turismo, que terminou a 27 de novembro em Leiria. A película retrata a procissão em honra de Nossa Senhora do Fetal, no Reguengo do Fetal, Concelho
da Batalha, que percorre uma distância de 800 metros, iluminada por candeias feitas com 10 a 15 mil cascas de caracóis e seis quilómetros de torcidas embebidas em 500 litros de azeite. As festas que decorrem no final de setembro ou início de outubro, conforme o calendário, envolveriam umas 200 pessoas há duas décadas, quando hoje se calcula que sejam 15 mil. Além deste prémio, a Slideshow ganhou mais quatro troféus: “O que vos faz partir?” - Melhor Filme Destino Turístico Região Centro; “O Segredo das Montanhas Mágicas” – 1º prémio na categoria Turismo Rural e de Natureza; “ Nissan Leaf4trees” – 1º prémio na secção Responsabilidade Social, e “O Mundial
é no João Gordo” – 2º prémio na categoria Serviços Turísticos. O filme espanhol “The Route of Fate” (A Rota do Destino) foi o grande vencedor do ART&TUR. Dirigido por Román Parrado e produzido por Francesc Olivares, promove a região da Catalunha. Na competição nacional, destinada a filmes portugueses, triunfou “Love Story by PPS” (“História de Amor”), uma produção encomendada pelo gabinete de arquitetura PPS - Pilar Paiva de Sousa ao realizador Nuno Rocha. O ART&TUR Factory, iniciativa que se estreou este ano na competição, foi vencido pelo filme “Inside”, produzido por uma equipa brasileira liderada por Marco António Calábria e
p Os premiados durante a cerimónia em Leiria Bruno Nishino, do Studio Eureka. Os filmes em competição foram avaliados por um júri internacional, composto por 22 elementos de 12
países, em três continentes, designadamente Portugal, Espanha, Índia, África do Sul, Alemanha, Brasil, Chile, Holanda, Irão, Letónia, Taiwan e Turquia. Os jura-
dos distribuem-se de forma equilibrada pelas áreas do cinema e TV, do turismo e da comunicação.
Alunos do AEB Melhor proposta para largo do Reguengo recebe cinco mil euros conquistam
prémios do IPL
O prazo para a apresentação de candidaturas ao Prémio Municipal de Arquitetura Mateus Fernandes, organizado pela câmara municipal, termina a 30 deste mês e o vencedor ganha cinco mil euros. Os projetos a submeter a concurso devem propor uma intervenção da requalificação do espaço público na zona envolvente do Largo da Praça da Fonte, na freguesia de Reguengo do Fetal. O espaço, considerado um dos ex-libris da aldeia, tinha uma palmeira cen-
p A tempestade Ana derrubou a palmeira do largo tenária que foi derrubada aquando da passagem da tempestade Ana, em dezembro do ano passado. Em termos gerais, o pré-
mio destina-se a galardoar os melhores projetos de requalificação urbana com prioridade para obras de intervenção em espaços exte-
riores de uso público e que se destaquem pelas soluções adotadas para a melhoria da qualidade do espaço exterior. O regulamento, a ficha de inscrição e os restantes documentos associados ao concurso encontram-se disponíveis no portal do município. O Prémio de Arquitetura Mateus Fernandes homenageia o arquiteto, natural da Covilhã, que dirigiu as obras do Mosteiro da Batalha por mais de 25 anos, tendo falecido em 1515.
Os alunos José António Heleno de Sousa Morgado (Gestão Turística e Hoteleira) e Ema Catarina Antunes Vieira (Enfermagem), do Agrupamento de Escolas da Batalha, foram distinguidos com os Prémios IPLeiria
– Mérito Ensino Secundário, entregues no dia 6 deste mês, durante a sessão solene de abertura do ano letivo 2018/2019 do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria).
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Batalha Opinião
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s Espaço do Museu
Pan Am: a promessa de uma viagem maravilhosa em quatro mil azulejos Imponente, com grande impacto na paisagem, o painel que publicita a antiga companhia área norte-americana Pan Am não fica despercebido a quem passa na estrada que liga a Batalha a Fátima (EN 356), na encosta nascente da freguesia de Reguengo do Fetal. Uma excelente localização para a aplicação de 4140 azulejos pintados à mão pela “Aleluia Cerâmica” (Aveiro) sobre uma estrutura de cimento com 92 metros quadrados. Os azulejos, compõem uma imagem com dois globos terrestres e o slogan publicitário “Torna a sua viagem maravilhosa”. Numa década em que se registou uma grande vaga de emigração em todo o país e, em particular na nossa região – os anos 50 do século passado – proliferavam as campanhas publicitárias em torno das viagens de avião, um meio de transporte rápido, moderno e seguro. Pro-
moviam-se as viagens para o outro lado do Atlântico, sendo o Brasil e os Estados Unidos os destinos que mais pareciam prometer melhores condições de vida. A Pan Am abrevia a designação Pan American World Airways, a principal companhia aérea dos Estados Unidos da América da década de 1930 até o
seu colapso, em 1991. Segundo alguns especialistas da área da aviação, a Pan Am foi um ícone social e cultural do século XX. A Fundação com o seu nome, criada em 1992 por ex-funcionários da companhia, tem como missão preservar e promover o património único de Pan Am, atendendo às contribuições incomparáveis
com a tecnologia, comodidade, segurança e emoção que esta companhia criou ao longo da sua atividade comercial. O acervo da Pan Am está hoje exposto nalguns dos museus mais representativos dos EUA, tais como o Museu de História de Miami, o Museu do Aeroporto Internacional de São Francisco ou mesmo na
Universidade de Miami. O painel publicitário situado no nosso concelho faz parte da memória coletiva de muitos dos batalhenses e de milhares de turistas que realizavam o trajeto de Fátima para a Batalha. O segundo e único exemplar conhecido do país, com referência publicitária à companhia aérea americana, encontra-
-se na freguesia de Oliveirinha, Concelho de Aveiro. A obra reflete e assinala, passados mais de sessenta anos da sua instalação, um dos mais importantes testemunhos da utilização de azulejos tradicionais portugueses para fins publicitários, assumindo-se na riqueza e qualidade do trabalho, ainda hoje visível, e que importa salvaguardar, preservar e defender. Pelo interesse patrimonial incontestável deste painel, encontra-se em curso o respetivo processo de classificação desta estrutura como património a salvaguardar, pretendendo o Município proceder à respetiva requalificação tendo em vista a valorização deste elemento único. Fonte: Boletim do MCCB – Município da Batalha, 5ª Edição, fevereiro de 2018 Município da Batalha Museu da Comunidade Concelhia da Batalha
s Noticias dos combatentes
Um dia memorável para os combatentes da Batalha As imponentes e patrióticas cerimónias nacionais, comemorativas do centenário da assinatura do armistício, que pôs fim à 1ª Grande Guerra, ocorridas no dia 04 de deste mês, em Lisboa, tendo a Liga dos Combatentes como anfitriã e sob a presidência do Presidente da República, constituíram um marco indelével, para os combatentes em geral e os batalhenses em particular. Anualmente, estas cerimónias costumam realizar-se em Belém, junto ao grandioso monumento aos combatentes caídos no ultramar mas, este ano, por se tratar do centenário do términos da 1ª Grande Guerra, uma data marcante para as dezenas de países que, tal como Portugal, nela litigaram, o Presidente da República quis dar uma ênfase espe-
cial à efeméride e daí a sua realização numa zona mais visível da capital: a avenida da Liberdade, onde desfilaram 4.500 militares, forças militarizadas e de segurança, meios mecanizados, aéreos, etc. e ainda próximo de 180 combatentes, tudo transmitido em direto, durante três horas, em quatro canais da RTP. Inicialmente, estava previsto que a Batalha participasse no desfile com sete combatentes (porta-guião + seis) e, para o efeito, alugámos uma viatura de sete lugares. Todavia, quase na véspera (26 de outubro) fomos “convidados” a duplicar ou a triplicar aquele número. Principal razão: não havendo falta de voluntários, contudo, muitos deles não dispunham do traje adequado para participar
no desfile e já não davam garantias de o obterem a tempo. Em contrapartida, sendo “superiormente” sabido que os combatentes batalhenses têm orgulho no seu passado, primam pelo seu aprumo e uma larga percentagem deles não só dispõe de tal traje como, nestas ocasiões, gosta de o exibir, eis a justificação para este convite de última hora, mas que muito nos honrou. É certo que, a partir desse momento, foi um contra-relógio frenético, que durou praticamente até à véspera do evento, em especial através de contactos telefónicos com os combatentes que pudessem estar disponíveis para o desfile; contactos institucionais, para obtermos a cedência de uma viatura de transporte coletivo, ou uma verba para
a alugarmos. A adesão de combatentes foi a esperada mas, em 29 de Outubro, tivemos um enorme revés: não conseguimos nenhuma das duas ajudas pedidas. Grande “balde de água gelada”, sem dúvida, até por que havia outras despesas a suportar, designadamente a alimentação e custos similares, embora mais baixos, com a ida, no dia 03, de um grupo de sete combatentes aos treinos. Desistíamos? Caramba, os nossos combatentes não mereciam mais esta desilusão! Então, avançámos. Alugámos uma viatura coletiva e, no dia 04, 20 “jovens” e patrióticos batalhenses voltaram a servir a Pátria (ao contrário de outros, inclusive por esse país fora, que apenas dela se servem), desfilando, na
avenida da Liberdade, com enorme garbo e pundonor, perante os aplausos emocionados de muitos milhares de portugueses, representando galhardamente o seu núcleo e a Batalha. E, como estes 20 companheiros têm um rosto e um nome, é com todo o orgulho que, obtida a sua anuência, aqui os felicitamos e, para memória futura, divulgamos as suas identidades: Porta-Guião: António Soares de Sousa (PRQ /Moçambique); desfile: António Carneiro Alves (PQR/ Angola, Guiné, Moçambique), António Conceição Pinheiro (SM/Angola), Armando Guarda Moreira Pinheiro (FUZ/Guiné), Armando Matias Amado (SICA/Angola), Arménio Gomes Santos (INF/Moçambique), Aurélio Con-
ceição Faria (SM/Angola), Carlos Augusto Neto Oliveira (SM/Moçambique), Inácio Santana Novo (CAV/ Guiné), João Sousa Matos Grosso (ART/Angola), Joaquim Manuel Conceição Matias (SM/Moçambique), Joaquim Santana Ribeiro (SICA/Moçambique), José Franco Pragosa (ART/ Moçambique), José Perpétua Francisco (SM/Angola), José Pragosa Marcelino (SM/Angola), Manuel Fino Ramos Belo (ART/Angola), Manuel Grosso Monteiro (SM/Moçambique), Manuel Grosso Valério (ENF/ Moçambique), Manuel Oliveira Azevedo (ART/Moçambique) e Raul Ferreira da Silva (INF/Angola). Glória aos mortos e honra aos vivos! (Para nosso alívio, ainda há muitos compatriotas com memória). NCB
Jornal da Batalha
Atualidade Batalha
novembro 2018
Jardim da Isabel é o único com Selo Escola saudável m A iniciativa pretende premiar as escolas que, no seu quotidiano, privilegiem a promoção da saúde e do bem-estar da comunidade educativa
ora.com.pt
O infantário Jardim da Isabel, na Batalha, é o único do concelho que integra a lista agora publicada dos 291 estabelecimentos de ensino do país distinguidos com o Selo Escola Saudável, criado pela Direção-Geral da Educação, com a colaboração da Direção-Geral da Saúde. “O selo pretende premiar as escolas que, no seu quotidiano, privilegiem a promoção da saúde e do bem-estar da comunidade educativa”, segundo os promotores.
p Alguns dos meninos quando pediam o “bolinho” O Jardim da Isabel é um dos 174 estabelecimentos que integram o nível de iniciação (1) e a distinção foi atribuída pelo período de dois anos; há 69 escolas no nível intermédio (2) e 48 no grau avançado; no que respeita às candidaturas para 2017/2018 – 2018/2019.
No dia 6 deste mês, os responsáveis pelo infantário divulgaram a comunicação que lhes foi enviada pelos organizadores do selo, que felicitam “toda a comunidade educativa pela menção atribuída, e desejam a continuação do trabalho já Iniciado que, com o empenho
e o compromisso de todos continue em função de uma escola saudável”. “O nível iniciação, deve ser um estimulo ao trabalho já principiado, esperando que na próxima candidatura” o Jardim da Isabel “possa alcançar um nível superior”, adianta a comunicação, frisando que esta “comunidade educativa mostrou ter crianças e jovens que se empenham na construção de uma escola que promove a saúde e o bem-estar, refletindo-se igualmente a preocupação em termos sociais e ambientais pelo planeta, compreendendo o que as rodeia e procurando soluções que contribuam para colocar o mundo na rota de um desenvolvimento saudável, sustentável e inclusivo”. A iniciativa reconhece o
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Faleceu ex-presidente da Câmara da Batalha
mérito dos agrupamentos de escolas e de escolas não agrupadas que, através das suas práticas, têm vindo a contribuir para a promoção de relações interpessoais saudáveis, envolvendo toda a comunidade educativa e criando uma imagem positiva da escola. A “Cidadania e Desenvolvimento” é uma das componentes do currículo nacional e a saúde um dos domínios obrigatórios da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, desde o 1.º ciclo do ensino básico até ao final do ensino secundário, abordada de forma transdisciplinar e, por isso, pretende-se que o Selo Escola Saudável venha a contribuir para o reforço de competências de saúde e bem-estar na comunidade educativa.
A Câmara da Batalha decretou no dia 9 deste mês dois dias de luto municipal pelo falecimento do antigo presidente do município e provedor da misericórdia António de Almeida Monteiro. O município “endereçou à família sentidas condolências” pelo desaparecimento, dia 9, do engenheiro agrónomo, que também foi deputado no Parlamento na VIII Legislatura (1961-1965) e XI Legislatura (1973-1974). António de Almeida Monteiro, natural de Santo Antão, “foi um destacado batalhense.
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Batalha Atualidade
novembro 2018
Filho de casal do Reguengo eleito autarca no Canadá m O autarca, de 48
O luso-canadiano Nelson Santos, filho de um casal que partiu de Reguengo do Fetal, no Concelho da Batalha, foi eleito pela quinta vez, no dia 22 de outubro, presidente da Câmara Municipal de Kingsville, na província de Ontário, no Canadá. O autarca, de 48 anos, também editor no jornal local Kingsville Reporter, foi reeleito por aclamação e o único candidato a apre-
Zander Broeckel, da rádio AM800
anos, também editor no jornal local Kingsville Reporter, foi reeleito por aclamação e o único candidato
p Nelson Santos,de 48 anos, presidente da Câmara de Kingsville sentar-se no sufrágio. A cidade tem um orçamento anual que ronda 13,4 milhões de euros e aposta no turismo, através da produção de vinho e de cerveja
artesanal, que estão entre as suas principais atividades. Localizada no sul do Ontário, Kingsville tem 23 mil habitantes, dos quais dois mil são portugueses e luso-
António Caseiro
Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração
ALOJAMENTO LOCAL
Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt
descendentes. As maiores comunidade étnicas são a italiana, portuguesa e alemã. O “mayor” Nelson Santos, licenciado em Ciências Sociais e Políticas na Universidade de Windsor, filho de um casal de emigrantes que chegou ao Canadá nos finais dos anos 1960, estreou-se na política com 27 anos, quando foi eleito para a Assembleia Municipal de Kingsville (1997). Em 2003 foi eleito presidente da câmara da cidade e voltou a ser eleito em 2006, 2010, 2014, neste caso com perto de 85% dos votos. Agora, não foi preciso ir a eleições, pois a recondução no cargo decidiu-se por proclamação.
Jornal da Batalha
Vereador André Loureiro lidera concelhia do PSD O vereador da câmara municipal, André Loureiro, foi eleito no dia 12 de outubro líder da concelhia do PSD da Batalha, enquanto o presidente do município, Paulo Batista Santos, foi reeleito para presidir à assembleia de secção. “Os novos órgãos acreditam – segundo um comunicado que divulgaram - nas potencialidades e no futuro do concelho e vão iniciar a preparação do partido para as próximas eleições nacionais a decorrer em 2019, bem assim como desenvolver um trabalho de suporte à ação autárquica no concelho”. A eleição, por unanimidade, “é reflexo da união e determinação do partido em construir um projeto responsável e credível, por forma a manter a confiança dos batalhenses e assumir-se cada vez mais como a força política liderante e capaz de projetar um melhor futuro para o concelho”, disse André Loureiro. O presidente da concelhia do PSD afirma que os novos órgãos “estão empenhados em apoiar os autarcas eleitos nas freguesias e no município, que estão a desenvolver um trabalho em prol do desenvolvimento e afirmação do concelho”. A nova Comissão Política liderada por André Loureiro, atual vereador do desporto e ambiente
p André Loureiro lidera a concelhia do PSD integra ainda como vice-presidentes Marco Vieira (presidente da junta de São Mamede) e Germano Pragosa (vereador e ex-presidente da junta da Batalha). Horácio Sousa, presidente da junta de Reguengo do Fetal foi eleito para tesoureiro e Cecília Gomes para secretária. Na mesma ocasião, realizou-se um jantar comemorativo do primeiro ano de mandato autárquico, que reuniu mais de duas centenas de participantes, com a presença de David Justino, ex-ministro da Educação e atual vice-presidente do PSD nacional, bem como deputados eleitos pelo círculo de Leiria, autarcas e os presidentes da JSD distrital, Pedro Brilhante, e do PSD de Leiria, Rui Rocha. “O município da Batalha é uma referência e pioneiro em termos nacionais na aposta que faz em vários domínios como a Educação ou a proteção do património”, afirmou David Justino na sua intervenção.
Jornal da Batalha
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novembro 2018 Países emissores
Economia
País
Hóspedes alojados na hotelaria do concelho cresceram 25% m As receitas dos estabelecimentos aumentaram 24,5%, para três milhões de euros. A proporção de turistas estrangeiros foi de 46,4%
O concelho é o terceiro melhor posicionado na taxa de ocupação de camas e o quinto na proporção de hóspedes estrangeiros entre os municípios que compõem o distrito de Leiria, quedando-se a meio da tabela nos restantes parâmetros das estatísticas do turismo de 2017 agora divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). As receitas dos estabelecimentos de hotelaria au-
mentaram 24,5%, para três milhões de euros e o número de hóspedes cresceu ligeiramente acima (+25,79%), ultrapassando os 63.700. Os hóspedes estrangeiros também foram mais do que em 2016, a rondar os 31.800 (+37,77%). Os principais países emissores foram Espanha e França, ambos os países acima dos 4.500 turistas, e o Brasil, na terceira posição, com quase três mil. A taxa de ocupação de cama nas unidades hoteleiras do concelho é de 40,8%, melhor do que em 2016. A proporção de turistas estrangeiros (46,4%) também subiu relativamente ao período homologo imediatamente anterior. Estes primeiros dados do turismo desagregados por concelho relativos ao ano
Evolução do sector no município Total 2017 Receitas (M€)
Total 2016
Posição no distrito
3.049
2.449
8
Quartos
211
219
8
Capacidade de alojamento
440
448
8
2.372
1.836
8
Hóspedes
39.762
32.577
8
Dormidas
63.724 (31.808 Estrangeiros)
50.659 (23.088 Estrangeiros)
8
Rendimento por quarto
Taxa de ocupação de cama (%)
40,8
32,4
3
Dias de estadia média
1,60
1,60
9
Proporção de estrangeiros (%)
46,4
41,7
5
Fonte: INE
passado, mostram, na generalidade dos parâmetros, que os estabelecimentos hoteleiros do distrito apresentam melhores resultados do que em 2016 - por exemplo, em número de turistas e de dormidas. No conjunto dos 16 municípios do distrito, as receitas da hotelaria cresceram 10,5 milhões de euros no ano passado, em comparação
com período homólogo anterior, para 71,9 milhões de euros, o que significa uma subida de 17,2% em relação a 2016. No caso das receitas, o concelho de Óbidos foi o que mais contribuiu para o crescimento verificado no ano passado, ao faturar praticamente 19 milhões de euros. Nos lugares seguintes surgem os municípios de
Leiria e Nazaré, com valores a rondar os 10 milhões. No que respeita ao número de hóspedes, o aumento é superior a 108 mil, ou seja, mais 16,7% do que os 648.819 que dormiram nos estabelecimentos de hotelaria da região em 2016. O concelho de Leiria lidera a tabela distrital, com 141 mil clientes, aparecendo Óbidos e Nazaré nos dois lugares seguintes. O total de dormidas no distrito ultrapassou 1,450 milhões, o que significa mais 203 mil do que as registadas em 2016 (+16,27%). É de salientar que os estrangeiros ultrapassaram os portugueses, ficando à frente por uma diferença superior a 53 mil dormidas e um total a rondar as 752 mil. O concelho de Leiria foi o que vendeu mais dormi-
Hóspedes
Espanha
4.873
França
4.567
Brasil
2.827
Alemanha
2.808
Holanda
2.656
Itália
2.195
EUA
1.807
Reino Unido
997
Bélgica
863
China
849
Israel
821
Canadá
605
Polónia
570
Austrália
517
Rússia
397
Suíça
315
Coreia (República da)
285
Lituânia
277
Áustria
274
México
264
das, sobretudo a portugueses (150 mil), enquanto Óbidos (157 mil) e Nazaré (117 mil) cativaram sobretudo turistas de outros países. Os principais países emissores de turistas para o distrito de Leiria foram, no ano passado, França (162 mil), Espanha (160 mil) e Alemanha (40 mil). Há ainda outros nove países com entre 10 e 30 mil: Itália, EUA, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Polónia, Suíça, Canadá e Suécia. No ano passado, o distrito tinha capacidade para alojar 11.909 pessoas, uma subida de 1.222 camas em relação a 2016, ou seja, um crescimento de 11,43%.
Cerveja produzida por irmãos do concelho chega a Espanha A Cerveja Artesanal Batalhense Pipa esteve presente pela segunda vez consecutiva na Feira Internacional de Cerveja Artesanal de Trujillo, que terminou no dia 4 deste mês e é considerada um dos melhores certames do género em Espanha. Os irmãos Hugo e Gonçalo Casado, naturais da Batalha, lançaram a marca há quatro anos e apresentam quatro tipos de cerveja, três dos quais com nomes associados à história do concelho. A “Santa Maria”, em homenagem ao mosteiro, é do
estilo red lager (fermentada e armazenada em baixas temperaturas, de tonalidade avermelhada). A Nuno Alvares, em homenagem ao Condestável, é uma cerveja de trigo. A “Boutaca”, que recorda o mestre empreiteiro do mosteiro e a ponte com o seu nome, é uma cerveja APA (usa lúpulo americano e apresenta uma coloração voltada para o âmbar e amargor acentuado) feita com cereal orgânico. Por fim, a Dom João, uma cerveja do estilo doppelbock (uma versão mais forte da tradicional bock), ho-
menageia a cidade de Trujillo, que está geminada com a Batalha. “Somos cervejeiros nómadas. Não temos instalações próprias. Produzimos a nossa cerveja em três sítios diferentes, em cervejarias certificadas”, explica Gonçalo Casado, um dos responsáveis pela marca, detida pela “Hugo Casado Unipessoal, Lda”. Há oito anos começaram a vender cerveja artesanal de outras marcas, em diversos eventos, como sejam feiras medievais, num stand facilmente reconhecível, já que se trata de uma répli-
ca de uma pipa; daí o nome que quatro anos volvidos viriam a atribuir à sua própria marca. “A ideia surgiu do gosto que temos por cerveja artesanal e da vontade para descobrir novos estilos de cerveja”, adianta Gonçalo Casado, explicando que a empresa conta com a colaboração de David Cadete na elaboração das receitas, “uma pessoa com bastante conhecimento no sector” Embora reservando os valores do investimento e dos resultados obtidos nestes quatro anos, adianta que a Pipa “tem tido uma evolu-
p A marca lançada há quatro anos tem quatro tipos de cerveja ção grande, principalmente este ano”. Para isso têm contribuído os certames em que participaram, nomeadamente em Lagoa, Castro Marim, Cascais ou Leiria. Em Espanha estão em Trujillo e marcaram presença em Sanlucar de Guadiana. “Neste momento, o nos-
so principal objetivo é dar a conhecer o nosso produto e também, através dele, divulgar a Batalha um pouco mais”, conclui Gonçalo Casado, que, com o irmão, têm experiência na atividade comercial, na medida em que começaram por vender porco no espeto em feiras e mercados.
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Jornal da Batalha
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Saúde Infeções respiratórias na criança - quando nos devemos preocupar? O início do outono e o regresso ao infantário ou escola vem sempre acompanhado pelos quadros de infeções respiratórias nas nossas crianças. Na sua maioria estes quadros são benignos e importantes para o desenvolvimento de defesas imunológicas por parte dos nossos pequeninos, podendo ser geridos pelos pais em casa. As medidas gerais a ser adotadas passam por fazer uma correta higiene nasal, com soro fisiológico ou água do mar, ingerir bastante água e vigiar a febre e sintomas que a acompanhem.
É importante evitar locais muito frequentados, principalmente onde se sabe encontrarem-se pessoas doentes (centros comerciais, hospitais, lares de idosos). Não se deve também descurar a lavagem regular das mãos. Se a febre aparecer (temperatura igual ou superior a 38ºC), existirem queixas de dor ou for notado desconforto, deve ser dado o paracetamol ou ibuprofeno (se tiver mais de 12 meses), em doses adequadas ao peso da criança. Não se esqueça de medir sempre a temperatura an-
tes de dar medicação e novamente após uma a duas horas da sua administração. Se, duas horas após a administração do antipirético, a temperatura se mantiver acima dos 38ºC, não entre em pânico! Basta que a temperatura tenha descido pelo menos 1ºC para que se considere que a medicação está a funcionar. Não dê banhos de arrefecimento. É também muito importante estar alerta para os sinais que devem motivar a visita ao médico: - Febre que não baixa com a medicação - Febre com mais de três
ACORDOS:
ADSE, PSP, ADMG, Mulicare, Advancecare, Médis, SAD-GNR, SAMES Centro, SAMS quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sávida
Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon, Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia.........sábado - manhã Oftalmologia............................................................... Dr. Joaquim Mira............................................. sábado - manhã
Dra. Matilde Pereira........ quinta - tarde/sábado - manhã
Dr. Evaristo Castro...................................................terça - tarde
Nutricionista................................................................ Dra. Ana Rita Henriques.......................................terça - tarde Cirurgia Geral/Vascular....................................... Dr. Carlos Almeida.................................................. sexta - tarde Otorrinolaringologia............................................. Dr. José Bastos.......................................................quarta - tarde Próteses Auditivas...........................................................................................................................................quarta - tarde Terapia da Fala........................................................... Dra. Débora Franco......quinta - tarde / sábado - manhã Neuro Osteopatia /Acumpunctura............... Tec. Acácio Mariano............................................quarta - tarde (Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)
Ortoptica........................................................................ Dr. Pedro Melo.................................................. sábado - manhã
Outras Especialidades:
Medicina Dentária
Clínica Geral................................................................. Dr. Vítor Coimbra..................................................quarta - tarde Medicina Interna....................................................... Dr. Amílcar Silva.......................................................terça - tarde Urologia.......................................................................... Dr. Edson Retroz....................................................quinta - tarde
Dra. Sâmella Silva
Dermatologia.................................................... Dr. Henrique Oliveira.................................... segunda - tarde
Terça/quinta-feira - Tarde
Estética ........................................................................... Enf. Helena Odynets.............................................. sexta - tarde
Dr. Evandro Gameiro Segunda/quarta/sexta-feira - Tarde Sábado - Manhã
Cardiologia................................................................... Dr. David Durão....................................................... sexta - tarde Electrocardiogramas............................................................................................................... segunda a sexta - tarde Neurocirurgia............................................................. Dr. Armando Lopes......................................... segunda - tarde
Implantologia
Neurologia.................................................................... Dr. Alexandre Dionísio......................................... sexta - tarde
Cirurgia Oral
Psicologia Educacional/vocacional...........Dr. Fernando Ferreira........................... quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos.............................................. Dr. Fernando Ferreira........................... quarta/sexta - tarde
Ortodontia
Psiquiatria .................................................................... Dr. José Carvalhinho..................................... sábado - manhã
Rx-Orto
Pneumologia/Alergologia.................................. Dr. Monteiro Ferreira............................................ sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..................................... Dr. Paulo Cortesão.......................................... segunda - tarde
Telerradiografia
Ortopedia...................................................................... Dr. António Andrade...................................... segunda - tarde
Próteses Dentárias
Endocrinologia.......................................................... Dra. Cristina Ribeiro........................segunda / terça - tarde
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Saúde Batalha
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A importância da regressão
dias, sem melhoria - Dificuldade da criança em respirar - Respiração ruidosa - Lábios roxos ou pele tipo mármore - Manchas no corpo que surgem no mesmo dia da febre - Não querer brincar quando está sem febre - Saída de líquido por um ouvido Perante algum destes sintomas ou maior preocupação não hesite em vir ter connosco à USF Condestável, no horário de funcionamento das 8 às 20 horas, e pedir uma consulta para avaliação clínica.
Joana Crispim Mestre em Psicologia Clínica e formada em Hipnose
Quando falamos em regressão, automaticamente o que nos surge à mente são “vidas passadas”. No entanto, a palavra regres-
são remete para uma viagem ao passado. A terapia regressiva é uma das vertentes utilizada em hipnose e através desta terapia é possível conduzir o paciente fazendo regredir a uma situação específica também da sua infância. E o leitor pergunta-me, “por que é que poderá uma regressão beneficiar alguém?” Uma regressão é uma experiência que nos possibilita reviver uma situação específica do nosso passa-
do. Através do estado alterado de consciência que a hipnose nos proporciona, este processo trata-se de resgatar memórias armazenadas no nosso subconsciente e que ao serem resgatadas permitem que o hipnotizado as volte a reviver, no entanto com uma perspetiva mais madura. Todas as memórias têm uma carga emocional, sejam emoções de alegria ou pelo contrário, tristeza, revolta, medo, etc. As emoções que surgem destas
memórias ao serem recalcadas na nossa mente serão posteriormente transbordadas através de sintomas quer cognitivos, quer comportamentais. Maioritariamente muitas destas memórias são processadas e armazenadas de forma disfuncional na nossa infância, isto porque é nesta etapa da nossa vida que através de vários estímulos estamos em constante aprendizagem. E assim torna-se importante voltarmos a re-
viver aquela memória de quando éramos crianças e estávamos a aprender os impulsos do mundo, atualmente como adultos saberemos reorganizar esta memória com uma interpretação mais clara e funcional para as nossas vidas e assim evitamos possíveis pensamentos ou atitudes disfuncionais que nos causam dor emocional e mau estar físico.
Síndrome do desfiladeiro torácico O desfiladeiro torácico consiste em dois espaços anatómicos: 1. Espaço do triângulo interescaleno: compreende o espaço entre os músculos escalenos (anterior e posteriormente) e pela primeira costela (inferiormente); 2. Espaço costoclavicular: delimita-
Rita Clarisse Marques Médica Interna de Medicina Geral e Familiar
João Ramos
USF Condestável, Batalha
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do pela metade interna da clavícula (superiormente), pela primeira costela (inferiormente), pelo ligamento costoclavicular e pelo músculo escaleno posterior (posteriormente). O termo síndrome do desfiladeiro torácico foi utilizado pela primeira vez por Peet et al, em 1956, e descreve um quadro clínico atribuído à compressão do plexo braquial, artéria e veia subclávias na região designada desfiladeiro torácico. Desta compressão resultam sintomas na extremidade superior (braço, antebraço e mão). Outras condições como a síndrome postural, traumatismos da coluna cervical, fraturas das costelas ou omoplatas aumentam o risco de síndrome do desfiladeiro torácico.
A incidência desta disfunção varia de três a oitenta casos por mil habitantes, predominando em mulheres entre os vinte e os cinquenta anos. No que respeita à apresentação clínica, a síndrome do desfiladeiro torácico carateriza-se pela diversidade de sintomas neurológicos, venosos e arteriais, consoante as estruturas neurovasculares afetadas. Existe dor que se inicia no pescoço, e pode irradiar para o ombro, braço ou mão. Paralelamente à dor é muito comum a sensação de formigueiro principalmente ao nível dos dedos anelar e mínimo. Os défices de força e a atrofia muscular distribuem-se por toda a mão, o que leva a défice de motricidade fina. Devido à
compressão vascular pode existir o sintoma de mãos frias, frequentemente. O diagnóstico clínico é complexo, dada a multiplicidade de sinais e sintomas neurológicos e vasculares acima citados, o que poderá levar a subdiagnóstico da mesma. O prognóstico da disfunção bem como todo o processo de raciocínio clínico deverá passar por um médico especialista que encaminhará para o tratamento mais específico para o seu caso. A maioria dos pacientes com uma síndrome do desfiladeiro torácico responde bem a um tratamento adequado de fisioterapia, em caso de dúvida, procure a opinião de um fisioterapeuta.
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Jornal da Batalha
Património Instrumentos musicais esculpidos no Mosteiro O Mosteiro de Santa Maria da Vitória é uma caixa de surpresas e por mais que tentemos dar fé delas todas, elas surgem quando menos se espera. E já levo nisto mais de cinquenta anos. Aos leitores faço o desafio de irem ao Mosteiro, sendo boa ideia levarem uns binóculos, olhar atentamente desde o chão pejado de siglas às paredes também com siglas e com grafitos, estes fóra da Igreja e da Capela do Fundador, espreitar, depois das arquivoltas do magnífico e expressivo pórtico principal, os capiteis das colunas do templo, perscutar cada canto por mais alto que esteja, ler com atenção as informações heráldicas dos túmulos, observar as nervuras dos primeiro e segundo mestres da Obra, Afonso Domingues e Huguet, descobrir cada palmo do Claustro Real e da Casa do Capítulo (descubram a espantosa Senhora da Expectação, da Anunciação ou do Ó, e dela e duma sua congénere que está num capitel da Igreja falarei, se Deus quiser, no próximo número), continuar pelo Claustro de D. Afonso V, parando à saída para uma breve homenagem à memória do marido da Rainha D. Maria II, D. Fernando II, junto do seu busto, pois a ele se deve ter-se o Mostei-
ro salvo da ruina (e junto do dele devia estar o de Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque, que organizou e dirigiu o restauro entre 1840 e 1844), passar pelo terreiro onde se ergueu outro claustro, o de D. João III, e onde se construiu o primeiro templo da Batalha, a Igreja de Santa Maria-a-Velha, que foi o panteão dos grandes Mestres dos Séculos XV e XVI, e entrar com tempo e com redobrada atenção nas Capelas Imperfeitas. No século XIX, escreveu o notável crítico de arte e historiador Joaquim de Vasconcelos naquela expressiva “Recordação da Batalha”, extraída da “Arte e Natureza em Portugal…”, “Embora o poeta diga: quem não sabe a arte, não a estima, eu creio, por honra nossa o creio firmemente, que nenhum português deixará de amar, de venerar esse incomparável monumento, de o entender bem no dia em que lho expliquem com amor, com carinho, em claros termos. Todo ele é uma formosa, e contínua visão, uma imagem que tem um feitio, um traço (embora às vezes quase imperceptível) de cada um de nós…”. E noutro passo desta sua “Recordação da Batalha”, em que se publica também um estudo de sua mulher, a igualmente notável filó-
loga e historiadora D. Carolina Michaelis de Vasconcelos, sobre as Capelas Imperfeitas e a lenda das divisas gregas (que não são mais do que o mote de el-Rei D. Duarte I: “serei leal enquanto viver”), diz: “No templo deviam estar expostas em diferentes lugares boas ampliações das plantas, alçados, cortes e perfis do templo da Batalha, não só os desenhos de Murphy (o arquitecto irlandês/inglês que visitou e fez preciosos desenhos do nosso Mosteiro, em finais do século XVIII), mas cortes complementares; e uma colecção bem seleccionada de elementos decorativos que pela sua posição elevadíssima em que estão colocados ou por falta de luz não podem ser devidamente apreciados nem mesmo com a vista bem armada”. Ora, quando escrevi ao Senhor General Ramalho Eanes, pouco depois da sua eleição para a Chefia do Estado, alertando-o para o estado de abandono em que o Mosteiro se encontrava, recordo que o cabo do pára-raios chegou a estar cortado, baseando-me nesta sugestão de Joaquim de Vasconcelos propunha a criação de um museu no monumento em que, entre outras finalidades, seria de considerar como prioridade
a de mostrar aos visitantes tudo aquilo a que a altura ou o tamanho fazem passar despercebido. Resta dizer que o Senhor General Ramalho Eanes teve a amabilidade de responder, através dos serviços da Presidência da República, e tomar as providências que levaram à constituição duma comissão instaladora presidia pelo grande museólogo Dr. Sérgio Guimarães de Andrade, que durante vários anos foi director do Mosteiro, e integrada ainda pelo então presidente da Câmara, Dr. Francisco Coutinho, que deu todo o apoio à iniciativa, pelo António Saraiva Sequeira e por mim. Posto isto, quero mostrar aos prezados leitores mais duas figuras que tangem instrumentos de cordas, uma gárgula na parede sul das Capelas Imperfeitas, quase a chegar à porta lateral, e um anjo no capitel da quinta coluna da igreja, quinta a contar da entrada pela porta principal e à esquerda de quem vem daí. Neste capitel estão outros anjos músicos, a maior parte com instrumentos de sopro, dois com gaitas-de-fo-
s Casa da Madalena
Peça a peça, o Museu Etnográfico da Alta Estremadura Descemos a escada, vendo antes o painel onde se mostra uma parede de tabique, das que fazem parte da zona mais moderna da antiga habitação, mesmo assim datada do século XIX muito possivelmente, e a padieira de carvalho secular da porta de entrada, e entramos na antiga adega desta casa rural, agora transformada em exposição permanente das alfaias agrícolas e de ins-
trumentos de diversas profissões. Nesta vasta divisão estão também expostos em vitrinas alguns dos achados arqueológicos e paleontológicos na região, esperando-se contudo, para o que necessitam de mais espaço ou doutro espaço, poder vir a expô-los em melhores condições. Na divisão estão arados de madeira, charrua, grade, carro de bois, cangas,
inclusivamente uma pouco usual duma parelha de burros, carroças, descarolador, tarara, pia de calcário para azeite e salgadeira também de calcário, ferramentas de carpinteiro, de pedreiro e de sapateiro, albardas e selas, arcas, aparelhos da cura das vinhas, máquina de trasfega, arcas de cereais, chocalhos, campainhas, esporas, estribos de madeira e de ferro, ape-
trechos de lagares, peças de alambiques, inclusivamente os fabricados na antiga e prestigiada Industrial Agrícola que teve sede na Rebolaria, entre muitas outras ferramentas e utensílios próprios da lavoura da região. E também das suas oficinas. J.T.S.
les, e pelo menos um, o da imagem, com instrumento de cordas. Tanto a gárgula como o anjo parece tangerem o mesmo tipo de instrumento, possivelmente da família das mandoras, mas deixo isso para os especialistas nesta empolgante mas difícil matéria. É todo um mundo mágico com mensagens que, com certeza, darão azo a especulações que estão completamente fora das minhas intenções. Por agora queria apenas que os leitores pudessem apreciar estes tesouros quase escondidos dos nossos olhos, pequenas obras de arte, esculturas perfeitíssimas, contendo preciosas informações neste caso sobre os instrumentos musicais de uso eclesiástico, da corte e popular, pelo menos no século XV, mas anteriores e posteriores a esse século que é o tempo de ouro da construção do Mosteiro. As fotografias, neste número, foram tiradas pelo nosso conterrâneo e grande fotógrafo de arte, António Luís Sequeira, que teve a paciência de atender a todos os meus pedidos. E fê-lo na
companhia do Luís Matias Ceiça, seu primo. Resta-me informar que a obra “Arte e Natureza em Portugal”, donde foi extraída aquela “Recordação da Batalha”, foi uma edição da Companhia Portuguesa Editora, Ld.ª, do Porto, ilustrada com expressivas fotografias. Não tenho a data da edição, só podendo dizer que é dos finais do século XIX. Aproveito a oportunidade para evocar e homenagear a memória dos eruditos Joaquim de Vasconcellos e de sua mulher D. Carolina Michael de Vasconcelos, figuras duma grande elevação, notabilíssimas pela sua vastíssima cultura e pela sua inteligência posta ao serviço das causas mais nobres. Joaquim de Vasconcellos e D. Carolina foram defensores indefectíveis, não obstante ela ser de origem alemã, do nosso património material e espiritual, tendo revelado pelo nosso Mosteiro, uma verdadeira paixão e interferido em defesa da sua salvaguarda e valorização. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (187)
Jornal da Batalha
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Cultura
“Biblioteca em Casa” promove leitura e combate exclusão m O projeto pretende chegar a dezenas de seniores de todas as freguesias, que encontram nos livros um refúgio para os problemas quotidianos
A Biblioteca Municipal da Batalha lança este mês um novo projeto, intitulado “Biblioteca em Casa”, que junta promoção da leitura ao combate à exclusão social e à solidão, pois todos os meses levará livros e filmes aos idosos do concelho. O projeto pretende “democratizar o acesso à informação, educação e cultura”.
Os técnicos da biblioteca visitam os idosos, pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e entregam-lhes as suas obras e filmes preferidos, de acordo com o inquérito realizado junto da população. A “Biblioteca em Casa” quer chegar “a dezenas de seniores de todas as fregue-
1.500 crianças do concelho ouvem Ópera no Património
p Alunos do 1º CEB e Secundário O projeto Ópera no Património proporcionou, na primeira semana deste mês, que mais de 1.500 alunos do Concelho da Batalha, do 1º CEB ao Secundário, contactassem com o universo da Ópera e de algumas das composições mais conhecidas deste registo musical. As sessões, que envolvem descrições resumidas das óperas mais conhecidas e dois tenores, foram complementadas com diversos
recursos audiovisuais num contexto informal e participativo, dinamizadas por músicos da Orquestra do Norte. No segundo ano de execução, o orojeto “Ópera no Património” tem levado este género artístico aos principais monumentos de Coimbra, Batalha, Leiria, Vila Nova de Foz Côa, Pinhel e Viseu, com realização de mais de 90 espetáculos por ano.
Com 12 espetáculos operáticos realizados na Batalha, em 2017 e 2018, estas sessões pedagógicas, “têm-se revelado muito interessantes e constituem um importante exercício do projeto quanto à aproximação do universo da ópera junto das camadas mais jovens”, considera o presidente da câmara municipal, Paulo Batista dos Santos.
p O projeto-piloto abrange duas dezenas de pessoas sias, muitos deles a viver sozinhos e que encontram nos livros um refúgio para os problemas quotidianos, colmatando a solidão”, e resulta do trabalho em rede do gabinete de ação social da autarquia e das instituições particulares de solidariedade social do concelho (IPSS). “Com esta iniciativa, de
levar a biblioteca municipal à casa das pessoas, pretendemos promover a leitura, mas sobretudo levar este Natal uma mensagem solidária junto daqueles que por alguma razão estão sozinhos ou impedidos de sair da sua habitação ou local de residência”, refere o presidente da câmara municipal, Paulo Batista Santos.
O projeto-piloto da “Biblioteca em Casa” arranca este mês e pretende inicialmente abranger duas dezenas de utentes com dificuldades de mobilidade indicados pelo gabinete de ação social da câmara municipal, em parceria com as associações e IPSS do concelho.
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Batalha Atualidade
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BTT quer trazer mais solidariedade ao Natal m O valor de inscrição traduz-se na entrega à organização de bens alimentares, roupa (para adultos e crianças) e brinquedos
A Associação Batalha Bikers já abriu as inscrições para o 6º passeio de BTT “O Natal na Batalha tem mais brilho”, que decorre a 16 de dezembro e cujas receitas revertem a favor da loja social do concelho e da Casa do Mimo. O evento, realizado em parceria com a câmara municipal, “tem como objetivo a solidariedade para com as famílias que mais precisam”, por isso a organização pretende ”recolher muita roupa, bens alimentares e brinquedos e assim conseguir fazer sorrir estas famílias e crianças”. Por isso, o valor de inscrição traduz-se na entre-
p Inscrições limitadas a 250 participantes ga à organização de bens alimentares, roupa (para adultos e crianças) e brinquedos. O limite de participantes é de 250 e as inscrições encerram no dia 10 de dezembro ou logo que se atinja o número máximo de inscritos. As i nscrições estão abertas online na página de Facebook da organização e qualquer contacto deve ser feito pelo telefo-
ne 910722580 ou pelo email batalhabikers@gmail.com. O passeio, destinado a pessoas de todas as idades e níveis de andamento, tem ainda como objetivos a animação turística, a prática de exercício físico e do desporto amador, promovendo também a Batalha, o Mosteiro Santa Maria da Vitória, e a região como “ponto de excelência para a prática do desporto de natureza”.
Por se tratar de um passeio, não tem cronometragem, nem pódio. Está dividido em duas distâncias: 30 quilómetros, de dificuldade média, direcionada a atletas mais experimentados e que procuram superar as suas capacidades, e 19 quilómetros, considerados fáceis de percorrer, direcionados a atletas que pretendem pedalar mais tranquilamente e com menos experiência nos trilhos da região. O percurso desenvolve-se em caminhos rurais e trilhos dos concelhos de Batalha, Leiria e Porto de Mós. O secretariado da prova abre às 8 horas no pavilhão multiusos da vila e o passeio começa uma hora depois. Às 11 horas há uma aula grátis de zumba, pelo Instituto Gonça Rodrigues. O almoço, de porco no espeto e sopa, é serviço a preços “low cost”, garante a Associação Batalha Bikers.
Jornal da Batalha
Rede Evolution chega à Batalha
p Investimento da NTA de 110 mil euros A rede Evolution inaugurou em regime de franchise, no dia 25 de outubro, o seu “service center” na Batalha, que assinala “o início da expansão da marca, com o objetivo de assegurar mais e melhor assistência a veículos elétricos e híbridos”. “O novo espaço está totalmente equipado para prestar assistência a veículos 100% elétricos e híbridos, converter carros de combustão para elétricos e ajudar na formação de novos profissionais, através de formações certificadas”, refere a empresa em comunicado. A Evolution faz parte do grupo ZEEV e foi criada em 2016, sendo o primeiro centro especializado de reparação e baterias de veículos elétricos em Portugal.
“Para além de toda a componente de manutenção e reparação, está focada na componente mais tecnológica das viaturas elétricas, com desenvolvimento de soluções tecnológicas in-house”, refere o comunicado, adiantando que “este primeiro passo na expansão da rede Evolution nasce do acordo com a empresa NTA – Novas Tecnologias Auto (Grupo Reboques Sousa)”, que investiu 110 mil euros. “O investimento da NTA acontece naturalmente pelo acréscimo substancial destes veículos em circulação, sendo igualmente uma aposta estratégica por acreditar que os veículos elétricos e as energias renováveis, são o caminho natural para um futuro mais sustentável”, conclui a empresa.
Exploração de gás muda de técnica mas subsistem dúvidas A empresa que detém as concessões de prospeção de petróleo e gás da Batalha/Aljubarrota e Pombal/ Bajouca garantiu, no dia 31 de outubro, que a exploração não será efetuada com recurso à fratura hidráulica, mas sim através de uma técnica idêntica à das captações de água. A operadora australiana Australis, Oil & Gas anunciou, por outro lado, que submeteu “voluntariamente” o planeamento das sondagens previstas à apreciação de um estudo de impacto ambiental, que se encontra na Agência Portuguesa do Ambiente (APA). “O poço de avaliação na concessão da Batalha está previsto ser perfurado na
vertical até uma profundidade aproximada de 2.900 metros, o que será idêntico na concessão de Pombal”, afirmou o presidente da companhia, Ian Lusted, em Leiria. “Se formos bem-sucedidos e avançarmos para a comercialização, o impacto será mínimo, pois a distribuição do gás será realizada de forma subterrânea. Praticamente todo o processo é feito no subsolo”, adiantou Ian Lusted, adiantando que, até ao momento, “terão sido gastos cerca de 440 mil euros em investimento direto”. Estas declarações do presidente da empresa foram prestadas após uma reunião entre os responsáveis da concessionária e autar-
p A utilização da técnica de ‘fracking’ é um dos receios cas e ambientalistas da região de Leiria. No final, o presidente da associação ambientalista Oikos, Mário Oliveira, mostrou satisfação por o proje-
to ser executado através de sondagens convencionais: “A fraturação hidráulica era liminarmente colocada de lado por nós. Ainda continuam de pé algumas dúvi-
das em relação aos planos de contingência, que têm a ver com eventuais riscos de contaminação dos aquíferos e aqui a população tem de falar mais alto do que os interesses do gás”. O dirigente da organização ambientalista Quercus, Domingos Patacho, destacou a importância do “estudo de impacto ambiental para cada um dos furos. Eles assumem que não há ‘fracking’, que era um risco muito maior, mas mesmo assim não temos a certeza disso”. Entretanto, o jornal Público revelou que “as prospeções e pesquisas de gás em Batalha/Aljubarrota e em Pombal/Bajouca, previstas para o próximo ano, serão feitas em terrenos de “eleva-
da sensibilidade arqueológica, dizem os estudos de impacto ambiental (EIA) das duas explorações, que estão em discussão pública”. “Os impactos mais significativos apontados no documento prendem-se com o facto de o local escolhido para a prospeção de gás natural se integrar num território de elevada sensibilidade arqueológica e espelho-arqueológica. O EIA refere que as fontes documentais dão nota da existência de vestígios de ocupação humana desde períodos bastante remotos a céu aberto e em gruta”, adianta o jornal.. Os estudos estão em consulta pública até 27 de novembro no portal Participa.
Jornal da Batalha
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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA
HERCULANO REIS SOLICITADOR Rua Infante D. Fernando, Lote 3, 1ºA
2440 BATALHA - Tel. 244 767 971
CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, retifica-se a publicação levada a cabo no “Jornal da Batalha” em 14/09/2018, no sentido de passar a constar que o prédio justificado por José Fernando Vieira Pedro, NIF 110 060 733 e mulher Maria Noémia da Piedade Vieira, NIF 176 704 442, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, onde residem na Rua do Mourão, nº.3, Alqueidão da Serra, correspondente ao artigo 1673 da freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha. Que em conformidade foi retificada a escritura de justificação exarada de folhas sete a folhas oito, do Livro Duzentos e trinta e quatro - B, deste Cartório, por averbamento nº 2, lavrado em 25/10/2018. Batalha, vinte e cinco de outubro de dois mil e dezoito. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/6 Jornal da Batalha, edição 340, 14 de novembro de 2018
Notária: Sónia Marisa Pires Vala
Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e trinta e cinco a folhas cento e trinta e seis, do Livro Duzentos e trinta e cinco - B, deste Cartório. Rui Manuel de Sousa Pinheiro, NIF 121 819 370 e mulher Maria Isabel Martins dos Santos Sousa Pinheiro, NIF 178 934 259, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia e concelho da Batalha, ela da freguesia de Vilela, concelho Paredes, residentes no lugar de Rebolaria, Batalha, declaram que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores, do prédio rústico, composto de vinha, semeadura e oliveiras, atravessado por serventia nascente/poente, com a área de onze mil novecentos e setenta metros quadrados, sito em Casal da Marta, freguesia e concelho da Batalha, a confrontar de norte com caminho, de sul com Joaquim da Silva Pereira da Costa, de nascente com Manuel Jordão Vieira Ruivo e de poente com Francisco Monis da Silva e outros, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 3559, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €6.430,34. Que, os justificantes, adquiriram o identificado prédio no ano de mil novecentos e noventa e sete por compra verbal a António Rodrigues de Almeida e mulher Maria da Piedade Oliveira, residentes em Tojal de Cima, Porto de Mós, sendo a transmissão meramente verbal, não dispõem de título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela compra verbal, os justificantes possuem o identificado prédio, há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé, durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio, por usucapião. Batalha, vinte e três de outubro de dois mil e dezoito.
Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Batalha Convocatória Conforme as disposições do Compromisso da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Batalha, nomeadamente dos artigos 22.º, 23.º, 24.º, convoco todos os Irmãos para a reunião ordinária da Assembleia Geral a realizar no salão desta Irmandade, na vila da Batalha, no dia 30 de Novembro de 2018 pelas 19h30m, com a seguinte ordem de trabalho: 1. Apreciação e aprovação do Orçamento e Plano de Actividades para 2019 e o Parecer do Conselho Fiscal; 2. Ponto de situação da empreitada de Beneficiação de Cozinha e Lavandaria e construção de Estrutura Residencial para Idosos; 3. Abertura de lista de espera para a ERPI; 4. Apreciação e discussão dos Regulamentos Internos das Valências Sociais aprovados pela Mesa Administrativa; 5. Outros assuntos de interesse. Na ausência de quórum e ao abrigo do n.º 1 do artigo 24º, ficam os Irmãos convocados para a reunião ordinária da mesma Assembleia Geral, às 20h00m no mesmo dia, no mesmo local e com a mesma ordem de trabalhos, realizando-se esta com os irmãos presentes.
A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5 Jornal da Batalha, edição 340, 14 de novembro de 2018
Batalha, 31 de Outubro de 2018 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral António José Martins de Sousa Lucas
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Angelina de Jesus Coelho 88 anos
N. 14 – 08 – 1930 F. 04 – 11 – 2018
Quinta do Sobrado – Batalha AGRADECIMENTO Seus filhos: António, Maria Lídia José e Paula Costa, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que ao longo do tempo demonstraram carinho e preocupação e que agora, na hora do adeus a acompanharam até à sua última morada. Para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças. Descansa em paz Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha
Maria Edite Moreira Ferreira
(93 anos) N. 06 – 05 – 1925 F. 26 – 10 – 2018 Casal do Arqueiro – Batalha AGRADECIMENTO Seu marido: José Ferreira Santo, filhos: José Carlos , António e Abílio Monteiro Ferreira Santo, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que ao longo do tempo demonstraram carinho e preocupação e que agora, na hora do adeus a acompanharam até à sua última morada.
Para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças. Descansa em paz Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha
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Encontro de rally na ex-Marlena O 1º Encontro de Rally da Batalha está marcado para os dias 8 e 9 de dezembro, na antiga Marlena. As inscrições podem ser efetuadas através do email encontrorally@gmail.com ou pelo telefone 912606656. Presente Marco Martins, recordista mundial de kart cross.
NOVEMBRO 2018
Seniores foram a Paris homenagear os emigrantes com peça de teatro mIntitulada “O Salto”, aborda a vida de um português que, sem futuro no seu país, é obrigado a saltar a fronteira à procura de um novo rumo
A turma de Teatro e Canto da Academia Sénior da Batalha que desenvolveu um projeto de representação sobre a emigração portuguesa em França, no início da década de 1970, participou no convívio de batalhenses na região de Paris, que aconteceu no dia 17 deste mês e sobre o qual o JB lhe dará informação detalhada na edi-
ção de Natal. A peça, intitulada “O Salto”, aborda a vida de um português que, sem futuro no seu país, é obrigado a saltar a fronteira à procura de um novo rumo, acabando por fixar-se nos bidonvilles (bairros de lata) localizados nos subúrbios da região de Paris. A turma teve a oportunidade de visitar os locais mais simbólicos da diáspora portuguesa na região de Paris, a convite da comunidade batalhense radicada na capital francesa. O multiculturalismo e a emigração foram o mote para a viagem, que incluiu uma visita ao Museu da História da Imigração, homenageando comendador Batista
p A comitiva da Batalha que se deslocou a Paris de Matos, natural do Concelho da Batalha, retratado no espaço museológico. A Academia Sénior promove atividades de formação e de expressão lúdica
junto da população sénior do concelho e a deslocação a Paris enquadra-se no projeto municipal designado “Erasmus Sénior – Viver +”. Na vertente da promoção
cultural e do turismo sénior, estão em desenvolvimento ações que envolvem deslocações a diversos destinos nacionais. A primeira visita foi à cidade de Aveiro, no dia
27 de outubro, de 150 seniores da Golpilheira. Os participantes convivas tiveram oportunidade de conhecer o Museu da Vista Alegre, a Oficina dos Ovos Moles e aRia de Aveiro. O passeio incluiu ainda almoço e animação no complexo turístico João Capela, seguindo-se uma visita a Tentúgal. O programa “Erasmus Sénior – Viver +” proporciona uma oportunidade aos cidadãos seniores do Concelho da Batalha de descobrirem novos destinos mas, sobretudo, conhecerem melhor a nossa histórica e cultura”, explica o presidente da câmara municipal, Paulo Batista Santos.
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